O Cartaxinho 1

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O Cantinho do 1º Ciclo P16 Entrevista Exclusiva: Dr. Paulo Caldas Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo P8 Comemoração do Dia da Alimentação Os alunos da EB1 nº1 do Cartaxo aprenderam os truques para uma alimenta- ção saudável, conheceram o Ataque de Melgamor e ainda provaram arroz doce! P04 Como fazer uma criança feliz Entrevistas com uma Psicóloga e uma Educa- dora de Infância. P13 Halloween Solidariedade no Cartaxo No meio da grave crise económico–financeira que o país atravessa, os jovens jornalistas do Cartaxinho visitaram as principais ins- tituições responsáveis pela ajuda aos mais necessita- dos. P12 Cientistas no 1º Ciclo Alunos do 4º ano realizam actividades experimentais de Ciências Naturais e Ci- ências Físico-químicas. P04 Olimpíadas da Matemática O Natal pelo Mundo P14 Dezenas de alunos partici- param na primeira elimi- natória das Olimpíadas Portuguesas da Matemáti- ca. P03 Nº1 Dezembro ‘09 1 Ctx P07

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Primeiro número do jornal escolar do Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo.

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O Cantinho do 1º Ciclo P16

Entrevista Exclusiva: Dr. Paulo CaldasPresidente da Câmara Municipal do Cartaxo P8 Comemoração do

Dia da AlimentaçãoOs alunos da EB1 nº1 do Cartaxo aprenderam os truques para uma alimenta-ção saudável, conheceram o Ataque de Melgamor e ainda provaram arroz doce!

P04

Como fazer uma criança felizEntrevistas com uma Psicóloga e uma Educa-dora de Infância.

P13

HalloweenSolidariedade no CartaxoNo meio da grave crise económico–financeira que o país atravessa, os jovens jornalistas do Cartaxinho visitaram as principais ins-tituições responsáveis pela ajuda aos mais necessita-dos.

P12

Cientistas no 1º Ciclo

Alunos do 4º ano realizam actividades experimentais de Ciências Naturais e Ci-ências Físico-químicas.

P04

Olimpíadas da Matemática

O Natal pelo MundoP14

Dezenas de alunos partici-param na primeira elimi-natória das Olimpíadas Portuguesas da Matemáti-ca.

P03

Nº1 Dezembro ‘09 1 Ctx

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o nosso agrupamento02 o nosso agrupamento 03

Olimpíadas Portuguesas de MatemáticaAlunos do 3º ciclo participam neste desafio

Decorreu no dia 11 de Novem-bro, pelas 15 horas e 30 minutos, no refeitório da EB 2,3 José Tagarro, a primeira eliminatória das Olimpíadas Portuguesas de Matemática. Esta ac-tividade é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Matemática organiza-da pelo grupo disciplinar de Matemá-tica do 3º ciclo, e tem como principais objectivos incentivar e desenvolver o gosto pela Matemática e detectar vo-cações precoces nesta área do saber. As Olimpíadas dividem-se em três fases: a primeria realizou-se dentro de cada escola participante, a segunda alarga-se a nível distrital e a terceira a nível nacional.

• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias

Nesta primeira fase, ao entrevis-tarmos alguns alunos, ficámos a saber que muitos participaram por gosta-rem de desafios. Se no início a grande

maioria dos participantes até tinha al-gumas esperanças de passar à segunda eliminatória, no final da prova já nem todos partilhavam desta opinião.

Participantes da EB 2,3 José TagarroPré - Olimpíadas: 13Categoria A: 25

http://www.spm.pt/olimpiadas/

1ª eliminatória11 de Novembro de 2009.2ª eliminatória13 de Janeiro de 2010.Final Nacional25 a 28 de MarçoEscola EB 2º e 3º Ciclos de Santa Clara - Évora.

EditorialProfessor Jorge Tavares, Director do Agrupamento Marcelino Mesquita

Ficha TécnicaCoordenação:Prof. Isabel MorangoProf. Jorge Garradas

Concepção Gráfica:Prof. Jorge Garradas

Professores Colaboradores:Alcínia Figueiredo Sandra LopesArgentina Tavares Sílvia FelicíssimoErmelinda Nogueira Telma PeixinhoIsabel Santos Teresa PedroJoaquim Sousa

Impressão:Novagráfica do Cartaxo, Lda.Estrada Nacional 3, km 25,750 -Apart. 1312071-909 Cartaxo

Tiragem:500 exemplares

Propriedade:EB 2, 3 José TagarroRua Marcelino Mesquita2070-102 CartaxoTelefone: 243700310

Apoio

Olá amigos!

Quando sair esta primeira edição do Jornal “O Cartaxinho”, já o 1º período está a acabar. Foi um período lectivo marcado pelas expectativas criadas à volta de dois acontecimentos que se esperava fossem marcantes neste ano lectivo de 09/10. Um, inevitavelmente, era o da Gripe A e outro o da Avaliação Externa a que o Agrupamento ia estar sujeito neste ano lectivo. Relativamente ao primeiro, graças à intervenção dos docentes, dos não-docentes e da consciência de alunos e encarregados de educação, até ao momento não atingiu valores preocupantes e a pandemia da Gripe A no Agrupamento Marcelino Mesquita não tem assustado.

No que concerne à Avaliação Externa, avaliação a que todas as escolas/agrupamentos são sujeitas periodicamente, esta aconteceu no final do mês de Novembro, mas os resultados só se saberão lá para meados do 2º período. Independentemente dos resultados que viermos a conseguir, o nosso Agrupamento já demonstrou aquilo que é capaz de fazer.

Um Agrupamento que aposta num ambiente saudável de camaradagem, de cooperação e empreendedorismo; um Agrupamento que apostou na recuperação dos seus edifícios escolares;

