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O FESTIVAL“Em um território de aprendizagem criativo e lúdico, o Festival de Fotografia de Parana-piacaba aconteceu em sua primeira edição na Vila de Paranapiacaba nos dias 15 e 16 de setembro de 2018 para favorecer colabora-ções democráticas, discutir e compartilhar a memória, o patrimônio, a educação, a inclu-são, os direitos humanos, o afeto, a empatia, a sustentabilidade, a cidade criativa e educa-dora, a alfabetização visual, a arte e a cultura.
Esta Vila, que surgiu para abrigar os traba-lhadores que construíram a linha ferroviária Santos-Jundiaí, foi fundamental para o de-senvolvimento e identidade do Brasil. Nesta paisagem cultural reunimos um grupo diver-sificado para trocar experiências, construir pontes e diálogos, promovendo sinergias, in-centivando a participação social por meio de práticas criativas, técnicas, éticas, aprofun-dando questões da leitura crítica e constru-ção da imagem no mundo contemporâneo.
Este ciclo se completa com a economia criati-va, a circulação de pessoas conhecendo mais sobre a cultura da Vila e contribuindo com o comercio local” - João Kulcsár
As páginas que seguem reúnem informações sobre as atividades do FFParanapiacaba, as ações de educação e produção de conheci-mento e sua equipe. A publicação apresenta estatísticas e números de público, de alcance e da economia criativa.
A VILAParanapiacaba surgiu em 1867 inicial-mente como um acampamento operário no Alto da Serra e não demorou para se tornar o principal polo de escoamento do café da província paulista para o porto de Santos. A Vila começou a tomar forma a partir do ano de 1896, com a construção da sua segunda estação, denominada Ser-ra Nova, que foi realizada pela inglesa São Paulo Railway (SPR), primeira companhia ferroviária no país.Do lugar onde se avista o mar São Paulo também viu seu crescimento econômico chegar. Sem as atividades comerciais que aconteceram na região a metrópole não teria alcançado tamanha influência que tem hoje em dia. Mesmo com a crise cafeeira de 1929, Pa-ranapiacaba ainda funcionava a todo va-por. Em outubro de 1946, a SPR foi en-
campada pela União, dando origem à “Estrada de Ferro Santos-Jundiaí”, no entanto, somente em 1950 ela passa fazer parte da Rede Fer-roviária Federal.Já em declínio, o sistema funi-cular sofre um grande impacto com um incên-dio que atinge a antiga estação em janeiro de 1981 e é completamente desativado no ano seguinte. Apesar de sofrer até hoje com as consequ-ências a queda no investimento ferroviário, a Vila (considerada patrimônio histórico) ainda é símbolo da história e vive da atividade tu-rística na região, valorizando a Mata Atlânti-ca – cenário de trilhas e caminhadas – assim como a arte, cultura e educação, ressaltadas em todos os festivais e eventos culturais que acontecem durante o ano.
PATRIMONIO HISTÓRICOA partir de outubro de 2008, a Vila de Paranapiacaba foi considerada patrimônio histórico da humanidade. O pa-trimônio tecnológico e entorno da vila, composto por remanescentes da Mata Atlântica, foram tombados, em 1987 pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), em 2002 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e no ano seguinte na esfera municipal, pelo Comdephapaasa. Neste mesmo ano, foi comprada pela prefeitura de Santo André.
O PÚBLICO- NOSSOS NÚMEROS
Nos dois dias do festival tivemos um púbico estimado em torno de 3.000 pessoas vindas de diversos lugares o país; São Paulo capital e interior, dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pará, Paraná , MT, entre outros.
200nas oficinas
50% em bolsas de estudo para comunidade local, estudantes e professores.
1200nas entrevistas | encontros
3000público do festival
Local de integração entre profissionais da imagem, área acadêmica, amantes da foto-grafia, familias, crianças, um público de todas as idades e das mais variadas profissões; fo-tógrafos, professores, pesquisadores, arqui-tetos, estudantes de fotografia, cinema, de-sign, gastronomia entre outros.
