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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.tenis.pt Julho 2009 NESTA EDIÇÃO: Bimestral, N.º 9 Publicação Online Programa Nacional de Detecção de Talentos Selecção Nacional Sub-14 Copa del Sol Sevilha, Espanha Vice-Campeões Entrevista com José Maria Calheiros—100 dias de Pre- sidência Portugueses nos Grand Slam Notícias do Ténis

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Notícias do Ténis - Julho 2009

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.tenis.pt

Julho 2009

NESTA EDIÇÃO:

Bimestral, N.º 9 Publicação Online

Programa Nacional de Detecção de Talentos

Selecção Nacional Sub-14 Copa del Sol

Sevilha, Espanha Vice-Campeões

Entrevista com José Maria Calheiros—100 dias de Pre-

sidência

Portugueses nos Grand Slam

Notícias do Ténis

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EDITORIAL

Credibilizar, Ampliar e Descobrir Os últimos três meses foram de intenso trabalho na FPT, dando sequência aos quatro anos do mandato anterior. Sobretudo preparando muito do que há por fazer pelo ténis português nas três linhas principais de acção - Credibilizar a Federação (reconhecendo e financiando o Ténis), Ampliar a base de apoio (promovendo o aumento do número de federados, o ténis no desporto escolar e a formação) e Descobrir as Estrelas do Ténis (detectando talentos e apostando no Alto Rendimento com os melhores). Credibilizar a Federação - as parcerias são uma das prioridades da Direcção, aprofundando ligações com as Associações Regionais e Profissionais, com o Governo e o IDP, com a Câmara Municipal de Cascais, e com patrocinadores CIMA, Lusita-nia e Sybase, e fornecedores Fonte Viva, AFF Sports, Wilson e Prince. O estatuto de patrocinador institucional e oficial está a ser definido, contribuindo para a credibilização do Ténis. A revisão estatutária da federação foi feita com celeridade, recolhendo a unanimidade em Assembleia Geral, por aplicação da nova Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto. Os novos Estatutos da FPT, ainda incorporando uma protecção às asso-ciações, entram em vigor em Janeiro de 2010. A visibilidade acrescida que o Portal do Ténis proporciona à FPT, e a melhoria de funcionalidades, incluindo a gestão de tor-neios, o apoio à área técnica e aos Clubes, será uma das tarefas a desenvolver, o que converge com a proximidade que defen-demos para a relação com todos os agentes do Ténis. Ampliar a base de apoio – aumentar o número de federados, evidenciar o prazer de jogar ténis e dar prioridade à Forma-ção, são acções de renovação do trabalho com clubes e treinadores. O Manual de Ténis do Desporto Escolar a finalizar será um instrumento fundamental para potenciar a ligação à Escola, influenciando de forma decisiva o fomento da modalidade. Está a ser preparada a aposta na certificação dos clubes, baseada em critérios objectivos de qualidade dos equipamentos ofe-recidos e dos serviços prestados, que permitam melhorar os níveis de desempenho gerais do ténis, através da criação de incentivos aos clubes. Descobrir as Estrelas do Ténis - um bom relacionamento com a tutela facilitou o lançamento do CAR Ténis, Centro de Alto Rendimento no Jamor, que vinha a ser pensado pela FPT desde 2007, com o apoio especial do Secretário de Estado e do Presidente do IDP. A consolidação do projecto dá-se com a inauguração do pavilhão coberto do Jamor e com a contratação da equipa liderada pelo reconhecido treinador João Cunha e Silva. Trata-se do corolário natural ao trabalho de qualidade que os técnicos da FPT têm vindo a desenvolver na Competição e Selecções, proporcionando resultados de primeira linha às participações portuguesas com atletas de todos os escalões. O ténis de Alta Competição está assim no centro das atenções, concertando os apoios ao percurso e estatuto de AC, devendo ser definidos com muito cuidado os rankings mínimos para cada modalidade. Reforçar a Coordenação Técnica da FPT, integrando Formação, Fomento e Competição, e potenciando sinergias entre programas, DE, PNDT, CAR e Selecções, são temas prioritários de actuação já em equação. O modelo que está a ser concreti-zado assenta numa Visão de Excelência no Ténis, de uma Missão que passa por fixar atletas e forjar campeões, e de uma Vocação da FPT para o Jamor. É neste contexto que a FPT influencia a preparação do que poderá vir a ser o Estádio de Ténis do Jamor, participando no estudo das alternativas de localização e na definição de requisitos de capacidade, funções e acessos, que proporcionem uma solução que interesse ao Ténis. Do ponto de vista dos resultados, assinalamos o lugar de Vice-Campeão da Europa Sub 14 Masculino conquistado por Portugal com as raquetas do Frederico Silva, Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira, capitaneados por Pedro Felner. Registam-se ainda sucessos nos escalões dos mais jovens, podendo referir entre outros os nomes de Patrícia Martins, Bárbara Luz, Joa-na Valle Costa, Vasco Mensurado e João Barra. Registam-se os rankings conseguidos pelos nossos melhores atletas masculinos Frederico Gil e Rui Machado, e femininos Michelle Brito e Neuza Silva, que marcaram brilhantes presenças em Roland Garros e Wimbledon. Foram seguidos de perto por excelentes resultados dos restantes jogadores, Gastão Elias, João Sousa, Leonardo Tavares, nos homens, e Frederica Pie-dade, Magali De Lattre, Maria João Koheler, nas senhoras, destacando as participações positivas na Taça Davis e na Fed Cup. Outros resultados serão de sublinhar, como o do treinador António Van Grichen com a Victoria Azarenka, ou da arbitragem com a Mariana Alves, o Carlos Ramos e o Carlos Sanches. É também o caso do progresso registado no Ténis em Cadeira de Rodas, cuja Selecção nacional se prepara para os campeonatos do Mundo em Inglaterra, dinamizado pelo programa “Jogar Sentado” com o apoio da Fundação EDP e da ArTelecom. E tantos outros resultados, que são um testemunho do bom momento que atravessa o ténis português.

José Vaz Pinto Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

Federação Portuguesa de Ténis

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Direcção da FPT

100 dias ao comando da Federação Portuguesa de Ténis

Cem dias depois de tomar posse, a Notícias do Ténis pediu ao presiden-te da Federação Portuguesa de Ténis o balanço destes três meses de acti-vidade. José Maria Calheiros dá des-taque a quatro áreas de intervenção principal: a aprovação dos novos Estatutos da FPT, a reorganização interna da FPT, a entrada em funcio-namento do Centro de Alto Rendi-mento e a maior aproximação com os diferentes agentes do ténis. Notícias do Ténis - Faz hoje exactamente 100 dias que tomou posse. Que objectivos e planos foram já atingidos e fomentados nestes três meses de direcção? José Maria Calheiros - Estes três meses foram de muito trabalho. Houve projectos que se iniciaram e outros que se concretizaram. Eu começaria por salientar a revisão dos Estatutos. O facto de se ter consegui-do, num curto espaço de tempo, aprovar os novos Estatutos da Fede-ração, num processo que envolveu todas as Associações, foi muito posi-tivo. NT - Aliás, foi conseguida a unanimidade nessa votação. Que ilações tira deste resulta-do? JMC - A unanimidade significa que todos estão de acordo com os Estatu-tos aprovados, e que há sintonia quanto à organização da estrutura

base da FPT. Foi uma batalha ganha por todos. Não só pela direcção, mas por todos. Sobretudo pela forma como decor-reu o processo, que foi muito partici-pado, organizado e bem executado. O papel das Associações foi determi-nante. Portanto, temos Estatutos novos que vão entrar em vigor dia 1 de Janeiro de 2010. Acho que é um marco importante para a Federação Portuguesa de Ténis. NT - Vê maior união no Ténis? JMC – Sem dúvida. Julgo que já se começam a sentir os efeitos do tra-balho realizado. A tal aproximação ao terreno, ao court. Se nós nos aproximamos mais, há necessaria-mente mais união. Eu acredito muito no trabalho. Se se trabalha bem, as pessoas começam a reconhecer rapi-damente e juntam-se em torno do objectivo comum. E o nosso objecti-vo é comum a todos os agentes do ténis: desenvolver o ténis em Portu-gal e colocá-lo na primeira linha do desporto nacional. Destaco também o projecto do CAR (Centro de Alto Rendimento) que já se iniciou. Conseguimos aproveitar as parcerias e sinergias que surgiram e avançámos. Neste momento, já se está a trabalhar no sentido de dar apoio aos Atletas residentes, aos Não residentes e às Selecções Nacionais. NT - …Considera então que o Centro de Alto Rendimento já começa a dar frutos? JMC – Ainda é cedo para dizer isso. Mas é verdade que há bom ambiente e colaboração entre os técnicos do CAR, a Direcção Técnica, os seleccio-nadores e os treinadores dos nossos melhores atletas. E isso é muito importante. O CAR é um projecto para os melhores. Mas é um projecto de todos. É assim que o queremos ir construindo. Os resultados vão aparecer. É impor-tante salientar que as Selecções têm tido bons resultados e já fizeram o estágio no âmbito do CAR.

NT - Além destes projectos mais visíveis, que mais foi feito desde a sua tomada de posse? JMC – Gostaria de salientar uma maior aproximação da Direcção e do presidente às selecções nacionais - isso concretizou-se na FED CUP, na Copa del Sol e na Taça Davis. Con-seguiu-se voltar a essa prática. NT - Qual é, na prática, a verda-deira importância dessa pre-sença? JMC - É bom para as duas partes. É bom para os jogadores e treinadores, porque sentem que a Federação está próxima deles, e sentem o seu traba-lho mais reconhecido. Por outro lado, para nós direcção, também é importante porque percebemos quais os sentimentos e necessidades dos Jogadores para depois irmos colmatando falhas. Mesmo ao nível dos Treinadores e de toda a equipa técnica esse apoio e reconhecimento é fundamental. Estar no terreno é duro, as condições nem sempre são as mais favoráveis e quando se está lá fora ainda mais. E, portanto, ter esse acompanhamento e reconhecimento é importante. A minha intenção é que este acompa-nhamento se alargue às selecções jovens – a Copa del Sol foi um bom exemplo. Mas esta ideia de aproximação não vale apenas para as selecções - esta-mos a alargar esta aproximação às Associações Regionais e Representa-tivas e aos Clubes. Precisamos de todos. NT - E quanto ao funcionamen-to da própria Federação. Mexeu na estrutura existente? JMC – Essa é outro aspecto impor-tante, a reorganização interna da Federação Portuguesa de Ténis. Estamos a trabalhar muito nessa área, incluindo na parte financeira. Os vice-presidentes da área financei-ra estão muito empenhados. Come-çámos por definir áreas e departa-mentos dentro da Federação, distri-buindo os pelouros. Já temos isso relativamente adiantado e afinado.

Federação Portuguesa de Ténis

José Maria Calheiros

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NT - Foi pacífico? Conseguiu evitar as rupturas que falava na campanha? JMC - Foi, não houve dificuldades. Interessava que as pessoas soubes-sem a quem se dirigir consoante a área ou assunto que pretendem tra-tar. A propósito, vale a pena referir que no dia-a dia debatemo-nos com problemas, reclamações, protestos, incumprimentos de regulamentos, etc. E aqui acho que também já hou-ve um sinal muito claro do nosso posicionamento. As normas e regu-lamentos são para cumprir. Por mim, tudo farei para que a FPT cum-pra e faça cumprir as regras. Julgo que temos actuado com ponderação, mas com firmeza. As pessoas perce-bem e aceitam esta nossa postura. NT - O presidente já referiu que nestes três meses foram estabele-cidos contactos internacionais. A que nível e em que sentido? JMC - Temos tido contactos ao nível cimeiro das principais federações, como a francesa, a espanhola, a belga e outras. Isso vai potenciar programas de intercâmbio e parcerias. A porta está aberta…. Temos que aproveitar essas possibilidades. NT - Como tem assistido aos resul-tados surpreendentes de alguns tenistas portugueses nos torneios de grande projecção internacio-nal? JMC – Para mim não são muito sur-preendentes. O trabalho dá sempre fru-tos e há muitos portugueses a trabalhar bem em Portugal (e no estrangeiro). Sigo os jogos com muita alegria e emo-ção. Vivo muito esses momentos. Nós estamos a consolidar resultados em vários escalões e vamos ter mais atletas a fazer bons resultados. É preciso potenciar estes bons resultados através do acompanhamento e apoio dos joga-dores portugueses a nível individual.

Vamos fazê-lo na medida do possível. NT – O Ténis Nacional está a mudar? JMC – Sem dúvida. Hoje fala-se muito mais de ténis do que se falava. É claro que os resultados ajudam muito, mas também há trabalho feito nessa área. Mas temos ainda que melhorar muito a comunicação. Não podemos cometer certos erros. Estamos a trabalhar para corrigir o que funciona menos bem. Temos que ser mais rigorosos na comu-nicação. A nível interno começou-se a comunicar mais com as associações e com os clubes. A nível externo, também por força dos resultados e das notícias que têm saído, o ténis tem mais visibili-dade. Esse também era um dos nossos objectivos. NT - Que resultados são esperados desta maior comunicação? Mais praticantes? JMC - Por um lado, o alargamento da base de praticantes: falar-se mais de ténis leva as pessoas a terem maior curiosidade pelo desporto. No desporto os bons resultados de uns atletas potenciam bons resultados de outros. No ténis ainda é mais verdade porque é um desporto em que a parte mental é muito importante. Por vezes, há algumas barreiras difíceis de ultra-passar. Começando a haver jogadores com bons resultados é mais fácil aparecerem outros a conseguir boas marcas, a ultra-passarem a barreira psicológica. ‘Se aquele consegue, eu também consigo’. Isto no Ténis é muito evidente. Aliás, mesmo ao nível das camadas mais novas notam-se os efeitos; os atletas começam-se a convencer que é possível ganhar - fomos vice-campeões da Euro-pa de Sub-14. Ganhámos à Ucrânia, à Suiça, à Sérvia, duas vezes à Espanha (em Espanha). É muito bom. Há muito potencial. NT - Com toda esta visibilidade, que mais-valias podem ser apro-

veitadas pela Federação? JMC – Por exemplo, a nível do apoio, das parcerias que a Federação pode firmar. Algumas até já estão concretiza-das. Isto ajuda os Patrocinadores a verem que têm um potencial de efectivo retorno nos investimentos que vão fazer. NT – Como tem sido o relaciona-mento com as Associações? JMC – Óptimo, mas temos que conti-nuar a comunicar. Encaro as Associa-ções Regionais como parceiras da Direc-ção. E vamos incrementar a sua partici-pação. O mesmo vale para as Associa-ções Representativas – temos mantido contactos com a Associação de Árbitros e com a Associação de Treinadores com quem fechámos um protocolo recente-mente. Vamos também incrementar o relacionamento com a Associação de Jogadores. NT - Outra parceria reforçada recentemente, é a da empresa Sybase para o desenvolvimento do Portal da Federação Portuguesa de Ténis. Que novidades vamos ver na plataforma virtual? JMC - Com a renovação desta parceria, entramos na segunda fase do portal que vai ter novas funcionalidades… NT - Compras on line… JMC - Isso, mas depois da gestão de torneios e do apoio à área técnica e aos Clubes, funcionalidades que faci-litam a comunicação e a informação. NT - E quanto aos programas que já se encontravam no terreno quando tomou posse. Refiro-me ao PNDT (Plano Nacional de Detecção de Novos Talentos), Des-porto Escolar, Play and Stay, entre outros? JMC - O PNDT está muito bem organi-zado. Há que apoiar mais,

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Direcção da FPT

“Temos muito trabalho já concretizado”

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criar sinergias entre este programa e o Play and Stay, que é outro projecto importante que temos de incentivar. Aliás a ligação do Play and Stay aos clubes leva-nos à questão da credencia-ção e certificação. O Play and Stay é uma parte dessa credenciação. É uma ferramenta para desenvolver o ténis. A credenciação e a certificação dos clubes são uma aposta para o próximo ano. Mas temos que envolver toda a agente nesse projecto. No Desporto Escolar, o manual de ténis escolar está praticamente terminado. Há bom relacionamento com as estrutu-ras, nos Campeonatos Nacionais e Regionais. E já há reuniões agendadas com a estrutura dirigente do Desporto Escolar para se avançar ainda mais. NT - E quando passa a Federação para o Jamor? JMC - É uma questão política…Depende de diversas variáveis.