no alargamento da sua oferta educativa – actividades experimentais para os alunos do 4º ano de escolaridade, duas turmas de currículo alternativo para o 2º ciclo de escolaridade, uma turma PIEF e outra PETI – empresa; numa turma de educação de Formação de Adultos (EFA), numa sala de apoio a alunos com multideficiência; na página Moodle como veículo de transmissão de informações e de aprendizagem; nos resultados académicos – Provas de Aferição e Exames Nacionais acima da média nacional - nos resultados desportivos (campeões distritais no atletismo e no futsal); em espectáculos nas escolas e no Centro Cultural do Cartaxo; nas articulações horizontais e verticais, nas coordenações de ano; nas coordenações das Áreas Curriculares Não disciplinares e nos Projectos como chave do sucesso educativo; na BE-CRE, em articulação com os Grupos disciplinares; nos Quadros de Valor e nos Quadros de Excelência como reforço da auto-estima; na riqueza da diversidade do Plano Anual de Actividades; no Projecto Educativo participado; na articulação sequencial com as escolas vizinhas; na valorização da Educação Sexual; na aposta nas parcerias e nos protocolos; na cooperação estratégica entre docentes e não-docentes; na ligação umbilical com a Associação de Pais e com a Autarquia; na divulgação dos resultados na Rádio Cartaxo e no Jornal “ O Povo do Cartaxo”; na Rádio Escola e na Assembleia de Delegados de Turma; nos Clubes e no Jornal do Agrupamento; nas AEC articuladas com os respectivos Grupos Disciplinares; nos Planos de Evacuação; na construção de um anuário de actividades; na valorização do nosso património histórico com a digitalização de fotos e de recortes jornalísticos a nosso respeito; em Planos de Formação a docentes e não- docentes como resposta aos desafios e aos anseios destes agentes educativos; enfim, numa infinidade de actividades, um Agrupamento destes, dizíamos, tem-nos enchido de orgulho e de satisfação e colocado numa posição

cimeira que é preciso cimentar. Do Jornal “O Cartaxinho” todos esperamos que faça eco de tudo aquilo que vamos fazendo no Agrupamento, que seja um espaço de conhecimento, de cultura, de diversão e de debate. Queremos um Jornal moderno, com ideias novas e cheio de atitude. A todos aqueles que estão mais directamente envolvidos na elaboração do Jornal e a todos os seus leitores, votos que contribuam para tornar o Agrupamento Marcelino Mesquita como símbolo de missão, de sucesso e de afirmação colectiva.

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Material:GarrafaBalãoElásticoCopo de medidaVinagreBicarbonato de só-dio (fermento)

Procedimento:1. Medir 100ml de vinagre e co-locar na garrafa.2. Colocar 3 colheres de bicarbo-nato de sódio no balão.3. Com o auxílio de um elástico, prender o balão ao gargalo da gar-rafa, sem derramar o bicarbonato dentro do copo. (ver imagem)4. Fazer com que o bicarbonato de sódio que está no balão caia para dentro da garrafa.5. Observar, sem agitar a garrafa.

o nosso agrupamento04

Actividades Experimentais no 1º Ciclo

No ano lectivo de 2009/2010, o Agrupamento Marcelino Mesquita iniciou o projecto de actividades ex-perimentais no 1º ciclo. Este projecto consiste em levar até às escolas do 1º ciclo a dinâmica das aulas de ciências experimentais.

Todos os alunos que se encontram a frequentar o 4º ano de escolarida-de assistem, uma vez por semana, a 45 minutos de aulas experimentais de Ciências Naturais e Ciências Físico-químicas, leccionadas pela professora Telma Peixinho.

Este projecto nasceu a partir da disciplina de Estudo do Meio, na qual está previsto que os alunos realizem experiências em função da matéria leccionada. Neste sentido, surgiu a ne-cessidade de contactar uma professora dos 2º e 3º ciclos que se deslocasse às escolas dos mais pequenos.

Com esta iniciativa procura-se de-senvolver nos alunos do 1º ciclo um sentido crítico que lhes permita in-terrogarem-se sobre alguns aconteci-mentos da Natureza.

As professoras envolvidas adoram

A equipa do Cartaxinho tam-bém quis saber qual a opinião dos alunos envolvidos neste projecto e para isso fomos falar com um dos alunos da turma do 4º Ano da es-cola E B nº 3 do Cartaxo.

O Afonso Morango ajudou – nos a compreender melhor a im-portância de actividades experi-mentais na sala de aula. Todas as semanas, este e outros alunos es-peram ansiosamente o dia em que a Professora Telma se dirige à sua sala para como eles realizar as mais variadas experiências.

O Afonso ficou muito entu-siasmado quando observou sangue humano, células vegetais e animais no microscópio. Aprofundou os conhecimentos sobre o Ciclo da Água e, pela primeira vez, fez ex-periências com electricidade.

O Afonso gosta muito de des-cobrir as coisas por ele próprio e

Alunos mais pequenos do Agrupamento tomam contacto com o mundo das Ciências

a ideia, os alunos já desenvolveram novas competências, e os pais gostam muito da forma como os mais peque-nos estão entusiasmados.

Com estas actividades melhora-se a qualidade de aprendizagem dos alu-nos, preparando-os para o novo ciclo que se avizinha.

gosta que a professora Cristina e a professora Telma lhe ensinem muito sobre Ciências.

É com estas aulas que os mais pequenos aprendem a explorar e compreender melhor o mundo que os rodeia.

A opinião dos alunos Clube das CiênciasParticipa e inscreve-te

O Clube das Ciências é um espaço em que se pretende que os alunos desenvolvam actividades extracurriculares, com principal ênfase numa componente científica experimental.

Experimenta em casa...

Sabes encher balões sem

soprar? Então eu vou ensinar-te!

o nosso agrupamento o nosso agrupamento 07o nosso agrupamento 0504

Comemoração do Dia da Alimentação16 de Outubro

“Nós somos o que comemos”. A falta de alguns nutrientes pode

provocar graves doenças. Todavia, na sociedade moderna, o excesso de co-mida, de bebida e a vida sedentária conduz à obesidade, enche as artérias de gordura, provoca hipertensão, do-enças do coração, diabetes e até certos tipos de cancros. Portanto, saber co-mer é saber viver!

Na EB1 nº 1 do Cartaxo comemo-rou-se o Dia da Alimentação. Os alu-nos visitaram a BE-CRE, onde viram uma apresentação em PowerPoint so-bre como fazer uma boa alimentação

e ainda o filme de animação oferecido pela Mimosa, intitulado O Ataque de Melgamor. O entusiasmo dos alunos foi muito, tendo resultado desta acti-vidade desenhos muito engraçados.

Para terminar, as assistentes opera-tivas fizeram arroz doce que foi dis-tribuído por todos. Estava uma verda-deira delícia!

• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias

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o nosso agrupamento06 o nosso agrupamento 07

Pão por DeusAcção solidária na nossa Escola

O Pão por Deus foi uma iniciativa dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica que decorreu de 19 de Outubro a 6 de Novembro, na Es-cola José Tagarro.

Este projecto consistiu numa acção de solidariedade na medida em que se solicitou a todos os alunos e professo-res do agrupamento Marcelino Mes-quita a colaboração para a doação de alimentos. Todos os bens alimentares recolhidos serão canalizados para as famílias mais carenciadas do Cartaxo.

