Cultura, Natureza e Ambiente
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Neste trabalho Tim Ingold oferece uma nova abordagem persuasiva de compreender
como os seres humanos percebem seu entorno. Ele argumenta que o que estamos
acostumados a chamar de variação cultural consiste, em primeiro lugar, de variações na
especialidade. Nem inata nem adquirida, as habilidades são cultivadas, incorporadas no
organismo humano através da prtica e formação no ambiente. Eles são, portanto, tanto
biol!gica como cultural. "ara ter em conta a geração das compet#ncias que temos,
portanto, de entender a din$mica do desenvolvimento. E este, transformar chamadas
para uma abordagem ecol!gica que situa os profissionais no conte%to de um ativo
envolvimento com os constituintes de seus arredores.
&s vinte e tr#s ensaios que compõem este livro, por sua ve' foca na aquisição de meios
de subsist#ncia, sobre o que significa (habitar(, e sobre a nature'a da habilidade,tecendo abordagens da antropologia social, psicologia ecol!gica, biologia do
desenvolvimento e da fenomenologia de uma forma que nunca foi atentada antes. &
livro est definido para revolucionar a maneira como pensamos sobre o que é
(biol!gica( e (cultural( em humanos, sobre a evolução e hist!ria, e de fato sobre o que
significa para os seres humanos ) de uma s! ve' e organismos pessoas ) a habitar um
ambiente. * percepção do ambiente é uma leitura essencial não s! para os antrop!logos,
mas também para bi!logos, psic!logos, arque!logos, ge!grafos e fil!sofos.
Cultura, natureza, ambiente. Passos para uma ecologia da vida
+omo um antrop!logo social cuos interesses etnogrficos residem nas regiões
do norte circumpolar, gostaria de começar com uma observação e%tra-da de minha
pr!pria e%peri#ncia de campo de reunir renas na ap/nia finlandesa. *o levar a cabo a
rena, h muitas ve'es vem um ponto cr-tico quando um animal particular torna)se
imediatamente ciente de sua presença. Isto em seguida, fa' uma coisa estranha. Em ve'
de fugir ele fica im!vel, vira a cabeça e olha voc# diretamente no rosto. &s bi!logos
e%plicam que esse comportamento é como uma adaptação 0 predação por lobos. 1uando
as renas param, o lobo perseguindo para também, tanto de eles recebendo o f/lego para
a fase final e decisiva do epis!dio, quando os veados voltam)se para voo e o lobo corre
para ultrapass)la. 2ma ve' que é o cervo que toma a iniciativa em quebrar o impasse,
tem uma ligeira vantagem, e de fato um cervo adulto saudvel geralmente pode correr
mais que um lobo 34ech 56789 :88);<. 4as a ttica do veado, que lhe d tal uma
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vantagem contra os lobos, o torna particularmente vulnervel quando encontrando
humanos caçadores equipados com armas de proétil ou até mesmo armas de fogo.
1uando o animal se transforma em enfrentar o caçador, ele fornece o =ltimo com uma
oportunidade perfeita para mirar e atirar.
"ara os lobos, veados são fceis de encontrar, uma ve' que viaam com o
rebanho, mas é dif-cil de matar> para os seres humanos, ao contrrio, veados podem ser
dif-ceis de encontrar, mas uma ve' que voc# tenha estabelecido contato, eles são
bastante fceis de matar 3Ingold 56?89 @;, A7<.
*gora o povo +ree, caçadores nativos do nordeste do +anad, tem um e%plante
diferente por que as renas ) ou caribu como são chamados na *mérica do Norte ) são tão
fceis de matar. Eles di'em que o animal se oferece para cima, bastante
intencionalmente e em um esp-rito de boa vontade ou mesmo de amor para com o
caçador. * subst$ncia corporal do caribu não é tomada, é recebido. E é no momento de
encontro, quando o animal est em seu terreno e olha o caçador nos olhos, que a oferta é
feita. Tal como acontece com muitos outros caçadores)pessoas ao redor do mundo, a
+ree traça um paralelo entre a busca de animais e a sedução das mulheres ovens, e
iBen matando a relação se%ual. * esta lu', matando não aparece como uma cessação de
vida, mas como um ato que é fundamental para a sua regeneração.
CIÊNCIA E CONHECIMENO IN!"#ENA
*qui, então, temos duas informações ) uma vinda da ci#ncia biol!gica, a outra a
partir de povos ind-genas ) do que acontece quando os seres humanos encontram renas
ou caribu.
* minha pergunta inicial é9 como devemos entender a relação entre elesC Na
vida selvagem os bi!logos são suscept-veis de reagir 0s hist!rias sobre os animaisnativos que se apresentam de sua pr!pria vontade com uma mistura de cinismo e
descrença. * visão c-nica seria que essas hist!rias fornecem uma maneira muito =til de
se esquivar das questões éticas em torno da caça e matando que causa tanta ansiedade
para muitas pessoas nas sociedades ocidentais. "ara os caçadores, é mais conveniente
para ser capa' de transferir a responsabilidade pela morte de animais para os pr!prios
animais. & que o cientista ocidental encontra é dif-cil de acreditar é que qualquer pessoa
deve ser tomada por desculpas patentemente fantasiosas deste tipo. & fato da matéria,com certe'a, é que os caribu estão sendo perseguidos e mortos. "oderia qualquer pessoa
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inteligente levar a sério que os animais realmente se oferecem aos caçadores como
narram 0s hist!rias dos +reeC D o povo que conta essas hist!rias loucas, perdidos em
uma névoa de superstição irracional, falando em alegorias, ou simplesmente ter)nos noC
ea qual for a resposta possa ser, a ci#ncia insiste que as hist!rias são hist!rias, e como
tal t#m nenhuma prova sobre o que realmente se passa no mundo natural.
&s antrop!logos estão inclinados a adotar uma abordagem um pouco diferente.
*o ser informado de que o sucesso de caça depende da doação de favor por animais, a
primeira preocupação do antrop!logo é não ulgar a verdade da proposição, mas
procurar entender o que isso significa, tendo em conta o conte%to no qual ele é
avançado. *ssim, pode facilmente ser demonstrado que a ideia de animais que se
oferecem aos caçadores, porém bi'arro que possa parecer do ponto de vista da ci#nciaocidental, fa' perfeito sentido se partirmos do pressuposto 3como o +ree,
evidentemente, fa'er< que o mundo inteiro ) e não apenas o mundo das pessoas humanas
F é saturado com poderes de ag#ncia e intencionalidade. Na cosmologia dos +ree o
antrop!logo conclui, que as relações com os animais são modelados sobre aqueles que
obter dentro do ser humano comunidade, de tal forma que a caça é concebido como um
momento interpessoal de cont-nuo dilogo 3Tanner, 56769 5;7)?, consulte Gudeman
56?A9 5H?)6, e no cap-tulo III, pp.H?)@:<. Isso não quer di'er que a e%plicação biol!gica
do impasse entre caçador e caribus no ponto de encontro, como parte de um mecanismo
de resposta inata proetado para combater a predação por lobos, é sem interesse. "ara os
antrop!logos, no entanto, e%plicar o comportamento do caribu não é sua profissão. ua
preocupação é, em ve' disso, mostrar como a e%peri#ncia direta do encontro dos
caçadores com animais é dado forma e significado dentro desses padrões recebidos de
imagens e proposições interligados que, no argão antropol!gico, d)se o nome de
(cultura(.