NT - E a proposta do programa de TV? JMC - Essa é uma grande ambição. Temos de arranjar um ou dois parceiros que nos ajudem. Só faz sentido, se esse projecto for auto financiado. NT – Quanto ao futuro, o que podemos esperar? JMC – Trabalho e muita dedicação. Aproximação a todos, maior participa-ção de todos no projecto federativo. E claro - seguir o rumo definido, com ponderação e firmeza nas decisões. No próximo ano temos que pôr em prá-tica um programa relacionado com o cartão de federado. Queremos associar mais vantagens ao cartão. Deixe-me acrescentar também que outro objectivo muito importante é o alargamento do ténis para os Veteranos e para as Empresas. Temos apontado muito para as camadas mais jovens,

mas não podemos esquecer os mais velhos. Quanto ao programa do Ténis em Cadeira de Rodas é um projecto consoli-dado. Há várias coisas que, sem custos muito elevados e com a ajuda dos clubes e das associações, podem ser potenciadas. Um exemplo são as acções de rua. Há muito a fazer ao nível do Fomento. Temos também que fazer mais pelo ténis ao nível dos seniores. NT – Para terminar. Onde vai bus-car o tempo e a energia para a Federação, o escritório de Advoca-cia e, claro, a família? JMC – Quando se gosta do que se faz, há tempo e energia para tudo. E eu gos-to muito do que faço. Aqui e na advoca-cia. E tenho a família sempre comigo, mesmo quando não estou com ela.

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“Temos muito trabalho já concretizado”

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Taça Davis — Grupo II Zona Europa/África

Percurso português na Davis A Taça Davis é a maior compe-tição internacional de ténis masculino, com diversas equi-pas de vários países e 108 anos de história. Este evento surgiu em 1900 por iniciativa de Dwight Filley Davis e tem vindo a crescer ao longo dos anos, sendo hoje a competição mais importante de ténis a nível de selecções nacionais masculi-nas. A selecção nacional, que marca pre-sença na Taça Davis desde 1925, registou a sua melhor “performance” em 1994, quando disputou, frente à Croácia, o “play-off” de acesso ao Grupo Mundial, e encontra-se, actualmente, na 45.ª posição do ran-

king das nações da Federação Inter-nacional de Ténis (ITF) com 495,63 pontos. Em 2008, a selecção nacional com-posta por Frederico Gil, Rui Macha-do, Leonardo Tavares, Gastão Elias e João Sousa venceu a Tunísia por 4-1, o Chipre por 5-0 e perdeu para a Ucrânia 0-5. De acordo com a estrutura da Taça Davis, uma selecção que perca na primeira ronda do Grupo I ou II na zona de competição a que pertence terá de jogar um play-off até que uma ou mais nações que percam sejam relegadas para o grupo infe-rior. Das três zonas existentes na competição, da Zona das Américas e da Zona da Ásia/Oceânia passam as duas primeiras selecções ao grupo acima e as últimas duas são relega-das ao grupo abaixo e da Zona Euro-pa/África são apuradas quatro nações, onde duas sobem de grupo e duas descem.

Portugal perdeu com o Chipre, por 3-2, o primeiro encontro de 2009 que decorreu de 6 a 8 de Março, em Nicósia, Chipre. A selecção nacional, capitaneada por Pedro Cordeiro, era composta por Frederico Gil, Rui Machado, Leonardo Tavares e João Sousa. A 6 de Março, nos primeiros singula-res, Frederico Gil venceu Photos Kallias, por 6/0, 6/2 e 6/1, e Rui Machado perdeu para Marcos Bagh-datis, que se impôs por 6/3, 7/5 e 6/4. No encontro de pares, a 7 de Março, Marcos Baghdatis e Photos Kallias ganharam à dupla portugue-sa Frederico Gil e Leonardo Tavares, por 6/4, 3/6, 4/6, 6/3 e 6/1, num encontro renhido de mais de três horas. Nos últimos singulares, dis-putados domingo, 8 de Março, Fre-derico Gil perdeu para Marcos Bagh-datis, por 6/2, 7/5 e 6/2, e João Sou-sa reduziu a vantagem cipriota, ao vencer Philippos Tsangaridis, por 6/3 e 6/1.

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Taça Davis — Grupo II Zona Europa/África

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A Selecção Nacional rumou à Argélia para cumprir a eliminatória da Taça Davis frente à selecção argelina, competição que decorreu de 11 a 13 de Julho. A nossa selecção contou com a pre-sença de Frederico Gil (88.º ATP), Rui Machado (121.º ATP), Leonardo Tavares (393.º ATP) e João Sousa (640.º ATP). Os tenistas lusos foram acompanhados pelo seleccionador nacional Pedro Cordeiro e pelo enfermeiro Abílio costa . O Presiden-te da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), José Maria Calheiros reuniu-se a equipa no 1ro dia de jogos. “O nosso objectivo é vencer, claro, e mantermo-nos neste grupo. Não descer. A equipa é muito forte” afirmou Pedro Cor-deiro à saída para a Argélia. José Maria Calheiros revelou quais eram as suas expectativas em relação à selecção: “Ganhar. O objectivo é ganhar à Argélia para nos mantermos no grupo. A equipa está com a sua máxima força mas sabemos que as condições na Argélia são difíceis. Eles têm bons jogadores, mas tenho a convicção que vai correr tudo bem. Estamos todos a apoiá-los”. A eliminatória entre a selecção nacional e a Argélia é representativa do Grupo II da zona Europa/África, a qual era necessário vencer para não descer pela primeira vez, na his-tória da nossa selecção ao Grupo III. A Argélia, que perdeu no seu primei-ro encontro de 2009 para a Irlanda, por 4-1, apresentava uma selecção composta por Valentin Rahminem, Abdel-Hak Hameurlaine e Sid-Ali Akkal, e nunca derrotou Portugal nos dois confrontos já realizados.

Em 1996, Portugal venceu em Argel, por 5-0, e em 2005, no Estádio Nacional, a selecção portuguesa der-rotou a sua congénere argelina por 3

-2. Na eliminatória cumprida em Oran, na Argélia, Rui Machado venceu o argelino Valentin Rahmine em três sets por triplo 6-0 no primeiro encontro de singulares. Rui Machado foi sempre "superior ao seu adversário, havendo uma diferença muito grande" afirmou Pedro Cordeiro, selecciona-dor nacional.

Frederico Gil venceu Abdel-Hak Hameurlaine por 6-1, 6-2 e 6-4 no segundo encontro de singulares. "Frederico venceu com relativa superioridade já que houve momentos em que o jogo esteve equilibrado. O tenista argelino fez um bom jogo" afirmou o selec-cionador nacional, Pedro Cordeiro.

No terceiro encontro da eliminató-ria, o par formado por Frederico Gil e Leonardo Tavares venceu a dupla

argelina Abdel-Hak Hameurlaine / Valentin Rahmine por 6-1, 6-2 e 6-3.

Nos dois últimos encontros da elimi-natória da Taça Davis, agora dispu-tadas à melhor de três sets, Leonar-do Tavares venceu Valentin Rahmi-ne por 6-1 e 6-0 e João Sousa bateu Sid-Ali Akkal por 6-3 e 6-0 selando o 5-0 a favor de Portugal.

Em 2010, a selecção nacional volta a jogar no Grupo II da zona Europa/África com o objectivo de subir ao grupo I no final do ano.

Portugal vence à Argélia—Garantida a posição na

Rui Machado

Federação Portuguesa de Ténis

Frederico Gil

Leonardo Tavares

João Sousa

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Fed Cup—Grupo II Zona Europa/África

A Fed Cup surgiu em 1963 sobre o nome de Federation Cup, inserida na comemoração dos cinquenta anos da Federa-ção Internacional de Ténis (ITF). Desde então o evento tem vindo a crescer e é hoje uma importante prova do calendário desportivo interna-cional. A competição tem sido dominada pelos EUA que possuem o recorde de dezassete títulos desde a primeira edição da prova. Portugal participa nestas provas des-de 1968, contando já com 24 presen-ças e a melhor performance da selec-ção nacional foi em 1998, ficando em segundo numa das pools do Grupo I da zona Europa/África, graças a duas tenistas portuguesas Sofia Prazeres e Ana Catarina Nogueira. Neste momento ocupa a 45.ª posição do ranking das nações da ITF com 660 pontos. Em 2008, a selecção portuguesa foi constituída por Neuza Silva, Magali de Lattre, Maria João Koehler e Ana Catarina Nogueira e contou com a presença do seleccionador Pedro Cordeiro. A equipa portuguesa, dos quatro encontros que jogou, perdeu contra a Bulgária, Luxemburgo, Grã-Bretanha e Holanda. Portugal des-ceu ao Grupo II da zona Europa/África. Portugal voltou a competir na Fed Cup em 2009, em Antalya, Turquia, no Attaleya Shine Tennis Club de 22 a 25 de Abril. A equipa nacional de 2009 era composta por Michelle Larcher de Brito, Neuza Silva, Frede-rica Piedade, Magali de Lattre e o

seleccionador nacional Pedro Cor-deiro.

A novidade de 2009 foi a presença de Michelle Brito, com apenas 16 anos, a menina-prodígio do ténis que conseguiu alcançar o top 100 do ranking WTA e que se estreou na representação do nosso país. Portugal esteve assim inserido no Grupo II da zona Europa/África onde estiveram presentes ainda a Geórgia, Lituânia, Turquia, Letónia, Marrocos e África do Sul. Um conjunto de sete países dividi-dos em dois grupos em que os dois primeiros de cada grupo se enfren-tam entre si nas meias-finais e na final. O país vencedor conseguirá promover-se para o Grupo I da zona Europa/África enquanto que o país que for afastado da com-petição passa para o Grupo III da zona Europa/África junto com a selecção que terminar em quarto. A 22 de Abril, Portugal ganhou a Marrocos por 3-0 graças às vitórias, em singulares, de Neuza Silva e de Michelle Brito, bem como de Neuza Silva e Frederica Piedade, em pares. Neuza Silva venceu Nadia Lalami por 6/1 e 6/0, Michelle Brito ganhou a Fatima El Allami por 6/4 e 7/5 e nos pares Neuza Silva e Frederica

Piedade saíram vitoriosas frente a Fatima Al Allami e Nadia Lalami pelos parciais 6/0 e 6/1. A 24 de Abril, a selecção perdeu para a Letónia por 1-2, só Neuza Silva conseguiu bater a adversária Irina Kuzmina por 6/2 e 6/1. A 25 de Abril, a equipa portuguesa jogou o play-off de promoção com a África do Sul, saindo vitoriosa por 2-0, onde Neuza Silva e Michelle Brito dominaram as tenistas sul-africanas vencendo os encontros de singula-res. Neuza Silva derrotou Lizaan Du Plessis por 6/2 e 6/3 e no segundo encontro Michelle Brito bateu Nata-lie Grandin, por 6/4 e 6/3. As duas tenistas elevaram Portugal ao Gru-po I da zona Europa/África da Fed Cup. Este é o ponto mais alto onde Portu-gal já chegou desde que participou pela primeira vez nesta competição mundial em 1968., igualando assim o feito alcançado em 1998. Considerando os bons resultados recentemente obtidos pelas tenistas portuguesas, existem cada vez mais hipóteses de, em breve, Portugal conseguir chegar ao World Group Play-Off superando assim o seu recorde histórico. Em 2010, Portugal ocupará de novo um lugar no Grupo I da zona Europa/África e partirá à procura da promoção para o Grupo Mundial.

Portugal no Grupo I da Fed Cup em 2010

Selecção Nacional

Michelle Brito

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À partida para a edição de 2009 de um dos mais prestigiados torneios do circuito de ténis mundial, pouco se podia exigir de Michelle Brito, na altura 132º WTA. Principalmente se tivéssemos em conta que nunca uma tenista nacional tinha che-gado ao quadro Principal do Grand Slam francês. À primeira vista, as condições eram adversas, pelo facto de a menina-prodígio portuguesa ter de disputar três rondas de qualificação para poder chegar ao desejado quadro principal. No “qualifying” a tenista lusa foi ultrapassando as suas adversárias, todas elas de ranking WTA inferior, com menor ou maior dificuldade, a verdade é que a vitória da tenista lusa nunca esteve em risco. Kristina Kucova (153ª WTA), Yuliana Fedak (174ª WTA) e Ekaterina Ivanova (150ª WTA) foram as atletas que ficaram pelo caminho ante Michelle. Ao feito inédito que foi a entrada no quadro principal de Roland Garros, Michelle juntou a passagem à segun-da ronda depois de uma vitória fren-

te à tenista britânica Melanie South (121ª WTA). Num encontro em que conseguiu recuperar de uma pesada derrota na primeira partida para acabar por se impor com os parciais de 0/6, 7/6 (7/5) e 7/5. No entanto, apesar do fantástico per-curso até ai conseguido pela tenista portuguesa, o momento alto da sua prestação em Roland Garros aconte-ceu na segunda ronda, altura em que deixou o mundo do ténis boquiaber-to com a vitória sobre Jie Zheng (15ª WTA). A menina de 16 anos conse-guiu uma vitória categórica ao ven-cer por 6/4 e 6/3, num resultado histórico para o ténis português.

