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GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras 1 Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras GROUPAMA SEGUROS, SA (Montantes expressos em euros, excepto quando indicado) 1. Informações Gerais A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de desenvolver a actividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa. A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para os ramos Não Vida para o qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). A sua actividade é exercida em Portugal. Situação económica internacional O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de 2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4% (dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível de crescimento. Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8% (com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%). Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%. Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria. Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à acentuada queda dos preços do petróleo. No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos sendo ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego , os fatores de natureza política podem condicionar a confiança dos agentes económicos. Atos terroristas em território europeu, as tensões entre a Rússia e o Ocidente, bem como a situação

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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

GROUPAMA SEGUROS, SA (Montantes expressos em euros, excepto quando indicado)

1. Informações Gerais

A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi

constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de

desenvolver a actividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal.

A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na

Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para os ramos Não Vida para o

qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

Pensões (ASF). A sua actividade é exercida em Portugal.

Situação económica internacional

O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas

criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de

2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4%

(dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia

global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível

de crescimento.

Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos

foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto

que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8%

(com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de

cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%).

Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os

crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no grupo

denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%.

Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes

estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as

economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e

sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas

dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria.

Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a

retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas

orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à

acentuada queda dos preços do petróleo.

No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos – sendo

ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego , os

fatores de natureza política podem condicionar a confiança dos agentes económicos. Atos

terroristas em território europeu, as tensões entre a Rússia e o Ocidente, bem como a situação

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política e económica da Grécia, podem condicionar e restringir todas as medidas que, do lado

monetário, possam ser colocadas em prática.

Situação económica nacional

A economia portuguesa registou em 2014 um crescimento de 0,9%, em torno do que era

expectável. No entanto, este crescimento teve bases diferentes das expectadas, na medida em

que a procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual,

com a procura externa líquida a contribuir negativamente para este indicador. O contributo das

exportações líquidas desiludiu no ano de 2014

Vários fatores contribuíram para este comportamento. Do lado das exportações, o

encerramento da unidade de refinação de petróleo, embora que temporário, contribuiu para um

comportamento pior do que o esperado, pois as exportações de combustíveis refinados para o

exterior têm um peso muito significativo nas exportações. Pelo lado das importações, verificou-

se um aumento acima do esperado, refletindo a retoma e o aumento da procura interna,

sobretudo de bens duradouros.

De qualquer forma, a tendência de crescimento da economia, já verificada a partir de meados

de 2013, confirmou-se neste ano de 2014. De muito positivo nota-se a geração de riqueza,

cujos contributos são agora mais equilibrados. Assim, depois de três anos de retração, a

procura interna voltou a aumentar; as importações deixaram de contribuir positivamente para a

expansão, sinalizando o padrão de crescimento mais equilibrado, apoiado pelas componentes

domésticas da procura agregada; e as exportações contribuíram positivamente (embora com

efeito minorado pela interrupção da atividade de refinação).

Para 2015 espera-se um ano de consolidação de tendências, com a expansão da atividade

económica para níveis que deverão atingir cerca de 1,5%. Para este desempenho contribuirá

certamente o contributo positivo da procura interna e o regresso dos contributos favoráveis da

procura externa líquida. O rendimento das famílias deverá aumentar, por via da redução da

carga fiscal e dos aumentos de rendimentos dos funcionários públicos e pensionistas,

derivados das decisões do Tribunal Constitucional. Do lado do Investimento, esperam-se

igualmente notícias positivas, não só ao nível da Construção, mas também em Máquinas e

Equipamentos. Por fim, uma nota para o Turismo, cujo contributo para evolução da economia

nacional continuará a ter um papel fundamental na recuperação esperada.

2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas

contabilísticas adoptadas

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de

Dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas

de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de

Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º

22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização

das operações das empresas de seguros estabelecidas pela ASF.

Este plano de contas, actualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de

Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adoptados na União

Europeia, excepto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adoptados

os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As

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IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation

Committee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adoptou na preparação destas

demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do

IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2014. Esta adopção teve impacto em

termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no

entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afectando a posição financeira da

Companhia.

As demonstrações financeiras estão expressas em euros (excepto, quando indicado) e estão

preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos registados

ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes

activos e passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.

A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e

estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os

montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou

diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e

julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde

são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações

financeiras encontram-se analisadas na nota 3.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 13 de

Março de 2015.

2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação

obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2014.

Normas

IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz

parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o

conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns

sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação)

podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta norma

não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta

alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em

imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor

menos custos de vender. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações

financeiras da Companhia.

IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de

cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização

de cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como

instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou

equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção

desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

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Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define

uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à

aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem

como Entidades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser

mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS 39.

Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. A adoção desta norma não teve impacto

nas demonstrações financeiras da Companhia.

IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos

os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação,

incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios

aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma entidade

consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única

entidade, permanece inalterado. Esta norma não tem impacto nas demonstrações

financeiras da Companhia.

IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos

acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser

operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos

conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência

patrimonial). A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser

permitida. Esta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia

IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma estabelece

os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades,

como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma

a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos

interesses da Entidade. Esta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras da

Companhia.

Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que,

quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12

resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o

período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas

reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração

introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento

financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos

de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12. Esta alteração não tem impacto

nas demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na

sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e

divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e

associadas, quando a Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta

alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A

IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento

contabilístico para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos,

definindo ainda os requisitos de aplicação do método de equivalência patrimonial. Esta

alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

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2.3. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e

cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho

de 2014, ou em data posterior, e que a Companhia decidiu não adotar antecipadamente:

IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso da União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e

agregação, a apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a

divulgação das políticas contabilísticas. A Companhia irá aplicar esta alteração no início

do período anual em que esta se tornar efectiva. A mesma terá impacto ao nível das

divulgações a efectuar nas demonstrações financeiras.

IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação

permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).

Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/

amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra consideradas

adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos

associados ao ativo. É de aplicação prospectiva. Esta alteração não terá impacto nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19

aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de

benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as

contribuições são independentes do número de anos de serviço. A Companhia irá

aplicar esta alteração no início do período anual em que esta se tornar efectiva.

IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras

separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).

Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na

mensuração dos investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e

associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação

retrospetiva. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da

Companhia.

Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e

uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo

de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que na venda ou contribuição

de ativos entre um investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, o

ganho/perda apurado é reconhecido na totalidade quando os ativos transferidos

constituem um negócio, e apenas parcialmente (na quota-parte detida por terceiros)

quando os ativos transferidos não constituem um negócio. Esta alteração não terá

impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção

à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a

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uma empresa holding intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de

investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência patrimonial,

de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma entidade de

investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento

conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Esta alteração não terá impacto nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação

conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2016).Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse

numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios

da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. Esta alteração não terá impacto

nas demonstrações financeiras da Companhia.

Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8,

IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas melhorias terão impacto nas demonstrações

financeiras da Companhia, ao nível da IFRS 8 e IAS 24.

Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS

1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Apenas a melhoria na IAS 40 poderá vir a ter impacto nas contas

da Companhia.

Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19

e IAS 34. Apenas as melhorias na IFRS 7 terão impacto expectável nas divulgações futuras da

Companhia.

IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e

mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre

créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o

reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma terá

impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

2.4. Principais políticas contabilísticas adoptadas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados

nas demonstrações financeiras.

2.4.1. Reporte por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e

proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

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Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente

económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros

segmentos que operam em outros ambientes económicos.

2.4.2. Especialização de exercícios

Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,

independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas

demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.

2.4.3. Transacções em moeda estrangeira

As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio

em vigor na data em que ocorrem.

Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica

Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado

pelo Banco de Portugal.

As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data

de balanço, relativas aos activos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e

perdas do exercício.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda

estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transacção. Activos e passivos não

monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa

de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais

resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças

relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as

quais são registadas em reservas.

2.4.4. Activos tangíveis

Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a

depreciação e testes de imparidade.

Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes activos tangíveis foram

calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base

nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos

bens:

No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o

valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento

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correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16 `Activos Fixos Tangíveis’. Ao

nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil

que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos,

depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato

financeiro.

Os gastos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se for

provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as

despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é

estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de

um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em

resultados para os activos registados ao custo.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o

seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados

futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da

sua vida útil.

2.4.5. Propriedades de investimento

A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por

via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de

mensuração da IAS 40.

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo

os custos de transacção directamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor.

Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em resultados.

As propriedades de investimento não são depreciadas.

Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a Companhia

venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho inicialmente

estimado.

O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efectuada por

um avaliador independente.

Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional

reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das

quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de

empreendimentos, o ensino e a investigação.

A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,

é baseada nos seguintes métodos:

Método comparativo:

Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de transações

e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que possuam idênticas

características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma área do mercado

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imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra representativa e

credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que não se apresentem

desfasadas relativamente ao momento de avaliação.

Método dos múltiplos do Rendimento:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda

anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção, e

uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do

investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.

Método de atualização de rendas futuras:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos

financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de

investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações

com perfil de risco semelhante.

Ver adicionalmente a Nota 24.

2.4.6. Activos intangíveis

Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como activos intangíveis,

assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua

implementação.

Os gastos directamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,

relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como activos

intangíveis, de acordo com a IAS 38 `Activos Intangíveis’:

a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível

para utilização;

b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;

c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;

d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;

e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para

concluir o desenvolvimento e usar o software, e

f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu

desenvolvimento podem ser mensuradas.

Os activos intangíveis estão mensurados ao respectivo custo histórico de aquisição, sendo

sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através

de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3

anos, período que reflecte de forma razoável a vida útil estimada dos activos intangíveis.

Taxa anual

Aplicações informáticas 33,33%

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a

manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.

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2.4.7. Activos financeiros

i) Classificação

A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição

considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Activos financeiros detidos para negociação

Adquiridos com o principal objectivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui

também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.

Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de

ganhos e perdas

Esta categoria inclui os activos com derivados embutidos, designados no momento do

seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo valor

reconhecidas em resultados.

Activos financeiros a deter até à maturidade

Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma

maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e

capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes activos financeiros encontram-se

registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento

financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de

reembolsos de capital efectuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização

com base no método da taxa efectiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o

valor de reembolso.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular

o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa

efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros

estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao

valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Empréstimos concedidos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber incluem os activos financeiros não derivados com

pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado activo. São

registados neste elemento do activo os depósitos a prazo em instituições de crédito.

Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a

Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados

como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que

não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.

ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)

activos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são

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reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se

compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros referidos acima são

inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto

nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes

custos de transacção são directamente registados em resultados.

Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da

Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido

substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não

obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados

à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos.

iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os

activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados

ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.

Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no

entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao

accionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma

perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais

registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com

participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em

Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos

resultados a atribuir’.

Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor

de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii)

as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por

contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial),

conforme descrito acima.

Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo

amortizado, de acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros, valores

incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.

O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).

Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de

avaliação, tais como, a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e

realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos

de avaliação de opções parametrizados de modo a reflectir as particularidades e

circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações

de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo

valor, bem como as acções não cotadas, são registados ao custo de aquisição.

iv) Transferências entre categorias de activos financeiros

Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de

instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and

Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir que

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uma entidade transfira activos financeiros detidos para negociação para as carteiras de

activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou

para activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses activos financeiros

obedeçam às características de cada categoria.

As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de

empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade são

também permitidas.

v) Imparidade

Imparidade de títulos

A Companhia avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro,

ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros

que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo

as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre

que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que

ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital

cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para

títulos de divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos

fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser

estimado com razoabilidade.

A Companhia considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se

encontra em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas

pelo ISP:

Assim, o activo financeiro é objecto de imparidade, se:

a. Já tiver sido objecto de imparidade em exercícios anteriores; ou

b. A cotação de bolsa esteve em permanência, nos últimos 24 meses, inferior ao

valor de custo (declínio prolongado); ou

c. A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta

percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio

significativo de 50%).

O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o

valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de

imparidade, no activo, anteriormente reconhecida em resultados.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a

perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de

aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo

anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período

subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade

anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à

reposição do custo de aquisição. Esta situação acontece se o aumento for objectivamente

relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade,

excepto no caso da acções ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível

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reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de acções e

outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade

correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de

juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no activo, líquidos

de imparidade. Caso estejamos perante um activo com taxa de juro variável, a taxa de juro a

utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva

actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos

detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade

diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu

após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do

exercício.

Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa

Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em

cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final

do exercício são reflectidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro directo’.

O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos prémios por cobrar,

aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

Pensões, de base económica.

Para a constituição do ajustamento foi, em primeiro lugar, determinado qual o rácio de

anulação de recibos pendentes. Este rácio permite-nos ter uma estimativa aproximada da

probabilidade de anulação de um recibo que esteja em cobrança.

Em simultâneo foi determinada uma aproximação da margem de lucro que cada prémio em

cobrança dá à Groupama Seguros.

Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos

saldos a receber resultantes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, à

excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em

função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.

A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através

da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.

2.4.8. Outros activos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros

derivados

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade

date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros

derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa

reavaliação registados directamente em resultados do período.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.

Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo

valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado

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numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados

directamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente

relacionado com o activo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.

O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência

de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de

transacções recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em

metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em

técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o

efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade.

2.4.9. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual

da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro,

independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros incluem os depósitos recebidos de resseguradores e são registados (i)

inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii)

subsequentemente pelo maior valor entre a quantia determinada segundo a IAS 37 e a quantia

inicialmente reconhecida.

2.4.10. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes

englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da

data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de

valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.

2.4.11. Capital social

As acções são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir

dinheiro ou outros activos. Os custos incrementais directamente atribuíveis à emissão de

instrumentos de capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos,

líquida de imposto.

2.4.12. Contratos de seguro

Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro

significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro

incerto especificado o afectar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4;

Os contratos de seguro são reconhecidos e mensurados como segue:

i) Prémios

Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,

independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,

da mesma forma que os prémios brutos emitidos.

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ii) Custos de aquisição

Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração

contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de

investimento.