*pesar do que acabo de di'er, as perspectivas do bi!logo e do antrop!logo
cultural podem parecer incompat-veis, eles são, no entanto, perfeitamente
complementares, e, na verdade revelam algo em comum, embora praticamente
inating-vel, h um ponto de observação. +onsiderando que o bi!logo afirma estudar a
nature'a org$nica (como ela realmente é(, os estudos antrop!logo as diversas maneiras
em que os constituintes do mundo natural figura nos mundos cognised imaginrios, ou
os chamados de assuntos culturais. Não h qualquer n=mero de maneiras de marcar essa
distinção, mas destes o mais not!rio, pelo menos na literatura antropol!gica, entre as
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chamadas contas (etic( e (emic(. Jerivado do contraste em lingK-stica entre fonética e
fon#mica, o e% pretende oferecer uma descrição totalmente neutra, livre de valores do
mundo f-sico, enquanto o segundo e%plicita os significados culturais espec-ficos que as
pessoas colocam em cima dele.
L dois pontos que gostaria de fa'er sobre esta distinção. Em primeiro lugar,
para sugerir que os seres humanos habitam mundos discursivos de significado
culturalmente constru-do quer di'er que eles deram um passo para fora do mundo da
nature'a no $mbito do qual a vida de todas as outras criaturas são confinadas. & caçador
+ree, supõe)se, narra e interpreta suas e%peri#ncias de encontros com os animais em
termos de um sistema de crenças cosmol!gicas, o caribu não. 4as, em segundo lugar,
perceber este sistema como uma cosmologia e%ige que os observadores deem mais um passo, desta ve' fora do mundo da cultura em que a vida de todos os outros seres
humanos são disse a ser confinado. & que o antrop!logo chama uma cosmologia é, para
os pr!prios, um mundo da vida das pessoas. ! a partir de um ponto de observação para
além da cultura é poss-vel considerar o entendimento +ree da relação entre caçadores e
caribus como, mas uma construção poss-vel, ou modelagem, de um dado
independentemente realidade. 4as da mesma forma, somente a partir de tal ponto de
vista é que é poss-vel apreender o dado a realidade como ela é, independentemente de
qualquer tipo de viés cultural.
*gora deve est claro por que a ci#ncia natural e antropologia cultural
convergem em um vértice comum. * alegação antropol!gica do relativismo perceptual )
que as pessoas de diferentes origens culturais percebem a realidade de formas
diferentes, uma ve' que processam dados da mesma e%peri#ncia em termos de
estruturas alternativas de crença ou esquemas representacional. ) Não põe em causa,
mas, na verdade, reforça a afirmação da ci#ncia natural para entregar uma 3definiçãoC< perempt!ria de como a nature'a realmente funciona. *mbas as alegações são baseadas
em um duplo desencai%e do observador do mundo. & primeiro estabelece uma divisão
entre a humanidade e a nature'a> a segunda estabelece uma divisão, dentro da
humanidade, entre nativa ou pessoas (ind-genas(, que vivem em culturas ocidentais e
esclarecidos, que não o fa'em. *mbas as alegações, também, são subscritos por um
compromisso que se encontra no coração do pensamento &cidental e da ci#ncia, ao
ponto de ser sua caracter-stica definidora. Este é o compromisso 0 ascend#ncia da ra'ão
abstrata ou universal. e é pela capacidade para raciocinar que humanidade, neste
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discurso ocidental, se distingue da nature'a, então é por mais cheio meio do
desenvolvimento desta capacidade que a ci#ncia moderna se distingue do conhecimento
prticas de pessoas em outras culturas cuo pensamento deve permanecer um pouco
obrigado pelas restrições e convenções da tradição. +om efeito, a perspectiva soberana
da ra'ão abstrata é um produto da composição de duas dicotomias9 entre a humanidade
e a nature'a, e entre modernidade e tradição.
& resultado não é diferente da que é produ'ida pela pintura em perspectiva, em
que uma cena é descrita a partir de um ponto de vista que por si s! é dada
independentemente do que o espectador que contempla a obra conclu-da. Jo mesmo
modo ra'ão abstrata pode tratar, como obetos de contemplação, diversas visões de
mundo, cada um dos quais é uma construção espec-fica de uma realidade e%terna3Migura 5.5<. & antrop!logo, e%aminando a tapeçaria de variação cultural humana, é
como o visitante de uma galeria de arte ) um (visuali'ador de pontos de vista(. Talve'
não sea por acidente que tanto a pintura em perspectiva e a antropologia são produtos
da mesma traet!ria do "ensamento ocidental 3Ingold 566;a9 ::;)H<.
MENE E NA$%E&A' #regor( )ateson e Claude *+vi-trauss
+hegamos agora 0 fase em que eu posso introdu'ir os termos que compõem o
t-tulo deste cap-tulo. Tenho observado que a possibilidade de um relato obetivo de tão
natural dos fen/menos como o comportamento das renas, bem como o reconhecimento
de uma ind-gena conta, como a do +ree, como montagem dentro de uma cosmologia
espec-fica de uma cultura particular, depende de um movimento em duas fases de
desengate que corta a primeira nature'a, em seguida, a cultura, como obetos discretos
de atenção. +onsiderando que a e%plicação cient-fica é atribu-da a desinteressada
observação e anlise racional, a conta ind-gena é colocado para bai%o para o aloamento
da e%peri#ncia subetiva dentro de (crenças( de racionalidade questionvel. & qu#
gostaria de fa'er agora é refa'er os dois passos na direção inversa. ! assim
conseguimos manter, podemos nivelar o ranBing, impl-cita no que foi dito até agora, de
cient-fica obre as contas ind-genas. *lém disso eu acredito que é necessrio que tomar
essas medidas, que descem das alturas imaginrias da ra'ão abstrata e recolocar)nos em
um engaamento ativo e cont-nuo com nossos ambientes, se estamos sempre para chegar
a uma ecologia que é capa' de recuperar a realidade do processo da vida em si. Em
suma, o meu obectivo é substituir a dicotomia obsoleta da nature'a e da cultura com adin$mica da sinergia 3ação simult$nea< do organismo e ambiente, a fim de recuperar
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uma verdadeira ecologia da vida. Esta ecologia, no entanto, vai ser muito diferente do
tipo que se tornou familiar para n!s a partir dos livros didticos cient-ficos. "ara isso
dispõe de um tipo de conhecimento que é fundamentalmente resistente a transmissão de
uma forma te%tual autori'ada, independentemente dos conte%tos de sua instanciação no
mundo.
& subt-tulo deste cap-tulo, passos para uma ecologia da vida, é emprestado do
trabalho de Gregor Oateson 3567;<. Tenho, no entanto, substitu-do (vida( para (mente(
como aparece no t-tulo da famosa coleção de ensaios de Oateson. Esta substituição é
deliberada. Oateson foi um grande demolidor de oposições ) entre a ra'ão e a emoção,
interna e e%terna, a mente e do corpo. No entanto, curiosamente, ele parecia incapa' de
sacudir a oposição mais fundamental de tudo, entre forma e subst$ncia. ua obeção 0ci#ncia natural grosso da população estava em sua redução da realidade real a
subst$ncia pura, relegando, assim, para a forma ilus!ria ou epifenomenal no mundo das
apar#ncias. Isso ele via como a consequ#ncia inevitvel da falsa separação da mente e
da nature'a. Oateson pensou que a mente deveria ser vista como imanente em todo o
sistema das relações organismo)ambiente em que os seres humanos são necessariamente
estivessem enredada, ao invés de confinado dentro de nossos corpos individuais, contra
um mundo da nature'a (l fora(. +omo ele declarou, em uma palestra entregue em
5678,; do mundo mental ) * mente ) o mundo de processamento de informação ) não é
limitado pela pele 3Oateson 67;9 H:6<. No entanto, o ecossistema, tomada em sua
totalidade, no entanto, foi concebida como tPofaced. 2m rosto apresenta um campo de
matéria e energia, o outro apresenta um campo de padrão e informação> o primeiro é
toda a subst$ncia sem forma, o segundo é toda forma independente de subst$ncia.
