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  D O S S I Ê T É C N I C O Segurança no trabalho em indústrias químicas e farmacêuticas Luana de Andrade Veloso Instituto de Tecnologia do Paraná Janeiro 201 201 201 2012

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mapa de risco

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  • D O S S I T C N I C O

    Segurana no trabalho em indstrias qumicas e

    farmacuticas

    Luana de Andrade Veloso

    Instituto de Tecnologia do Paran

    Janeiro

    2012012012012222

  • DOSSI TCNICO

    Sumrio

    INTRODUO .................................................................................................................... 01 1 AGENTES NOCIVOS SADE DO TRABALHADOR NAS INDSTRIAS QUMICA E FARMACUTICA ............................................................................................. 02 1.1 Riscos de acidentes .................................................................................................... 02 1.2 Riscos ergonmicos .................................................................................................... 02 1.3 Riscos fsicos............................................................................................................... 02 1.3.1 Rudo .......................................................................................................................... 03 1.3.2 Iluminao .................................................................................................................. 04 1.3.3 Vibraes .................................................................................................................... 05 1.3.4 Temperatura ............................................................................................................... 05 1.3.5 Umidade ..................................................................................................................... 05 1.4 Riscos qumicos .......................................................................................................... 05 1.4.1 Classificao de riscos qumicos ................................................................................ 05 1.4.2 Riscos na forma gasosa ............................................................................................. 07 1.5 Riscos biolgicos ........................................................................................................ 07 2 PROGRAMAS DE PREVENO DE DOENAS DO TRABALHO .................................. 08 2.1 Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO ............................ 08 2.2 Programa de Proteo Respiratria PPR ................................................................ 08 2.3 Programa de Conservao Auditiva PCA................................................................ 08 3 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI) .................................................... 08 3.1 Jaleco e avental ........................................................................................................... 09 3.2 Sapatos de segurana ................................................................................................. 09 3.3 Luvas ............................................................................................................................ 09 3.4 Mscaras ou protetores faciais .................................................................................. 10 3.5 Equipamentos de proteo respiratria .................................................................... 10 3.6 Protetor auricular ......................................................................................................... 11 3.7 culos de segurana ................................................................................................... 11 3.8 Toucas ou gorros......................................................................................................... 12 4 EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA (EPC) ..................................................... 12 4.1 Chuveiro de emergncia e lava-olhos ........................................................................ 12 4.2 Capelas de exausto ................................................................................................... 13 4.3 Capela de segurana biolgica .................................................................................. 14 4.4 Proteo contra incndios .......................................................................................... 15 4.5 Sadas ........................................................................................................................... 15 4.6 Classes de fogo ........................................................................................................... 15 4.7 Extintor de incndio .................................................................................................... 16 5 SINALIZAO DE SEGURANA .................................................................................... 16 5.1 Mapa de risco ............................................................................................................... 17 5.2 Rotulagem e estocagem de produtos qumicos ........................................................ 19 5.2.1 Palavra de advertncia ............................................................................................... 21 5.2.2 Indicaes de risco ..................................................................................................... 21 5.2.3 Medidas preventivas ................................................................................................... 21 5.2.4 Primeiros socorros ...................................................................................................... 21 Concluses e recomendaes ......................................................................................... 21 Referncias ........................................................................................................................ 21 ANEXO A - Normas relativas preveno de doenas vinculadas com a temperatura do ambiente de trabalho .............................................................................. 26 ANEXO B - Normas relativas a instalaes de tratamento do ar ................................... 26 ANEXO C - Normas relativas preveno de incndios ................................................ 26

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    DOSSI TCNICO

    Ttulo

    Segurana no trabalho em indstrias qumicas e farmacuticas

    Assunto

    Fabricao de outros produtos qumicos no especificados anteriormente

    Resumo

    A segurana no trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger a integridade fsica e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de sade inerente s tarefas do cargo e ao ambiente fsico onde so executadas. Ela faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relaes humanas no trabalho. Este dossi aborda questes sobre iluminao, temperatura, rudo e outras condies ambientais de trabalho; higiene e medicina do trabalho; preveno e controle de risco em mquinas, equipamentos e instalaes; o ambiente e as doenas do trabalho; legislao e normas; responsabilidades; ergonomia; proteo contra incndio; uso obrigatrio de equipamentos de proteo individual (EPI) e equipamentos de proteo coletiva (EPC) em indstrias de produtos qumicos e farmacuticos.

    Palavras-chave

    Biossegurana; capela de segurana; CIPA; Comisso Interna de Preveno de Acidentes; EPC; EPI; equipamento de proteo coletiva; equipamento de proteo individual; ergonomia; extintor de incndio; indstria farmacutica; indstria qumica; laboratrio; mapa de risco; PAIR; Perda Auditiva Induzida pelo Rudo; PPRA; Programa de Preveno de Riscos Ambientais; risco biolgico; risco de acidente; risco ergonmico; risco qumico; rotulagem; rtulo; rudo; sade ocupacional; segurana do trabalho; segurana em laboratrio; segurana; sinalizao; sistema de combate a incndio; temperatura

    Contedo

    INTRODUO

    De acordo com o Ministrio da Previdncia Social, no Brasil, todo ano, milhares de trabalhadores da indstria sofrem acidentes de trabalho e, de acordo com a Lei n. 8213, de 24 de julho de 1991:

    Art. 19. Acidente de trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho.

    1 A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador. 2 Constitui contraveno penal, punvel com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurana e higiene do trabalho. 3 dever da empresa prestar informaes pormenorizadas sobre os riscos da operao a executar e do produto a manipular. 4 O Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social fiscalizar e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharo o fiel cumprimento do disposto nos pargrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento (BRASIL, 1991).

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    A Diretoria de Segurana do Trabalho, do Instituto de Qumica da Universidade de Campinas (UNICAMP), lista entre as principais causas para acidentes nessa rea a no observncia das normas de segurana e a utilizao incorreta, ou o no uso, de equipamentos de proteo coletiva e individual adequadas ao risco. A UNICAMP afirma ainda que acidentes dessa ordem geralmente envolvem intoxicao, queimaduras trmicas, cortes, queimaduras qumicas, incndios, exploses e contaminao por agentes qumicos, entre outros (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, [200-?]b).

    1 AGENTES NOCIVOS SADE DO TRABALHADOR NAS INDSTRIAS QUMICA E FARMACUTICA

    Visando a preservao da sade e integridade do trabalhador, a Secretaria de Segurana e Sade do Trabalho estabeleceu, por meio da Norma Regulamentadora NR 9, o Programa de Preveno de Riscos Ambientais PPRA.

    Segundo a NR 9, so considerados como riscos ambientais os agentes fsicos, qumicos e biolgicos existentes nos ambientes de trabalho capazes de causar danos sade do trabalhador (BRASIL, 1994).

    1.1 Riscos de acidentes

    considerado risco de acidente qualquer fator que ponha o trabalhador em situao de perigo e que comprometa sua integridade fsica e moral. Mquinas e equipamentos sem proteo, probabilidade de incndio e exploso, arranjo fsico inadequado e iluminao inadequada so exemplos de riscos de acidentes (ODA et al., 1998 apud LISBOA; OHIRA; BISINOTI, 2010).

