Natureza e Cultura

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Filosofia Profº José Ferreira Júnior

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Diferenças entre o animal natural e o animal cultural

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Amala e Kamala encontradas em 1920, com comportamento animal.

Quais as diferenças entre o homem e o animal?

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Os animais são capacitados para enfrentar certas dificuldades.

asas

Couro peludo

Armadura protetora

rapidez

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Derruba qualquer animal.

Voa mais alto,

Enxergar mais longe,

Ser mais rápido,

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O homem - ser cultural

Pelo controle do fogo e habilidade de fazer roupas e casas, o homem pode viver desde os pólos da Terra até o Equador.

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Ação por instinto – ação regida por leis biológicas, idênticas na espécie e invariáveis de indivíduo para indivíduo. Presente em todos os animais;

Ação pela inteligência – é uma resposta ao problema ou a situação nova de maneira improvisada e criativa. Presente nos animais superiores. Trata-se de uma ação flexível, ou seja, suas respostas variam de acordo com a situação e também de animal para animal.

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Linguagem Programada – é idêntica em todos os indivíduos da espécie. Ex.: o rosnar do cão;

Linguagem Rudimentar – encontra-se nos animais superiores e se dá pela inteligência mediante aprendizagem por reflexo condicionado. Ex.: a linguagem de sinais ensinada aos chimpanzés;

Linguagem Simbólica – pertencente aos seres humanos, bem como é o divisor de águas entre a natureza humana e dos animais: somos seres que falam. É graças a ela que podemos abstrair o mundo.

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A Linguagem humana intervém como forma abstrata que nos distancia da experiência vivida e nos permite reorganizá-la em outro contexto, dando-lhe novo sentido. É ela que nos possibilita o retorno para agir sobre o mundo e transformá-lo.

O mundo que resulta do pensar e do agir humanos não pode ser chamado de natural, pois se encontra modificado e ampliado por nós. Portanto, as diferenças entre ser humano e animal não são apenas de grau porque, enquanto o animal permanece mergulhado na natureza, nós somos capazes de transformá-la em cultura.

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A ação cultural é coletiva, por ser exercida como tarefa social, pela qual a palavra toma sentido pelo diálogo.

Cultura é o modo como indivíduos e comunidades respondem às suas necessidades e aos seus desejos simbólicos.

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O Mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros. Ao nascermos encontramo-nos diante de valores já dado.

Todas as diferenças existentes no comportamento modelado em sociedade resultam da maneira pela qual são organizadas as relações entre os indivíduos.

É por meio delas que se estabelecem os valores e as regras de conduta que norteiam a construção da vida social, econômica e política.

TRADIÇÃO E RUPTURA

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Heidegger alerta para o mundo do “se”. Veste-se, come-se, pensa-se, não como cada um gostaria de se vestir, comer, ou pensar, mas como a maioria o faz.

Entretanto, assim como a massificação decorre da aceitação sem crítica de valores impostos pelo grupo social, também é verdade que a vida autentica nasce na sociedade e a partir dela.

Se o processo de humanização se faz por meio das relações pessoais, será dos impasses e confrontos surgidos nessas relações que a consciência de si poderá emergir lentamente. Ao mesmo tempo que nos reconhecemos como seres sociais, também somos pessoas, temos uma individualidade que nos distingue dos demais.

TRADIÇÃO E RUPTURA

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Apesar das sociedades tradicionais fixarem hábitos mais duradouros que ordenavam a vida de maneira padronizada com estilos e comportamentos mais resistentes, a partir dos anos de 1960 nota-se uma mudança de paradigma, porque os parâmetros que vinham orientando novo modo de pensar, valorar e agir desde o Renascimento e a Idade Moderna começam a entrar em crise no fim do século XIX.

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Estamos vivendo a era da sociedade da informação e do conhecimento, que tem transformado de maneira radical todos os setores de nossas vidas.

A influência da mídia e da informática acelerou o processo de globalização, a partir de uma nova rede de comunicação que nos coloca em contato com qualquer pessoa ou grupo em todos os lugares do planeta.

As grandes transformações que tiveram início no final dos anos de 1960 e meados da década de 1970 criaram entre outras inovações, uma nova estrutura social dominante: a sociedade em rede.

A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

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Segundo o sociólogo Manuel Castells, uma sociedade em rede é um conjunto de nós interconectados e pode ser dos mais variados tipos.

O desafio dos novos tempos é ser capaz de selecionar a informação e refletir sobre seu significado.

A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

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Os animais superiores, por mais adestrados que sejam, jamais conseguirão transpor o limite que separa a natureza da cultura. Haja vista que, esse limiar encontra-se na linguagem simbólica, na ação criativa e intencional, na imitação capaz de efetuar transformações inesperadas.

A cultura é, portanto, um processo que caracteriza o ser humano como ser de mutação, que se faz à medida que transcende, que ultrapassa a própria experiência.

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Quando o filósofo francês contemporâneo Georges Gusdorf – retomando de Heidegger e Sartre citação similar – diz que “o homem não é o que é , mas é o que não é”.

O homem define-se pelo lançar-se no futuro, antecipando, por meio de projetos, sua ação consciente sobre o mundo.

Trata-se, portanto, de uma postura existencialista, ou seja, o ser humano está aberto a possibilidade de construir ele próprio sua existência.

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Quer mostrar assim, que o homem não se define por uma essência, ou seja, que o mesmo possui uma mesma natureza universal, idêntica em todos os tempos e lugares.

E o que seria uma mera fragilidade, pois o ser humano não se encontra, como os animais, em harmonia com a natureza, é sua força, já que sua característica mais nobre: é a capacidade de produzir sua própria história e de se tornar sujeito de seus atos.

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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 4. ed. Ver. São Paulo: Moderna, 2009.

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