Oateson comparou o contraste com um que +arl Qung, em seus ete ermões aos
4ortos, tinha desenhado entre os dois mundos do pleroma e a criatura. Na e% e%istem
forças e impactos, mas não h diferenças> Neste =ltimo, e%istem apenas diferenças, e
são essas diferenças que t#m efeitos Oateson 3567;9 H;8)5<. +orrespondente a esta
dualidade Oateson reconhecido duas ecologias9 uma ecologia de materiais e de energia
interc$mbios e uma ecologia de idéias. E foi esta segunda ecologia que ele bati'ou a
(Ecologia da mente(.
"ara tra'er o pleno significado da posição de Oateson, é instrutivo para defini)la
ao lado de outro gigante da antropologia do século RR, +laude évi)trauss. Em uma
palestra sobre estruturalismo e ecologia ) entregues em 567:, apenas dois anos ap!s a
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palestra Oateson a que acabo de me referir ) évi)trauss igualmente tem a intenção de
demolir a clssica dicotomia entre mente e nature'a. Embora nenhuma das duas figuras
tenha feito qualquer refer#ncia para o trabalho um do outro, e%istem algumas
semelhanças superficiais entre os respectivos argumentos. "ara évi)trauss, também, a
mente é um processador de informação, e a informação consiste em padrões de
diferença significativa. *o contrrio de Oateson, no entanto, évi)trauss ancora a
mente muito firmemente no funcionamento do cérebro humano. Mi%ação de uma forma
mais ou forma menos arbitrria sobre determinados elementos ou caracter-sticas
distintivas que são apresentados para)lo no ambiente circundante, a mente age um
pouco como um caleidosc!pio, lançando) em padrões cuas oposições e simetrias
refletem universais subacentes da cognição humana 3Migura 5.:<. D por esses padrões
interiores que a mente possui conhecimento do mundo e%terior. e, em =ltima anlise, a
distinção entre mente e nature'a é dissolvida, é porque os mecanismos neurol!gicos que
subscrevem a apreensão da mente do mundo fa'em parte do mesmo mundo que é
apreendido. E este mundo, de acordo com évi)trauss, é estruturado através de e, a
partir do n-vel mais bai%o de tomos e moléculas, através dos n-veis intermédios de
percepção sensorial, para o mais alto n-veis do funcionamento intelectual. 1uando a
mente processa os dados emp-ricos que recebem anteriormente eles são processados
pelos !rgãos dos sentidos , évi)trauss concluiu, (ela continua trabalhar fora
estruturalmente o que desde o in-cio era estrutural. E s! pode fa'#)lo na medida em
que a mente, o corpo 0 qual a mente pertence, e as coisas que corpo e a mente
percebem, são parte integrante de uma s! e mesma realidade (3567H9 :5<.
Em todos estes aspectos, a posição de Oateson não poderia ter sido mais
diferente. "ara évi) trauss ecologia significava (o mundo l fora , mente
significativa( o cérebro (> para Oateson tanto a mente quanto a ecologia foram situadas
nas relações entre o cérebro e os arredores do ambiente 3Migura 5.;<. "ara évi)trauss,
o observador s! poderia ter conhecimento do mundo em virtude de uma passagem de
informação que atravessa a fronteira entre fora e no interior, envolvendo passos
sucessivos de codificação e decodificação pelos !rgãos dos sentidos e o cérebro, e
resultando numa interna representação mental. "ara Oateson a idéia de um tal limite era
um absurdo, um ponto de ele ilustrado, com o e%emplo do cego cana do homem 3567;9
H;H<. D que vamos traçar um limite em torno de sua cabeça, no punho da cana, em sua
ponta, ou no meio da pavimentoC e perguntarmos onde a mente é, a resposta não seria
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(na cabeça, em ve' do que l fora no mundo (. Isso poderia ser mais apropriado
considerar como mente estendendo)se para fora para o ambiente ao longo de m=ltiplas
vias sensoriais que a cana, nas mãos do cego, é apenas um. *ssim, enquanto Oateson
partilhada com évi)trauss a noção de esp-rito como um processador de informações,
ele não considerou processamento como um refinamento ou reembalagem de dados
sensoriais que passo)a)passo recebeu, mas sim como o desenrolar de todo o sistema
de relações constitu-dos pelo envolvimento multi)sensorial do observador em seu
ambiente.
"ara continuar com o e%emplo do homem cego, é como se o seu processamento
de informações equivalia a seu pr!prio movimento ) isto é, 0 sua pr!pria transformação
através o mundo. & ponto sobre o movimento é cr-tica. "ara évi)trauss, a mente e omundo permanecem fi%os e imutveis, enquanto que a informação passa através da
interface entre eles. No relato de Oateson, pelo contrrio, a informação s! e%iste graças
ao movimento do observador em relação ao seu entorno. Oateson constantemente
enfati'a que os recursos estveis do mundo permanecem impercept-veis, a menos que
n!s nos movemos em relação 0 eles9 se o cego pega caracter-sticas da superf-cie da
estrada 0 frente, varrendo sua bengala de lado a lado, as pessoas com visão normal fa'er
o mesmo com os seus olhos. *través disso o movimento de varredura que estabelece
distinções, no sentido não de represent)los graficamente, mas de pu%ando)os out.
+onsiderando que évi)trauss, muitas ve'es escreve como se o mundo fosse o envio
de mensagens codificadas para o cérebro, o qual, em seguida, através de uma operação
recupera de decodificação, para Oateson o mundo se abre para a mente através de um
processo de revelação.
Esta distinção, entre decodificação e revelação, é fundamental para o meu
argumento, e voltarei a isso em breve. "rimeiro, no entanto, algumas palavras sãonecessrias sobre o tema da vida.
A ECO*O#IA !A I!A
4inha pergunta é um l-der a partir do qual Oateson também estabelecido. (1ue
tipo de coisa é essa(, ele perguntou, que chamamos de (organismo mais ambienteC(
3Oateson 567;9 H:;<. 4as a resposta a que eu cheguei é diferente. Eu não acho que
precisamos de uma ecologia separada da mente, distinta da ecologia dos flu%os de
energia e trocas materiais. N!s, contudo, precisamos repensar nossa compreensão da
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vida. E no n-vel mais fundamental de tudo, precisamos pensar novamente sobre a
relação entre forma e processo. * biologia é ) ou, pelo menos, é suposto ser ) a ci#ncia
dos organismos vivos. No entanto, quando os bi!logos olham para o espelho da
nature'a, o que eles v#em ) refletido de volta na morfologia e no comportamento dos
organismos é a sua pr!pria ra'ão. *ssim, eles estão inclinados a imputar os princ-pios
de sua ci#ncia para os organismos si mesmos, como se cada um encarna uma
especificação formal, programa ou plano de construção, um bi!logos, dado de forma
independente e com anteced#ncia de seu desenvolvimento no mundo. +om efeito, a
possibilidade de uma especificação independente de conte%to tal é uma condição
essencial para a teoria darPiniana, segundo a qual é essa especificação) tecnicamente
conhecida como o gen!tipo ) é dito que se submeter a evolução através de mudanças na
frequ#ncia de seus elementos portadoras de informação, os genes. 4as se as arquiteturas
subacentes do organismo eram, portanto, pré)especificados, então sua lifehistory
poderia ser nada mais do que a reali'ação ou escrevendo de um programa de
construção, sob determinadas condições ambientais. * vida, em suma, seria puramente
consequente, de um efeito da ineção de subst$ncia em forma prévia de material. Eu
tomo um diferente ponto de vista 3Ingold 56689 :5@<. * vida org$nica, como eu previ, é
ativa e não reactiva, o desdobramento criativo de todo um campo de relações no $mbito
do qual os seres surgem e assumem as formas particulares que eles fa'em, cada um em
relação aos outros. * vida, nesse ponto de vista, não é a reali'ação de formulrios pré)
especificado, mas o pr!prio processo em que os formulrios são gerados e mantidos no
lugar. +ada ser, como ele é pego no processo e leva)o para a frente, surge como um
centro singular da consci#ncia e da ag#ncia9 um desdobramento, em algum ne%o
especial dentro dela, do potencial generativo que é a pr!pria vida. 3Este argumento é
desenvolvido no +ap-tulo Sinte e um, pp. ;?;)@<.