    O Quadro 1 mostra exemplos de riscos de acidentes vinculados a determinadas atividades industriais:

    Atividade Riscos de Acidentes Usinagem Fagulhas nos olhos

    Prensagem Cortes, perfuraes Caldeiraria Queimaduras

    Jateamentos de areia Projeo de partculas Galvanoplastia Quedas

    Alto-forno Queimaduras Quadro 1 - Riscos de acidentes em atividades desenvolvidas na indstria qumica

    Fonte: (AGNCIA GOIANA DE ADMINISTRAO E NEGCIOS PBLICOS, [200-?])

    1.2 Riscos ergonmicos

    considerado risco ergonmico qualquer fator que possa interferir nas caractersticas psicofisiolgicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua sade. Pode-se citar como exemplo a postura inadequada, monotonia, repetitividade e esforo fsico intenso (BAHIA, 2001).

    A falta de cultura de ergonomia e de segurana, segundo Vidal e Setti (2001), provoca distrbios elementais, funcionais e estruturais produo. Distrbios elementais so definidos como a forma como podemos conceituar os problemas de sade em engenharia de produo e tratam das implicaes no agente humano, decorrentes do acoplamento inadequado. J os distrbios funcionais compreendem estresses e sobrecargas, e distrbios estruturais envolvem grandes problemas compreendendo acidentes graves, pandemias, catstrofes ou grandes impactos ambientais.

    1.3 Riscos fsicos

    So considerados agentes fsicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, como rudo, vibraes, presses anormais, temperaturas extremas entre outros (BRASIL, 1994).

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    1.3.1.Rudo

    Arajo (2002) define rudo como sendo um tipo de som que provoca efeitos nocivos no ser humano. A Perda Auditiva Induzida pelo Rudo (PAIR) cumulativa e de carter irreversvel, no existindo, portanto, recursos medicamentosos ou cirrgicos que possam recuper-la. As caractersticas do rudo so: intensidade, frequncia, tempo de exposio e natureza do rudo.

    Segundo Merluzzi (1981 apud AUGUSTO NETO, 2007), os sintomas da perda da audio evoluem em quatro estgios:

    1) aparecimento de zumbido acompanhado de dores de cabea, fadiga e tontura; 2) perodo de adaptao, onde os sintomas parecem ter desaparecido; 3) dificuldade em escutar sons agudos; e 4) prejuzo da comunicao oral devido ao alto grau do dficit auditivo e, em certos casos, aparecimento de zumbido que dificulta o sono.

    Entre as doenas ocasionadas pelo rudo esto: fadiga nervosa; alteraes mentais (perda de memria, irritabilidade, dificuldade em coordenar idias); hipertenso; modificao do ritmo cardaco; modificao do calibre dos vasos sanguneos; modificao do ritmo respiratrio; perturbaes gastrointestinais; diminuio da viso noturna; dificuldade na percepo de cores (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010]).

    Os problemas auditivos so de evoluo progressiva, porm, passveis de preveno. Deste modo, aes preventivas (programas de promoo de sade e uso correto de EPIs so de fundamental importncia (VALDRIGHI, 2007).

    De acordo com a Norma Regulamentadora NR 15, pode-se classificar rudo em contnuo, ou intermitente, e de impacto (BRASIL, 1978b).

    De acordo com Lisboa, Ohira e Bisinoti (2010), rudos contnuos so aqueles cuja variao de nvel de intensidade sonora muito pequena em funo do tempo, como os gerados por geladeiras, compressores e ventiladores. J rudos de impacto so aqueles que apresentam picos de energia acstica (altos nveis de intensidade sonora) num intervalo de tempo muito pequeno, como os gerados em exploses e fortes impactos.

    O Quadro 2 relaciona o nvel de rudo contnuo, em decibis (dB), com o perodo mximo de exposio diria permitido.

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    Nvel de Rudo dB (A)* Mxima Exposio Diria Permissvel

    85 8 horas

    86 7 horas

    87 6 horas

    88 5 horas

    89 4 horas e 30 minutos

    90 4 horas

    91 3 horas e 30 minutos

    92 3 horas

    93 2 horas e 40 minutos

    94 2 horas e 15 minutos

    95 2 horas

    96 1 hora e 45 minutos

    98 1 hora e 15 minutos

    100 1 hora

    102 45 minutos

    104 35 minutos

    105 30 minutos

    106 25 minutos

    108 20 minutos

    110 15 minutos

    112 10 minutos

    114 8 minutos

    115 7 minutos Quadro 2 - Nvel de rudo contnuo em decibis (dB) em relao o perodo mximo de exposio

    diria permitido Fonte: (BRASIL, 1978b)

    Os nveis so medidos em decibis (dB) com instrumento de nvel de presso sonora operando no circuito de compensao "A" e circuito de resposta lenta (SLOW) (BRASIL, 1978b).

    1.3.2 Iluminao

    A Norma Regulamentadora n. 17, no item 17.5 trata sobre as condies do ambiente de trabalho. No subitem 17.5.3.3, a NR 17 estabelece que os nveis mnimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho so os valores de iluminncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO (BRASIL, 1990).

    Na norma tcnica NBR 5413:1992, o iluminamento recomendado de 500 a 1000 lux (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 1992).

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    1.3.3 Vibraes

    A exposio a vibraes pode causar doenas como alteraes neurovasculares e problemas nas articulaes das mos e braos, osteoporose, leses na coluna vertebral e dores lombares.

    As vibraes as quais o trabalhador pode estar exposto na indstria podem ser classificadas como localizadas e de corpo inteiro. Vibraes localizadas so aquelas que afetam certas partes do corpo, podendo ser provocadas por ferramentas manuais, eltricas e pneumticas. As vibraes de corpo inteiro, ou generalizadas, decorrem com os operadores de grandes mquinas (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010).

    1.3.4 Temperatura

    Lamberts e Xavier (2002) definem como stress trmico o estado psicofisiolgico a que est submetida uma pessoa, quando exposta a situaes ambientais extremas de frio ou calor. Entre os sintomas apresentados pelo trabalhador acometido por stress trmico esto alteraes das reaes psicossensoriais e a queda da capacidade de produo.

    Entre as doenas relacionadas exposio ao calor esto a desidratao, cibras, espasmos, infertilidade (masculina e feminina) e sncope. J as temperaturas muito baixas podem provocar feridas, rachaduras e necrose na pele, enregelamento, agravamento de doenas reumticas e aumentar a predisposio para acidentes. Grandes variaes de temperatura podem causar choque trmico (ALMEIDA et al., [200-?]; UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010]).

    Para averiguar a temperatura e evitar sua oscilao num determinado ambiente, devem ser instalados sensores e controladores de temperatura nas diferentes reas da empresa. Esses equipamentos devem ser averiguados periodicamente.

    O Anexo A apresenta uma lista das normas relativas preveno de doenas vinculadas com a temperatura do ambiente de trabalho.

