NBR 6118 Cursonova

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NBR 6118:2003 Introdução

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NBR 6118:2003

Introdução

Page 2: NBR 6118 Cursonova

DISTRIBUIÇÃO DE DEFEITOS DEVIDOS AO PROJETO

14%

78%

5% 3%

CONCEPÇãO GERAL DETALHE ERRôNEO/INEXISTENTE

MATERIAIS NãO IDôNEOS ERRO DE CáLCULO

Page 3: NBR 6118 Cursonova

DISTRIBUIÇÃO DE DEFEITOS SEGUNDOAS ETAPAS DO PROCESSO CONSTRUTIVO

37%

50%

5%8%

PROJETO EXECUÇãO MATERIAIS USO E MANUTENÇãO

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1 - Breve Histórico da Norma

NB-1/1940 NB-1/1960 NB-1/1978 NBR 6118:20031900 1950 2004

19

40

19

60

19

78

20

03

NB-1/1940 – Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado

NB-1/1960 – Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado

NB-1/1978 – Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado

NBR-6118:2003 – Projeto de Estruturas de Concreto

- Influência do Código Modelo CEB/FIP/90

ïî

ïí

ì

Diniz F. Zamarion José

França Silva e L. Ricardo

Stucchi Rebouças Fernando

base texto:1993 -

-2000/2001 (discussão)-Março/2003 (publicação)-Março/2004 (entra em vigor)

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2 – Visão Geral da NBR 6118:2003

Visão Geral

PríncipioBásico

PrincipaisNovidades

AlteraçõesPrincipais

Pretende-se com isso, analisar a extensão da mudança e do trabalhonecessário para a adaptação aos requisitos atuais;

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2.1 – Princípios Básicos

ïî

ïí

ì®®+

Protendido Concreto

Armado Concreto

Simples Concreto

2003:6118 NBR

1989:7197 NBR

1/1978-NB

2.1.1 – Norma exclusiva de projeto

NB-1/1978

Projeto

Execução

NBR 6118:2003

NBR 14931:2003

Projeto de Estruturas de Concreto

Execução de Estruturas de Concreto

2.1.2 Norma Para Projeto de Concreto Estrutural

Este fato deve-se a uma série de similaridades existente entre as teorias de Concreto Armadoe Protendido. O Concreto Armado pode ser entendido, em vários aspectos, como um ConcretoProtendido com grau de protensão nulo.

2.1.3 Valores de Resistência Característica do Concreto

normais) (concretos MPa 50

estrutura) da dedurabilida(aumentar MPa 20 fck 2003:6118 NBR

£³

Para valores acima de 50 MPa, o concreto deve ser tratado como de alta resistência (ou de altodesempenho) e as prescrições dessa norma não são mais válidas. Para o projeto de estruturascom esse tipo de material devem ser utilizadas normas específicas.

Ir CP

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2.1.4 Norma MãeNBR 6118:2003 (Projeto de Estruturas)

Norma-Mãe

- Edifícios (NBR 6118/NBR 14931)- Pontes (NBR 7187)- Estruturas Especiais (NBR …)

Optou-se por incluir uma série de prescrições que seriam, a princípio, de responsabilidadeda NBR 8681 – Ações e Segurança nas Estruturas. Isso aconteceu devido à importânciadessas prescrições e ao fato de que a NBR 8681 não é muito conhecida no meio técnico.

2.1.5 Sequência de ProjetoOs capítulos procuram acompanhar a sequência de projeto:I. Definição dos materiaisII. Requisitos de qualidadeIII. Definição de vida útil e requisitos de durabilidadeIV. Definição das propriedades dos materiais

Deve-se, então, conceber a estrutura e seus métodos construtivos para passar para as etapas de:V. Definição das ações e suas combinaçõesVI. Análise EstruturalVII. Dimensionamento, verificação e detalhamento dos diversos tipos de peças estruturais

Elementos LinearesLajes

Elementos Especiais

Critérios paraDimensionamento

Verificaçãodas Peças

Regras deDetalhamento

Ir

Ir 2Ir 1

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2.2 Principais Novidades

2.2.1 Durabilidade

Requisitos deDimensionamento

- Capacidade resistente adequada- Bom desempenho em serviço- Durabilidade

NB-1/1978

NBR 6118:2003Vida Útil: Período de tempo durante o qual se pretende que a estrutura mantenha suas condições

adequadas de uso, sem necessidade de manutenções extraordinárias. Deve ser definidoem conjunto com o proprietário da obra.

2.2.2 QualidadeForam incluídos requisitos mínimos de qualidade, aos quais as estruturas de concreto devem atender.Podem ser estabelecidos requisitos adicionais, em comum acordo entre o autor do projeto estrutural eo contratante.

2.2.3 Vento como Ação ObrigatóriaNBR 6118:2003 Todas as estruturas

NBR-1/1978

Se o vento produzir efeitos estáticos ou dinâmicos importantes

Se o número de filas de pilares numa dada direção for menor que quatro

Se a altura da edificação maior que, quatro vezes a largura menor

ventodo efeito ao estrutura

da adesensibilid da Aumento

Peças das dimensãoMenor -

vigassem Pavimentos-

Leves Divisórias e Vidro de Fachadas-

Vãos Grandes-

pavimentos de elevado n -

Modernas

Estruturas

0

=

ïïï

î

ïïï

í

ì

Capacidade resistente, desempenho em serviço e durabilidade

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2.2.4 Imperfeições Geométricas (Locais e Globais)

Não há mais a obrigatoriedade de sobrepor-se a ação acidental à ação inicial de 1a. ordem, bastando tomar-sea maior dessas ações;

2.2.5 Análise EstruturalNB-1/1978 è Análise de Elementos Isolados NBR 6118:2003 è Análise Global (espacial)

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2.2.6 Novo modelo para o Dimensionamento ao CisalhamentoSão dois os modelos propostos para o dimensionamento ao cisalhamento.

O modelo 1 é análogo ao modelo anteriormente utilizado, já o modelo 2 permitea utilização de bielas de compressão com ângulos diferentes de 450.

Devido a uma nova expressão para a capacidade última da seção ao cisalhamento, Estes modelos permitem aumentar os limites da solicitação por cortente nas vigas,com um menor consumo de armadura.