As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos

respectivos prémios ou renovação das respectivas apólices.

iii) Provisão para prémios não adquiridos

A provisão para prémios não adquiridos inclui a parte dos prémios brutos emitidos e

contabilizados no exercício, a imputar a exercícios seguintes, tendo sido calculada, contrato

a contrato, mediante a aplicação do método pro-rata temporis, de acordo com a Norma nº

19/94-R, com as alterações introduzidas pela Norma nº 3/96-R do ISP:

A provisão constante da demonstração da posição financeira (passivo) encontra-se deduzida

dos custos de aquisição imputados a exercícios seguintes.

iv) Provisão para sinistros

Esta provisão foi determinada como segue:

Pela avaliação individual das participações de sinistros e dos resultados das

respectivas peritagens, encontrando-se definidos, no caso do ramo automóvel,

montantes de referência mínimos para cada cobertura. No caso do ramo de acidentes

de trabalho, na parte não relativa a pensões, são igualmente avaliadas individualmente

as participações de sinistro e os resultados dos relatórios médicos periciais, estando

também definido um montante de referência mínimo.

• Pela aplicação de métodos actuariais de projecção internacionalmente aceites,

baseados em informação histórica organizada por ano de ocorrência e de

desenvolvimento. Estes métodos destinam-se a aferir da responsabilidade última por

ano de ocorrência, estabelecendo-se um montante de IBNR (determinado subtraindo a

estimativa de responsabilidade última com sinistros, aos custos totais verificados até ao

final do exercício adequado para fazer face às responsabilidades futuras com sinistros,

quer os mesmos tenham já sido participados ou não à data de fecho do exercício.

• Pela provisão matemática relativa a sinistros ocorridos, que respeita ao pagamento de

pensões vitalícias referentes ao ramo de acidentes de trabalho. Esta provisão é

calculada, sinistro a sinistro, mediante tabelas (na abertura é utilizada a TV 88-90 e no

encerramento a TD 88-90) e fórmulas estabelecidas pelo ISP, Ministério do Trabalho e

legislação laboral em vigor. A responsabilidade inerente ao incremento anual de

pensões vitalícias, por efeito da inflação, pertence ao FAT – Fundo de Acidentes de

Trabalho, fundo este que é gerido pela ASF e cujas receitas constituem as

contribuições efectuadas pelas Companhias seguradoras e pelos próprios segurados

do ramo acidentes de trabalho. A Companhia efectua o pagamento integral das

pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT.

No ano de 2014 o valor pago correspondente ao FAT foi de 1.621 euros (2013:

1.081euros).

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• Custos estimados de gestão de sinistros, correspondentes aos sinistros a regularizar.

v) Provisão para desvios de sinistralidade

A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face à sinistralidade

excepcionalmente elevada, nos ramos de seguro em que, pela sua natureza, se preveja que

aquela tenha maiores oscilações, e foi calculada do seguinte modo:

Seguro de caução – Pela aplicação ao resultado técnico da taxa de 75%, num

máximo de 25% dos prémios brutos emitidos;

Risco de fenómenos sísmicos – Pela aplicação ao capital retido pela

Companhia de um factor de risco para cada zona sísmica, definido pelo

Instituto de Seguros de Portugal.

vi) Provisão para riscos em curso

A provisão para riscos em curso corresponde ao montante necessário para fazer face a

prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o

valor dos prémios não adquiridos e dos prémios exigíveis relativos aos contratos em vigor.

De acordo com o estipulado pela ASF, o montante da Provisão para Riscos em Curso a

constituir deverá ser igual ao produto dos prémios brutos emitidos imputáveis ao(s)

exercício(s) seguinte(s) (prémios não adquiridos) e dos prémios exigíveis considerando uma

expectativa de cobrança dos mesmos e ainda não processados relativos aos contratos em

vigor, por um rácio que tem por base o somatório dos rácios de sinistralidade, despesas e

cedência, deduzidos pelo rácio de investimentos.

vii) Provisões técnicas de resseguro cedido

As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos

critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de

cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

2.4.13. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros incluem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos

correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado

de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou

substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as

diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base

fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente aprovadas, à data de

balanço em cada jurisdição e que se esperam virem a ser aplicadas quando as diferenças

temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis, com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e

passivos que não afectem quer o lucro contabilístico, quer o fiscal, e de diferenças relacionadas

com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no

futuro.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

dedutíveis, bem como para prejuízos fiscais registados em exercícios anteriores e que sejam

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ainda reportáveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no

futuro capazes de absorver as referidas diferenças.

Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados

com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também

registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos

capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda são

posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

2.4.14. Benefícios concedidos aos empregados

i) Plano de benefícios pós-emprego

Em conformidade com o anterior contrato colectivo de trabalho para o Sector Segurador,

cujo texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) nº32, de 29 de Agosto de

2008, com alterações posteriores publicadas no BTE nº 29, de 8 de Agosto de 2009, a

Companhia assumiu o compromisso de conceder aos colaboradores que iniciaram a sua

actividade neste sector até 22 de Junho de 1995, pensões de reforma por velhice e por

invalidez.

Para fazer face a esta responsabilidade, a Companhia contratualizou uma adesão colectiva

ao Fundo de Pensões Groupama (anteriormente designado por Fundo de Pensões

Groupama Seguros).

O referido plano de pensões correspondia a um plano de benefícios definidos, uma vez que

definia os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá

durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade,

anos de serviço e retribuição.

Contudo, no dia 23 de Dezembro de 2011 foi assinado um novo contrato colectivo de

trabalho (novo CCT) entre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e dois sindicatos

representativos da classe profissional (STAS e SISEP). Este novo CCT foi posteriormente

publicado no BTE n.º 2, de 15 de Janeiro de 2012.

O novo CCT veio, entre outros aspectos, alterar o plano de benefícios de reforma do anterior

CCT relativamente ao pessoal no activo, substituindo os benefícios definidos anteriormente

consagrados em contribuições definidas, aplicáveis a todos os trabalhadores no activo. De

acordo com o n.º 1 da cláusula 48ª do novo CCT, “todos os trabalhadores no activo em

efectividade de funções, com contratos de trabalho por tempo indeterminado, beneficiarão

de um plano individual de reforma, em caso de reforma por velhice ou por invalidez

concedida pela Segurança Social, o qual substitui o sistema de pensões de reforma previsto

no anterior contrato colectivo de trabalho”. Ainda de acordo com o n.º 2 da clausula 48ª “o

valor integralmente financiado das responsabilidades pelos serviços passados, calculado a

31 de Dezembro de 2011, relativo às pensões de reforma por velhice devidas aos

trabalhadores no activo, admitidos até 22 de Junho de 1995, que estavam abrangidos pelo

disposto na cláusula 51.ª, n.º 4, do CCT, cujo texto consolidado foi publicado no Boletim do

Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de Agosto de 2008, será convertido em contas individuais

desses trabalhadores, nos termos e de acordo com os critérios que estiverem previstos no

respectivo fundo de pensões ou seguro de vida, integrando o respectivo plano individual de

reforma”. Face ao exposto, o plano de benefícios definidos foi parcialmente liquidado e o

saldo das responsabilidades integralmente financiadas com activos do plano a 31 de

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Dezembro de 2011 foi transferido para um plano individual de reforma, durante o ano de

2012.

As responsabilidades da Companhia com pensões de reforma (Benefícios definidos) foram

calculadas, na data de fecho de contas, com base no Método da Unidade de Crédito

Projectada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base nas taxas

de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na

moeda em que os benefícios serão pagos, e com maturidade semelhante à data do termo

das obrigações do fundo de pensões.

Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CCT, a Companhia efectuará

anualmente contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), não apenas para os

trabalhadores do quadro permanente da Companhia, admitidos na Actividade Seguradora

antes de 22 de Junho de 1995, como também para os trabalhadores admitidos após essa

data, havendo um tratamento diferenciado entre ambos em termos de contribuições para o

PIR tendo em consideração a data de admissão na Actividade Seguradora de cada

colaborador.

Para os trabalhadores admitidos na Actividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, a

primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR

verificar-se-á em 2015, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte,

aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

Para os trabalhadores admitidos na Actividade Seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31

de Dezembro de 2009, a contribuição anual da Companhia para a conta de cada

colaborador no PIR verificar-se-á de acordo com as percentagens indicadas na tabela

seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

Para os trabalhadores admitidos na Actividade Seguradora após 1 de Janeiro de 2010, a

primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR

verificar-se-á no ano seguinte àquele em que complete dois anos de prestação de serviço

efectivo na empresa, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte,

aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

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Os participantes poderão resgatar o valor acumulado na sua conta na data da passagem à

reforma por velhice ou invalidez concedida pela Segurança Social, sendo que pelo menos

2/3 do valor total acumulado na sua conta terão de ser convertidos em renda vitalícia

imediata mensal.

Em caso de morte de um participante, o respectivo valor acumulado na sua conta deverá ser

utilizado, aquando do falecimento, em pelo menos 2/3 na aquisição de uma pensão de

sobrevivência a favor dos seus beneficiários designados ou, na falta de designação destes,

para os herdeiros legais.

Caso o participante deixar de estar ao serviço da empresa, adquire o direito a 90% do valor

acumulado na sua conta, só podendo no entanto liquida-lo na data de passagem à reforma

por velhice ou invalidez.

Existe ainda a possibilidade de transferir 90% do valor total acumulado para outra

Seguradora ou Fundo de Pensões, desde que o novo veículo de financiamento cumpra os

requisitos previstos no novo CCT e seja similar ao plano de origem.

O participante perde o direito ao valor acumulado na sua conta se a cessação do vínculo

laboral tiver ocorrido por despedimento com justa causa promovida pelo empregador com

fundamento de lesão de interesses patrimoniais da Companhia.

ii) Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)

Ao abrigo do novo CCT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos

colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma

cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos)

ou a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou

igual a 50 anos).

Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na

Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado

base efectivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados

os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é

substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com

o esquema seguinte:

a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na

Companhia;

b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na

Companhia;

c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na

Companhia.

(Ver Nota 12)

iii) Benefícios de saúde

Os colaboradores da Groupama Seguros que se encontram no activo têm direito a um

benefício de assistência médica, o qual é reconhecido como gasto (Seguro de saúde).

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20

iv) Bónus de desempenho

A Companhia adoptou em 2014 dois critérios diferentes para efectuar o cálculo da

remuneração variável, conforme a posição e responsabilidade de cada Colaborador na

estrutura organizacional da Companhia: Prémios de produtividade e Prémios por Objectivos.

Os Prémios de Produtividade, calculados exclusivamente para colaboradores com funções

comerciais, tiveram em conta as performances comerciais de cada um, tendo como base

comparativa objectivos quantitativos pré-definidos no princípio do ano.

Os Prémios por Objectivos, foram atribuídos com base em percentagens ligadas à

performance de resultados e comercial (vendas) da Companhia, adicionado de

percentagens atribuídas a objectivos individuais. Por forma a garantir uma melhor atribuição

desta remuneração, foram ainda incluídos objectivos que tiveram em conta aspectos

comportamentais, de seguimento de equipas, gestão de riscos e controlo de orçamento.

v) Seguro de vida para reformados

A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à

situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de

apólices individuais.

Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no

último salário efectivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de

vigência da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.

Durante o ano de 2014 o custo incorrido relativo a seguros de vida para reformados foi de

1.340 euros (2013: 1.674 euros).

2.4.15. Provisões, activos e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou

construtiva) (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser

feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

O montante reconhecido em provisões consiste no valor actual da melhor estimativa dos

recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada,

tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor

estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas

como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Companhia é parte integrante das

disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não são

possíveis evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo

divulgados sempre que se verifica uma possibilidade não remota de uma saída de recursos

englobando benefícios. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações

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financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um futuro fluxo económico de

recursos.

2.4.16. Reconhecimento de juros e dividendos

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis

para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da

taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também

incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros

estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um

período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando

todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais

perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de

juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados

com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais

foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são

determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente à

variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e

passivos ao justo valor através de resultados.

Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são reconhecidos

quando estabelecido o direito ao seu reconhecimento.

2.4.17. Locações

A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações

operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios

definidos na IAS 17 ‘Locações’. São classificadas como locações financeiras as operações em

que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o

locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações

operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em

custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo,

pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de

locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em

resultados e (ii) pela financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros

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são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa

de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

A Companhia apenas tem contratos de locação operacional relativos a contratos efectuados

para viaturas e equipamento informático.

2.4.18. Activos não correntes detidos para venda

Activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de

balanço for recuperado, principalmente através de uma transacção de venda (incluindo os

adquiridos exclusivamente com o objectivo da sua venda), e a venda for altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do activo como detido para venda, a mensuração

dos activos não correntes é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente,

estes activos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento

inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.

3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na

elaboração das demonstrações financeiras

As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho

de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual

o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e

julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são

divulgadas abaixo, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os

resultados reportados da Companhia. Uma descrição alargada das principais políticas

contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na Nota 2.

Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao tratamento

das políticas contabilísticas adoptadas pela Companhia, que levariam a resultados diferentes

caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. No entanto, a Companhia entende que os

julgamentos e as estimativas aplicadas são apropriados pelo que as demonstrações financeiras

apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Companhia e das suas

operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o

leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras

alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

3.1. Provisões técnicas

As responsabilidades futuras presentes decorrentes de obrigações emanadas de contratos de

seguro são registadas na rubrica provisões técnicas.

Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência passada da Companhia e do

mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for determinado que a experiência futura

venha a confirmar a sua desadequação.

As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro incluem (1) provisão para sinistros

(reportados e não reportados, incluindo as despesas de regularização respectivas), e (2)

provisão para prémios não adquiridos, (3) provisão para riscos em curso e (4) provisão para

desvios de sinistralidade.

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Quando existem sinistros, qualquer montante pago ou que se estima vir a ser pago pela

Companhia é reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões para

pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro.

Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro a Companhia

avalia periodicamente as suas responsabilidades utilizando metodologias actuariais e tomando

em consideração as coberturas de resseguro respectivas. As provisões são revistas

periodicamente pelo actuário responsável.

A Companhia calcula as provisões técnicas com base nas notas técnicas dos produtos.

Qualquer eventual alteração de critérios é devidamente avaliada para quantificação dos seus

impactos financeiros.

Qualquer eventual alteração de critérios (nomeadamente alterações nos processos de gestão

de sinistros, inflação e alterações legais) é devidamente avaliada para quantificação dos seus

impactos financeiros.

Adicionalmente, poderá existir uma diferença temporal significativa entre o momento da

ocorrência do evento seguro (sinistro) e o momento em que este evento é reportado à

Companhia. As provisões são revistas regularmente através de um processo contínuo à medida

que informação adicional é recebida e as responsabilidades vão sendo liquidadas

Ver adicionalmente a Nota 27.

3.2. Justo valor de activos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de

cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes,

semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de

avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as

condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade.

Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa

do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou diferentes pressupostos ou

julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros

diferentes daqueles reportados.

3.3. Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A

determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No

julgamento efectuado, a Companhia avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos

preços das acções. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado

ou de modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou

julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá

resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente

impacto nos resultados da Companhia.

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Ver adicionalmente as Notas 16 e 22.

3.4. Justo valor de propriedades de investimento

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo

os custos de transacção directamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor.

A valorização das propriedades de investimento faz-se mediante a consideração da ponderação

ajustada a cada caso dos valores resultantes da aplicação dos seguintes métodos:

a) Método comparativo;

b) Método dos múltiplos do rendimento;

c) Método de atualização de rendas futuras;

Alterações aos pressupostos considerados em cada um dos métodos de avaliação podem ter

um impacto significativo nos valores determinados.

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma (Benefícios definidos) requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais,

rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que possam ter impacto nos custos

e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter

um impacto significativo nos valores determinados.

Ver adicionalmente a Nota 12.

3.6. Imposto sobre lucros

A determinação dos impostos sobre lucros requer determinadas interpretações e estimativas.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre

lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever

o cálculo da matéria colectável efectuado pela Companhia durante um período de quatro anos.

Desta forma, é possível que hajam correcções à matéria colectável, resultantes principalmente

de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de

Administração da Companhia de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre

lucros registados nas demonstrações financeiras.

4. Reporte por segmentos

A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio. Relativamente a

este segmento, efectuar-se-á o relato da informação, considerando os ramos mais

significativos, pelos seguintes segmentos: acidentes e doença, incêndio e outros danos e

automóvel.

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Existem ainda mais dois segmentos, como segue:

• Outros – incluí os restantes ramos que, individualmente, representam menos de 10%

dos activos totais ou do resultado líquido do exercício, e que no conjunto não

representam mais de 25% destes indicadores.

• Não técnicos / não alocados – inclui os valores não alocados a nenhum ramo

específico.

No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal, pelo

que existe apenas um segmento de negócio.

Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013

2014Acidentes e

doença

Incêndio e

outros danosAutomóvel Outros Não técnicos Total

Prémios adquiridos l íquidos de resseguro 10.861.371 2.854.471 3.179.427 166.138 17.061.407

Custos com s inis tros , l iquidos de resseguro -8.822.246 -1.911.273 -1.967.156 -7.159 -12.707.834

Variação provisões técnicas 9.432 101.378 331.369 -505 441.673

Provisão para ri scos em curso (variação) 9.432 174.702 331.369 515.503

Provisão para desvios de s inis tra l idade (variação) -73.324 -505 -73.829

Participação nos resultados atribuída

Custos e gastos de exploração l íquidos -2.952.704 -1.063.290 -1.158.914 -93.516 -5.268.425

Resultado financeiro 347.062 454.573 617.690 50.930 -8.819 1.461.437

Rendimentos 282.856 299.607 424.911 34.436 9.951 1.051.761

Gastos de investimentos -139.015 -99.503 -168.114 -12.754 -18.770 -438.156

Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros não

va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas -19.388 -24.452 -34.679 -2.810 -81.330

Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros

va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 1.651 484 687 56 2.877

Ganhos l íquidos pela venda de activos não financeiros

que não estejam class i ficados como activos não

correntes detidos para venda e unidades operacionais

descontinuadas 220.958 278.437 394.886 32.003 926.284

Perdas de imparidade (l iquidas de reversão)

Outros rendimentos/gastos técnicos , l iquidos de resseguro 27.768 1.297 -571 177 28.672

Outros rendimentos/gastos 137.323 137.323

Resultado antes de impostos -529.317 437.157 1.001.844 116.065 128.505 1.154.254

Impostos -33.810

Resultado líquido do exercicio 1.120.444

2013Acidentes e

doença

Incêndio e

outros danosAutomóvel Outros Não técnicos Total

Prémios adquiridos l íquidos de resseguro 10.787.981 2.993.288 3.513.878 177.785 17.472.933

Custos com s inis tros , l iquidos de resseguro -8.723.275 -1.955.337 -2.667.397 -43.964 -13.389.973

Variação provisões técnicas -123.764 -131.914 -296.090 1.641 -550.127

Provisão para ri scos em curso (variação) -123.764 -57.740 -296.090 6.425 -471.168

Provisão para desvios de s inis tra l idade (variação) -74.174 -4.784 -78.959

Participação nos resultados atribuída

Custos e gastos de exploração l íquidos -2.956.998 -1.260.552 -1.431.347 -83.176 -5.732.073

Resultado financeiro 177.594 147.573 191.150 13.785 -12.702 517.400

Rendimentos 338.922 253.365 371.235 27.227 9.861 1.000.611

Gastos de investimentos -164.247 -108.212 -183.631 -13.703 -22.562 -492.355

Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros não

va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 2.657 2.457 3.600 264 8.978

Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros

va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 263 -38 -55 -4 166

Ganhos l íquidos pela venda de activos não financeiros

que não estejam class i ficados como activos não

correntes detidos para venda e unidades operacionais

descontinuadas

Perdas de imparidade (l iquidas de reversão)

Outros rendimentos/gastos técnicos , l iquidos de resseguro -1.382 1.925 -465 135 214

Outros rendimentos/gastos 167.293 167.293

Resultado antes de impostos -839.843 -205.017 -690.270 66.206 154.592 -1.514.332

Impostos 363.456

Resultado líquido do exercicio -1.150.876

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Os ativos e passivos da Groupama Seguros distribuem-se, por segmento, da seguinte

forma, em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013:

2014Acidentes e

doença

Incêndio e

outros danosAutomóvel Outros Alocados Não alocados Total

Provisões técnicas 4.914.795 3.671.936 5.207.630 422.040 14.216.401 14.216.401

Provisão para s inis tros 3.389.072 1.814.776 3.680.785 353.481 9.238.114 9.238.114

Provisão para prémios não adquiridos 1.078.657 1.147.024 1.408.393 34.331 3.668.404 3.668.404

Provisão para riscos em curso 447.066 5.614 118.452 571.132 571.132

Provisão para desvios de s inis tra l idade 704.522 34.228 738.751 738.751

Outros pass ivos 4.725.114 4.725.114

Capita l próprio 12.670.820 12.670.820

Total capital próprio e passivo 4.914.795 3.671.936 5.207.630 422.040 14.216.401 17.395.935 31.612.335

Caixa e equiva lentes 138.584 174.635 247.671 20.072 580.962 580.962

Terrenos e edi fícios 2.654.978 3.345.630 4.744.856 384.536 11.130.000 478.860 11.608.860

Activos financeiros detidos para negociação 930.188 542.772 769.773 62.384 2.305.117 2.305.117

Activos financeiros disponíveis para venda 4.112.620 2.978.738 4.224.519 342.366 11.658.243 11.223 11.669.466

Outros activos tangíveis 18.412 23.202 32.905 2.667 77.186 308.745 385.931

Outros activos 371.748 468.453 664.372 53.842 1.558.415 3.503.583 5.061.998

Total do activo 8.226.530 7.533.429 10.684.097 865.868 27.309.924 4.302.411 31.612.335

2013Acidentes e

doença

Incêndio e

outros danosAutomóvel Outros Alocados Não alocados Total

Provisões técnicas 6.527.954 4.107.917 6.018.986 441.449 17.096.306 17.096.306Provisão para s inis tros 5.052.982 2.121.542 4.131.101 367.300 11.672.924 11.672.924

Provisão para prémios não adquiridos 1.018.474 1.174.861 1.438.064 40.426 3.671.825 3.671.825Provisão para riscos em curso 456.498 180.316 449.821 1.086.635 1.086.635

Provisão para desvios de s inis tra l idade 631.198 33.723 664.922 664.922Outros pass ivos 3.759.080 3.759.080

Capita l próprio 11.383.134 11.383.134Total capital próprio e passivo 6.527.954 4.107.917 6.018.986 441.449 17.096.306 15.142.214 32.238.519

Caixa e equiva lentes 77.503 68.999 101.098 7.415 255.015 255.015Terrenos e edi fícios 2.949.258 2.720.181 3.985.653 292.319 9.947.411 499.454 10.446.864

Activos financeiros detidos para negociação 806.053 806.053 806.053

Activos financeiros class i ficados no reconhecimento

inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas636 587 860 63 2.146 2.146

Activos financeiros disponíveis para venda 4.404.640 2.398.572 3.514.427 257.758 10.575.397 11.223 10.586.620

Activos a deter até à maturidade 629.847 580.925 851.181 62.428 2.124.382 2.124.382Outros activos tangíveis 28.230 26.038 38.151 2.798 95.216 380.866 476.082

Outros activos 985.406 908.867 1.331.687 97.670 3.323.630 4.217.728 7.541.358Total do activo 9.881.574 6.704.168 9.823.057 720.450 27.129.249 5.109.270 32.238.519

5. Prémios adquiridos líquidos de resseguro

Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são como segue:

2014 2013

Prémios brutos emitidos 18.640.441 18.543.294

Prémios de resseguro cedido -1.570.920 -1.503.929

Prémios brutos, líquidos de resseguro 17.069.521 17.039.365

Variação da provisão para prémios não adquiridos , l íquida de resseguro 8.114 -433.568

Prémios adquiridos, líquidos de resseguro 17.061.407 17.472.933

Os prémios brutos emitidos por segmento de negócio são como segue:

Ramos 2014 2013

Acidentes e doença 11.341.251 10.955.570

Incêndio e outros danos 3.332.945 3.418.065

Automóvel 3.784.751 3.963.259

Outros 181.493 206.401

Total 18.640.441 18.543.294

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6. Custos com sinistros líquidos de resseguro

Os custos com sinistros líquidos de resseguro são analisados como segue:

2014 2013

Seguro Directo 12.992.199 14.588.766

Montantes pagos 15.356.960 13.605.832

Prestações 14.173.861 12.615.763

Custos de gestão de s inis tros imputados (Nota 11) 1.183.098 990.069

Provisão para s inis tros (variação) -2.364.760 982.934

Resseguro cedido 284.365 1.198.793

Montantes pagos 2.168.348 119.158

Provisão para s inis tros (variação) -1.883.983 1.079.635

Custos com sinistros, líquidos de resseguro 12.707.834 13.389.973

O rácio de sinistralidade é obtido dividindo os custos com sinistros (incluindo os custos de

gestão imputados) pelos prémios adquiridos, conforme quadro anexo:

Rácio de sinistralidade, valor bruto de resseguro 2014 2013 2012

Acidentes de trabalho 67,3% 66,4% 73,7%

Automóvel 51,6% 58,8% 64,9%

Incêndio e outros danos 65,3% 62,2% 49,8%

Acidentes pessoais e doença 79,7% 92,6% 78,4%

Responsabi l idade civi l gera l 7,9% 21,3% 134,9%

Transportes -7,0% 38,9% 4,3%

Diversos 0,4% 0,2% 0,0%

Total 69,7% 76,9% 70,3%

Rácio de sinistralidade, valor líquido de resseguro 2014 2013 2012

Acidentes de trabalho 75,2% 71,3% 78,2%

Automóvel 61,9% 75,9% 78,1%

Incêndio e outros danos 67,0% 65,3% 59,9%

Acidentes pessoais e doença 82,0% 82,2% 80,0%

Responsabi l idade civi l gera l 8,4% 25,3% 71,3%

Transportes -10,1% 56,3% 5,6%

Diversos 0,5% 0,3% 0,0%

Total 74,5% 76,6% 75,9%

Outros rácios:

2014 2013 2012

28,4% 30,3% 30,4%

98,1% 107,2% 100,7%

94,8% 104,5% 98,0%

Despesas (custos de exploração / prémios adq)

Combinado (s inistros + custos exploração / prémios adq)

Operacional (s inistros + custos de exploração - rendimentos +(-) resseguro / prémios adq)

Rácios

7. Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro

As outras provisões técnicas, líquidas de resseguro, são analisadas como segue:

2014 2013

Provisão para desvios de s inistral idade 73.829 78.959

Provisão para riscos em curso -515.503 471.168

Total -441.673 550.127

Ver Nota 27.

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8. Custos e gastos de exploração líquidos

Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como segue:

2014 2013

Custos de aquisição 3.827.439 3.915.466

Remunerações de mediação 1.754.466 1.761.502

Custos imputados à função aquis ição (Nota 11) 1.731.144 1.796.895

Outros custos de aquis ição 341.829 357.069

Custos de aquisição diferidos (variação) -1.960 42.341

Gastos administrativos 1.466.405 1.796.767

Remunerações de mediação 232.119 223.523

Custos imputados à função administrativa (Nota 11) 1.234.287 1.573.243

Comissão e participação nos resultados de resseguro -23.459 -22.501

Custos e gastos de exploração líquidos 5.268.425 5.732.073

Os custos por natureza (custos indirectos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e

posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a Custos de aquisição, a

Gastos administrativos, a Custos com sinistros e a Custos com gestão de investimentos (ver

Nota 11).

A metodologia de imputação utilizada para 2014 foi consistente com aquela adoptada em 2013.

9. Rendimentos

Os rendimentos por categoria de activos financeiros são analisados como segue:

Rendimentos 2014 2013

De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de

ganhos e perdas 444.630 497.460

Activos financeiros disponíveis para venda 444.385 390.798

Juros 457.019 435.650

Amortização à taxa efectiva -12.634 -44.852

Activos a deter até à maturidade 106.496

Juros 105.981

Amortização à taxa efectiva 515

Depós itos em insti tuições de crédito 245 165

Juros 245 165

Outros 607.131 503.151

Activos financeiros disponíveis para venda 8.921 9.115

Dividendos 8.921 9.115

Terrenos e Edi fícios 597.180 493.290

Rendimento 597.180 493.290

Outros 1.030 746

Total 1.051.761 1.000.611

10. Gastos financeiros

A rubrica de gastos financeiros respeita aos custos imputados à função investimentos.

Ver Nota 11.