    1.3.5 Umidade

    Entre as doenas causadas pela umidade esto as relacionadas ao aparelho respiratrio, quedas, doenas de pele e doenas circulatrias (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010]).

    Na NR 8, item 8.4, Proteo contra Intempries, estabelecido que a estrutura da empresa deve resguardar o trabalhador de umidade, incluindo pisos e paredes, e proteo contra as chuvas. Para isso, o ambiente de trabalhado deve ser bem planejado e sempre que necessrio impermeabilizado (BRASIL, 1978a)

    Para obter mais informaes sobre o nvel de umidade de um ambiente necessria a instalao de medidores de umidade de rea. Como medidas de proteo so incentivados estudos de modificaes no processo do trabalho, colocao de estrados de madeira, ralos para escoamento e uso de EPIs adequados, como botas impermeveis (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010]).

    1.4 Riscos qumicos

    Agentes qumicos so as substncias, compostos ou produtos que possam penetrar ou ser absorvidos pelo organismo (BRASIL, 1994).

    1.4.1 Classificao de riscos qumicos

    O rgo americano envolvido na proteo do trabalhador, Environmental Protection Agency (EPA), define quatro nveis de proteo contra agentes qumicos txicos (BAHIA, 2001).

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    Proteo Nvel A

    Nvel mximo de proteo para possvel exposio a materiais txicos. Os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) para o nvel de proteo A so mostrados no Quadro 3.

    Equipamentos para nvel proteo A Presso positiva, proteo facial total atravs de capuz que permita utilizao de tanques

    de ar autnomos ou suprimento de ar externo que permita manter presso positiva. Roupa totalmente encapsulada para proteo qumica.

    Luva externa e interna com proteo qumica. Botas resistentes a qumicos.

    Quadro 3 - Relao de EPIs para o Nvel de Proteo A Fonte: (BAHIA, 2001)

    Proteo Nvel B

    Nvel alto de proteo. O Nvel B uma proteo contra derramamento e contato com agentes qumicos na forma lquida. As roupas de proteo para esse nvel podem ser apresentadas de duas formas: encapsulada ou no-encapsulada. A relao de EPIs para esse nvel mostrada no Quadro 4 (BAHIA, 2001).

    Equipamentos para o nvel de proteo B Proteo respiratria semelhante ao nvel A.

    Capuz resistente a qumicos. Macaces quimicamente resistentes.

    Luvas internas e externas. Botas resistentes a qumicos.

    Quadro 4 - Relao de EPIs para o Nvel de Proteo B Fonte: (BAHIA, 2001)

    Proteo Nvel C

    Nvel mdio de proteo. Sua utilizao recomendada quando os contaminantes gasosos ou lquidos derramados, em contato direto com a pele, no forem capazes de causar leses na pele ou serem absorvidos por ela. A proteo de Nvel C difere da anterior em relao ao tipo de equipamento respiratrio exigido. Os EPIs para o nvel de proteo C so mostrados no Quadro 5 (BAHIA, 2001).

    Equipamentos para nvel proteo C Respirador total ou parcial, com purificador de ar.

    Macaces quimicamente resistentes ou roupas com duas peas (jaqueta e cala). Luvas quimicamente resistentes. Botas quimicamente resistentes.

    Quadro 5 - Relao de EPIs para o Nvel de Proteo C Fonte: (BAHIA, 2001)

    Proteo Nvel D

    Nveis de proteo respiratria e de proteo para a pele menos rigorosos. Os EPIs para o Nvel D, mostrados no Quadro 6 so recomendados quando o trabalho no envolva contato com derramamentos ou inalaes inesperadas de qualquer produto qumico (BAHIA, 2001).

    Equipamentos para nvel proteo D Macaces ou conjuntos de jaqueta e cala.

    Botas resistentes a qumicos. culos de proteo.

    Quadro 6 - Relao de EPIs para o Nvel de Proteo D Fonte: (BAHIA, 2001)

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    1.4.2 Riscos na forma gasosa

    Os riscos qumicos presentes nos locais de trabalho na forma gasosa podem ser classificados em poeiras, fumos, nvoas, gases e vapores, estando dispersos no ar. O Quadro 7 mostra a definio de cada uma dessas formas.

    Poeiras Partculas slidas geradas mecanicamente por ruptura de partculas maiores. Fumos Partculas slidas produzidas por condensao de vapores metlicos. Nvoas Partculas lquidas resultantes da condensao de vapores ou da disperso

    mecnica de lquidos. Gases Estado natural das substncias nas condies usuais de temperatura e presso.

    Vapores Disperses de molculas no ar que podem condensar-se para formar lquidos ou slidos em condies normais de temperatura e presso.

    Quadro 7 - Definies dos riscos qumicos na forma gasosa Fonte: (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2010])

    Algumas doenas respiratrias crnicas causadas pela inalao de substncias qumicas so: a bronquiolite obliterante crnica; o enfisema crnico difuso e a fibrose pulmonar crnica. Gases, vapores e nvoas podem ainda provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestsicos, indo desde uma leve ardncia nas vias areas superiores a dores de cabea, nuseas, sonolncia, coma e at morte (AGNCIA GOIANA DE ADMINISTRAO E NEGCIO PBLICOS, [200-?]; BRASIL, 1999).

    1.5 Riscos biolgicos

    So classificados como agentes biolgicos: bactrias, fungos, bacilos, parasitas, protozorios, vrus, entre outros (BRASIL, 1994).

    Os agentes biolgicos podem entrar em contato com o corpo do trabalhador por diferentes vias de penetrao: digestiva, cutnea e respiratria. As duas ltimas so as formas mais comuns de contato por profissionais das indstrias qumica e farmacutica. Entre as doenas profissionais provocadas por microorganismos esto tuberculose, brucelose, malria e febre amarela (LISBOA; OHIRA; BISINOTI, 2010).

    De acordo com a Fundao Nacional de Sade - FUNASA, deve ser realizada uma avaliao dos riscos para que as medidas de biossegurana necessrias sejam identificadas de forma clara. Essa avaliao individual para cada empresa, visto que cada uma poder ter uma combinao de riscos prpria (BRASIL, 2004).

    Os critrios de avaliao de risco do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) definem classes de risco considerando a patogenicidade, as vias de transmisso, a estabilidade, a concentrao e a disponibilidade de profilaxia e tratamento. Os nveis de biossegurana so recomendados a partir da classe de risco dos agentes a serem manipulados e dos procedimentos a serem desenvolvidos (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION apud BRASIL, 2004).

    As medidas mais comuns para preservar a sade do trabalhador contra a ao de agentes de risco biolgico so o controle mdico permanente, uso de equipamentos de proteo individual, higiene rigorosa nos locais de trabalho, hbitos de higiene pessoal, uso de roupas adequadas, vacinao e sistema de ventilao/exausto eficientes. O Quadro 8 mostra a classificao dos riscos biolgicos (LISBOA; OHIRA; BISINOTI, 2010).

