Nível de atividade física entre os alunos do curso de Licenciatura em Educação Física - UNEB -...
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1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS II
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE OS ALUNOS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA UNEB- ALAGOINHAS
RICARDO DA SILVA FIGUERÊDO
ALAGOINHAS – BA 2012
2
RICARDO DA SILVA FIGUERÊDO
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE OS ALUNOS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA UNEB- ALAGOINHAS
Monografia apresentada, como pré-
requisito de conclusão do Curso de
Licenciatura de Educação Física, da
Universidade do Estado da Bahia,
Alagoinhas- Bahia
Orientador: Prof.Ms. Valter Abrantes Pereira da Silva
ALAGOINHAS-BA 2012
3
AGRADECIMENTOS
Se eu não começar a agradecer pela criação que eu tive e pela
oportunidade que meus queridos pais me deram para chegar aonde cheguei
seria clichê da minha parte, por isso que eu agradeço a Deus pela família que
me deu.
Ao meu pai Edmilson que apesar de tantas dificuldades que nós
passamos ele nunca desistiu de nossos ideais, minha amada mãe Floraci
embora termos passarmos por tantas batalhas ela nunca teve capacidade e
petulância de abdicar do nosso futuro e sonhos, aos meus irmãos de sangue
Adri e Vini que mesmo morando longe sempre me apoiaram e me defenderam
em tudo que eu quis para minha vida, mesmo sabendo que a carreira que eu
escolhi seria difícil, aos meus tios (a), primos (a), avô e avó.
Aos amigos? Acredito que não existe isso, apenas amigos por
conveniência, mas sim, irmãos de coração como aqueles que na hora
necessária sempre estiveram do meu lado para me dar conselhos, broncas e
soluções necessárias para minha sobrevivência, exemplos eu tenho alguns,
pois irmãos de coração não te julgam, não te trai, abdica do seu próprio bem
para te ajudar e fazer feliz, por isso que trago no meu coração irmãos como
Nana, que mesmo morando em Santa Luz (ô lugar longe da peste) nunca
esqueceu do pobrezinho careca aqui, Nessa, Naty, Victoria, Leni, as
imaculadas Isadora Resende e Daiane Rios que sempre me aturaram nos dias
mais tristes e desconfortantes que tive,
Aos irmãos de infância que sempre surgem com histórias hilárias para
me fazer sorrir como Neto, Danilo Tiago (amarelo), Thiago e Tacinho, aos
irmãos instantâneos como Vanessa Rodrigues e Mauricio Victor, Marcelão que
no final dessa batalha me fizeram abrir os olhos para realidade da vida que me
espera.
Mas, se eu renegar aos meus professores seria uma indelicadeza da
minha parte, porque todo o meu conhecimento adquirido foi socializado por
eles. Então, meus sinceros agradecimentos vão para Martha Benevides, por
me dar oportunidade na minha iniciação científica, ao professor Valter
Abrantes, por orientar e mostrar em que caminho seguir, e a Paulo César pela
oportunidade de estagiar na área que eu decidi me especializar. Enfim, a todos
4
que participaram dessa jornada complicada, cansativa e intensa da minha
formação.
5
“Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida...”
Bob Marley
6
RESUMO
Uma das preocupações atuais do mundo é o crescimento do sedentarismo. Por isso, está surgindo várias medidas de políticas públicas ligadas a saúde, para minimizar o avanço deste problema. um crescente interesse da sociedade em termos de pesquisa é o aumento do sedentarismo, pois já está sendo considerada como “mal do século” devido ao grande desenvolvimento de doenças relacionadas à falta de uma atividade física como: problemas cardiovasculares, artrose, osteoporose, obesidade, hipertensão, diabetes, dentre Este estudo tem como finalidade diagnosticar a saúde de universitários do curso de Licenciatura em Educação Física da UNEB, Campus II, Alagoinhas-BA, obtendo o perfil destes alunos no âmbito da atividade física e saúde. A amostra total foi de 43 voluntários, distribuídos nas quatro turmas do curso e os dados foram obtidos na aplicação de questionários, utilizando o IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física), versão longa. Os resultados foram tabulados no software Windows Excel 2010 e pelo programa estatístico SPSS Statistics para Windows® versão 17.0. As informações nos trazem os seguintes aspectos: são em sua maioria ativos fisicamente, formada pelo sexo feminino, de idade entre 19 anos a 24 anos, tendo um maior número de alunos do 2° semestre. Destes, 35% não tem nenhum vínculo empregatício e uma pequena parcela deles classificam em sua auto-avaliação, em relação à saúde, um estado ruim ou regular, passam cerca de 7 horas sentados num dia da semana e de 3 horas sentados num dia do fim de semana. Nesta configuração, o presente estudo não só trás informações sobre o estado físico dos universitários, mas dados para que possam ser comparados com outras realidades, trazendo soluções para que o sedentarismo não seja mais um problema sem saída.
Palavra – chave: Atividade física – Saúde - Sedentarismo
7
ABSTRACT
One of the world's current concerns is the growth of sedentary lifestyle. So, is emerging several public policy measures related to health, to minimize the growth of this problem. a growing interest of society in terms of research is the increase in sedentary lifestyle, as is already being regarded as "evil of the century" because of the large development of diseases related to lack of physical activity such as cardiovascular problems, arthritis, osteoporosis, obesity, hypertension, diabetes, among This study aims at diagnosing the health of university students from the Bachelor's Degree in Physical Education UNEB, Campus II, Alagoinhas-BA, obtaining the profile of these students in physical activity and health. The total sample consisted of 43 subjects divided into four classes of the course and the data were obtained from questionnaires, using the IPAQ (International Physical Activity Questionnaire), the long version. The results were tabulated in Excel 2010 and Windows software for the statistical program SPSS version 17.0 for Windows ®. The information brings us the following aspects: they are mostly physically active, formed by the female, ages 19 years to 24 years, with a greater number of students in second semester. Of these, 35% have no formal employment and a small portion of them are classified in their self-assessment in relation to health, a state fair or poor, spend about seven hours sitting on a weekday and three hours a day sitting weekend. In this configuration, the present study not only brings information about the physical state of the university, but data so they can be compared with other realities, bringing solutions to the more sedentary lifestyle is not a dead issue. Key - words: Physical Activity - Health - Physical inactivity
8
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - Classificação em quanto nível de atividade física. 25
GRÁFICO 2 - Gênero da amostra. 26
GRÁFICO 3 - Nível de Atividade Física x Gênero. 28
GRÁFICO 4 - Horas por semana de trabalho. 29
GRÁFICO 5 - Nível de Atividade Física x Trabalho Remunerado. 30
GRÁFICO 6 - Percepção de saúde dos estudantes. 31
GRÁFICO 7 - Percepção de saúde dos estudantes x Atividade Física. 32
GRÁFICO 8 - Tempo gasto sentado por um dia da semana. 33
GRÁFICO 9 - Tempo gasto sentado por um dia do Fim de Semana. 34
GRÁFICO 10 - Nível de Atividade Física x Tempo gasto sentado 35
por um dia da Semana.