Ao atingir a terceira ronda do Grand Slam francês, Michelle causou sensa-ção em toda a imprensa desportiva portuguesa, sendo tema de capa em vários meios. Nem a derrota frente a Aravane Rezai, por 7/6 (7/3) e 6/2 esmoreceu o entusiasmo em volta deste talento. Michelle provou em Roland Garros que é uma enorme promessa do ténis mundial e que tem todas as condições para poder almejar o topo. No “Grand Slam” francês a tenista amealhou 220 pontos para o ranking WTA, o que lhe permitiu uma subida fantástica de 42 posições no ranking WTA e um prémio de 40.600 euros. Para José Maria Calheiros, presiden-te da Federação Portuguesa de ténis, Michelle Brito “deixou uma ópti-ma imagem, ao ter chegado tão longe com apenas 16 anos. A prestação não fica beliscada com a eliminação.”

Rui Machado com registo sur-preendente Rui Machado demonstrou em Roland Garros que está a atravessar um excelente momento de forma. O jovem algarvio que ocupava à parti-da para o torneio francês o 123º lugar do ranking ATP teve um qualif-ying relativamente tranquilo, ceden-do apenas um set em toda a fase de qualificação. Machado confirmou assim o seu favoritismo nos encon-tros perante adversários de ranking inferior. Como foram os casos de Marco Crugnola (188º ATP), Gian-carlo Petrazzuolo (242º ATP) e Thierry Ascione (258º ATP).

Grand Slam—Roland Garros

Michelle Brito fez história em Roland Garros

Página 8 Federação Portuguesa de Ténis

Michelle Brito

Rui Machado

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O torneio de Wimbledon, dis-putado entre 22 de Junho e 5 de Julho, fica na história como a prova em que o suíço Roger Federer alcançou o 15º título em torneios do “Grand Slam”, superando o recorde que deti-nha com o norte-americano Pete Sampras.

Federer triunfou frente ao norte-americano Andy Roddick, numa final que também ela fica na história como a mais longa em jogos disputa-dos e com o maior número de jogos no derradeiro “set”.

O encontro teve a duração de 4 horas e 16 minutos e terminou com a vitó-ria do “Mestre Suíço” por 5/7, 7/6

(8/6), 7/6 (7/5), 3/6 e 16/14, que alcançou assim o seu sexto título em Wimbledon, menos um do que os obtidos por Sampras nos “courts” do All England Club.

Nas senhoras, a final disputou-se em família com as irmãs Serena (2.ª WTA) e Venus Williams (3.ª WTA). Serena Williams levantou o troféu de campeã ao bater a irmã por 7/6 (7/3) e 6/2.

A mais antiga prova de ténis euro-peia, a disputar-se desde 1877, con-tou com a presença de quatro tenis-tas portugueses: Frederico Gil, Rui Machado, Neuza Silva e Michelle de Brito.

Frederico Gil entrou directamente para o quadro principal do torneio e defrontou na ronda inaugural o fran-cês Paul Henri Mathieu, que venceu o encontro afastando o português pelos parciais de 6/1, 2/6, 6/4 e 6/2.

Paul Henri Mathieu já tinha maior experiência no torneio inglês, no qual já tinha conseguido, em 2007, chegar até aos oitavos-de-final.

O número um do ténis nacional par-ticipou também na vertente de pares junto com o argentino Lucas Arnold , tendo enfrentado na ronda inaugural a dupla dos 13ºs cabeças-de-série, o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak. O atleta sintrense e o seu parceiro foram afastados pelos parciais de 6/3, 6/4 e 6/4.

Rui Machado teve de disputar o “qualifying”, onde foi o quinto cabe-ça-de-série e superou a primeira eliminatória ao bater o italiano Gian-carlo Petrazzuolo, por 6/1 e 6/4.

Na segunda ronda, o campeão nacio-nal absoluto foi afastado pelo eslova-co Lukas Lacko por 1/6, 6/2 e 8/6.

Neuza Silva surpreendeu o mundo do ténis com as suas exibições ao apurar-se dos qualifyings para o quadro principal.

Na ronda inaugural, Neuza Silva enfrentou Amanda Elliot, batendo a inglesa por 6/2 e 6/3, de seguida confrontou-se com a décima cabeça-de-série, Vitalia Diatchenko, à qual ganhou por 6/3 e 7/5.

Grand Slam—Wimbledon

Michelle Brito chega à segunda ronda

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Na primeira ronda do quadro princi-pal o tenista luso protagonizou um confronto memorável frente ao belga Kristof Vliegen (94º ATP) num encontro disputado em cinco “sets” (6/2, 6/4, 4/6, 2/6 e 6/3). Frente a um adversário de bom nível, Rui Machado venceu os dois primeiros “sets”, e, quando o belga conseguiu o empate e parecia estar a caminho da vitória, o tenista portu-guês voltou a vencer a derradeira partida por 6/3 num encontro que teve uma duração de quase três horas e meia. O presidente da Fede-ração Portuguesa de Ténis, José Maria Calheiros descreveu este encontro como “uma grande vitó-ria para o ténis português”. Com a chegada à segunda ronda o tenista ameaçava fazer história como o primeiro português a chegar a uma terceira ronda de um Grand Slam,

mas o adversário, o chileno Fernan-do Gonzalez (12º ATP), era, e foi, demasiado forte para o jovem luso, ao qual impôs uma derrota por 6/3, 6/2 e 6/3.

Frederico Gil cede frente a David Ferrer Para Frederico Gil, número 1 nacio-nal, o sorteio de Roland Garros difi-cilmente poderia ter sido pior. O

adversário da primeira ronda foi o espanhol David Ferrer (14º ATP), ex- top 5 mundial e especialista em terra batida. Na prova francesa do “Grand Slam” Frederico começou mal, cedendo o primeiro “set” com por 6/2. Na segunda partida, o desfecho ameaça-va ser o mesmo, pois o tenista portu-guês ficou a perder por 3/0, mas logrou reagir e chegar a um empate a 4/4. No entanto, David Ferrer voltou a superiorizar-se e venceu os dois jogos seguintes para se adjudicar o “set” por 6/4, resultado que repetiu na partida derradeira. Apesar da derrota, o treinador de Frederico Gil, João Cunha e Silva, salientou que o encontro foi impor-tante. Pois o tenista “percebeu que tinha capacidades, desde que haja disponibilidade para sofrer”.

Frederico Gil

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O Estoril Open, que este ano festejou o seu vigésimo aniver-sário, decorreu de 1 a 10 de Maio no Jamor. Albert Montanes, que salvou dois pontos de encontro na final frente ao norte-americano James Blake, e Yanina Wickmayer foram os grandes vencedores do torneio, mas os portu-gueses também deram nas vistas. Montanes derrotou Blake por 5/7, 7/6 (8/6) e 6/0, ao passo que Wick-mayer conquistou no Estádio Nacio-nal o seu primeiro título no WTA Tour, ao vencer a russa Ekaterina Makarova, por 7/5 e 6/2.

Frederico Gil (83.º ATP) entrou para a história como o primeiro português a garantir acesso directo ao quadro principal. Na ronda inaugural, o atle-ta sintrense teve pela frente o norte-americano James Blake, que na sua estreia no Estoril Open fez jus ao título de 4º cabeça de série vencendo o português por 5/7, 6/4 e 6/2. Gil apenas foi acompanhado no quadro principal por Rui Machado, que entrou com wild card atribuído pela organização do torneio. Rui Machado teve pela frente o expe-riente espanhol Oscar Hernandez, que venceu o português por 7/5, 1/6 e 7/5.

Nas senhoras, Neuza Silva, Frederica Piedade e Maria João Koehler tive-ram entrada directa no quadro prin-cipal com “wild cards”, ao passo que Michelle de Brito (então 134.ª WTA), dado o limite de atribuição de wild cards que a sua idade exige, preferiu, estrategicamente, participar nas ron-das de qualificação, tendo sido apu-rada para o quadro principal como “lucky loser”. Após vencer Rika Fujiwara e Alexan-dra Dulgheru, Michelle cedeu no último encontro dos “qualifyings” perante a russa Elena Bovina; no entanto, por ter o melhor ranking das restantes atletas, Michelle pas-sou ao quadro principal como “lucky loser”. A atleta lusa ficou-se pela ronda ini-cial ao ser afastada pela israelita Shahar Peer, sétima cabeça de série, por 4/6, 6/0 e 6/0. Igual sorte tiveram as restantes por-tuguesas presentes, Neuza Silva (à data 163.ª WTA) que, no dia em que completou 26 anos, foi eliminada pela checa Iveta Benesova, então 29ª

Estoril Open

Portugueses marcam presença no Estoril Open

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A portuguesa defrontou na terceira ronda a alemã Julia Schruff, onde venceu por 6/3, 1/6 e 6/2, para garantir o apuramento para o qua-dro principal.

A sorte foi madrasta para a atleta nacional ditando como adversária da ronda inaugural a norte-americana Serena Williams (2.ª WTA).

Neuza Silva tinha uma tarefa ingrata na sua estreia no “Grand Slam” lon-drino, tanto mais que o encontro foi realizado no Court Central do All England Club, mas não desapontou, apesar de ceder perante a número dois do mundo por 6/1 e 7/5, tendo a portuguesa realizado uma grande exibição que surpreendeu muitos especialistas frente à norte-

americana, que acabou por vencer o torneio.

Michelle Larcher de Brito recebeu um convite dos organizadores para entrar no quadro principal e justifi-cou essa decisão com uma vitória em duas partidas sobre a checa Klara Zakopalova por 6/2 e 7/5.

Na segunda ronda, a tenista lusa não conseguiu superar Francesca Schia-vone, num encontro onde a expe-riência da italiana foi um factor deci-sivo. Apesar de uma excelente recu-peração no segundo “set”, em que perdia por 4/1, Michelle acabou por ser afastada por 7/6 (7/2) e 7/6 (7/4), tendo a italiana acabado por seguir em prova até aos quartos-de-final.

Wimbledon contou ainda com pre-sença de mais três portugueses, os árbitros internacionais de cadeira Mariana Alves, Carlos Ramos e Car-los Meirinhos.

Michelle Brito

Neuza Silva

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do Mundo e primeira pré-designada, por 6/4, 5/7 e 6/4; Frederica Piedade afastada frente a Maret Ani, da Estónia, por 6/0 e 7/6 (7/4) e ainda Maria João Koehler (então 631.ª WTA), que viu a alemã Kristina Barrois avançar na prova ao vencer o encontro por 7/6 (7/4) e 6/0. Nas rondas de qualificação estiveram também 13 tenistas portugueses no

quadro masculino e quatro no femi-nino; Leonardo Tavares e Gastão Elias chegaram à última ronda da qualificação, enquanto no quadro feminino, além de Michelle Brito, só Catarina Ferreira passou da primeira eliminatória. O Estoril Open contou também com uma iniciativa organizada pelo PNDT.

O “Fun Center” que recebeu 150 atle-tas de todo o país que, por um dia, tiveram a oportunidade de conviver e jogar com os seus ídolos - os tenis-tas Frederico Gil, Rui Machado, Leo-nardo Tavares e Maria João Koehler. A iniciativa foi um êxito para os mais novos e serviu de estímulo e exemplo para uma futura carreira profissio-nal.

Ranking ATP

Pódio Masculino

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Frederico Gil

Melhor época de sempre

Frederico Gil realizou a sua melhor época de sempre ao chegar ao 66º lugar do Ranking Mundial - ATP. Depois de um ano com vários suces-sos, desde a vitória no Challenger de Istambul até à presença nas meias-finais no ATP Challenger de África do Sul, 2009 trouxe-nos um Frederi-co ainda mais competitivo. O ano iniciou-se com a presença nas meias-finais do ATP 250 na África do Sul, e uma excelente prestação no Open de Miami onde só o espanhol Rafael Nadal, o número um do mun-

do na altura, foi capaz de parar o português na terceira ronda do qua-dro principal. O mesmo voltou a acontecer um mês mais tarde na segunda ronda do ATP 500 de Barcelona quando se repetiu o duelo ibérico entre os dois melho-res tenistas de Espanha e Portugal. Após um início de época fantástico e de bater recordes pessoais, o tenista número um do ranking nacional par-ticipou no Estoril Open. A posição confortável que ocupava no ranking mundial garantiu-lhe assim uma entrada directa, conquis-tando assim um feito inédito, pois nunca um português teve entrada directa no quadro principal do Esto-ril Open sem recurso a “wild cards”. O confronto com o norte-americano James Blake (17º ATP), um adversá-rio de ranking muito superior, termi-nou com os parciais 5/7, 6/4 e 6/2 a favor do norte-americano. Na grande prova do Grand Slam, realizado em Paris, no mítico Roland Garros faltou alguma sorte ao portu-guês, em que teve pela frente o espa-nhol David Ferrer, 14º cabeça de série, que se impôs por 6/2, 6/4 e 6/4.

Na passagem para os “courts” de relva, Frederico Gil alcançou uma vitória no torneio de Queen’s, sobre o espanhol Daniel Gimeno-Traver, por 6-1 e 6/3, perdendo depois na segunda ronda frente ao australiano Lleyton Hewitt, por 3/6, 6/2 e 6/2. A sorte também não favoreceu Fre-derico Gil no torneio de Wimbledon, onde o seu primeiro adversário foi o francês Paul Henri Mathieu, jogador com presença constante entre os 50 melhores do Mundo, e que acabou por vencer por 6/1, 2/6, 6/4 e 6/2. Frederico Gil encontra-se agora no 90º lugar do ranking sendo o único português no top 100 mundial.

Rui Machado

O Campeão Nacional Absoluto reali-zou um bom início de época escalan-do da 153.ª posição do ATP para a 117ª estando já à porta do TOP 100, para o que contribuiu nomeadamen-te a sua vitória no “challenger” de Atenas, prova dotada com 100.000 dólares para prémios monetários. Esse foi o primeiro título conquista-do por um tenista português num torneio com prémios monetários tão elevados.

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Ranking ATP

O atleta algarvio participou no Esto-ril Open sendo eliminado no primei-ro encontro, mas realizou uma exce-lente exibição em Roland Garros, onde passou a fase de qualificação, e venceu um encontro no quadro prin-cipal. Rui Machado impôs-se em cinco “sets” ao belga Kristof Vliegen, por 6/2, 6/4, 4/6, 2/6 e 6/3, para ceder na segunda ronda frente ao chileno Fernando Gonzalez, 12º cabeça de série, por 6/3, 6/2 e 6/3. Já em Wimbledon, Rui não foi além da segunda ronda da fase de qualifi-cação, tendo vencido o italiano Gian-carlo Petrazzuolo, por 6/1 e 6/4, antes de ser afastado pelo eslovaco Lukas Lacko, por 1/6, 6/2 e 8/6.