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    Classe de Risco Risco Individual1 Risco Coletivo Tratamento eficaz 1 Baixo Baixo 2 Moderado Baixo Existem 3 Elevado Moderado Nem sempre existem 4 Elevado Elevado Atualmente no existem

    1 O risco individual relaciona-se com a probabilidade do trabalhador contrair a doena e com a gravidade dos danos sade que essa possa ocasionar.

    Quadro 8 - Caractersticas de cada classe de risco biolgico Fonte: (BRASIL, 2008)

    2 PROGRAMAS DE PREVENO DE DOENAS DO TRABALHO

    As doenas vinculas s atividades exercidas por um trabalhador podem ser prevenidas por meio da elaborao, implementao e administrao de programas de sade, como Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO.

    2.1 Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO

    Entre os documentos que compem o Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA) deve estar disponvel aos trabalhadores o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO). Esse documento deve contemplar o reconhecimento e a avaliao dos riscos biolgicos, a relao contendo a identificao nominal dos trabalhadores, sua funo, o local em que desempenham suas atividades, os riscos a que esto expostos, o programa de vacinao, entre outros (BRASIL, 2005).

    2.2 Programa de Proteo Respiratria PPR

    O Programa de Proteo Respiratria PPR um conjunto de medidas obrigatrias desde 15 de agosto de 1994 para toda empresa em que seja necessrio o uso de respiradores.

    Esse programa tem por objetivo proporcionar o controle de doenas ocupacionais provocadas pela inalao de poeiras, fumos, nvoas, fumaas, gases e vapores. Para a eficcia do PPR necessrio que a empresa providencie aos funcionrios treinamentos para a utilizao correta dos equipamentos de proteo respiratria (TORLONI, 2002).

    2.3 Programa de Conservao Auditiva PCA

    O Programa de Conservao Auditiva um trabalho preventivo que visa promover a sade auditiva do trabalhador. O PCA previsto pela Portaria n. 19, de 19 de abril de 1998, do Ministrio do Trabalho e pela NR 7 e regulamenta as diretrizes e parmetros para o acompanhamento e avaliao dos trabalhadores expostos ao rudo (BRASIL, 1998a).

    3 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    Defini-se como Equipamento de Proteo Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho. A necessidade de proteo para o trabalhador ilustrada na Figura 1 (BRASIL, 2001a).

    O uso dos EPI no Brasil amparado pela NR-6, da Portaria n. 3214 de 1978, do Ministrio do Trabalho e Emprego e deve dar ao trabalhador proteo relativa a danos inerentes ao desenvolvimento das suas atividades.

    De acordo com a NR 6, so de responsabilidade do empregador o fornecimento dos EPIs, a exigncia de seu uso pelos trabalhadores e a manuteno peridica desses equipamentos (BRASIL, 2001a).

    A seguir sero abordados os EPIs mais comuns utilizados no ramo qumico e

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    farmacutico, sendo que estes devem ser escolhidos conforme as atividades desenvolvidas dentro da empresa.

    Figura 1 - Proteo para as partes do corpo do trabalhador na indstria qumica e farmacutica Fonte: adaptado de (PRINCETON UNIVERSITY, 2011)

    3.1 Jaleco e avental

    Auxiliam na preveno da contaminao de origem biolgica e qumica, servindo como proteo para partes do corpo como braos, tronco, abdmen e a parte superior das pernas. Os jalecos devem ter mangas longas, ser confeccionados em tecido de algodo, e ser descontaminados antes de serem lavados (SILVA, 1998 apud SILVA, [200-?]).

    Os jalecos e/ou aventais no devem ser usados em locais pblicos, como elevadores, copas, refeitrios, toaletes, entre outros. Estes devem ser utilizados apenas em reas comuns para o transporte e manuseio de materiais biolgicos, qumicos, estreis ou resduos (GUIMARES, 2005 apud SILVA, [200-?]).

    3.2 Sapatos de segurana

    Em indstrias qumicas e farmacuticas, os membros inferiores dos trabalhadores devem estar protegidos por calados fechados, sendo que estes devero ser ajustados ao tipo de atividade desenvolvida. Os sapatos de segurana podem variar de acordo com a atividade em questo, desde botas de segurana em couro, botas de PVC, botinas e outros calados de cano curto ou longo, com biqueira de reforo e solado antiderrapante. Sapatilhas ou pr-ps descartveis ou reutilizveis so, geralmente, usadas em reas estreis tanto em laboratrios, biotrios e na indstria (SILVA, [200-?]).

    3.3 Luvas

    So utilizadas como barreira de proteo, prevenindo a contaminao das mos, cortes e queimaduras por substncias qumicas, calor ou frio (SILVA, [200-?]).

    A escolha das luvas utilizadas numa indstria depender do tipo de atividade desenvolvida, sendo as luvas de procedimentos no cirrgicos as mais utilizadas no ramo farmacutico. A Figura 2 mostra luvas de diferentes materiais como PVC, ltex (de procedimentos no cirrgicos), PVA e luvas de vaqueta.

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    Figura 2 Luvas de proteo do tipo cirrgica, nitrlica, de PVA, trmica e de vaqueta Fonte: (EPI BRASIL, 2011)

    A relao dos materiais que caracterizam os diferentes tipos de luvas e suas utilizaes (vinculadas ao tipo de substncias a serem manipuladas) mostrada no Quadro 9:

    Luvas Usos Borracha Butlica Cetonas e steres.

    Ltex cidos e bases diludas. Neopropeno cidos, bases, perxidos, hidrocarbonetos, alcois e fenis.

    PVC cidos e bases. PVA Solventes aromticos e halogenados.

    Nitrlica Variedade de solventes orgnicos e cidos e bases. Viton Excepcional resistncia solventes aromticos e halogenados.

    Quadro 9 - Luvas de diferentes materiais e usos relacionados ao tipo de substncia qumica manipulada

    Fonte: adaptado de (DI VITTA, [200-?])

    3.4 Mscaras ou protetores faciais

    So materiais utilizados como proteo para a face em relao a fragmentos slidos, partculas quentes ou frias, poeiras, lquidos e vapores, alm de darem proteo contra respingos de substncias de riscos qumicos e biolgicos (SILVA, [200-?]).

    De acordo com Tipple et al.(2003), h a necessidade de cuidado com a higienizao das mscaras, pois se forem usadas por perodos prolongados, tocadas sucessivamente e permanecerem em volta do pescoo, esses equipamentos podem se transformar em reservatrios de microrganismos.

    3.5 Equipamentos de proteo respiratria

    Visam proteger o trabalhador de fumaa, nvoa, poeiras, fumos, neblinas, gases e vapores irritantes ou txicos.

    Os respiradores mais comuns so os descartveis (com ou sem vlvula de exalao), os reutilizveis (facial inteira e semi-facial) e os motorizados. Os tipos de respiradores adotados por uma indstria dependero das atividades desenvolvidas. A Figura 3 mostra diferentes tipos de respiradores.

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    Figura 3 Tipos de respiradores Fonte: (3M DO BRASIL, 2011c)

    Para limpeza e higienizao dos respiradores podem ser seguidos os procedimentos sugeridos pelo fabricante (TORLONI, 2002).