2.2.7 Modelos de Bielas e Tirantes

Para o dimensionamento de regiões especiais e elementos especiais, naNBR 6118:2003 permite a utilização de modelos de bielas e tirantes.

2.2.8 Fadiga e Solicitações DinâmicasA verificação do estado limite último de fadiga e dos estados limites de vibraçãoexcessiva devido às ações dinâmicas faz parte, agora, do escopo da norma.

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2.3 Alterações Principais

îíì

=+=

®bruta seção da Inércia I

(MPa) 3,5fck.6600.9,0E.IE 1/1978-NB

c

cs

ccs

2.3.1 Estados Limites de Serviço

ïî

ïí

ì

>=<=

FISSURAÇÃOIIC

FISSURAÇÃOIC

CS

ccs

MM se II

MM se II

(MPa) fck0,85.5600.E

.IE 2003:6118 NBR

2.3.2 CobrimentosEm função de requisitos de durabilidade, os cobrimentos mínimos exigidos pela norma aumentaram.Esses cobrimentos, se associados à compacidade do concreto, garantem maior durabilidade da peça.A compacidade do concreto fica caracterizada na norma através do fator água/cimento e pela classede resistência do concreto.

2.3.3 Análise da Estabilidade Global

Deslocabilidade Horizontalda Estrutura

Estrutura de Nós Fixos(Efeitos de Segunda Ordem Desprezíveis)

Estrutura de Nós Móveis(Efeitos de Segunda Ordem Importantes)

Parâmetro a

Parâmetro gZ

Alternativas simplificadas para avaliação daImportância dos efeitos de segunda ordem.

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2.3.4 Instabilidade e Efeitos de Segunda OrdemA inclusão de um capítulo sobre Instabilidade e efeitos de segunda ordem permitiu a definiçãoMais precisa e completa dos diversos fenômenos envolvidos, tanto locais como globais.No caso de pilares esbeltos estão normalizados diversos procedimentos de verificação baseadosem diagramas momento-curvatura.

Critério de dispensa de análise dos efeitos locais de segunda ordem:

NB-1/1978 è l ≤ 40

NBR 6118:2003 è l variável

2.3.5 Verificação da Ductilidade

NBR 6118:2003 è Exige a verificação da capacidade de rotação da seçãotransversal através da relação x/d.

Nos casos usuais, em que se pretende melhorar a ductilidade nas regiões dos apoios, por exemplo, arelação x/d deve ser menor ou igual a 0,5. Quando existir redistribuição de esforços, essas relaçõesdevem ser ainda menores.O dimensionamento de seções transversais com armadura dupla também deve seguir esses novoslimites e não mais o tradicional limite entre os domínios 3 e 4.

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2.4 Observações

1) Não é necessário conhecer Concreto Protendido para a utilizaçãoda norma. Os tópicos sobre o assunto geralmente sãoapresentados depois das prescrições para concreto armado.Entretanto o conhecimento sobre protensão pode ser útil emvárias situações.

2) Os aspectos referentes ao concreto protendido não estão noescopo dessa apresentação.

3) A utilização de programas para análise e projeto de estruturas já éuma realidade no meio técnico. Essa poderosa ferramenta trouxe umgrande avanço no projeto estrutural, más é um recurso que deve serutilizado com grande cuidado e responsabilidade. Os problemasgerados por um uso inadequado podem ser enormes.

4) Segundo Cook (1989), “embora o método dos elementos finitospossa fazer um bom engenheiro melhor, ele pode fazer umengenheiro fraco mais perigoso”.

Essa preocupação é válida não só para os programas baseados no Métododos Elementos Finitos, mas para todos os programas de análise e

detalhamento de estruturas. A utilização desses recursos deve estar sempreassociada ao pleno conhecimento das teorias correspondentes e de todos osprocedimentos utilizados internamente no programa. Deve-se lembrar que

o usuário é o responsável pelo modelamento da estrutura, etapafundamental para a Obtenção de um bom resultado final.

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3. Capítulos Obrigatórios da ABNT

São capítulos obrigatórios de todas as normas da ABNT:

1. Objetivos2. Referências Normativas

3. Definições4. Simbologia

Os objetivos da NBR 6118:2003 apresentados no Capítulo 1, devido a sua evidente importânciasão reproduzidos a seguir:

“1.1 Esta norma fixa os requisitos básicos exigíveis para projeto de estruturas de concreto simples,armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais.

1.2 Esta norma aplica-se às estruturas de concretos normais, identificados por massa específica secamaior do que 2000 kg/m3, não excedendo 2800 kg/m3, do grupo I de resistência (C10 a C50),conforme classificação da NBR 8953. Entre os concretos especiais excluídos desta Norma estão oconcreto-massa e o concreto sem finos.

1.3 Esta norma estabelece os requisitos gerais a serem atendidos pelo projeto como um todo, bem comoos requisitos específicos relativos a cada uma de suas etapas.

1.4 Esta norma não inclui requisitos exigíveis para evitar os estados limites gerados por certos tipos deação, como sismos, impactos, explosões e fogo.

1.5 No caso de estruturas especiais, tais como de elementos pré-moldados, pontes e viadutos, obrashidráulicas, arcos, silos, chaminés, torres, estruturas “off-shore”, ou em que se utilizam técnicasconstrutivas não convencionais, tais como formas deslizantes, balanços sucessivos, lançamentosprograssivos e concreto projetado, as condições desta Norma ainda são aplicáveis, devendo no entantoser complementadas e, eventualmente, ajustadas em pontos localizados, por Normas BrasileirasEspecíficas.”

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4. Qualidade de Estrutura e Conformidade do Projeto

4.1 Requisitos de Qualidade da EstruturaQualidade Eficácia em satisfazer as expectativas de desempenho

Impõe requisitos de qualidade

Os requisitos de Qualidadedas Estruturas de Concreto

devem ser entendidos

- Durante a vida toda

- Sob ação das cargas externas e condições ambientais

- Comportamento dúctil sob ações excepcionais

- Não gerar danos desproporcionais à ação de origem

A NBR 6118:2003, classifica os requisitos de qualidade em três grupos:Grupo 1: Capacidade resistente adequada

Resistir no todo ou em parte- Ações previstas em projeto

- Sem Ruptura

- Sem perda de estabilidadeGrupo 2: Bom Desempenho em Serviço

A estrutura deve serverificada para evitar

- Fissuração excessiva

-Deformação abusiva ou imcompatíveiscom sua finalidade

- Vibrações indesejáveis

Grupo 3: Durabilidade Capacidade da estrutura de manter-se em utilização durante o período previsto parasua vida útil, sem necessidade de reparos adicionais àqueles contidos no manual demanutenção da construção, se mantidas as condições ambientais e de usoEstabelecidas quando da elaboração do projeto.