Leonardo Tavares

O tenista portuense tem estado em forma esta temporada subindo do 494º lugar do ranking para o 386º

lugar. Este resultado deveu-se a exce-lentes prestações em provas como o Torneio Blumenau, Brasil, onde se apurou até às semi-finais cedendo num jogo muito competitivo, à parti-cipação no Estoril Open onde chegou à ronda final da fase de qualificação, e ainda à presença num “Futures”de França, onde atingiu os quartos-de-final. As boas exibições nestes torneios permitiram-lhe subir 101 lugares no ranking ATP.

Gastão Elias

Gastão Elias ocupa actualmente a 561ª posição do ranking internacio-nal. O atleta das Caldas da Rainha chegou aos quartos de final de quatro tor-neios nos últimos 3 meses - Futures USA em Abril, o Futures da Repúbli-ca Checa, o Futures de Espanha, rea-lizado na cidade de Telde e o Futures dos Estados Unidos, disputado em Shingle Springs.

O desempenho do atleta permitiu-lhe aos 18 anos competir com os maiores nomes do ténis mundial.

João Sousa

Os meses de Maio e Junho foram particularmente positivos para João Sousa. Apesar de no Futures de Espanha disputado em Maio, o tenista ter sido afastado na final frente ao atleta da casa, Sergio Gutierrez Ferrol, e de ter chegado aos quartos-de-final do Futures de la Palma, João Sousa alcançou o seu primeiro título inter-nacional, ao triunfar no Futures de Puerto Cruz, ao derrotar na final o italiano Andrea Falgheri. Com estes resultados, João Sousa deu um salto significativo no “ranking” mundial, estando agora no 640º lugar, o que representa uma subida de 282 lugares face a Abril deste ano.

Pódio Masculino

Michelle Brito A jovem esperança do ténis feminino nacional, encontra-se numa fase de afirmação tendo feito boas exibições nas várias provas onde participou o que lhe garantiu uma subida signifi-cativa no ranking. Michelle marcou presença na primei-

ra ronda do quadro oficial do Estoril Open depois de se apurar nas provas de qualificação. A portuguesa foi 2ª cabeça-de-série na fase de qualificação onde venceu nas duas primeiras rondas Rika Fuji-wara e Alexandra Dulgheru, acaban-do por ceder na terceira ronda peran-te Elena Bovina, mas a portuguesa conseguiu apurar-se mesmo assim com o estatuto de Lucky Looser. No quadro principal, Michelle defrontou a israelita Shahar Peer cedendo por 6/2, 1/6 e 6/2. Já em Maio, a lusa passou pelo Tor-neio de Madrid onde não conseguiu ir além das rondas de qualificação. Mas foi em terras gaulesas que a jovem tenista mostrou o seu jogo.

Em Roland Garros, Michelle teve uma prestação muito positiva, pas-sando a fase de qualificação e atin-gindo a terceira ronda ronda do qua-dro principal do torneio. Em Wimbledon, a tenista alcançou a segunda ronda do quadro principal, onde perdeu com a experiente italia-na Francesa Schiavone por 7/6 (7/2) e 7/6 (7/4), o que lhe valeu uma subida até ao 76º lugar.

Neuza Silva No segundo lugar do pódio nacional encontra-se Neuza Silva.

A lusa participou recentemente no ITF Espanha – Monzon ITF Singles onde se deixou ficar pela segunda ronda, batida por Alexandra Dulghe-ru. Marcou presença também no Estoril Open onde não foi além do

Ranking WTA

Pódio Feminino

Federação Portuguesa de Ténis

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primeiro encontro do quadro princi-pal. Depois de ter atingido a segunda ronda da qualificação em Roland Garros, Neuza Silva conseguiu supe-rar essa fase no torneio de Wimble-don e teve a honra de se tornar no primeiro português a jogar no “court” central do mítico torneio lon-drino, ao defrontar a norte-americana Serena Williams, na pri-meira ronda. Serena Williams, que era a segunda cabeça de série, venceu o encontro por 6/1 e 7/5, o primeiro triunfo na sua caminhada até ao título. Neuza Silva participou antes de seguir de férias no Torneio Interna-cional de La Coruña em Espanha, uma prova dotada de 25.000 dólares para prémios monetários. A pupila de Paulo Lucas, primeira cabeça-de-série, sagrou-se campeã, conquistan-do 50 pontos para o “ranking”.

Com estes resultados, Neuza Silva alcançou o seu melhor “ranking” de sempre, sendo agora a 134ª classifi-cada.

Frederica Piedade

A atleta que completou recentemente 27 anos, encontrava-se no 199º lugar do ranking, ao longo de vários meses percorreu circuitos no México (Irapuato) e nos Estados Unidos (Hammond, Pelham e Jackson). Nestes torneios a tenista conseguiu o apuramento até à primeira ronda do quadro principal tendo no torneio de Pelham chegado mesmo à segunda ronda. A jovem atleta participou também no Estoril Open onde chegou à 1ª ronda do quadro principal e em Wimbledon onde não foi além da primeira ronda de qualificação. Frederica ocupa agora o 193º lugar do ranking WTA.

Magali de Lattre

Magali de Lattre era no início do ano a 572ª atleta do Ranking WTA, mas até ao momento, a jovem de 22 anos já protagonizou uma subida de 94 lugares estando agora no 478º lugar do ranking WTA. Desde Abril, a tenista chegou por três vezes aos quartos-de-final de uma competição (Antalaya Belek, na Tur-quia, Amarante e Davos, na Suíça) e ainda alcançou as meias-finais do torneio Miltas na Turquia. Magali de Lattre participou ainda no Torneio Internacional de Gaziantep na Turquia, onde a tenista reside, numa prova dotada de 10.000 dóla-res para prémios monetários. A tenista lusa, primeira pré-designada, sagrou-se campeã, sem ceder qual-quer set, arrecadando 12 pontos para o “ranking”.

Ranking WTA

Pódio Feminino

Federação Portuguesa de Ténis

João Cunha e Silva prepara futuros “Craques”

João Cunha e Silva, Director da Equipa Técnica do CAR

O Centro de Alto Rendimento de Ténis (CAR) é o novo ex-líbris da modalidade que veio possibilitar aos tenistas treinos em condições idênticas às que são encontradas nos grandes torneios internacionais. O Director da Equipa Técnica do CAR, por nomeação da entidade coordenadora a Federação Portugue-sa de Ténis, um dos melhores treina-dores portugueses de sempre é João Cunha e Silva. Mal entrou em funções, escolheu a sua equipa, recebeu os atletas resi-dentes e não residentes e preparou as selecções que jogaram torneios recentes. Ao lado de João Cunha e Silva estão

Luís Lopes, responsável pela prepa-ração física, licenciado em Ciências do Desporto e com boas valências no campo e os treinadores de campo Pedro Cartaxo, também licenciado em Ciências do Desporto e Diogo Mota, antigo tenista de competição. Questionado pela Notícias do Ténis, João Cunha e Silva fala-nos das mais valias do moderno Centro de Alto Rendimento de Ténis do Jamor.

Notícias do Ténis - Como está a funcionar o Centro de Alto Ren-dimento? João Cunha e Silva - Penso que bem! Em construção e de forma sus-tentada. O gabinete só esta semana (a de 6 de Julho) é que ficou quase

pronto e operacional, o que tem tor-nado o funcionamento um pouco mais difícil agora de início, mas com mais ou menos esforço e vontade, já temos feito tudo. A Equipa Técnica só estará completa com a inclusão em funções do Diogo Mota, a partir de dia 15 de Julho, como previsto. NT – Quem e quantos são os Atletas residentes e não resi-dentes? JCS - Os "Residentes" estão já todos integrados, são 6. Os "Não Residen-tes" são 12, todos escolhidos pelos Coordenadores das Selecções e do Director Técnico Nacional. Já vieram alguns ali treinar.

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NT – Como é o dia-a-dia destes Jogadores? JCS - Nesta altura, é, obviamente, um pouco em função das Competi-ções. Mas, caso não seja por isso, treinam 4 a 5 horas diárias de ténis e entre 1h a 2h30 de Preparação Física, em fun-ção das necessidades de cada um. NT - Que selecções é que já estagiaram no CAR e que importância terá tido nos resul-tados? JCS - Já estagiaram a Feminina e Masculina de Sub14. Nas próximas semanas são aguardadas todas as outras, excepto as Seniores. Que para já não têm ali previsto qualquer estágio. NT – O CAR tem tudo o que é necessário para formar cam-peões? JCS - Penso que estão a ser reunidas óptimas condições para dar conti-nuidade a uma parte do trabalho, numa fase muito importante das carreiras dos tenistas. NT – Que futuro vê para o Ténis português? JCS - Há potencial e jovens com vontade! Penso que pode haver

algum optimismo. Temos de ter consciência, contudo, de que não são muitos, comparativamente a outros países. Temos o PNDT que é um Projecto brilhante, com óptimo impacto nos miúdos. E ainda o Desporto Escolar, que em breve estará a dar os seus frutos também, de forma regular e que será um Projecto óptimo, para captação de crianças para a modalidade. São dois Projectos fundamentais no desenvolvimento e sustentabilidade da modalidade. No entanto, precisamos, urgente-mente, de uma ajuda efectiva nos horários escolares dos jovens. É difícil "ombrear" em nível tenístico com outros Países, onde o sistema escolar ajuda muito mais o ténis de Alta Competição. NT – Como concilia todas as suas responsabilidades (CAR, CETO, Frederico Gil, Rui Machado)? JCS - Com naturalidade! As coisas com os 2 melhores jogadores estão bem definidas e combinadas. Também eles, como aliás, todos os jogadores de Alta Competição e das Selecções Nacionais saem inquestio-navelmente beneficiados com a existência do CAR, as suas instala-

ções e serviços. Com certeza que é necessário uma organização e profissionalismo sérios. Eu tenho as coisas organizadas, uma equipa de vários técnicos a trabalhar em conjunto e onde a proximidade, faz com que tudo seja possível, com a eficiência que, creio, tem já estado a acontecer. Eu não tenho exclusividade com nin-guém. Apenas alarguei o que de bem se estava a fazer no CETO, também ao CAR Ténis, como foi pretendido. Penso que o trabalho fala por si.

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João Cunha e Silva

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ITF Vila Real de Santo António O ITF de Vila Real de Santo António realizou-se entre os dias 11 e 17 de Maio. O torneio de 10.000 dólares em pré-mios monetários, que contou com a participação de nove atletas portu-guesas no quadro principal, com des-taque para Maria João Koehler e para Joana Pangaio, campeãs em pares. Em singulares, a melhor prestação nacional foi de Maria João Koehler, quinta cabeça de série, que atingiu os quartos-de-final, cedendo apenas frente à russa, Arina Rodionova, segunda pré-designada, por 7-6 (7/4) e 6-4. O torneio foi ganho por outra tenista russa, Nina Bratchikova, que justifi-cou o seu estatuto de primeira cabe-ça de série. As restantes tenistas portuguesas presentes na prova foram Catarina Ferreira, Ana Claro, Bárbara Luz, Bibiana Almeida, Margarida Fernan-des, Rita Vilaça e Margarida Moura.

ITF Cantanhede Ladies Open Entre 18 e 24 de Maio, Portugal vol-tou a receber novo torneio do circui-to da Federação Internacional de Ténis (ITF). Desta feita, o distrito de Coimbra foi palco do Cantanhede Ladies Open 2009, prova com o valor de 10.000 dólares, em prémios monetários, no qual Maria João Koehler obteve o primeiro título da sua carreira. O torneio, realizado em relva sintéti-ca, contou com a presença de 10 tenistas lusas no quadro principal, graças ao esforço da Federação Por-tuguesa de Ténis, que procurou aproveitar os torneios internacionais realizados em Portugal para promo-ver a participação de jogadoras jovens de bom nível para que estas ganhem maior experiência competi-

tiva. Joana Pangaio, Ana Claro, Margari-da Moura, Cátia Rodrigues, Rita Vilaça, Bárbara Luz, Maria Palhoto, Francisca Matos e Margarida Fer-nandes acompanharam Maria João Koehler no quadro principal. Koehler, que era a quarta cabeça de série, enfrentou na final do torneio a russa Nanuli Pipiya vencendo por 6/0 e 6/2. Para Ana Claro, que foi afastada nos quartos-de-final por Joana Pangaio, por 4/6, 7/6 (8/6) e 7/5, a competi-ção foi muito positiva uma vez que para a atleta foi a primeira vez que alcançou esta fase de um torneio de 10.000 dólares. Com a vitória sobre Ana Claro, Joana Pangaio garantiu pela primeira vez a presença numa meia-final de um torneio de 10.000 dólares, mas foi travada nas suas aspirações de jogar a final pela russa Nanuli Pipiya, que se impôs por 6/0 e 6/2. Em pares, as vencedoras foram as russas Alla Aleksandrova e Inna Sokolova .

ITF Braga Decorreu na semana de 25 a 31 de Maio o ITF de Braga, prova disputa-da em “courts” de terra batida e com um “prize money” de 10.000 dólares. Em Braga, estiveram presentes Mar-garida Moura, Joana Pangaio, Maga-li de Lattre, Ana Claro, Ana Catarina Nogueira, Rita Vilaça, Maria João Koehler, Catarina Ferreira, Rita Esteves de Freitas e Maria Palhoto. O torneio teve alguns percalços como as más condições atmosféricas a can-celarem o primeiro dia do quadro principal. As atletas portuguesas que mais se destacaram foram Catarina Ferreira, Rita Esteves de Freitas e Maria João Koehler que atingiram os quartos-de-final.

Catarina Ferreira, que era a oitrava cabeça de série, perdeu frente à espanhola Carmen Lopez-Blanco, por 6-1 e 6/3, Rita Esteves de Freitas foi derrotada pela mexicana Ximena Hermoso , por 2/6, 6/3 e 6/0, ao passo que Maria João Koehler, quin-ta pré-designada, cedeu frente à ale-mã Valentina Stephan, que acabaria por vencer o torneio, por 7/6 (7/3) e 6/3. Na vertente de pares, as vencedoras foram as mexicanas Ximena Hermo-so e Daniela Munoz-Gallegos.

ITF Amarante O Torneio Internacional de Amaran-te. que se realizou entre os dias 1 e 7 de Junho em piso duro, com 10.000 dólares para prémios monetários, foi o palco para o segundo título de Maria João Koehler, depois do con-quistado em Cantanhede. Maria João Koehler, que era a quinta cabeça de série, bateu na final a canadiana Melanie Gloria, por 6/2 e 6/3. Além de Maria João Koehler, o tor-neio contou com outras tenistas por-tuguesas no quadro principal: Magali de Lattre, Margarida Moura, Joana Pangaio, Patrícia Martins, Rita Vila-ça e Mariana Salvador.

Entre elas, o principal destaque vai para Joana Pangaio que chegou aos quartos-de-final, tendo sido eliminada pela espanhola Irene Rehberger Bescos, por 6/1, 4/6, 6/3.