As professoras que puseram em prática este projecto estão bastante sa-tisfeitas com os resultados; parece que os alunos deste Agrupamento enten-

deram o espírito de ajuda nesta épo-ca de muitas privações para algumas famílias.

Unidade Especializada de Educação EspecialUm apoio imprescindível para alunos com necessidades educativas de carácter permanente

As unidades de apoio especiali-zado, constituem uma resposta edu-cativa especializada desenvolvida em escolas ou agrupa-mentos de escolas que concentram grupos de alunos que manifestem Necessidades Edu-cativas Especiais de carácter perma-nente.

A unidade do nosso Agrupamento tem como objec-tivos:

Proporcionar aos alunos com •NEE de carácter permanente experiências que vão ao encon-tro das suas necessidades espe-cíficas.Disponibilizar aos alunos com •NEE de carácter permanente serviços e apoios específicos

eficazes que lhes permitam maximizar as suas oportuni-dades educativas e ter sucesso nos contextos educativos que frequentam.Flexibilizar e adequar o currí-•culo às necessidades e capaci-dades de cada aluno.Desenvolver um trabalho de •parceria entre escola/família, no estabelecimento de objecti-vos comuns, conducentes a uma

maior autonomia e independência do aluno.

E s t a b e l e c e r •parcerias entre Es-cola, Autarquias, Centro de Saúde, comunidade e ou-tras instituições, com vista, entre outros, à execução de programas espe-cíficos de activida-des físicas, natação, desporto adaptado, terapias específicas

e ainda de forma a desenvol-ver estratégias de integração na sociedade e de transição para a vida pós-escolar.

A apoiar os alunos da Unidade estão, neste momento, três docentes do quadro de Educação Especial, um Psicólogo e um Assistente Operacio-nal da Escola.

o nosso agrupamento 07

Halloween A Escola brinca ao dia das bruxas

Esta festa remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as Ilhas Britânicas entre 600 aC e 800.

Originalmente, o Halloween não tinha relação com as bruxas, o objectivo era prestar culto aos mortos. Hoje em dia, esta data tem um significado diferente.

A nossa escola comemorou este

Actividades na BE/CRE

dia com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos dos 2º e 3º ciclos, na disciplina de Inglês. Estes professores trabalharam com os seus alunos na execução de projectos com materiais diversos.

O resultado foi muito positivo., pelo que os nossos alunos estão de parabéns!

Feira de Minerais e FósseisSemana de 9 a 16 de Dezembro

HORÁRIO: Segunda, Terça, Quinta e Sexta: 9h/17h Quarta: 9h/13:30h

LOCAL: Sala de Ping-Pong da EB 2, 3 José Ta-garro

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• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias • Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias

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o nosso concelho08 o nosso concelho 09

Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal do CartaxoDr. Paulo Caldas

No passado dia 11 de Outubro, a população portuguesa escolheu os seus autarcas. Os cartaxeiros reelegeram o Dr. Paulo Caldas e a equipa do Cartaxinho pensou ser oportuno entrevistar o nosso Presidente da Câmara que, muito gentilmente, nos recebeu nos Paços do Concelho.

Jornal Cartaxinho: Quando é que começou a demonstrar interesse pela política?

Presidente da Câmara do Cartaxo: Quando entrei para a Faculdade em 1990. Desde muito cedo que comecei a ter uma actividade associativa, participava bastante na defesa da luta dos alunos na questão das propinas; aquele tipo de iniciativas que iam para além das disciplinas, sentia aquele “sangue na guelra” para participar mais activamente na discussão dos assuntos que diziam respeito aos alunos. Fiz parte da associação de estudantes, do Conselho Pedagógico; não era politica propriamente dita, também não estava envolvido com nenhum partido, nem com nenhuma estrutura partidária, mas diria que foi nessa altura que começou a “mexer aquele bichinho” pela intervenção. De forma directa, já estava a desenvolver funções na área da banca internacional, quando recebi um convite para fazer parte das listas desta autarquia. Eu nasci em Moçambique, mas esta é a minha terra, estou aqui desde os dois anos, tenho cá a minha família e, por isso, pensei em dar o meu contributo. Desde aí a política, para mim, tem sido sempre política autárquica. Tem sido mais nesse espírito que eu tenho vivido a política e acho que ser autarca é diferente de ser político, por exemplo, da Assembleia da República, ou político a

outros níveis. Privilegio sempre a participação cívica, o ajudar as pessoas. É muito complicado mas também tem desafios.

J. Cart: Quantos mandatos tem como Presidente da Câmara?

P.C. Ctx: Ora bem, eu tenho um mandato desde 1988 até 2001 como vereador e depois como Vice-presidente da Câmara – 2000-2001. Depois tive o meu segundo mandato e agora estou no meu terceiro mandato até 2009.

J. Cart: Quais foram os factores que considera determinantes para voltar a ganhar a Câmara Municipal do Cartaxo?

P.C. Ctx: Penso que fazer politica é uma forma diferente de desenvolvermos o nosso trabalho. Toda a gente, e não só os jovens, olham para os políticos de uma forma muito negativa, pensam que é para se servir e não para servir os outros. Eu penso que numa autarquia nós temos a possibilidade de fazer coisas, mas, mais importante do que isso, numa autarquia a política é julgada pelas pessoas directamente, seja pelos jovens, seja pelos menos jovens. Há uma proximidade e

aqui não basta ser simpático e atencioso, também é necessário dar provas; não basta prometer, temos que cumprir. Eu diria que esses são os principais factores que têm permitido a minha reeleição. Claro que eu também entrei aqui muito jovem e penso

que isso foi determinante; houve a ideia de se poder fazer coisas e evoluir. Ainda há muita coisa para fazer, mas o Cartaxo, nos últimos dez anos, cresceu e mudou. A confiança das pessoas é muito importante e penso que a minha permanência tem a ver com factos concretos, só prometer já não leva a lado nenhum. A minha reeleição com maiorias absolutas permite estabilidade para fazer cumprir aquilo que prometemos. Claro que também tem de existir uma abertura suficiente para ouvir as pessoas e estar atento. Como Presidente, também tenho ouvido muitas criticas, mas é preciso distinguir se são só para destruir ou se nos ajudam a melhorar o nosso trabalho. Eu tenho procurado fazer sempre essa distinção, e hoje já tenho a calma suficiente para o fazer.

J. Cart: Qual a sua opinião sobre a oposição no Cartaxo? Considera que esta tem tido um papel crítico e construtivo ou tem feito oposição por oposição?

