O DESAFIO DE FAZER PENSAR - Cristo é Vida · ANO XVIII - Nº 600 • FORTALEZA, 20 DE NOVEMBRO DE...

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ANO XVIII - Nº 600 • FORTALEZA, 20 DE NOVEMBRO DE 2005 Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida cristoevida.com O DESAFIO DE FAZER PENSAR INFORMISSÕES chega, enfim, ao número 600. Seis colaborações vindas de irmãos e irmãs abrilhantam essa edição. Mas, afinal, qual o papel do INFORMISSÕES? Um passeio pelos artigos publicados nesse número nos ajudará a compreender o que tem sig- nificado o jornal para a nossa igreja. Duas Cartas do Campo Missionário ilustram a visão que temos em relação a missões. O Pastor e Missionário Eduardo Vieira comentou, determina- da vez, que o esforço missionário da IBFCV é incomparável. Fazer missões como nós fazemos, ele ainda não viu em nenhuma outra igreja brasileira. Percebam que não estamos falando em valores investidos. Somos um povo modesto e não temos respaldo financeiro para grandes empreitadas. O diferencial está no compromisso in- tegral com o financiamento da obra missionária. Poucos missionários, mas trabalhando com a certeza de que há uma igreja segurando as cordas. O jor- nal fez esses registros. INFORMISSÕES procura, ainda, manter os membros da IBFCV infor- mados do que acontece no mundo e que a mídia nos passa de forma envie- sada. Nem sempre os artigos são de nossa lavra, como é o caso do texto “Bush declara guerra ao islã radical”, do jornalista Daniel Pipes, mas na maioria das vezes esta difícil missão coube a nós. Comentar o que a mídia diz procurando alertar irmãos para ar- madilhas não é tarefa fácil. Isso resul- tou, inclusive, em momentos desagra- dáveis que o Editor comenta no artigo “Dizem que eu disse” ao mesmo tem- po em que apresenta mais um candi- dato à nova polêmica: “O que motiva o apoio ao Zé [Dirceu]?”. INFORMISSÕES traz, ainda, textos de autores cristãos consagrados, como “A importância do motivo”, de Tozer, ou artigos de descrentes que bem poderiam ter sido escritos por um dos nossos. Chamamos a isso de Jumentas de Balaão. Aliás, a Jumenta dessa edição é inédita. Uma pré-ado- lescente Argentina resolveu questio- nar a forma como a educação sexual é conduzida no seu país resultando num belíssimo texto. A redação esco- lar de uma descrente reforça o co- mentário “A pressão do ensino e a precisão das Escrituras”, publicado no INFORMISSÕES nº 348. Por ocasião da publicação do nú- mero 500, fizemos um levantamento dos temas abordados nas páginas do INFORMISSÕES. O resultado foi uma interessante estatística. 33% dos arti- gos publicados tinham uma temática eminentemente doutrinária; 16% abordavam assuntos de interesse in- terno da igreja; 14% especificamente sobre missões e outros 14% sobre Isra- el. Em termos evangelísticos, 13% dos artigos tinham esse enfoque. Os 10% finais foram assim distribuídos: 4% fo- ram artigos sobre a mídia; 2% de arti- gos evangelísticos abordando a mídia; 2% de artigos sobre política, tendo Is- rael como foco e 2% de assuntos di- versos. Desses dados podemos deduzir que a formação doutrinária e a impor- tância de fazer o povo de Deus refletir tem sido a razão de ser do nosso in- formativo. O artigo “Jesus virou vaqui- nha de presépio” é um exemplo dessa visão informissiana. Que o Deus de Is- rael permita que assim continuemos até a volta triunfal do Seu filho e Se- nhor nosso, Jesus Cristo. Amém. ROBERTO SANTOS EDITORIAL AO REBANHO DE DEUS Três tipos de discípulos .................. 02 OPINIÃO Dizem que eu disse ....................... 04 O que motiva o apoio ao Zé? ........ 05 COLETÂNEAS Não se considere invencível ........... 06 DL 50 ............................................ 06 Carta a Jesus .................................. 06 A pressão do ensino e a precisão das Escrituras ................................. 07 E o mundo não acabou .................. 08 MISSÕES Palmeiras do Javari ......................... 08 Nosso desafio pelos Korubos .......... 09 A IMPORTÂNCIA DO MOTIVO .... 09 COLABORAÇÕES ESPECIAIS Agradecendo... .............................. 10 Carta aos Jovens ............................ 10 O Quadro Negro dos Sapos ........... 10 Jesus em toda a Bíblia .................... 10 Praticantes ou somente ouvintes? .. 10 Quem não deve não tem. Será? ..... 10 Trechos de um Cordel .................... 11 CURIOSIDADES ........................... 11 NOTAS & NOTÍCIAS .................... 11 JUMENTAS DE BALAÃO Menina escreve sobre educação sexual para adolecentes ................. 12 Bush declara guerra ao Islã radical .. 12

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ANO XVIII - Nº 600 • FORTALEZA, 20 DE NOVEMBRO DE 2005

Igreja BatistaFundamentalista

Cristo é Vidacristoevida.com

O DESAFIODE FAZER PENSAR

INFORMISSÕES chega, enfim, aonúmero 600. Seis colaborações vindasde irmãos e irmãs abrilhantam essaedição. Mas, afinal, qual o papel doINFORMISSÕES? Um passeio pelosartigos publicados nesse número nosajudará a compreender o que tem sig-nificado o jornal para a nossa igreja.

Duas Cartas do Campo Missionárioilustram a visão que temos em relaçãoa missões. O Pastor e MissionárioEduardo Vieira comentou, determina-da vez, que o esforço missionário daIBFCV é incomparável. Fazer missõescomo nós fazemos, ele ainda não viuem nenhuma outra igreja brasileira.Percebam que não estamos falandoem valores investidos. Somos umpovo modesto e não temos respaldofinanceiro para grandes empreitadas.O diferencial está no compromisso in-tegral com o financiamento da obramissionária. Poucos missionários, mastrabalhando com a certeza de que háuma igreja segurando as cordas. O jor-nal fez esses registros.

INFORMISSÕES procura, ainda,manter os membros da IBFCV infor-mados do que acontece no mundo eque a mídia nos passa de forma envie-sada. Nem sempre os artigos são denossa lavra, como é o caso do texto“Bush declara guerra ao islã radical”,do jornalista Daniel Pipes, mas namaioria das vezes esta difícil missãocoube a nós. Comentar o que a mídiadiz procurando alertar irmãos para ar-madilhas não é tarefa fácil. Isso resul-tou, inclusive, em momentos desagra-dáveis que o Editor comenta no artigo“Dizem que eu disse” ao mesmo tem-po em que apresenta mais um candi-dato à nova polêmica: “O que motivao apoio ao Zé [Dirceu]?”.

INFORMISSÕES traz, ainda, textosde autores cristãos consagrados,como “A importância do motivo”, deTozer, ou artigos de descrentes quebem poderiam ter sido escritos porum dos nossos. Chamamos a isso deJumentas de Balaão. Aliás, a Jumentadessa edição é inédita. Uma pré-ado-lescente Argentina resolveu questio-nar a forma como a educação sexualé conduzida no seu país resultandonum belíssimo texto. A redação esco-lar de uma descrente reforça o co-mentário “A pressão do ensino e aprecisão das Escrituras”, publicadono INFORMISSÕES nº 348.

Por ocasião da publicação do nú-mero 500, fizemos um levantamentodos temas abordados nas páginas doINFORMISSÕES. O resultado foi umainteressante estatística. 33% dos arti-gos publicados tinham uma temáticaeminentemente doutrinária; 16%abordavam assuntos de interesse in-terno da igreja; 14% especificamentesobre missões e outros 14% sobre Isra-el. Em termos evangelísticos, 13% dosartigos tinham esse enfoque. Os 10%finais foram assim distribuídos: 4% fo-ram artigos sobre a mídia; 2% de arti-gos evangelísticos abordando a mídia;2% de artigos sobre política, tendo Is-rael como foco e 2% de assuntos di-versos.

Desses dados podemos deduzirque a formação doutrinária e a impor-tância de fazer o povo de Deus refletirtem sido a razão de ser do nosso in-formativo. O artigo “Jesus virou vaqui-nha de presépio” é um exemplo dessavisão informissiana. Que o Deus de Is-rael permita que assim continuemosaté a volta triunfal do Seu filho e Se-nhor nosso, Jesus Cristo. Amém.

ROBERTO SANTOS EDITORIAL

AO REBANHO DE DEUS

Três tipos de discípulos .................. 02

OPINIÃO

Dizem que eu disse ....................... 04

O que motiva o apoio ao Zé? ........ 05

COLETÂNEAS

Não se considere invencível ........... 06

DL 50 ............................................ 06

Carta a Jesus .................................. 06

A pressão do ensino e a precisão

das Escrituras ................................. 07

E o mundo não acabou .................. 08

MISSÕES

Palmeiras do Javari ......................... 08

Nosso desafio pelos Korubos .......... 09

A IMPORTÂNCIA DO MOTIVO .... 09

COLABORAÇÕES ESPECIAIS

Agradecendo... .............................. 10

Carta aos Jovens ............................ 10

O Quadro Negro dos Sapos ........... 10

Jesus em toda a Bíblia .................... 10

Praticantes ou somente ouvintes? .. 10

Quem não deve não tem. Será? ..... 10

Trechos de um Cordel .................... 11

CURIOSIDADES ........................... 11

NOTAS & NOTÍCIAS .................... 11

JUMENTAS DE BALAÃO

Menina escreve sobre educação

sexual para adolecentes ................. 12

Bush declara guerra ao Islã radical .. 12

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02 • I N F O R M I S S Õ E S E D I Ç Ã O E S P E C I A L

cristoevida.com

A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA

Podemos resumir a primeira viagem mis-sionária de Paulo como uma bênção debênçãos:

1 - Barnabé e Paulo eram membros daigreja de Antioquia da Síria, onde faziamparte da liderança. Naquela igreja recebemo chamado de Deus para iniciarem umacampanha missionária e partem recomen-dados pela igreja local (13:1-3).

2 - Na primeira parada, na ilha de Chi-pre, o procônsul de Roma, Sérgio Paulo, seinteressa pelo Evangelho. Contudo, um fal-so profeta tenta atrapalhar. Paulo, então,repreende aquele embusteiro, e o procôn-sul se converte (13:4-12).

3 - Ao começarem a parte terrestre daviagem, na Ásia Menor, João Marcos, quehavia se integrado à equipe missionária,desiste e volta para Jerusalém. Contudo, aoque parece, este incidente em nada atra-palhou os planos e foi resolvido sem maio-res problemas (13:13).

4 - Em Antioquia da Pisídia, Paulo pregaaos judeus, havendo grande interesse e con-versões de judeus e gentios (13:14-52).

5 - Na cidade de Icônio, novamente por-tas pregação foram abertas, e numerosasmultidões de judeus e gentios ouvem a men-sagem de salvação e se convertem. Comohouve perseguição, Paulo e Barnabé partempara as cidades da Licaônica (14:1-7).

6 - Em Listra, Paulo curou um paralíticode nascença. Os habitantes de Listra acha-ram que Paulo e Barnabé eram semideuses,porém os missionários os impediram de ado-rar a homens e lhes pregaram a Palavra deDeus. Vieram judeus incrédulos de Antioquiada Pisídia e de Icônio, armaram uma perse-guição e apedrejaram a Paulo. Porém, Deuso recuperou milagrosamente. E Paulo conti-nuou pregando e fortalecendo a fé dos novosconvertidos daquelas cidade (14:8-22).

7 - Paulo e Barnabé retornam para a cida-de de Antioquia da Síria e em sua igreja dãorelatórios da viagem missionária (14:23-28).

A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA

A segunda viagem missionária foi bemmais complicada. Foi realmente uma bên-ção de provações:

1 - Logo na saída, Paulo e Barnabé se de-sentendem por causa de João Marcos. Bar-nabé queria levar João Marcos, porém Paulonão considerava justo levar o discípulo quedesertara no meio da primeira viagem. A Bí-blia registra que Paulo e Barnabé brigaramfeio por causa disto. De modo que Barnabédesiste de ir na segunda viagem missionária elevar João Marcos para Chipre. Paulo, en-tão, arregimenta um novo companheiro (Si-las), e, abençoados pela igreja, iniciam a novacampanha missionária (15:36-41).

2 - Depois de visitar as cidades já visitadasna primeira viagem, Paulo queria adentrar ain-da mais para o interior da Ásia Menor. Seu proje-to era ir para Bitínia, porém, o Espírito Santoimpediu e os guiou para a Europa (16:1-11).

3 - A primeira cidade da Europa visita-da foi Filipos, na Macedônia. Ali Deus abriuo coração de uma senhora judia, chamadaLídia, para entender o Evangelho e conver-ter-se a Cristo. Depois, por terem expulsa-do um demônio de uma jovem, os discípu-los são perseguidos, surrados e presos. Háum terremoto por volta da meia-noite, ePaulo e Silas são libertos. O carcereiro e todaa sua família se convertem. Porém, as auto-ridades da cidade pedem que os missioná-rios se retirem da cidade (16:12-40).

4 - Depois de passarem por Anfípolis eApolônia, os discípulos se estabelecem emTessalônica, onde há pregação e conversões.Contudo, uma grande perseguição os obri-ga a sair logo da cidade. A acusação foi umdos maiores elogios recebidos por umaequipe de pregadores da Palavra de Deus:“Estes que têm transtornado o mundo, che-garam também aqui” (17:1-10)

5 - Em Beréia, há um real interesse dosjudeus em ouvir e muitos judeus e gregosse convertem. Todavia, logo os incrédulosde Tessalônica vão para Beréia incitar tu-multos e perseguir os pregadores. Paulo eSilas vão para Atenas (17:11-15).

6 - Em Atenas, há um clima mais amenopara a pregação da Palavra, porém, em Corin-to, há nova perseguição, sendo os discípuloslevados ao tribunal da cidade (17:16 - 18:17).

7 - Depois de visitar outras cidades, ospregadores retornam para Antioquia da Síria,onde ficava a igreja enviadora (18:18-23).