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Requisitos Especiais de Qualidade da Estrutura

•Resistência ao fogo;•Resistência à explosão e ao impacto;•Resistência a sismos;•Isolamento Térmico, acústico e estanqueidade;•Condicionamentos estéticos, econômicos e de impacto ambiental;

Comentário:

“É de suma importância que o projetista estrutural tenha conciência da mudança de posturada norma 2003 em relação à de 1978, tendo em vista que, de agora em diante, se esperadeste e de seu contratante,um maior cuidado com o bom desempenho da estrutura no quetange aos grupos 2 e 3 sem descuidar dos requisitos do grupo 1. Para tanto, cabe aosprofissionais uma maior interação com outros especialistas que tenham domínio e conhecimento profundo do comportamento dos materiais, e na aplicação de vedações erevestimentos sobre a estrutura; fatores que poderão influir positivamente ou não para um

adequado desempenho da mesma ao longo do tempo. Sabe-se que o concreto, comomaterial, evolui muito tecnologicamente tanto em face ao cimento, quanto em relação aosaditivos que a este se pode incorporar,no entanto, a evolução deve vir acompanhada pela

adequada especificação dos constituintes do concreto,tendo em vista a necessidade de desempenho acima.”

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4.2 Requisitos de Qualidade do Projeto

O projeto Estrutural deve:• Dar subsídios para a obra cumprir os requisitos de qualidade da estrutura;• Estar integrado aos projetos complementares;• Visar a qualidade da obra;

Pode-se de forma simplificada subdividir o projeto estrutural nas seguintes fases:

1. Concepção• Conceituação da solução Estrutural;• Compatibilização das idéias mestras que

darão as diretrizes do projeto;• Definir requisitos adicionais do projeto;• Fazer a escolha dos materiais;• Levantamento das ações a considerar;

2. Discussão• Compatibilização da solução estrutural com

as soluções dos projetos complementares;

3. Apresentação e produção dos documentosApresentação à obra da solução adotadano projeto por meio de:

• Desenhos• Especificações• Critérios de Projeto;• Memoriais;• Maquetes;• Outros meios;

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Comentário sobre os requisitos de qualidade do projeto:

“É evidente que os requisitos de qualidade da estrutura devem permear todasas fases de desenvolvimento do projeto, de forma a garantir a qualidade doProduto – obra – no que tange às condições de projeto. O bom projeto seráaquele que conseguir transmitir ao seu executor as preocupações e cuidados

necessários ao atendimento da qualidade, de tal forma a que este atendimentonão venha a conflitar com o de requisitos de qualidade de outras especialidades

e que já tenham sido explicitados nas fases de concepção e discussão.”

Tendo em vista a complexidade de entendimento destas relacões na qualidade do projeto,apresenta-se alguns fatores relevantes que afetam o qualidade do projeto estrutural:

4.2.1 A influência da formação acadêmica e experimentação doprojetista estrutural

• Formação Escolar e Acadêmica

Sólida Formação ConceitualEngenheiro Estrutural

xResponsabilidade Profissional

Meios Computacionais Disponíveis• Poderosa arma para um bom projeto;• Geradores de consequências nefastas nas

mãos de profissionais não habilitados;

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•Perfil Pessoal e Empresarial

O profissional habilitado deve buscarsoluções em seus projetos que:

• Atendam aos requisitos de qualidadeestrutural;

• Proporcionem adequada economia;• Garantam procedimentos e processosdentro dos critérios de qualidade;

• Experiência Profissional

A experiência profissional proporciona• Sensibilidade estrutural;• Conhecimento da ordem de grandeza

das solicitações e resistências;• Rápida visão geral da estrutura;

Depende de:• Interesse no aprofundamento do conhecimento;• Estudo e experimentação;• Acompanhamento por profissionais mais experientes;

Este ponto é de extrema importância na garantia da qualidade da solução estrutural proposta,bem como, na atribuição de responsabilidade profissional, uma vez que, apesar do cumprimentodas prescrições normativas e do adequado uso das ferramentas de análise, existe sempre umamargem para a eficiência de uma estrutura e, muitas vezes, a capacidade de julgamento do

profissional é elemento de distinção entre o sucesso e o insucesso.

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4.2.2 Influência de projeto arquitetônico1) De todos os projetos que fazem interface com o projeto

estrutural, o arquitetônico é o que potencializa uma maior oumenor quantidade de fatores positivos ao bom desempenho daestrutura, ao atendimento dos requisitos de qualidade e acaracterização do custo da estrutura;

2) Um projeto arquitetônico que prevê detalhes defachada de proteção às intempéries colaborará,mesmo que indiretamente, à proteção da estruturade concreto a na sua vida útil;

3) Por outro lado, um projeto arquitetônico mal coordenado pode resultarno fracasso do atendimento de um número grande de requisitos dequalidade, cabendo ao projetista estrutural, quando for o caso, alertarao arquiteto, ao contratante e ao cliente final dos riscos que se impõeem certas condições.

4) Peças estruturais de largura ou espessura abaixo dasespecificadas nesta norma ou que não tenham condiçõesde alojamento e de cobrimento adequados, são exemploscomuns nos quais a qualidade pode ficar comprometidapor imposição arquitetônica;

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4.2.3 Influência dos projetos de instalações de utilidades

• Redução da capacidade resistentedo elemento;

• Possibilidade de redução da vidaútil da peça;

• Dificuldade construtiva;

Necessidade de integração dos projetos

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4.2.4 Influência do projeto de geotecnia

ProjetoEstrutural

Carga da Estrutura Projetogeotécnico

Solução da Fundação

Empuxos de Terra

Processo Executivodas Fundações

Projeto Estrutural Projeto Geotécnico

Baseado no método semi-probabilístico aplicado ao estados

limites (último e de serviço)

Baseado no método dastensões admissíveis

Teorias Distintas deavaliação da segurança

Portanto, uma troca de opiniões e interpretações sobre o comportamento conjunto daestrutura e das fundações é salutar. Desta forma, minimizam-se as expectativas errôneas

de margens de segurança por um mal entendimento de qualquer uma das partes envolvidasno projeto.