P.C. Ctx: Eu sinto que a oposição ao longo dos anos tem tido diferentes comportamentos. Quando falo da oposição, vou tentar falar genericamente dos diferentes partidos. Não tenho a opinião que a oposição seja toda má; há pessoas boas, válidas e competentes no

PSD, na CDU e no Bloco de Esquerda como também as há no próprio PS que tem sido a força politica dominante no Concelho. Ao longo dos anos, sinto que houve contributos válidos e muito positivos vindos de pessoas do PS e PSD que desenvolveram funções tanto como vereadores como na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia. Mas, sem qualquer arrogância, penso que nós temos criado a nossa própria alternativa a nós, temos conseguido apresentar um projecto global que leve as pessoas a confiar nesse projecto para uma mudança, por exemplo, em termos de emprego, que tem sido uma preocupação das nossas politicas e que é cada vez mais valorizado; em termos de conquista de fundos comunitários. Penso que a oposição não tem sido capaz de apresentar esse tal projecto global, não tem sabido ser uma alternativa, não tem estado na linha da frente. As pessoas quando vão votar, confiam, mas para confiarem numa mudança, têm que confiar não só nas pessoas que estão à volta dessa mudança, mas também num projecto. Reafirmo que existem pessoas válidas e competentes nas diferentes forças partidárias e que no Partido Socialista há pessoas que podiam contribuir muito mais do que aquilo que têm feito. Talvez

seja por tudo isto que quando vão votar os cartaxeiros não tenham sentido necessidade de mudar.

J. Cart: Quais são as principais prioridades deste novo mandato?

P.C. Ctx: Vou apresentar três ou quatro prioridades que me parecem muito importantes: nós temos que, de uma vez por todas, terminar com as linhas de água sujas, os maus cheiros; consolidar o abastecimento de água a 100% e tratar do saneamento básico. Já não podemos adiar mais estas tarefas, temos que ir buscar os fundos comunitários necessários para concretizar essas obras; construir as famosas ETARs ou estações de tratamento, mas também alguma rede que já está velha tem que ser substituída. Algumas localidades fora do

perímetro urbano e algumas freguesias, como por exemplo Valada, têm que ter as condutas de saneamento modernizadas e colocadas no terreno. Ao lado desta grande prioridade, há o problema das acessibilidades. Hoje, felizmente, já estamos ligados à região. O Cartaxo tem estradas melhores, algumas precisam de ser alcatroadas mas isso acontecerá dentro em breve. Mas já temos uma rede consolidada que nos liga à auto-estrada e à via-férrea. Mas a minha grande prioridade, nos próximos dois anos, é atrair empresas fortalecendo as áreas empresariais que são vitais para a nossa região, como é o caso da área empresarial de Pontével, Lapa e Cruz do campo. Uma terceira prioridade tem muito a ver com o dia a dia das pessoas. Nós precisamos de um pavilhão desportivo polivalente, uma vez que só dispomos do INATEL ou do ATENEU, apesar de algumas freguesias terem o seu próprio pavilhão. Depois há uma série de equipamentos sociais que têm que ser construídos, sobretudo aqueles ligados às crianças, aos jovens e velhos. Vai ser construído um centro escolar em Pontével; um outro no Cartaxo, uma vez que a José Tagarro já não é suficiente e a escola secundária também precisa de obras. Nas

escolas, tem que ser feito um investimento que virá dos fundos comunitários que nós já fomos buscar. Para haver obras tem que haver 80% do investimento a fundo perdido e as Câmaras não têm dinheiro para esse tipo de investimento. A obra do parque subterrâneo custa 4,8 milhões de euros, que juntamente com a da Ribeira, são quase 5 milhões de euros. Uma escola vai custar 4,5 milhões de euros e nós já arranjámos 100% do financiamento. A Câmara não tem orçamento próprio para fazer estes investimentos, nem com o dinheiro dos contribuintes locais, por isso o dinheiro tem que vir de algum lado. Mas esta é outra das prioridades, ou seja, completar o custo dos equipamentos sociais ligados à infância, jovens e terceira idade. Há algumas freguesias que ainda precisam de alguns equipamentos sociais e essa obra vai ser concretizada neste mandato. Nós temos a felicidade de ter no Cartaxo um centro cívico e comunitário. Aqui no centro, nós temos, para além da parte institucional, uma artéria de comércio e banca. Mas do ponto de vista do lazer é preciso criar equipamentos para satisfazer as pessoas e um parque de estacionamento é muito importante. Vamos ter cerca de 400 lugares de estacionamento e ao lado temos um parque infantil que também servirá de espaço para os mais idosos. Vamos também ter uma zona de bares que irá fazer com que os nossos jovens deixem de ir para Lisboa, Almeirim ou Santarém e acabarão por estar mais seguros no Cartaxo. Eu prefiro que os nossos jovens se divirtam no Concelho.

J. Cart: Quais os problemas do concelho e principais áreas de intervenção?

P.C. Ctx: Eu identificaria a questão dos esgotos e do tratamento; há também empresas que prevaricam. Como sabem, o nosso concelho tem muitas pecuárias e se todos respeitarem as regras teremos um ambiente mais puro e evitaremos o mau cheiro que muitas vezes sentimos na nossa cidade. Há muito a fazer nesse campo. Por outro lado, nós precisamos de indústria; temos uma zona de serviços muito boa, assim como o comércio e a banca, praticamente todos os bancos estão aqui na nossa praça. O sector agrícola também

• Ricardo Pereira e Romeu Branco

O Dr. Paulo Caldas é Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo desde 2002

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A Lei nº 60 de 2009 estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual em meio escolar. A equipa do “Cartaxinho” quis compreender qual é o papel que o Centro de Saúde do Cartaxo pode ter na concretização deste Projecto e para isso fomos conversar com uma das enfermeiras deste Centro.

Claro que a intervenção de técnicos especializados de saúde é fundamental para esclarecer os nossos jovens e os respectivos pais acerca de todas as dúvidas no âmbito da sexualidade, protegendo os jovens de todas as idades dos vários riscos relacionados com a sexualidade.

As principais áreas de intervenção dos Centros de Saúde junto das escolas estão relacionadas com as necessidades dos alunos de cada escola do nosso concelho e, por isso, o trabalho conjunto de todos os intervenientes no processo educativo é muito importante. Professores e encarregados de educação devem colaborar em grupos de trabalho que

promovam a formação e educação dos nossos jovens; o diagnóstico atempado dos problemas e a criação de um clima de abertura e de diálogo é fundamental para evitar situações de risco.