IGREJA BATISTA FUNDAMENTALISTA CRISTO É VIDA

Av. K, nº 911 - Planalto da Barra - Vila Velha - Fortaleza - Ceará - CEP 60348-530

Telefone dos Pastores:

Pr. José Nogueira: (85) 3214.1412 - 8841.3710, pastor sênior.

Pr. Joaquim Vieira: (85) 3294.1682 - 9995.9675, pastor assistente.

Pr. Luiz Lindolfo: (85) 3214.1807 - 8875.9719, pastor assistente.

Telefone da Secretaria da Igreja: (85) 3286.3330 - Site Oficial: www.cristoevida.org.br

EDIÇÃO ESPECIAL Nº 600

Boletim interno, semanal e gratuito.

Direção Editorial: Roberto Santos, diácono.

Design: Alexandre Aquino, diácono.

Tiragem: 1.000 cópias

Informissões

TRÊS TIPOSDE DISCÍPULOSPR. JOSÉ NOGUEIRA AO REBANHO DE DEUS

“Conheço Jesus e sei quem éPaulo, mas vós, quem sois?”

Atos 19:15

Na declaração profética sobre acriação de Sua igreja, Jesus Cristomostrou que ela seria perseguidae que se desenvolveria através deintensas lutas:“Edificarei a Minha igreja, e asportas do inferno nãoprevalecerão contra ela”Mateus 16:18Portas, no sentido da época,era o centro administrativo deuma cidade, o local ondedecisões eram tomadas, em queas estratégias eram estudadas edeliberadas. As artimanhas doinferno com suas táticas,armadilhas e planos nãoconseguirão vencer nem detera igreja de Jesus Cristo.O ideal de Jesus Cristo deve sertambém o de todo Seu discípulo.Conhecer a vocação da igreja,seus perigos e visão profética devitória e estar completamentecomprometido com a sua luta sãoimperativos e obrigação de vidade cada discípulo de Jesus Cristo.A vida e empreendimentos dosprimeiros discípulos nos fornecemimpactantes modelos.O livro de Atos dos Apóstolos nosesclarece como os primeirosservos de Jesus Cristo entenderama missão e se comprometeramem obedecer.Vamos nos deter aqui nas trêsprimeiras viagens missionárias dePaulo, que começam no Capítulo13, de Atos.

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I N F O R M I S S Õ E S • 03E D I Ç Ã O E S P E C I A L

cristoevida.com

A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIAA terceira viagem missionária começa

em Atos 18:23 e 24, e é caracterizada peloensino bíblico, consolidação das novas igre-jas, fortalecimento dos discípulos, muitasdespedidas e mais perseguições.

Foi durante a terceira viagem, quando osmissionários estavam na cidade de Éfeso, quehouve o incidente com os exorcitas judeusque tentaram expulsar um demônio apelan-do para o nome de Jesus que Paulo pregava.O demônio, então, faz a célebre pergunta“Conheço Jesus e sei quem é Paulo, masvós, quem sois?” (19:15). A vida e ministé-rio de Paulo eram conhecidos até pelosdemônios (“Sei quem é Paulo”).

Aqui nos deparamos com primeiroexemplo de discípulo de Jesus Cristo.

O PRIMEIRO TIPO DE DISCÍPULODE JESUS CRISTO: PAULO

Podemos facilmente notar quatro carac-terísticas de Paulo como envolvido na obrado SENHOR Deus.

Primeira: Paulo é um ativo participante.Desde a sua chamada para fazer a obra doSenhor Jesus, encontramos Paulo comple-tamente envolvido. Quando, em Chipre,um falso profeta se interpõe para atrapa-lhar o Evangelho, Paulo de forma ousada orepreende severamente. Paulo não é passi-vo, ele se arrisca, ousa a sair para lutar comas armas da fé. Paulo se expõe corajosa-mente ao orar para que o falso profeta fi-que cego, em Atos 13:9.

Segunda: Paulo é responsável. Depoisdo evangelismo na ilha de Chipre, ele sedirige para o interior da Ásia Menor. O Se-nhor Jesus o havia designado para a obramissionária, em Atos 13:2, conforme a cha-mada de Deus que recebera por ocasiãode sua conversão. E encontramos Paulocompletamente imerso no desempenho desua missão, apesar dos perigos e dificulda-des. Ele arriscava a vida para cumprir comzelo as ordens recebidas do Jesus Cristo.

Terceira: Paulo é competente. Não eraapenas a boa intenção e seu entusiasmo quecontavam. Ele executa a missão com compe-tência, pregando e demonstrando nas Escri-turas que Jesus é o Messias, o Cristo, prome-tido no antigo Testamento - Atos 13:16-41.

Quarta: Paulo é fiel. O Senhor Jesus Cris-to o chamara para ser missionário entre osgentios (Atos 26:16-18). Esta é a sua voca-ção específica: ser o apóstolo dos gentios.Todavia, há uma chamada e responsabili-dade para todos os crentes: pregar aos ju-deus. Esta missão geral também deve sercumprida. E sempre vemos Paulo com es-tes dois alvos em mente (Atos 13:45-47).

É maravilhoso observar o que o SENHORDeus faz na vida de Paulo diante do seu zeloem ser fiel. O SENHOR lhe dá poder e fruto(Atos 13:9-12), dá-lhe incentivo - as pessoaspedem para ouvi-lo mais (Atos 13:42), dá aele sabedoria para entender a natureza difí-cil da missão tanto para si mesmo como para

confortar os novos convertidos (Atos 14:21-22), e lhe trata com atenção, guiando e en-corajando-o (Atos 18:9-11).

O SEGUNDO TIPO DE DISCÍPULODE JESUS CRISTO: BARNABÉ

Uma leitura mais detalhada nos relatosda primeira viagem missionária e início dasegunda nos revela algumas particularida-des do ministério de Barnabé.

Primeira: Barnabé se acomoda dentro damissão. Isto não é um mal em si, mas prejudi-ca o seu rendimento na obra do Senhor. Ele éo líder da equipe. Era o mais experiente e res-peitado líder na igreja de Antioquia da Síria, e,quando foi destacado para a missão, seunome veio em primeiro lugar (Atos 13:1-2).

Porém, Barnabé não assume essa posi-ção na empreitada missionária. Quando ascoisas ficam difíceis e alguém precisa dizerou fazer alguma coisa, ele se omite. É porisso que depois do episódio em Chipre, onome de Paulo começa a aparecer em pri-meiro lugar nos relatos de Lucas, autor deAtos. Em Atos 13:13, a equipe é chamadade “Paulo e seus companheiros”.

Segunda: Barnabé é fiel. Apesar de suaacomodação, a fidelidade de Barnabé aoSENHOR Deus e à Sua Palavra é várias ve-zes testificada. Em Atos 15, na descrição doConcílio de Jerusalém, quando foi precisoargumentar contra os falsos ensinos legalis-tas dos judaizantes, Barnabé defendeu aortodoxia. Foi ele quem viu em Paulo o seupotencial e chamada e o levou para a igre-ja de Antioquia (Atos 11:25-26).

Terceira: Barnabé, contudo, parecia serou estar desconfiado do poder de Deus. Noepisódio da oposição do falso profeta emChipre, da oportunidade da pregação emAntioquia da Pisídia e diante do paralíticoem Listra, não vemos Barnabé se arriscandoa fazer algo mais. Ele não se expõe tanto. Ésempre mais cauteloso, ou desconfiado.

Quarta: Barnabé é influenciável. Em Atos15:37-40, nos deparamos com um Barnabédiferente do companheiro solidário da primeiraviagem. Parece que a presença de João Mar-cos o influencia. Assim como Paulo o influen-ciou antes, agora uma nova pessoa o influen-cia ao ponto dele brigar e separar-se de Paulo.

Barnabé é um caso interessante de es-tudar, pois fica visível o que Deus faz nasua vida e, é claro, na vida de todo discípu-lo que tem essas características.

Deus sabe de sua fidelidade e o põe numagrande equipe. Ele é útil, importante e valo-roso na obra de Deus, e portanto, é postonuma das maiores ações missionárias da his-tória da igreja. Deus sabe que Barnabé é in-fluenciável, por isso a primeira jornada, comtodos aqueles acontecimentos, empecilhos evitórias, registrados em Atos 13, 14 e 15, sãona verdade treinamentos de Deus para a vidade Barnabé. Acompanhar Paulo, testemu-nhando a direção de Deus, as demonstraçõesde poder e sabedoria, foram experiências fas-cinantes e de tremendo impacto de treina-

mento de liderança espiritual. Deus faz istona vida de todo discípulo fiel e influenciável,apesar de suas acomodações. Mas, no inícioda segunda viagem, Deus prova Barnabé, eele não se sai bem naquele teste. Ao invés deseguir as orientações de Paulo, prefere nãofazer parte da segunda viagem missionária,levando João Marcos para Chipre. Não é aquestão de Barnabé deixar de ser usado porDeus. O registro bíblico de 1 Coríntios 9:6,escrito muito tempo depois daquele episó-dio, descreve Barnabé servindo ao SenhorJesus Cristo, em jornadas missionárias. Porém,por sua decisão, deixou de participar da se-qüência das viagens missionárias em que Deusestava usando de forma extraordinária o após-tolo Paulo e que o Espírito Santo registrou deforma eterna nas Escrituras Sagradas.

O TERCEIRO TIPO DE DISCÍPULODE JESUS CRISTO: JOÃO MARCOS

João Marcos não foi destacado pelo Es-pírito Santo para compor a primeira viagemmissionária (Atos 13:1-3). Ele é inserido naequipe, conforme Atos 13:5, e nos regis-tros seguintes não vemos suas ações. Faziaparte da equipe, mas até aqui não era umativo participante das lutas. E quando amissão vai se tornar mais perigosa (entrarpelo interior da Ásia Menor), ele se mostranegativo e abandona o projeto (Atos 13:13).Em Atos 15:37-40, ele é o pivô da brigaentre Paulo e Barnabé. Também não hánenhuma atitude pacificadora da partedele, ao contrário, parece resistente à lide-rança de Paulo. Há discípulos assim na sea-ra do Senhor Jesus Cristo, desmotivados,negativos diante dos projetos mais ousadose teimosamente resistentes.

E o que Deus faz na vida de João Mar-cos? O SENHOR Deus o retira da equipe.João Marcos pensa que está saindo do pro-jeto, todavia é Deus Quem o põe de lado.Atitudes desmotivadas, negativas e resisten-tes prejudicam a obra de Deus. Por ocasiãodo planejamento da segunda viagem missi-onária, Barnabé tinha planos de inclusãonovamente de João Marcos. Paulo se opôs.O texto diz que ele “não achava justo” le-var aquele que havia desertado no meio dosembates e perigos da viagem (Atos 15:38).Deus não permitiu o reingresso de JoãoMarcos. Deve ter sido uma disciplina du-ríssima, porém necessária. Tomás de Aqui-no, parafraseando Provérbios 26:3, diz quepara certas pessoas a sabedoria só entra pelacarne. João Marcos teve que ser disciplina-do, retirado da equipe e do grande projetomissionário, a fim de que depois pudesseser restaurado (2 Timóteo 4:11).

A pergunta do início se faz necessáriaagora: “Conheço Jesus e sei quem é Paulo,mas vós, quem sois?”

(Atos 19:15). Quem somos nós na obrado SENHOR Deus? Depois de responder-mos com sinceridade, fiquemos atentos aoque Deus está fazendo ou irá fazer em nos-sas vidas a fim de nos usar mais e mais!

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04 • I N F O R M I S S Õ E S E D I Ç Ã O E S P E C I A L

cristoevida.com

Engana-se quem pensa queeu adoro polêmicas. Detesto.Elas me desgastam e até me in-dispõe contra pessoas que amo.Engana-se também quem pen-sa que me esquivo de polêmi-cas. Enfrento-as. Principalmen-te se elas se interpõem às pes-soas que amo. E se tem um gru-po que amo com sinceridade,ele está na minha igreja.

Por uma questão de temperamento, nãotenho a mesma paciência do Pastor Noguei-ra. Há anos vejo-o ser acusado por coisasque nunca fez e admiro a forma como en-frenta essas acusações. Tenho procuradoaprender com isso. É o meu pastor. Apren-der com ele é um imperativo bíblico. Em-bora não tenha sido um bom discípulo, terpaciência com quem me interpretou mal éalgo que venho aprendendo.

Artigos publicados em INFORMISSÕES,no entanto, em diversos momentos me in-dispuseram contra irmãos ou irmãs. Recen-temente, por exemplo, alguém comentouque eu disse que o Lula perseguiria crentese errei. Onde está a perseguição profetiza-da? Perguntaram com ironia. Antevejo quepodem usar o mesmo argumento daqui aalgum tempo em relação à liberdade deescolha entre ter ou não uma arma de fogo.Dirão que eu disse que a vitória do Não noreferendo de hoje diminuiria a criminali-dade e esta recrudescerá. Antes que issoocorra, quero tecer alguns comentários.

Primeiro: em momento algum disse ouescrevi que Luiz Inácio Lula da Silva perse-guiria crentes. Aliás, diante do que ele fez,perseguição teria sido coisa menor. No augeda campanha, atacado por petistas dentro efora da igreja, escrevi que as pessoas não es-tavam entendendo o que eu queria dizer:“O foco, irmãos evangélicos, não deve estarno que o Lula fala, mas sim naquilo que eleé. O verdadeiro problema está escondido,devidamente maquiado pelo marqueteiroDuda Mendonça pois Lula é, como ele mes-mo se definiu, ‘uma espécie de metamorfo-se ambulante’” (INFORMISSÕES 449).

Depois do Lula eleito, e quando apenas10% do que vemos hoje nos jornais era co-nhecido, escrevi outro artigo que me trouxealguns problemas. No INFORMISSÕES 508,de 28 de dezembro de 2003, mostrei “o queestava acontecendo ‘nos’ e ‘aos’ Estados Uni-dos” com os desdobramentos dos acordosfeitos por Bill Clinton. A matéria discorriasobre ataques à liberdade de expressão reli-giosa, principalmente nas escolas, e comoisso deveria “servir de lição (econômica e his-tórica) para nossos governantes e lição (espi-ritual) para todos os crentes”.