Participaram da programação, compartilhan-do seus trabalhos e experiência nas entrevis-tas e oficinas, 40 convidados entre fotógrafos, curadores, professores e artistas. Estiveram presentes, ainda, representantes do Sesc, Se-nac de Secretaria da Cultura e Secretaria do Meio Ambiente de Santo André.
A programação contou com cobertura do Jornal Hoje e no G1 da Rede Globo, com divulgação no Guia da Folha, no jornal Metro, em revistas de fotografia como a Fotografe Melhor e Fhox, e em diver-sos sites como Iphoto Chanel, Art|Ref entre outros.
EXPOSIÇÕESForam 10 mostras tendo como tema o eixo curatorial do festival, direitos universais acon-teceram em diversos espaços internos e ex-ternos de Paranapiacaba, sendo uma delas escolhida atráves de convoctória dando opor-tunidade para 10 fotógrafos mostrarem seus trabalhos no Festival.
EXPOSIÇÕESRealização
Evento fi liado à Apoio Educacional Apoio Institucional
Parcerias
Direção geral
João Kulcsár
Produção Executiva
Ana OehlerCarmen Negrão
Educativo
Anaís EscalonaCaroline RibeiroHeloisa MastrocolaMarina BroettoMariana Costa
Ofi cinas
Carmen NegrãoLucas Santiago
Receptivo
Alejandro VásquezCarmen NegrãoHeloísa MaximoLucas SantiagoVanessa Gomes
Comunicação
Ana OehlerGabriela LimaHeloisa MastrocolaMarina BroettoMarina PaixãoRaquel Pfutzenreuter
Feira de Publicações
Carmen NegrãoLucas SantiagoViviane Vilela
Vídeos e documentação
Gustavo WintherAna Paula Venerando
Concepção do Logo
Marcos Alves – BUMMUB
Design
Bianca Chi CalixtoGabriela LimaGiovanni Aviz da CostaLucas PavanelliMarina Paixão
Revisão
Caroline MoraesRodrigo Santos
Site
Ana OehlerHeloisa MastrocolaMariana Chagas
Jurados convocatória
Bebete ViegasCarmen NegrãoJoão KulcsárMaira Erlich
Projeção noturna
Fernando Fabbrini
Câmera Obscura
Victor Takeuti
Assessoria de imprensa
Editora Vento LesteJuliana Gola
AGRADECIMENTOS
(às pessoas especiais que ajudaram na realização deste processo formativo)
Adriano de LuccaAntônio Carlos CardosoBeatriz KulcsárDanielle Batista AlvesEli LimaEric Tadeu LamarcaFernando Estima Gabriel Guedes RapassiGisela RedoschiGrace Kelly SousaGuilherme Ribeiro de Souza PintoIãta CannabravaIngrid SchmidtJorge da Hora Leandro Wada Simone Lilian Amaral Luciana Mara Marcelo TraldiMarco Moretto Marcos Alves Maria Salete ZandonaMônica SchalkaNatalia Flavia ArantesNelson UrssiNuria Faus Rodes Newton José Barros Rosemay SantosTatiana A. MachadoThais Aline de QueirozVanessa AlvesZé Bobby Zenir Costa Ferreira.
E um agradecimento a todos os demais voluntários e também à comunidade da vila que possibilitaram a realização do festival. 2
018
Evandro Teixeira - 1968
Gabriele Galimberti - Maudy, 3 - Kalulushi, Zambia
Ale Ruaro , D. Francisca
Evandro Teixeira - 1968
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Programa deResidência Artística
O Programa de Residência artística do Festival de Fotografia de Paranapiacaba aconteceu durante o mês de setembro de 2018 e teve o intuito de apoiar a formação, produção e a relação da arte contemporânea com projetos socioculturais e a sustentabilidade.
Nesta edição, temos o objetivo de auxiliar o fotógrafo residente na ampliação de sua pesquisa sobre a Vila de Paranapiacaba, estimulando a imersão na comunidade e na memória ferroviária presente em seu cotidiano, e assim facilitando a produção e o compartilhamento do resultado com os moradores e os visitantes do Festival.