GRÁFICO 11 - Semestres da amostra. 36
GRÁFICO 12 - Faixa etária da amostra. 37
GRAFICO 13; Semestres da amostra x Classificação do 38
nível de atividade física.
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 OBJETIVOS 13
2.1 Objetivo Geral 13
2.1 Objetivos Específicos. 13
3 REFERENCIAL TEÓRICO 14
3.1 Conceitos: Saúde, Atividade Física, Sedentarismo. 14
3.2 Dados Epidemiológicos de Atividade Física 16
3.3 Doenças relacionadas ao Sedentarismo 19
4 METODOLOGIA 22
4.1Modelos de estudo 22
4.2 População e Amosta 22
4.3 Local do Estudo 23
4.4 Método de Procedimento 23
4.5 Coleta de Dados 23
4.6 Análise de Dados 23
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 25
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 39
REFERÊNCIAS 40
ANEXO A – QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA 47
QUIAF - VERSÃO LONGA.
10
1- INTRODUÇÃO
"O sedentarismo é o hábito de não realizar esforço físico ou realizá-lo de
maneira insuficiente para a demanda que o organismo exige, não mantendo o
equilíbrio entre o consumo energético e dispêndio de energia" Domínguez, et
al., (2009).
A partir do século XX, surgiram muitas pesquisas pautadas à atividade
física, sedentarismo e doenças relacionadas à ausência de exercícios físicos
contínuos. Por este motivo o Ministério da Saúde promove frequentes
pesquisas para diagnosticar a saúde da população. Em um estudo divulgado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (2007), apenas 14,7% dos
brasileiros praticam atividades físicas com regularidade. De acordo com a
OMS, para ser classificado como ativo fisicamente é preciso que o indivíduo
faça alguma atividade leve ou moderada, por pelo menos 30 minutos por dia,
cinco vezes por semana, ou 20 minutos diários de atividade vigorosa, em três
ou mais dias da semana. Segundo dados do IBGE (Brasil, 2006), cerca de 70%
da população brasileira pratica pouco ou quase nenhuma atividade física
regular, e que hábitos sedentários são responsáveis por 54% do risco de morte
por infarto e 37% por câncer. Esse índice ainda pode ser classificado em
relação ao gênero, pois dos sedentários no Brasil, cerca de 29,5% são homens
e 23,5% mulheres, ultrapassando os 50% a partir dos 65 anos de idade de
ambos os sexos, (VIGITEL, 2008). Assim sendo, o sedentarismo passa
considerado como a “doença do século”.
Um estudo realizado com a população no município de Alagoinhas
(2008) obteve resultados que não se afastam da realidade nacional, pois a
maioria da população encontrava-se sedentária, com 68% indivíduos inativos
fisicamente contra 32% sujeitos ativos. Os fatores demonstrados para a
deficiência da prática de atividade física relacionam-se com a falta de tempo,
de segurança, de espaços públicos, grau de instrução (escolaridade) e estado
civil. (Severo; Jesus; Victória, 2010)
Um dos fatores para que a situação tenha chegado a este nível é o
desenvolvimento tecnológico, pois cria facilidades para a vida da população,
diminuindo assim o gasto calórico para realização das atividades cotidianas.
Citando alguns exemplos presentes em muitos lugares temos: controle remoto,
11
escadas rolantes, elevadores, computadores, etc. Segundo o Ministério da
Saúde (2010) mostram que 40% dos adultos passam pelo menos três horas em
frente à TV durante cinco dias da semana ou mais.
Reações políticas positivas em resposta a esta conjuntura foram criadas,
como o manual sobre Política Nacional de Promoção da Saúde, desenvolvido
pelo Ministério da Saúde em 2006. Este documento discute a Divulgação e
Implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde, Alimentação
Saudável, Prática Corporal/Atividade Física. Em 2007, realizou-se uma
pesquisa no município de Pelotas/RS com 2096 indivíduos de 10 anos ou mais
de idade. Nesta pesquisa, perguntou-se se acreditam que a mídia influência na
mudança do comportamento em relação à prática de atividade física, obtendo
resultado onde 89,6% afirmaram positivamente de que apenas 22,3%
relataram ter tido mudança de conduta. Seguindo estes dados, as diversas
formas de mídia podem aumentar ainda mais a promoção de saúde nos seus
programas e propagandas, sabendo que são um dos maiores propagadores
das ideias de uma vida saudável para a população. Exemplo disso foi a criação
de alguns programas de televisão que expõem apenas assuntos relacionados à
saúde, exibindo fatores de risco para quem não pratica atividade física, dicas
para ter uma alimentação adequada, mesmo para quem tem um ritmo de vida
acelerado, doenças relacionadas a inatividade física e soluções para que esse
risco diminua.
A educação física escolar contribui para a formação do indivíduo, pois
tem como objetivo a psicomotricidade, conhecimento sobre o corpo, o
coletivismo, entre outros pontos. Contudo, atualmente tem sido proposto que o
aprendizado adquirido pelos alunos nas aulas de educação física consiga
contribuir na sua vida na idade adulta, nos mais variados aspectos. Neste
contexto, conseguir fazer com que o aluno tenha consciência de ser ativo
fisicamente na idade adulta pode ser mais um legado da educação física
escolar. Nesta perspectiva, o comportamento do professor para com a
atividade física e suas orientações de incentivo a ser ativo fisicamente pode
exercer uma maior influência sobre estes alunos, uma vez que o professor é
uma referência para eles.
É censo comum que futuros educadores da área de Educação Física
tenham uma vida mais ativa fisicamente do que os alunos de outros cursos.
12
Para tanto, existem estudos na Europa indicando que professores desta área
tem nível de atividade física maior em comparado aos colegas que lecionam
em outras disciplinas (Zamai; Rodrigues; Bankoff; Delgado; Braga; Filocomo;
2007).
Por tudo exposto, para esta pesquisa foram selecionados alunos do
Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da
Bahia Campus II – Alagoinhas, para trazer resultados sobre a situação do
corpo discente desta universidade nos quesitos, gênero, idade, frequência por
semestre, se estes alunos trabalham quando estão estudando e quantas horas
diárias exercem em funções empregatícias, quanto tempo é gasto sentado por
um dia no fim de semana e durante a semana. O principal objetivo será definir
como está o nível de atividade física destes estudantes, partindo do
pressuposto que estes acadêmicos serão, no futuro, professores de educação
física escolar no qual serão responsáveis em disseminar as informações da
área, por possuírem maior conhecimento relacionado aos malefícios causados
por uma rotina ausente de atividade física e terão que lidar com esta situação
que se torna cada vez mais um problema de saúde pública.