    O uso de respiradores no dispensa o uso de equipamentos de proteo coletivos como capela de exausto e cabine de segurana biolgica.

    3.6 Protetor auricular

    Equipamento utilizado para proteger o trabalhador contra a exposio a rudos, prevenindo doenas como a PAIR (ver item 1.3.1 Rudo). O protetor auricular pode ser do tipo concha ou de insero (FIG. 4).

    Figura 4 Tipos de protetor auricular de insero Fonte: (3M DO BRASIL, 2011b)

    3.7 culos de segurana

    So equipamentos que visam proteger os olhos contra respingos, gotejamentos, luminosidade e impactos de produtos e/ou objetos passveis de resultar em contaminao, perfurao ou leses, como queimaduras e cegueira.

    A Figura 5 mostra culos com lentes indicadas para proteo contra luminosidade intensa. De acordo com a Associao Nacional das Indstrias de Material de Segurana e Proteo do Trabalho - ANIMASEG, os culos de segurana devem ser substitudos imediatamente ao apresentarem danos fsicos como riscos e trincas (ASSOCIAO NACIONAL DA INDSTRIA DE MATERIAL DE SEGURANA E PROTEO AO TRABALHO, [200-?]).

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    Figura 5 - culos de segurana para proteo contra iluminao intensa Fonte: (3M DO BRASIL, 2011a)

    3.8 Toucas ou gorros

    Segundo Silva ([200-?]), cabelos devem permanecer protegidos e presos para evitar contaminaes (micro-organismos, poeiras e ectoparasitos) e acidentes. As toucas e os gorros podem ser descartveis ou reutilizveis e feitos em tecido que permita a aerao dos cabelos e do couro cabeludo.

    4 EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA (EPC)

    Equipamentos de proteo coletiva (EPC) so equipamentos de conteno que visam proteger o trabalhador do meio ambiente e do produto ou pesquisa desenvolvida. Esse tipo de equipamento passvel de ser utilizado por mais de um trabalhador (BAHIA, 2001).

    4.1 Chuveiro de emergncia e lava-olhos

    O chuveiro de emergncia e o lava-olhos so equipamentos que jogam jatos de gua nos olhos, face ou qualquer parte do corpo em caso de derramamento de produtos qumicos sobre o trabalhador. A instalao desses equipamentos deve ser realizada em um local desobstrudo e de fcil acesso.

    O lava-olhos um equipamento formado por dois pequenos chuveiros acoplados a uma bacia metlica. O ngulo do jato deve permitir o direcionamento na face e nos olhos. Este pode ser do tipo frasco de lavagem ocular (porttil) ou fixo. O lava-olhos pode tambm ser do tipo acoplado ao chuveiro de emergncia, como mostra a Figura 6 (SILVA, [200-?]).

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    Figura 6 - Lava-olhos acoplado a chuveiro de emergncia Fonte: (FUNDAO OSWALDO CRUZ, [200-?])

    De acordo com a Norma Regulamentadora NR 32, o chuveiro de emergncia e o lava-olhos devem ser acionados e higienizados semanalmente (BRASIL, 2005).

    4.2 Capelas de exausto

    So espaos fechados projetados para manipulao de substncias qumicas cujos vapores so perigosos em altas concentraes. As capelas de exausto no devem ser utilizadas para matrias de risco biolgico, pois visto no possuir filtro HEPA, o ar contaminado jogado diretamente na atmosfera (FERREIRS, 2001).

    As capelas de exausto qumica devem ser utilizadas sempre que houver a necessidade de manipulao de uma substncia passvel de irritao ou corrosiva. Esse equipamento deve ter dutos para a rea externa da edificao, com sua extremidade acima do ponto mais alto do prdio e das edificaes vizinhas, ficando distante de prdios habitados e de tomadas de ar do sistema de climatizao. As capelas devem possuir filtros e esses, por sua vez, devem ser trocados periodicamente (BRASIL, 2004).

    Algumas prticas fundamentais a serem realizadas antes de se iniciar um servio em capela: verificar se o sistema de exausto est em pleno funcionamento, se na capela esto produtos inflamveis, principalmente em atividades em que se utilizar chama ou aquecimento, se h obstruo das sadas dgua e do dreno de escoamento e, no utilizar capelas comuns para cido perclrico (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, [200-?]b).

    Para casos de falha no sistema de exausto da capela, h aes imediatas a serem tomadas, como a interrupo dos experimentos, desligar o sistema de aquecimento, fechar ao mximo a janela da capela, relatar o ocorrido ao setor de Segurana do Trabalho (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, [200-?]b).

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    A Figura 7 mostra uma capela de exausto.

    Figura 7 - Capela de exausto Fonte: (ODONTOPLAY, [200-?])

    O Anexo B lista as normas relativas a instalaes de tratamento do ar.

    4.3 Cabine de segurana biolgica

    So equipamentos similares s capelas de exausto, porm possuem filtro HEPA. A presena desse tipo de filtro possibilita a manipulao de materiais de risco biolgico, visto que impede que o ar contaminado com agentes biolgicos contamine a atmosfera. O Quadro 10 mostra os tipos de cabines adequados para cada diferente risco biolgico.

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    Tipo de Cabine Usos

    Cabine de Segurana Biolgica Classe I

    Cabine ventilada com fluxo de ar do ambiente, com lmpadas U.V. recomendada para trabalho com agentes de risco biolgico dos grupos 1, 2 e 3.

    Cabine de Classe II A Para trabalho com agentes de risco biolgico dos grupos 1 e 2. No deve ser usada com substncias txicas, explosivas, inflamveis ou radioativas pela elevada percentagem de recirculao do ar.

    Cabine II B 1 Para agentes biolgicos tratados com mnimas quantidades de produtos qumicos txicos e traos de radionucleotdeos. Recomendada para trabalho com agentes de risco biolgico dos grupos 1, 2 e 3.

    Cabine II B 2 Cabine de total esgotamento de ar. Pode ser usado para agentes biolgicos tratados com produtos qumicos e radionucleotdeos, sendo recomendada para trabalho com agentes de risco biolgico dos grupos 1, 2 e 3.

    Cabine II B 3

    igual a cabine de Segurana Biolgica Classe II. A velocidade de fluxo de ar no seu interior de 75 a 100 ps/minuto. O ar esgotado totalmente atravs de um filtro HEPA por um duto para o exterior. recomendada para trabalho com agentes de risco biolgico dos grupos 1, 2 e 3.

    Cabine de Segurana Biolgica Classe III

    uma cabine totalmente fechada, com ventilao prpria, prova de escape de ar e opera com presso negativa. O trabalho se efetua com luvas de borracha presas a cabine. Recomendada para trabalho com microrganismos de risco biolgico classe IV, como, por exemplo, Arbovrus (Machupo, Lassa, Marburg, vrus de febres hemorrgicas) e material de pesquisa de DNA de alto risco.

    Quadro 10 - Diferentes tipos de cabines de segurana biolgica e recomendaes de uso Fonte: adaptado (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [200-?])