A gravidez na adolescência é, sem dúvida, um dos problemas que pode ser minorado e mesmo erradicado se existir informação suficiente. Ao contrário da tendência do resto do país, no concelho do Cartaxo, o número de adolescentes grávidas não aumentou o que prova que os esclarecimentos em termos de sexualidade são eficazes. O Centro de Saúde é, de facto, um importante parceiro e ao mesmo

tempo um recurso no âmbito da educação sexual.

Muitas famílias enfrentam diariamente outros problemas, a toxicodependência é um deles. Claro que também nestas situações a actuação dos técnicos de saúde é muito importante quer no que concerne ao encaminhamento de situações de risco para centros de tratamento quer trabalhando o problema dos consumos junto dos alunos das nossas escolas. A prevenção é sempre o melhor caminho.

Também abordamos o problema da obesidade, não só nas crianças, como também em relação aos adultos. É um facto que muitas famílias necessitam de aconselhamento em relação aos hábitos alimentares das suas crianças que são aliciadas a todo o momento pela vastíssima e variadíssima oferta de alimentos prejudiciais à saúde. Mais uma vez o trabalho de formação junto das crianças nas escolas é fundamental para evitar situações de risco para a saúde.

Claro que não podíamos vir embora sem saber algo sobre o problema que tem inquietado toda a gente a gripe A. A mensagem é de alguma tranquilidade desde que respeitemos as medidas de prevenção previstas nos planos de contingência elaborados e postos em prática.

o nosso concelho10 o nosso concelho 11

está bem representado com as culturas de cereais, tomate, arroz e milho, mas falta–nos a indústria, sem que isso signifique a indústria pesada; precisamos sim de empresas que criem valor e emprego.

Claro que não queremos que o Cartaxo cresça como crescem muitos concelhos à volta de Lisboa – grandes prédios, bairros degradados. O Cartaxo tem que ter loteamentos com prédios de três andares no máximo; não defendo a construção em altura. Devem existir bairros com zonas verdes, lojas de proximidade que promovam a qualidade de vida das pessoas. Temos que nos diferenciar dos outros concelhos, crescer como deve ser, crescer com qualidade.

J. Cart: Para quando está prevista a nova escola? O projecto contempla todos os equipamentos escolares necessários?

P.C. Ctx: Claro que sim. Temos que distinguir dois centros escolares: o de Pontével que vai servir as freguesias a Sul, desde Valada, Ereira, Vale da Pinta e Pontével e um outro centro aqui no Cartaxo. Será uma escola com 2º e 3º ciclos e vai ter também jardim-de-infância e 1º Ciclo; claro que terá um pavilhão. Prazos? Obrigatoriamente, temos que começar aquela escola em Janeiro de 2010 porque o dinheiro que vem, 100% a fundo perdido, vai–se embora se nós não iniciarmos a obra em Janeiro. Estamos a falar de 4,5 milhões de Euros para a escola E B 2,3 e o polidesportivo e depois precisamos de mais 2,3 milhões para a escola EB 1 e o jardim-de-infância. Estamos a falar de uma obra que, seguramente, demorará cerca de dois anos a ser concluída. Em Pontével, também já foi lançado o concurso e terá um timing muito semelhante de concretização. No fim de 2011 as escolas grandes ficam prontas.

J. Cart: Acha que os jovens se interessam o suficiente por política?

P.C. Ctx: Acho que não se interessam minimamente e encaram os políticos como homens que não prestam e que querem o poder pelo poder, o poder para se servirem a eles e não os outros. Penso que não tem havido, na generalidade, capacidade para demonstrar que a política é para servir e não para ser servido. Claro que há pessoas que estão na política de uma forma nobre, mas há outros que continuam a não encarar a política como uma prestação pública, uma forma de ajudar e servir. Na política as pessoas estão para contribuir e ajudar os outros e para conseguir isto há várias coisas que podem ser feitas. Uma delas é renovação, isto é, limitação de mandatos. Não deve ser permitido ao político estar mais de doze anos no cargo e estamos a falar desde o Presidente da Câmara ao deputado, ao governante, ao director da empresa, de todos os cargos de nomeação e eleição. A limitação de mandatos deve ser uma realidade! A competência nasceu para todos, é preciso agarrar as oportunidades e há gente que pode dar grandes contributos. Nos últimos 35 anos, os políticos são sempre os mesmos, ou estão como Secretários de Estado, Ministros ou Autarcas, ou estão nas empresas públicas; se não estão num lado, estão no outro. Eu acho que isto não é bom, é preciso mudar porque, efectivamente, há jovens com potencial, há mudanças. Se isto acontecer, os jovens passam a interessar–se mais. Por outro lado há a questão da moralização da política, do combate à corrupção. Eu não faria mais do que este mandato, mesmo que pudesse; felizmente não posso porque a Lei limitou. Daqui por quatro anos, vamos ter, seguramente, mais de 220 Presidentes de Câmara que vão ser substituídos e eu acho que isto é muito bom para o país. Não é mau haver outras caras novas mesmo substituindo aqueles autarcas que ajudam as terras. Se isto acontecer, há possibilidade de mudança. A juventude liga–se muito ao Bloco de Esquerda por ser um partido novo, não está no poder. Por outro lado, se os políticos não se interessam pelos jovens, também estes não se interessam pelos políticos, e isso é um facto. Os políticos têm andado distantes dos jovens, não se aproximam dos jovens se não for para ir buscar votos. Eu acho que é muito bom quando um

jovem gosta de política e agarra as coisas, porque pode fazer coisas muito boas.

J. Cart: Quais os conselhos que daria a um jovem que está a estudar?

P.C. Ctx: Se tiverem oportunidade de conhecer um país estrangeiro, aproveitem! Nem sempre é fácil por meios pessoais, mas há muitos programas como o Erasmus, Sócrates, Leonardo Da Vinci. Não estou a aconselhar os jovens a fugir do país mas sim de conhecer um mundo inteiro. Estive um ano na Holanda e lá está, de facto, um mundo inteiro. Uma outra ideia muito importante tem a ver com as vossas opções profissionais. Escolham aquilo em que se sentem bem a fazer, mesmo que vos pareça uma área afastada do normal ou que possa não ter grandes oportunidades de emprego ou então muito ambiciosa; se vocês se esforçarem e tiverem iniciativa, terão sucesso. Também não há profissões mais ou menos dignas: são precisos bons engenheiros e advogados, como são necessários bons calceteiros e pedreiros. O que importa é canalizar as vossas energias para serem os melhores porque as oportunidades aparecem muito mais para os melhores. Na vida, as melhores oportunidades vão para os dois ou três primeiros. As “cunhas” podem até dar resultado mas o importante é a pessoa valer, ser competente. Depois não se esqueçam: enquanto forem jovens, divirtam-se! Vou dizer–vos algo que não é público (passará a sê–lo agora): neste momento, estou a fazer o doutoramento em Gestão, fui fazendo pós-graduações mas procuro nunca deixar de estudar. Há tempo para tudo: para a pessoa se divertir e trabalhar; eu não deixei de me divertir procurando ser o melhor aluno possível. Tudo tem o seu tempo e a pessoa não deve perder objectivos. Tentem também fazer bons amigos, criar grupos coesos. Os amigos fortalecem laços, dão apoio diferente nas alturas mais complicadas. Aprendam, mas não esqueçam que são jovens! Desejo–vos a maior sorte do mundo!