Aquele INFORMISSÕES foi escrito por oca-sião da prisão do líder iraquiano, Saddam Hus-sein e num momento em que toda nossa diplo-

Dizem queeu disse

ROBERTO SANTOS OPINIÃO

macia se esforçava para seaproximar cada vez maisdos países árabes, afastan-do-se de uma longa tradi-ção de parceria com Isra-el. Em determinado pon-to o artigo diz: “[O paísnão percebe] o tamanhodo abismo que se abre aosseus pés. Tal como os Es-tados Unidos do esquer-dista Clinton abriu cami-nho para as aberraçõesatuais, o Brasil poderá co-lher os mesmos frutosamargos das suas decisões.Política, econômica e es-piritualmente falando.

Existirá algum projeto político ocultado [neste sú-bito interesse pelos árabes]? Ou será que esta-mos apenas diante de um neurótico sonho me-galomaníaco pessoal do presidente? Para o bemda nação, tomara que seja a segunda hipótese.Mas ainda assim não nos custará barato essesrepetidos erros na diplomacia externa brasileira.Lula irrita aliados interessantes e úteis para agra-dar a escória humana e ditaduras assassinas. Seseu objetivo for somente passear mundo afora,ou bater o recorde de viagens de seu antecessor,o custo é tolerável, apesar de representar umaafronta aos contribuintes. Agora, se realmenteexiste algum outro interesse político-ideológicopor trás da agenda de viagens de Lula, a coisa éséria. Vamos torcer para que Lula seja somenteum amante gastronômico de quibes e um ado-rador das pirâmides do Egito. Caso contrário, oBrasil irá rumo ao seu sarcófago. Afinal de con-tas, quando nossa diplomacia abriu, generosa-mente, as portas para um possível exílio de Sad-dam Hussein, aliou-se ao lado errado. Quandonosso presidente fez uma viagem de afago aospaíses islâmicos, aliou-se ao lado errado. Quan-do nosso presidente sugeriu que Israel abrisse mãode suas terras, aliou-se ao lado errado. Dele, queDeus tenha misericórdia. Mas àqueles que qui-serem apoiar alianças erradas, lembro as Pala-vras do SENHOR: ‘Aquele que tocar em vós [Sião]toca na menina do seu olho. Porque eis aí agita-rei a mão contra eles, e eles virão a ser presadaqueles que o serviram.’ (Zacarias 2.8-9)”.

Na época, fui procurado por alguns ir-mãos extremamente irritados com meuscomentários. Vivia-se o auge da ilusão lu-lista e a economia dava ares de pujança. Opaís, anestesiado, assistia ao presidente brin-car de “quadrilha” (junina, irmãos, junina)na Granja do Torto ao mesmo tempo emque dizia ter o poder de controlar até febreaftosa com discursos. Graças a uma sériede resultados da conjuntura mundial e aseqüência da política econômica do Gover-no anterior, nosso quadro econômico nãoé dos piores. Mas além dos escândalos detoda ordem que pipocam todos os dias, opaís, silenciosamente vai colecionando pre-ocupantes dados negativos. Principalmen-te na agricultura, que vinha sendo, ano apósano, a tábua de salvação da economia bra-sileira. Veja que diz uma matéria do sitePrimeira Leitura:

“Em um discurso emocionado no lança-mento do Plano Nacional de Agroenergia, oministro da Agricultura, Roberto Rodrigues,

disse que a agricultura brasileira enfrenta em2005 a pior crise dos últimos anos e que ocenário para o agronegócio é ‘sombrio’ para2006. ‘Estamos no fundo do poço’, disse oministro que afirmou estar frustrado “por teruma crise monumental como essa e não con-seguir resolvê-la”. Rodrigues procurou passaruma mensagem de otimismo e esperança deque a crise na agricultura faz parte de um ci-clo de altos e baixos do setor e reafirmou quevai permanecer no Ministério. ‘Não vamosbaixar a cabeça. A competência do agricultorserá a alavanca para essa virada’, afirmou. Oministro prevê que queda estimada de 5%na área plantada em 2005/2006, a possibili-dade de ela atingir 20% em algumas regiõesbrasileiras e a redução do padrão tecnológi-co nas lavouras causem uma redução na pro-dução de grãos, um aumento no uso de esto-ques e, conseqüentemente, uma valorizaçãonos preços ao consumidor de produtos agrí-colas. ‘O que nos preocupa é que esses fato-res trarão um recrudescimento inflacionárioem 2007’, avaliou o ministro” (www.primeiraleitura.com.br/auto/index.php).

Aliás, essa preocupação com a questãoda nossa agricultura foi objeto de atenção,também no INFORMISSÕES 568: “O quequeremos ressaltar neste espaço são as im-plicações espirituais do afastamento do Bra-sil de Israel e este súbito amor pelos ára-bes. [Os jornais alardeiam que estamos di-ante da] ‘pior seca dos últimos 62 anos’ eque ‘em Goiás, Mato Grosso, Mato Grossodo Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Gran-de do Sul os técnicos constataram que aseca afetou praticamente todas as áreas vi-sitadas’. O Rio Grande do Sul ‘perdeu 70%da safra de soja’. A produtividade é tão bai-xa ‘que não compensa os custos de colhei-ta’; No Paraná [houve] ‘queda na produçãodo milho; ‘a crise é grave na região Centro-Oeste’ e até mesmo no sempre irrigadoMato Grosso existem locais ‘onde há lavou-ras abandonadas por conta da ferrugem’”.

No parágrafo final o artigo concluía:“Romper com padrões cristãos, se aliar ainimigos, romper com Israel, poderá trazerconseqüências. Um trecho do Antigo Tes-tamento nos vem a mente: ‘Por isso vos deilimpeza de dentes em todas as vossas cida-des, e falta de pão em todos os vossos luga-res; contudo, não vos convertestes a mim,diz o SENHOR. Além disso, retive de vós achuva, quando ainda faltavam três mesespara a ceifa; e fiz que chovesse sobre umacidade, e que não chovesse sobre outra ci-dade; sobre um campo choveu, mas o ou-tro, sobre o qual não choveu, secou-se. (...)Contudo, não vos convertestes a mim, dizo SENHOR. Feri-vos com crestamento eferrugem; a multidão das vossas hortas edas vossas vinhas, e das vossas figueiras edas vossas oliveiras, foi devorada pela lo-custa; contudo, não vos convertestes a mim,diz o SENHOR’ (Am 4.6-9)”.

Quem tiver paciência de rever nossostextos na Internet perceberá que nunca dis-semos que a situação da agricultura iria pi-orar. Nem que Luiz Inácio Lula da Silvaenfrentaria a ameaça do impeachment.Apenas dissemos que se colocar contra ascoisas de Deus tem um preço. Isso não é

“Brincando de Quadrilha”

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mau agouro nem profecia, é conhecimen-to mínimo da Palavra de Deus.

Agora vem a questão do desarmamento.Irmão amado manda-me e-mail protestan-do contra artigo do INFORMISSÕES 597,que ele considerou “agressivo” por “tacharde alienados e cegos espirituais os partidári-os do Sim”, no Referendo sobre a proibiçãodo comércio de armas de fogo e munição.

Primeiramente, é bom frisar que o artigonão tacha ninguém de “alienado”. Num de-terminado momento citamos Paulo que cha-mou os Gálatas de “insensatos”. E o artigo sepropunha a isso mesmo, a mostrar que votarno Sim pelas razões expostas na campanhaera insensatez. Aliás, “insensatez”, segundo oDicionário Houaiss, é um “ato resultante dafalta de bom senso, de ponderação”. Para queos membros da nossa igreja não tomassematitude “insensata” disponibilizamos dadosque refutavam, tópico por tópico, os argu-mentos da campanha do Sim. Recomendouma releitura do artigo para que percebamque apenas desmontei argumentos apresen-tados. Principalmente a manipulação de nú-meros e estatísticas. Inclusive, em determina-do momento, o texto diz: “O resultado doreferendo em nada mudará a situação dascoisas. A violência continuará aumentando e‘o amor esfriará de quase todos’, ganhe o Simou o Não. É o próprio Senhor Jesus quem nosgarante em Mateus 24.12".

Outra coisa destacada pelo irmão em seue-mail foi a frase: “Aprendi na Bíblia que ajustiça e a vingança pertencem ao SENHORnosso DEUS, e não a um revolver”. Calma lá.Em momento algum me posicionei a favordo “armamento” da população. Nunca tivearmas nem faz parte do meu planejamentotal aquisição, este ano. Pode ser que, um dia,eu venha a comprar uma. O que farei semtemor. E se precisar atirar em alguém que aten-te contra mim por interesse financeiro oucontra minha família através de violência se-xual eu o farei sem medo de estar me cho-cando com as Escrituras. Em Romanos 13.3-4 lemos: “Porque os magistrados não são paratemor, quando se faz o bem, e sim quando sefaz o mal. Queres tu não temer a autoridade?Faze o bem e terás o louvor dela, visto que aautoridade é ministro de Deus para teu bem.Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque nãoé sem motivo que ela traz a espada; pois éministro de Deus, vingador, para castigar oque pratica o mal”.

Ora, nosso Código Penal prevê, nos artigos23, 24 e 25, a Legítima Defesa. Inclusive “deoutrem”. Por Legítima defesa, diz a lei, se en-tende aquele que “repele injusta agressão, atualou iminente, a direito seu ou de outrem”.

Eu não atiraria se a perseguição fosse pelofato de eu estar pregando o Evangelho. So-freria por Cristo. Mas se um drogado invadirminha casa para tentar surrupiar-me bensdados pelo SENHOR, apoiado em Roma-nos e no Código Penal, meto-lhe bala.

Releiam o artigo, amados irmãos. O texto“A Ameaça Bolchevique” pretende chamar aatenção para o perigo que representa os lar-gos passos que nosso país tem dado rumo auma estrutura política cada vez mais esquer-dista. Este é o verdadeiro perigo, e não ocomércio de armas de fogo e munição.

José Dirceu será cassado. Quem afirmou issofoi o Presidente Lula, no programa Roda-Viva, da TV Cultura, na noite de segunda,07. O Zé deve ter respirado aliviado. A mai-oria das coisas que o presidente prevê nãoacontece. Ainda resta uma esperança, Zé.Aliás, é a esta esperança que o deputadoagarra-se com todas as forças. E com umaclaque invejável a lhe apoiar. Noventa inte-lectuais (sic), profissionais liberais e artistasassinaram um manifesto pró-Zé. Mas o queleva tantos artistas, antes engajados com amoralidade pública, a se alinharem a umnotório espertalhão? Bem, alguns são fáceisde entender. Fernando Morais, por exem-plo, é o autor do Livro A Ilha onde cantaFidel Castro em prosa e verso. Juntamentecom o Zé são dois dos maiores admiradoresdo tirano de Havana. Ziraldo também assi-nou. Como assinou campanha publicitáriamilionária do Banco do Brasil numa pro-paganda encomendada pela agência doCarequinha de Minas, o Marcos Valério.Ziraldo sabe que o Zé deu uma forcinha.Guilherme fontes assinou. Fontes, estrelada Bang-Bang global é o mesmo que to-mou milhões da Embrafilme para filmas avida de Assis Chateaubriant e até agoranada. Nem filme nem dinheiro.

Aliás, Guilherme Fontes é um exemploexcelente para entendermos porque o ma-nifesto leva a assinatura de 40 personalida-des ligadas ao que se convencionou cha-mar de Cultura nesse país. Todos os cineas-tas, roteiristas e atores de ponta do cinemanacional deixaram sua digital no documen-to pró-Zé. Todos eles mendigando os tais“incentivos à cultura”: Lei Rouanet, Lei Men-donça, lei do Audiovisual, Fazcultura, etc.

Luiz Carlos Barreto, o Barretão, assi-nou o manifesto. Ele defende um naco de500 milhões de reais em renúncia fiscalliberados todos os anos para sua trupe. Édo Barretão essa pérola: “O cinema é umaindústria que sofre forte pressão interna-cional, uma concorrência que dificulta suaauto-sustentação. E a sobrevivência do ci-nema é uma questão que envolve a so-brevivência da sociedade brasileira. A ba-talha do audiovisual é hoje a batalha prin-cipal do mundo moderno, a defesa dosconteúdos audiovisuais. O país que nãoentrar nessa batalha não sobreviverá comonação”. Faço minhas as palavras de JanerCristaldo, do site Mídia Sem Máscara:“Quer dizer que o Brasil pode afundarcomo nação, caso os impostos que vocêpaga não financiem produções comoDona Flor e seus dois maridos e Que éisso, companheiro?”

O que motivao apoio ao Zé?

ROBERTO SANTOS OPINIÃO

Sabe porque essa gentalha critica tan-to Fernando Collor de Mello? Porque foiele quem no dia da posse extinguiu aEmbrafilme. De uma penada, acabou coma festa de um setor privado que adora oconforto garantido com o dinheiro do Es-tado. Isto é, com o dinheiro nosso, já queEstado nada produz e nada ganha. Foramquatro anos de Jejum. O apoio só voltou,discretamente, no Governo FHC e comtoda força no Governo Lula. No apagardas luzes do ano 2003 (31 de Dezembro),Lula aprovou o decreto 4.945. Desde en-tão a livre concorrência não existe para oCinema Nacional. Cada uma das 1800salas de exibição do país são obrigadas adedicar 63 dias de sua programação aocinema nacional. Até 2003, os dias deexibição obrigatória eram 35.

Não bastasse a sangria de recursos des-tinada ao glorioso cinema brasileiro, a cadaano cresce a participação do Governo noapoio às chamadas Paradas Gays. Benefi-ciados pela Lei do Mecenato do Ministérioda Cultura, só em São Paulo as cifras ultra-passam a casa do meio milhão de Reaispor Parada (R$ 503.000,00), o que levou aFolha de São Paula a comentar “Parada gayprofissionaliza captação de recursos”1. Osoutros Estados estão engatinhando nessaárea. A Parada Gay da Bahia recebe emtorno de R$ 50.000,00.