13
2 – OBJETIVOS
2.1 – GERAL
Identificar o nível de atividade física dos discentes do Curso de
Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da
Bahia/Alagoinhas.
2.2 - ESPECÍFICOS
Correlacionar o nível de atividade física dos alunos do curso de
Educação Física da UNEB-Alagoinhas em relação ao gênero;
Identificar o perfil desses alunos nos domínios: horas de trabalho,
percepção do estado de saúde, semestre e tempo sentado entre os
estudantes classificando-os em ativos e sedentários.
14
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Conceitos: Saúde, Atividade Física, Sedentarismo.
Antes de qualquer abordagem mais profunda, devemos identificar os
principais conceitos mais frequentes durante a pesquisa, dentre eles saúde,
atividade física e sedentarismo, segundo Pitanga (2002, p. 49-54):
saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
Sob o olhar da Constituição do Sistema Único de Saúde (SUS), a Saúde
tem que ser levada mais a sério não apenas num conceito superficial, a autora
Lenir Santos (06/2005, p.1) discute que:
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Pois a saúde não é a penas um evento biológico, mas há por trás
diversas interferências ocorridas no meio em que se vive, podendo ser medida
através da temperatura, pulso, pressão sanguínea, altura, peso, acuidade
visual e auditiva, etc.
Segundo Lira (2010), “saúde pode ser, portanto, a capacidade que o
organismo apresenta de funcionar em completa harmonia com seu ambiente, o
que envolve a aptidão para enfrentar física, emocional e mentalmente as
tensões cotidianas.” Pois se o indivíduo não estiver bem consigo mesmo (físico
e mental), isso será refletido no estado de funcionamento do seu organismo,
tanto para o lado bom quanto para o lado ruim. Porém, também existem outros
15
aspectos que podem mudar esse estado de saúde como alimentação
adequada, moradia, saneamento básico, trabalho, educação, transporte, lazer.
Caspersen (1985) define atividade física como “qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior
do que os níveis de repouso”. Podemos acrescentar ainda que consiste em
qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa,
seja ela um "piscar dos olhos", um deslocamento dos pés e até um movimento
complexo de finta em alguma competição esportiva.
Matsudo e Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde
respaldada com a prática de atividade física estão ligados aos aspectos
antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos.
Inclusive é relevante comentar que existe diferença entre Atividade
Física e Exercício Físico. Neste sentido, Ribeiro (2009) classifica o exercício
físico como “qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física
em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação”. Assim,
pode-se obter o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o
aperfeiçoamento das habilidades atléticas, entre outras formas. Pitanga (2004,
p.16), define exercício físico como “atividade repetitiva, planejada e
estruturada, que tem como objetivo a manutenção e melhoria de um ou mais
componentes da aptidão física”, em relação à atividade física Pitanga (2004)
afirma que:
A Atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicosocial, cultural e comportamental. Pitanga (2004, p.16)
De acordo com Montt (2005, p.1):
Atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas.
16
Outra nomenclatura que deve ser definida neste tópico pela sua
relevância e crescimento com o passar das décadas é o sedentarismo, porque
o indivíduo que possui tal agravante poderá acarretar algumas doenças
associadas a esse estilo de vida. Segundo Leite (2010,p.1):
O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais....o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas.
Contudo, o sedentarismo não se relaciona necessariamente apenas aos
exercícios físicos como destaca Leite (2010). A pessoa sedentária que realiza
algumas atividades diárias rotineiras como caminhada ao deslocar-se para o
trabalho, maior do que 10 minutos, ou que faça alguma atividade doméstica na
sua residência (lavar prato, varrer a casa, limpar jardim ou quintal), já estará
fora da classificação de sedentário. Tais atividades, mesmo que por pouco
tempo, contém um gasto calórico cujo acúmulo do trabalho ao final do dia
considera-se substancial.
3.2 Dados Epidemiológicos de Atividade Física
É necessário definir a Epidemiologia, discutir seu significado e como
esse estudo pode influenciar na nossa vida. Segundo a Associação
Internacional de Epidemiologia (1973), epidemiologia é o estudo dos fatores
que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades
humanas. Esta ciência originou-se em meados do século XIX, quando John
Snow realizou um estudo sobre o risco de contrair a cólera ao consumir água
proveniente de uma rede de abastecimento em 1954 em Londres.
Porém, a epidemiologia pode ser definida segundo Last (2001) como “o
estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados
à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controle
17
dos problemas de saúde”. Essa ciência aplica-se em qualquer tipo de
população e localidade, seja ela numa cidade, país ou região. No Brasil, o
Sistema de Vigilância Epidemiológica foi instituído pela lei nº 6.259 de 1975
que traz um banco de dados denominado de DATASUS, onde o Ministério da
Saúde o define como “um órgão da Secretaria Executiva do Ministério da
Saúde com a responsabilidade de coletar, processar e disseminar informações
sobre saúde”.
Não somente o Ministério da Saúde possui bancos de dados para
quantificar o índice de sedentarismo no Brasil, mas também a Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC) realiza pesquisas para determinar a causa do
aumento do risco de morte por infarto, cujo índice alcança 54%, e do risco de
morte por derrame cerebral, com 50%. Assim, descobriu-se que no país a
população já não gasta tantas calorias como se gastava há 100 anos, uma vez
que atualmente o índice de sedentários está em cerca de 70% da população
brasileira.
No Brasil, o Ministério da Saúde mantém um sistema de dados sobre as
principais doenças crônicas que possam interferir na saúde pública. O
VIGITEL (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por
inquérito telefônico), no âmbito da atividade física e saúde, demonstra dados
preocupantes sobre a população do Brasil. Esta pesquisa busca quantificar a
incidência na frequência da prática de atividade física no tempo livre (lazer), no
trabalho, e no deslocamento. Consta no censo realizado pelo Ministério da
Saúde (2009), que a capital com maior índice de sedentarismo é Maceió, entre
adultos maiores de 18 anos, destes 22,8% do sexo masculino e 18,2% do sexo
feminino.