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4.2.5 Influência dos sistemas de formas e de escoramentos adotados

Sistemas de formase escoramento

Soluçãoestrutural

Vãos;Dimensões dos elementos;Modularidade;Velocidade de execução;

Normalmente, o projeto destes elementos não faz parte do escopo de trabalho do engenheiroResponsável pelo projeto estrutural, mas influi sobremaneira no desempenho da estrutura.

Período de cura doconcreto

Cuidados especiais;Manutenção do escoramento – evitar patologias;Minimização das cargas;

Via de regra, estruturas de concreto são executadas por etapas caracterizadas pelos andaresque as compõe. Nestes Casos, o sistema de escoramento, bem como, seu tempo depermanência é fundamental para garantir um desempenho adequado da estrutura.

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4.2.6 Influência da especificação do concreto e do controle de qualidade

Adequada caracterizaçãodo concreto

fc,28Eca/c

Aproximar o comportamentodo concreto da estrutura

àquele previsto em projeto;

Controle de QualidadeEstabelecer a medida dessas grandezas;Garantia de cumprimento dos requisitos na execução;Desvio padrão aceitável;

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4.3 Condições relativas à documentaçãoexigida para qualidade do projeto

No mínimo, a documentação do projeto deverá constar de:

a) Formas:I. Resistência característica do concreto –

fck;II. Módulo de elasticidade secante do

concreto – Ecs;III. Fator água-cimento do concreto;IV. Pesos específicos e volumes de

enchimentos;V. Cargas atuantes consideradas:

revestimentos, sobrecargas, alvenarias …VI. Prazos mínimos para desforma;VII. Observação alertando para necessidade

de um plano de re-escoramento que variacom o ritmo de execução da obra;

VIII. Cobrimentos nominais adotados;IX. Desenhos em vista inferior das formas

devidamente cotado, explicitando níveis e desníveis, quando necessário em corte, fornecendo todas as dimensões das peçasestruturais necessárias à execução daestrutura;

b) Armações:I. Resistência característica do concreto

– fck;II. Resistência característica do aço – fyk;III. Diâmetros mínimos de dobramentos;IV. Detalhes de suportes para armaduras

superiores em lajes (negativos);V. Detalhamento em elevação e corte de

todos os elementos estruturaisrepresentados nos desenhos de formas correspondentes, caracterizando comprimentos, dobraduras,disposições e alojamentos, bem comoquantitativos de consumo por bitola e resumo geral de armaduras emunidade de massa;

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c) Locação e cargas nas fundações:

I. Representação da poligonal do terreno;II. Eixos de referência com origem definida em ponto materializável na obra;III. Cotas de “amarração” entre eixos de pilares em pelo menos duas direções

ortogonais;IV. Em desenhos com pilares ou elementos com inclinação diferente das duas ortogonais

principais que caracterizam os eixos de referência, cotar de forma clara a inclinaçãodestes em graus;

V. Especificar, onde for o caso, o raio de curvatura de geometrias circulares oucompostas por arcos circulares. Em superfícies curvas não circulares, caracterizara geometria por poligonais de vértices pouco espaçados, fornecendo as coordenadasou cotas destes vértices;

VI. Tabela de reações nos vínculos com as fundações que explicite:I. Reações devido às ações gravitacionais: Fz, Fx, Fy, Mx e My;II. Reações devido à ação do vento X: Fz, Fx, Fy, Mx e My;III. Reações devido à ação do vento Y: Fz, Fx, Fy, Mx e My;IV. Outras ações tais como empuxos: Fz, Fx, Fy, Mx e My;V. Convenção de sinais e direção das forças.

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4.4 Responsabilidade do Engenheiro Estrutural

4.4.1 Uso de Programas de detalhamento automático

EngenheiroEstruturalprojetista

Deve estabelecer critérios e detalhesComplementares aos apresentados

pelos programas

4.4.2 – Avaliação da conformidade do projeto

Código de proteçãoao consumidor

Leis

Novo Código Penal

Normas Técnicas

Engenheiro temResponsabilidade objetiva

Passa a ser responsávelPelo ônus da prova

Neste contexto, a verificação do projeto poderá tornar-se uma ferramenta muito importante emminimizar riscos e evitar dissabores por parte do profissional contratado e do contratante. Bastaque se pense na enorme responsabilidade assumida pelo engenheiro estrutural versus a pequeninaparcela de remuneração que este percebe em relação ao valor da obra.

Sempre que a área estrutural envolvida excede limites normais de 25.000 m2 seria aconselhávelUma avaliação do projeto por uma terceira parte. Esta situação também pode ser útil quandoprocedimentos executivos ou de projeto forem considerados inovadores em relação aoscomumente utilizados.

Em todos os casos: o autor do projeto é o responsável técnico.

Page 28: NBR 6118 Cursonova

5. Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto

A indicação de prescrições paragarantir a durabilidade de estruturas de concretotem sido umaconstante nanormalizaçãointernacional. Nesses últimos anos ficouclaro que a durabilidade das estruturas é limitadae que existemprovidências quepodem ser tomadasno sentido de garantiruma vida útil mínimapara as estruturasde concreto.

Page 29: NBR 6118 Cursonova

5.1 Exigências de Durabilidade

Mecanismo dedeterioração da estrutura

CobrimentoCompacidade

Tempo de Difusão

DifusãoCarbonatação

Penetração de Cloretos

Dentro do atual grau de conhecimento tecnológico, ainda não se pode garantir qual será avida útil de uma peça de concreto ou da estrutura de maneira precisa, podendo-se afirmar,que uma estrutura projetada de acordo com esta norma tem, potencialmente, uma vida útilesperada, desde que mantidas as condições ambientais e de clima considerados em projeto.

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5.2 Vida útilVida útil residual corresponde ao tempo decorrido após uma determinada vistoria,até um dos limites abaixo que caracterizam as diversas definições de vida útil.