Eu posso agora descrever mais precisamente o que quero di'er por uma
(ecologia da vida(. Tudo depende de uma determinada resposta 0 pergunta de Oateson9
o que é esse (organismo mais ambiente(C
"ara ecologia convencional, o plus significa uma simples adição de uma coisa para
outra, ambos os quais t#m a sua pr!pria integridade, independentemente de suas
relações m=tuas.
*ssim, o organismo é especificado genotpicall, antes da sua entrada no meioambiente> o ambiente é especificado como um conunto de restrições f-sicas, antes de
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que os organismos chegar para preench#)lo. Na verdade, a ecologia dos livros poderia
ser considerada como profundamente antiecol!gica, na medida em que estabelece
organismo e ambiente como entidades mutuamente e%clusivos 3ou coleções de
entidades< que são s! posteriormente reunidas e causados a interagir. 2ma abordagem
ecol!gica adequadamente, pelo contrrio, é aquele que seria necessrio, como seu ponto
de partida, o todo)organismo)no)meio ambiente. Em outras palavras, organismo mais
ambienteU devem denotar não um composto de duas coisas, mas uma totalidade
indivis-vel.
Essa totalidade é, com efeito, um sistema de desenvolvimento 3cf. &ama 56?@<,
e uma ecologia de vida ) em meus termos ) é aquela que iria lidar com a din$mica de
tais sistemas. *gora, se essa visão é aceita ) se, isto é, estamos preparados para tratar aforma como emergente dentro do processo de vida ) então, eu afirmo, não temos
necessidade de recorrer a um dom-nio distinto da mente, a criatura em ve' de pleroma,
para dar conta padrão e significado no mundo. N!s não, em outras palavras, temos que
pensar em mente ou a consci#ncia como uma camada de ser mais e superior ao da vida
dos organismos, a fim de dar conta por seu envolvimento criativo em o mundo. Em ve'
disso, o que podemos chamar de mente é a vanguarda do processo da vida em si, a
frente sempre em movimento do que *lfred North Vhitehead 356:69 ;5H< chamou de
(criativo avançar em novidade (.
$MA NOA -O)%E O CONCEIO !E AM)IENE
*rmado com esta abordagem para a ecologia da vida, vou agora voltar 0 questão
de como os seres humanos percebem o mundo ao seu redor, e ver como podemos
começar a construir uma alternativa para a norma antropol!gica padrão da percepção
ambiental como uma construção cultural da nature'a, ou como a sobreposição de
camadas de significação #mico em cima de um dado de forma independente, a
realidade (etic(. *ntes de começar, no entanto, eu quero fa'er tr#s pontos preliminares
sobre a noção de meio ambiente. Em primeiro lugar, (ambiente( é um termo relativo )
relativo, isto é, para o ser cuo ambiente é. *ssim como não haver nenhum organismo
sem um ambiente, de modo que também não pode haver qualquer ambiente, sem um
organismo 3Gibson, 56769 ?, ePontin, 56?:9 5A8<. *ssim, o meu ambiente é o mundo
como ele e%iste e assume um significado em relação a mim, e, nesse sentido, veio 0
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e%ist#ncia e sofre o desenvolvimento comigo e ao meu redor. Em segundo lugar, o
ambiente nunca é completo. e os ambientes são forados através das atividades de seres
vivos, em seguida, enquanto a vida continua, eles estão continuamente em construção.
*ssim também, é claro, são pr!prios organismos. *ssim, quando eu falei acima de
(organismo além de ambiente( como uma totalidade indivis-vel, eu deveria ter dito que
essa totalidade não é uma entidade limitada, mas um processo em tempo real9 um
processo, que é, de crescimento ou desenvolvimento.
& terceiro ponto sobre a noção de ambiente decorre dos dois que acabo de fa'er.
Isso é que deve em nenhum caso ser confundido com o conceito de nature'a. "ara o
mundo pode e%istir como nature'a apenas para um ser que não pertence l, e que pode
olhar sobre ela, na forma do cientista individual, a partir de uma dist$ncia tão seguraque é fcil para coniventes com a ilusão de que ela não é afetada por sua presença.
*ssim, a distinção entre ambiente e nature'a corresponde 0 diferença de perspectiva
entre ver n!s mesmos como seres dentro de um mundo e como seres sem ele. *lém
disso, tendemos a pensar a nature'a como algo e%terno, não s! para a humanidade,
como observado, mas também para a hist!ria, como se o mundo natural
proporcionado um cenrio duradouro para a reali'ação de humano romances. No
entanto, ambientes, continuamente, uma ve' que passam a e%istir no processo da nossa
vida ) desde que n!s mold)los como eles nos moldar ) são eles pr!prios
fundamentalmente hist!rico.
Temos, então, a ser cauteloso com uma e%pressão tão simples como (o ambiente
natural(, para em misturando assim os dois termos que imaginamos ser de alguma
forma, para além da mundo, e, portanto, em posição de intervir nos seus processos
3Ingold 566:a<.
+&42NI+*WX& E YESE*WX&
1uando eu era criança, meu pai, que é um bot$nico, costumava me levar para
passeios no campo, apontando para fora na forma todas as plantas e fungos )
especialmente os fungos F que cresceu aqui e ali. Zs ve'es, ele iria me fa'er sentir o
cheiro deles, ou para e%perimentar o seu distintivo gostos. ua maneira de ensinar era
para me mostrar as coisas, literalmente, para apont)los.
e eu dei%ar de notar as coisas a que ele dirigiu minha atenção, e reconhecer a paisagens, cheiros e sabores que ele queria que eu e%perimentar, porque eles eram tão
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caro a ele, então eu gostaria de descobrir por mim mesmo muito do que ele sabia.
*gora, muitos anos mais tarde, como antrop!logo, eu li sobre como as pessoas em
sociedades abor-genes australianas passam seu conhecimento através das gerações. E eu
acho que o princ-pio é e%atamente o mesmo[
Em seu clssico estudo sobre o Valbiri da *ustrlia +entral, 4ervn 4eggitt
descreve como um menino que est sendo preparado para a iniciação seriam tomadas
em um (grand tour(, com duração de dois ou tr#s meses. *companhado por um tutor
3marido de uma irmã< e um irmão mais velho, o menino foi tomado a partir de um lugar
para outro, aprender como ele passou sobre a flora, a fauna e topografia do pa-s, ao ser
dito 3pelo irmão mais velho< do significado tot#mico das vrias localidades visitadas
34eggitt 56A:9 :?@<. +ada localidade tem a sua hist!ria, contando de como ele foicriado por meio das atividades)shaping terra de seres ancestrais como eles percorriam o
pa-s durante a era formativo conhecido como o Jreaming. &bservando o Paterhole
enquanto a hist!ria de sua formação est relacionada ou promulgada, as testemunhas
novatos o ancestral vindo fora da terra> Ja mesma forma, lançando os olhos sobre o
contorno distintivo de uma colina rochosa ou afloramento, ele reconhece nele a forma
congelada do antepassado como ele se deita para descansar.