    4.4 Proteo contra incndios

    De acordo com a Norma Regulamentadora NR 23 (Proteo Contra Incndios), toda empresa deve possuir equipamentos para combater o fogo em seu incio, pessoas treinadas para o uso desses equipamentos e sadas que permitam que os trabalhadores do local possam abandonar o ambiente de trabalho com rapidez (BRASIL, 2001b).

    recomendvel para as indstrias a elaborao de projetos de proteo contra incndios. Esses projetos devero ser preparados e assinados por profissionais habilitados e que possuam registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. A Resoluo Federal n. 218, de 29 de junho de 1973, lista as competncias exigidas para cada profissional envolvido na elaborao do projeto e para a sua execuo (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO, [2004]).

    O Anexo C apresenta uma lista das normas relativas preveno de incndios.

    4.5 Sadas

    A NR 23 especifica que as sadas de emergncia devem possuir uma largura mnima de 1,20 cm (um metro e vinte centmetros), sendo mantidas permanentemente desobstrudas (BRASIL, 2001b).

    4.6 Classes de fogo

    O Quadro 11 apresenta as classes de fogo e sua ocorrncia referente ao material em combusto.

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    Classe de fogo Ocorrncia Exemplo

    Classe A Materiais de fcil combusto com a propriedade de queimarem em sua superfcie e profundidade.

    Tecidos, madeira, papel, fibra.

    Classe B Produtos que queimem somente em sua superfcie.

    leo, graxas, vernizes, tintas, gasolina.

    Classe C Equipamentos eltricos energizados. Motores, transformadores, quadros de distribuio, fios.

    Classe D Elementos pirofricos. Magnsio, zircnio, titnio. Quadro 11 - Classes de fogo e sua ocorrncia

    Fonte: adaptado de (BRASIL, 2001b)

    4.7 Extintor de incndio

    Extintor de incndio definido como equipamento mvel, de acionamento manual, constitudo de recipiente ou cilindro, componentes, contendo agente extintor e podendo conter gs expelente, destinado a combater princpios de incndio (INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE INDUSTRIAL, 2011).

    A Norma Regulamentadora n. 23 especifica que todo extintor presente em ambientes de trabalho deve atender s normas e regulamentos tcnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INMETRO. A NR 23 afirma ainda que extintores portteis so indispensveis mesmo em indstrias que possuam chuveiros automticos (sprinklers) (BRASIL, 2001b).

    A periodicidade de inspeo para cada extintor deve ser mensal, sendo examinados o aspecto externo, os lacres e os manmetros. Cada extintor deve possuir uma etiqueta de identificao presa ao seu bojo, contendo informaes pertinentes a data em que foi carregado, data para prxima recarga e nmero de identificao (BRASIL, 2001b).

    A classificao de um extintor de incndio feita segundo o tipo de agente extintor contido no seu interior, exemplo: p qumico; gua; espuma mecnica; gs carbnico (CO2); halogenados, etc. (INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE INDUSTRIAL, 2011).

    O tipo de extintor de incndio presente em cada rea de uma empresa deve estar de acordo com os tipos de materiais e substncias qumicas ali presentes. O Quadro 12 mostra os usos de cada tipo de extintor em relao origem do fogo a ser combatido.

    Tipo de extintor de incndio Usos

    gua Incndios de papel, objetos de madeira. CO2/p seco Incndios de lquidos e gases inflamveis e fogo de origem eltrica. Metais lcalis Para fogo de origem eltrica e extintores.

    Espuma Principalmente em lquidos. Quadro 12 - Usos para cada tipo de extintor de incndio

    Fonte: adaptado de (BAHIA, 2001)

    5 SINALIZAO DE SEGURANA

    A sinalizao de segurana envolve alertas visuais (cores, sinais e palavras) para prevenir acidentes, identificar os equipamentos de segurana, delimitar reas, identificar canalizaes empregadas para a conduo de lquidos e gases e advertir contra os riscos envolvidos (BRASIL, 2011).

    As cores na segurana do trabalho so fixas e devem ser utilizadas conforme definies na

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    Norma Regulamentadora NR 26 - Sinalizao de segurana. A relao das cores e de seus respectivos usos mostrada no Quadro 13.

    Cor Utilizaes Vermelho Equipamentos e aparelhos de proteo e combate a incndio.

    Amarelo Identificar gases no liquefeitos* e locais que apresentem risco (meio-fio, viga rebaixada, pilastras, fundos de letreiros e avisos de advertncia, entre outros).

    Branco

    Passarelas e corredores de circulao, direo, localizao e coletores de resduos e bebedouros, reas em torno dos equipamentos de socorro de urgncia, de combate a incndio ou outros equipamentos de emergncia, reas destinadas armazenagem, zonas de segurana.

    Preto Canalizaes de inflamveis e combustveis de alta viscosidade*.

    Azul Avisos contra uso e movimentao de equipamentos, canalizaes de ar comprimido*, preveno contra movimento acidental de qualquer equipamento em manuteno, avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potncia.

    Verde

    Canalizaes de gua*, caixas de equipamento de socorro de urgncia, caixas contendo mscaras contra gases, chuveiros de segurana, macas, fontes lavadoras de olhos, quadros para exposio de cartazes, porta de entrada de salas de curativos de urgncia, localizao de EPI, emblemas e dispositivos de segurana, mangueiras de oxignio.

    Laranja

    Canalizaes contendo cidos*, partes mveis de mquinas e equipamentos, partes internas das guardas de mquinas que possam ser removidas ou abertas, faces internas de caixas protetoras de dispositivos eltricos, faces externas de polias e engrenagens, botes de arranque de segurana e dispositivos de corte.

    Prpura Perigos provenientes das radiaes eletromagnticas penetrantes de partculas nucleares. Lils Canalizaes que contenham lcalis*. Cinza Claro: canalizaes em vcuo. Escuro: identificar eletrodutos. Alumnio Canalizaes contendo gases liquefeitos, inflamveis e

    combustveis de baixa viscosidade*. Marrom Outros. * Canalizaes para conduo de lquidos e gases devem ter a aplicao de cores realizada em toda sua extenso.

    Quadro 13 - Cores de sinalizao e seus respectivos usos no local de trabalho Fonte: adaptado (NORMAS REGULAMENTADORAS, [200-?])

    5.1 Mapa de risco

    O mapa de risco definido pelo Servio Social da Indstria SESI, como sendo a representao grfica da avaliao qualitativa dos riscos fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e de acidentes nos locais de trabalho, e de suas intensidades, representadas por crculos de diferentes cores e tamanhos (SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA, 2007).

    A Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho ([2010]) lista entre as etapas da elaborao do mapa de risco o levantamento dos dados do processo de trabalho (nmero de funcionrios que trabalham no setor, jornada de trabalho); a identificao dos riscos existentes (identificao das medidas de proteo e se elas so eficientes) e a identificao dos problemas de sade (queixas mais frequentes entre trabalhadores expostos aos

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    mesmos riscos, acidentes de trabalhos ocorridos e as doenas ocupacionais registradas no setor).