E nós estamos muito gratos ao Senhor Presidente da Câmara!

No fim de 2011 as escolas grandes ficam prontas.

A Escola e o Centro de SaúdeUma parceria imprescindível

• Liana Bogun e Joana Carvalho

A nova sede da Sociedade Filarmónica Cartaxense foi inaugura-da em 2001, na presença do presidente Faustino Mata, o qual gosta de di-rigir esta sociedade por-que, como nos disse “ … vinte anos a dirigir é um amor que se ganha à pró-pria instituição…”.

A Sociedade Filarmó-nica Cartaxense tem vá-rias actividades, incluindo a música. Aqui é possível

tocar vários instrumen-tos: de percussão, metal e

made i-ra. Para t o c a r cada um d e s t e s

instrumentos imprescindíveis, é necessá-rio possuir um lábio com características

próprias e um sistema res-piratório adequado.

Também entrevistá-mos alguns dos cinquenta e oito alunos, os quais nos disseram que já andavam há algum tempo nesta instituição e que gosta-vam do maestro Acácio Silva, do grupo de alunos e do instrumento que to-cavam.

A Escola de Música do Cartaxo tem 53 alunos

que, segundo o director da escola, o pro-fessor José Luís, se mostram interessados em aprender música.

Nesta escola é possível aprender a to-car bateria, guitarra clássica e eléctrica, baixo, trompete, flauta transversal, piano e acordeão.

Neste momento a escola faz um espec-táculo anual.

Por último, o professor José Luís disse que adora dirigir a escola, de dar aulas de música e de tocar trompete, e que não se arrepende nada de ter escolhido isso para fazer na sua vida.

• Adriana Oliveira e Mariana Mata

O Cartaxinho visitou a Sociedade Filarmónica e a Escola de Música do Cartaxo

Música no Cartaxo

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o nosso concelho12 outras histórias 13

Solidariedade no CartaxoO Cartaxinho visita instituições de auxílio aos mais necessitados

Portugal, tal como muitos outros países, atravessa uma grave crise económico–financeira com as habituais implicações sociais – inflação, desemprego e miséria de muitas famílias. Claro que no Cartaxo não há excepções e a equipa do nosso Jornal quis saber como é que estas famílias podem ser ajudadas nestas situações.

Percorremos as principais instituições responsáveis pela ajuda aos mais necessitados: a Conferência de S. Vicente de Paulo, ligada à Igreja, e o Departamento de Acção Social, que trabalha em uníssono com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Aqui, a Dra. Vera Lúcia Lopes, Assistente Social no Cartaxo, conversou connosco e explicou–nos detalhadamente como funcionam os serviços de acção social no

nosso concelho. Apesar da mobilidade na constituição desta equipa de trabalho, têm sido desenvolvidos alguns projectos, ao longo do último ano, que vão minorando as graves dificuldades económicas de algumas famílias. A maior parte destes projectos envolve a recolha de donativos que depois podem ser encaminhados para as Conferências que os gerem, mediante as necessidades de cada família.

O Departamento de Acção Social funciona em coordenação com outros serviços de forma a gerir os recursos e evitar que cada família multiplique os mesmos pedidos. Neste momento, são os desempregados e idosos aqueles que recorrem mais a esta instituição e a freguesia do Cartaxo é a mais preocupante. Algumas famílias tomam a iniciativa de se dirigirem aos serviços, noutros casos é a própria Acção Social que faz uma

avaliação das necessidades e procura uma forma de ajudar directamente ou encaminhando os casos, por exemplo, para o Centro de Saúde. No caso dos desempregados, todas as acções são desencadeadas no sentido de promover a reinserção no mercado de trabalho e, por isso, muitos casos são reencaminhados para o gabinete da UNIVA. A acção social também se faz sentir na área da educação, nomeadamente no que concerne a ajudar e encaminhar as famílias das crianças que frequentam as nossas escolas.

A Igreja sempre foi uma das instituições de solidariedade social, um dos seus propósitos é a ajuda. No Cartaxo, tal como em muitas outras localidades, a Conferência de S. Vicente de Paulo trabalha em conjunto com a igreja no sentido de ser solidário com aqueles que mais precisam. À conversa com o Sr. Padre Victor e a Sra. D. Maria de Jesus,

a responsável pelas Vicentinas femininas, ficamos a saber que as Conferências de S. Vicente de Paulo existem, no Cartaxo, há mais ou menos 50 anos e a sua principal missão é ajudar as famílias mais carenciadas, aquelas famílias que necessitam de ajuda com bens elementares como alimentos e vestuário. Também esta instituição funciona de forma organizada diagnosticando muito bem as necessidades de cada um daqueles que se dirigem lá a solicitar ajuda. Em cada ano são realizadas novas actividades como, por exemplo, campanhas de recolha de alimentos junto dos supermercados, ofertórios na Igreja.

Apesar de muito importante, este serviço comunitário está pouco divulgado e precisa de voluntários jovens que estejam dispostos a dispensar algum do seu tempo para ajudar os outros, basta ser cristão, ter mais de 15 anos e ser baptizado.

• Gisela Ventura, Rúben Duarte, Marta Ângelo e Mariana Luís

Símbolo daSociedadedeSão VicentedePaulo

Ninguém consegue imaginar o Natal sem as crianças. Esta época festiva é, por excelência, um lugar dos mais novos. Tudo faz lembrar as crianças: as lojas cheias de brinquedos; as canções de Natal e todas aquelas campanhas onde se pede dinhei-ro para ajudar uma instituição qualquer. Até parece que só há crianças no mês de

Dezembro!Todas as campanhas que publicitam os

mais variados brinquedos garantem que eles são o remédio para a tristeza dos mais novos; só muitos brinquedos conseguem fazer uma criança feliz. Mas será mesmo assim? O que será preciso, realmente, para fazer uma criança feliz?