*ssim são verdades imanentes na paisagem, as verdades do Jreaming,gradualmente revelados para ele, como ele procede do n-vel mais superficial, (fora( do
conhecimento a mais profunda, 2nderstanding. dentro
er que o conhecimento do meu pai de plantas e fungos, ou o conhecimento do
ancião abor-gine de onhar, assumem a forma de um conunto de crenças
interconectadas e proposições dentro de sua cabeçaC D através da transfer#ncia de tais
crenças e proposições de uma geração para a pr!%ima que n!s aprendemos a perceber o
mundo na forma como fa'emosC e assim for ) se todo conhecimento é embalado
dentro da mente ) por que tanta import$ncia ser colocada na garantia de que os novatos
devem ver ou e%peri#ncia para si os obetos ou caracter-sticas do mundo f-sicoC
2ma resposta poderia ser a de sugerir que é através da sua inscrição em tais obetos ou
caracter-sticas ) plantas e fungos, nascentes e morros ) que o conhecimento cultural é
transmitida.
Estes obetos seria, assim, descobrir como ve-culos ou transportadores, parasignificados que são, por isso di'er, preso on, e que untos constituem uma visão de
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mundo cultural espec-fico ou cosmologia 3Vilson, 56??9 @8<. Em outras palavras, as
formas culturais seriam codificadas na paisagem, assim como, de acordo com a
abordagem semiol!gica padrão de significação lingK-stica, representações conceptuais
são codificadas na forma de som. & grande su-ço linguista Merdinand de aussure, que
lançou as bases para essa abordagem, argumentou que um sinal é essencialmente a
união de duas coisas, um significante e um significado, e que a relação entre eles é
estabelecida por meio do mapeamento de um sistema de diferenças em o plano das
idéias para um outro sistema de diferenças no plano da subst$ncia f-sica 3aussure 56@69
58:)::<. +omo sons representam conceitos, por isso ) pela mesma l!gica F fungos 3para
o meu pai< ou poços 3para o ancião abor-gine< ficaria como significantes para elementos
de um sistema global de representações mentais. Era meu pai, então, comunicador do
seu conhecimento a mim por que a codifica nos fungosC Maça anciãos abor-genes
transmitir sabedoria ancestral por que a codifica em morros e nascentesC
"or mais estranho que possa parecer, a anlise antropol!gica da construção
cultural de o meio ambiente prossegue a partir deste pressuposto. No entanto, se a idéia
de crenças de codificação em fungos soa bi'arro, como de fato é, a idéia do onho como
uma cosmologia codificado na paisagem não o é menos. & prop!sito de meu pai, é
claro, era para me apresentar aos fungos, a não comunicar por meio deles, e o mesmo é
verdadeiro para o prop!sito de *nciãos abor-genes na introdução de noviços aos locais
significativos. Isto não é negar essa informação pode ser comunicada, de forma
proposicional ou semi)proposicional, de geração em geração. 4as a informação, em si,
não é conhecimento, nem nos tornamos mais e%perientes através da sua acumulação.
Nossa cognoscibilidade consiste, ao invés, na capacidade de situar tais informações, e
compreender o seu significado, no conte%to de um engaamento perceptual direto com
os nossos ambientes. E se n!s desenvolvemos esta capacidade, eu afirmo, por termos
coisas mostradas para n!s. Nosso conhecimento consiste na capacidade de compreender
o significado, no conte%to de um engaamento perceptivo dos ambientes em que
vivemos. E se desenvolvemos tal capacidade é porque coisas nos foram apresentadas
por outros.
* idéia de e%ibição é um passo importante. "ara mostrar algo a alguém é fa'er
com que ele sea visto de outra forma ou e%periente ) sea por tato, paladar, olfato e
audição F por essa outra pessoa. Trata)se, por assim di'er, para levantar um véu algum
aspecto ou componente do meio ambiente, de modo que ele pode ser preso diretamente.
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Jessa forma, as verdades que são inerentes no mundo estão, pouco a pouco, revelado ou
divulgadas para o novato. & que cada geração contribui para o outro, neste processo, é
uma instrução de atenção 3Gibson, 56769 :@H<.
+olocado em situações espec-ficas, os novatos são instru-dos a sentir isso, provar que, ou atente para a outra coisa. *través desse auste fino de habilidades de percepção,
significados imanentes o meio ambiente ) que est nos conte%tos relacionais de
envolvimento do observador no mundo ) não são tanto constru-do como descobriu.
"ode)se di'er que os novatos, através da sua educação sensorial, estão equipados
com chaves ao significado. 4as a metfora da chave tem que ser usado com algum
cuidado. Eu não tenho em mente o tipo de chave ) anlogo a uma cifra ) que pode
permitir)me a tradu'ir a partir de significantes f-sicos para idéias mentais e, assim, a
entrar em posse da cultural conhecimento de meus antepassados através de uma
decodificação inverso do que eles, por sua ve', teve codificado na paisagem. L, de
fato, uma circularidade fundamental na noção de que o conhecimento cultural é
transmitido ao longo de gerações, por meio de sua codificação em s-mbolos materiais.
"ois sem a chave, é imposs-vel para o novato para ler fora do cultural mensagem de
caracter-sticas mais salientes do mundo f-sico. No entanto, a menos que a mensagem
tem foi completamente compreendido, é imposs-vel e%trair a chave. +omo podecaracter-sticas da figura paisagem como elementos de um c!digo comunicativo se, a fim
de decifrar o c!digo, voc# deve saber o que deve ser comunicado assimC
1uando o noviço é tra'ido para a presença de algum componente do ambiente e
chamado para atend#)la de uma certa maneira, sua tarefa, então, não é para decodific)
lo. Isto é em ve' de descobrir por si mesmo o significado que se encontra dentro dela.
"ara aud)lo nesta tarefa ele é fornecido com um conunto de chaves em outro sentido,
não como cifras, mas como pistas 3ver +ap-tulo Eleven, p. :8?<. +onsiderando que a
cifra é centr-fuga, permitindo o acesso aos significados novato que estão ligados 3fi%ado
em< pela mente 0 superf-cie e%terior do mundo, o pista é centr-peta, guiando)o em
direção significados que estão no cerne do pr!prio mundo, mas que são normalmente
escondida atrs da fachada das apar#ncias superficiais. & contraste entre a chave de
cifra e como a chave como pista corresponde 0 distinção fundamental, a que chamou
a atenção, entre decodificação e revelação. 2ma pista, em suma, é um marco que
condensa vertentes outra d-spares de e%peri#ncia em um unificador orientação que, por sua ve', abre o mundo para a percepção de maior profundidade e clarit.
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Neste sentido, as pistas são chaves que abrem as portas da percepção, e os mais
chaves segurar, mais portas voc# pode desbloquear, e quanto mais o mundo se abre para
voc#. 4eu argumento é que é através da aquisição progressiva de tais chaves que as
pessoas aprendem a perceber o mundo em torno deles.
/O%MA E -ENIMENO
1uando usanne anger deu o t-tulo Milosofia em uma nova chave para seu
influente livro sobre arte e da estética 3anger, 56@7<, ela foi, naturalmente, usando a
metfora da chave ainda em outro sentido, aqui se referindo a um tipo de registro de
entendimento, semelhante 0 chave de notação musical. No livro, anger afirma que o
significado da arte deve ser encontrado na arte obeto em si, como é apresentado para a
nossa consci#ncia, em ve' de o que poderia ser suposto representar ou significar. e as
pessoas nas sociedades ocidentais acham isso dif-cil de entender, ele é porque eles estão
tão acostumados a tratar a arte como algo representativo de algo mais ) para n!s
esperamos que cada imagem para ter um t-tulo ) que as formas pelas quais n!s
respondemos a obetos ou para as pr!prias performances são sempre ficando confuso
com nossas respostas a tudo o que é suposto estar para. 2ma maneira de contornar esta
dificuldade, anger sugere, é concentrar)se sobre o tipo de arte que ) pelo menos para os
ocidentais ) é aparentemente menos representacional, nomeadamente a m=sica. 4=sica,certamente, pode estar para nada além de si mesmo, de modo que um investigação de
significado musical deve ser capa' de mostrar como significado pode residir na arte
+omo tal. (e o sentido da arte pertence 0 percepção sensorial)se para além do que ela
ostensivamente representa (, escreve anger,( significado então tal puramente art-stico
deve ser mais acess-veis através de obras musicais 356@79 :86<. eguindo esta linha de
argumentação, anger sugere que (o que a m=sica pode realmente refletir é. . . a
morfologia do sentimento (3p. :;?<.