O fotógrafo recebeu alimentação, transporte, hospedagem e orientação do curador durante a residência e o resultado será compartilhado durante o Festival por meio de uma exposição no antigo posto de saúde.
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1986 - Evandro teixeira
Histórias de brinquedos - Gabriele Galinberti
Retratos Imigrantes– Augustus Sherman
Coletivo AfroTometria
Máscaras Impermanentes – Alessandro Celante
Retratos da Vila e Imi-grantes – Alê Ruaro
Convocatória do Festival
Quanto menos e Speculum - alunos do Bacharelado em Fotografia do Senac
Fotos históricas da Vila de Paranapiacaba
NASA - Muito além da visão
PROJEÇÕESHá tempos a fotografia extrapolou os limites do papel e habita outros formatos, suportes e tec-nologias. Por meio da convocatória o festival abre espaços multimídias (tres espaços) para as pro-duções audiovisuais e explora as formas alterna-tivas de narrativas visuais.
ENCONTROS | ENTREVISTASNo espaço do Teatro Lira, nos dois dias do festival, aconteceram 09 entre-vistas-encontros com um público estimado em torno de 1200 pessoas, os convidados compartilharam os seus trabalhos e experiência e confirmaram a fotografia como um veículo de debate e pensamento sobre o mundo que vivemos o que estamos construindo para o futuro.
ENCONTROS | ENTREVISTAS
Claudia Andujar
João Roberto Ripper Jailson de Souza e Silva
Thyago Nogueira
Alexandre Siqueira
Nair Benedicto
Evandro Teixeira
Denise Camargo
ENCONTROS | ENTREVISTAS
Roberta Tavares
Coletivo Afrotomeria
Mônica Zarattini
Maíra Erlich
Marcio Vasconcelos
Penna Prearo
Sergio Silva e Coletivo Visto Permanente
Zé Bobby
Na casa Vento Leste, com um público estimado 50 pessoas, conversa com:
Erico Hiller - Um diário Fotográfico – Uma história da caminhada de Gandi em 1930.Marcos Piffer – Ilha Diana – Paisagens Interiores.
ESTAÇÃOALFABETIZAÇÃO VISUALUma das casas da Vila foi transformada em um espaço lúdico e pedagógico para oficinas gratui-tas de formação para todos os públicos, crianças, adolescentes e adultos, bem como capacitação de professores para uso da imagem em sala de aula, com exposição, brinquedos, oficinas recre-ativas e visitas guiadas.
• Câmera de orifício;• Brinquedos com imagens;• Oficinas para crianças;• Fotograma;• Laboratório preto e branco;• Zootrópio;• Lanterna mágica;
ESTAÇÃOALFABETIZA-ÇÃO VISUALFormação de professores
TREM TURISTICO No primeiro dia do festival recebemos os passageiros que vieram no trem histórico para Vila de Paranapiacaba, com a cobertura jornalistica do Jornal Hoje que embar-cou junto nesta viagem. Construído na década de 1950, fez o trajeto da estação da Luz até Paranapiacaba com 160 passageiros a bordo.
OFICINASTendo como uma de suas principais vocações o campo da imagem e educação no Festival aconteceram 8 ofici-nas com nomes consolidados e emergentes do cenário fotográfico nacional. Foram de 200 inscritos sendo que 50% em bolsas de estudos para comunidade local, es-tudantes e professores.
OFICINAS
Fotografia de arquitetura Bebete Viégas
Olhar Viajante:narrativas visuaisValdemir Cunha
Fotografia: curadoria e ensaios fotográficos
Eder Chiodetto
Aquilo o que importa:A fotografia documental na
construção de narrativasColetivo Amapoa
Caminhar-InventariarRicardo Luis Silva
Retrato com luzPamela Santos
Oficina de ColagemPagô
Bordando IdeiasBarbara Raissa e Nikita
Lima
FEIRA DE PUBLICAÇÕES & BRECHÓ FOTOGRÁFICOInstalada no Antigo Mercado de Paranapiacaba a Feira de Publica-ções foi um dos espaços movimentados do festival, com 24 exposi-tores, promovendo lançamentos de livros e atividades relacionados ao mercado editoral e de fine art. Compartilhando o mesmo am-biente, o brechó fotográfico foi um espaço para compra e venda de itens novos e seminovos.