Sérgio Mamberti, o Tio Victor do infantilCastelo Ra-Tim-Bum e Secretário de Identi-dade e Diversidade Cultural do Ministério daCultura explica: “Não estamos repassandorecursos para um movimento social, mas paraum movimento cultural. O ministério traba-lha com um conceito ampliado e moderno”.

Janer Cristaldo ironicamente comen-ta: “Neste país incrível, homossexualismoé cultura. Mais ainda: virou questão deEstado. Mais um pouco e teremos a Ho-mobrás. O homossexualismo é nosso. Douniverso entre as nações, resplandece ado Brasil. Criamos o gay estatal”.

Mas, voltando ao Zé. Uma assinaturacuriosa passa quase desapercebida entreas noventa do manifesto. A do Pastor Ari-ovaldo Ramos, da Igreja Batista Água Bran-ca, SP. Ariovaldo Ramos é Presidente daVisão Mundial, trabalha no Serviço deEvangelização para a América Latina (SE-PAL) e é secretário da Associação Evangé-lica Brasileira (AEB). Além de emprestar onome para abrilhantar a lista de defenso-res do Zé, Ariovaldo Ramos é o pastor pre-ferido da Rede Globo de Televisão 2, além,claro, de ter sido o mais vibrante defensordo SIM, na campanha do desarmamento3.Mas isso já é assunto para outro artigo.

1. www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u50793.shtml2. epoca.globo.com/edic/210/entrevistab.htm3. www.vivario.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1137&tpl=printerview&sid=16

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O INVENCÍVEL SENNAO piloto brasileiro Ayrton Senna, de 35 anos, tri-

campeão de Fórmula 1, recorde mundial de pole-po-sicions, esperava ganhar a prova na Itália, no dia 10 demaio de 1994, e começar sua arrancada rumo ao Te-tra. Estava agora no seu maior sonho, na Wyllians, ti-nha o melhor tempo e estava à frente de seus concor-rentes. Sua performance era sensacional. Milhões detorcedores vibravam com sua técnica e velocidade.Mas, numa curva, a barra da direção quebrou, e, emfração de segundos, seu carro é lançado contra uma“proteção” de concreto. E o piloto brasileiro morre ins-tantaneamente de traumatismo craniano.

O PRECISO BAGGIOA Seleção Italiana não andava bem das pernas

no Mundial de Futebol de 94, nos Estados Unidos.Contudo, ela tinha o preciso Roberto Baggio. O me-lhor jogador do mundo da temporada 93-94. E eleestava decidindo todos os jogos da Itália. Passos namedida, jogadas de gênio, dribles desconsertantes echutes precisos. Conseguia ângulos impossíveis, co-locava a bola aonde queria, era também o terror coma bola parada. Mas, no dia 17 de julho, após o empa-te com a Seleção Brasileira, o final da Copa do Mun-do está sendo decidido nos pênaltis. O último chuteé de Baggio, o eficiente craque. O destino da Copaestá nos pés mais valiosos do mundo (15 milhões dedólares). Baggio se prepara, corre, e chuta para fora.

O IMORTAL ANTICRISTOO livro de Apocalipse, na Bíblia Sagrada, descreve

um personagem que surgirá nos últimos tempos. Cha-ma-lhe de Besta (ou Fera). Profetizam as Escrituras Sa-gradas que tal ser fará grandes sinais, seduzirá as na-ções, será ferido de morte, porém seu assessor, uma es-pécie de primeiro-ministro, o ressuscitará de forma es-petacular (Ap 13:11-13). O Anticristo consegue fazerum minucioso bloqueio econômico em todo o mundoque só permite comprar ou vender quem tiver seu nú-mero de registro (Ap 13:16-17). Será criado um ciborgtão perfeito que todos os habitantes do planeta se ma-ravilharão e adorarão tal imagem (Ap 13:14,15), de sor-te que autoridades, países e organizações estarão sob oseu controle. Mas, diz a Bíblia, que Jesus Cristo voltará etrará em Sua companhia os que creram nEle. Com Seupoder destruirá os seguidores desse Anticristo. E, quan-to ao próprio Anticristo e seu Falso Profeta (a segundaBesta, ou Fera), Ele os lançará vivos dentro do Lago deFogo e Enxofre, e “serão atormentados de dia e de noi-te pelos séculos dos séculos” (Ap 19:16-21 e 20:10).

Não se considere InvencívelPASTOR JOSÉ NOGUEIRA

MORAL DA HISTÓRIASó há um ser invencível, imbatível, imatável,

inassassinável (perdoem-me os gramáticos pelos ne-ologismos!). E Esse é Jesus Cristo. Saiba você quequem O matou no Calvário não foram os judeusou os romanos. O próprio Jesus declarou: “Ninguémtira a minha vida de mim; pelo contrário, eu es-

pontaneamente a dou. Tenho autoridadepara a entregar e também para reavê-la.

E este mandato recebi de meu Pai”(João 10:28). Só há uma explicaçãopara a morte de Jesus: “O bom pas-tor dá a vida pelas ovelhas” (João10:11). Ele deu “a sua alma comooferta pelo pecado” (Isaías 53:10).

Por isso, Jesus Cristo rompeu os gri-lhões da morte e ressuscitou (Atos

2:24), para garantir de forma inequívo-ca a vitória dos que confiam nEle e no

que Ele realizou. E você, de que lado está?

INFORMISSÕES nº 233, fevereiro de 1998.

COLETÂNEAS...

A GRANDE ARMADAEm março de 1558, 130 navios de guerra da Es-

panha partiram do porto de Lisboa rumo ao Canal daMancha, com o propósito de invadir a Inglaterra. Otamanho e o número de caravelas era tal que os pró-prios espanhóis batizaram a esquadra de Armada In-vencível. A vitória era certa e esmagadora, e consoli-daria a posição privilegiada da Espanha no cenáriomundial. Mas os navios ingleses puseram a pique doisnavios espanhóis e danificaram outros 58 barcos. Osventos fortes se incumbiram de destruir muitos ou-tros navios. Apenas a metade da “Armada Invencível”conseguiu voltar à Espanha.

O INAUFRAGÁVEL TITANICEm abril de 1912, um enorme navio de passagei-

ros, de 269 metros de comprimento, com 2.224 pes-soas a bordo, saiu da Inglaterra rumo a Nova York.Era o maior transatlântico do mundo e pertencia àempresa White Star Line. Deslocava 46 mil tonela-das. Diziam que era inaufragável e deram-lhe o po-deroso nome de Titanic. Mas, na noite de 14 para 15de abril, às 2 horas e 20 minutos, o navio, que faziasua viagem inaugural, bateu num iceberg e afundou.Naturalmente por se considerar à prova de qualqueracidente, só havia lugar para 1.178 pessoas nos botesalva-vidas. Mais de dois terços dos passageiros e tri-pulantes morreram neste desastre marítimo. O Tita-nic afundou a 150 quilômetros da costa canadense.

A INEXPUGNÁVEL MAGINOTApós a I Grande Guerra Mundial (1914-1918), a

França resolveu construir um paredão de concreto quea separasse da Alemanha. Isso deteria qualquer inva-são alemã numa futura guerra na Europa. Na décadade 20, o governo francês investiu alto na construçãodesse enorme dique de cimento, por toda a fronteiracom a Alemanha. A Inexpugnável Linha Maginot le-vou dez anos para ser construída, possuía abrigos demetralhadora, obstáculos de arame farpado, colunascimentadas antitanques, além de um subterrâneo comsistemas de comunicação, alojamentos para civis emilitares, hospitais, garagens, depósitos de armamen-tos, e provisões suficientes para resistir por anos deataques cerrados.

Mas, em junho de 1940, os alemães em plena IIGrande Guerra Mundial, invadiram a França pela fron-teira com a Bélgica. E, em apenas dez dias, captura-ram Paris, e atacaram a Inexpugnável Linha Maginotpor trás, deixando encurralados milhares de solda-dos e armamentos franceses. Em apenas dez dias osalemães acabaram com o que levou décadas de pla-nejamento e dez anos deconstrução.

Não é bom ler cartas dirigidas àoutra pessoa. Contudo, a quetranscrevo abaixo está autoriza-da. É de um pastor de Porto Rico,

dirigida a Jesus. É uma espécie de diário íntimo. Lerestas palavras é sentir um pouco do grande amor deambos.

Ai, bendito Jesus! Lembras daquele dia em que via-javas para a cidade de Naim? Imagino aquela cena dian-te dos meus olhos. Uma grande multidão e muitos dosTeus discípulos Te acompanhavam. Quando ias chegan-do a porta da cidade, cruzaste com um enterro. Era umaviúva que havia perdido seu único filho. Muita gente aacompanhava e a pobre mãe se desfazia em pranto.

Tu Te compadeceste dela: Não chores! Mas isso ape-nas não a poderia consolar porque era justo que chorassea morte de seu filho. Então, interrompeste o enterro, di-zendo: Jovem, a ti digo: levanta-te! E o morto voltou àvida e começou a falar. Que linda cena em que devolves-te vivo àquela mãe que não atinava com o que acontecia,mas que, tomada de gozo, volveu para Ti os olhos cheiosde gratidão e ternura, num gesto de agradecimento queia além de todas as palavras que se pudesse dizer.

Pois eu digo que preguei a respeito dessa passageme entre os que me ouviam estava uma mulher cujo fi-lho a havia espancado e deixado quase morta. Choro-sa e abatida ouvia as minhas palavras. Sua dor era mai-or, porque o filho havia desaparecido com medo dopai. Toda a congregação estava em estado de comoçãointensa. Alguns haviam conseguido que o filho viesseao templo naquela noite, para pedir perdão à mãe. Eunão o sabia. E minha mensagem sem dúvida alcançouo resultado somente por Tua grande misericórdia.

Quando fiz o apelo, o jovem, que estava do ladode fora, entrou, sozinho, com passo firme, embora aslágrimas lhe corressem copiosas pelas faces. Ajoelhou-se silenciosamente. Logo a mãe, levantando-se, veioajoelhar-se ao seu lado, chorando de alegria. Uma cenacomovedora! E logo, passados alguns instantes, o paiveio também e o resto da família após ele. Finalmentea congregação, toda ela, se movimentou em direçãoao púlpito e se curvou, de joelhos. E eu repeti àquelamãe as tuas palavras: Não chores. E, ao filho: A ti tedigo: Levanta-te. E o entreguei à sua mãe. Todos saí-ram felizes naquela noite da igreja. Digo-Te, agora, quemuito me custou repor-me em meu espírito depois da-

Carta a Jesus

DL 50 - “Dose Letal 50”ROBERTO SANTOS

Você sabia que o corpo humano suporta bem qualquer tipoesta notícia o leve a expor-se à primeira cobra que surgir deixe-bem um veneno desde que este não ultrapasse o limite que é coTrata-se de uma unidade de medida que, se ultrapassada, ocasiotas vacinas, por exemplo, são agentes nocivos ministrados em d

[Na vida espiritual percebemos que] pequenas doses de veDeus [e que urge que fiquemos sempre] alertas para fugir de pto lento e gradual].

Na semana retrasada, a Rede Globo de Televisão lançou maisprevisto apresentava o humorista Agildo Ribeiro imitando um pacatolicismo. A direção da Globo não aprovou a brincadeira “comteve que abortar seu personagem, um certo Pe. Martelo Prosa.

Puxa, quanto respeito! Interessante, quem se lembra de uevangélica? Ah, crente pode... Vem cá, o que você está esperaCuidado, na semana que passou, o episódio de “Você Decide” fama e fortuna. Os telespectadores globais votaram a favor d“demoníaco” Tarcisio Meira. Assistir a Rede Globo nos coloca num certo Salmo que fala numa tal “roda dos telescarnecedore

Pois é, nem todo envenenamento supera, de imediato, o DMuitas vezes ele é aplicado em “suaves doses de veneno”.

PR. JOSÉ NOGUEIRA

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Um lampejo de sensatez perpassou as comemo-rações dos 16 anos da Igreja Evangélica Fundamenta-lista Cristo é Vida. Uma sensatez insensata aos olhosdo mundo, mas que deu uma injeção de ânimo aosdefensores intransigentes da observação dos precei-tos bíblicos ao pé da letra. Coisa bem própria dosfundamentalistas é claro. Afinal de contas um bomfundamentalista não perde de vista a lição de Atos17.11: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres queos de Tessalônica; pois receberam a palavra com todaa avidez, examinando as escrituras todos os dias paraver se as cousas eram de fato assim”.

Por duas semanas, debruçados sobre surradasBíblias, centenas de modernos bereianos reeditaramo zelo da igreja primitiva. Na festa dos 16 anos umquestionamento se faz necessário: que fazer agoracom os conhecimentos compartilhados pelo eminenteconvidado, Dr. Adauto J. B. Lourenço, conferencistaoficial das comemorações?

Uma passagem por notas e notícias dos jornais erevistas pode nos dar uma idéia. Na revista Veja (02/08/00) o economista Cláudio de Moura Castro ironi-za o debate Criação X Evolução que agitou o estadonorte-americano do Kansas. “Pesquisa de opinião re-cente”, diz Moura Castro, “demonstrou que 47% dosamericanos acreditam que Deus criou os homens taiscomo são, enquanto 49% aceitam a evolução comoexplicação correta. (...) É perigoso ter uma popula-ção basbaque, que acredita em tudo. Mas o extremooposto não é menos perigoso, pois isso significa adescrença no engenho mais possante que temos [aciência] para verificar se alguma teoria que descrevea realidade é verdadeira ou falsa. Não podemos usara ciência para testar a existência de Deus ou seus man-damentos. Esses são atos de fé ou juízos de valor. Masa biologia moderna, descendente direta de Darwin,cria os remédios que salvarão vidas, mesmo a de seusdescrentes. É triste reconhecer, mas, no país mais po-deroso do mundo, a ciência não chegou ao povão.”