Eu acredito que esta idéia pode ser generali'ada, desde que n!s reconhecemos
que o sentimento é um modo de, engaamento perceptual ativa, um modo de ser
literalmente (em contato( com o mundo. & artesão sente que a sua matéria)prima, como
o oleiro sente argila ou o turner sente madeira, e para fora desse processo de sensação
surge a forma do recipiente. Ja mesma forma, o orquestral m=sico sente ) ou melhor,
rel!gios ) os gestos do maestro, e fora desse sentimento vem uma frase em forma de
som. &u, mais geralmente, a arte d forma ao sentimento humano> é a forma que étomado por nossa percepção do mundo, como é guiada pelo espec-fico orientações,
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disposições e sensibilidades que adquirimos através de ter as coisas tivessem salientou
ou mostrado para n!s no decorrer de nossa educação sensorial.
*inda sobre o tema da m=sica, dei%e)me dar um e%emplo do que quero di'er,
tomada a partir de um ensaio de meu compositor favorito, eos QanceB. *qui, QanceB escreve de como, em uma ocasião, ele estava na praia e anotado os sons das ondas. *s
ondas mensagem, bolha, e gritar 3QanceB 56?69 :;:<. Migura 5.H é uma reprodução
do que ele colocou em seu notebooB. *gora, esses esboços musicais não são mero
registro mec$nico do soa como eles impingida seus ouvidos. "ara QanceB não é apenas
ouvir, ele est escutando. Esse quer di'er, sua percepção se baseia em um ato de
atenção. +omo assistir e sentir, escutar é algo que as pessoas fa'em 3ver +ap-tulo
1uator'e, p. :77<. Em seu ato de atenção, o movimento de consci#ncia do compositor ressoa com os sons das ondas, e cada esboço d forma a esse movimento.
4as QanceB nos ensina algo mais. *o longo de sua carreira, ele era um
compulsivo coletor do que chamou de (discurso)melodias . Ele anotou a forma
mel!dica de trechos de discurso ouvido de todos os tipos de pessoas em todos os tipos
de atividades9 a governanta chamando para os seus pintos como ela espalha grãos, um
velho resmungando como ele vai para trabalhar, crianças a brincar, e assim por diante.
4as essas anotações não se limitavam aos sons humanos.
Mala, pois QanceB, era um tipo de m=sica, e assim foram todos os outros sons
que ressoam com nossa consci#ncia, do barulho das ondas, através da cobrança de
portagens de uma velha e enferruada sino ou o som sinistro de um cano de gua
estourou, o cacarear das galinhas no terreiro e o nocturne sanguinrio de um
mosquito.? Jevemos supor, então, que nestes melodias, a nature'a est tentando se
comunicar conosco, para enviar mensagens codificadas em padrões de somC "onto de
QanceB foi completamente o oposto. Ele foi que devemos dei%ar de pensar dos sons da
fala apenas como ve-culos de comunicação simb!lica, como serve para dar e%pressão
e%terior para estados interiores, tais como crenças, proposições ou emoções. "ara o som,
como QanceB escreveu, (cresce fora de todo o nosso ser. . . Não h som que é rompido
da rvore da vida (356?69 ??, 66, #nfase original<.
Jei%e)me colocar isso de outra forma. *s ondas, di' QanceB, gritar e gritar.
Então, 0s ve'es, fa'er as pessoas. 1uando voc# grita com raiva, o grito é a sua raiva, não
é um ve-culo que transporta sua raiva. & som não é interrompido a partir do seu estado
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mental e despachado como uma mensagem em uma garrafa lançada sobre o oceano de
som na esperança de que alguém pode pegar)lo. &s ecos do grito são as reverberações
de seu pr!prio ser como ele derrama para o meio ambiente. 4aurice 4erleau)"ont, em
sua Menomenologia da "ercepção, pego o ponto precisamente em sua observação de que
o seu grito não me faça pensar de raiva, ele é a pr!pria raiva 356A:9 5?H, #nfase no
original<. E se as pessoas derramar seu ser no melodias da fala, assim que as ondas
derramar deles nos sons que descrevemos como a formação de espuma e dei%ar de
funcionar, e as galinhas derramar o deles em seu cacarear sem fim. *ssim, para tomar
uma mais dica de QanceB, m=sica ) qualquer m=sica, qualquer canto ) (é algo do qual
n!s estão a aprender a verdade da vida (356?69 ?6<. D por isso que o povo abor-gine
cantar suas canções do Jreaming, canções que dão forma ao seu sentimento para o pa-s
em torno deles.
CONC*$-0O' %$MO A $MA ECO*O#IA sencientes
Eu não esqueci o caçador +ree e o caribu, e para encerrar o meu argumento, eu
agora quero voltar para eles. & caçador, digamos, pode di'er. Ele pode fa'er isso de
duas maneiras.
"rimeiro, ele é um agente perceptuall hbil, que pode detectar essas pistas sutis no
ambiente que revelam os movimentos e presença de animais9 assim ele pode (di'er(
onde o animais são. Em segundo lugar, ele é capa' de narrar hist!rias de suas viagens de
caça, e de seus encontros com animais. 4as ao fa'#)lo, em di'er neste outro sentido, ele
não é mais com o obetivo de produ'ir um registro ou transcrição do que aconteceu do
que foi QanceB, quando ele escreveu os sons das ondas. 1uando o caçador fala de como
o caribu apresentou)se a ele, ele não significa retratar o animal como um auto)contido,
racional agente cua ação em dar)se até serviu para dar e%pressão e%terior para algum
interior resolução. +omo a m=sica, a hist!ria do caçador é um desempenho> e,
novamente, como a m=sica, o seu obectivo é dar forma ao sentimento humano ) neste
caso, a sensação de cores vivas a pro%imidade do caribu como uma outra vida, ser
senciente. Naquele momento crucial de contato olho)no)olho, o caçador sentiu a
presença esmagadora do animal> ele sentiu como se fosse seu pr!prio ser de alguma
forma ligada ou misturado com o de o animal ) um sentimento equivale a amo e que, no
dom-nio das relações humanas, é e%periente em relações se%uais.
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No relato da caça que ele d forma a esse sentimento nas e%pressões idiomticas
do discurso.
Em seu estudo recente de pastores de renas e caçadores da região do norte de
Taimr ibéria, Javid *nderson 3:8889 55A)57< escreve que nas suas relações com osanimais e outros componentes do ambiente, essas pessoas operam com uma ecologia
senciente. Este noção capta perfeitamente o tipo de conhecimento que as pessoas t#m
dos seus ambientes que Eu tenho tentado transmitir. D do conhecimento não de um tipo
formal, autori'ado, transmiss-vel em conte%tos fora as da sua aplicação prtica. "elo
contrrio, é baseado em sentimento, que consiste em as habilidades, sensibilidades e
orientações que se desenvolveram através longa e%peri#ncia de condu'ir a pr!pria vida
em um ambiente particular. Este é o tipo de conhecimento que QanceB reivindicado para retirar atendendo 0s infle%ões mel!dicas de fala> caçadores desenh)la de
semelhante muita atenção para os movimentos, sons e gestos de animais.