TEMPO

DESEMPENHO

Vida Útil de Projeto

Despassivação

Vida útil de utilização

Manchas

Fissuras

Destacamentos

Vida útil totalColapso da

estrutura

Vistoria

Vida útil residual

de projetode utilização

total

Page 31: NBR 6118 Cursonova

A lei de Sitter ou regra dos 5

Custo relativo da intervenção

Tem

po

1 5 25 125

t1

t2

t3

t4

Projeto

Execução

Manutenção Preventiva

Manutenção Corretiva

•Fase Manutenção Corretiva:Diagnóstico, reparo, reforço eproteção das estruturas Custo Relativo = 125

•Fase Manutenção Preventiva:Pinturas frequentes, limpeza de fachadasimpermeabilização de coberturas Custo Relativo = 25

•Fase de execução: Aumentar o cobrimento ou o fck Custo Relativo = 5

•Fase de projeto: Aumentar o cobrimento ou o fck Custo Relativo = 1

Page 32: NBR 6118 Cursonova

5.2.1 Tempo de Vida Útil

NBR 6118:2003 Não dá indicativos para quantificação da vida útil da estrutura

Construtor

Projetista Tecnologista

Mantenedor

Definição da vidaútil da obra

/50 anos – obras em geral/ 1 ano – obras provisórias/ 100 anos - obras de arte

Vida útil residualda obra

Medida de despassivação por carbonatação

Contaminação por cloretos ou sulfatos

Ensaios delaboratório

Deterioraçãoda armadura

agente agressivo + umidade

maior durabilidadeModelos de previsão da vida útil

q Alguns modelos de previsão de vida útil (curva de desempenho versus tempo) vêm sendo estudados e propostos;q Maioria dos trabalhos: direcionada para modelos matemáticos de previsão da vida útil das estruturas por meio do

estudo da corrosão das armaduras;q Com base nestes modelos de previsão, pode-se decidir sobre os parâmetros que interferem na durabilidade e que

são prescrições ou diretrizes do próprio projeto;

Page 33: NBR 6118 Cursonova

5.3 Mecanismos de Envelhecimento

5.3.1 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concretoa) Lixiviação

Dissolução e transporte dos compostos hidratados da pasta de cimento por ação de águas puras, carbônicas agressivas e ácidas.Poderá ocorrer quando o concreto for mal adensado e estiver, por algum motivo fissurado ou apresentarjuntas mal executadas, permitindo, desta forma, percolação de água através do material;

Sintomatologia:• superfície arenosa• agregados expostos sem a pasta superficial• eflorecências de carbonato• elevada retenção de fuligem e desenvolvimentos de fungos• redução do ph do extrato aquoso dos poros superficiais do concreto;

b) Expansão por ação de sulfatos:

Ocorre pela reação química entre os compostos da pasta de cimento hidratada e os íons sulfatos trazidospela água;É uma reação expansiva, gerando grandes aumentos de volume da fase sólida (formação de estringita);O aumento de volume gera tensões de tração no interior do concreto, resultando na desagregaçãoprogressiva do material. Com isso, novamente tem-se acentuada a possibilidade de surgimento dacorrosão da armadura;

Sintomatologia:• superfície com fissuras aleatórias• esfoliação• reduçãio da duresa e da resistência superficial do concreto• redução do ph do extrato aquoso dos poros superficiais do concreto;

Page 34: NBR 6118 Cursonova

c) Reação álcali-agregado:

Expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados relativos, dentre estes,a opala, a calcedônia, as silicas amorfas e certos calcáreos;Estas reações requerem a presença de umidade;

Sintomatologia:

• Expansão geral da massa de concreto com fissuras superficiais e profundas

d) Reações deletérias superficiais:Decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na constituição mineralógica dosagregados;

Sintomatologia:• Manchas• Cavidades• Protuberância na superfície dos concretos

5.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armaduraa) Despassivação por carbonatação:

Ocorre por ação do gás carbonico da atmosfera, que penetra por difusão e reage com hidróxidosalcalinos da solução dos poros do concreto, reduzindo o pH dessa solução.A umidade relativa do ambiente deve encontrar-se entre 65%e 98% ou em ambientes de ciclos deMolhagem e secagem, dando origem a corrosão da armadura.

Sintomatologia:• Manchas• Fissuras• Destacamentos de pedaços de concreto• Perda de seção resistente e da aderência• Colapso de parte ou totalidade da estrutura

Page 35: NBR 6118 Cursonova

b) Despassivação por elevado teor de íons de cloro: os íons de cloro penetram nos poros doconcreto, através de processos de difusão, impregnação ou absorção capilar de águas comelevados teores de cloreto e, ao atingir a armadura, despassivam a superfície do aço einstalam a corrosão;

Alguns aditivos aceleradores de pega podem conter elevado teor de cloretos, podendo ser,também, instaladores desse processo;

A evolução de penetração destes íons cloro somente pode ser avaliada através de ensaiosespecíficos, o que muitas vezes, dificulta sua prevenção e implica em manutenção corretivaapós a corrosão acentuada das armaduras;

Sintomatologia:

• Manchas• Fissuras• Destacamentos de pedaços do concreto• Perda de seção resistente e da aderência• Colapso de parte ou totalidade da estrutura

5.3.3 Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita

A estrutura como um todo, ou seus componentes, também podem sofrer um processo dedeterioração devido às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impacto, açõescíclicas, retração, fluência e relaxação;

Page 36: NBR 6118 Cursonova

5.4 Classe de agressividade ambiental

Classe de agressividade ambiental (CAA) Inovação da NBR 6118:2003

Garantia de qualidade da estrutura Durabilidade

NBR 6118:2003 (Item 6.4.1)“A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atual sobre asestruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas deorigem térmica, de retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas deconcreto”

ElevadoIndustrial 1),3)

Muito forteIVRespingos de Maré

Industrial1),2)Grande

Marinha1)

ForteIII

PequenoUrbana1),2)ModeradaII

SubmersaInsignificante

RuralFracaI

Risco de deterioração da estrutura

Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projetoAgressividade

Classe de Agressividade

ambiental

1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes em concreto revestido com argamassa e pintura).

2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chova raramente.

3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, índústrias químicas.