A opinião de Moura Castro saiu antes da decisãodos eleitores do Kansas. Dois dias depois o jornal TheNew York Times (04/08/00) trazia uma extensa maté-ria sobre aquilo que ele chamou de “bom senso”: arejeição das candidaturas pró-criacionismo para oConselho de Ensino do Kansas.

E como o New York Times registrou o fim da pen-denga? “‘Acho que os pais querem que seus filhos te-nham um ensino forte e competitivo’, disse Sue Gamble,uma republicana moderada que derrotou a presidentedo conselho escolar, Linda Holloway, uma conservadora.‘A mensagem foi que isso inclui todo um conjunto depadrões de ciência e que inclui a evolução’”.

Enquanto isso, no interior do Ceará acontecia umdos maiores achados paleontológicos dos últimosanos: foram encontrados meia dúzia de ossos doque teria sido um Santanaraptor placidus! (RevistaVeja, 02/08/00). O Santanaraptor (que recebeu estenome pelo fato de ter sido encontrado nas proximi-dades da cidade de Santana do Cariri) teria vividopor estas bandas há 110 milhões de anos! (sic).

Estas notícias apontam para o fato de que as pales-tras do Dr. J. B. Lourenço foram, além de apropriadas,extremamente oportunas. Resta a quem as ouviu multi-plicar seu impacto tornando-se um ferrenho defensordas fundamentações bíblicas para a origem divina dohomem e da ação do seu Criador ao longo da história.

Mas como fazer isso? Ora, simplesmente opondo-se ao ensino tradicional colocado pelas escolas! Obvia-mente que não podemos romper individualmente como ensino estabelecido. Precisamos “passar de ano” e issoimplica em ser aprovado em testes fundamentados emmentiras. Estamos sujeito a uma autoridade educacio-nal que impõe Parâmetros Curriculares Nacionais a todauma estrutura escolar. Mas podemos manifestar – extra-prova - nossa posição pessoal. Responda que Darwin“achava” que o homem é fruto de uma evolução simi-esca. Tire 10 na prova e, depois, apregoe aos quatroventos que essa balela não se sustentará por muito tem-po. Abra sua Bíblia e diga que, pelo menos você, vemde Alguém muito superior a qualquer neandertal.

Uma historiazinha interessante circulou na Inter-

A Pressão do Ensino e a Precisão das EscriturasROBERTO SANTOS

net um dia desses. E dela po-demos tirar uma lição para aatitude acima proposta. Umprofessor de física foi convi-dado por um colega para ser-vir de árbitro na revisão deuma prova que recebera nota zero. O aluno diziamerecer nota máxima. Professor e aluno concorda-ram em submeter o problema a um juiz imparcial.Veja o relato do professor escolhido:

“Chegando à sala de meu colega, li a questão daprova: ‘Mostre como se pode determinar a altura deum edifício com o auxílio de um barômetro.’ A res-posta do estudante foi a seguinte: ‘Leve o barômetroao alto do edifício e amarre uma corda nele: baixe obarômetro até a calçada e em seguida levante, me-dindo o comprimento da corda; esse comprimentoserá igual à altura do edifício’”.

“Sem dúvida a resposta satisfazia o enunciado, epor instantes vacilei quanto ao veredicto. Recompon-do-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinharespondido à questão, mas sua resposta não compro-vava conhecimentos de física, que era o objeto daprova. Sugeri então que ele fizesse outra tentativa deresponder à questão. Meu colega concordou pronta-mente e, para minha surpresa, o aluno também”.

“Segundo o acordo, ele teria 6 minutos para respon-der à questão, demonstrando algum conhecimento defísica. Passados 5 minutos, ele não havia escrito nada,apenas olhava pensativa-mente para o forro da sala. Per-guntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha umcompromisso logo em seguida. Mas o estudante anun-ciou que não havia desistido. Ele estava apenas escolhen-do uma entre as várias respostas que concebera”.

“De fato, 1 minuto depois ele me entregou estaresposta: ‘Vá ao alto do edifício, incline-se numa pon-ta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo tde queda desde a largada até o toque com o solo.Depois, empregando a fórmula h = (1/2)gt2, calcule aaltura do edifício’. Nesse momento, sugeri ao meucolega que entregasse os pontos e, embora contrafei-to, ele deu uma nota quase máxima ao aluno”.

“Quando ia saindo da sala, lembrei-me de que oestudante havia dito ter outras respostas para o proble-ma. Não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eramessas respostas. Ele disse: ‘Ah! Sim, há muitas maneiras deachar a altura de um edifício com a ajuda de um barô-metro. Por exemplo: num belo dia de sol pode-se medira altura do barômetro e o comprimento de sua sombraprojetada no solo, bem como a do edifício. Depois, usan-do-se uma simples regra-de-três, determina-se a alturado edifício. Um outro método básico de medida, aliásbastante simples e direto, é subir as escadas do edifíciofazendo marcas do tamanho do barômetro na parede, amedida que se vai subindo. Contando o número de mar-cas tem-se a altura do edifício em unidades barométri-cas. Um método mais complexo seria amarrar o barôme-tro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pên-dulo, o que permite a determinação da aceleração dagravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e notopo do edifício, obtêm-se duas acelerações diferentes, ea altura do edifício pode ser calculada com base nessadiferença. Se não for cobrada uma solução física para oproblema, existem muitas outras respostas. A minha pre-ferida é bater à porta do zelador do prédio e dizer: Carozelador, se o senhor me disser a altura deste edifício, eulhe darei este belo barômetro’”.

“A essa altura, perguntei ao estudante se ele não sabiaqual era a ‘resposta esperada para o problema. Ele admitiuque sabia, mas estava farto das tentativas do colégio e dosprofessores de dizer como ele deveria pensar”.

A historia termina aqui. A reflexão começa aqui.Por mais quanto tempo você vai permitir que as idéi-as impostas pelas salas de aula silenciem aquilo que aBíblia tão claramente expõe? A pressão do ensino nãopode suprimir a precisão das Escrituras. Aja da mes-ma forma que pensou o salmista: “Sou mais entendi-do que muitos cientistas, porque acredito nas Suaspalavras” (Cf Salmo 119:100).

INFORMISSÕES nº 348, 06 de Agosto de 2000.

quela experiência. É que não alcanço compreendercomo fazes estas coisas! Como Te encarnas em tais re-alidades e tens compaixão de nós!

Outra vez foi quando me levaram para orar comum casal de anciãos, em uma cidade abatida pela guer-ra. Sua filha, que era advogada em casos de vítimas darepressão oficial, estava desaparecida. Essa é a situa-ção mais temida no país. Estar desaparecido significaser torturado ou morto. Como não puderam obter nadadaquela senhora pelos interrogatórios, levaram tambémsua filhinha, de treze anos. Prenderam-na na escola soba alegação de que a criança havia participado de umagreve. Agora ofereciam sua “liberdade” a troco de quea advogada saísse do país. Ela se negou e continuoupresa, mantida incomunicável.

Orar com aquele casal de anciãos só se pode fazerse Tu mesmo o fazes por nós. Nesse dia, não disse àque-les irmãos: Não chores! Não seria justo dizê-lo. Aoinvés disso, chorei com eles e participei um pouco desuas dores e temores.

Outra ocasião foi quando tive que aconselhar a umajovem esposa que havia tentado o suicídio. Eu a co-nhecia desde menina. Sua situação trazia sobre mimprofunda tristeza. Ao entrar em seu quarto, havia sidoadvertido de que ela intentaria outra vez o suicídio, setivesse outra oportunidade.

Entrei, e ela não olhou para mim. Cumprimentei-a, eela não me respondeu. Sentei-me a seu lado e estive aliuns quinze minutos sem dizer uma palavra. Peguei umaBíblia que estava ao lado, e notei que suas irmãs haviammarcado algumas passagens que a exortavam para que searrependesse. Eu teria que dizer alguma coisa. Mas, Jesusbendito, o quê? Orei e marquei naquela Bíblia uma pas-sagem de alento: Na tua presença, Senhor, estão os meusdesejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta (Sl38:9). Peguei suas mãos tão amorosamente como se oestivesse fazendo com uma de minhas próprias filhas, elhe pedi que, quando se sentisse com ânimo, lesse aquelapassagem. Orei e saí do quarto. Pedi que ninguém a per-turbasse, pois ela estava sob os cuidados de Deus.

Ao sair daquela casa, estava certo de que Tu cuida-rias dela. Ela é tão bonita, tão jovem. Não se pode des-perdiçar uma vida assim. E ela não morreu. No anoseguinte deu à luz um filho, e o casal lhe pôs o meunome. Graças Te dou, meu Jesus, por tua fidelidade.Continuas sendo sempre terno e compassivo.

Obrigado, Senhor, por nos encontrarmos semprejuntos no caminho.

INFORMISSÕES nº 238 , 17 de novembro de 1996.

o de veneno? E sem matá-lo? Bem, antes queme acrescentar um outro dado: suportamos

onhecido como DL 50, ou melhor, “Dose Letal 50”.ona males ao ser humano, dentre eles, a morte. Mui-doses abaixo do DL 50.neno são destiladas continuamente contra o povo depráticas que [nos levem a um processo de envenenamen-

s um programa humorístico: “Zorra Total!”. Um dos quadrosadre - nos moldes do Pe. Marcelo Rossi - fazendo piadas sobre om algo tão sério como a imagem de um padre”. E o comediante

m certo pastor chamado Tim Tones e de sua debochada igrejando para começar a cortar a Rede Globo da sua programação?levantou a questão de se entregar a Alma ao Diabo em troca de

de Satanás e o programa terminou com o sorriso vitorioso dona mesma roda destes telespectadores. Aliás, estava pensandos”, sei lá, é algo mais ou menos assim...

DL 50.Plim! Plim!

INFORMISSÕES nº 288, Abril de 1999.

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missões

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Palmeiras do Javari,29 de agosto de 1997.

“Convém que Ele (Jesus) cresça, e que eu diminua” João 3.30

Amada Igreja:Aqui estamos, graças a Deus em paz e animados. Os últimos dias de nossa vida têm sido

uma correria. Avião para Manaus, depois de Manaus para Cruzeiro do Sul - Acre, e finalmentepara Palmeiras do Javari - Amazonas, pelo avião da Missão Asas do Socorro.

Ao chegarmos em Palmeiras, logo nos alojamos na casa de missionário que está de fériasaté dezembro. A casa é simples, de madeira e coberta de palha, como muitas outras aqui naregião. A palha é trançada de forma que impede a passagem da água de chuvas, desse modotemos aqui um teto bonito e eficiente, sendo negativo apenas o fato de favorecer abrigo paraos ratos, que encontram na palha o que precisam para viver. Temos sido vencedores nessa lutacom eles, e uma ratoeira tem sido nossa aliada ideal.

A região aqui é muito bonita. Temos um grande rio e fundo a dez metros de nossa casa,árvores altas e belas. Peixe, carne de porco do mato (queixada), carne de anta, banana, maca-xeira e farinha não faltam por aqui. Temos sempre alguém, índio ou civilizado, disposto atrocar ou vender para nós.

O povo de Palmeiras é simples, já os militares são mais “distantes”, vivendo o mundo e asfestas deles. Os civis sobrevivem da caça, pesca, agricultura e cortes de madeira. São bempobres, e como não têm muita coisa diferente para se fazer por aqui, eles jogam futebol todasàs tardes.

Alguns missionários americanos estiveram aqui e construíram uma igrejinha de madeirapara as reuniões com os convertidos (civilizados). Com a nossa chegada, tornamo-nos aos seusolhos “pastores”, inclusive há alguns querendo o batismo e para isso queremos que a Igreja aídecida como devemos nos portar quanto ao batismo, celebração da Ceia, e demais responsa-bilidades da igrejinha. Não pretendemos nos deter com este trabalho de modo intenso, etambém não podemos negligenciá-lo, pois também há entre os civilizados daqui uma portapara a evangelização.

Quanto aos índios, ainda não fomos na aldeia, porque ainda não chegou o barco quenosso colega, missionário americano Jeff, comprou. Mas já visitamos uma vila de quatro casasde Mayorunas, que vieram morar aqui perto de Palmeiras (uns 30 minutos de barco daqui).Eles também já vieram nos visitar e trocar coisas conosco. Estamos estudando a língua, mas,por enquanto, do jeito que dá, pois ajudamos na construção da igrejinha, e agora começamosa construção de nossa casa.

Eu estou bem, apesar do cansaço e adaptação. A Arlete está muito bem e animada. Sualuta maior tem sido a grande quantidade de “pium” (um insetinho que pica bastante e dámuita coceira), que parece preferir os “brancos” como ela. Deus tem dado muita sabedoria aela para cuidar da Sofia, de modo a protegê-la de contaminações e insetos. A Sofia está linda,sempre sorridente, e agora, tudo indica, que logo nascerão dentinhos nela, pois tenta coçar asgengivas constantemente. Graças a Deus a Sofia têm se adaptado bem e sempre com bomhumor, o que entendemos ser conseqüência de boa saúde.

A água aqui tem que ser fervida (para matar os vermes) e filtrada (para tirar o barro quechega ser visível na água). O clima é quente durante o dia, e normalmente muito agradável ànoite. Nossos colegas, Jeff e Judith Roszhart (missionários americanos da Missão Novas TribosInternacional) são excelentes. Têm dois filhos (oito e cinco anos) e são bem divertidos - ado-ram pescar e passear no rio. Orem por eles. Agora somos uma equipe e precisamos de sabedo-ria, comunhão, maturidade e amor.

Agradecemos as orações e desejamos que o Senhor nosso Deus, cuide de cada um comseu terno amor como nos têm guiado.

No amor de Cristo,Ricardo, Arlete e Sofia Dias.

Jeff tem um computador e correio eletrônico (viabilizado pelo rádio amador) o e-mail é:[email protected].

INFORMISSÕES nº 212, de setembro de 1997.

E o mundo não acabou

Paco Rabanne disse que o mundo acabaria dia11 de agosto de 1999. Católicos se desesperaramenquanto o Papa se refugiava em sua casa de férias.Informissões registrou.