&utra palavra para esse tipo de sensibilidade e capacidade de resposta é a
intuição. Na tradição do pensamento ocidental e ci#ncia, intuição teve uma imprensa
muito ruim9 comparação com os produtos do intelecto racional, tem sido amplamente
considerado como o conhecimento de um tipo inferior. No entanto, é o conhecimento
que todos n!s temos> na verdade, n!s us)lo o tempo todo como n!s vamos sobre nossastarefas dirias 3Jrefus e Jrefus, 56?A9 :6<. & que é mais, constitui um alicerce
necessrio para qualquer sistema de ci#ncia ou ética. implesmente de e%istir como
seres sencientes, as pessoas devem estar situados em um determinado ambiente e
comprometida com os relacionamentos isso implica. Essas relações, e as sensibilidades
acumularam no decurso da seu desdobramento, subscrever as nossas capacidades de
ulgamento e habilidades de discriminação, e os cientistas ) 1ue também são humanos )
dependem dessas capacidades e habilidades, tanto quanto fa'er o resto de n!s. D por isso que a perspectiva soberana da ra'ão abstrata, sobre a qual &cidental ci#ncia
estabelece sua pretensão de autoridade, é praticamente inating-vel9 uma intelig#ncia que
era completamente separada das condições de vida no mundo não poderia pensar os
pensamentos ele fa'. D também por isso que o racioc-nio l!gico dos primeiros princ-pios
não serão suficientes para proetar um sistema ético que realmente funciona. "ara
qualquer ulgamento que não tinha base na intuição, no entanto, pode ser ustificada por
ra'ões de l!gica (frio(, levaria nenhuma prtica ou força motivacional que sea. &nde a
l!gica do racioc-nio ético, partindo de primeira princ-pios, leva a resultados que são
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contra)intuitivo, não reeitamos as nossas intuições, mas em ve' mudar os princ-pios, de
modo a que eles vão gerar resultados que se conformam de forma mais estreita para o
que acha que é certo.
+ompreensão intuitiva, em suma, não é contrria 0 ci#ncia ou ética, nem o fa'apelo ao instinto ao invés de ra'ão, ou para supostamente imperativos com fio da
nature'a humana. "elo contrrio, ele repousa em habilidades de percepção que
emergem, para cada ser, através de um processo de desenvolvimento de um ambiente
historicamente espec-fica. Essas habilidades, eu manter, fornecer uma base necessria
para qualquer sistema de ci#ncia ou ética que iria tratar o ambiente como um obeto de
sua preocupação. * ecologia é senciente, assim, tanto pré)obetivo e pré)ético. Não
tenho nenhum deseo de desvalori'ar os proetos de qualquer ci#ncia natural ouambiental ética, na verdade ambos são provavelmente mais necessria agora do que
nunca. & meu apelo é simplesmente que não devemos perder de vista os seus pré)
obetivas, fundações pré)éticos. 4inhas principal obectivo tem sido o de tra'er esses
fundamentos 0 lu'. E o que essas escavações para a formação do conhecimento t#m
revelado não é uma ci#ncia alternativa, (ind-gena( em ve' de ocidental, mas algo mais
parecido com uma poética da habitação. Est dentro do quadro de um tal poética, eu
afirmo, que os contos de +ree de animais oferecendo)se para seres humanos, hist!rias
abor-genes dos antepassados emergentes de poços, as tentativas de QanaceB para anotar
os sons da nature'a e os esforços de meu pai para me apresentar 0s plantas e fungos do
campo, pode ser melhor compreendida.
Je confiança para a dominação
2ma hist!ria alternativa das relações humano)animal
*ssim como os seres humanos t#m uma hist!ria de suas relações com os animais, assim
como os animais t#m uma hist!ria de suas relações com os seres humanos. omente os
seres humanos, no entanto, constroem narrativas desta hist!ria. Tais narrativas vão
desde o que poder-amos considerar como mitos de origem tot#mica para supostamente
contas (cient-ficas( sobre as origens da domesticação. E no entanto, pode estabelecer
uma distinção entre mito e ci#ncia, se de fato pode ser feita a distinção em tudo, eles
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t#m em comum que eles nos di'em tanto sobre a forma como os narradores ver o seu
pr!pria humanidade como eles fa'em sobre suas atitudes e relações com animais não)
humanos. Jentro Neste cap-tulo, pretendemos mostrar que a hist!ria que contamos no
&cidente sobre a e%ploração humana e eventual domesticação de animais é parte de
uma hist!ria mais abrangente sobre como os seres humanos t#m subido acima, e t#m
procurado para tra'er sob controle, um mundo de nature'a que inclui a sua pr!pria
animalidade.
Nesta hist!ria, um papel especial é criada para essa categoria de seres humanos que t#m
ainda para alcançar tal emancipação do mundo natural9 conhecida no passado como
homens selvagens ou selvagens, eles são agora mais educadamente designado como
caçadores e coletores. Sou estar 0 procura a forma como caçadores)coletores t#m vindoa ser retratada estereotipada, em antropol!gica ocidental contas, como sobreviver
e%emplares da condição natural da humanidade, e mais particularmente com a forma
como isso se reflete na representação das relações de caçadores em relação ao seu presa
animal. I deve então ir para contrastar esta descrição com os entendimentos que pessoas
que realmente vivem da caça e da coleta de ter suas relações com o meio ambiente
recursos de que dependem9 novamente, uma ve' que a nossa preocupação é
especificamente com relações para com os animais, vou concentrar)se na caça ao invés
de reunir enquanto reconhecendo, é claro, que não é uma simples questão de determinar
onde o e%)e%tremidades e este =ltimo começa 3Ingold 56?Aa9 76)588<.
Tomando os entendimentos de caçadores)coletores, como uma linha de base, vou tentar
construir uma outra alternativa da transformação nas relações homem)animal que no
&este discurso vem sob a rubrica de domesticação. 4inha preocupação, em particular,
ser o de contrastam relações humano)animal sob um regime de caça com aqueles sob
um regime da pastor-cia. E uma premissa principal de minha conta ser que o dom-niono qual pessoas humanas estão envolvidas como seres sociais com o outro não pode ser
rigidamente separado a partir do dom-nio do seu envolvimento com componentes não)
humanos de ambiente. Ja-, qualquer transformação qualitativa nas relações ambientais
é suscept-vel de se manifestar Jo mesmo modo, tanto nas relações que se estendem no
sentido de seres humanos e animais, em que aqueles obter entre si na sociedade.
L24*NIJ*JE, N*T2YE\* E caçadores)coletores
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Jei%e)me começar, então, com o retrato do caçador)coletor selvagem na literatura
ocidental. L in=meros casos, especialmente nos escritos do século RIR antrop!logos,
de pronunciamentos no sentido de que caçadores)coletores (vivem como animais( ou
viver pouco melhor do que animais (. &bservações desta força carr espécie =nica no
conte%to da uma crença de que o destino adequado dos seres humanos é superar a
condição de animalidade para que a vida de todas as outras criaturas é confinado.
JarPin, por e%emplo, não encontrou nada chocante, e muito para maravilhar)se, na vida
dos animais não)humanos, mas sua reação em encontrando os habitantes humanos
nativos da Tierra del Muego, durante o seu round)thePorld viagem no Oeagle, foi um
dos repugn$ncia. (Sendo esses homens(, ele confidenciou a seu dirio, (dificilmente se
pode fa'er)se acreditar que eles são companheiros de criaturas e habitantes do mesmo
mundo 3JarPin 5?A89 :5A<. Não era usto que sua inferioridade técnica dei%ou)os
completamente 0 merc# de seu ambiente miservel> eles também não tinha controle
sobre seus pr!prios impulsos e deseos, sendo por nature'a inconstante, e%citvel e
violento. Eu poderia não creram (, JarPin escreveu9( quão grande era a diferença entre
selvagem e civili'ado cara> que é maior do que entre um animal selvagem e
domesticado, na medida em que no homem h uma maior pot#ncia de melhoria 35?A89
:8?<.