Torneios Femininos

Torneios Internacionais de Ténis

Federação Portuguesa de Ténis

Maria João Koehler

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Magali de Lattre, que era a primeira cabeça de série, foi obrigada a desis-tir nos quartos-de-final, onde deve-ria defrontar Melanie Gloria. No que diz respeito à competição de pares, o torneio foi vencido pela nor-te-americana Nadia Abdala e pela mexicana Laila Abdala.

ITF Montemor-o-Novo O Torneio Internacional de Monte-mor-o-Novo decorreu de 8 a 14 de Junho de 2009. A prova em solo alentejano jogou-se em piso duro sendo dotada de 10.000 dólares para prémios monetários, tendo saído vencedora a canadiana Melanie Glo-ria, que obteve também o título de pares, ao lado da mexicana Daniela Munoz-Gallegos. Portugal teve cinco atletas no tor-neio: Catarina Ferreira, Joana Pan-gaio, Margarida Moura, Maria Palhoto e Demi Manuella Rodrigues. Demi Manuella Rodrigues e Maria Palhoto, convidadas pela organiza-ção, cederam na primeira ronda tal como Joana Pangaio. Demi Manuel-la Rodrigues perdeu para a espanho-la Carmen Lopez-Rueda, quarta cabeça de série, por 6/2 e 6/2, e Maria Palhoto foi afastada pela argentina Veronica Saucedo, vinda da qualificação, por 6/1 e 6/1. Já Joana Pangaio cedeu por 6/7 (4/7), 6/1 e 6/4 para a norte-americana Nadia Abdala. Margarida Moura conseguiu neste torneio obter a sua terceira pontua-ção para entrar no “ranking”, com a sua vitória na primeira ronda face à russa Alla Aleksandrova, por 6/3 e 6/3. No entanto, Margarida Moura foi afastada da prova na segunda elimi-natória, ao perder por 6/1 e 6/1 com a francesa Adeline Goncalves. Catarina Ferreira foi a tenista portu-guesa a chegar mais longe no torneio conseguindo atingir os quartos-de-final, sendo afastada por Adeline

Goncalves, que venceu o encontro por 6/4, 3/6 e 6/0. Para chegar aos “quartos” a atleta lusa, que era a ter-ceira cabeça de série, vencera a sul-africana Tegan Edwards, por 6/2 e 6/2, e a argentina Veronica Saucedo, por 6/1 e 6/1. Em pares, todas as duplas portugue-sas presentes perderam na ronda inaugural: Catarina Morais e a russa Monica Gorny cederam perante a russa Alla Aleksandrova e a francesa Adeline Goncalves, por 6/1 e 6/1; Patrícia Guerreiro e Inês Santos foram afastadas pela norte-americana Subbadharmi Sundaram e a francesa Joy Yaich, por 6/3 e 6/2; e Inês Moura e Margarida Mou-ra perderam para as australianas Lucia Gonzalez e Renee Lampret, segundas cabeça de série, por 6/2 e 6/1.

ITF Alcobaça O Torneio Internacional de Alcoba-ça, realizado de 15 a 21 de Junho, proporcionou a Joana Pangaio a oportunidade de atingir, pela segun-da vez na sua carreira, as meias-finais de um torneio com 10.000 dólares de prémios monetários. Joana Pangaio só cedeu, por 6/0 e 6/4, frente à australiana Shannon Golds, primeira cabeça de série e a

grande vencedora da prova, tanto em singulares, como em pares, nes-ta variante ao lado da sua compa-triota Tammi Patterson. Duas semanas depois de ter atingido em Cantanhede a sua primeira meia-

final, Joana Pangaio começou o tor-neio por vencer a mexicana Laila Abdala, vinda do “qualifying”, por 6/1 e 6/3, derrotou depois a britâni-ca Olivia Smith, por 6/2 e 6/3, e a ucraniana Yevgeniya Kryvoruchko, por 6/4 e 6/3, antes de perder frente Shannon Golds. Além de Joana Pangaio, mais sete tenistas portuguesas participaram no quadro principal do torneio: Catarina Ferreira (que teve entrada directa), Bárbara Luz, Rita Vilaça, Patrícia Martins e Sílvia Miguel (todas convidadas pela organização), e ainda Demi Manuella Rodrigues e Caty dos Santos (apuradas na fase de qualificação). Na qualificação, Caty dos Santos derrotou Sofia Araújo por 7/6 (7/5), 4/6 e 7/5 ao passo que Demi Manuella Rodrigues bateu a espa-nhola Arabela Fernandez Rabener , por 6/4 e 6/4. Demi Manuella Rodrigues logrou chegar à segunda ronda do quadro principal, onde perdeu com a espa-nhola Cristina Sanchez-Quintanar, por 6/1 e 6/2, depois de ter superado Rita Vilaça, por 6/2 e 6/2. Para além de Rita Vilaça, as outras portuguesas ficaram-se também pela primeira ronda da prova: Catarina Ferreira, quarta cabeça de série, der-rotada pela britânica Olivia Smith, por 6/4, 6/7 (3/7) e 7/6 (7/5), Sílvia Miguel, afastada pela norte-americana Nadia Abdala, por 6/0 e 6/0, Bárbara Luz, vencida por 6/2 e 7/6 (7/1) no encontro com a sétima pré-designada, a espanhola Carmen Lopez-Rueda, Patrícia Martins, bati-da pela mexicana Ximena Hermoso , por 6/0 e 6/1, e Caty dos Santos, eliminada pela britânica Jade Win-dley, por 6/1 e 6/0. Em pares, as três duplas portuguesas foram afastadas do torneio na pri-meira ronda: Patrícia Guerreiro e Cátia Rodrigues cederam para a dupla mexicana composta por Ale-jandra Granillo e Ivette Lopez, por 6/1 e 6/1; Catarina Ferreira e Joana

Joana Pangaio

Torneios Femininos

Torneios Internacionais de Ténis

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Torneios Sub-12 e Sub-14

Desde o mês de Abril os jovens tenis-tas nacionais tiveram um calendário cheio, preenchido com bons resulta-dos que realçam a qualidade da for-mação ao nível do ténis no nosso país. A nível colectivo, o grande destaque vai para a selecção masculina portu-guesa de Sub-14 que no passado mês de Junho foi vice-campeã no torneio Copa del Sol em Sevilha, Espa-nha. A selecção, formada por Frederico Silva, Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira, apenas batida França. A nível individual, Bárbara Luz, de 16 anos, conquistou uma importante vitória no torneio Le Pont des Générations, em França vencendo a final frente à atleta de Madagáscar Zarah Razafimahatratra. O torneio foi muito positivo para Bárbara Luz que ainda na vertente de pares fez dupla com Margarida Moura chegando às finais onde foram vencidas pela búlgara Aliak-sandra Sasnovich e pela chinesa Ran Tian. João Barra, de 14 anos, deixou a sua marca na Moldávia, no torneio Children’s Day cup Sub 16 onde chegou à final frente ao atleta da casa, Maxim Dubarenco que já havia

vencido a edição de 2008. Para além desta final, o atleta luso disputou ainda três semi-finais, no torneio Riga Open 2009 disputado na Letónia, o Siauliai Open 16 & Under 2009 disputado na Lituânia, e o Open de Oslo na Noruega. Outra final ganha por uma portugue-sa foi a de pares do 10º Torneio Internacional Cittá di Corregio, onde estiveram também Rodolfo Pereira, Samuel Cabanas, Francisco Ferreira, Ivone Alvaro e Joana Valle Costa. Foi justamente Joana Valle Costa de 13 anos, que, com a húnga-ra Virag Hollos, venceu a final de pares frente às italianas Jasmine Paolini e Jessica Pieri. Joana Valle Costa tinha alcançado também as meias-finais do torneio Cittá di Pescara onde fora afastada pela croata Tena Lukas. Frederico Marques destacou-se no decorrer de outra prova transalpina, o Torneio Cittá di Lecce, onde alcançou os quartos-de-final frente ao italiano Matteo Siccardi. Nos torneios discutidos em solo nacional os jovens tenistas portugue-ses também tiveram boas exibições, o que mostra que o ténis nacional está a crescer.

Frederico Silva sagrou-se campeão do Lawn Tennis Club Tourna-ment, torneio de Sub 14 disputado em Angra do Heroísmo, no início do mês de Junho. Na final, Frederico Silva enfrentou o seu actual compa-nheiro da selecção Gonçalo Loureiro. A final de pares foi ganha pela dupla de jogadores da Selecção de Sub14 Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira, que venceram os belgas Michael Geerts e Xander Veys. Já no torneio Cister de Alcobaça, na final masculina, João Monteiro conquistou o título, depois de bater Diogo Rocha, enquanto, em femini-nos, Sofia Araújo foi a grande vence-dora ao derrotar na final Djessica Bezerra. Diogo Rocha e André Silva sagraram-se campeões de pares.

Jovens portugueses em competição

Federação Portuguesa de Ténis

Pangaio perderam com a russa Monica Gorny e a britânica Jade

Windley, por 6/2 e 6/3; e Bárbara Luz e Sílvia Miguel foram afastadas

pela mexicana Nadine Ruegg e a francesa Joy Yaich, por 6/3 e 6/2.

Portugal, vice-campeão da Europa

Frederico Silva

Nas selecções mais jovens o grande des-taque vai para os Sub-14 que em Junho participaram no torneio Copa del Sol, em Sevilha, Espanha.. Composta por Frederico Silva, Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira e treinada por Pedro Felner, a selecção de Sub-14 assegurou a qualificação para a fase final do Campeonato da Europa que decorreu em Sevilha. Os jovens portugueses enfrentaram as selecções da Suíça e da Ucrânia para chegar à final do torneio onde tiveram pela frente a selecção da Espanha, que

havia derrotado aquela que é considera-da a melhor selecção da Europa, a Ingla-terra. Numa final muito disputada os portu-gueses sagraram-se campeões e con-quistaram o primeiro lugar da poule de qualificação. O presidente da Federação Portuguesa de Ténis, José Maria Calheiros, afirmou tratar-se de “um resultado muito importante” e sublinhou: “Fomos apurados para a fase final do Cam-peonato da Europa. Em termos práticos, significa que estamos

entre as oito melhores selecções da Europa.” José Maria Calheiros deixou ainda um elogio a todas as camadas jovens do ténis: “Estamos com resultados excelentes o que significa que esta-mos a fechar o ciclo, estamos a consolidar os resultados, não só nos seniores mas também nos mais jovens. O trabalho realiza-do começa a dar os seus frutos.” Na fase final do torneio, onde só as oito melhores selecções participam, Portugal

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teve uma prestação brilhante sagrando-se Vice-Campeão da Europa. Pelo caminho, venceu a selecção da Sér-via, por 2-1, e impôs-se novamente à da Espanha, também por 2-1. A grande final foi disputada entre Portugal e França, mas os gauleses foram mais fortes vencendo os dois encontros de singulares, tornando-se a selecção fran-cesa automaticamente campeã sem necessidade de disputar o terceiro

encontro de pares. O título de vice-campeão conquistado por Portugal mereceu um comentário especial por parte de José Maria Calhei-ros, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, "Foi uma grande exibição de Portugal, pela primeira vez a Selecção Nacional de Sub-14 sagra-se Vice-Campeã da Europa, o melhor resultado de sempre".

Sorte diferente teve a selecção feminina que participou na Europa Cup Sub 14 em Salerno, Itália. O conjunto formado por Adriana Silva, Joana Valle Costa e Beatriz Santos foi eliminada pela Ucrânia, perdendo depois o encontro pelo quinto lugar frente à selecção da Suíça.

Federação Portuguesa de Ténis

Campeonato Nacional de Equipas Sub-12,

Montechoro

CAD Campeão Nacional O CAD sagrou-se no passado dia 3 de Julho Campeão Nacional Sub 12 –Misto. O Clube de Ténis do Colégio Amor de Deus de Cascais enfrentou na final o Clube Escola de Ténis de Oeiras, na fase final realizada no Montechoro Sports & Leisure Club, em Albufeira. No primeiro jogo de singulares masculi-nos a vitória sorriu ao clube da Linha pelos parciais de 7/5 e 6/1. Já no pri-meiro encontro na vertente de singula-res femininos outra vitória para o CAD, mas desta, o desafio foi mais discutido (2/4, 6/4 e 6/2). O resultado aglomera-do aumentou para 3-0 no segundo encontro de singles masculinos (6/0 e

6/2). A equipa do CETO ainda deu uma res-posta na segunda ronda dos singulares femininos, ao vencer o encontro pelos parciais de 6/3 e 6/1. Com o resultado de 3-1 a favor do CAD o troféu de Cam-peão Nacional em equipas no escalão de Sub-12 Mistos estava atribuído, não sendo necessária a realização do encon-tro na vertente de pares. As equipas finalistas eram compostas pelos atletas: CAD- Cheila Cardoso, João Carvalho, Margarida Leão, Tomás Oliveira, Mafal-da M. Fernandes e Patrick Dier. CETO- Ema Pires, Felipe Cunha e Silva, Sofia Sualehé, Alexandre Carvalho, Fili-pe Leitão, Mafalda Gonçalves, Tomás

Rosa Oliveira e Viktoria Milyukova. Classificação Final: 1º Clube de Ténis CAD 2º Clube Escola Ténis de Oeiras 3º Clube de Ténis de Setúbal 3ª Sport Club do Porto 5º Clube Ténis Portimão e Rocha 5º Clube de Ténis de Paços de Brandão 5º Clube de Ténis de Vila Real de Santo António 8º Associação Académica de Coimbra

Selecção Nacional e Presidente da FPT

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Campeonatos Nacionais

Vilamoura recebe promessas do ténis

O Campeonato Nacional de Sub-12 realizou-se de 4 a11 de Julho em Vilamoura. O torneio disputou-se nas vertentes singulares e pares masculinos e mistos. António Sabugueiro, do CT Sintra sagrou-se campeão entre 32 outros atletas nacionais numa final disputa-

da com Francisco Caldas do CT Bra-ga. A final terminou com os parciais 2-6, 7-6 (6) e 6-1. Em pares a vitória coube à dupla de André Nunes e Afonso Salgado, que bateram Ricardo Gomes e Bernardo Oliveira por 6-4 e 7-6 (3). Na vertente feminina Luísa Almeida do ET N. Allegro, primeira cabeça-de-série, venceu na final Maria Tavares

do AT Ricardo Cayolla pelos parciais 7-5 e 6-4.

Luísa foi campeã também na verten-te de pares mistos, formando equipa com António Dória que venceram por duplo 6-1 Inês Murta e Gonçalo

Silva.