Um agricultor católico queimou três toneladas dearroz e ficou esperando o fim do mundo. Aconteceuem Caxias, no Maranhão. Depois de ter queimado aprópria casa e toda a safra de arroz o maranhenseesperou, em vão, o fim do mundo, na quarta-feirapassada. O tresloucado agricultor alegou ter recebi-do uma mensagem de “nossa senhora” dizendo que“os ricos não entrariam no reino do céu”. Na quinta-feira, desesperado, não sabia o que dizer à mulher eaos filhos alojados embaixo duma árvore.

Na Europa, África, Estados Unidos e até no Piauí,as cenas de crendice se repetiram. Milhares de irani-anos e turistas, concentrados na praça central da ci-dade, aplaudiram e gritaram “Alah é grande”. No Egi-to, centenas de muçulmanos também se reuniram namesquita de Al Azhar, no Cairo, para celebrar a tradi-cional “oração do eclipse”, dedicada a “Alah, o ben-dito criador da luz e da escuridão”. Sedra, considera-da a rainha da magia branca da Romênia, recomen-dou à população do país que ficasse em casa orandoe declarou que não olharia para o céu porque tinhaque resolver outros problemas espirituais. Druidasdançaram, muçulmanos rezaram, hindus se banha-ram em rios e lagos e europeus pararam de trabalhare foram para as ruas ver a escuridão que cobriu mui-tas cidades em pleno dia.

“Enforcar” o trabalho foi mais fácil, também, noPiauí. O Secretário da Administração estadual decre-tou Ponto Facultativo alegando que “os funcionáriosestavam tensos frente à possibilidade de um fim domundo”. O secretário deixou transparecer que elenão estava preocupado.

O papa João Paulo II, aficionado observador doscéus, acompanhou o fenômeno utilizando um vidroescuro depois de voar de helicóptero para sua resi-dência de verão em Castelgandolfo. João Paulo II re-duziu a duração de sua reza pública semanal no Vati-cano para não perder o eclipse. “Vou parar porquesei que vocês estão aflitos para ver o eclipse”, disse olíder dos católicos sem se preocupar em dar umamensagem tranqüilizadora a centenas de católicosque, como o maranhense de Caxias, entraram empânico. Depois de observar o fenômeno, ele não fezcomentários, afirmou o jornal Folha de São Paulo.

A última homenagem ao eclipse foi feita por cer-ca de 700 mil hindus, que fizeram um “mergulho dasorte” em um grande lago na cidade sagrada de Ku-rukshetra. Segundo o hinduísmo, se você dá um mer-gulho durante o eclipse recebe um benefício mil ve-zes maior que o normal.

Em Paris, grupos de manifestantes se reuniramdiante de lojas de Paco Rabanne para ridicularizarsua predição de que a estação espacial Mir cairiadurante o eclipse. Os manifestantes estenderam fai-xas e gritaram “Paco, você se enganou, o ‘Pacoalipse’não aconteceu”.

Na sexta-feira dezenas de europeus procuraramoculistas, pois expuseram suas vistas aos nocivos rai-os que “sobraram” na auréola do eclipse. Temiam fi-car cegos. Cegueira pior, no entanto, é a dos católi-cos. Afinal de contas as maiores cenas de desesperose deram justamente nos locais onde o catolicismo émais tradicional. Medieval até. O Brasil e o Mundoprecisam desesperadamente de Cristo. Tenhamos umavisão missionária, pois a carência espiritual é grande.

INFORMISSÕES nº 305, 15 de Agosto de 1999.Pr. Ricardo e Arlete Dias, Sofia e Ricardo Júnior

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Quando cursava o Instituto Bíblico Peniel,em 1994, eu já havia falado dos índios Korubose por eles orava. Conheci o Ricardo Lopes, tam-bém aluno em Peniel e conversando com elesobre os Korubos ele me disse que sua igrejatinha adotado esse grupo indígena.

Na segunda etapa do curso conversei com aliderança da Missão Novas Tribos sobre esse de-sejo, mas eles não se mostraram animados poresse trabalho por causa da problemática que háentre o governo, FUNAI e antropólogos contraas missões evangélicas entre os grupos isolados.

No término do curso, apresentamos maisuma vez esse alvo para a Missão e a opiniãodeles era a mesma de antes. Foi então que acei-tamos o convite do casal Adilton e Vilma Cam-pos para trabalhar entre os índios Cinta Larga,no estado de Rondônia.

Terminando o curso, fizemos nossa divulga-ção e fomos conhecer a igreja do Ricardo Lopes( Igreja Evangélica Fundamentalista Cristo é Vida). E mesmo estando indo trabalhar com os CintaLarga, o pastor José Nogueira envolveu a igrejaem nosso ministério, a qual assumiu um com-promisso financeiro e espiritual conosco.

Fomos para a região de Rondônia. Passamosum ano entre os índios Gavião, grupo de línguasemelhante à língua Cinta Larga. Depois fize-mos várias viagens de sondagem às aldeias Cin-ta Larga e conhecemos ao todo nove aldeias.

Tudo parecia estar certo para nos estabele-cermos em uma dessas aldeias quando come-çou um garimpo ilegal de diamantes na reservaCinta Larga e logo envolveu a Polícia Federal.Também nesse período chegaram missionáriosda JOCUM para trabalharem com esse mesmogrupo indígena.

Então a situação complicou porque eram trêsmissões (Novas Tribos, UNIDAS e JOCUM) di-recionados para o mesmo trabalho sem pode-rem entrar na aldeia por causa do garimpo.

Tudo isso nos levou à reavaliar nossos alvose nos sentimos incomodados à deixar àqueletrabalho. Saímos para o nosso período de divul-gação após três anos ali em Rondônia. Comuni-camos com pastores e envolvemos igrejas paraestarem orando por uma definição para o nossofuturo campo de trabalho. Ao comunicar nossadecisão com o pastor Nogueira, logo em segui-da ele me fez o convite para assumir a congre-gação em Atalaia do Norte, com o objetivo dealcançar os Korubos. Guardamos o convite nocoração e ficamos orando.

CONFERÊNCIA

Conferência Missionária da Igreja Evangéli-ca Fundamentalista Cristo é Vida (18 a 21/01/2002) — Nossa decisão para trabalhar com osíndios Korubos.

Fui convidado pelo pastor Nogueira para pre-gar nas conferências. Para mim e para minha fa-mília, foram dias de muito desafio. As mensa-gens que preguei, bem como a mensagem dadapelo pastor, os relatórios e testemunhos dados,o louvor, enfim, a boa ordem em que tudotranscorreu, redundou em bênçãos para nós.

O nosso objetivo lá era de desafiar vidase louvamos a Deus pelas decisões que alihouveram. Fomos para desafiar e saímosmais desafiados. O Desafio pelos índios Ko-

rubos, que parecia adormecido, voltou para nóscomo uma necessidade latente. Deus respondeunossas orações por uma definição e pela fé toma-mos decisão de fazer a nossa parte.

PLANOS EM ATALAIA: ESTRATÉGIA

Índio marubo Sebastião. Pretendemos nosestabelecer na cidade de Atalaia e sermos umapoio à congregação ali existente. Queremos nosenvolver com o povo do local e ali ganharmosalmas para Cristo.

Pretendemos também, na medida do possí-vel, nos aproximar das autoridades locais e de-senvolvermos um bom relacionamento com elas.Paralelamente, temos o alvo de alcançar os índi-os Korubos. A estratégia que temos é a seguinte:1. Os Índios Matis – Ouvimos falar que essesíndios( grupo semi-isolados) têm acesso à cida-de de Atalaia.2. Eles falam língua semelhante à língua dos índiosKorubos. (alguns falam um pouco de português).3. Eles também não possuem presença missionária.

CONCLUSÃO

O nosso primeiro passo será o acesso aosMatis, ganhar sua confiança e começar, na me-dida do possível começar a aprender seu idio-ma. O Índio marubo Sebastião.

Conhecemos o Sebastião em Cruzeiro doSul-AC. Ele é convertido através do trabalho daNovas Tribos entre os marubos. É casado comuma branca. Ela é costureira e ele é funcionáriode uma ONG e também vende artesanatos.

Agora o mais interessante sobre ele é queele é muito desfiado para alcançar outros gru-pos indígenas com o Evangelho. Inclusive ele jáfez, sozinho, algumas viagens à aldeia matis epara outro grupo isolado da região. Ele tem de-sejo de fazer Seminário. Quando estivemos emCruzeiro do Sul, conversávamos sobre a possi-bilidade de visitar os Korubos. Após tomarmosnossa decisão, liguei para o Sebastião e convi-dei-o para vir morar em Atalaia e fazer seminá-rio em Tabatinga ( cidade próxima ). Ele se mos-trou bastante interessdo, mas para isso ele iráprecisar de apoio financeiro.

Como índio o Sebastião, além de conhecerbem o mato, tem acesso a qualquer grupo tribal.Ele seria um excelente companheiro de trabalho.

OBS: Não conversei mais com ele depoisdesta conversa.

Manaus, 28 de Maio 2002.

A AbsolutaImportânciado MotivoA. W. TOZER

A prova pela qual toda conduta será finalmentejulgada é o motivo. Como a água não pode subir maisalto do que o nível da sua fonte, assim a qualidademoral de um ato nunca pode ir mais alto do que omotivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato pro-cedente de um mau motivo pode ser bom, ainda quealgum bem possa parecer provir dele. Toda ação prati-cada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á afinalque foi praticada pelo inimigo e contra o reino de Deus.

Infelizmente, a natureza da atividade religiosa é talque muita coisa dela pode ser levada a efeito por razõesnão boas, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidadee a avareza. Toda atividade desse jaez é essencialmentemá e como tal será avaliada no julgamento.

Nesta questão de motivos, como em muitas outrascoisas, os fariseus dão-nos claros exemplos. Eles continu-am sendo os mais tristes fracassos religiosos do mundo,não por causa de erro doutrinário, nem porque fossempessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problemadeles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Ora-vam, mas para serem ouvidos pelos homens, e deste modoo seu motivo arruinava as suas orações e as tornava nãosomente inúteis, mas realmente más. Contribuíam gene-rosamente para o serviço do templo, mas às vezes o fazi-am para escapar do seu dever para com os seus pais, eisto era um mal, um pecado. Eles condenavam o pecadoe se levantavam contra ele quando o viam nos outros,mas o faziam por sua justiça própria e por sua dureza decoração. Assim era com quase tudo o que faziam. Suasatividades eram cercadas de uma aparência de santida-de, e essas mesmas atividades, se realizadas por motivospuros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fari-seus jazia na qualidade dos seus motivos.

Que isso não é uma coisa pequena infere-se dofato de que aqueles religiosos formais e ortodoxoscontinuaram em sua cegueira até que finalmente cru-cificaram o Senhor da glória sem um pingo de noçãoda gravidade do seu crime.

Atos religiosos praticados por motivos vis são du-plamente maus - maus em si mesmos e maus porquepraticados em nome de Deus. Isso é equivalente apecar em nome dAquele Ser que é sem pecado, amentir em nome dAquele que não pode mentir, e aodiar em nome dAquele cuja natureza é amor.

Os cristãos, especialmente os muito ativos, freqüen-temente devem tomar tempo para sondar as suas al-mas para certificar-se dos seus motivos. Muito solo écantado para exibição; muito sermão é pregado paramostrar talento; muita igreja é fundada como umabofetada nalguma outra igreja. Mesmo a atividade mis-sionária pode tornar-se competitiva, e a conquista dealmas pode degenerar, passando a ser uma espécie deplano de vendedor de escovas, para satisfazer a carne.Não se esqueçam, os fariseus eram grandes missionári-os, e circundavam mar e terra para fazer um converso.

Um bom modo de evitar a armadilha da atividadereligiosa vazia é comparecer ante Deus sempre quepossível com as nossa Bíblias abertas no capítulo 13 deI Coríntios. Esta passagem, conquanto considerada comouma das mais belas da Bíblia, é também uma das maisseveras das que se acham nas Escrituras Sagradas. Oapóstolo toma o serviço religioso mais elevado e o con-signa à futilidade, a menos que seja motivado pelo amor.Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos emártires são despedidos sem recompensas.

Para resumir, podemos dizer simplesmente que, àvista de Deus, somos julgados, não tanto pelo que fa-zemos como por nossa razões para fazê-lo. Não o quemas por que será a pergunta importante quando nóscristãos comparecermos no tribunal para prestarmoscontas dos atos praticados enquanto no corpo.

Nota sobre o Autor: O Dr. A. W. Tozer foi pastor deuma Igreja da Aliança Cristã Missionária no Canadá,até o falecimento dele nos anos 60. Ele é conhecidocomo um dos mais famosos pregadores deste século

e como “um profeta” da nossa geração.

Nosso desafio pelos KorubosCARTA DOS MISSIONÁRIOS PR. EDUARDO VIEIRA E CLÁUDIA

Publicado no INFORMISSÕES nº 433.

Pr. Eduardo e Cláudia,Beatriz, Alice eEduardo Neto

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Carta Aos JovensDONA AURISTELA

Amados Jovens:Tenho a necessidade de dizer-lhes o quanto sou

grata a Deus pela vida de cada um de vocês. Pois, alémde irmãos em Cristo, vocês são como filhos para mim.Oro sempre por vocês, pedindo a Deus que Ele colo-que nos seus corações compromisso de estarem servin-do ao SENHOR com amor e dedicação e que sejamsempre gratos à benevolência do SENHOR. Aqueles queestão firmes na Rocha continuem buscando cada vezmais firmeza no SENHOR. Aqueles que estiverem des-motivados ou desanimados orem e peçam orações, por-que o SENHOR é fiel e responde às nossas orações.

Nunca deixem que o Inimigo prevaleça e que façaestragos nas suas vidas e em seus corações!

Se você, jovem, está sentido-se excluído de al-gum grupo, saiba que, principalmente, depende devocê. Faça – acima de tudo – a sua parte: ore, entre-gando a Deus, e passe a buscar a sabedoria do altopara que, com humildade de coração, novas relaçõesde amizade cristã se estabeleçam e perdurem. Pois,poucas coisas, na vida cristã, são tão gratificantes efortalecedoras do que servir ao SENHOR com alegriae amor. E assim todos nós estejamos – num só propó-sito – sendo abundantes na obra do SENHOR – 1Coríntios 15:58 e 1 Timóteo 3:14.