Trazendo os dados para a realidade baiana, segundo Sampaio (2009)
em Salvador no ano de 2009, 14,2% da população são fisicamente inativos e
13,8% dos adultos maiores de 18 anos praticam a atividade física no tempo de
lazer, sendo sua maioria homens. No estudo, observa-se que quanto maior a
idade do indivíduo, menor o nível de atividade física e quanto maior a
escolaridade, melhor a probabilidade de ser ativo fisicamente. Outro quesito
desta pesquisa indica a incidência de adultos maiores de 18 anos que assistem
televisão por mais de 3 horas consecutivas. Salvador possui um dos maiores
índices relacionados a este fato, apresentando mais de 30%, sendo o maior
18
índice entre as mulheres (33,3%), mostrando que a tecnologia continua sendo
uma forte rival para o aumento da inatividade física. (VIGITEL, 2009)
Em 2010, realizou-se um estudo com estudantes do curso de
Licenciatura em Educação Física – UNEB/ Alagoinhas, cuja parcela da sua
população reside no município, mostrando que a epidemiologia desta cidade
não há variações dos resultados quando relacionados com os índices
estaduais e nacionais, pois a maioria desta população se encontra sedentária,
com os resultados apontando 30% dos indivíduos ativos fisicamente e 68%
sedentários. Os determinantes deste estudo para a ausência da prática de
atividade física foram: falta de espaço público destinado à prática de atividade
física (39%), deficiência de segurança nos espaços públicos (15%), grau de
instrução (escolaridade) (31%) e estado civil (15%). O referente projeto tenta
viabilizar uma visão geral de como anda a prática de atividade física dos
estudantes de Educação Física da UNEB – Alagoinhas, empregando o mesmo
princípio utilizado pela Universidade Federal da Paraíba em 2007 cujo estudo
encontrou um baixo nível de atividade física entre todos os seus alunos,
apresentando cerca de 31,2%, nos trazendo alguns dados importantes como
as causas para este índice encontrado. Vejamos:
Os estudantes com maior tempo de ingresso na universidade,
os que estudam no período noturno e aqueles que passam
menos tempo na universidade tiveram maior prevalência de
baixo nível de atividade física. Também maior renda e classe
social mostraram-se associados a maior prevalência de baixa
atividade física. (Fontes; Vianna, 2009, p.20-29)
Do mesmo modo, encontra-se no estudo realizado na Universidade
Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD, Portugal, onde Nagem et al. (2007) nos
revelou que: “é elevado o número de acadêmicas do curso de educação física
que não praticam atividade física”. Os índices de atividade neste gênero,
segundo a pesquisa, são ínfimos.
Outra pesquisa realizada em 2004 nos cursos das áreas de
saúde/biológica da Faefid-UFJF em Juiz de Fora - MG demonstra que os
estudantes de Biologia (86,9%) e Educação Física (90%) se mostraram mais
ativos fisicamente que os da Farmácia (56%) e Odontologia (61,1%) cuja
19
porcentagem de ativos fisicamente não muda muito em relação ao tempo de
permanência desses alunos nos cursos. Seguindo essa mesma linha de
hipótese sobre estudantes de Educação Física serem, em sua maioria, ativos
em relação à prática de atividade física, existe outra observação publicada em
2010 realizada em uma instituição de ensino com alunos do curso de Educação
Física em Belo Horizonte.
Este estudo demonstra um resultado pouco divergente aos outros
discutidos, pois “a porcentagem de indivíduos que atingem a recomendação
atual de atividade física para saúde entre os estudantes foi de 62,7% e o índice
de sedentarismo foi de 5,4%.”, sendo os índices em relação ao gênero
masculino se sobrepõe ao feminino, uma vez que os homens são menos
sedentários em relação às mulheres.
Não basta apenas que esses alunos de Educação Física façam parte de
alguma rotina de atividade física para não serem classificados como
sedentários, se eles mesmos não possuem competência de repassar essas
informações adequadamente para quem realmente necessite. Por este motivo,
entre 1996 e 1998 elaborou-se um estudo com 653 alunos do curso de
Educação Física das Faculdades da Capital de São Paulo, colhendo dados
para quantificar a qualidade de informação que esses alunos disseminavam
para os seus ouvintes. Observou-se que o nível de conhecimento foi
inadequado entre os alunos, comparado com as especificações do programa
Agita São Paulo (2010). Portanto, sugeriu-se que o “curso superior de
educação física sejam oferecidos maiores conhecimentos sobre a relação
atividade física e promoção da saúde, se possível numa disciplina específica.”
Por acreditarem que é de suma importância um maior conhecimento
destes alunos ao menos sobre a freqüência adequada, modo e intensidade
ideal para a prática de qualquer atividade física.
3.3 – Doenças relacionadas ao Sedentarismo
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006), a relação entre
exercícios físicos e doenças relacionadas começou a ser discutida em meados
20
dos anos 50, quando em Londres ao se pesquisar quais doenças atingiam os
funcionários aposentados da companhia de ônibus (motoristas) comparadas
com os dos correios (carteiros), determinaram que os motoristas possuíam
mais doenças do coração, devido ao esforço físico que os carteiros tinham para
exercer o seu trabalho.
Segundo M. Matsudo (2009), a atividade física trás para as pessoas vários
fatores que venham causar benefícios para a sua saúde, como diminuição da
gordura corporal, melhoria da flexibilidade, manutenção da massa muscular e
densidade óssea, diminuição da frequência cardíaca em repouso, do risco de
depressão, estresse e ansiedade, melhora da auto-estima, força muscular,
volume de sangue. Matsudo (2009) ainda afirma que os benefícios mais
importantes com a prática de atividade física são “diminuição do risco de
doença cardiovascular, acidente vascular cerebral tromboembólico,
hipertensão, diabetes tipo 2, osteoporose, obesidade, câncer de cólon e câncer
de útero”. Devido à preocupação causada pelo aumento das internações por
motivo da falta de exercício físico, a OMS definiu a data de 06 de abril como o
Dia Mundial da Atividade Física, a fim de proporcionar uma maior
conscientização à população. A Folha de São Paulo, em 2003, exibe uma
matéria mostrando os gastos da prefeitura em relação às internações
hospitalares relacionadas com problemas afins à inatividade física, indicando
em 2002 foram investidos R$ 93,7 milhões dos cofres públicos paulistanos em
gastos com internações, sendo 85% deste relacionado às doenças
cardiovasculares. Um valor exorbitante em relação ao gasto que poderiam ter
caso esta verba pública fosse aplicada em projetos para prevenção, pois a
população teria uma saúde melhor.