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11. Custos por natureza imputados

Os gastos por natureza são imputados por função como segue:

2013

Conta

técnica

Conta não

técnicaTotal Total

Custos de aquis ição (Nota 9) 1.731.144 1.731.144 1.796.895

Custos administrativos (Nota 9) 1.234.287 1.234.287 1.573.243

Custos com s inistros (Nota 6) 1.183.098 1.183.098 990.069

Custos de gestão de investimentos (Gastos

Financeiros - Nota 11) 419.386 18.770 438.156 492.355

Total 4.567.915 18.770 4.586.684 4.852.562

2014Custos por função

A desagregação dos gastos por natureza é como segue:

2014 2013

Custos com pessoal 1.961.028 2.470.200

Fornecimentos e serviços externos 2.122.520 1.941.464

Trabalhos especia l i zados 1.527.019 1.295.833

Rendas e a lugueres 207.943 249.581

Comunicações 107.973 83.414

Conservação e reparação 30.402 97.742

Publ icidade e propaganda 49.697 27.885

Des locações , estadas e despesas de representação 24.557 27.508

Impressos , l ivros e documentação técnica 11.588 15.358

Materia l de escri tório 11.097 5.325

Quotizações 15.789 15.698

Custos com cobranças de prémios 24.576 32.544

Seguros 25.578 25.792

Custos com trabalho independente 1.722 10.365

Electricidade 13.916 12.819

Combustíveis 19.657 24.581

Limpeza, higiene e conforto 9.303 11.946

Outros 41.703 5.075

Impostos e taxas 97.417 89.213

Amortizações/depreciações e imparidade do exercício 383.880 327.631

Activos intangíveis 273.136 211.724

Imóveis de serviço próprio 20.593 20.593

Activos tangíveis 90.151 95.314

Juros suportados 14

Comissões 21.839 24.041

Total 4.586.684 4.852.562

A política de rigor e controlo de custos implementada na Companhia teve um reflexo importante

nos gastos gerais da Companhia. O decréscimo verificado nos gastos gerais em 2014 foi de

5,5%, tendo já ocorrido uma diminuição de 9,9% em 2013. A análise efetuada contempla os

gastos de reestruturação reconhecidos em 2012 e 2013.

Os serviços prestados pelos Revisores Oficiais de Contas são registados na rubrica de

trabalhos especializados. Os honorários com o Revisor Oficial de Contas ascenderam a 34.000

euros (2013: 32.500 euros), sendo este montante referente à emissão da Certificação Legal das

Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos pela ASF e emissão de inter- Office para a

consolidação com a casa-mãe.

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O acréscimo verificado na rúbrica de trabalhos especializados está essencialmente relacionado

com o incremento do custo com gestão de sinistros (acréscimo de 140 milhares de euros) e do

custo com aplicações informáticas (acréscimo 119 milhares de euros).

Os gastos com o pessoal decompõem-se como segue:

2014 2013

Remunerações

dos orgãos socia is 37.121 273.756

do pessoal 1.435.260 1.368.720

Encargos sobre remunerações 300.392 330.839

Beneficios pós emprego 22.554 4.373

planos de contribuição definida 22.456 4.323

planos de benefícios definidos 98 50

outros benefícios pós emprego

Beneficios de cessação de emprego

Seguros obrigatórios 50.107 87.813

Gastos acção social -3.748 205.913

Outros gastos pessoal 17.615 25.377

Estimativa de bónus 101.726 173.409

Total 1.961.028 2.470.200

Na rúbrica Gastos acção social, já não se verificam as indemnizações pagas no âmbito da

reestruturação. (2013: 175.597 euros).

A remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento,

direcção e controlo da Companhia, encontra-se detalhada no quadro abaixo:

2014 2013

Conselho de Administração

Presidente

Remuneração e outros benefícios

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Administrador

Remuneração e outros benefícios 231.187

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis 61.725

Presidente da mesa da Assembleia Geral

Remuneração e outros benefícios

Conselho Fiscal

Presidente

Remuneração e outros benefícios

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Vogal

Remuneração e outros benefícios 5.854 5.820

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Directores

Remuneração e outros benefícios 185.051 198.788

Benefícios pós emprego 51.451 49.683

Remunerações variáveis 11.000 26.650

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No final de 2013 saiu o administrador que estava ao serviço da Companhia.

Durante o exercício de 2014 a Companhia teve, em média, 43 trabalhadores ao seu serviço

(2013: 44 trabalhadores), distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:

Categoria profissional 2014 2013

Director Gera l Adjunto 1

Director de Serviços 2 2

Chefe de Serviços 3 3

Coordenador de Zona 2 2

Chefe de Secção 3 3

Programador 3 3

Técnico Grau II 1 1

Técnico Grau I 6 6

Secretário 2 2

Subchefe de Secção 5 5

Ass is tente Comercia l 2 2

Escri turário 13 13

Escri turário Estagiário 1 1

TOTAL 43 44

12. Benefícios concedidos a empregados

A 31 de Julho de 2013, os fundos de pensões da Groupama Seguros de Vida, S.A. e da

Groupama Seguros, S.A., passaram a estar incorporados num único Fundo de Pensões,

denominando-se Fundo de Pensões Groupama. Na mesma data foi transferida a gestão do

Fundo de Pensões para a SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA.

O plano de pensões está de acordo com o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para a

Atividade Seguradora, de 23 de dezembro de 2011, cujo texto foi publicado no Boletim do

Trabalho e do Emprego (BTE) n.º 2, de 15 de janeiro de 2012 (adiante designado por Novo

CCT) que substitui o CCT para a Atividade Seguradora, cujo texto consolidado foi publicado no

BTE n.º 32, de 29 de agosto de 2008 (adiante designado Anterior CCT).

O Novo CCT vincula os Associados, bem como todos os seus trabalhadores do quadro

permanente.

Implementou-se um plano de contribuição definida de acordo com o estabelecido no Novo CCT,

a partir de 1 de janeiro de 2012, o qual substitui o sistema de pensões de reforma de benefício

definido previsto no Anterior CCT.

O Fundo de Pensões mantem os atuais beneficiários, garantindo o financiamento integral das

responsabilidades com pensões em pagamento assim como as respetivas atualizações que se

vierem a verificar.

A primeira contribuição anual do empregador para o plano individual de reforma verificar-se-á:

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a) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora antes de 22 de Junho

de 1995 — no ano de 2015;

b) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora no período

compreendido entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009 — no ano de

2012;

c) Para os trabalhadores no activo admitidos depois de 1 de Janeiro de 2010 — no ano

seguinte àquele em que completem dois anos de prestação de serviço efectivo na

empresa.

Deste modo, o Fundo de Pensões passou a financiar dois planos de pensões, sendo um de

benefício definido (para os pensionistas que já se encontravam nesta situação no antigo plano)

e outro de contribuição definida (para os trabalhadores no activo, admitidos na actividade

seguradora antes de 22 de Junho de 1995), complementares e independentes do regime

público da Segurança Social. Para os trabalhadores admitidos na actividade seguradora após

essa data, as contribuições são efectuadas para uma apólice.

12.1. Plano de benefício definido

Anualmente, é realizada uma avaliação actuarial para o plano de pensões de benefício definido,

de forma a monitorizar a performance e adequação dos activos financeiros face às

responsabilidades do plano.

Os principais pressupostos considerados nos estudos actuariais a 31 de Dezembro de 2014,

2013 e 2012 são:

2014 2013 2012

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90

Taxa prevista de desconto

Até 65 anos N/A N/A N/A

Após 65 anos 3,00% 3,00% 3,00%

Taxa de prevista de crescimento dos activos do plano 3,00% 3,00% 4,00%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00% 1,00%

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4.14, a taxa de desconto utilizada

para estimar as responsabilidades com pensões de reforma, compara-se às taxas de mercado

à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating de elevada qualidade.

A população de participantes do plano de pensões de benefício definido da Companhia inclui os

beneficiários já reformados provenientes do plano de benefício definido do anterior CCT e visa

garantir exclusivamente o pagamento de pensões de reforma por velhice ou invalidez. A

população do plano é decomposta como se segue:

Pensionistas 2014 2013

Velhice 1 1

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A 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os montantes reconhecidos em balanço podem ser

analisados como segue:

(Débito) / Crédito 2014 2013

(Activos) / Pass ivos a receber ou entregar em 1 de Janeiro -53.263 -49.691

(Ganhos) / Perdas actuaria is nas responsabi l idades -202 -847

(Ganhos) / Perdas actuaria is no fundo -566 422

Encargos do ano:

Custo dos juros 1.644 1.713

Retorno esperado dos activos do plano -3.242 -3.252

Diferença para va lor contabi l i zado 1.446 -1.608

Activos em 31 de Dezembro -54.183 -53.263

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma pode ser analisada como segue:

2014 2013

Responsabilidades em 1 de Janeiro 54.815 57.089

Custo dos juros 1.644 1.713

(Ganhos) / Perdas actuaria is nas responsabi l idades -202 -847

Benefícios pagos pela Companhia -3.140 -3.140

Responsabilidades em 31 de Dezembro 53.117 54.815

O detalhe dos ganhos/perdas atuariais pode ser analisado como se segue:

Justificação dos ganhos atuariais * 2014 2013

Alteração formúla de cálculo 593

Mortal idade 202 -320

Atual ização das pensões 574

Total Ganhos e perdas atuaria is 202 847

* Informação requerida através da norma IAS 19 Revista

A evolução dos ativos do fundo de pensões pode ser analisada como segue:

2014 2013

Saldo do fundo em 1 de Janeiro 108.078 108.388

Retorno esperado dos activos do plano 3.242 3.252

Ganhos / (Perdas) actuaria is 565 -422

Beneficios pagos pela companhia -3.140 -3.140

Total 108.745 108.078

A carteira de ativos do Fundo de Pensões, é composta da seguinte forma (por classe de ativo):

Valor % Valor %

Títulos rendimento variável 3.946 3,6% 15.725 14,5%

Títulos rendimento fixo 37.209 34,2% 80.760 74,7%

Outros 67.590 62,2% 11.593 10,7%

Total 108.745 100,0% 108.078 100,0%

2014 2013

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A Companhia não utiliza ativos do Fundo de Pensões. Contudo, os ativos do Plano incluem

unidades de participação do grupo (Groupama), que se podem analisar como segue:

2014 2013

Groupama Credit Euro LT - IC 11.725 11.873

Groupama Avenir Euro - I 5.073

Groupama US Stock - I 527

Groupama As ie - I 1.319 502

Total 13.043 17.975

A taxa de rentabilidade do Fundo pode ser analisada como segue:

2014 2013

Valor dos ativos do plano 108.745 108.078

Taxa de rendibi l idade dos ativos do plano 3,56% 6,38%

A evolução dos desvios actuariais diferidos no capital próprio (Outras reservas) pode ser

analisada como segue:

2014 2013

(Ganhos)/perdas actuaria is reconhecidos no SORIE em 1 de Janeiro -45.205 -45.205

(Ganhos)/perdas actuaria is do ano -767 -425

nas responsabi l idades -202 -847

nos activos do plano -565 422

Outros efei tos , incluindo variação de imposto di ferido -5.471 425

(Ganhos)/perdas actuariais reconhecidos no SORIE em 31 de Dezembro (Nota 34) -51.443 -45.205

A evolução do excesso de activos face às responsabilidades pode ser analisada como segue:

2014 2013

Responsabi l idades em 31 de Dezembro 53.117 54.815

Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 108.745 108.078

(Excesso) / Insuficiência do Fundo -55.628 -53.263

O impacto na conta de ganhos e perdas, pode ser analisado como segue:

2014 2013

Custo de juros 1.644 1.713

Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direi tos de reembolso -3.242 -3.252

Total de impactos no Ganhos e Perdas -1.598 -1.539

A evolução das responsabilidades e saldos do fundo nos últimos 4 anos é analisada como

segue:

2014 2013 2012 2011

Valor presente da obrigação de benefícios definidos 53.117 54.815 57.089 234.774

Justo valor dos activos do plano 108.745 108.077 108.388 277.171

Défice/(excedente) do plano -55.628 -53.262 -51.299 -42.397

Ajustamentos de experiência resultantes dos pass ivos do plano -202 -847 -282 -63.428

Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano 566 -422 8.007 -25.261

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12.2. Plano de contribuição definida

O plano de contribuição definida visa garantir o pagamento de pensões complementares de

reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência imediata. Este plano tem como base

o Plano Individual Reforma (PIR) previsto no novo CCT. O PIR teve início em 1 de Janeiro de

2012, sendo o financiamento deste plano obtido através de um fundo de pensões e de uma

apólice de seguro da Groupama seguros de Vida.

Fundo de pensões

São participantes do fundo todos os trabalhadores do quadro de pessoal permanente que

tenham sido admitidos na actividade seguradora antes de 22 de Junho de 1995. A 31 de

Dezembro de 2014 o fundo é composto por 15 participantes.

A primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada participante do PIR verificar-

se-á em 2015.

No final do ano, o valor do PIR é o seguinte:

31/12/2014 31/12/2013

15 Participantes 210.517 203.284

A entidade gestora do fundo de pensões garante o capital inicial entregue e todas as entregas

anuais para o PIR.

Apólice de Seguro

São participantes da Apólice Reforma Segura XXI os trabalhadores admitidos na actividade

seguradora após 22 de Junho de 1995. A 31 de Dezembro de 2013 a apólice é composta por

31 participantes.

Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CCT, a Companhia efectuará anualmente

contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), de valor correspondente às

percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do

trabalhador:

A contribuição do ano para esta apólice ascendeu a 22.456 euros (2013: 4.323 euros). Esta

apólice garante o capital entregue para cada beneficiário, bem como uma taxa de 2%.

De assinalar que, nos termos do disposto na alteração ao CCT publicada no BTE de 8 de

Dezembro de 2014, a Companhia efectuou no final de 2014 uma contribuição extraordinária

para o plano individual de reforma dos trabalhadores no valor correspondente a 1,25% do

salário anual auferido no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2014, no valor de:

9.827,36 euros.

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12.3. Outros benefícios de longo prazo

Ao abrigo do novo CCT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos

colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma

cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou

a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou igual a

50 anos).

Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na

Companhia, terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado

efectivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados os

períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é

substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com o

esquema seguinte:

a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;

b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na

Companhia;

c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na

Companhia.

Em 2014, existiam sete colaboradores elegíveis para receber o prémio de permanência, destes,

seis cumpriam os requisitos, tendo sido atribuído um prémio no valor total de 6,771 euros

(2013: 1.702 euros).

Para o pagamento de prémios de permanência futuros, foi constituída uma provisão no valor de

18.299 euros (2013: 18.845 euros).

12.4. Benefícios de curto prazo

Ver Nota 11.

12.5. Benefícios por cessação de emprego

Ver Nota 11.

13. Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor

através ganhos e perdas

Os ganhos líquidos de activos disponíveis para venda são analisados como segue:

2014 2013

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Activos financeiros disponíveis para venda 2.719 -84.050 -81.330 79.351 -70.373 8.978

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 2.719 -84.050 -81.330 21 -227 -207

De emissores públ icos 2.719 -84.050 -81.330 21 -227 -207

Outros títulos de rendimento variável 79.330 -70.146 9.185

Total 2.719 -84.050 -81.330 79.351 -70.373 8.978

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo

valor através de ganhos e perdas

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14. Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através

ganhos e perdas

Os ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação e classificados

no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas são analisados como

segue:

2014 2013

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Activos financeiros detidos para negociação 2.890 2.890 603 603

Outros títulos de rendimento variável 2.890 2.890 603 603

Activos financeiros ao justo va lor através de ganhos e perdas no

reconhecimento inicia l -13 -13 -437 -437

Outros títulos de rendimento variável -13 -13 -437 -437

Total 2.890 -13 2.877 603 -437 166

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo

valor através de ganhos e perdas

15. Ganhos líquidos de ativos não financeiros que não estejam classificados como ativos

não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

16. Perdas de imparidade, líquidas de reversão16. Perdas de imparidade,

2014 2013

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Edificíos de Rendimento 1.253.055 326.771 926.284

Total 1.253.055 326.771 926.284

Ganhos líquidos de ativos não financeiros que não esteja, classificados

como ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais

descontinuadas

16. Perdas de imparidade, líquidas de reversão

Entre 2014 e 2013, a imparidade evoluiu da seguinte forma:

Evolução da imparidade 2014 2013

Saldo inicial 79.330

Reforço

Libertação por venda -79.330

Saldo final

No ano de 2014, não existia em carteira nenhum activo sujeito a imparidade.

17. Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro

Os outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro, são analisados como segue:

2014 2013

Gastos

Comissão de angariação -557

Outros -2.903 -2.351

Total gastos -2.903 -2.908

Rendimentos

Comissão de gestão de co-seguro 2.027 3.082

Outros rendimentos técnicos 29.548 41

Total rendimentos 31.575 3.122

Outros Rendimentos/Gastos Técnicos Liquidos de Resseguro 28.672 214

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18. Outros rendimentos/gastos

A rubrica de Outros Rendimentos/Gastos tem a seguinte decomposição:

2014 2013

Gastos

Valores em contencioso 127

Serviços bancários -12.850 -15.312

Perdas activos tangíveis -32.718

Reforço do a justamento de recibos por cobrar (Nota 28) -11.661 9.774

Outros gastos -5.941 -4.605

Total gastos -30.452 -42.734

Rendimentos

Condomínio dos imóveis arrendados 109.720 103.626

Reestruturação 74.000

Anulação de cheques 31.338 28.231

Regularizaçãode sa ldos de outros devedores com antiguidade 24.503

Outros rendimentos 2.215 4.169

Total rendimentos 167.776 210.027

Outros Rendimentos/Gastos 137.323 167.293

19. Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

2014 2013

Numerário 21.630 2.225

Depós itos bancários imediatos mobi l i zaveis 559.332 252.790

Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 580.962 255.015

Depós itos bancários imediatamente mobi l i zaveis

Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem e depósitos a

prazo considerados na Demonstração de Fluxos de Caixa 580.962 255.015

20. Activos financeiros detidos para negociação

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

Negociação 2014 2013

Outros títulos de rendimento variável 2.305.117 806.053

Unidades de participação de fundos de investimento mobi l iário 2.305.117 806.053

Valor de balanço 2.305.117 806.053

Valor de aquisição 2.303.787 805.344

Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS7, estes instrumentos financeiros

encontram-se inseridos no Nível 1 (ver Nota 36).

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21. Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de

ganhos e perdas

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

Fair Value Option 2014 2013

Outros títulos de rendimento variável 2.146

Unidades de participação de fundos de investimento mobi l iário 2.146

Valor de balanço 2.146

Valor de aquisição 2.957

Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS7, estes instrumentos financeiros

encontram-se inseridos no Nível 3 (ver Nota 36).

22. Activos disponíveis para venda

Os instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são como segue:

Positiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De dívida públ ica 4.886.108 320.523 5.206.631 89.524 5.296.155

De emissores públ icos 679.538 65.066 744.604 12.195 756.799

De outros emissores 4.125.209 306.377 4.431.587 90.856 4.522.443

Acções 11.223 11.223 11.223

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 9.702.078 691.966 10.394.044 192.575 10.586.620

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De dívida públ ica 4.497.367 383.236 4.880.603 90.286 4.970.890

De emissores públ icos 675.202 72.528 747.729 12.195 759.925

De outros emissores 5.503.554 306.755 5.810.310 117.119 5.927.429

Acções 11.223 11.223 11.223

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 10.687.346 762.520 11.449.866 219.600 11.669.466

Juro decorridoValor

contabilistico

Reserva de justo valorCusto

Amortizado ( 1)Imparidade Justo Valor

(1) Ou custo de aquisição no caso de acções e outros títulos de rendimentos variável

Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS7, todos os activos disponíveis para

venda encontram-se inseridos no Nível 1, à exceção do montante relativo à exposição a ações

que se encontra classificado como nível 3 (ver Nota 36).

Os movimentos ocorridos em 2014 e 2013 nas perdas por imparidade nos activos financeiros

disponíveis para venda encontram-se detalhados na Nota 16.

23. Investimentos a deter até à maturidade

A decomposição dos investimentos a deter até à maturidade é a seguinte:

2014 2013

Valor de Balanço Justo Valor Valor de Balanço Justo Valor

Investimentos a deter até à Maturidade 2.124.382 2.190.979

No exercício de 2014, a Groupama Seguros procedeu à transferência de investimentos a deter

até à maturidade para investimentos disponíveis para venda. À data de 31 de Dezembro de

2014, o justo valor dos ativos transferidos era de 1.679.190 euros e o custo amortizado de

1.593.580, conforme informação a seguir apresentada.

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Valor de balanço Justo ValorCusto

Amortizado

Reserva de

reavaliação

Alisamento

(resultados)Juro (resultados)

Investimentos a deter até à Maturidade 1.679.190 1.679.190 1.593.580 85.610 -833,08 31.082

Esta transferência foi devida à alteração da intenção da Companhia em manter os ativos até à

respectiva maturidade. Como consequência, a Companhia não poderá classificar ativos como

investimentos a deter até à maturidade até ao final do exercício de 2016.

24. Terrenos e edifícios

O movimento ocorrido em terrenos e edifícios, no exercício de 2014, pode ser analisado como

segue:

De rendimento Saldo inicialReavaliações e perdas

por imparidadeSaldo final

Terrenos e edifícios 9.947.411 1.182.589 11.130.000

Saldo final

Valor bruto Depreciação acumulada Valor líquido Valor brutoDepreciação

acumuladaValor líquido

Terrenos e edifícios 858.437 -358.984 499.454 858.437 -379.577 478.860

De serviço próprioSaldo inicial

De serviço próprio Saldo inicial Depreciações Saldo final

Terrenos e edifícios 499.454 -20.593 478.860

O movimento ocorrido em terrenos e edifícios, no exercício de 2013, pode ser analisado como

segue:

De rendimento Saldo inicialReavaliações e perdas

por imparidadeSaldo final

Terrenos e edi fícios 9.947.411 9.947.411

Saldo final

Valor bruto Depreciação acumulada Valor líquido Valor brutoDepreciação

acumuladaValor líquido

Terrenos e edifícios 858.437 -338.390 520.047 858.437 -358.984 499.454

De serviço próprioSaldo inicial

De serviço próprio Saldo inicial Depreciações Saldo final

Terrenos e edifícios 520.047 -20.593 499.454

O justo valor dos imóveis de serviço próprio ascende a 576.000 euros, de acordo com a última

avaliação efetuada por um perito independente em 2014.

As propriedades de investimento são avaliadas regularmente por avaliadores independentes.

Em 2014, o resultado da avaliação teve um impacto positivo de 926 milhares de euros. A

avaliação foi efetuada pela consultora CBRE, à data de 3 de Dezembro de 2014 com base no

método dos múltiplos do rendimento. Foram ainda reconhecidas benfeitorias no ano no

montante de 257 milhares de euros.

Em 2013 foi utilizado um modelo interno, relativamente ao valor dos imóveis de serviço próprio

e ao valor das propriedades de investimento, de modo a demonstrar que os valores obtidos na

última avaliação independente ainda se encontravam adequados face às condições de mercado

à data, tendo-se concluído a essa data, pela manutenção do seu valor.

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A Groupama Seguros obteve no exercício de 2014, um valor total de rendas de imóveis de

rendimento de 597.180 euros (2013: 493.290 euros) tendo registado em 2014 custos com estes

mesmos imóveis, no valor de 304.636 euros (2013: 268.456 euros), onde estão incluídos custos

de conservação, condomínio, IMI, entre outros.

25. Outros activos tangíveis

Os movimentos ocorridos durante os anos de 2014 e 2013 são analisados como segue:

Valor bruto DepreciaçõesValor

liquidoReforço Regularizações Valor bruto Depreciações

Valor

liquido

Equipamento administrativo 222.681 169.216 53.465 12.863 222.681 182.079 40.602

Máquinas e ferramentas 20.841 20.841 20.841 20.841

Equipamento informático 304.061 304.061 304.061 304.061

Insta lação interiores 473.913 417.636 56.277 8.847 473.913 426.483 47.430

Materia l de transporte 35.956 31.950 4.006 3.205 35.956 35.155 801

Outras imobi l i zações corpóreas 134.042 46.392 87.650 16.492 134.042 62.884 71.158

Imobi l i zações em curso 256.305 -256.305

Despesas em edi ficios arrendados 486.533 211.849 274.684 48.744 486.533 260.593 225.940

Total 1.678.027 1.201.945 476.082 256.305 -256.305 90.151 1.678.027 1.292.096 385.931

Saldo Final

2014Saldo inicial

Transferências

e abates

Depreciações

Aquisições Imparidade

Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de

realização dos ativos tangíveis detidos.

26. Outros activos intangíveis

Os movimentos ocorridos durante os anos 2014 e 2013 são:

Valor bruto Depreciações Valor liquido Reforço Regularizações Valor bruto Depreciações Valor liquido

Despesas com apl icações

informáticas 6.119.194 5.513.658 605.535 154.205 105.209 273.136 6.378.608 5.786.795 591.813

Activos intangíveis em curso 105.209 105.209 14.918 -105.209 14.918 14.918

Total 6.224.403 5.513.658 710.744 169.123 273.136 6.393.526 5.786.795 606.731

Saldo Final2014

Saldo inicialAquisições

Transferências

e abates

DepreciaçõesImparidade

Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de

realização dos ativos intangíveis detidos.

No quadro acima encontra-se incluído o valor relativo ao programa New Age, visando este a

otimização dos circuitos.

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27. Provisões técnicas de seguro directo e resseguro cedido

As provisões técnicas de seguro directo e resseguro cedido decompõem-se como segue em 31

de Dezembro de 2014 e 2013:

2014 2013

Seguro directo e

resseguro aceiteResseguro cedido Total

Seguro directo e

resseguro aceite

Resseguro

cedidoTotal

Provisão para prémios não adquiridos 3.668.404 -12.275 3.656.129 3.671.825 -21.850 3.649.975

Provisão para sinistros 9.238.114 -993.919 8.244.194 11.672.924 -2.877.903 8.795.022

Provisão para riscos em curso 571.132 571.132 1.086.635 1.086.635

Provisão para desvios de sinistralidade 738.751 738.751 664.922 664.922

Total 14.216.401 -1.006.194 13.210.207 17.096.306 -2.899.753 14.196.553

Provisões

Das análises actuariais efectuadas, a conclusão do Actuário Responsável é que a Companhia

tem um nível de provisionamento prudente, do ponto de vista global e determinístico, e que as

provisões técnicas estão calculadas de acordo com a legislação em vigor.

A provisão para prémios não adquiridos, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é analisada

como segue:

2014 2013

Provisão para prémios

não adquiridos

Custos de aquisição

diferidosSaldo

Provisão para

prémios não

adquiridos

Custos de

aquisição

diferidos

Saldo

Seguro Directo

Acidentes e doença 1.176.596 -97.940 1.078.657 1.111.206 -92.732 1.018.474

Incêndio e outros danos 1.309.966 -162.942 1.147.024 1.339.516 -164.655 1.174.861

Automóvel 1.545.769 -137.376 1.408.393 1.576.585 -138.521 1.438.064

Outros 38.399 -4.068 34.331 44.885 -4.459 40.426

Subtotal 4.070.730 -402.326 3.668.404 4.072.191 -400.366 3.671.825

Resseguro Cedido

Acidentes e doença -9.227 2.895 -6.332 -10.309 3.192 -7.117

Incêndio e outros danos -6.613 1.186 -5.427 -16.417 3.041 -13.376

Automóvel

Outros -625 108 -517 -1.649 292 -1.357

Subtotal -16.464 4.189 -12.275 -28.375 6.525 -21.850

Total 4.054.266 -398.137 3.656.129 4.043.816 -393.841 3.649.975

Provisão para prémios não adquiridos

A provisão para sinistros, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é analisada como segue:

2014 2013

Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo

Resseguro

cedido Líquido

Acidentes e doença 3.389.072 3.389.072 5.052.982 -1.749.999 3.302.983

Incêndio e outros danos 1.814.776 -509.365 1.305.410 2.121.542 -643.350 1.478.192

Automóvel 3.680.785 -246.977 3.433.808 4.131.101 -246.977 3.884.125

Outros 353.481 -237.578 115.903 367.300 -237.578 129.722

Total 9.238.114 -993.919 8.244.194 11.672.924 -2.877.903 8.795.022

Provisão para sinistros

A provisão para sinistros (IBNR), em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

2014 2013

Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo

Resseguro

cedido Líquido

Acidentes e doença 471.663 471.663 432.854 432.854

Incêndio e outros danos 51.523 51.523 61.577 61.577

Automóvel 56.063 56.063 57.505 57.505

Outros 752 752 1.431 1.431

Total 580.000 580.000 553.368 553.368

Provisão para sinistros (IBNR)

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A provisão para sinistros (IBNER), em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como

segue:

2014 2013

Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo

Resseguro

cedido Líquido

Acidentes e doença 320.655 320.655 401.575 401.575

Automóvel 30.000 30.000 30.000 30.000

Total 350.655 350.655 431.575 431.575

Provisão para sinistros (IBNER)

A provisão para sinistros de Acidentes de Trabalho, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é

analisada como segue:

Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo

Resseguro

cedido Líquido

Pensões conci l iadas 546.085 546.085 593.183 593.183

Pensões definidas 274.620 274.620 278.922 278.922

Pensões presumíveis 125.983 125.983 135.415 135.415

Encargos com ass is tência vi ta l ícia 35.981 35.981 35.981 35.981

Outras prestações 477.244 477.244 360.052 360.052

Provisão para IBNER 260.000 260.000 340.920 340.920

Provisão para IBNR 17.689 17.689 30.963 30.963

Custos de gestão de s inis tros 84.769 84.769 80.492 80.492

Total 1.822.371 1.822.371 1.855.929 1.855.929

Provisão para sinistros (Acidentes de trabalho)2014 2013

A 31 de Dezembro de 2014, o desenvolvimento da provisão para sinistros relativo a sinistros

ocorridos em exercícios anteriores e seus reajustamentos (correcções) é analisado como

segue:

Reajustamentos da provisão para sinistros

Ramos técnicos

Acidentes e doença 5.052.982 3.341.789 1.689.393 -21.800

Incêndio e outros danos 2.121.542 1.059.677 1.353.858 291.994

Automóvel 4.131.101 831.981 2.643.904 -655.217

Marítimo, aéreo e transportes 159.585 234 153.897 -5.455

Outros 207.715 8.734 191.971 -7.010

Total 11.672.924 5.242.414 6.033.023 -397.488

* Sinistros ocorridos no Ano-1 e anteriores

Provisão para sinistros

em 31/12/N-1

(1)

Custos com sinistros *

montantes pagos no

exercício

(2)

Provisão para

sinistros *

em 31/12/N

(3)

Reajustamentos

(3) + (2) - (1)

Ver adicionalmente o Anexo 2.