Campeonato Nacional de Sub-12, Vilamouraténis

CIF e CT Caldas da Rainha, campeões

O Campeonato Nacional de equipas Sub 14 disputado nas novas instala-ções do complexo desportivo de Lou-sada contou com a presença de clu-bes de ténis de todo o país e termi-nou no passado domingo dia 12 de Julho. Na vertente feminina, o Clube Inter-nacional Foot-Ball, venceu o grupo denominado Frederico Gil com um

total de 12 pontos, seguindo-se o CT Porto, CT Braga e CS St. Miguel todos com 8 pontos e por fim o CT Azeméis com 4 pontos. Na vertente masculina, a grande final foi disputada entre o Carcave-los Ténis e o CT Caldas da Rainha com a vitória a sorrir a este último com um resultado final de 2-3.

Classificação Final:

1º - CT Caldas Rainha

2º - Carcavelos Ténis 3º - CT Portimão e Rocha 3º - Sport Clube Porto 5º - CT Paços Brandão 5º - CT São Miguel 5º - CT Setúbal 5º - TC Figueira da Foz

Campeonato Nacional de Equipas Sub-14, Lousada

Campeonatos Nacionais 2009

Escalões Datas Candidatos

Sub 16 M e F 22 a 29 Ago Carcavelos

Sub 18 M e F 30 a 5 Set Portimão

Sub 16 M e F 15 a 20 Set Carcavelos

Sub 18 M e F 15 a 20 Set Portimão

Veteranos 14 a 20 Set Vale do Lobo

Seniores 3ª Div M 1 a 5 Out AT Porto - Lousada

Seniores 2ª Div F 1 a 5 Out AT Porto - Lousada

Vet +55 M 1 a 5 Out Faro

Seniores 1ª Div M 28 a 1 Dez Carcavelos

Equipas — Individuais

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Federação Portuguesa de Ténis

Ténis de Praia O Ténis de Praia é uma disciplina do ténis recente em Portugal, cujo I Circui-to Nacional, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis, teve lugar em 2005. No nosso país o crescimento da modali-dade tem vindo a evidenciar-se ao longo do tempo, registando progressiva ade-são por parte de organizadores, jogado-res e público. Neste sentido a Federação Portuguesa de Ténis tem coordenado e supervisio-nado o Circuito Nacional de Ténis de Praia, que integra vários torneios ao longo do Verão. Exemplos disso foram os recentes Open de Portimão de Ténis de Praia, no fim-de-semana de 4 e 5 de Julho, e a 2ª Taça AT Porto, de 8 a 10 de Julho. O Ténis de Praia combina as caracterís-ticas do voleibol de praia com o ténis, sendo disputado em campos similares aos campos de voleibol de praia e o equipamento utilizado é adaptado às condições específicas da disciplina; a rede é elevada a, pelo menos, 1,7

metros, as raquetes e bolas usadas são as utilizadas no padel, com raquetes sem cordas e as bolas com menos pres-são quando comparadas com as bolas normais de ténis. Circuito Internacional da ITF

Em 2008, realiza-se em Portugal o pri-meiro torneio internacional, o Matosi-nhos Beach Tennis Cup 2008, inserido no calendário de provas da federação internacional (ITF), que contemplava apenas três países, Portugal, Espanha e Itália. Em 2009, a modalidade cresceu em popularidade e espalhou-se por mais países europeus. O calendário de 2009 prevê a realização de torneios na Ale-manha, Polónia e Japão, para além de Portugal com os torneios Gaia Beach Tennis Cup e Matosinhos Beach Tennis Cup. “O Beach Tennis é uma alternati-va única e divertida de se praticar ténis que esperamos que consiga cativar jogadores de todas as ida-

des. Estamos encantados com o crescimento que a disciplina tem registado, e os World Champion-ships organizados pela ITF irão com certeza criar ainda um maior interesse”, afirmou o presidente da ITF, Ricci Bitti. Na estreia do Matosinhos Beach Tennis Cup 2008 no nosso país, Alexandre Lopes e Felipe Silva foram os vencedo-res da prova masculina, enquanto na vertente feminina as campeãs foram Rita Alexandre e Rita Oliveira. No ranking masculino Internacional ITF Beach Tennis, onde o primeiro lugar pertence ao italiano Paolo Tazzari com 560 pontos, Alexandre Lopes e Filipe Silva, com 70 pontos, são os melhores atletas portugueses, ambos na 47ª posição. Na vertente feminina, Simona Briganti partilha a liderança do ranking com Rosella Stefanelli, ambas italianas com 630 pontos. Em 20º lugar surge a pri-meira portuguesa no ranking, Rita Oli-veira com 115 pontos.

TÉNIS NA ESCOLA REGIONAL E NACIONAL -

Federação em perfeita sintonia com o Desporto Escolar

A Federação esteve, este ano, mais uma vez, completamente envolvida na organização dos Campeonatos, Regional da DRELVT e Nacional, que tiveram lugar no Clube de Ténis do Estoril e no Clube de Ténis de Setú-bal. Sendo este o segundo ano consecuti-vo em que a Federação colabora com o Gabinete Coordenador do Desporto Escolar, parece-nos que se está a chegar à “velocidade de cruzeiro” há tanto tempo ambicionada. Em sintonia perfeita com o modelo preconizado para o Desporto Escolar, a Federação organizou, com padrões de qualidade elevada, estas duas competições que, segundo os envol-vidos, alunos e professores, foram momentos marcantes para a boa pro-moção do ténis no meio escolar.

ACÇÕES DE RUA Ainda, do ponto de vista da activida-

de realizada até agora, forma impor-tantes as “acções de Rua realizadas no Clube de Ténis do Estoril, da res-ponsabilidade da Escola 2+3 de Alca-bideche onde é professor Pedro Macedo, ex-presidente do Conselho de Arbitragem e ainda da Secundária de S. João do Estoril onde trabalha o Prof. Francisco Silva, treinador FPT. A Associação de Ténis de Lisboa, através dos incansáveis Mário Videi-ra e Gabriel Pacheco, levou a efeito duas importantes acções, de caracte-rísticas diferentes, que movimenta-ram dezenas de alunos das Escolas IBN Mucana e Secundária de Mira-flores. Na primeira foram utilizadas as excelentes instalações desportivas e na segunda os espaços exteriores de recreio, onde os alunos puderam durante os intervalos ou durante os tempos lectivos, experimentar a nos-sa modalidade. PACK DE MINI TÉNIS DA WIL-SON A Wilson preparou um Pack com 4 redes, 24 bolas e 20 raquetes, que custa 415,13 €, e que já foi encomen-

dado por várias escolas do País. O acordo que a Federação tem com a marca, permitiu que fosse possível encontrar uma solução em que o pre-ço/qualidade/quantidade, fosse sufi-cientemente atractivo, estando ao alcance dos orçamentos das Escolas. É uma ajuda decisiva para a divulga-ção da modalidade. MANUAL DO TÉNIS NA ESCO-LA Está ainda no seio do grupo de traba-lho, constituído pelos Profs. Joaquim Nunes, José Sustelo, Pedro Macedo, Vitor Cabral e Alfredo Laranjinha, mas já na versão zero, o Manual que servirá para dar formação aos Profes-sores de Educação Física que traba-lham no meio escolar. Pretende-se não só, que o ensino do Ténis se instale definitivamente na Escola, nomeadamente nas aulas de Educação Física, mas que também seja ministrado com a qualidade sufi-ciente para poder atrair a população escolar desde o 1º Ciclo do ensino básico até ao 12º Ano.

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Tudo aponta no sentido do Manual estar disponível para que a formação tenha lugar durante o próximo ano lectivo.

ENCONTRO DAS CHEFIAS Durante a semana de 13 a 18, terá lugar uma reunião entre o Presidente da Fede-ração, Dr. José Maria Calheiros e a Direcção Nacional do Desporto Escolar. José Maria Calheiros quer transmitir ao Desporto Escolar a importância que o relacionamento entre as duas entidades tem no futuro desenvolvimento da modalidade e assegurar que, o Ténis na Escola é uma prioridade da Federação.

Federação Portuguesa de Ténis

TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO PROMOVE

DESPORTO ADAPTADO No âmbito do protocolo recentemen-te assinado e também no âmbito da cadeira de “Desporto Adaptado” dos alunos da opção de Desporto, o Prof. Alfredo Laranjinha, deslocou-se a Castelo Branco, onde abordou o tema “O Ténis em Cadeira de Rodas”, para os cerca de trinta alunos do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que pretendem vir a trabalhar nesta área. Esta “Acção de Sensibilização” teve um momento teórico, onde foi apre-sentado o programa “Jogar Sentado”, apoiado pela “Fundação EDP” e onde foi satisfeita a curiosidade de vários alunos que desconheciam por com-pleto esta modalidade através da projecção de DVD’s. O segundo momento, nas excelentes instalações desportivas do Instituto, funcionou do ponto de vista prático e foi ali que diversos alunos, aprovei-tando a presença do Campeão Nacio-nal Carlos Leitão, bateram na bola sentados numa cadeira de rodas de desporto ouvindo atentamente as indicações que lhes eram fornecidas. A “aula” terminou com a demonstra-

ção de um treino de competição nos recém estreados campos de ténis, gentilmente cedidos pela Associação Regional de Castelo Branco, com diversos alunos a provarem quanto inclusiva é esta modalidade, ao joga-rem em pé contra alguém que, porta-dora de incapacidade, se movimenta em cadeira de rodas. PROGRAMA A SER INTEGRAL-

MENTE CUMPRIDO O programa “Jogar Sentado” que inclui, demonstrações, o “Circuito EDP”, diversos torneios e ainda o programa de estágios da Selecção Nacional, tem sido cumprido inte-gralmente. Prevê-se que até ao fim do ano não se verifiquem desvios relevantes em relação à programação inicial. A dias da partida para Inglaterra, onde vai disputar o Campeonato do Mundo de Equipas, a Selecção prepa-ra-se intensamente e irá cumprir os seu dois últimos estágios nacionais depois de ter regressado de Espanha onde os seus jogadores, individual-mente, disputaram o III Open Ergo-saúde, organizado pela Escuela de Ténis Marineda, na Corunha.

WILSON PATROCINA A Selecção Nacional deslocar-se-á a Inglaterra, integralmente equipada pela marca Wilson que, como se sabe, tem um protocolo com a Fede-ração. O equipamento foi estudado em ter-mos da quantidade que garanta a todos os jogadores e treinadores o material suficiente para a estadia. A entrega deste material, será feita simbolicamente pela Drª Isabel Cunha D’Eça, Vice Presidente da Federação para a área do Ténis em Cadeira de Rodas, durante o Estágio da Selecção de dia 4 de Julho nos campos cobertos do Estádio Nacio-nal.

Selecção Nacional

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“CAMPO ABERTO” Este sub - programa que tem funcio-nado durante os dias dos estágios da Selecção, tem acolhido muitas pes-soas, portadoras de deficiência, que querem tomar contacto com a moda-lidade. Para as receber estão sempre os Profs. Joaquim Nunes e Alfredo Laranjinha que lhes tem transmitido o objectivo deste trabalho e tem feito com que toda a gente que aparece, tenha a possibilidade de jogar ténis em cadeiras especialmente construí-das para o efeito. Graças a este programa já chegaram até nós 15 pessoas, algumas das quais

passaram a praticantes ainda não com a assiduidade desejada, mas com muita vontade de jogar. WORKSHOP PARA TREINADO-RES Parece que finalmente está encontra-do o mês para se realizar o Work-Shop para Treinadores de Ténis em Cadeira de Rodas. Será provavelmen-te no fim deste próximo mês Outu-bro. Esta dificuldade deve-se ao facto do intenso programa federativo que não tem deixado espaço para a realização deste “curso”. Espera-se uma grande adesão por

parte de treinadores de ténis e de pessoas ligadas à problemática da recuperação e do desporto adaptado. Será muito importante que cada uma das Associações Regionais garanta a presença de pelo menos dois treina-dores por região. É intenção da Federação convidar o especialista Espanhol Prof. David Sanz, técnico da Federação Espanho-la de Ténis, onde a modalidade está num processo de desenvolvimento de jogadores de alto nível, desempe-nhando igualmente o professorado na Universidade de Valência. Prof. Alfredo Laranjinha, Coordena-dor do programa “Jogar Sentado”, Ténis na Escola e Desporto Escolar

Departamento de Formação—15 dias A dinâmica de trabalho do Departa-mento de Formação da FPT está bem patente nas actividades previs-tas para o final do semestre de 2009. Durante 15 dias, as actividades do Departamento sucederam-se sem paragens, estendendo-se a vários pontos do país. Esta actividade reve-la-se fundamental para o desenvolvi-mento da modalidade, actuando simultaneamente a vários níveis. Com o Curso de Treinadores de Nível 2 do Alto Alentejo, em Monte-mor, na sua 1ª semana (com início em 26 de Junho), os técnicos do Departamento iniciaram o Curso de Treinadores de Nível 1 no Funchal, no dia 29 de Junho. Com a duração de 6 dias consecutivos, este curso estendeu-se até ao dia 4 de Julho. Em simultâneo, realizou-se um Cur-so de Árbitros, também com início no dia 29.

As reciclagens que acompanham estes cursos também foram organi-zadas, a de treinadores no dia 30 de Junho e a de árbitros no dia 3 de Julho. O objectivo principal dos pre-lectores presentes na Madeira foi o de aproveitar ao máximo a sua pre-sença para desenvolver o maior número de actividades possíveis, rentabilizando o seu contacto com esta zona do país e com a Associação Regional local. O apoio do IDRAM e da Associação Regional da Madeira foram funda-mentais para a realização destas actividades, numa altura em que os orçamentos são reduzidos e os esfor-ços financeiros difíceis. Mesmo na actual situação, o Departamento de Formação da FPT continua a aumentar as suas actividades, geran-do receitas e consolidando coopera-ções que complementam o apoio do Instituto do Desporto. A ligação com a escola tem sido prio-ridade da FPT e neste contexto reali-zou-se uma Acção de Formação em Ténis Escolar no dia 2 de Julho, integrada nas actividades da Escola EB 2/3 Bartolomeu Perestrelo. Esta acção marcou a integração destas acções da FPT como acções credita-das pelo Ministério da Educação para a progressão na carreira dos professores. Foi também a acção

com maior número de professores de Educação Física contando com mais de 60 participantes.

Embora terminassem as suas activi-dades na Madeira no dia 4 de Julho, alguns técnicos partiram mais cedo para participar no Curso de Treina-dores de Nível 2 de Montemor, agora na sua 2ª semana, e para a prepara-ção de outras actividades. Esta capa-cidade de desdobramento tem sido também um espelho da maturidade da equipa de trabalho do Departa-mento.

Acção de Ténis Escolar no Funchal

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Após o final da 2ª semana do Nível 2 (no dia 5 de Junho), o Departamento levou a cabo mais uma Acção de Ténis Escolar creditada pelo Ministé-rio da Educação em Faro. Com o apoio da Associal de Ténis do Algarve e do Centro de Formação de Faro, contou com 37 participantes e foi a acção de Ténis Escolar mais longa com a duração de 3 dias. No dia 10 de Julho iniciou-se a ulti-ma semana do Curso de Nível 2, organizado em conjunto com a Asso-ciação de Ténis do Alto Alentejo, cul-minando com as ultimas avaliações no dia 12.

