Norma Técnica das Categorias 5, 6 e 7
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Norma Técnica das Categorias 5, 6 e 7Bruno Collins, Franklin Veríssimo, João Pedro Bernardo, Luana Salviano
Fundação Universidade Federal de Rondônia, Núcleo de Tecnologia - NT, Departamento de Engenharia - DEECurso de Bacharelado em Engenharia Elétrica - Teoria das Comunicações
Resumo—Este relatório tem por finalidade fazer uma breveintrodução teórica das normas técnicas que envolvem cabos daCategoria 5, 6 e 7, bem como suas capacidades.
Index Terms—CAT5, CAT6, CAT7, Normas Técnicas.
I. INTRODUÇÃO
ACrescente demanda por informações no mundo atualpede soluções na engenharia para uma transmissão de
dados que seja eficiente e barata. Uma dessas soluções é o cabode Par Trançado. É um sistema inicialmente desenvolvido paratransmissão telefônicas, que utilizou o sistema de transmissãopor par de fios. Foi aproveitada essa tecnologia por conta doseu tempo de uso e do grande número de linhas instaladas.
Porém, como para toda tecnologia é necessária umapadronização, as seguintes instituições são responsáveis porpadronizar cabos UTP:
• ISO/IEC 11801 Organização Internacional paraPadronização e Comissão Eletrotécnica Internacional;
• ANSI/EIA/TIA-568-B Instituto Nacional Americano dePadronização, Aliança das Industrias Eletrônicas e Asso-ciação das industrias de Telecomunicações;
• NBR 14565 Norma Brasileira, denominada pela Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT
Ao longo das Seções II, III, IV, V e VI, os tipos de cabose padrões serão explanados, bem como a sua capacidade detransmissão e suas aplicações.
II. MONTAGEM
Para a montagem dos cabos de par trançado é importanteque a sequência de cores seja respeitada ao se montar um cabo.Caso contrário, pode haver perda parcial ou total de pacotes,principalmente em cabos de mais de 3 metros.
A norma EIA/TIA-568-B prevê duas montagens para oscabos, denominadas T568A e T568B, sendo ambas equiva-lentes em desempenho, cabendo ao montador escolher umadelas para seu padrão de instalação.
Um cabo cujas duas pontas usam a mesma montagem édenominado Direto, e serve para ligar estações de trabalhoe roteadores a switches ou hubs. Já aqueles em que em cadaponta é utilizada uma das montagens é denominado Crossover,e serve para ligar equipamentos do mesmo tipo entre si.
A norma EIA/TIA-568-B prevê ainda que os cabos UTPsejam divididos em "sólidos"(os condutores são formados deum único filamento) e "flexíveis". O cabo "sólido"deve serusado para instalações estáticas, onde não há movimentaçãodo cabo.
O cabo "flexível"deve ser usado instalações onde há movi-mentações constantes do cabo. Como o cabo "flexível"temcaracterísticas elétricas diferentes das do cabo "sólido", há arecomendação de que seja usado no máximo 100 metros decabo flexível num enlace.
Caso seja necessário usar cabos flexíveis numa distânciamaior, o tamanho do enlace deve ser diminuído proporcional-mente, para evitar perda de sinal.
III. CABOS UTP E STP
Os cabos de Par Trançado sem Blindagem (UnshieldedTwisted Pair - UTP) são utilizados em cabeamentos estrutu-rados para transmissão de dados. Cada par de fios dentro doscabos são entrelaçados um ao outro para cancelar as interfer-ências eletromagnéticas de fontes externas e as interferênciasmútuas entre cabos próximos. O entrelaçamento dos fios segueuma taxa chamada taxa de giros por metro. Quanto maior onúmero de giros, mais o ruído é cancelado.
Figura 1. Exemplo de cabo UTP.
Os cabos de Par Trançado com Blindagem (ShieldedTwisted Pair - STP) são iguais aos cabos UTP, mas possuemuma blindagem mecânica, protegendo o cabo ainda mais dasinterferências eletromagnéticas.
O primeiro padrão dos cabos feita é de julho de 1991,feita na norma ANSI/TIA/EIA-568, mas com os avanços naárea de telecomunicações, surgiu a necessidade de atualizá-las,
Figura 2. Exemplo de cabo STP.
primeiro em 1995, com a revisão da norma ANSI/TIA/EIA-568-A, e mais recentemente com a revisão da normaANSI/TIA/EIA-568-B em 2001.