    A Figura 8 mostra como exemplo o esquema de um mapa de risco de uma indstria galvanotcnica (SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA, 2007).

    Figura 8 - Modelo de mapa de riscos (galvanotcnica) Fonte: (SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA, 2007)

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    Aps ser aprovado pela Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), o mapa de riscos deve ser afixado em local visvel e de fcil acesso dentro do setor mapeado. De acordo com a Portaria n. 26, de 06 de maio de 1998, a falta do mapa de risco ocasiona multas pesadas (BRASIL, 1998b).

    O agente mapeador, pessoa capacitada para elaborar o Mapeamento dos Riscos Ambientais, deve ter noo de responsabilidade civil e criminal nos acidentes do trabalho, de acordo com a legislao (AGNCIA GOIANA DE ADMINISTRAO E NEGCIOS PBLICOS, [200-?]).

    O Quadro 14 apresenta as cores relacionadas a cada risco ambiental e alguns exemplos.

    Grupo Riscos Cor Exemplo

    1 Fsicos Verde Rudo, calor, frio, presses, umidade, radiaes ionizantes e no ionizantes, vibraes, etc. 2 Qumicos Vermelho Poeiras, fumos, gases, vapores, nvoas, neblinas,

    etc.

    3 Biolgicos Marrom Fungos, vrus, parasitas, bactrias, protozorios, insetos, etc.

    4 Ergonmicos

    Amarelo Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, trabalho em turnos, etc.

    5 Acidente Azul Arranjo fsico inadequado, iluminao inadequada, incndio e exploso, eletricidade, mquinas e equipamentos sem proteo, quedas e animais peonhentos.

    Quadro 14 - Relao dos riscos ambientais e suas cores de sinalizao Fonte: (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, [200-?]a)

    O SESI afirma ainda que, se houver num mesmo ambiente de trabalho diferentes riscos de um s grupo e de mesmo grau de intensidade, a representao deve ser feita apenas com um crculo na cor do risco apresentado (FIG. 9a). Quando diferentes tipos de riscos de mesmo grau de intensidade so identificados em um mesmo ambiente devem ser representados em um nico crculo, dividido em partes iguais, com as respectivas cores (FIG. 9b) (SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA, 2007).

    Figura 9 - Representao de riscos a) diferentes riscos de um s grupo e b) diferentes tipos risco de mesmo grau de intensidade

    Fonte: (SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA, 2007)

    5.2 Rotulagem e estocagem de produtos qumicos

    Nos rtulos dos produtos qumicos deve constar o nome tcnico do produto, a palavra de advertncia que designa o grau de risco, as indicaes de risco, as medidas preventivas, primeiros socorros, as informaes em casos de acidentes e instrues especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento. O rtulo deve ainda destacar as propriedades perigosas do

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    produto final, caso ocorram misturas de substncias qumicas com propriedades que variem em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente (BRASIL, 2011).

    comum em rtulos de produtos qumicos a presena de um Diagrama de Hommel, tambm conhecido como Diamante do Perigo. Esse diagrama possui sinais de fcil reconhecimento da substncia, incluindo o grau de periculosidade. Para o preenchimento do diagrama so utilizados quatro parmetros (UNIVERSIDADE DE SO PAULO, [200-?]):

    Riscos sade 4 - substncia letal 3 - substncia severamente perigosa 2 - substncia moderadamente perigosa 1 - substncia levemente perigosa 0 - substncia no perigosa ou de risco mnimo

    Riscos especficos OXY oxidante forte ACID cido forte ALK - base forte COR corrosivo W - no misture com gua

    Inflamabilidade 4 - gases inflamveis, lquidos muito volteis 3 - substncias que entram em ignio temperatura ambiente 2 - substncias que entram em ignio quando aquecidas moderadamente 1 - substncias que precisam ser aquecidas para entrar em ignio 0 - substncias que no queimam

    Reatividade 4 - pode explodir 3 - pode explodir com choque mecnico ou calor 2 - reao qumica violenta 1 - instvel se aquecido 0 estvel

    O Diagrama de Hommel para um cido forte mostrado na Figura 10.

    Figura 10 - Diagrama de Hommel para o cido clordrico Fonte: (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECURIA, [200-?])

    Visto que vrias substncias reagem de forma violenta e perigosa quando em contato com outras, necessrio cuidado criterioso durante a estocagem desses materiais. Deve-se estar atento quanto a questes como segregao, periculosidade, estado fsico e, principalmente, incompatibilidade qumica com outras substncias. Esta ltima inerente s substncias e ocorre, por exemplo, entre cidos fortes e bases fortes, oxidantes e inflamveis, metais alcalinos e gua e entre cianetos e cidos (DI VITTA, [200-?]).

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    Produtos qumicos em geral, principalmente substncias inflamveis e explosivas devem ficar afastados de lamparinas e equipamentos eltricos em geral (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, [200-?]b).

    5.2.1 Palavra de advertncia

    Palavra que indica o grau de risco envolvido na manipulao de uma determinada substncia. As palavras de advertncia e seus respectivos usos so listados no Quadro 15:

    Palavra de Advertncia Utilizaes PERIGO Indicar substncias que apresentem alto risco.

    CUIDADO Substncias que apresentem risco mdio. ATENO Substncias que apresentem risco leve.

    Quadro 15 - Palavras de advertncia e suas utilizaes Fonte: (BRASIL, 2011)

    5.2.2 Indicaes de risco

    So indicaes pertinentes aos riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsvel do produto, como: EXTREMAMENTE, INFLAMVEIS, "NOCIVO SE ABSORVIDO ATRAVS DA PELE", entre outros (BRASIL, 2011).

    5.2.3 Medidas preventivas

    Visam estabelecer outras medidas a serem tomadas para prevenir leses ou danos decorrentes dos riscos indicados, como "MANTENHA AFASTADO DO CALOR, FASCAS E CHAMAS ABERTAS" e "EVITE INALAR A POEIRA" (BRASIL, 2011).

    5.2.4 Primeiros socorros

    So as medidas que podem ser tomadas em caso de acidentes at a chegada do mdico (BRASIL, 2011).

    Concluses e recomendaes

    Riscos qumicos, fsicos e biolgicos so inerentes s atividades desenvolvidas no segmento qumico ou farmacutico. Dessa forma, a preveno essencial para a melhoria da qualidade dos produtos e, principalmente, assegurar a qualidade das condies fsicas e psquicas do trabalhador.

    A segurana nas indstrias qumicas e farmacuticas no envolve somente a anlise adequada dos riscos ambientais e a presena de equipamentos de proteo (individuais e coletivos), mas tambm a criao e implantao de programas preventivos. Os trabalhadores tendem a aderir com mais facilidade a um programa de preveno de riscos quando compreendem sua importncia e finalidade. Assim, a capacitao dos trabalhadores uma importante forma de precauo de acidentes e de quase acidentes no ambiente de trabalho e uma grande ferramenta para a implementao do PPRA.

    Referncias

    3M DO BRASIL. Produtos e servios culos de segurana. [S.l.], 2011a. Disponvel em: . Acesso em: 24 out. 2011.