A situação a 31 de Dezembro de 2013 era a seguinte:

Reajustamentos da provisão para sinistros

Ramos técnicos

Acidentes e doença 4.440.454 2.162.308 1.790.081 -488.066

Incêndio e outros danos 1.834.783 434.158 1.119.710 -280.916

Automóvel 3.955.521 523.758 2.580.412 -851.351

Marítimo, aéreo e transportes 153.460 5.383 154.335 6.258

Outros 199.697 4.325 204.700 9.328

Total 10.583.916 3.129.932 5.849.237 -1.604.748

* Sinistros ocorridos no Ano-1 e anteriores

Provisão para sinistros

em 31/12/N-1

(1)

Custos com sinistros *

montantes pagos no

exercício

(2)

Provisão para

sinistros *

em 31/12/N

(3)

Reajustamentos

(3) + (2) - (1)

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44

A provisão para desvios de sinistralidade, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é analisada

como segue:

Saldo de balanço Variação em ganhos e perdas

2014 2013 2014 2013

Incêndio e outros danos 704.522 631.198 -73.324 -74.174

Outros 34.228 33.723 -505 -4.784

Total 738.751 664.922 -73.829 -78.959

Provisão para desvios de sinistralidade

A provisão para riscos em curso, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

Saldo de balanço Variação em ganhos e perdas

2014 2013 2014 2013

Acidentes e doença 447.066 456.498 9.432 -123.764

Incêndio e outros danos 5.614 180.316 174.702 -57.740

Automóvel 118.452 449.821 331.369 -296.090

Outros 6.425

Total 571.132 1.086.635 515.503 -471.168

Provisão para riscos em curso

28. Outros devedores por operações de seguros e outras operações

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

2014 2013

Contas a receber por operações de seguro directo

Tomadores de seguro 870.986 914.196

Mediadores 117.430 173.500

Co-seguradores 15.930 16.266

Reembolsos de s inis tros 282.717 352.768

sub-total 1.287.064 1.456.730

Contas a receber por operações de resseguro

Outros resseguradores 434 89.538

sub-total 434 89.538

Contas a receber por outras operações

Empresas do Grupo (Nota 35) 122.180 170.510

Rendas de imóveis 45.225 51.896

Adiantamentos ao pessoal 22.904 27.209

Multicare 65.365

Outros 205.496 147.766

sub-total 395.805 462.746

Total Contas a receber 1.683.303 2.009.015

Ajustamentos -160.036 -148.375

Total 1.523.267 1.860.640

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45

Os ajustamentos e outras provisões entre 31 de Dezembro de 2014 e 2013, evoluíram como

segue:

2014 Saldo inicial Aumento Redução Saldo Final

Ajustamentos de recibos por cobrar 60.459 72.120 60.459 72.120

Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 87.916 87.916

Ajustamentos e outras provisões 148.375 72.120 60.459 160.036

2013 Saldo inicial Aumento Redução Saldo Final

Ajustamentos de recibos por cobrar 70.233 60.459 70.233 60.459

Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 88.044 127 87.916

Outras provisões 213.000 213.000

Ajustamentos e outras provisões 371.277 60.459 283.361 148.375

29. Activos e Passivos por impostos

A Companhia está sujeita ao regime fiscal estabelecido pelo Código do IRC – Imposto sobre o

rendimento das Pessoas Coletivas. Adicionalmente, o conceito de impostos diferidos,

resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados

fiscalmente aceites para efeitos de tributação do IRC, é aplicável sempre que haja uma

probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.

O cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 foi apurado com base na taxa nominal de

imposto e de derrama municipal, respectivamente de 23% e 1,5%, aplicável às atividades da

Companhia, bem como da derrama estadual, criada pela Lei nº 12-A/2010, com a alteração do

Orçamento de Estado de 2013 (Lei nº 66-B/2012). O impacto da derrama estadual é de 3%

para o lucro tributável compreendido entre 1.500.000 euros e 7.500.000 euros e 5% para o lucro

tributável acima de 7.500.000 euros.

Relativamente ao cálculo do imposto corrente do exercício de 2013 foi apurado com base na

taxa nominal de imposto de 25% aplicável às atividades da Companhia (não tendo a

Companhia sido abrangida pela derrama municipal e derrama estadual, criada pela Lei nº 12-

A/2010 – Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) – Dívida Pública, em vigor no Art.º 87º

A do Código do IRC, pois atingiu um prejuízo fiscal).

A Companhia tem sido objeto de inspeções anuais pela DGCI, cujo último relatório se refere ao

exercício de 2010, não se tendo constatado ajustamentos significativos às declarações

entregues em exercícios anteriores. As declarações de autoliquidação da Companhia, relativas

aos exercícios de 2010 e seguintes ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas

autoridades fiscais durante um período de quatro anos. No entanto, é convicção da

Administração da Companhia, não ser previsível qualquer correção relativa aos exercícios

acima referidos com impacto significativo sobre as demonstrações financeiras.

A Companhia é tributada conjuntamente com a Groupama Seguros de Vida, pelo regime

especial de tributação dos grupos de sociedades.

Os activos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são analisados como

segue:

Activo por impostos correntes 2014 2013IRC a receber 138.027

Total 138.027

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Os passivos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, encontram-se

detalhados abaixo:

Passivo por impostos correntes 2014 2013IRC a l iquidar 50.729

Retenção de imposto na fonte 39.477 78.122

Imposto de selo 129.194 123.992

Taxa para o ANPC 24.076 27.041

Taxa para o INEM 30.631 42.906

Taxa para o FAT 12.233 24.007

APITC Taxa ASF 18.747 18.112

Taxa para o FGA E 18.146 16.332

Contribuições para a Segurança Socia l 24.233 62.104

IMI 22.488 22.488

Taxa Esgotos 4.216 4.216

Outros impostos e taxas 5.254 9.031

Total 328.697 479.079

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço, e a sua evolução entre 31

de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 são analisados como segue:

Impostos diferidos reconhecidos na demonstração da posição

financeira2014

Reconhecido

em resultados

Reconhecido

em reservas2013

IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS

Imóveis 1.597.500 35.625 1.561.875

Diferença entre valor contabilistíco e fiscal das ações 314 -28

Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento 70.747 70.747

Prejuízos fiscais -339.567 339.567

TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS 1.668.561 -303.942 -28 1.972.189

IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS

Fundo de pensões (IAS 19) -12.191 -29 -12.504

Reservas de reavaliação - ajustamentos de justo valor -171.567 -31.706 -139.861

TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS -183.758 -29 -31.706 -152.365

IMPOSTO DIFERIDO LIQUIDO 1.484.802 -303.971 -31.734 1.819.824

O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2014 e 2013 explica-se como

segue:

Imposto sobre o rendimento reportado nos resultados 2014 2013

Imposto corrente 69.406 -24.003

Imposto diferido -35.596 -339.454

Origem e reversão de diferenças temporárias -35.596 -11.081

Prejuízos fiscais -328.373

Total do imposto registado em resultados 33.810 -363.456

O imposto diferido relacionado com itens do capital próprio, nos anos de 2014 e 2013 explica-se

como segue:

Imposto sobre o rendimento reportado em reservas 2014 2013Imposto diferido

Reserva de justo valor -170.173 -134.216

Benefícios aos empregados (Outras reservas) -14.935 -5.304Total do Imposto diferido -185.108 -139.520

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A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

Reconciliação entre taxa de imposto nominal e efectiva 2014 2013

Resultado antes de impostos 1.154.254 -1.514.332Gasto de imposto nominal 23% (2013: 25%) 265.478 -378.583

Gasto de imposto efectivo 33.810 -363.456

Taxa Efetiva de Imposto 2,9% 24%

Diferença 231.668 15.127Custos não aceites ( multas , donativos , despesas confidencia is ) 2.469

Amortizações não aceites 32.718Reversões de imparidades sobre títulos -79.330

Benefícios fi sca is -7.849QuotizaçõesImóveis (menos va l ia não real izada) 926.503

Outros 2.511

Total de diferenças (base tributável) 928.972 -51.950Sub-total (Imposto) 213.664 -12.988

Tributação autónoma 12.605 50.729Diferença taxa nos impostos diferidos 35.328Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento -70.747

Outras regularizações 5.399 12.805Diferença 231.668 15.127

30. Acréscimos e diferimentos

A rubrica acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como

segue:

2014 2013

Activo

Gastos diferidos 65.036 48.391

Total acréscimos e diferimentos activos 65.036 48.391

Passivo

Rendimentos diferidos -66.929 -36.341

Acréscimos de gastos -945.211 -919.167

Estimativa bónus por objectivos -208.998 -199.896

Estimativa subsídio de férias -77.924 -73.256

Estimativa encargos -71.103 -67.605

Especialização Gastos Informáticos - Grupo -367.316 -367.316

Facturas em trânsito -219.870 -211.093

Total acréscimos e diferimentos Passivos -1.012.141 -955.508

Total -947.105 -907.117

31. Afectação dos investimentos e outros activos

Ver Nota 4, reporte por segmentos.

32. Outros passivos financeiros

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os outros passivos financeiros são compostos por

depósitos recebidos de resseguradores, os quais são analisados como segue:

2014 2013

SECURA 71.105 107.035

Total 71.105 107.035

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33. Outros credores por operações de seguros e outras operações

O detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

2014 2013Por operações de seguro directoTomadores de seguro 451.757 323.389Mediadores 137.366 136.477Co-seguradores 83.053 89.913

sub-total 672.176 549.779Por operações de resseguroResseguradores do Grupo (Nota 35) 77.458 23.803Outros resseguradores 85.677 129.156

sub-total 163.135 152.959Por outras operações - Outros credoresEmpresas do Grupo (Nota 35) 2.008.875 978.296Fornecedores 185.263 370.607MulticarePessoal 2.277 1.058Outros 97.688 12.394

sub-total 2.294.102 1.362.355Total 3.129.414 2.065.092

34. Capital, Outros instrumentos de capital, Reservas de reavaliação, Outras reservas e

Resultados Transitados

Capital

O capital da Companhia encontra-se representado por 1.500.000 de acções nominativas, com

valor nominal de 5 Euros cada, as quais se encontravam subscritas e realizadas na totalidade

pela Groupama Seguros de Vida, SA.

Resultados básicos por acção:

Os resultados básicos por acção, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, decompõem-se como

segue:

2014 2013

Resultado l íquido do exercício 1.120.444 -1.150.876

Nº médio ponderado de acções ordinárias em circulação 1.500.000 1.500.000

Resultado bás ico por acção 0,75 -0,77

Outros instrumentos de capital

Na rubrica outros instrumentos de capital estão incorporados 7.179.771 euros relativos a

Prestações Acessórias.

Reservas de reavaliação

As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros incluem as

mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda,

líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores,

como segue:

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2014 2013

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 10.687.346 9.702.078

Imparidade acumulada reconhecida

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda, líquido de

imparidade 10.687.346 9.702.078

Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda 11.449.866 10.394.044

Valias na reserva de justo valor, dos títulos transferidos da categoria disponíveis para

venda para a categoria a deter até maturidade -121.104

Ganhos/(perdas) potenciais na carteira de activos financeiros disponíveis para venda 762.520 570.863

Ver adicionalmente a Nota 22.

Reservas por impostos diferidos

Os impostos diferidos, calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores contabilísticos

dos activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, excepto quando

estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso

em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os

impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de

investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no

momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram

origem.

Outras Reservas

Nesta rubrica a Companhia tem registado em “Reservas Livres”, o montante de 7.397 euros

(2013: 7.397 euros), as quais resultam de resultados positivos, não necessários para dotar a

reserva legal nem para cobrir prejuízos transitados e não distribuídos ao accionista único.

Também incluído em Outras Reservas – “Reserva Legal,” encontra-se registado o montante de

513.147 euros (2013: 513.147 euros), o qual só pode ser utilizado para cobrir prejuízos

acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a reserva

legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à

concorrência do capital emitido.

Finalmente temos a Reserva onde estão contabilizados os ganhos e perdas actuariais relativos

ao Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19, no montante de 51.443

euros (saldo credor) (2013: 45.205 euros (saldo credor)).

Ao longo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, as reservas e os resultados

transitados podem ser analisados como segue:

Reserva de

reavaliação

Reserva por

impostos diferidosOutras reservas

Resultados

transitados

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 690.468 -184.145 565.749 871.651

Transferência de/para reservas

Alterações de valor -119.605 44.625

IncorporaçãodoRLEXºde 2012 -4.014.503

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 570.863 -139.520 565.749 -3.142.852

Transferência de/para reservas 6.238

Alterações de valor 191.657 -30.652

IncorporaçãodoRLEXºde 2013 -1.150.876

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 762.520 -170.173 571.987 -4.293.728

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35. Transacções com partes relacionadas

As operações com partes relacionadas (intra-grupo) em 2014 foram-no com a Groupama, SA, a

Groupama Asset Management, a Groupama Seguros de Vida, SA e a Groupama Supports et

Services.

Com a Groupama SA temos as operações relacionadas com os tratados de resseguro, com a

Groupama Supports et Services existem operações ao nível dos sistemas informáticos e com a

Groupama Vida as operações internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de

meios humanos e materiais, nomeadamente, rendas dos imóveis e financiamentos de

Tesouraria.