Mais uma coisa peço em Nome de Jesus: Que omotivo de vocês virem para a igreja e de estarem aquiseja sempre O SENHOR, pois Ele deve ser eterna-mente a nossa razão principal de tudo! Jesus Cristo éo Centro de nossa vida! Leiam Salmo 119:9-11.

Um abraço!Agradecida a Deus por todos vocês.

O Quadro Negro dos SaposLIGY ARIELI

“Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaida-de, e vivifica-me no teu caminho”. Salmo 119:37

Há uma versão que diz; “Desvia os meus olhosdas coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos quetraçaste”. Desde criança sou fascinada por sapos.Sempre achei um bicho muito interessante. Certavez, estava fazendo uma pesquisa na Internet eachei umas informações sobre sapos, e uma mechamou bastante atenção. Era a respeito da forçade visão dos sapos, da capacidade de concentra-ção deles. Eles nunca se distraem por coisas semimportância. O campo de visão deles é como umquadro negro limpo, cuja única imagem que re-cebem são de objetos que lhe interessam especi-ficamente. Eles só vêem o que é essencial ou querepresenta perigo para eles.

Isso me faz pensar na nossa vida cristã. Muitasvezes, concentramos o nosso pensamento e a nossavisão em preocupações insignificantes, e desvia-mos o olhar daquilo que realmente importa. Nonosso texto, o salmista pede a Deus para que oajude a fixar a sua visão nos caminhos do Senhore desviá-la das coisas inúteis, das vaidades. Se fi-zermos isso, a esfera da nossa visão vai estar clarapara vermos nitidamente o que Deus quer quefaçamos, pois muitas vezes nos distraímos com opecado e não mais conseguimos discernir o querealmente importa.

Aprendamos a lição do quadro negro dos sapose centralizemos nosso olhar em Cristo e na sua vonta-de para nossa vida. Quanto mais nos sentimos atraí-dos a Cristo, menos seremos distraídos pelo mundo.

Agradecendo a DoisGrandes PresentesSÉRGIO ALVES

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossosdelitos e pecados” Efésios 2.1

Como é bom saber do amor de Deus, saber queEle me fez viver, me deu uma família grande, essa igre-ja, a Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida queconsidero o segundo maior presente dado por Deus.Vocês, que fazem essa igreja, moram no meu coração.Tenho vontade de ir à frente e falar tudo o que de bomtenho e sinto por vocês, mas minha timidez ainda égrande. Aqui, nesta igreja, Deus tem me confortado eexortado. Sou grato ao pastor Nogueira por cada sorri-so, cada abraço, mas, também por cada exortação. Édifícil, às vezes, ouvir e reconhecer que nosso pontode vista está errado, mas se tem um princípio bíblico,todo nosso conceito cai por terra (II Tm 3.16,17). Vi-vemos um momento difícil no mundo cristão, a inver-são de valores tenta atacar as igrejas, e Deus tem usa-do essa liderança para nos instruir no caminho certo ea lutar pela sã doutrina ( I Tm 1.3; 6.3-5).

Nessa família conheci pessoas, cada uma comqualidades e gostos diferentes e é uma bênção poderconviver com cada uma, que como eu, temos defei-tos e somos pecadores, mas o amor nos mostra o ladointerior de nossos irmãos. Obrigado a cada um devocês, pastores, diáconos, professores e líderes dessafamília, dos meus irmãos. Perdoem-me se fiz algo quenão devia ou devia ter feito algo e não fiz.

Se for da vontade de Deus que esse clima de con-graçamento que há entre nós continue. E que aquiloque fazemos ou falamos, se não estiver de acordocom a Palavra de Deus, que sirvamos de instrumentomútuo de advertência uns aos outros (Pv 8.33 e II Tm3.10) para que nosso crescimento espiritual reflitaonde quer que Deus nos permita ir. E que a famíliaCristo é Vida continue firme e forte em nome de NossoSenhor Jesus Cristo. Amém. Convido todos a refletirsobre o texto de Hebreus 12.10-13.

Praticantes ousomente ouvintes?AILTON LEITE

Certa vez encontrava-me observando um técni-co da Coelce procurando as causas da falta de ener-gia elétrica em uma residência. Examinando o medi-dor, aquele profissional descobriu que o defeito vi-nha de uma adulteração feita no sistema, o popular“gato”. Ou seja, a proprietária estava roubando ener-gia da companhia energética.

Na época desse acontecimento encontrava-meem negligência com meus dízimos. Assim sendo, creioque Deus usou o episódio para me lembrar: “Ensina-me Senhor, o caminho dos teus decretos, e os segui-rei até o fim” (Sl 119.33). Ao mostrar aquela mulheradulterando o seu consumo de energia ilicitamente,Deus me fez pensar ainda no texto que diz: “Rouba-rá o homem a Deus? todavia vós me roubais” (Mt3.8a). Além do livro de Tiago que nos exorta a prati-carmos o que aprendemos: “Tornai-vos, pois, prati-cantes da Palavra e não somente ouvintes” (Tg 1.22).Não foi sem motivo que Deus me deu a oportunida-de de presenciar a cena. Aquela mulher roubava ener-gia elétrica, e eu, roubava a Deus.

Dias mais tarde, estando no centro com minhaesposa tivemos nossa sacola de compras furtada. In-discutivelmente aquilo foi para nós uma aflição. Quan-do cheguamos em casa, passei a refletir no Salmo119.75, que diz: “Bem sei, ó Senhor, que os teus ju-ízos são justos e que com fidelidade me afligiste”. Sa-lomão, referindo-se a Deus, chama nossa atençãoassim: “Reconhece-O em todos os teus caminhos, eEle endireitará as tuas veredas” (Pv 3.6).

Pela segunda vez eu estava diante de um fato emque pessoas se apropriaram de coisas que não lhespertenciam. E esta era também a minha condição emrelação aos dízimos. Porém o Senhor me deu o privi-légio de seguir o bom exemplo do salmista: “Consi-dero os meus caminhos e volto os meus passos paraos Teus testemunhos” (Sl 119.59). Estes dois episódi-os, creio, representaram exortações divinas para aminha negligência.

Mas, mesmo dentro da frustração pelo roubo dasacola, restou-nos uma esperança: Que o ladrão pu-desse ser alcançado pelo Evangelho, pois dentro delahavia um CD anunciando a Palavra de Deus atravésdo louvor. Nosso plano era comprar o que precisá-vamos (será?) enquanto no plano de Deus aqueledia seria utilizado de forma diferente para que SuaPalavra chegasse àquela pessoa. Além disso, penseitambém que Deus me lembrava da necessidade ur-gente de fazer conhecido o plano da salvação ofer-tada por Jesus Cristo, nos exortando a sermos cora-josos evangelistas.

Diante do que aconteceu comigo, posso dizer aDeus: “Tens feito bem ao teu servo, Senhor, segundoa Tua Palavra” (Sl 119.65). E você, em que se achanegligente? Deus tem lhe lembrado algumas vezesdisso, através dos acontecimentos do dia-a-dia? Sejasempre sensível aos ensinos do SENHOR!

Pelo fato ocorrido, posso repetir: Não negligen-ciemos nossos dízimos, pois Deus ama a quem dácom alegria!

Colaborações Especiais...

Jesus em toda a BíbliaILZANIR QUEIROZ VIEIRA

A mensagem central das Escrituras Sagradasé JESUS CRISTO, Ele está em toda a Bíblia.Em Gênesis, Ele é a semente de mulher;Em Êxodo, Ele é o Cordeiro pascal;Em Levítico, Ele é o Sacrifício expiatório;Em Números, Ele é a Rocha;Em Deuteronômio, Ele é o Profeta prometido;Em Josué, Ele é o Capitão;Em Juízes, Ele é o Libertador;Em Rute, Ele é o parente;Em Samuel, Reis e Crônicas, Ele é o Rei;Em Neemias, Ele é o Restaurador;Em Ester, Ele é o Advogado;Em Jó, Ele é a paciência;Nos Salmos, Ele é tudo em todos;Em Provérbios, Ele é a Sabedoria;Em Cantares, Ele é o Amado;Nos Profetas, Ele é o Messias;Nos Evangelhos, Ele é o Cristo;Nos Atos, Ele é o Espírito;Nas Epístolas, Ele é o Cabeça das Igrejas;No Apocalipse, Ele é o Alfa e o Ômega;

Se lermos a Bíblia toda e não encontrarmos aJesus Cristo, não alcançamos o Alvo.

Geralmente quando alguém quer justificar suasfalhas apela para frases de efeito. Muitas delas descabi-das e irresponsáveis. Essa inverdade de que “quem nãodeve, não tem” freqüentemente é dita por pessoa quegastou acima de suas reais possibilidades financeiras eagora está querendo tapar o sol com a peneira. Quan-do esse ditado sai da boca de um ímpio ainda se con-cebe, pois ele não conhece a Palavra de Deus. Masquando é dito por um crente, vou te contar.

Irmãos, dever não é errado. Desde que seja com

responsabilidade. Antes de contrair uma dívida, saibacom antecedência se tem condições de salda-la. O cré-dito tomado para o luxo e por pura vaidade, além deerrado, é pecado. Viva contente com o salário que vocêganha. Faça um orçamento conforme sua realidade fi-nanceira e não fuja dele. Lembre-se de que “é melhorcomer pão seco diariamente com tranqüilidade e pazdo que comer filé todo dia numa casa onde só existebriga e contenda” (Pv 17.1). Para terminar, uma refle-xão: “Quem deve tudo o que tem, não tem nada”.

Quem não deve não tem. Será?DANIEL CERQUEIRA

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I N F O R M I S S Õ E S • 011E D I Ç Ã O E S P E C I A L

cristoevida.com

(A íntegra do cordel pode ser acessado no nosso site).

José vendo FaraóOs seus sonhos desvendou

Faraó ficou contente

Quando José lhe contou

Faraó lhe escolheu

Para ser governador.

José semeou a terra

De trigo, arroz e feijão

Os celeiros todos cheios

Não havia humilhação

Tendo fome em Canaã

Jacó mandou seus irmãos. (...)

José vendo Benjamim

Correu pra lhe abraçar

A emoção foi tão forte

Começou a soluçar

Mandou o povo sair

Foi para o quarto chorar. (...)

Abraçado a Benjamim

Não cansou de indagar

O nosso pai está bem?

Não parou de perguntar

Diga a ele que eu vivo

Venham com ele pra cá. (...)

Tendo feito sacrifício

Israel partiu contrito

Disse adeus meu Canaã

Não deixou nenhum cabrito

Ajuntou tudo o que tinha

Foi pra terra do Egito. (...)

Faraó ficou contente

Da poltrona quase cai

Perguntou para José

O velho, como é que vai?

Procure uma terra boa

Pra seus irmãos e seu pai. (...)

Dezessete fartos anos

Jacó no Egito viveu

Contando com cento e trinta

Depois que ele nasceu

São cento e quarenta e sete

A idade em que ele morreu. (...)

Faraó autorizouPoder ir com o pessoal

O corpo embalsamado

Assim não cheirava mal

Sepultaram em Canaã

Na eira do espinhal.

Os irmãos foram prá casa

Como quem prá festa vai

A túnica suja de sangue

Que se lava mas não sai

Entregaram ao genitor

Que quando viu quase cai. (...)

[Os mercadores então]

Tendo chegado ao Egito

Não foi ninguém repousar

Botaram a banca na feira

E foram negociarLogo de manhã venderam

José para Potifar. (...)

Um certo dia a mulher

Nem sequer pensou jantar

José levou a comida

Para a fome saciar

Mas ela não quis comer

Foi a José agarrar. (...)

José triste na prisão

Porém não estava só

O SENHOR era com ele

Desde a madre até o pó

Mandou ele desvendar

Os sonhos de Faraó.

Jacó teve dois filhos

Veia do seu coração

Vivia alegre e contente

Tinha o controle na mão

Até José lhe contar

Os sonhos da provisão

Pois os sonhos de José

Não foram bem aceitos ali

Até o próprio Jacó

Duvidou ser mesmo assim

Será que eu e tua mãe

Seremos servos de ti? (...)

Um dia o Velho Jacó

Chamou José na guarita

Vá procurar seus irmãos

Leve também a marmita

Eles o vendo de longe

Prepararam a armadilha. (...)

Trechos de Um CordelPEDRO ALVES BESERRA IN-MEMORIA (PAI DE JOELMA, JOSÉLIA E JOANA D’ARC BESERRA)

DIA DOS VIVOSFoi um tempo maravilhoso que Deus nos pro-

porcionou por ocasião da campanha evangelística doDia dos Vivos.

Foram feitas e entregues nas vizinhas de nossa igreja11 mil rosas. 50 mil folhetos personalizados foram en-tregues durante a campanha. Houve três apresenta-ções da peça de teatro “O MAIS IMPORTANTE”, comuma audiência total em torno de duas mil pessoas.Houve a participação direta e muito abençoada de maisde duzentos irmãos de nossa igreja, nos trabalhos quecomeçaram em agosto. Foi investido nacampanha quase cinco mil reais. O Jor-nal “O POVO” noticiou, no dia 02 denovembro, o excelente e criativo traba-lho de nossa igreja.

Fizemos para o SENHOR Deus e con-sagramos o nosso trabalho para que re-dunde em glória e honra ao nosso ama-do Senhor e Salvador, Jesus Cristo!

Você sabia que no início os recursos técnicos eramtão escassos que se o diagramador quisesse um efeitoespecial (letras garrafais no título, por exemplo) eletinha que datilografar a frase, ir até uma copiadora,ampliar e colar com cola Pritt? Isso porque as outrasopções eram muito caras. As outras opções eram: for-mar a palavra (ou frase) com decalques Letraset oulevar para uma empresa que trabalhasse com umamáquina chamada Composer para fazer o serviço.Ambas as opções eram razoavelmente caras.