FEIRA DE PUBLICA-ÇÕES BRECHÓFOTOGRÁ-FICO Lançamento de livros:Lugar onde o tempo sofre - Marcelo CostaIntervalos Acidentais - Antonio FlorenceSerra da Ermida 357 - Daniela de MoraesCopo de luz - Marcio ScavoneChuva fora de lugar - Davilyn Dourado
O Programa de Residência artística do Festival de Fotografia de Parana-piacaba aconteceu durante o mês de setembro de 2018 e teve o intuito de apoiar a formação, produção e a relação da arte contemporânea com projetos socioculturais e a sustentabilidade. O Fotografo participante foi Alê Ruaro.
Nesta edição, temos o objetivo de auxiliar o fotógrafo residente na am-pliação de sua pesquisa sobre a Vila de Paranapiacaba, estimulando a imersão na comunidade e na memória ferroviária presente em seu co-tidiano, e assim facilitando a produção e o compartilhamento do resul-tado com a comunidade e os visitantes do Festival. O programa deu origem a exposição Retratos da Vila e Imigrantes de Alê Ruaro.
PROGRAMA DERESIDÊNCIA ARTÍSTICA
Paranapiacaba: ‘lugar de onde se vê o mar’, em tupi-guarani. Num dia claro, esta era a visão que tinham os povos indígenas que passavam por ali, depois de subir a Serra do Mar rumo ao planalto.
D. Franscica
IMPACTO DO FESTIVAL NA ECONOMIA LOCAL
No final do Festival perguntamos para 10 restaurantes em que % ti-nham percebido o impacto do festival em suas receitas e a resposta foi de 60% a 80% a mais no faturamento do fim de semana!
Perguntamos para 8 pousadas em que % tinham percebido o impacto do festival na ocupação dos quartos 25% responderam que de 60 a 80% e 75% respondeu de 80 a 100% em comparação com outros fins de semana.
60 a 80%a mais no faturamento no fim de semana!
80 a 100% a mais de ocupação no fim de semana!
A Vila de Paranapiacaba, patrimônio histórico na-cional, arquitetônico e urbanístico, um “Museu a Céu Aberto” com vocação natural para a memória, cida-dania, arte e cultura e fotografia. Cercada por três importantes Unidades de Conservação, as matas, parques e quedas d’água existentes no entorno da Vila compõem um cenário natural fantástico, que pode ser percorrido por trilhas. O Turismo é um dos eixos importantes da economia local, a comunidade, em sua maioria, vive de serviços, como restaurantes, pousadas, artesanato, monitoria para passeios e tri-lhas para atender a esta demanda.
RESULTADOS DAS REDES SOCIAIS
791Alcance médio de pessoas
(semanal)
6,5KAlcance de publicações
(patrocinadas)
4KMédia de alcance de publicações
(aproximadamente)
4033Número de pessoas dif alcançadas durante o período de divulgação
( jun - set)
50Média de pessoas visua-lizando a página por dia
( jun-set)2,5K
Alcance de publicações(organica)
157Média de visualizações
( jun - set)
30Alcance viral
(facebook é maioria)
RESULTADOS DAS REDES SOCIAIS
1,7KNúmero de seguidores
500Alcance médio de pessoas
(antes do festival)
750Alcance médio de pessoas
(média)
Público54% (mulheres) e 46% (homens)
80Média de curtidas por post
(antes do festival)
1KAlcance médio de pessoas
(durante a semana do festival)170
Média de curtidas por post(durante a semana do festival)
Para o ano de 2019, o Festival de Fotografia de Paranapiacaba conta com o Centro de Estudos e Residência Artística (CERA), local estabelecido para a realização de eventos e cursos du-rante todo o ano na Vila de Paranapiacaba.Também teremos parcerias como Canon, Sesc e Senac, além de estudar a possibilidade de intercâmbios culturais com França, Inglaterra e Portugal.