O Feitiço do Sol e Lua
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O Feitiço do Sol e Lua
Esta é uma história de amor aparentemente impossível.
Mas um tão grande sentimento pode tornar-se invencível.
É bem conhecida a frase “O amor vence barreiras”,
é certo que é difícil resistir a paixões verdadeiras.
Há muito, muito tempo, numa ilha distante,
o amor era rei no coração de cada habitante.
Ilha do Amor era chamada.
Toda a gente que nela habitava estava apaixonada.
Ali morava uma bruxa malvada.
Por falta de amor, chamava-se Malamada.
Andava sempre infeliz, insatisfeita, mal-humorada,
maldizia o amor, a felicidade e a paixão.
Vivia enfiada em casa, sempre à volta do caldeirão.
Até que um dia a flecha do Cupido lhe acertou
e a bruxa Malamada imediatamente se apaixonou.
Pelo jovem Amorósio ela se foi apaixonar,
um belo rapaz de cabelos pôr-do-sol e olhos cor do mar.
Amorósio amava Amanda, uma bela rapariga.
Por ela daria tudo, até a própria vida!
O amor entre ambos era demasiado forte
e a bruxa malvada maldizia a sua sorte.
Procurou os melhores feitiços e a mais infalível poção,
mas tudo isso foi em vão.
Desesperada, transformou Amorósio em Sol e Amanda em Lua:
- Se tu não és meu, também ela não será tua!
Os anos passaram.
O Sol e a Lua jamais se encontraram.
Até que um dia, deixou-se adormecer o Sol que costumava madrugar,
e a Lua, já cansada, não se pôde ir deitar.
O Sol despertou e foi a correr para o seu posto.
Viu o reflexo da Lua no mar, naquele mês de Agosto.
Os seus raios nunca tinham brilhado tanto.
Ele desejou voltar a ver tamanho encanto.
Decidiu perguntar à Terra que imagem era aquela.
A Terra aconselhou-o a não confiar nela:
- Olha que a Lua tem muitas caras, não é verdadeira!...
Mas o Sol não quis acreditar em tal asneira.
Foi ter com o velho Oceano e ouvir nova opinião:
-A Lua tem várias faces, não por ser mentirosa.
È apenas uma mulher e é muito caprichosa!
No dia seguinte, o Sol mais cedo acordou
para ver a lua que tanto o deslumbrou.
E assim, de repente,
a Lua sentiu-se mais quente.
O céu passou a ficar mais iluminado
Quando o Sol e a Lua andavam de braço dado.
Ele mais cedo passou a acordar
e ela mais tarde se ia deitar.
Era um namoro radioso,
quente e luminoso.
O Sol enviava raios como se fossem as flores mais belas.
A Lua mandava-lhe mensagens através das estrelas.
Numa noite de lua cheia, o Sol aproveitou o momento.
Pediu a sua amada em casamento.
Para o dia do eclipse ficou agendado.
Fizeram-se os preparativos para ser bem celebrado.
Júpiter e Vénus foram os padrinhos,
Saturno levou os anéis, que não eram nada pequeninos!
A festa, essa, foi de gritos.
Houve fogo-de-artifício patrocinado pelos meteoritos.
A lua-de-mel poderia ser em qualquer parte.
Os noivos escolheram passá-la em Marte.
Às vezes ainda se ouve alguma trovoada
(Eu cá desconfio que é a bruxa malvada…)
Esta história de amor que a todos nos aquece
vem-nos lembrar que UM VERDADEIRO AMOR NUNCA SE ESQUECE!