Por outro lado, a gestão dos Investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a

Groupama Asset Management.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante global dos activos e passivos da Companhia

que se referem a operações com partes relacionadas, resume-se como segue:

2014 Activo Passivo Gastos Rendimentos

Groupama SA 468.432 898.209 591.000

Groupama Asset Management 3.497 15.633

Groupama Credit 8.673

Groupama Seguros de Vida 1.969.229 599.717 627.773

Groupama Supports et Services 122.180 367.316 6.604

Total 122.180 2.817.147 1.520.162 1.218.773

2013 Activo Passivo Gastos Rendimentos

Groupama SA 715.082 854.072 43.111

Groupama Asset Management 3.758 17.164

Groupama Seguros de Vida 892.214 599.784 679.189

Groupama Supports et Services 170.510 6.440

Total 170.510 1.611.054 1.477.460 722.300

36. Gestão dos riscos de actividade

As responsabilidades na Gestão do Risco ao nível da Companhia, dividem-se como se segue:

Comité de Risco

Em funcionamento a partir de 2012, a sua missão é a de controlar os riscos que possam afectar

a entidade e a sua coordenação de riscos com a casa-mãe. Com frequência mensal, este

Comité é presidido pela Administração e compreende o Comité de Direcção.

As suas principais funções e responsabilidades são:

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Análise do Plano de Acção do Departamento de Gestão de Riscos, juntamente com as

diversas Direcções;

Controlo dos principais riscos da Companhia (Riscos Críticos do Grupo e Riscos

Críticos da Empresa), análise da sua avaliação, bem como assegurar a implementação

dos planos de mitigação acordados;

Acompanhamento, e submissão à aprovação, das acções sobre as exigências de

relatórios e orientações pela gestão de riscos do Grupo, particularmente na Solvência II:

o Direcção Financeira: Supervisiona o trabalho do Pilar I;

o Departamento de Gestão de Riscos: Supervisiona o trabalho referente ao Pilar

II (exigências de documentação e gestão do risco no âmbito do Pilar II e

exigências de comunicação em termos de gestão de risco com a Sede) e

parte do Pilar III;

Avaliação da possibilidade de entrada de novos riscos considerados críticos para a

Companhia;

Análise do nível de cumprimento das tarefas atribuídas a cada equipa de Gestão de

Risco, incluindo Risk Owner’s.

Departamento de Gestão de Riscos (DGR)

A Companhia tem o DGR como a principal unidade para executar as funções definidas pela

directiva Solvência II e Normas de Regulamentação e/ou orientações técnicas emanadas pelo

ISP nesta temática. Este Departamento reporta directamente à Direcção Geral da Companhia,

que por sua vez depende do Administrador Delegado. Isso garante a independência da função

em relação ao negócio de seguros.

A principal função do DGR é desenvolver um quadro de gestão eficaz dos riscos na

Organização que permita uma correcta monitorização e que garanta o cumprimento dos

objectivos e sobrevivência da Organização no longo prazo.

As principais responsabilidades do DGR são:

Auxiliar na identificação de novos riscos potenciais resultantes de factores internos ou

externos;

Colaborar na actualização do mapa de risco com metodologias de valorização

homogéneas;

Monitorizar o Sistema de Gestão de Riscos no geral;

Definir acções a desenvolver para cumprir com as normas do Grupo e normas Legais;

Dinamizar o Risk Management na Companhia;

Sensibilizar da importância do Risk Management na Companhia;

Providenciar informação para o seguimento global do risco na Companhia;

Desenvolver planos de acção para monitorizar os riscos na Companhia e controlá-los;

Submeter à Administração as propostas necessárias que se considerem convenientes

para uma gestão de riscos adequada (de acordo com as melhores práticas do

mercado, ou de acordo com recomendações sobre o sistema de gestão de riscos do

ISP e/ou Sede);

No âmbito do projecto de Solvência II, a função de gestão de riscos é responsável pelo

pilar II e parte do pilar III.

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Proprietários Riscos (Risk Owner’s – RO)

Os RO são membros do Comité de Direcção da Companhia. Para cumprir com as suas

funções, o Departamento de Gestão de Riscos (DGR) designa responsáveis em cada direcção

(RO) que gerem e informam sobre os riscos inerentes ao seu âmbito de responsabilidade. Cada

RO é responsável pela gestão dos riscos no seu âmbito de actividade:

Gerir a abertura de novas fichas de risco e actualizar as fichas de risco já existentes

(definição, causas e processos associados, avaliação bruta e líquida e respectivos

controlos,…);

Manter a avaliação dos riscos actualizada, sabendo que os mais importantes serão alvo

de seguimento no Comité de Riscos;

Informar os Controlos e anexar documentação e fichas de controlo preenchidas para

facilitar o trace dos mesmos;

Registar todos os eventos que possam impactar um risco (seu ou não);

Definir e controlar indicadores para a monitorização dos riscos associado à sua

actividade;

Estabelecer planos de acção que permitam adequar a exposição aos níveis de risco

desejados.

Em resumo, as responsabilidades de cada Direcção / Departamento são:

A Direcção Financeira é responsável por gerir os riscos associados à gestão de activos

e gestão activo/passivo (riscos de mercado e risco de crédito). Estes riscos são

discutidos com a casa-mãe nos Comités Financeiro e de Gestão de Activos. Ao nível

da Companhia, esta problemática é igualmente acompanhada em Comité de Riscos

Financeiros. Este Comité é coordenado pela Direcção Financeira, e tem como

membros permanentes a Administração, o DGR e a DTV.

A Direcção Técnica de Vida (DTV) é responsável pela gestão dos riscos de Subscrição

Vida. Estes riscos são discutidos em Comité de Riscos Técnicos Vida, numa base

trimestral. O Comité é coordenado pela DTV, e os membros permanentes são a

Administração, o DGR e as Direcções Comerciais (DC’s)

A Direcção Técnica Não Vida (DTNV) é responsável pela gestão dos riscos de

Subscrição Não Vida. Estes riscos são discutidos no Comité de Riscos Técnicos Não

Vida uma base mensal. O Comité é coordenado pela DTNV, e os membros

permanentes são a Administração, o DGR e as Direcções Comerciais.

O DGR define com os proprietários de riscos os principais riscos operacionais associados aos

processos de negócio, com base na classificação de riscos operacionais do Grupo. Existe um

Comité de Riscos Operacional, com regularidade trimestral, e é dividido por temáticas. Nesse

Comité são analisados os principais riscos operacionais e respectivas medidas de tratamento e

controlo. O DGR coordena o Comité de Risco Operacional.

As conclusões do Comité de Risco Operacional são transferidas para o Comité de Risco.

Assim, com a descrição de processos-chave, os riscos associados a estes processos, controlos

internos adequados e um controlo permanente, a Companhia garante que controla os riscos

dentro dos limites que considera aceitáveis. A definição de políticas de risco e o seguimento

dos principais riscos é objecto de um estudo de validação periódica pelo Comité de Direcção no

Comité de Riscos.

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Principais Riscos

Risco de Crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração na qualidade

creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários, aos quais a Companhia está

exposta, bem como dos devedores, prestadores de serviços, mediadores, tomadores

de seguro e resseguradoras que com ela se relacionam.

Para a Companhia, o Risco de Crédito encontra-se essencialmente presente na carteira

de investimentos. No entanto, as dívidas a receber resultantes de cobranças e

resseguro também estão expostas a este tipo de risco.

A política de investimentos da Companhia estabelece critérios de rating de elevada

qualidade, de modo a mitigar este risco. Por outro lado, é efectuada uma gestão

permanente das carteiras de títulos, existindo uma grande interacção entre a Direcção

Financeira e os gestores dos activos financeiros. De modo a intensificar o controlo e

monitorização deste risco, tem-se verificado uma melhoria contínua ao nível de

desenvolvimento e utilização de ferramentas de avaliação, e também ao nível dos

procedimentos e circuitos de decisão.

Os quadros abaixo, ilustram a exposição da Companhia ao risco de crédito, por rating

do emitente, em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013:

2014 AAA AA A BBB <BBB Total 2014

Activos disponíveis para venda 2.442.786 2.430.147 2.104.908 3.541.430 1.138.971 11.658.243

Investimentos a deter até à maturidade

Total 2.442.786 2.430.147 2.104.908 3.541.430 1.138.971 11.658.243

2013 AAA AA A BBB <BBB Total 2013

Activos disponíveis para venda 2.448.614 3.443.309 1.369.296 2.924.368 389.810 10.575.397

Investimentos a deter até à maturidade 352.203 746.708 1.025.471 2.124.382

Total 2.448.614 3.443.309 1.721.499 3.671.077 1.415.280 12.699.779

A diversificação dos títulos de rendimento fixo por sectores de actividade para os

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, encontra-se apresentada

conforme segue:

2014Activos disponíveis

para venda

Investimentos a deter

até à maturidadeTotal 2014

Insti tuições financeiras 4.435.277 4.435.277Dívida públ ica 4.970.890 4.970.890

Outros emissores publ icos 759.925 759.925Telecomunicações 163.198 163.198Construção

Uti l i ties 341.160 341.160Outros 987.794 987.794

Total 11.658.243 11.658.243CERTO

2013Activos disponíveis

para venda

Investimentos a deter

até à maturidadeTotal 2013

Insti tuições financeiras 3.443.729 1.549.663 4.993.392Dívida públ ica 5.296.155 574.719 5.870.874

Outros emissores publ icos 756.799 756.799Telecomunicações 106.607 106.607

Construção 364.934 364.934Uti l i ties 550.191 550.191Outros 56.982 56.982

Total 10.575.397 2.124.382 12.699.779

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A exposição à divida publica por País é analisada como se segue:

2014 Títulos de Dívida Peso

França 547.133 11%

Itál ia 1.070.757 22%

Holanda 1.152.928 23%

Espanha 903.626 18%

Bélgica 336.293 7%

Portugal 663.463 13%

Austria 296.690 6%

Total 4.970.890 100%

2013 Títulos de Dívida Peso

França 1.173.139 20%

Itál ia 1.028.663 18%

Holanda 1.142.452 19%

Espanha 916.981 16%

Bélgica 715.392 12%

Portugal 574.719 10%

Aústria 298.662 5%

Finlândia 20.866 0%

Total 5.870.874 100%

Risco de Mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos

activos, resultante da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço

das acções, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (ex: petróleo).

Inclui ainda a exposição de produtos derivados (opções e futuros) a variações no preço

do activo subjacente e está também fortemente relacionado com o risco de disparidade

entre activos e passivos.

A gestão dos activos da Companhia é realizada por uma empresa do Grupo, a

Groupama Asset Management, de acordo com a política de investimentos previamente

definida a nível do Grupo, e com a colaboração da Companhia. Tem como principio

base a minimização dos riscos, limitando o investimento a activos líquidos e com

elevada notação de rating.

A monitorização da gestão dos activos é realizada mensalmente, pela Companhia

através do Comité de Riscos Financeiros. Paralelamente, numa base trimestral, são

realizados Comités Financeiros com a Casa-mãe e com a entidade gestora de activos,

de modo a fazer um acompanhamento dos principais acontecimentos.

Todos os eventos ligados aos activos detidos em carteira, tais como pagamentos de

dividendos, juros ou reembolsos, são controlados numa base diária. A falha de algum

destes eventos, ou a ocorrência de algum acontecimento que possa condicionar a

gestão da carteira de investimentos, é de imediato comunicado pela entidade gestora

para que o Comité de Riscos Financeiros possa emitir uma deliberação sobre o assunto

em causa.

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No final de 2014 e 2013, a carteira de investimentos encontrava-se alocada da seguinte

forma:

AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL

Titulos Rendimento Fixo 11.658.243 11.658.243 99,9% 45,6%

Obrigações taxa fixa 11.658.243 11.658.243 99,9% 45,6%

Titulos Rendimento Variável 11.223 2.305.117 2.316.340 0,1% 100,0% 9,1%

Acções 11.223 11.223 0,1% 0,0%

Up's cash 2.305.117 2.305.117 100,0% 9,0%

Imóveis 11.608.860 11.608.860 45,4%

Total 11.669.466 2.305.117 11.608.860 25.583.443 100,0% 100,0% 100,0%

2014VALOR CONTABILÍSTICO %

AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL

Titulos Rendimento Fixo 10.575.397 2.124.382 12.699.779 99,9% 100,0% 53,0%

Obrigações taxa fixa 10.575.397 2.124.382 12.699.779 99,9% 100,0% 53,0%

Titulos Rendimento Variável 11.223 808.199 819.422 0,1% 100,0% 3,4%

Acções 11.223 11.223 0,1% 0,0%

Up's acções 2.146 2.146 0,3% 0,0%

Up's cash 806.053 806.053 99,7% 3,4%

Imóveis 10.446.864 10.446.864 100,0% 43,6%

Total 10.586.620 808.199 2.124.382 10.446.864 23.966.064 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

2013VALOR CONTABILÍSTICO %

De acordo com a IFRS 7, os activos financeiros detidos podem estar valorizados ao

justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:

o Nível 1 – Justo valor determinado directamente com referência a um mercado

oficial ativo.

o Nível 2 – Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização suportadas

em preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis para o

mesmo instrumento financeiro.

o Nível 3 - Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização não

suportadas em preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis

para o mesmo instrumento financeiro.

A valorização dos activos financeiros por níveis, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é

analisada como segue:

2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros detidos para negociação 2.305.117 2.305.117

Activos financeiros class i ficados no reconhecimento

inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas

Activos disponíveis para venda 11.658.243 11.658.243

Total 13.963.360 13.963.360

2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros detidos para negociação 806.053 806.053

Activos financeiros class i ficados no reconhecimento

inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas 2.146 2.146

Activos disponíveis para venda 10.575.397 10.575.397

Total 11.381.450 2.146 11.383.596

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A evolução dos títulos classificados no nível 3 foi a seguinte:

Reconciliação Nível 3

Activos

financeiros

detidos para

negociação

Activos

financeiros

classificados no

reconhecim inicial

ao justo valor

através de G&P

Activos

disponíveis

para venda

Empréstimos

e contas a

receber

Investimento

s a deter até

à maturidade

Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 2.146 2.146

Val ias real izadas

Val ias potencia is/Imparidade

Compras

Vendas -2.146 -2.146

Amortizações

Transferências de nível 1 e 2

Transferências para nível 1 e 2

Saldo em 31 de Dezembro de 2014

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o justo valor por classe de activos e passivos

financeiros é analisado como se segue:

Valor Balanço Justo Valor

2014 2013 2014 2013

Activos Financeiros

Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 580.962 255.015 580.962 255.015

Devedores 1.523.267 1.860.640 1.523.267 1.860.640

Investimentos a deter até à maturidade 2.124.382 2.190.979

Total 2.104.229 4.240.036 2.104.229 4.306.633

Passivos Financeiros

Depós itos Resseguradores 71.105 107.035 71.105 107.035

Credores 3.129.414 2.065.092 3.129.414 2.065.092

Total 3.200.519 2.172.128 3.200.519 2.172.128

Risco de taxa de juro:

O Risco de Taxa de Juro está associado às perdas resultantes de movimentos

adversos na curva de taxa de juro. A carteira de obrigações, classificada como

disponível para venda, é bastante vulnerável a esse risco dado que a sua valorização

depende, em grande medida, do comportamento das taxas de juro.