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    3M DO BRASIL. Produtos e servios proteo respiratria. [S.l.], 2011c. Disponvel em: . Acesso em: 24 out. 2011.

    AGNCIA GOIANA DE ADMINISTRAO E NEGCIOS PBLICOS. Manual de elaborao de mapa de risco. [Goinia], [200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 21 out. 2011.

    ALMEIDA, Ellen Christian de et al. Riscos ocupacionais: impactos na sade do trabalho do calor. [Poos de Caldas], [200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 31 out. 2011.

    ARAJO, Simone Adad. Perda auditiva induzida pelo rudo em trabalhadores de metalrgica. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, So Paulo, v. 68, n.1, p. 47-52, maio 2002. Disponvel em: . Acesso em:03 nov. 2011.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5413:1992 - Iluminncia de interiores. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

    ASSOCIAO NACIONAL DA INDSTRIA DE MATERIAL DE SEGURANA E PROTEO AO TRABALHO. culos e protetor facial de segurana. So Paulo, [200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 11 out. 2011.

    AUGUSTO NETO, Nelson. Verificao dos nveis de atenuao de protetores auriculares do tipo concha, utilizando microfone sonda. 2007. 82 f. Dissertao (Mestrado em Design) - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicao, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 14 out. 2011.

    BAHIA. Secretaria da Sade. Superintendncia de Vigilncia e Proteo da Sade. Diretoria de Vigilncia e Controle Sanitrio. Manual de biossegurana. Salvador: Universidade Federal da Bahia - Instituto de Cincias da Sade, 2001. Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2011.

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    BRASIL. Lei n. 8213, de 24 de julho de 1991. Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia Social e d outras providncias. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 25 jul. 1991. Disponvel em: . Acesso em: 11 out. 2011.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n. 1339/GM, em 18 de novembro de 1999. Lista de doenas relacionadas ao Trabalho. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 19 nov. 1999. Disponvel em: . Acesso em: 28 out. 2011.

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    BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n. 6 Equipamentos de Proteo Individual. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 17 out. 2001a. Disponvel em: . Acesso em: 07 nov. 2011.

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO. Comisso Interna de Biossegurana. Cabines de segurana biolgica. So Jos do Rio Preto, [200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 24 out. 2011.

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO. Comisso Interna de Preveno de Acidentes. Mapa de risco. Botucatu, [2010]. Disponvel em: . Acesso em: 21 out. 2011.

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO. Faculdade de Engenharia. Curso de treinamento de CIPA Mdulo 5: incndios. Bauru, [2004]. Disponvel em: . Acesso em: 20 out. 2011.

    VALDRIGHI, Gisele Tomazela Bertin. Implantao do programa de conservao auditiva na Prefeitura Municipal de Piracicaba. In: SIMPSIO DE ENSINO DE GRADUAO, 5., 2007, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Universidade Metodista de Piracicaba, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 23 nov. 2011.

    VIDAL, Mario Cesar Rodrguez; SETTI, Maria Egle Cordeiro. Ergonomia e segurana do trabalho: uma radiografia da pesquisa no Brasil. Ao Ergonmica, v.1, n. 2, p.13-24; 2001. Disponvel em: . Acesso em: 11 out. 2011.

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    Anexos

    ANEXO A - Normas relativas preveno de doenas vinculadas com a temperatura do ambiente de trabalho

    Norma regulamentadora do Ministrio do Trabalho

    BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n. 15 Atividades e operaes insalubres Anexo 3 Limites de tolerncia para exposio ao calor. Disponvel em: . Acesso em: 07 nov. 2011.

    Normas ISO

    ISO 7243/1989 Ambientes quentes estimativa do stress por calor em trabalhadores, baseado no ndice IBUTG (ndice de bulbo mido e temperatura de globo);

    ISO 7900/1989 Ambientes quentes determinao analtica e interpretao do stress trmico, utilizando o clculo da taxa requerida de suor;

    ISO 9886/1992 Avaliao da tenso trmica, atravs de medies fisiolgicas;

    ISO/TR 11079/1993 Avaliao de ambientes frios determinao do isolamento requerido das vestimentas (IREQ).

    ANEXO B - Normas relativas instalaes de tratamento do ar

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n. 3523, de 28 de agosto de 1998. Aprovar Regulamento Tcnico contendo medidas bsicas referentes aos procedimentos de verificao visual do estado de limpeza, remoo de sujidades por mtodos fsicos e manuteno do estado de integridade e eficincia de todos os componentes dos sistemas de climatizao, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e preveno de riscos sade dos ocupantes de ambientes climatizados. Disponvel em: . Acesso em: 23 nov. 2011.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE CONTROLE DE CONTAMINAO. Recomendao Normativa 004 - 1995 Classificao de filtros de ar para utilizao em ambientes climatizados. Disponvel em: . Acesso em: 23 nov. 2011.

    Normas tcnicas editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT

    NBR 6401 Instalaes centrais de ar-condicionado para conforto parmetros bsicos de projeto;

    NBR 7256 Tratamento de ar em unidades mdico-assistenciais.

    ANEXO C - Normas relativas preveno de incndios

    Norma regulamentadora do Ministrio do Trabalho

    BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n. 23 Proteo contra incndios. Disponvel em:

  • Copyright Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas - SBRT - http://www.respostatecnica.org.br 27

    . Acesso em: 23 nov. 2011.

    Normas tcnicas editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT

    NBR 5410 - Sistema eltrico;

    NBR 5419 - Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas (pra-raios);

    NBR 9077 - Sadas de emergncia em edificaes;

    NBR 9441 - Sistemas de deteco e alarme de incndio.

    NBR 10897 - Proteo contra incndio por chuveiro automtico;

    NBR 10898 - Sistemas de iluminao de emergncia;

    NBR 11742 - Porta corta-fogo para sada de emergncia;

    NBR 12615 - Sistema de combate a incndio por espuma;

    NBR 12692 - Inspeo, manuteno e recarga em extintores de incndio;

    NBR 12693 - Sistemas de proteo por extintores de incndio;

    NBR 13434 - Sinalizao de segurana contra incndio e pnico - formas, dimenses e cores;

    NBR 13435 - Sinalizao de segurana contra incndio e pnico;

    NBR 13437 - Smbolos grficos para sinalizao contra incndio e pnico;

    NBR 13523 - Instalaes prediais de gs liquefeito de petrleo;

    NBR 13714 - Instalao hidrulica contra incndio, sob comando;

    NBR 13714 - Instalaes hidrulicas contra incndio, sob comando, por hidrantes e mangotinhos;

    NBR 13932- Instalaes internas de gs liquefeito de petrleo (GLP) - projeto e execuo;

    NBR 14039 - Instalaes eltricas de alta tenso;

    NBR 14276 - Programa de brigada de incndio;

    NBR 14349 - Unio para mangueira de incndio - requisitos e mtodos de ensaio;

    Nome do tcnico responsvel

    Luana de Andrade Veloso

    Nome da Instituio do SBRT responsvel

    Instituto de Tecnologia do Paran - TECPAR

    Data de finalizao

    31 jan. 2012