Com esta actividade, encerrou o pri-meiro semestre de trabalho do Departamento de formação da FPT. Nestas duas semanas foram organi-zados um Curso de Nível 2, um Curso de Nível 1, um Curso de Árbitros, duas reciclagens de Treinadores, uma reciclagem de Árbitros e duas acções de Ténis Escolar, no Alentejo, Madei-ra e Algarve. Mais de 130 pessoas contactaram com os mais modernos conceitos do Ténis nestas actividades. Nestas duas semanas houve um úni-co dia sem actividade, o dia 6 de Julho, dia em que o Director do Departamento, Prof. Vítor Cabral, esteve em reunião com o Presidente da FPT, Dr. José Maria Calheiros, no dia em que foi assinado o novo proto-colo com a Associação Portuguesa de Treinadores de Ténis. O Departamento de Formação da FPT terminou o seu primeiro semes-tre de actividade com o final do Curso de Treinadores de Nível 2 de Monte-mor. Mantendo a actividade intensa dos últimos dois anos, o número de acções é impressionante: Cursos de Treinador de Nível 1 Lisboa Faro Oliveira de Azeméis

Castelo Branco Funchal Cursos de Treinador de Nível 2 Setúbal Leiria Montemor Reciclagens 1 e 2 Faro Castelo Branco Funchal Montemor Cursos de Árbitro Setúbal Aveiro Funchal Reciclagens Árbitro Aveiro Setúbal Funchal

A estas acções juntam-se mais 5 acções de Ténis Escolar, 2 Cursos de Monitor de Cardio Ténis e 5 acções de divulgação do Play and Stay, tota-lizando 30 acções de formação neste período. “O mais importante des-ta actividade reside no facto de o Departamento de Formação conseguir gerar as receitas necessárias para a realização de um alargado e diversificado conjunto de acções. Consegui-mos chegar a todo o país numa cobertura nacional sem prece-dentes e, neste momento conse-guimos fazê-lo com regularida-de. Esta capacidade é funda-mental nos tempos difíceis que atravessamos. E ainda podemos fazer melhor…” aponta Vítor Cabral, Director do Departamento de Formação da FPT.

Vistas da Acção de Ténis Escolar em Faro

Curso de Nível 2 em Montemor

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Página 25 Federação Portuguesa de Ténis

Estoril Open

O Estoril Open constituiu-se como uma oportunidade única para o Departamento de Formação divulgar o programa Play and Stay, aprovei-tando ao máximo o mediatismo do evento. A parceria com Nuno Mar-ques foi fundamental para com seguir uma colaboração sem precedentes com a Lagos Sports, abrindo caminho para uma das maiores acções de divulgação da modalidade.

A actividade começou a ser organiza-da na semana anterior ao inicio do evento, implicando mais de 15 pes-soas na organização. Esta organiza-ção permitiu lidar com uma frequên-cia média de mais de 300 pessoas por dia no court Play and Stay, a designa-ção que rapidamente passou a identi-ficar o tradicional Fun Center do Estoril Open.

O dia mais frequentado foi o dia 5 de Maio, dia em que o Departamento de formação uniu forças com o PNDT e promoveu um evento com mais de 600 crianças a passar no court. Entre outras pessoas, o presidente da FPT, José Maria Calheiros marcou presen-ça, brindando os presentes com um jogo com Nuno Marques.

Para além da já bem coordenada parce-ria com o PNDT, o Departamento de Formação aliciou jogadores e treinado-res para comparecerem neste que foi um dos dias mais intensos desta acção. Para além de vários seleccionadores dos dife-rentes escalões, foi momento alto a pre-sença de Rui Machado, Frederico Gil e Leonardo Tavares.

O delírio dos jovens jogadores foi considerável na presença das estrelas do ténis nacional, que foram acompa-nhados pelos seus carismáticos trei-nadores, João Cunha e Silva e Nuno Marques, as referências incontorná-veis da geração anterior de jogadores da Selecção Nacional.

Muitos foram os jogadores nacionais que passaram pelo court e jogaram com as crianças que por lá passaram. Michelle Brito, Maria João Khoeler, Frederica Piedade e Leonardo Tava-res foram alguns dos que por lá pas-saram. A actividade deste court impressionou também James Blake, finalista do torneio, que por lá passou brevemente.

O evento foi também marcado pela realização de várias acções de forma-ção, com destaque para acção de Ténis Escolar, realizada no dia 7 de Maio.

O Departamento de Formação procu-rou também integrar uma série de acções regulares neste evento, reali-zando dentro do evento algumas das sessões do Curso de Treinadores de Nível 2 a decorrer em Setúbal, bem com uma reciclagem de treinadores realizada no dia 9 de Maio.

Este evento foi de imediato destacado no site da Federação Internacional de Ténis (ITF), que publicou uma refe-rência ao trabalho do Departamento no dia 6 de Maio, ainda a meio do evento. Este reconhecimento interna-cional tem sido fundamental para a credibilidade de todo o esforço que o Departamento de Formação da FPT tem tido na divulgação do programa Play and Stay.

Todas estas acções tiveram como objectivo chamar atenção para as novas metodologias de ensino da modalidade, aproveitando o media-tismo do torneio. A atenção dos média foi crescendo de dia para dia, culminando no dia 8 de Maio com uma acção destinada a aliciar algu-mas caras famosas da sociedade por-tuguesa para a prática da modalida-de.

Departamento de Formação—Play Stay

Jovem praticante de 18 meses, imagem que

percorreu mundo

Mais de 300 jovens por dia passaram pelo court Play and Stay

Rui Machado, Cunha e Silva, Frederico Gil, Nuno Marques e Leonardo Tavares

Nuno Marques, o “embaixador” do PLay

and Stay

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Foi neste dia que a atenção dos meios de comunicação social atingiu o pon-to mais alto. Foram realizadas três peças para a televisão e várias para diversos jornais neste dia, demons-trando a importância de atrair caras conhecidas para auxiliar na divulga-ção destes eventos e programas. Mais uma vez, foi fundamental a colaboração de Nuno Marques. “A integração do Nuno e da sua empresa na divulgação do programa Play and Stay, implicou de imediato um aumento de exposição mediática, que teria sido impossível para a FPT con-seguir de outra forma” comenta Vítor Cabral responsável nacional pelo pro-grama Play and Stay. Toda a exposição mediática aumenta também o número de recursos que o Departamento de formação tem para a divulgação do projecto. “A integra-ção de todas as sinergias da modali-dade é o factor chave para o desen-volvimento do Ténis, consagrando-o como uma modalidade importante no panorama nacional” remata Vítor Cabral.

Internacional

O Departamento de Formação con-centrou muito da formação regular de Treinadores e Árbitros no 1º

Semestre do ano, com o objectivo de libertar mais o segundo semestre para trabalhar em projectos interna-cionais de grande impacto. De acordo com Vítor Cabral “…este ano temos dois grandes objectivos que se integram: por um lado consolidar todo o espaço con-quistado nos últimos anos com a ITF (Federação Internacional de Ténis) nomeadamente na área do Play and Stay, e por outro lado reforçar a coopera-ção com os países de língua por-tuguesa, principalmente com o Brasil. O Brasil representa um parceiro determinante, pela sua dimensão e pelo excelente tra-balho que têm realizado na área da formação dos treinadores. É com o Brasil que teremos a for-ça necessária para destacar a língua portuguesa no seio da ITF. É importantíssimo que Por-tugal assegure também a forma-ção dos países africanos de lín-gua portuguesa. Estes países necessitam urgentemente de organização e Portugal deve for-necer essas coordenadas e assu-mir uma posição de orienta-ção.” A credibilidade internacional do Departamento de Formação FPT é evidente na quantidade de eventos

formativos onde é convidado como conferencista e organizador. “Esta expressão no panorama internacional é determinante para a credibilidade dos nossos projectos. A credibilidade que actualmente nos é atribuída não tem paralelo na história do Ténis português. O ano de 2009 continua a tendência dos anos anteriores, com 5 intervenções internacionais do Departamento de Formação da FPT, as duas últimas como organizador: • Workshop Copa Davis, Porta-

legre, Brasil, dias 18 e 19 de Setembro;

• Conferência Europeia de Tema

Especifico, Amsterdão, Holan-da, 9 e 10 de Outubro;

• 15º Workshop Mundial de

Treinadores, Valência, Espa-nha, 30 de Outubro a 3 de Novembro;

• 1º Congresso Ibero Americano

de Treinadores, Valência, Espanha, 4 e 5 de Novembro;

• Curso de Treinadores de Nível

1 em Cabo Verde, 15 a 21 de Dezembro.

Vítor Cabral, responsável do Departa-

mento de Formação

Associação de Treinadores A Associação Portuguesa de Treina-dores de Ténis (APTT) é a entidade que representa, forma e auxilia os Treinadores de Ténis em Portugal desde 1986. Contamos actualmente com 143 sócios efectivos e 4 sócios honorários (Carlos Marques, Alfredo Laranjinha, António Cabral e Alfredo Vaz Pinto). Trata-se de um número bastante inferior ao universo de treinadores de ténis existente em Portugal e é importante inverter esta tendência. O novo regime jurídico das Federações Desportivas, a nova Lei de Bases dos

Sistema Desportivo e o Estatuto da Carreira de Treinadores trarão res-ponsabilidades acrescidas para todos nós treinadores e para a APTT em particular. Aproximam-se tempos de grandes mudanças no sistema desportivo em geral e os treinadores devem estar muito atentos e unidos. Conscientes da necessidade imperio-sa de congregar mais treinadores para o seio da APTT, para fazer face aos novos desafios que se avizinham, tomámos algumas medidas das quais destacamos a redução significativa do

valor das quotas para sócio. Actual-mente o valor da quota anual é de 30€ e a jóia de inscrição para novos sócios é de 15€. A APTT é uma parceira da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), e no dia 6 de Julho de 2009, assinou um novo protocolo com esta entidade com o intuito de ser mais funcional e coope-rante para ambas as partes. Temos também protocolos celebra-dos com a AT Lisboa e a AT Porto, embora seja nosso objectivo estabele-cer protocolos/parcerias com outras Associações.

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APTT faz-se ainda representar na Confederação Portuguesa das Asso-ciações de Treinadores (CPAT) que é uma associação que tem como objec-to a “representação e defesa dos inte-resses dos treinadores e técnicos de desporto junto dos organismos públi-cos e privados, quer nacionais, quer internacionais, na promoção e divul-gação, coordenação e participação global no processo de formação de técnicos de desporto, e, ainda, na participação, atribuição e certificação dos níveis de formação dos técnicos de desporto” (artigo II dos Estatutos da CPAT). A CPAT tem participado de forma activa em todo o processo

de regulamentação do Estatuto da Carreira de Treinadores, tendo a APTT colaborado neste processo nas Assembleias Gerais da CPAT. A organização de acções de formação é outra actividade relevante para a APTT. Tem sido nossa estratégia ofe-recer mais e melhor. Do calendário de acções de formação da nossa asso-ciação, destacamos a Acção Nacional que já vai na 9ª edição, tendo este ano contado com a participação dos seguintes prelectores João Carvalho, Pedro Felner, Luis Damasceno e Miguel Albino que abordaram temas relativos à área do Ténis, bem com

Luis Dias e Dora Fonseca que abor-daram temas relativos à condição física. Para finalizar, voltamos a reforçar que se aproximam tempos de mudan-ças e todos os treinadores devem estar muito atentos e unidos. Precisamos de todos para sermos mais fortes. Para mais informações consulte o nosso site (www.aptt.pt). Associação Portuguesa de Treinadores de Ténis

Associação de Jogadores A Associação Jogadores Ténis Portu-gal debruçar-se-á neste espaço acerca do quadro competitivo português, deixando algumas notas sobre alguns tópicos que têm sido referidos inú-meras vezes pelos jogadores como obstáculo a uma maior evolução. Não é novidade para ninguém que actualmente o calendário competitivo interno ao nível juvenil e sénior apre-senta fortes lacunas que seria impor-tante colmatar. Este texto deseja reforçar a importância deste tema que, pelo seu impacto no ténis nacio-nal, se afigura prioritário. Deseja ser um texto de alerta e de incentivo à acção para clubes, F.P.T., associa-ções, entidades organizadoras, etc.

Os factos: Actualmente em todos os escalões juvenis, há um número muito restrito de torneios de nível A e nível B (sub-16 conta com 2 torneios nível A e sub-18 com apenas 1). Estas são as cate-gorias que oferecem aos seus jogado-res alguns padrões de qualidade exi-

gidos pelo regulamento para além de ser nestes torneios que os melhores jogadores se sentem mais motivados em participar. As inúmeras provas de nível C, nas quais reconhecemos a devida importância, são neste momento o suporte de todo o calen-dário. No escalão sénior, este ano conta com três torneios dotados de prize-money igual ou superior a 5.000€ (nível A). Mesmo contando com a totalidade das provas A e B, verifica-mos que a sua esmagadora maioria está concentrada num período de tempo limitado, o Verão - inicio das provas em final Maio; após Setembro ficam a restar apenas mais 3 torneios. Ao mesmo tempo, não surge, a nível masculino, o contraponto das compe-tições internacionais em território português (nomeadamente ao nível future) que são ainda numa quanti-dade insuficiente. Felizmente, o cir-cuito feminino tem visto nos últimos anos uma franca melhoria nesse aspecto.

Quais as consequências deste quadro competitivo? Verifica-se que certos escalões etários e certos “grupos” de jogadores vêm-se incapacitados, numa grande parte do ano, de competir internamente e a baixo custo (ou eventualmente até com excedentes que possam servir como uma ajuda às despesas duma carreira profissional) por não terem torneios do seu “patamar”. Esta des-cida de nível dos torneios sentida nos últimos anos tem até levado a alguma diminuição do número de jogadores do chamado “nível médio” (ao nível de sub-16, sub-18 e sénior).

Todas estas condicionantes estão assim a travar a criação de um círculo virtuoso que gere competitividade interna que possa servir de rampa de lançamento para carreiras interna-cionais e que contribuísse para aumentar o número de praticantes e de espectadores .

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Quais as causas desta realida-de? Uma das razões principais está rela-cionada com questões financeiras dos clubes que não se arriscam em tor-neios mais “caros” temendo quanti-dade insuficiente de jogadores e de público que o compense. Para tal, seria importante estudar formas de incentivos à organização de provas de maior dimensão e nível que aliviem

as necessidades financeiras, tal como já existiram em anos anteriores. Finalizando… Sabemos que não é fácil, por exem-plo, criar uma situação semelhante ao extinto circuito TMN ou reforçar o calendário de torneios internacionais em Portugal mas acreditamos ser possível chegar mais perto desses objectivos se todos nós, agentes

envolvidos nesta modalidade reflec-tirmos sobre a importância do momento actual – com os excelentes resultados internacionais e a existên-cia de pólos de treino de qualidade - como altura chave para essa necessá-ria mudança.