O Cartaxinho entrevistou uma Psicó-loga e uma Educadora de Infância com o intuito de perceber o que é que uma

criança precisa par se sentir bem.Para a Educadora Susy, a maio-

ria das crianças são felizes desde que tenham tempo e espaço para explorar o seu próprio mundo; basta que tenham amor e atenção daqueles que as rodeiam. Não exis-te nenhuma fórmula mágica para educar ou combater a tristeza numa criança, cada uma delas é única e o segredo está em tentar encontrar o ponto de equilíbrio entre o adulto e a criança. Numa sociedade cada

Educadora Susy

vez mais exigente, os pais tendem a modelar as suas crianças aos seus desejos e fazem delas os protago-nistas do seu projecto de

vida. Uma criança não precisa de muitas coisas para ser feliz e quando ela é infeliz qualquer adulto deve estar devidamente atento para perceber essa realidade. Pais confiantes e equilibrados conseguem criar condições para que os seus filhos cresçam felizes.

A Dra. Helena Montez, explica que “ independentemente de qualquer serviço de Psicologia aquilo que é importante e fundamental é que as crianças cresçam com todos os direitos “; salienta ainda a importância da ONU nesta matéria ao criar a Declaração Universal dos Direitos das Crianças; claro que isto não impede que muitas crianças ainda sejam vítimas de maus-tratos e agressões psicológicas.

Qualquer criança tem o direito a um desenvolvimento e crescimento harmo-nioso quer do ponto de vista físico, (uma boa alimentação, descanso, cuidados de saúde), quer do ponto de vista psicológico e afectivo. Os mimos nunca são demais,

uma criança tem que sentir afecto, carinho e segurança dos pais, tem que ser escutada quando precisa que alguém a escute.

Claro que os pais devem fomentar na criança autonomia e responsabilidade pois só dessa forma essas crianças tornar –se - ão adolescentes seguros de si e ca-pazes de decidir entre o bem e o mal e aí serão felizes.

Como fazer uma criança felizA opinião de uma Psicóloga e de uma Educadora de Infância

• Nádia Reis, Catarina Santos, Jéssica Cortinhas

Porque é que a água do mar é salgada?

A Terra surgiu há mais de 4 milhões de anos de uma rocha incandescente. Na altura, já havia muito sal na Terra, princi-palmente em forma de rocha. Através das chuvas, estas rochas de sal foram-se desfa-zendo e o sal escor-rendo em forma de rios e riachos para o mar.

Nas regiões onde a água do mar evapo-rou, o sal ficou. Por isso, a quantidade de sal é maior em regiões secas e quentes do que nas regiões onde chove e faz mais frio. Num litro de água do mar temos cerca de 35 gramas de sal.

Curiosidades • Martim Nogueira, Diogo Canais,

Joana Amado e Catarina Carmo

Porque é que existem diferentes estações do ano?

A Terra precisa de 24 hora para girar uma vez em volta do próprio eixo. Ao mesmo tempo, no espa-ço de um ano dá a volta ao Sol. O eixo da Terra está um pouco inclinado. É por isso que durante meio ano, a metade norte da Terra tem mais sol do que a metade sul. Assim, enquanto que na metade norte é Verão, é Inverno na metade sul. A seguir é ao contrário!

É devido à inclinação do eixo da Terra que se dão as Estações do Ano.

Quem foram os irmãos que construiram o primeiro avião?

Foram os irmãos americanos Orville e Wulbur Wright, com muita destreza e paciência.

O primeiro avião voou pela primei-ra vez em 1903, mesmo que por apenas 13 segun-dos!

No início, o mundo não ligou nada e este invento. Mas, em 1908, quando Or-ville conseguiu manter-se durante 62 minutos no ar a cerca de 35 metros de altitude, dando 57 voltas, os Wrights tor-naram-se famosos. O motor que coloca-ram no avião tinha 12 cavalos, o que cor-responde mais ou menos à força de uma pequena mota!

O que é “A Portuguesa”?

“A Portuguesa” é o hino nacional por-tuguês.

É composto por três partes, cada uma delas com duas quadras, seguidas do re-frão. É tocada oficialmente em cerimó-nias nacionais, civis e militares, onde é prestada homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República.

“A Portuguesa” foi designada como um dos símbolos na-cionais de Portugal na Constituição de 1976.

Quais os maiores seres voadores?

Águias? Cegonhas? Morcegos gigan-tes? Não, os animais voadores maiores do mundo exis-tiram na época dos dinossauros. O pteranodon, por exemplo, tinha uma abertura de asas d e 8 metros. No entanto, não tinha quaisquer penas. Os seus ossos longos e estreitos abriam provavelmente uma pele voadora e felpuda. O pteranodon alimentava-se de peixes que pescava á superfície da água.

Morreu como todos os outros animais da sua época.

O que é a metamorfose?

A metamorfose é o processo de mu-dança que alguns animais sofrem durante o seu desenvolvimento e que implica uma transformação, uma grande alteração da forma.

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outras histórias14 outras histórias 15

Leilão de Natal

Quem me compra uma árvore de Natal?

Olhem lá, isto já não se vende no Carnaval!

Luzes para enfeitarde muitas cores,com feitio de flores.

Quem me compraum presépio dourado,brilhante, como o céu estrelado?

Sonhos e filhoses,com cheirinho a nozes.

No topo da árvore uma estrela,para ao longe podermos vê-la.

Quem me compra um Pai Nataltodo em cristal?

Umas meias fora dos péspenduradas nas chaminés.

E até um embrulho coloridoque pode ser um presente diver-tido,

e se não o for de certeza tem o meu coraçãopois este é o meu leilão!

Ana Rita Caeiro / 5ºB

O Natal pelo MundoComo se comemora a quadra em diferentes países e religiões

O natal cristão

O Natal é uma festa que comemo-ra o nascimento de Jesus Cristo. Esta homenagem ao Menino Jesus é a ce-rimónia mais respeitável do calendá-rio cristão. Tal evento desperta entre os cristãos de todo o mundo os senti-mento de solidariedade e fraternida-de, instaura-se no planeta um clima de amor e união.

Apesar de hoje estar do-minada pelo materialismo, esta festa pre-serva um signi-ficado especial, como se realmente Jesus renascesse entre nós. Mesmo os que não acredi-tam em tal acontecimento deixam–se contagiar por este clima de festa litúr-gica.

O natal islâmico

Em todo o mundo, os muçulmanos celebram dois natais por ano. O Eid-ul-fiter vem primeiro que o mês de Ramadão, e três meses depois celebra-

O cortejo dos Reis Magos em Espanha

Em Espanha, na véspera do dia de reis, organiza-se a «cavalgada dos Reis Magos» nas cidades, vilas e aldeia. Três figurantes vestidos de Gaspar, Baltazar e Belchior desfilam pela rua com cavalos ou camelos e um séquito de pajens.