Para se ter uma ideia sobre a mudança de hábito da população
brasileira durante o passar do tempo, Abade (2008) demonstrou que no ano de
1930 as doenças cardiovasculares eram responsáveis por 12%, pois quase
metade da população morria de doenças infecciosas e parasitárias. Com o
passar dos anos, em 2006 esse resultado ultrapassou os 27%, em 2008
alcançou os 30% de óbitos relacionados a doenças cardiovasculares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2011), para começar a
ter uma vida mais saudável, o censo comum de atividade física seria,
“exercícios aeróbicos por 4 vezes semanais ao redor de 60 minutos/vez :
21
corrida ou bicicleta ou natação associados a exercícios de fortalecimento
muscular e de equilíbrio, por duas vezes de 15 a 20 minutos, a mais ou dentro
dos 60 minutos.” Sintomas como falta de ar, dores do peito ou costas, tonturas,
palpitações ou outras manifestações fora do habitual durante ou após a
atividade física, devem ser comunicados ao médico. Contudo, para o programa
“Agita São Paulo”, basta praticar atividade física no mínimo de 30 minutos
diários ou ter um dispêndio calórico semanal acima de 2.200 kcal.
Porém como a população pode proceder para começar a ter uma vida
saudável sem correr riscos? Basicamente, a primeira coisa que precisa ser
feita é a realização de consulta ao cardiologista a fim de realizar todos os
exames necessários. Mas pode-se começar mudando alguns hábitos básicos
ligados às ações diárias como: subir escadas em vez de elevador, dispensar o
interfone e o controle remoto, estacionar o automóvel intencionalmente num
local mais distante, dispensar a escada rolante no shopping center. Para
manter a atividade física mais saudável é necessário tomar algumas devidas
precauções para praticar o exercício físico com mais segurança como: utilizar
roupas adequadas, proporcionando um conforto térmico, hidratar-se antes,
durante e após o exercício, a fim de não desenvolver um quadro de
desidratação, escolher um exercício que traz prazer, bem estar físico e mental
regulando sempre a intensidade, ter sempre por perto profissionais qualificados
para avaliar o condicionamento físico elaborando programa de treinamento.
Como afirma Leite (2010) “a atividade física regular e realizada com prazer é
um recurso insubstituível na promoção de saúde e qualidade de vida.”
22
4 – METODOLOGIA
4.1 Modelo de estudo
A metodologia utilizada neste estudo foi de caráter quantitativo, usando
uma pesquisa descritiva que, segundo (THOMAS; NELSON; SILVERMAN,
2007), “tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as
práticas por meio da observação, análise e descrições objetivas, através de
entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e validação de
conteúdo”.
Para Severino (2002) a pesquisa descritiva procura descobrir, com
precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e
conexão com outros, sua natureza e características.
4.2 População e Amostra
O procedimento utilizado foi o de estudo de campo, tendo como objetivo
analisar a realidade de uma população específica, neste caso os alunos das
quatro turmas do Curso de Licenciatura da Universidade do Estado da Bahia,
Campus –II, Alagoinhas. O critério utilizado para a escolha dos candidatos para
a pesquisa foi de forma universal, voluntariosa, tendo em vista que para a
pesquisa ser válida é preciso no mínimo 10% do total de alunos matriculados e
frequentes.
Avaliou-se 43 estudantes do curso de Educação Física, de ambos os
sexos, variando entre 19 anos a 50 anos de idade. Os indivíduos foram
entrevistados no período de 18 de julho de 2011 a 12 de agosto de 2011, no
turno matutino, horário em que os alunos estão nas dependências da
Universidade. A aplicação dos questionários transcorreu com todos os alunos
na sala de aula, sendo explicado como seria a pesquisa e sua finalidade. Os
alunos não interessados em participar poderiam se retirar da sala de aula,
entregando assim os questionários para os alunos restantes e respondido
seguindo as orientações do aplicador que se manteve no local da coleta dos
dados, para a eventual necessidade de tirar dúvidas que surgissem.
.
23
4.3. Local do estudo
No último censo do IBGE (2010), o município e Alagoinhas localizado no
Litoral Norte do estado da Bahia, com distância de 119 km da capital Salvador,
tem população estimada em 2010 de 141.949 habitantes, com extensão
territorial de 752Km², com a administração de mais três distritos sendo eles
Araçás, Boa União e Riacho da Guia.
Neste município localiza-se o Campus-II da Universidade do Estado da
Bahia, situado a Rodovia Alagoinhas/Salvador – BR 110, Km 03, numa área de
aproximadamente 50 hectares, a 5 km do centro da cidade de Alagoinhas,
disponibilizando 07(sete) cursos de graduação.
4.4 Análise dos dados
Empregou-se o método Estatístico que segundo Fachin (2001, p. 46),
“se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados na teoria da
amostragem e, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da
realidade social em que se pretenda medir o grau de correlação entre dois ou
mais fenômenos”.
Foi utilizado a estatistica descritiva, os resultados foram apresentados na
forma percentual. O tratamento destes questionários foi realizado no software
Windows Excel 2010 e pelo programa estatístico SPSS Statistics para
Windows® versão 17.0., possibilitando visualizar os resultados em gráficos e
tabelas para um melhor entendimento.
4.5 Coleta de Dados
Critérios de inclusão: ser aluno regular do curso de educação física na
UNEB. O critério utilizado para a escolha dos candidatos para a pesquisa foi de
forma universal, onde foi oportunizado a todos os alunos a possibilidade de
participar da pesquisa e responder o questionário. Sendo, portanto a
participação espontânea.
24
Empregou-se a técnica de Dados Primários, que não sofreram estudo ou
análise, sendo os dados coletados por meio de questionário, utilizando o
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) (ANEXO A), versão
longa, que foi proposto pela Organização Mundial da Saúde (1998), pois era
necessário, “a mensuração do nível de atividade física em grandes grupos
populacionais requer instrumentos de fácil aplicação, boa precisão e de baixo
custo.” Rev. Bras. Ciên. e Mov. 9 (3): 45-51, 2001.
Traz-nos dados relacionados à duração da atividade, freqüência,
intensidade e tipo de atividade, nos âmbitos do trabalho, transporte, atividade
física em casa e atividade física de recreação, esporte, exercício e de lazer,
possibilitando a classificação desses indivíduos como Muito Ativo, Ativo,
Irregularmente Ativo e Sedentário. O questionário IPAQ também permite a
estimativa do gasto calórico das atividades através da estimativa do
equivalente metabólico (MET), em que segundo Diniz e Meneghelo (2010),
MET “é a unidade que utilizamos para quantificar a intensidade da atividade
física realizada.”, ou classificada de acordo com o tempo de exercício realizado
numa determinada duração e frequência.
Além de classificar os indivíduos em relação ao nível de atividade física,
foi utilizado neste trabalho as respostas do IPAQ relacionadas a horas de
trabalho por dia, percepção do estado de saúde e tempo gasto sentado. A
partir destas respostas foi feito um agrupamento considerando ativos os
classificados como muito ativos e ativos e como sedentários os classificados
como irregularmente ativos e sedentários.