Page 37: NBR 6118 Cursonova

6 Critérios de projeto visando a durabilidade

6.1 Cobrimento mínimo e cobrimento nominal

- Cobrimento mínimo (Cmin) é o estritamentenecessário para que as condições de durabilidadee proteção da armadura sejam satisfeitoas de acordocom as prescrições da NBR 6118:2003;

- Cobrimento nominal (Cnom) é o cobrimento a serespecificado em projeto que incorpora o desviodimensional (Dc), assumido pela execução da obra;

Dc = 5,0 mm, para obras com controle rigoroso de qualidade dimensional;Dc = 10,0 mm, para as demais obras;

protensão de caso o para 0,5. C c)

n. C b)

C a)

bainhanom

nfeixenom

barranom

ffff

f

³==³

³

Page 38: NBR 6118 Cursonova

6.2 Drenagem

Durabilidade da Estrutura =Projetista

+Executor

Evitar que a umidade leve aágua na superfície de concreto

até as armaduras

“Deve ser evitada a presença ou acumulação de água proveniente de chuva ou decorrentede água de limpeza e lavagem, sobre as superficies das estruturas de concreto”

“As superfícies expostas que necessitem ser horizontais, tais como coberturas, pátios,garagens, estacionamentos e outras, devem ser convenientemente drenadas, com disposição de ralos e condutores”

“Todas as juntas de movimento ou de dilatação, em superfícies sujeitas à ação de água,devem ser convenientemente seladas, de forma a torná-las estanques à passagem(percolação) de água”

“Todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins. Todos osbeirais devem ter pingadeiras e os encontros a diferentes níveis devem ser protegidospor rufos”

• Projeto Arquitetônico• Projetos Complementares• Detalhes de Execução

Contribuição com a durabilidade

Page 39: NBR 6118 Cursonova

6.3 Influência dos projetos de arquitetura e complementares na durabilidade

NBR 6118:2003 – Item 7.3

“Disposições arquitetônicas ou construtivasque possam reduzir a durabilidade daEstrutura devem ser evitadas”

Não há menção sobrequais as prescrições

Projetista

ü Aparelhos de Apoioü Caixõesü Insertosü Impermeabilizações

Vida útil inferior à da estrutura Acesso para:

ü Manutenção previsto em projetoü Especificação da vida útil no

manual de manutenção da obra

Page 40: NBR 6118 Cursonova

6.4 Qualidade do concreto de cobrimento

A espessura do cobrimento de concreto é fundamental para a proteção da armadura.O binômio “compacidade do concreto” e “espessura do cobrimento”, atua em série ede forma exponencial em favor da durabilidade;

NBR 6118:2003Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade das estruturas frente ao tipoe nível de agressividade previsto em projeto, devem estabelecer os parâmetrosmínimos a serem atendidos. Na falta destes e devido á existência de uma fortecorrespondência entre a relação agua/cimento, a resistência a compressão do concretoe sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos estabelecidos na tabela 7.1.

≥ C40≥ C35≥ C30≥ C25CP

≥ C40≥ C30≥ C25≥ C20CAClasse do Concreto(NBR 8953)

£ 0,45£ 0,50£ 0,55£ 0,60CP

£ 0,45£ 0,55£ 0,60£ 0,65CARelação água/cimento em massa

IVIIIIII

Classe de agressividade (tabela 6.1)TipoConcreto

NOTAS:1 – O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 12655.2 – CA corresponde a componentes e elementos estruturais em Concreto Armado.3 – CP corresponde a componentes e elementos estruturais em Concreto Protendido.

Page 41: NBR 6118 Cursonova

Tabela 7.2 Tabela 7.2 –– Correspondência entre classe de Correspondência entre classe de agressividade ambiental e agressividade ambiental e cobrimentocobrimento nominalnominal

55453530TodosConcreto Protendido 1)

55403025Viga/Pilar

45352520Laje 2)

Concreto Armado

IV 3)IIIIII

Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1)Componente ou elemento

1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante so tensão.

2) Para a face superior das lajes e vigas que serão revestidas com argamassas de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de ele\vado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros tantos, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelo item 7.4.7.5, respeitado um cobrimentonominal ³ 15 mm.

3) As faces inferiores das lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas e efluentes e outras obras em ambiente química e intensamente agressivos devem ter cobrimento nominal ³ 45 mm.

Cnom

NBR 6118:2003Procedimento de Projeto:

Classe de Agressividade Ambiental

Classe do concreto Cobrimento da armadura

Page 42: NBR 6118 Cursonova

Prática Recomendada Ibracon

Classe deagressividade

ambiental

Classe doConcreto

Fatorágua/cimento

Cobrimentoda armadura

Ábacos de correlaçãoentre os elementos

Ajustes nos parâmetros quea vida útil seja garantida com

diferentes combinações

Procedimento de projeto:

Classe de agressividade do ambiente

Definição da vida útil

Classe do concreto Cobrimento da armadura

Page 43: NBR 6118 Cursonova

Exemplo Gráfico Ibracon

Page 44: NBR 6118 Cursonova

6.5 Controle de fissuração

NBR 6118:2003

Descriminalizar as fissuras como responsáveis pela corrosão da armadura

Item 7.6

“O risco e a evolução da corrosão do aço na região das fissuras de flexãotransversais à armadura principal dependem essencialmente da qualidadee da espessura do concreto de cobrimento da armadura. Aberturascaracterísticas limites de fissuras na superfície do concreto dadas em 13.4.2,em componentes ou elementos de concreto armado, são satisfatórias paraas exigências de durabilidade.”

Nos casos de estruturas em que as fissuras possam afetar a funcionalidadeda mesma, como nos reservatórios, essa conceituação passa a ser maisrestritiva.

Page 45: NBR 6118 Cursonova

7 Propriedades dos Materiais

7.1 Concreto

NBR 6118:2003

ConcretoArmado

ConcretoProtendido

• 20 MPa ≤ Fck ≤ 50 MPa Estruturas em geral

• 15 MPa ≤ Fck ≤ 20 MPa Fundação e obras provisórias

• 25 MPa ≤ Fck ≤ 50 MPa

NB-1/1978ConcretoArmado

• 9 MPa ≤ Fck ≤ ?