Você sabia que a primeira grande tiragem de IN-FORMISSÕES foi o número 67? Aproveitando o moteda Copa do Mundo nos Estados Unidos, a ediçãoevangelística do dia 12 de Junho de 1994 atingiu onúmero recorde de 1.000 exemplares!

Você sabia que foi à partir de 15/11/92 que IN-FORMISSÕES passou a ser Semanal?

Você sabia que já tivemos nossos marajás? Poisno relatório financeiro de 16 de Maio de 93 INFOR-MISSÕES revelou que os salários dos pastores erammilionários: VINTE MILHÕES E QUATROCENTOSMIL! Apenas dois meses depois (18/07) os proventospastorais já eram da ordem de TRINTA E NOVE MI-LHÕES E SEISSENTOS MIL. Isso seria um escândalose a inflação da época não reduzisse estas cifras aquase nada, afinal de contas as despesas com serven-tia eram da ordem de TRÊS MILHÕES, QUATROCEN-TOS E VINTE MIL.

Você sabia que desde que foi lançado o número1 o pastor Nogueira vem tentando aprender a dese-nhar? Suas ilustrações, charges e cartuns aparecemem mais de 40% das edições publicadas.

CuriosidadesPublicadas no Informissões 500

Você sabia que, volta e meia, repetimos algumartigo publicado? Às vezes por se tratar de temas liga-dos a efemérides (Natal, Dia das Mães, etc.) ou, en-tão, porque eram assuntos que valiam a pena umareprise. O texto recordista, no entanto, é uma men-sagem aos visitantes que começa sempre assim: “Vi-sitante. Como você deve ter notado, somos um povobem diversificado: Há entre nós operários, funcioná-rios públicos, bancários, e até torcedores do Ferrim...”.Pois é, desde que foi publicado pela primeira vez noinício dos anos 90, este texto já figurou nos INFOR-MISSÕES mais de dez vezes. Em alguns casos, maisde uma vez por ano.

? ? ? ? ? ? ? ?Notas & Notícias

“Como ouvirão, se não há quem pregue?”Romanos 10:14

Este foi o tema da XIV CONFERÊNCIA MISSIO-NÁRIA da Igreja Batista Regular de Novo Juazeiro,em que o Pr. José Nogueira pregou na semana passa-da (5 e 6 de novembro). Aquela igreja é pastoreadapelo Pr. Almir Marcolino, que vai ser o preletor donosso Retiro de Casais/2005.

RETIRO DE CASAISPróxima sexta-feira inicia-se o Retiro de Casais de

nossa igreja (25 a 27 de Novembro). Este ano estamoscom um número recorde de participantes: temos 50casais inscritos (33 no Hotel DonAna, e 17 no HotelJangadeiro)! O tema será desenvolvido pelo Pr. Almire esposa, que desenvolverão “FAMÍLIAS EM PERIGO- OS PERIGOS QUE RONDAM AS FAMÍLIAS”. Conti-nuemos a orar para que grandes bênçãos de comu-nhão e de edificação sejam derramadas em nossos la-res. Incentive e combinem uma carona amiga!

DIA DE AÇÕES DE GRAÇA“Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremoso Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao Seu encontrocom ações de graça, vitoriemo-lO com salmos”.

Salmo 95:1-2Nesta Quinta, dia 24 de novembro, a quarta quin-

ta-feira do mês de Novembro, celebraremos o Dia deAções de Graça. Se Deus quiser, teremos uma noitemuito especial de celebração das muitas bênçãos queo SENHOR Deus tem derramado graciosamente so-bre o Seu povo. Depois dos cânticos, mensagem etestemunhos, vamos jantar juntos com a nossa famí-lia da fé. Cada família deve preparar um prato deamor, os jovens trarão refrigerantes e compartilhare-mos nossas panelas e amizade.

MOCIDADE CRISTO É VIDACulto Evangelístico na praça do Conjunto Polar,

dia 26, sábado, às 19 horas.

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cristoevida.com

Jumentas de BalaãoAs páginas de INFORMISSÕES se abrem, algu-

mas vezes, para textos de autores seculares. Esta “con-cessão” não é gratuita nem tem por objetivo agradarao mundo. Trata-se de textos que, embora escritospor descrentes, dizem coisas que nos fazem refletir.A coluna onde tais artigos são publicados recebeu otítulo de Jumenta de Balaão. Veja a explicação abai-xo para entender seu propósito e leia, na seqüência,um exemplo de Jumenta de Balaão.

O porquê do título — Um dos episódios maiscuriosos da Bíblia está registrado no capítulo 22do livro de Números. Balaão desobedece ao SE-NHOR e empreende viagem juntamente commoabitas, a respeito de quem dissera DEUS ex-pressamente: “não irás com eles” (Nm 22.12a).

Durante a viagem, um anjo do SENHOR inter-pôs-se à Balaão para que este não prosseguisse. Tãocego estava o filho de Beor que não viu o anjo. SuaJUMENTA, no entanto, viu, e recusou-se a prosse-guir caminho. Por três vezes, Balaão espancou suajumenta. Depois disso, DEUS abriu a boca do ani-mal (vs. 28a) e este, repreendendo a Balaão, abriu-lhe os olhos.

Quantas vezes estamos tão cegos na nossa de-sobediência que sequer ouvimos a voz do SE-NHOR. Então, eis que alguém — que nem crenteé — nos alerta quanto ao erro. Agem como ver-dadeiras jumentas de Balaão.

Os textos expostos na coluna JUMENTA DEBALAÃO são extraídos de publicações não evan-gélicas, e são verdadeiros ornejos de jumenta.Aquilo que muitos crentes não consideram tãosérios, são reprovados até mesmo pelas “jumen-tas” do mundo.

Menina de 12 anos escreveobra sobre educação

sexual para adolescentes“Eu queria saber como fazem para enganar as

pessoas”. Assim começa um texto escrito por Mer-cedes Eugenia Cardinali, uma menina de apenas 12anos de idade, que se atreveu a questionar toda apolítica de educação sexual existente na Argentina.

No texto - com o que obteve o terceiro lugarno concurso literário “Ex Governador Basso”, orga-nizado pelo Clube de Leões das Flores em BuenosAires - Mercedes se pergunta por que nas escolasensinam às crianças “os métodos abortivos e o usode preservativos” e por que “toda sexta-feira ousábado de noite, cada adolescente tende a ter rela-ções sexuais com uma pessoa que não conhece,certos de que o bebê não existe, confiando total-mente nos anticoncepcionais”.

Para a menor, esta confiança é “causa da ignorân-cia que cada um possui de seu ser, já que se sabe, porpesquisas feitas sobre o caso, que este método não écem por cento seguro. Sim, embora não dê para cre-ditar, não evitam nem a AIDS nem a gravidez”.

Ao referir-se ao aborto, a pequena Mercedes escre-ve que embora “para algumas pessoas seja muito sim-ples, eu, ao ter lido um livro sobre o tema, estou segurade nunca fazê-lo” porque abortar é “matar uma criança,nada mais que mais fácil, porque não pode escapar aoestar dentro da barriga, e é muito mais indefeso por-que ainda não desenvolveu todo seu organismo”.

A menina que cursa sexto ano de escola fundamen-tal, comentou que escreveu isto para que as pessoas aescutem e “repensem se alguma vez pensavam em usarestes métodos”, e esclareceu que os temas relacionadosà sexualidade e aos métodos abortivos deve ser entendi-dos desde pequenos porque “o melhor é casar-secom a pessoa que realmente se ama, desde seu físi-co até seus pensamentos”, de modo que quando“se queira ter relações sexuais, procure a pessoa quesoube dizer que sim diante do altar, e aí não importase ficar grávida; mais ainda, o casal ficará feliz”.Fonte: www.aciprensa.com/noticia.php?n=10586

Bush declara guerra ao Islã radicalDANIEL PIPES

Um discurso corajoso de GeorgeW. Bush inaugurou [no final de outu-bro] uma nova fase do que ele cha-ma de “guerra ao terror”.

A compreensão plena do que sig-nificam as palavras do presidente re-quer alguma história. Os islamistasdeflagraram sua guerra aos EUA em1979, quando o aiatolá Khomeinitomou o poder no Irã e seus segui-dores invadiram a embaixada ameri-cana em Teerã.

Nos vinte e dois anos que se se-guiram, contudo, os americanos julga-ram enfrentar um problema de ordemcriminal e não perceberam que uma guerra lhes tinhasido declarada. Em 1998, por exemplo, quando isla-mistas atacaram duas embaixadas americanas no lesteda África, a reação de Washington foi enviar equipes deinvestigação, prender os criminosos, levá-los a Nova York,providenciar-lhes advogados de defesa, depois conde-ná-los e colocá-los na prisão.

A segunda fase teve início em 11 de setembro de2001 quando Bush declarou uma “guerra contra o ter-rorismo” e rapidamente o governo dos EUA entrou emestado de guerra, adotando a Lei Patriótica. Apesar defavorável às modificações, por quatro anos critiquei oconceito de guerra contra uma tática militar, o da “guer-ra contra o terrorismo”, por considerá-lo eufemístico,impreciso e obstrutivo. Insisti com o presidente paraque abrisse uma terceira fase pela admissão de queessa é uma guerra contra o Islã radical.

Bush chegou a mencionar o Islã radical algumasvezes, mas não com a freqüência e os detalhes necessá-rios para provocar uma mudança de opinião. O primei-ro-ministro britânico, Tony Blair, também fez avançar odebate depois dos atentados a bomba em Londres, en-fatizando a existência de “uma ideologia religiosa, umaforça influente dentro da religião islâmica mundial”.

Mas a terceira fase começou de fato em 6 deoutubro, com o discurso de Bush ao National Endo-wment for Democracy. Ele não só deu vários nomes àretaguarda do terrorismo (“Alguns chamam esse malde radicalismo islâmico; outros, de jihadismo mili-tante; outros ainda, de islamo-fascismo”), como foiminucioso na análise do tema. A destacar, ele:

- Apresentou a “ideologia assassina” dos islamistasradicais como “o grande desafio do nosso novo século”.

- Distinguiu-a da religião islâmica.- Traçou paralelos entre o Islã radical e o comu-

nismo (ambos são elitistas, implacáveis, totalitaristas,desdenhosos de sociedades livres e inapelavelmentecontraditórios), para em seguida ressaltar que o Islãradical “assemelha-se à luta contra o comunismo noséculo passado”.

- Aludiu às três etapas da escalada islamista aopoder: acabar com a influência ocidental no mundoislâmico, assumir o controle de governos muçulma-nos e estabelecer “um império islâmico radical da Es-panha à Indonésia”.

- Explicou que a “violenta visãopolítica” do Islã radical compreendeum programa para “desenvolver armasde destruição em massa, destruir Isra-el, intimidar a Europa, atacar o povoamericano e constranger nosso gover-no ao isolamento através de ameaças”.

- Definiu o objetivo final da ide-ologia islamista: “escravizar naçõesinteiras e intimidar o mundo”.

- Observou que cabe aos própri-os muçulmanos a pesada responsa-bilidade de envidar os “esforços maisessenciais” contra o Islamismo.

- Pediu “a todos os líderes islâ-micos que se juntem na denúncia” dessa ideologia edeterminem providências contra ela.

O conteúdo farto em detalhes do discurso de Bushaltera a visão oficial americana sobre a identidade do ini-migo, levando-a da noção superficial e inadequada de“terrorismo” ao conceito muito mais exato de “radica-lismo islâmico”. Essa alteração pode ter uma importân-cia efetiva se, vinte e seis anos depois, enfim conven-cer os politicamente corretos a nomearem o inimigo.

Isso implica, por exemplo, que as autoridades deimigração e as forças de segurança levem em conta oIslã ao decidir quem deixarão entrar no país ou queminvestigar por atos terroristas. Centrar a atenção nosmuçulmanos como a origem exclusiva do radicalis-mo islâmico fará com que elas desempenhem suastarefas de maneira adequada.

Não obstante os progressos, o discurso de Bushesteve longe do perfeito. Ao citar o Alcorão, ele re-trocedeu a 2001, quando esclareceu os muçulmanossobre a verdadeira natureza da fé islâmica; ao co-mentar que os extremistas distorcem “a idéia dejihad”, ele infelizmente transmitiu a noção de que ajihad é positiva.

Mais sério, porém, foi ele ter limitado o “impérioislâmico extremista” (ou califado) à região que vai daEspanha à Indonésia, pois os islamistas, segundo a visãoglobal que os caracteriza, devem exercer o controle tam-bém sobre países não-muçulmanos - e especificamentesobre os EUA. É certo que suas ambições universalistaspodem ser frustradas, mas antes é necessário entendê-los e opor-lhes resistência. Só quando os americanoscompreenderem que os islamistas pretendem substituira Constituição dos EUA pela shariah estarão prontos paraa quarta e última fase dessa guerra.

O autor: Daniel Pipes é especialista em OrienteMédio, Islã e terrorismo islamista. Historiador em Har-vard e arabista, Pipes mantém seu próprio site e dirigeo Middle East Forum. Juntos, os websites onde escreverecebem mais de 300 mil visitantes por mês. DanielPipes tem sido alvo de ataques contundentes. A polê-mica gerada por sua nomeação, em 2003, para o Ins-titute of Peace pelo presidente Bush confirmou o quan-to as idéias de Pipes incomodam as organizações isla-mistas. Daniel Pipes é autor de 12 livros.

Fonte: www.midiasemmascara.org

• NOSSA PROGRAMAÇÃO SEMANALDomingo 09h • Escola Bíblica Dominical – EBD

18h • Culto de Adoração a DeusSegunda 19h • Koinonia (Reunião de Oração)

Terça 19h • Curso Bíblico Discipular - CBDQuarta 19h • Tempo de Oração por Missões

20h • Curso Bíblico Discipular - CBDQuinta 19h • Curso Bíblico Discipular - CBD

Sexta 17h • Curso Bíblico Discipular - CBDSábado 15h • Clube OANSE e Jovens Vencedores

19h • Programação da Mocidade.

A BIBLIOTECA Evelyne e Thomas F. Willson funciona de segunda à sexta, das 14 às 21horas. O Ministério DORCAS se reúne aos sábados em datas previamente anunciadas.

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