O quadro a seguir apresentado resume a análise do impacto resultante da variação da

taxa de juro de referência nos activos financeiros da Companhia, a 31 de Dezembro de

2014 e 2013.

2014 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp

Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 580.962 580.962 580.962 580.962 580.962 580.962 580.962

Outros activos financeiros va lorizados ao justo

va lor através de resultados

Activos Financeiros disponíveis para venda 12.738.059 12.203.763 11.936.614 11.669.466 11.402.318 11.135.169 10.600.873

Investimentos detidos até a maturidade

Activos financeiros ao justo va lor para

negociação 2.305.117 2.305.117 2.305.117 2.305.117 2.305.117 2.305.117 2.305.117

Depós itos a prazo

Total 15.624.139 15.089.842 14.822.694 14.555.546 14.288.397 14.021.249 13.486.952

2013 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp

Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 255.015 255.015 255.015 255.015 255.015 255.015 255.015

Outros activos financeiros va lorizados ao justo

va lor através de resultados 2.146 2.146 2.146 2.146 2.146 2.146 2.146

Activos Financeiros disponíveis para venda 11.189.612 10.888.116 10.737.368 10.586.620 10.435.872 10.285.124 9.983.628

Investimentos detidos até a maturidade 2.124.382 2.124.382 2.124.382 2.124.382 2.124.382 2.124.382 2.124.382

Activos financeiros ao justo va lor para

negociação 806.053 806.053 806.053 806.053 806.053 806.053 806.053

Depós itos a prazo

Total 14.377.207 14.075.711 13.924.963 13.774.215 13.623.467 13.472.719 13.171.223

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Risco de ações:

O Risco de Acções decorre da possibilidade de se verificarem perdas mediante

movimentos desfavoráveis no preço de mercado das acções.

No final de 2014, o montante investido no mercado acionista representava 0,1% dos

ativos da Companhia, o que equivale a 11.223 euros (valor sem alteração face a 2013).

A exposição ao mercado accionista é feita através de investimento directo e de fundos

de investimento compostos maioritariamente por acções.

No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%

no valor de mercado das acções e dos fundos de investimentos de acções:

Valor

contabilísticoImpacto

Risco acções 11.223 nulo

Risco cambial:

Decorre da variação do valor de activos e passivos detidos pela Companhia resultante

de oscilações nas taxas de câmbio das moedas em que esses activos e passivos se

encontram expressos.

A Companhia não se encontra exposta a risco cambial a 31 de Dezembro de 2014 e

2013, uma vez que todos os activos e passivos se encontram denominados em euros.

Risco imobiliário:

O Risco Imobiliário reflecte as variações adversas dos preços no mercado imobiliário.

Encontram-se expostos a este risco os imóveis de rendimento detidos, que

representam 43,5% da totalidade de carteira de ativos (25.583.443 euros).

No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%

no valor de mercado dos imóveis de rendimento:

Valor

contabilísticoImpacto

Risco imobiliário 11.130.000 556.500

Risco de Liquidez: risco de exposição a perdas, na eventualidade de existirem poucos

activos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades para com os

tomadores de seguros, credores e outras contrapartes, quando elas forem devidas.

Este risco é monitorizado no Sistema Geral de Riscos, pois está implícita a imagem da

Companhia, caso haja escassez de liquidez.

Para mitigar este risco, a Groupama Seguros recorre por vezes à conta de depósitos à

ordem da Groupama Vida, pois esta apresenta saldo de tesouraria pontuais suficientes

para cobrir eventuais obrigações derivadas de contratos de seguros.

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Em simultâneo, os investimentos estão maioritariamente classificados como disponíveis

para venda, o que possibilita a transformação imediata dos títulos financeiros em

liquidez.

A tabela seguinte analisa os activos financeiros da Companhia, incluindo depósitos à

ordem, por grupos de maturidade relevantes, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013:

2014 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anosDe 5 a 15

anos

Mais de 15

anos

Sem

maturidadeTotal

Caixa e seus equiva lentes e depós itos à ordem 580.962 580.962

Activos financeiros detidos para negociação 2.305.117 2.305.117

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor através de

ganhos e perdas

Activos disponíveis para venda 2.966.406 3.351.155 3.440.730 595.530 1.304.422 11.223 11.669.466

Investimentos a deter até à maturidade

Total de Activos 2.966.406 3.351.155 3.440.730 595.530 1.304.422 2.897.303 14.555.546

até 1 ano 1 a 3 3 a 5 5 a 15 mais de 15

2013 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anosDe 5 a 15

anos

Mais de 15

anos

Sem

maturidadeTotal

Caixa e seus equiva lentes e depós itos à ordem 255.015 255.015

Activos financeiros detidos para negociação 806.053 806.053

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor através de

ganhos e perdas 2.146 2.146

Activos disponíveis para venda 1.044.694 4.571.537 2.537.765 2.165.509 255.892 11.223 10.586.620

Investimentos a deter até à maturidade 288.934 285.785 362.936 1.186.727 2.124.382

Total de Activos 1.044.694 4.860.471 2.823.550 2.528.445 1.442.619 1.074.437 13.774.215

Risco Operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos

procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a

eventos como fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras

estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da

sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no

plano de continuidade do negócio.

A Groupama Seguros e a Groupama Seguros de Vida fazem a gestão deste risco através

dos seguintes pontos:

o Gestão da política de subscrição;

o Aprovação de novos produtos;

o Gestão de acumulação de riscos;

o Gestão da política de provisionamento;

o Gestão de sinistros.

Para uma gestão prudente do Risco Operacional, a Companhia tem definidas como

principais as seguintes políticas, devidamente descritas no documento da Política de

Gestão de Riscos:

o Processos:

Normalização e optimização dos processos e procedimentos da

Companhia;

Identificação e mapeamento dos processos críticos de negócio.

o Risco Legal e Compliance: o Departamento Jurídico controla e supervisiona

todos os prestadores externos que nos apoiam em questões jurídicas, bem

como controla o cumprimento normativo;

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o Plano de Continuidade: neste documento está identificada a equipa a mobilizar

em caso de evento, a matriz de comunicação, os telefones e o plano de

emergência de computadores;

o Sistemas de Informação: a gestão dos sistemas de informação na Companhia

é da responsabilidade da Direcção de Sistemas de Informação (DSI) e reporta

ao Director Geral (responsável por todas as áreas de back-office).

o Recursos Humanos: existe um Comité Internacional de RH coordenado

pela Direcção de Recursos Humanos do Grupo, cujo objectivo é a análise e

respectiva descentralização internacional de políticas comuns em matéria

de RH, nomeadamente: formação, mobilidade interna, barómetro de

opinião e aplicativos de gestão de RH.

Risco de reputação: Este risco pode ser definido como risco da Companhia incorrer em

perdas resultantes da deterioração ou posição no mercado devido a uma percepção

negativa da sua imagem entre os clientes, contrapartes, accionista ou autoridades de

supervisão, assim como do público em geral.

Risco estratégico: O risco estratégico pode ser definido como o risco do impacto actual

e futuro nos proveitos ou capital que resulta de decisões de negócio inadequadas,

implementação imprópria de decisões ou falta de capacidade de resposta às alterações

ocorridas no mercado.

• Risco de seguro: As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de

seguros, os quais classificam na categoria do Risco Específico de Seguros. Os riscos

específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de

seguro, associados ao desenho de produtos e respectiva tarifação, ao processo de

subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do

resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de actividade e podem subdividir-se em

diferentes sub-riscos:

o Risco de Desenho dos Produtos: risco da Companhia assumir exposições de

risco decorrentes de características dos produtos não antecipadas na fase de

desenho e de definição do preço do contrato.

o Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices

actualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O

risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se

insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes

desses contratos (sub-tarifação).

o Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas

com a selecção e aprovação dos riscos a segurar.

o Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros

constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com

sinistros já ocorridos.

o Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do que

o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores ao

esperado, resultando em perdas inesperadas.

o Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor

protecção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos

catastróficos, ou a uma sinistralidade mais elevada.

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o Risco Catastrófico: resulta de eventos extremos que implicam a devastação

de propriedade, ou a morte/ferimento de pessoas, geralmente devido a

calamidades naturais (terramotos, furacões, inundações). É o risco de que um

evento único, ou uma série de eventos de elevada magnitude, normalmente

num período curto (até 72 horas), implique um desvio significativo no número

e custo dos sinistros, em relação ao que era esperado.

O Risco Específico de Seguros pode ser mitigado pela política de resseguro, através da

qual uma parte dos riscos assumidos pela Companhia são transferidos para uma

resseguradora (ou um conjunto de resseguradoras).

A Companhia implementou mecanismos de gestão de riscos, tendo sido já elaborado

um Manual de Gestão de Risco. Neste âmbito, foi já reportado, relativo ao ano de 2009,

o Relatório anual sobre o Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno, dando

cumprimento ao n.º 1 do Art.º 19.º da Norma Regulamentar 14/2005-R, da Autoridade

de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa.

A estratégia da empresa é revista a cada 3, e na qual participam as várias Direcções da

Companhia, e define os objectivos anuais para a Companhia, orçamentando o volume

de prémios, o valor das provisões de sinistros, o valor dos gastos gerais, custos com o

pessoal, etc, por forma a obter o Resultado do Exercício.

Para formalizar o Risco Específico de Seguros, a abordagem adoptada pela Companhia

teve uma base processual, no sentido de mapear os processos de negócio em várias

vertentes:

o Processo de desenho de produtos e tarifação - Os produtos, antes de serem

lançados, são discutidos entre a Administração e as várias Direcções.

o Processo de revisão actuarial de produtos - A revisão actuarial é efectuada

anualmente e formalizada no relatório do actuário responsável, o qual certifica a

adequacidade do cálculo das Provisões Técnicas, bem como a metodologia

utilizada.

o Processo de aceitação e avaliação do risco - Para mitigar o risco de subscrição

seguimos as regras de subscrição definidas.

o Processo de gestão de sinistros - No que concerne o provisionamento, este é

efectuado case by case e com estimativas do valor previsto do sinistro.

o Processo de cedência ao ressegurador - A Groupama Seguros transfere parte

do risco para os resseguradores por forma a limitar a exposição. A Direcção

Técnica Não Vida utiliza com rigor a lista dos resseguradores de segurança do

grupo (a lista dispõe de rating próprio do grupo). No resseguro facultativo evita-

se a concentração num ressegurador.

Estes processos encontram-se mapeados nos manuais das áreas técnicas.

A Direcção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como de partilhar

com outras direcções a responsabilidade do caucionamento das provisões técnicas.

A política de Risco Específico de Seguros da Companhia corresponde à política de

aceitação do risco e à gestão do mesmo, cujas linhas orientadoras são:

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o Rigorosa selecção de riscos (não asseguramos todas as naturezas de risco);

o Princípio da diversificação de exploração de ramos (asseguramos todos os

ramos);

o Minimização do risco através do resseguro;

o Selecção dos resseguradores pela lista de referência do Grupo.

37. Solvência

A Companhia está sujeita aos requisitos de solvência definidos pela Norma 6/2007-R, alterada

pela Norma Regulamentar 12/2008-R, Norma Regulamentar 4/2011-R e Norma 2/2014-R, bem

como aos requisitos definidos na Circular 3/2012 de 19 de Abril emitidas pela Autoridade de

Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os requisitos de solvência são determinados de

acordo com as demonstrações financeiras estatutárias, as quais são preparadas de acordo

com as normas da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

No quadro abaixo encontra-se o resumo da margem de solvência exigida:

Margem de Solvência 2014 2013

Capita l 7.500.000 7.500.000

Reservas 8.344.104 8.176.862

Resultados trans i tados -4.293.728 -3.142.852

Resultado do exercício 1.120.444 -1.150.876

Valor de balanço 12.670.820 11.383.134

Deduções e a justamentos prudencia is -515.591 -672.454

Margem de solvência disponivel 12.155.229 10.710.680

Margem de solvência necessária 3.700.000 3.818.757

Cobertura 328,52% 280,48%

O quadro seguinte apresenta os impactos margem de solvência de testes de sensibilidade:

2014 2013

Margem de Solvencia Disponivel 12.155.229 10.710.680

Taxa de Cobertura 328,52% 280,48%

Aumento de 0,5 p.p. na "Yield Curve"

Impacto na Margem Disponivel -267.148 -150.748

Impacto na Taxa de Cobertura -7,22% -3,95%

Taxa de Cobertura após impacto 321,30% 276,53%

10% quebra no valor dos int. capital

Impacto na Margem Disponivel -215 -20.913

Impacto na Taxa de Cobertura 0,00% -0,55%

Taxa de Cobertura após impacto 328,52% 279,93%

38. Compromissos

Em 31 de Dezembro de 2014 estavam em vigor diversos contratos de locação operacional de

viaturas, sendo o período de vigência destes contratos de 48 meses.

Encontravam-se igualmente em vigor diversos contratos de locação operacional de

equipamento informático, com e sem assistência técnica, com um período de vigência de 36

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meses, e ainda um contrato de prestação de serviço de cópia destinado a equipar a Sede e as

agências, de impressoras laser, com um período de vigência de 48 meses.

No quadro abaixo encontram-se as rendas pagas durante o ano de 2014, bem como a

estimativa do valor anual das rendas a pagar até à maturidade dos contratos:

2014 2015 2016

Locação operacional de viaturas 44.427 48.058 50.062

Locação operacional de equipamento informático 4.661 1.090 1.090

Prestação de serviços de cópia 32.327 35.739 35.733

Total 81.415 84.886 86.885

39. Eventos subsequentes

No seguimento da Norma Regulamentar 9/2013-R, da Autoridade de Supervisão de Seguros e

Fundos de Pensões, serve o presente para indicar que não existem eventos subsequentes a

evidenciar respeitantes ao ano de 2014.