25
5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como início da descrição dos resultados foi analisado o nível de
atividade física entre os universitários, para uma melhor visualização dos
resultados foi feito um agrupamento dos domínios em: Ativo (Muito ativo
somado ao Ativo), e Sedentário (Irregularmente Ativo somado ao Sedentário),
esses resultados seguem no gráfico 1.
Gráfico – 1; Classificação em quanto nível de atividade física.
A aplicação do questionário IPAQ, versão longa, nos trouxe os seguintes
resultados, do total de estudantes a maioria deles são classificados como Ativo,
estes resultados semelhantes foi encontrado em estudantes de uma
Universidade de Lubango em Angola (2008), onde 86,2% dos estudantes de
Educação Física de lá relataram praticar alguma atividade física.
Outros resultados utilizando o mesmo questionário só que apenas no
domínio lazer traz resultados de inatividade física com percentuais não muito
diferentes do que nesta pesquisa que foi de 18% (irregularmente ativo somado
ao sedentário), estudo realizado na Universidade Federal de Pelotas (2010),
identificou que 15,6% dos universitários eram inativos fisicamente, na
Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia (2008), essa prevalência foi de
26
20,2%. Já em Sergipe na Universidade Federal de Sergipe (2010) com
estudantes do curso de Educação Física e na Universidade Federal da Paraíba
(2009) com todos os estudantes da universidade, o nível de sedentários já foi
um pouco mais alto em relação a esta pesquisa, pois chega à marca dos
45,2% e 31,2% respectivamente.
Um estudo realizado com a população no município de Alagoinhas
(2008) obteve os seguintes resultados: com 68% indivíduos inativos fisicamente
contra 32% sujeitos ativos. Por isso que em comparação com outras pesquisas
envolvendo universitários os estudantes de Educação Física da UNEB, não
manifesta resultados muito preocupantes, pois o número de sedentários não
teve um índice muito elevado.
Gráfico – 2; Gênero da amostra.
A amostra foi composta por uma maior quantidade de estudantes do
sexo feminino, na qual 67% dos entrevistados foram do sexo feminino e 33%
do sexo masculino. Este resultado não foge aos padrões em confronto com o
Censo Demográfico realizado em 2010, onde amostras indicam que há no
Nordeste, 95,3 homens para cada 100 mulheres respectivamente, fato esse
decorrente pela razão das correntes migratórias, iniciadas principalmente na
década de 1940.
27
Sabendo também que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP) realizou estudos para saber o perfil dos estudantes das
universidades públicas e particulares, encontrando que, em 2010, dentre os
estudantes matriculados, 57% das vagas foram ocupados pelo sexo feminino e
daqueles que conseguiram concluir o curso, 60,9% são mulheres.
Como podemos notar no Gráfico - 3 observa-se que foi encontrada uma
diferença muito pouca entre os resultados, pois em relação ao gênero a
porcentagem de ativos só teve uma leve diferença de 5% que também pode
ser observado no domínio relativo ao sedentarismo, pois 20,7% das mulheres e
14,3% dos homens são sedentários, podemos observar que os homens são
mais ativos fisicamente do que as mulheres. Estes resultados não se
diferenciam muito em comparado a outros estudos com este mesmo caráter,
como na investigação realizada em uma universidade de Pelotas em 2010, que
homens foram mais ativos que as mulheres com 89,7% e 79,6%
respectivamente, não havendo assim uma diferença muito grande entre os
resultados. Outros estudos apontam para uma maior inatividade física para o
sexo feminino como nos mostra uma pesquisa realizada com a população da
cidade de Lauro de Freitas (2007), trazendo a informação que 39% dos
homens e 40% das mulheres são inativos, dando para perceber que o nível de
sedentários tem uma frequência bem maior do que nossos resultados.
28
Gráfico – 3; Nível de Atividade Física x Gênero.
Salles-Costa (2003) reintera que os objetivos e características das
atividades procuradas de ambos os sexos são diferentes, pois, “os homens
procuram atividades físicas coletivas e de caráter competitivo e as mulheres
em atividades individuais, que solicitem menos força física”.
29
Gráfico – 4; Horas por semana de trabalho.
Segundo o Gráfico 4, 35% dos estudantes analisados não mantém
nenhum vínculo empregatício sua maioria, cerca de 65% dos estudantes
trabalham variando entre 2 horas a 8 horas diárias, sendo os alunos que
trabalham próximas de 8 horas diárias possuem sua carga horária dividida
entre vespertino e noturno, diferente dos alunos da Universidade Federal da
Paraíba (2009), que aproximadamente 60,5% dos estudantes não realizavam
trabalho remunerado além da universidade. Estes resultados não se diferem
dos estudos realizados pelo INEP durante a aplicação do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE), revelando que 53,7%, tanto dos alunos
egressos quanto dos que concluem o ensino superior, trabalham ou já
trabalharam em tempo integral.
30
Gráfico – 5; Nível de Atividade Física x Trabalho Remunerado.
Observa-se que houve uma contradição nos resultados porque o
número de ativos foi maior na porção dos que trabalham, índice que deveria
ser contrário por eles terem que trabalhar, restando pouco tempo livre durante
o dia. Deveria então criar mais opções de atividade física dentro do campus da
universidade, com a finalidade de ocupar o tempo ocioso destes universitários,
com o objetivo de melhorar este índice de sedentarismos que chega aos 26,7%
dos que não trabalham.
31
Gráfico – 6; Percepção de saúde dos estudantes.
Perguntou-se aos estudantes como se sentiam em relação ao seu
estado de saúde. A maioria, 44%, definiu como Boa, 33% como Muito Boa,
16% Excelente e 7% como Regular. Podemos comparar esses resultados com
alguns outros que tiveram os mesmos procedimentos de classificação um deles
foi realizado como na Universidade de Santa Cruz – BA (2008), que
demonstram que a frequência dos sujeitos classificados com nível de saúde
negativa foi de 14,3%, com maior frequência para o sexo feminino (17,8%).
Já na Universidade Federal da Paraíba (2009), a auto-avaliação do
estado de saúde foi descrito como excelente ou bom por 74,9% da amostra, e
apenas 2% dos estudantes se classificaram como tendo estado de saúde ruim.
Trazendo para o contexto dos professores formados em Educação Física do
ensino básico de Pelotas (2011), eles se consideram em termos de saúde
como excelente e muito boa com 62,6%, já com moradores do distrito de
Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo (2010), enquanto sua
percepção de saúde, 55,8% consideraram sua saúde boa ou ótima.
32
Gráfico – 7; Percepção de saúde dos estudantes x Atividade Física.