Associação de Jogadores de Ténis Por-

tugal

Programa Nacional de Detecção de Talentos

O Início, o Presente e o Futuro Em 2006, por iniciativa do então Director Técnico nacional, Paulo Lucas, a Federação Portuguesa de Ténis deu início a um projecto que é hoje motivo de orgulho do Ténis Nacional. O Programa Nacional de Detecção de Talentos está prestes a completar quatro anos e é altura de relembrar os melhores momentos e fazer apostas para o futuro. Afastado de polémicas e com uma equipa sem-pre unida, rapidamente este projecto em que todos acreditam foi criando raízes e crescendo de uma forma sus-tentada, tendo como pilares a união, o espírito de equipa e o sentido de missão. O envolvimento de todas as partes, desde jogadores, a treinado-res, pais, e dirigentes dos clubes, e todos os demais que contribuem para o espectáculo do ténis, fazem de cada encontro uma festa! Porque cada experiência serve de lição, aos jovens talentos mas à orga-nização também, a equipa do PNDT esteve sempre receptiva a melhorias, procurando adaptar-se à evolução do ténis nacional e dos programas e metodologias internacionais. Não obstante, neste processo de adaptabi-

lidade mantivemos sempre o objecti-vo principal – acompanhar e identifi-car os atletas que se distinguem na modalidade, criando uma equipa uni-da através de uma estreita comunica-ção e forte liderança. Comunicar abertamente e dar a cara pelo projec-to foi e continuará a ser um dos nos-sos lemas. Porque a evolução surge com o pas-sar do tempo, os últimos 4 anos foram de verdadeira ascensão para o PNDT. Em 2006 começámos com 3 jornadas de avaliações técnicas. Após o estudo de várias linhas orientado-ras em múltiplas federações mun-diais, criámos as linhas orientadoras para o programa português para atle-tas de sub 8, 10 e 12. Em 2007 manti-vemos as jornadas e demos inicio ao circuito Nacional de sub 10. Em 2008 o Programa Play&Stay foi lançado mundialmente, tendo o circuito e as jornadas adoptado as suas normas e ideologia no mesmo momento. O sucesso de participações foi tal que Portugal foi considerado pela ITF um caso de estudo na implementação desta metodologia. Neste momento, as linhas orientadoras do PNDT

começam a chamar a atenção dos técnicos portugueses. Era a altura de criar uma imagem de marca, pelo que ainda em 2008 foi recuperado o logo Smash como imagem do Programa. Em 2009 somaram-se ainda às acti-vidades já descritas os treinos inter-regionais e os torneio-estágio. Os primeiros com o objectivo de promo-ver o encontro entre os melhores atletas do escalão, permitindo aos coordenadores mais um ponto de avaliação e contacto com os jovens tenistas, aproveitando para lhes transmitir alguns conceitos gerais técnico-tácticos do jogo de ténis. Os torneio-estágio, por sua vez, têm como objectivo promover a prática do ténis em zonas do interior, onde a modalidade está ainda menos desen-volvida. Actualmente, as linhas orien-tadoras do programa são avaliadas e registadas, transmitindo as necessi-dades e características gerais dos atletas sub 10 em Portugal. Neste momento temos divididos por 5 zonas mais de 52 provas sub10 e sub8, 6 torneios estágio, mais de 10 treinos inter-regionais e 10 jornadas. A nível nacional merece ainda desta-que 1 Master´s Nacional, 1 jornada

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Programa Nacional de Detecção de Talentos

Nacional e 1 competição por equipas inter-zonas. Porque com o tempo aprendemos também que é prioritá-rio investir na formação e apoio aos pais dos atletas, o PNDT deu início a sessões de esclarecimento e apoio sobre questões de comportamento e arbitragem. Neste contexto, convida-mos recentemente o treinador do Sport Clube do Porto, Pedro Canedo, para apresentar durante a Jornada Nacional, nos próximos dias 24 e 25 de Outubro, um trabalho acerca do comportamento dos pais intitulado “Pais de um jovem tenista - que com-portamento?”. Anos de empenho que se traduzem em: • Acompanhar os potenciais

talentos de uma forma regular; • Transmitir aos treinadores as

necessidades e características do panorama global dos atletas sub 10 em Portugal segundo as linhas orientadoras propostas;

• Transmitir aos seleccionadores

informação sobre os atletas que poderão integrar a selec-ção Nacional de sub 12;

• Aumentar substancialmente o

número de praticantes de ténis;

• Melhorar o nível do ténis

nacional; • Baixar a taxa de desistência da

modalidade; • Melhorar o comportamento

dos atletas em campo;

• Ajudar os pais dos atletas a perceberem a importância do seu papel neste processo.

Após 4 anos, a 1ª geração de atletas que passaram pelas actividades do PNDT começa a dar os seus frutos. A Selecção Nacional SUB-14, composta por Frederico Silva, Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira, conseguiu fazer história no ténis português ao sagrar-se vice-campeã da Europa, o melhor resultado de sempre de uma equipa portuguesa neste escalão. Neste momento, Portugal tem resultados consistentes em quase todos os esca-lões. Representar a selecção Nacional é actualmente uma ambição de qual-quer jovem tenista, um trabalho árduo e consistente que se traduz num motivo de orgulho. Na opinião generalizada dos técnicos, as actividades do PNDT e o circuito Nacional tornaram-se ferramentas fundamentais no seu trabalho com os atletas. Neste processo tem sido cru-cial o estreito relacionamento com o departamento de formação da Fede-ração Portuguesa de Ténis e Nuno Marques, o embaixador do Play&Stay em Portugal. Os grandes resultados mundiais que os tenistas portugueses provaram ser capazes de alcançar aliados às várias sinergias criadas ao nível destas três organizações têm motivado um maior dinamismo no ténis e consequente exposição mediática. Hoje consegui-mos alargar a base de praticantes e consequentemente a base da pirâmi-de do alto rendimento. No ano em que Frederico Gil, Michel-le Brito, Rui Machado e Neuza Silva lutam por um lugar merecido no top 100 do Mundo, a imprensa nacional

entusiasma-se com o ténis. E os leitores também! Porque somos uma equipa dinâmica e ambiciosa, não temos o sentimento de dever cumprido mas sim o de que-rer fazer mais e melhor. Queremos aproveitar este “estado de graça” do ténis português mas procuramos avançar com projectos e ideias ama-durecidas e reflectidas. Chegada a altura de preparar o fim desta época e de começar preparar uma nova, devemos pensar sobre o futuro deste projecto e escolher o caminho a tomar. Com o aconselha-mento do departamento de formação chegamos a algumas conclusões: • O PNDT tende a evoluir na

direcção da Detecção/Selecção de talentos, constituindo-se como a ponte entre a pirâmide do alto rendimento e a base de praticantes.

• O Circuito Sub 10 tende consti-tuir-se como o motor nº 1 de angariação de novos pratican-tes para a modalidade e as ligações com as escolas do 1º Ciclo são fundamentais neste processo.

• As sinergias criadas com expo-

sição mediática e movimenta-ção na modalidade devem gerar valor no sentido de aumentar a capacidade de pro-moção da modalidade e apoio aos jogadores.

Tudo isto só será possível, como sem-pre, com o apoio de todos!

Pedro Lobão

Coordenador Nacional de Sub 10

Paulo Santiago (centro), Plínio Ferrão (sul), Gonçalo Loureiro, Rodol-fo Pereira, Frederico Silva, Pedro Lobão (Norte), Nuno Mota (Açores)

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Novos estatutos da FPT aprovados por unanimi-dade em Assembleia Geral

FPT e Sybase renovam parceria

Eng. Eduardo Taborda e Dr. José Maria Calheiros

Portal avança para novas fun-cionalidades

O presidente da Federação Portugue-sa de Ténis, José Maria Calheiros, e o Administrador da empresa Sybase, Eduardo Taborda, renovaram o pro-tocolo de parceria no âmbito do desenvolvimento do Portal da Fede-ração de Ténis, lançado há um ano.

A segunda fase de desenvolvimento introduzirá novas e importantes fun-cionalidades como Pagamentos e

Loja Online, Gestão das Convocató-r ias fe i tas pe los Cap i tães/Seleccionadores, Gestão Dinâmica de Dados dos Federados, Gestão de Tor-neios, entre outras novidades que contribuirão para o reforço e manu-tenção da qualidade do Portal FPT (www.tenis.pt). O presidente da Federação Portuguesa de Ténis, José Maria Calheiros, e o Administrador da empresa Sybase, Eduardo Tabor-da, renovaram o protocolo de parce-ria no âmbito do desenvolvimento do Portal da Federação de Ténis, lança-

do há um ano.

A segunda fase de desenvolvimento introduzirá novas e importantes fun-cionalidades como Pagamentos e Loja Online, Gestão das Convocató-r ias fe i tas pe los Cap i tães/Seleccionadores, Gestão Dinâmica de Dados dos Federados, Gestão de Tor-neios, entre outras novidades que contribuirão para o reforço e manu-tenção da qualidade do Portal FPT (www.tenis.pt).

Os novos Estatutos da Federação Portuguesa de Ténis foram aprovados por unanimidade em Assembleia Geral, realizada no dia 20 de Junho de 2009. O documento foi aprovado por unanimidade, num claro sinal de união entre a família do ténis, incluindo as Associações Regionais e as Associação Representativas de

Árbitros, Jogadores e Treinadores. O processo de adaptação dos Estatu-tos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas foi iniciado pela nova Direcção, presidida por José Maria Calheiros, contou com o contributo e participação de todos os interessados e foi concluído com

sucesso. De acordo com José Maria Calheiros, presidente da Federação, “Os novos Estatutos entram em vigor em Janeiro de 2010 e representam mais uma etapa no desenvolvi-mento do ténis português.”

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Página 31 Federação Portuguesa de Ténis

Victoria Azarenka, pupila do treinador português, tem vindo a progredir imenso desde 2006, ano em que o Van Grichen começou a treinar a atleta. Victoria em 2006 ocupava a 92.ª posição do ranking ATP. Em 2007 subiu para 30.º lugar e em 2008 já era a 15.ª WTA. A tenista bielorussa de 20 anos ocupa actualmente o 8.º lugar do “ranking” WTA. Para a longilínea jogadora de 1,80 metros e 60kg, nascida em Minsk mas a residir no Arizona desde 2005 ganhou este ano os torneios de Brisbane, Mem-phis e Miami, sendo este último um dos mais fortes a nível mundial, apenas superado pelos Grand Slam. Ainda este ano, conseguiu ser campeã na vertente pares nos torneios de Mem-phis e de Indian Wells e finalista em pares em Roland Garros. A atleta integra também a selecção bielorussa da Fed Cup desde 2005 e a equipa olímpica desde 2008. Nos Grand Slams, no ano corrente, a tenista ficou na quarta ronda do Austra-lian Open e nos quartos-de-final de Roland Garros e de Wimbledon.

Todas estas vitórias e sucessos devem-se ao trabalho, esforço e sacrifício da tenista mas também ao grande talen-to do treinador português, António Van Grichen. António Van Grichen começou muito cedo a praticar ténis, aos sete anos. Aos 18 anos passou ao circuito profis-sional onde permaneceu/jogou até aos 23 anos. O ponto alto da sua carreira foi defender as cores nacionais na Taça Davis. Enquanto jogou, dava aulas também e aos 23 anos rumou aos Estados Unidos decidido a fazer apenas carreira de treinador, a tempo inteiro.

António Van Grichen, treinador português de sucesso

António Van Grichen

Victoria Azarenka, pupila do treinador português

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João Sousa (627.º ATP) sagrou-se vice-campeão do torneio francês. Apenas o Espanhol Adrian Menen-dez Maceiras foi capaz de parar o português que se encontra em gran-de forma. João Sousa chegou ao final de uma série de dez vitórias consecu-tivas cedendo na final por 6-1, 4-6 e 5-7.

Pedro Sousa (953.º ATP) chegou às meias finais do torneio espanhol. O português disputou um duelo ibé-rico frente ao espanhol David Canu-das-Fernandez, terceiro cabeça de série. O encontro terminou com os parciais 6-3 e 6-0 mas Pedro Sousa deixou uma boa imagem nos courts espanhóis mostrando estar em boa forma.

Inês Xavier (132.ª TE) alcançou a meia final do torneio Apple Bowl onde foi afastada pela espanhola Andrea Murillo por duplo 6-4.

Inês Xavier foi a atleta portuguesa que mais longe chegou neste torneio.

AGENDA

International Junior Leiria – Sub-18 Mas-culino – de 4 a 8 de Agosto Taça Diogo Napoles – Porto – Sub-18 Mas-culino – de 10 a 15 de Agosto Vila do Conde Junior Tennis Cup – Sub-18 Masculino – de 18 a 23 de Agosto Ténis Praia – Campeonato Nacional de Ténis Praia – de 22 a 23 de Agosto Pestana Junior Open – Sinta – Sub-16 Masculino – de 7 a 13 de Setembro PNDT Zona Sul – Circuito Nacional – Mas-ters – Sub-10 – de 10 a 11 de Setembro ITF Porto – de 14 a 20 de Setembro PNDT Zona Sul – Centro Ténis Faro (AT Algarve) – Estágio – Sub-8 e Sub-10 – 19 a 20 de Setembro ITF Futures Espinho – de 21 a 27 de Setembro PNDT Zona Açores – Circuito Nacional – LT Club – Sub-8 e Sub-10 – de 25 a 27 Setembro PNDT Zona Madeira – Circuito Nacional – Masters Madeira – Sub-8 e Sub-10 – de 26 a 27 de Setembro PNDT Zona Centro – Circuito Nacional – CT Estoril – Sub-8 e Sub-10 – 26 a 27 de Setembro PNDT Zona Norte – Treino Interregional – Porto Open – Monte Aventino – Sub-10 – de 3 a 4 de Outubro PNDT Zona Açores – Circuito Nacional – Masters Açores – Sub-10 – de 10 a 11 de Outubro PNDT Zona Norte – Masters – CT Porto – Sub-10 – de 10 a 11 de Outubro PNDT Zona Centro – Masters – Jamor – Sub-8 e Sub-10 – de 10 a 11 de Outubro

Ficha Técnica

Direcção: José Maria Calheiros

Coordenação e Revisão: José Santos Costa

Redacção, Paginação e Grafismo: AnaLima Comunicação e Marketing

A fechar

ITF Futures Saint-Gervais,

ITF Futures Elche,

Espanha

Apple Bowl Avilés,

Espanha