Toda a gente leva os filhos a ver o desfile e é uma alegria apanhar os ca-ramelos que os pajens vão atirando às mãos cheias para a assistência.

Nessa noite as crianças põem o sa-patinho junto à porta de casa ou no parapeito da janela para receberem

os presentes tra-zidos pelos Reis Magos.

Entre as famí-lias espanholas a troca de prendas é na manhã de 6 de Janeiro.

Celebrações na Roménia

Na Roménia, as celebrações da quadra natalícia iniciam-se a 6 de De-zembro, dia de São Nicolau, e prolon-gam-se até ao dia de São João (7 de Janeiro), celebrando-se nesta altura as festas de Inverno com canções (colin-de, um tipo de janeiras), lendas e cos-tumes ancestrais (Plugusorul, Steaua).

A tradição natalícia exige que se enfeite a árvore de Natal (pinheiro ou abeto), debaixo da qual o Pai Na-tal deixará os presentes para as crian-ças. Os meninos enfeitam o pinheiro com bombons, velas, papel brilhante, pequenas figuras representando anjos ou o Pai Natal, estrelas e bolas viva-

mente coloridas que, segundo a doutrina cristã, simbolizam os frutos da árvore da vida e trans-mitem a ideia da abundância. Os sinos são outro

elemento decorativo específico a esta quadra festiva, simbolizando o júbilo associado à época.

A tradição manda que grupos de crianças e adultos entoem cânticos de Natal com letras e músicas alusivas aos menino Jesus e aos Reis Magos, indo de porta em porta, na esperança de que as pessoas ofereçam frutos secos, doces, laranjas ou nozes, dinheiro, etc. O líder do grupo carrega uma grande estrela de madeira (Steaua), decorada com papel brilhante, sinos e laços co-loridos, tendo no centro a imagem da Sagrada Família.

se o Eid-ul-azaha. A população islâmica nesta data

compra novas roupas, sapatos e outros objectos para a cerimónia. Na manhã de Na-tal os homens dirigem-se à mesquita e fa-zem a oração Pray namaz. De seguida reúnem-se com toda a família e cozinham vários pratos. Depois diri-gem-se a casa uns dos outros e comem os vários cozinhados.

Hana Matsuri - O Natal Budista

Para os seguidores do Cristianismo o Natal é celebrado em 25 de Dezem-bro, dia que marca o nascimento de Jesus Cristo. Para os budistas e segui-dores das linhas orientais de religião, neste dia comemora-se o nascimento do primeiro Buda da história, Sidhar-ta Gautama (Buda é um estado de es-pírito iluminado). O nome que se dá a essa festa é Hana Matsuri, que signi-fica Festival das Flores.

Como parte do ritual de abertura, é dado o banho de chá doce na ima-

gem do Pequeno Buda, que está a receber oferen-das de flores em troca de pedidos de graças das pessoas que vão até ao local.

Além deste ritual, os budistas podem experimen-tar comidas típicas orientais e assistir a demonstrações de yoga, tai-chi-chuan, artes marciais e danças folclóricas.

E na China...

Na China não existe o Natal mas sim uma festa bastante parecida: o ano-novo chinês. O ano novo chi-nês é caracterizado normalmente por danças de rua com dragões de papel, vários balões, muita música e também uma possível troca de presentes.

Uma experiência de vida partilhada

Eu sou a Ana Rute, tenho 15 anos e sou do Cartaxo. Estou a ser acompa-nhada no hospital de Santarém desde os 5 anos e tenho sido muito ajudada pelos médicos. Foi naquele hospital que me diagnosticaram o meu proble-ma de saúde – sofro de hipotiroidis-mo. O meu peso começou a aumentar quando tinha 6 anos e quando cheguei aos 15 anos, decidi começar apensar na minha saúde.

Actualmente, penso que quando crescemos, começamos a pensar mais seriamente nos aspectos que preocu-pam quem nos rodeia e gosta de nós. Foi por esse motivo que tomei uma decisão – perder peso o mais rapida-mente possível. Nessa altura, pesava quase 90 Kg. Nem queria acreditar no meu peso quando a médica me colo-cou sobre a balança!

A médica explicou – me que o meu problema de saúde contribuía para o meu aumento de peso pelo que de-veria ter muitos cuidados com a ali-mentação. Pediu-me que elaborasse uma lista pormenorizada dos alimen-tos que ingeria diariamente nas várias refeições. De seguida, o nutricionista “elegeu” os alimentos permitidos e proibidos. Estes últimos são os doces, as gorduras e os molhos. Os permiti-dos, em pequenas proporções, são os restantes, especialmente, os vegetais, as frutas e os peixes.

Quanto às bebidas, tenho de beber cerca de dois litros de água por dia; essas é a parte que mais me custa pois apesar de gostar de água, dois litros é demasiado!

Quero dizer que, a principio, cus-tou-me um pouco alterar os meus

hábitos alimentares, mas depois de algumas semanas, já não precisava de ingerir tanta quantidade para me sen-tir satisfeita.

Agora, sinto–me realizada, pois consegui, ao fim de apenas quatro meses, perder doze quilos. Esta é a recompensa dos meus pequenos sacri-fícios. Espero que esta minha experi-ência de vida sirva de incentivo e mo-tivação para quem se encontre numa situação semelhante!

Adivinhas

Tenho capa , mas não sou estudante.

Tenho lombada, mas não sou boi.

Tenho folhas mas não sou planta

Que é que eu sou?

R: O livro

Qual é coisa qual é ela, que entra pri-

meiro e só depois abre a porta?

R: A chave

Qual é coisa que quanto maior é me-

nos se vê?

R: A noite

Porque é que se coloca uma coleira

aos cães?

R: Porque eles não a conseguem colocar sozinhos

O que é que existe duas vezes num

momento, uma vez num minuto e ne-

nhuma vez numa hora?

R: A letra M

Verde foi o meu nascimento e de luto

me vesti. Para dar luz ao mudo mil

tormentos padeci?R: A azeitona

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o cantinho do 1º ciclo16

O OutonoTrabalho conjunto dos alunos do 3ºD da EB1 nº1 do Cartaxo

A Menina do MarOs alunos do 3ºD da EB1 nº1 do Cartaxo foram convidados a assistir ao bailado “A Meni-na do Mar”, que teve como protagonistas os alunos do 4º ano da Professora Isa-

bel Castro e...

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