Em termos de saúde, o domínio que houve maior frequência de
universitários foi relatado no estado de saúde relativo Boa com 45,7% sendo
classificado como Ativo. Observando-se, também, que o maior índice de
sedentários foi no domínio Bom, discutindo este resultado de que este índice
poderia diminuir caso estes alunos fossem mais ativos fisicamente, a
percepção de saúde relacionada ao Boa, poderia diminuir entre os sedentários.
33
Gráfico –8; Tempo gasto sentado por um dia da semana.
O gráfico – 9, nos mostra que os estudantes, durante o fim de semana,
passam muito tempo sentados ao longo do dia, na qual a maioria permanece
sentada entre 5hs até 12hs, por motivos de estudo, trabalho ou no lazer em
frente ao computador ou assistindo televisão. Bassilio (2010) afirma que ficar
sentado por muito tempo pode acarretar sérios riscos a saúde como
desenvolvimento de hérnia de disco devido à má postura quando sentado,
comprometimento da circulação sanguínea por compressão dos vasos e
redução do gasto metabólico trazendo risco para desenvolver obesidade. Frank
Hu (2011), da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, afirma que para cada
duas horas de televisão diária, o risco de diabetes aumenta 20%, enquanto o
risco de doença cardíaca, 15%, e o risco de morte, 13%.
O educador físico Luciano D´Elia (2010) afirma que “o corpo humano
não foi desenhado para ficar sentado o tempo todo”, e, também, os “músculos
parados perdem elasticidade, flexibilidade, força e resistência; além disso, o
resto do corpo tem de fazer um esforço bem maior, o que leva a uma má
postura e desequilíbrio muscular”.
34
É necessário então que a cada uma hora sentada, o indivíduo faça
alongamentos simples, realize uma leve caminhada, a fim de promover maior
oxigenação no corpo todo. Como explica Raul Santo (2010), "é importante que
a pessoa crie o hábito de alongar-se para reposicionar o corpo, tentando
alcançar o equilíbrio postural”.
Dados mostrando o tempo gasto sentado durante um dia do fim de
semana, distancia-se em relação ao mostrado anteriormente, uma vez que os
dados mostram menos tempo sentados, supondo que esse tempo foi utilizado
para o seu lazer.
Gráfico – 9; Tempo gasto sentado por um dia do Fim de Semana.
35
Gráfico – 10; Nível de Atividade Física x Tempo gasto sentado por um dia da
Semana.
Como era de se esperar os alunos que passam 1h até 4h sentados teve
um índice de inatividade física muito baixa, outro resultado que houve uma
diferença elevada foram os alunos que ficam sentados de 12h até 20h por dia
com uma diferença entre eles de 26,2%, sendo que o maior índice foi os dos
inativos, nos outros resultados esta diferença não foi significante. Não basta
apenas ser ativo fisicamente se maior parte do dia esses universitários ficam
sentados, pois segundo MELO (2010) foi realizada uma pesquisa americana
desenvolvida durante 14 anos com adultos pela Sociedade Americana de
Câncer observou que “entre os que praticavam atividades físicas, mas
passavam boa parte do dia sentados, a incidência de doenças também foi
maior, embora não tão grande quanto entre aqueles que, além de
permanecerem sentados, não se exercitavam”, a dica que ele sugere é que
36
não basta apenas fazer exercícios físicos mas também tem que diminuir o
tempo sentado durante o dia.
Gráfico – 11; Faixa etária da amostra.
Em relação à idade dos universitários analisados, 64% estão entre 19 e
24 anos, 22% entre 25 e 30 anos e 14% entre 31 e 50 anos. Foi realizada na
Universidade de Santa Cruz - BA em 2008 que indicava uma equivalência nos
resultados com esta amostra, pois os estudantes de lá em sua maioria tinha a
idade de 21 a 30 anos (58,0%).
Observa-se a existência de um significativo crescimento em relação aos
estudantes universitários acima dos 25 anos, uma vez que a soma alcança
perto da metade dos estudantes. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (INEP), esse crescimento vem sendo observado
desde 2000, onde 15,9% dos novos estudantes tinham a idade acima dos 25
anos, atingindo em 2006 o percentual de 39,73%. É provável que este fato
esteja ligado aos efeitos da política de ampliação do acesso à educação
37
superior, empenhada pelo Ministério da Educação, com a ampliação das vagas
nas instituições estaduais e federais, utilizando programas para facilitar esse
acesso, como o Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade
para Todos (PROUNI). Ademais, o aumento da oferta de cursos a distância
pode ser outra causa, pois continua a ser uma das modalidades que mais
absorvem alunos que voltaram há estudar alguns anos após a conclusão do
ensino médio.
De acordo com o Censo 2006, a idade média dos estudantes de EAD é
de pelo menos dois anos a mais do que na presencial, podendo chegar a uma
diferença média de até seis anos para alguns cursos. Vale ressaltar que o fato
da maioria ter até 25 anos é um fato mais natural, considerando o término do
ensino médio e ingresso no ensino superior.
Gráfico – 12; Semestres da amostra.
A pesquisa trouxe resultados de aproximadamente 42% dos estudantes
cursando o 2° semestre, 14% o 4° semestre, 14% dos estudantes do 6°
semestre e por fim 30% dos estudantes do 8° semestre. O curso de
Licenciatura em Educação Física Campos II- UNEB abriga ao mesmo tempo
apenas quatro turmas por vez, por razões de déficit no espaço físico da
instituição e quadro de docentes. A provável justificativa para um maior número
38
de alunos no segundo semestre decorre do fato de haver desistência durante a
vida acadêmica, e devido a alguns alunos de semestres mais avançados
estarem desemestralizados.
Gráfico – 13; Semestres da amostra x Classificação do nível de atividade
física.
Segundo o gráfico-13 existiu uma maior evidência de alunos sedentários nas
turmas do 2° semestre e no 6° semestre com porcentagem que chega a 38,9%
e 16%, enquanto nas turmas do 4° semestre e 8° semestre não houve nenhum
caso. Ao contrário do resultado encontrado aqui na Universidade Federal da
Paraíba (2009), os estudantes de lá com maior tempo de ingresso na
universidade tiveram uma tendência de diminuição da intensidade da atividade
física realizada.
39
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho monográfico se propôs a diagnosticar o nível de atividade
física dos alunos do curso de Licenciatura em Educação Física da UNEB –
Campus II no âmbito da atividade física, e também traçar o perfil destes alunos
em nível de gênero, idade, semestre, trabalho remunerado, tempo sentado
durante um dia da semana e tempo sentado durante um dia do fim de semana,
percepção de saúde, comparando algum destes resultados com a classificação
do nível de atividade física. Para diagnosticar alguns possíveis problemas que
uma vida agitada de universitários pode trazer exemplo: falta de tempo para a
prática de alguma atividade física. A pesquisa trouxe resultados respondendo
aos objetivos estabelecidos desde o início deste estudo, na qual demostra que
mesmo fazendo um curso ligado à saúde, o índice de sedentários entre os
universitários foi relativamente baixo comparado com outras pesquisas que
tiveram o mesmo caráter, apenas devemos alertar aos universitários que esses
resultados não se alterem somente no âmbito da diminuição do sedentarismo
porque, como foi explicada, uma vida sedentária pode trazer vários malefícios à
saúde.