NB-1/1978Fck / 9 MPa

NBR 6118:2003Fck / 20 MPa

Garantia de durabilidade

Fck ≤ 50 MPa Concretos normais (NBR 6118:2003)

Fck > 50 MPa Concreto de alto desempenho (normas específicas)

Page 46: NBR 6118 Cursonova

7.1.1 Massa Específica

Concretos normais

/ 2000 kg/m3

≤ 2800 kg/m3

Quando nãohá ensaios

Concreto simples 2400 kg/m3

Concreto armado 2500 kg/m3

Quando háensaios

Massa Específica ConhecidaConcreto

+ (100 a 150 kg/m3)Aço

gCONCRETO = massa específica x 9,81 m/s2 @ 25 kN/m3

Page 47: NBR 6118 Cursonova

7.2.1 Coeficiente de dilatação térmica

a = 10-5/0C = coeficiente de dilatação térmica do concreto

Variaçõesvolumétricasdas peças

Variação uniforme de temperatura

Variação não uniforme de temperatura

O valor do alongamento sofrido pela peça pode ser calculado por: DL = a . L . Dt

Onde: Dt = variação de temperatura sofrida pela peça

Page 48: NBR 6118 Cursonova

Peças Isostáticas

• Dt uniforme • Dt não uniforme

Peças Hiperestáticas• Dt uniforme • Dt não uniforme

Page 49: NBR 6118 Cursonova

7.1.3 Resistência à compressãoLote deamostras

Conjunto deresultados

fck

NBR 5738:1994 – Moldagem e cura de corpos de prova cilindricosou prismáticos de concreto

NBR 5739:1994 – Concreto – Ensaios de compressão de corposde prova cilíndricos

Idade j = 28 dias

Se j < 28 dias è fckj è Obtido através de ensaios específicos

Na ausência de ensaios:

(7.2) e 1

(7.1)1.f f281

ck ckj

þýü

îíì

úûù

êëé -

=

=

tsb

bOnde:

s = 0,38 para concreto de cimento CP III e IVs = 0,25 para concreto de cimento CP I e IIs = 0,20 para concreto de cimento CP V-ARIt = idade efetiva do concreto em dias

Page 50: NBR 6118 Cursonova

A estimativa da resistência à compressão média aos j dias (fcmj) deve ser feito conformeconsta na NBR 12655:1996 – Concreto – Preparo, controle e recebimento.

NB-1/1978 não previa critério para determinar a resistência com idade inferior a 28 dias.

Page 51: NBR 6118 Cursonova

(7.4) 0,7.f f

(7.3) 0,9.f f

fct,ct

spct,ct

==

(7.5) MPa em valores- f0,3. f 3 2ckmct, =

MPa em valores- 0,7.f f mct,infctk, =

7.4.1 Resistência a tração

Ensaios paradeterminação daresistência à tração

-Compressão diametral decorpos de prova cilindricos

- Corpos de prova prismáticos

Resist. à tração indireta: fct,sp

Resist. à tração na flexão

A resistência que deve ser determinada é chamada resistência à tração direta fct quecorresponde à resistência que seria obtida em ensaios de tração simples. Seu valor podeser obtido através de correlações com os resultados de ensaio:

Resist. à tração direta:

Resist. à tração direta:

Resist. à tração direta:

(7.6) MPa em valores- 1,3.f f mct,supctk, =

Maior interesse nas análises estruturais

Determinação de armaduras mínimas

As expressões anteriores também podem ser utilizadas para idades inferiores a 28 dias, desdeque fckj seja maior ou igual a 7 MPa.

NB-1/1978:

MPa 18 f se 0,70,06.f f

MPa 18 f se 10f f

ckckctk

ckck

ctk

>+=

£=

Page 52: NBR 6118 Cursonova

32 1 sss >>

7.1.5 Resistência do Concreto no Estado Multiaxial de Tensões

Sinais: Compressão è PositivasTração è Negativas

Critério: fc (s1, s2, s3)s1 / - fck valores em MPa (7.8)es3 ≤ fck + 4.s1 valores em MPa (7.9)

Obs:Os valores podem ser expresso em termosde fck ou fcd

Page 53: NBR 6118 Cursonova

MPa03,2300,7.0,3. f 3 2infctk, ==

Exemplo: fck = 30 MPa s1 = s2 = 3 MPa

s3 / fck + 4.s1 = 30 + 4.3 = 42 MPa

As expressões das resistências no estadomultiaxial de tensões foram desenvolvidasbaseadas no estado duplo e tensões.

Aplicadas a certos estados multiaxiais podemestar com grande margem de segurança

Page 54: NBR 6118 Cursonova

c

c

c Ees

=

7.1.6 Resistência à fadiga

O concreto pode ter sua resistência diminuida pela atuação de ações dinâmicasrepetidas. Esse assunto, entretanto, será tratado oportunamente;

7.1.7 Módulo de Elasticidade

Ec

Módulo de elasticidade do concreto

Módulo de deformação longitudinal do concreto

Módulo de elasticidade inicial Eci

Módulo de elasticidade secante Ecs

Eci è NBR 8522:1984 ConcretoDeterminação do módulo de deformaçãoestático e diagrama tensão x deformação

Page 55: NBR 6118 Cursonova

(7.11) MPa em s valore 0,85.E E

dias 7 j para 5600.f E

(7.10) MPa em valores 5600.f E

cics

ckjcij

ckci

21

21

=³=

=

MPa em valores3,5) f0,9.6600.( 0,9.6600.f E

MPa em `valores 3,5) 6600.(f 6600.f E

21

21

21

21

ckcjcs

ckcjc

+==

+==

NBR 6118:2003

NB-1/1978

Page 56: NBR 6118 Cursonova

O valor do módulo de elasticidade é função de vários parâmetros. O mais importanteé a resistência média fcm. A norma optou por relacionar o valor de Eci diretamentecom o valor de fck porque fcm não é conhecido na fase de projeto e, por outro lado,Optou por trabalhar do fck na verificação de elementos estruturais ou seçõestransversais.