De acordo com a norma ANSI/TIA/EIA-568, cada par defios no cabo tem uma designação de par e uma designação decor específicas. A diferença dos cabos entre os sub-padrões éapenas a designação de cores, de acordo com a Figura 3.
Figura 3. Diferenças na designação de cores. A primeira coluna é a norma568-A e a segunda coluna, a norma 568-B
O sistema de cabeamento estruturado usando-se cabosUTP é flexível, permitindo uma infra-estrutura que possibilitaexpansões futuras e diversas aplicações, como: dados, voz,imagem e controle predial. É uma maneira padronizada deminimizar custos, já que tem uma expectativa de vida elevada(cerca de 15 anos) e irá suportar a troca de alguns hardwarese muitos softwares.
A nível nacional, o cabeamento de par trançado seguea norma técnica NBR 14565, a qual implementa requisitosmínimos para elaboração de projetos de rede interna estrutu-
rada de telecomunicações, em edificações de uso comercial,independente do seu porte.
IV. CABO CATEGORIA 5A especificação dos cabos Categoria 5 (CAT5) foi definida
na ANSI/TIA/EIA-568-A. Tipos de cabos e conectores eformas de cabeamento foram definidas na ANSI/TIA-EIA-568-B. O sistema de cores pode seguir tanto o sub-padrão568-A ou 568-B.
Figura 4. Exemplo de cabo CAT5.
O cabo CAT5 é utilizado em redes de Fast Ethernet,suportando frequências de 100MHz com uma taxa de transmis-são de 100Mbps. Segundo a norma ANSI/TIA/EIA-568-A, ocomprimento máximo que um cabo pode ter é de 100m, acimadisso é necessário o uso de repetidores de sinal.
A norma ANSI/TIA/EIA-568-B padroniza o cabo CAT5e,desaconselhando o uso de cabos CAT5. Os cabos CAT5etransmitem a uma frequência mais alta (de 125MHz). Aconstrução de um cabo CAT5e é a mesma do cabo CAT5,mas possui padrões e resultados de teste melhores.
É utilizado em redes Ethernet 100BASE-TX e 1000BASE-T.
V. CABO CATEGORIA 6Os cabos da Categoria 6 (CAT6) seguem as especificações
da ANSI/TIA/EIA-568-B. Suporta transmissões em frequênciade 250MHz. Apesar de alguns cabos usarem fios AWG 23, amelhora na transmissão em relação aos cabos CAT5 na maioriadas vezes é uma melhor isolação.
Quando usado 10/100/1000BASE-T, o comprimento máx-imo de um cabo CAT6 é 100m. Se usado 10GBASE-T, ocomprimento cai para 55m.
Os cabos da Categoria 6 Aumentada (CAT6a) suportamtransmissões de 500MHz. A melhora desse cabo em relaçãoao CAT6 é devido a separação dos pares, o que aumentouseu tamanho e os tornou menos flexíveis, mas sofrem menosinterferências.
Figura 5. Exemplo de cabo CAT6a com separação interna dos pares.
Cabos CAT6a tornam permissíveis comprimentos de cabosde 100m quando usando 10GBASE-T.
VI. CABO CATEGORIA 7
O cabo da categoria 7 (CAT7) é padrão feito para redesEthernet de 10 Gigabits, apesar de hoje os cabos CAT6a seremusados para isso. A norma que rege esse padrão é a ISO/IEC-11801. A ANSI/TIA/EIA não reconhece esse padrão.
Figura 6. Exemplo de cabo CAT7.
Os cabos CAT7 são blindados, assim como cada par de fios,atenuando assim as interferências eletromagnéticas.
Os cabos CAT7a suportam frequências de até 1GHz. Testesfeitos indicam que até 55m o 40GB Ethernet é possível paraesse tipo de cabo.
Ainda não se tem aplicações para os cabos CAT7.
VII. CONCLUSÃO
A partir dos dados analisados acima torna-se possível avisualização da importância de cabeamentos de par trançadopara instalações em redes de telecomunicações.
As normas técnicas utilizadas para cabos UTP, tanto na-cionais como internacionais, são de suma importância, poispara 9 tipos de cabo de par trançado (divididos por seu nívelde segurança e bitola do fio) faz-se necessário um meio depadronização para os mesmos.
REFERÊNCIAS
[1] távio Luiz, “Cabeamento estruturado”, UNISUL.[2] igueiredo, Messias B. “Sistemas de Cabeação Estruturada”, EIA/TIA 568.[3] ede Computacional da Universidade de São Paulo (USPnet)“Norma
Tecnica Redes Locais”, 1998