Este trabalho tem o intuito de contribuir para uma maior conscientização
das pessoas não só deste grupo específico, mas de todos que possam ter
acesso a estes resultados, para que tenham um maior conhecimento dos
problemas causados pelo sedentarismo, assim como conhecer as várias
opções de atividades que possam contribuir para ter uma vida mais saudável.
Mostrar que todos podem reivindicar para uma melhoria das estruturas
físicas da UNEB, oportunizando que todos os cursos desta universidade
poderão utilizar os conhecimentos desses futuros professores em atividades
que possam ajudar a ter uma vida mais saudável. E a partir daí, solicitar
algumas ações de melhoria das políticas públicas ligadas à saúde, de modo
que todos tenham acesso à informação e uma vida mais saudável.
40
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47
ANEXO A
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – QUIAF – VERSÃO LONGA
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA.
Nome:_________________________________________________ Data: ___/ ___ / ___ Idade : ____ Sexo: F ( ) M ( ) Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não. Quantas horas você trabalha por dia: __ Quantos anos completos você estudou: ____ De forma geral sua saúde está: ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( )Ruim
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem
como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está
sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a
entender que tão ativos nós somos em relação as pessoas de outros países. As
perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física em
uma semana ultima semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no
trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como
parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO
importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que considere que não seja
ativo. Obrigado pela sua participação!
Para responder as questões lembre que:
Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço
físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço
físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
SEÇÃO 1- ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO
Esta seção inclui as atividades que você faz no seu serviço, que incluem trabalho remunerado ou voluntário, as atividades na escola ou faculdade e outro tipo de trabalho não remunerado fora da sua casa. NÃO incluir trabalho não remunerado que
você faz na sua casa como tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas na seção 3.
1a. Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?
48
( ) Sim ( ) Não – Caso você responda não Vá para seção 2: Transporte As próximas questões são em relação a toda a atividade física que você fez na última semana como parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. NÃO inclua o transporte para o trabalho. Pense unicamente nas atividades que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos:
1b. Em quantos dias de uma semana normal você anda, durante pelo menos 10
minutos contínuos, como parte do seu trabalho?Por favor, NÃO inclua o andar como forma de transporte para ir ou voltar do trabalho. _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a seção 2 - Transporte.
1c. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA caminhando como parte do seu trabalho ?
____ horas ______ minutos
1d. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas, por pelo menos 10 minutos contínuos, como carregar pesos leves como parte do seu trabalho?
_______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 1f
1e. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades
moderadas como parte do seu trabalho?
_____ horas ______ minutos
1f. Em quantos dias de uma semana normal você gasta fazendo atividades vigorosas, por pelo menos 10 minutos contínuos, como trabalho de
construção pesada, carregar grandes pesos, trabalhar com enxada, escavar ou subir escadas como parte do seu trabalho: _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 2a.
1g. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades
físicas vigorosas como parte do seu trabalho?
_____ horas ______ minutos
SEÇÃO 2 - ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE Estas questões se referem à forma típica como você se desloca de um lugar para outro, incluindo seu trabalho, escola, cinema, lojas e outros. 2a. O quanto você andou na ultima semana de carro, ônibus, metrô ou trem?
49
________dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para questão 2c
2b. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA andando de carro, ônibus, metrô ou trem?
_____horas _____minutos Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro
na última semana. 2c. Em quantos dias da última semana você andou de bicicleta por pelo menos 10
minutos contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua o pedalar por
lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a questão 2e.
2d. Nos dias que você pedala quanto tempo no total você pedala POR DIA para ir
de um lugar para outro? _______ horas _____ minutos
2e. Em quantos dias da última semana você caminhou por pelo menos 10
minutos contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua as
caminhadas por lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a Seção 3.
2f. Quando você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA
você gasta? (NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício) _______ horas _____ minutos
SEÇÃO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA: TRABALHO, TAREFAS DOMÉSTICAS E CUIDAR DA FAMÍLIA.
Esta parte inclui as atividades físicas que você fez na última semana na sua casa e ao redor da sua casa, por exemplo, trabalho em casa, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa ou para cuidar da sua família. Novamente pense somente naquelas atividades físicas que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos.
3a. Em quantos dias da última semana você fez atividades moderadas por pelo menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer, rastelar no jardim ou quintal.
________dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 3b.
3b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo no total você gasta
POR DIA fazendo essas atividades moderadas no jardim ou no quintal?
_______ horas _____ minutos
50
3c. Em quantos dias da última semana você fez atividades moderadas por pelo
menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer ou limpar o chão dentro da sua casa.
_____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 3d.
3d. Nos dias que você faz este tipo de atividades moderadas dentro da sua casa
quanto tempo no total você gasta POR DIA?
_______ horas _____ minutos
3e. Em quantos dias da última semana você fez atividades físicas vigorosas no jardim ou quintal por pelo menos 10 minutos como carpir, lavar o quintal,
esfregar o chão: _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a seção 4.
3f. Nos dias que você faz este tipo de atividades vigorosas no quintal ou jardim quanto tempo no total você gasta POR DIA?
_______ horas _____ minutos
SEÇÃO 4- ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE
LAZER.
Esta seção se refere às atividades físicas que você fez na última semana unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer. Novamente pense somente nas atividades físicas que faz por pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor, NÃO inclua
atividades que você já tenha citado. 4a. Sem contar qualquer caminhada que você tenha citado anteriormente, em quantos dias da última semana você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos no seu tempo livre?
_____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4b 4b. Nos dias em que você caminha no seu tempo livre, quanto tempo no total você gasta POR DIA?
_______ horas _____ minutos 4c. Em quantos dias da última semana você fez atividades moderadas no seu tempo livre
por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar bola, vôlei, basquete, tênis : _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4d.
4d. Nos dias em que você faz estas atividades moderadas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA?
_______ horas _____ minutos
51
4e. Em quantos dias da última semana você fez atividades vigorosas no seu tempo livre
por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer Jogging: _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para seção 5. 4f. Nos dias em que você faz estas atividades vigorosas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA?
_______ horas _____ minutos
SEÇÃO 5 - TEMPO GASTO SENTADO
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.
5a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos 5b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos
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