Fatores que influenciam o módulo de elasticidade do concreto:

- diferentes resistências à compressão do concreto;- diferentes consisências do concreto fresco;- diferentes volumes de pasta por metro cúbico de concreto;- diferentes estados de umidade dos corpos de prova no momento do ensaio;- diferentes velocidades de aplicação da carga ou da deformação;- diferentes diâmetros nominais do agregado graúdo;- diferentes dimensões dos corpos-de-prova;- diferentes temperaturas dos ensaios;- diferentes naturezas do agregado graúdo;- diferentes idades;

Page 57: NBR 6118 Cursonova

Quando deve ser utilizado Ecs:

- análises elásticas de projetos, em geral;- determinação de esforços solicitantes- verificação do ELS;- valor único para tração ou compressão;- verificação simplificada da estabilidade global através do parâmetro a;

Quando deve ser utilizado Eci:

- análises globais da estrutura;- verificação da estabilidade global pelos parâmetros gz;- análise não linear geométrica através do P-delta;

Segundo a Prática Recomendada IBRACON são três razões principais para isso:

- Para a estrutura como um todo é adequado avaliar a rigidez a partir de fcm;- Existem muitos locais da estrutura nos quais as tensões no concreto estão abaixo de 30% de fck;- Uma parte significativa das ações, como é o caso da ação do vento, que é de curta duração e,nesses casos, o concreto tem um resposta mais rígida;

Page 58: NBR 6118 Cursonova

7.1.8 Coeficiente de Poisson e módulo de elasticidade transversal

NBR 6118:2003

n = 0,2

Gc = 0,4. Ecs

fct ≤ tensões ≤ 0,5.fc

Teoria da Elasticidade

(7.12) ) 2.(1

E G

n+=

Portanto, para que Gc seja igual a 0,4.Ecs entao n deve ser 0,25 e não 0,2. Ou, no caso de

se utilizar n com o valor 0,2, o valor de Gc deveria ser igual a 0,4167.Ecs.

Em alguns programas de análise, o valor de G é calculado automaticamente pela fórmula(7.12) e, portanto, a discrepância apontada deve ser responsável por pequenas diferençasna análise;

Page 59: NBR 6118 Cursonova

7.1.9 Diagramas tensão-deformação

Page 60: NBR 6118 Cursonova

úúû

ù

êêë

é÷øö

çèæ=

2

2%o-1-1.0,85.f

c

cdc

es

Em análises não lineares, quando deve sersubstituído por diagramas que representemmelhor a deformabilidade do concreto notrecho inicial do diagrama;

Comportamento do concreto à tração

Quando as tensões de compressãoforem menores do que 0,5.fck, pode-seadmitir uma relação linear entre tensõese deformações, adotando-se para omódulo de elasticidade o valor de Eci;

Page 61: NBR 6118 Cursonova

ci(to)

c

c(to)

E se =

7.1.1 Fluência e retração

Deformação total de uma peça de concreto no tempo (t)

ec(t) = ec(to) + ecc(t) + ecs(t)

onde: - ec(to) é a deformação imediata por ocasião do carregamento;

- ecc(t) é a deformação por fluência no intervalo de tempo (t,to);

- ecs(t) é a deformação por retração no intervalo de tempo (t,to);Deformação imediata:

onde: - sc(to) é a tensão aplicada no ponto em estudo;- Eci(to) é o módulo de elasticidade inicial Ecij para j=to dias

Deformação por fluência:

),(

ci(to)

c(to)

cc(to) .E

totjse úûù

êëé= onde: - Eci é o módulo de elasticidade inicial aos 28 dias;

- j(t,to) é o coeficiente de fluência;

Deformação por retração:

ecs(t) pode ser obtia segundo anorma NBR 6118:2003

• (-15.10-5), conforme item 11.3.3.1;

• através da tabela 8.1;

• através do anexo A.

Page 62: NBR 6118 Cursonova

UMIDADE U = 40% U = 55% U = 75% U = 90%

RELAÇÃO GEOMÉTRICA

( 2.Ac/u) – cm20 60 20 60 20 60 20 60

t0 = 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1

t0 = 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6

FLUÊNCIA

j(t:,t0)t0 = 60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4

t0 = 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09

t0 = 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09

RETRAÇÃO

ecs(t:,t0)t0 = 60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09

Tabela 8.1 – Valores característicos superiores de j(t,to) (NBR 6118:2003)

U2.Ac

fictícia Espessura =onde: - Ac é a área da seção transversal

- U é o perímetro em contato com a atmosfera

A norma indica que os valores de tabela correspondem a um concreto plástico de cimentoPortland comum e com temperatura entre 10oC e 20oC, podendo ser aplicados adequadamentea concretos com temperaturas entre 0oC e 40oC.

Page 63: NBR 6118 Cursonova

7.2 Aços de Armadura Passiva

Serão tratados apenas os aços de armadura passiva, classificados como CA-25,CA-50 e CA-60 pela NBR 7480:1996 – Barras e fios de aço destinados a armadurade Concreto Armado.

7.2.1 Tipo de superfícieBarras Lisas Barras Nervuradas

NB-1/1978 hb Coeficiente de conformação superficial

Cálculo da tensão de aderência

NBR 6118:2003 h1 Coeficiente para cálculo da tensão de aderência

Relaciona-se com hb conforme tabela 8.2Tabela 8.2 da NBR 6118:2003 - Relação entre hb e h1

Page 64: NBR 6118 Cursonova

7.2.2 Massa Específica

Massa Específica do Aço = 7850 kg/m3

7.2.3 Coeficiente de dilatação térmica

Coeficiente de dilatação térmica do aço = 10-5 oC(-20 oC à 150 oC)

Igual ao coeficiente de dilataçãotérmica do concreto

Mesma deformação de origem térmica

7.2.4 Módulo de Elasticidade do Aço

Es è resultados experimentaisEs è 210 GPa (se não houverem ensaios)

Page 65: NBR 6118 Cursonova

7.2.5 Diagrama tensão-deformação, resistência ao escoamento e à tração

- fyk = resistência caracteristica ao escoamento- fstk = resistência à tração- euk = deformação na ruptura

Obtidos através de ensaios segundoa NBR 6152

Quando o patamar de escoamento não é bem definido, o valor de fyk é o valor da tensão quecausa uma deformação permanente de 2%o.

sgyk

yd

f f =

- Diagrama válido para temperaturas entre -20oC e 150oC

- Norma NB-1/78: Aço B Trecho de plastificação antesdo escoamento

- Deformações últimas da ação devem atender aosrequisitos da NBR 7480:1996

- CA 25, CA 50 è alta ductilidade- CA 60 è ductilidade normal

Page 66: NBR 6118 Cursonova

7.2.6 Resistência à fadiga

O aço diminui significativamente de resistência pela atuação de ações dinâmicasrepetidas;

7.2.7 Outras propriedades do aço

Os aços detem ter:

- ductilidade suficiente para dobramento (NBR 6153:1988)- condições de soldabilidade adequada (NBR 8965:1985)- emendas ensaiadas com carga mínima segundo NBR 7480:1996)

Page 67: NBR 6118 Cursonova

Antonio de Faria