*gora JarPin, como muitos de seus contempor$neos e seguidores, não tinha d=vidas de
que esses caçadores)coletores humanos eram por nature'a inferiores aos europeus
modernos. Esta é uma vista que não mais comandos aceitação hoe. e voc# quiser
comparar, digo, o inato capacidades dos seres humanos e chimpan'és, ele deve fa'er
nenhuma diferença se os seres humanos eram ) di'em ) caçadores)coletores abor-genes
da Tasm$nia ou companhia aérea brit$nica pilots. No entanto, a crença persiste em
muitos quadrantes que, apesar de caçadores)coletores são plenamente humano tanto
quanto a sua pertença a uma espécie est em causa, eles continuam a viver ao lado de
outros animais dentro de um mundo da nature'a intocada. Na verdade, esta idéia de
caçadores e coletores, como os habitantes humanos de tal mundo, é praticamente dada
por definição. "ara ver por que isso deve ser assim, precisamos voltar ao que muito
dicotomia que JarPin usado como a medida da dist$ncia da selvageria 0 civili'ação, ou
sea, entre o selvagem e o doméstico. +aça e coleta, é claro, são termos que denotam
tipos espec-ficos de atividades. +omo, então, são essas atividades a serem definidasC *
resposta convencional é que os caçadores e coletores e%plorar selvagem ou recursos
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não)domesticadas, ao passo que os agricultores e pastores e%plorar os domesticados
3ver, por e%emplo, Ellen, 56?:9 5:?<. & significado preciso domesticação manteve)se
um tema de debate acad#mico por bem mais de um século, e eu vou voltar em um
momento para e%aminar alguns dos pressupostos que estão na base deste debate. Oastar
lo para di'er neste momento que cada uma das definições concorrentes introdu' alguma
noção do controle humano sobre o crescimento e reprodução de animais e plantas.
*nimais selvagens, portanto, são animais fora de controle. +açadores)coletores, ao que
parece, não são mais capa'es de alcançar dom-nio sobre seus recursos ambientais do
que para dominar seu pr!prio interno disposições. Eles são retratados como se
empenhado, como outros animais predadores, no cont-nua busca da presa fugitivo,
trancado em uma luta pela e%ist#ncia que ) por conta da pobre'a de sua tecnologia )
ainda não est ganha. Na verdade, a ubiquidade, no oeste literatura arqueo)'ool!gico,
das metforas de perseguição e captura é e%tremamente impressionante9 caçadores
perseguir para sempre, mas é a captura que representa o momento decisivo no
desencadeamento de domesticação 3Jucos 56?69 :?<. *nimais selvagens, por sua ve',
são comparados a presos no solta. &bserve como a relação entre predador e presa é
apresentado como uma essencialmente um antagonista, colocando a resist#ncia ea
ast=cia do caçador contra as capacidades de fuga e evasão de sua pedreira, cada
continuamente aumentado por outro meio o mecanismo de roquete da seleção natural. &
encontro, quando vem, é violenta e violento.
"or trs dessa oposição entre o selvagem e o doméstico encontra)se uma muito mais
dualismo metaf-sico fundamentais ) um que parece peculiar ao discurso que, como um
taquigrafia conveniente, podemos chamar (ocidental(, ao ponto de ser sua caracter-stica
definidora.
Esta é a separação de dois, dom-nios mutuamente e%clusivos de ser a que atribu-mos osr!tulos de (humanidade( e (nature'a(. Todos os animais, de acordo com o princ-pio
desta separação, pertencer integralmente no mundo da nature'a, de modo que as
diferenças entre as espécies são diferenças dentro nature'a. &s seres humanos, no
entanto, são a =nica e%ceção9 eles são diferentes porque a ess#ncia de sua humanidade
transcende a nature'a> e, do mesmo modo, que a parte deles que permanece na nature'a
apresenta)se como um amlgama indiferenciada de animais caracter-sticas Ingold
356689 :58<. *ssim, os seres humanos, e%clusivamente entre os animais, viver uma
e%ist#ncia de dois n-veis, meio na nature'a e meio)out, sea como organismos com
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corpos e como pessoas com mentes. *gora, como Yamond Villiams assinalou9 para
falar do homem (intervir( em processos naturais é supor que ele poderia encontrar
poss-vel para não fa'#)lo, ou decidir não fa'#)lo. * nature'a tem de ser pensado. . .
+omo separar do homem, antes de qualquer questão de intervenção ou de comando, eo
método e ética de ambos, podem surgir. 3567:9 5@H<
Jaqui resulta que, quando falamos de domesticação como uma intervenção na nature'a,
como n!s somos inclinados a fa'er, a transcend#ncia da humanidade sobre o mundo
natural est pressuposta. & mesmo vale para o conceito de produção, classicamente
definida por Mriedrich Engels como (a reação transformadora do homem sobre a
nature'a( 356;H9 ;H<. * fim de produ'ir, seres humanos tem que alcançar tal comando
ou dom-nio sobre a nature'a a ponto de ser capa' de impressionar os seus pr!prios, proetos calculados sobre a face da terra. *ssim, (os homens mais distantes são de
animais,. . . quanto mais o seu efeito sobre a nature'a assume o carter de premeditado,
planeado ação direcionada para preconcebida definitiva termina (3Engels, 56;H, p 57?<.
Em outras palavras, na medida em que a condição humana transcende a nature'a, então
a pr!pria nature'a vem para ficar como matéria)prima para proetos humanos de
construção. Na sua reali'ação, estes proectos estabelecer uma divisão, dentro do mundo
material, entre o natural eo artificial, o intocada e o feito pelo homem, a nature'a)in)the)
cru e a nature'a transformada. +açadores e coletores, como os habitantes humanos de
um ambiente ainda intocado, não pode produ'ir, no pr!prio ato de produção do mundo é
irreversivelmente alterada do seu estado natural. * floresta virgem, de e%emplo, torna)se
uma colcha de retalhos perfeitamente ordenada de campos cultivados, de ocorr#ncia
natural em bruto materiais são transformados em ferramentas e artefatos, e as plantas e
os animais são criados para formas que melhor servem a prop!sitos humanos. & campo,
o arado e o boi, embora todos eles pertencem para o mundo f-sico, foram proetados
para proetos que em todos os casos tiveram suas origens na mente dos homens, nos
atos humanos de previsão.
Jesde a nossa preocupação atual é com a hist!ria das relações homem)animal, ou
melhor, com uma narração particular de que a hist!ria, quero salientar a forma como as
figuras (domesticação( em esta conta como um feito de engenharia, como se o boi
foram feitas homem), um artificial construção untas como o arado. +laro que a
possibilidade de realmente engenharia animais abriu s! muito recentemente, e continua
a ser mais no reino da ficção do que fato. JarPin, para seu crédito, teve o cuidado de
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salientar que o poder dos seres humanos para intervir em processos naturais é, na
realidade, bastante limitado9 acima de tudo, os seres humanos não pode criar novas
variantes, mas s! pode selecionar efeitos retroactivos desde aqueles que surgem
espontaneamente. D um erro (, escreveu JarPin,( para falar do homem (adulteração
com a nature'a( e causando variabilidade 35?7@9 :<. No entanto, e apesar de cuidadosa
distinção de JarPin entre intencional e seleção não intencional, a crença persiste que a
criação de animais, para se qualificar a atividade produtiva como tudo, deve
necessariamente condu'ir 0 alteração deliberada, planeada das espécies envolvidas.
*gora, para pastores e agricultores, que não conseguem e%atamente o engenheiro
formas ou comportamentos de seus animais e plantas, o mais pr!%imo que pode chegar
a ela é criação controlada ]3O^Boni de 56A69 :56> 56?69 ::<. E assim é nas
modificações provocada por tal criação ) ou, mais tecnicamente pela (seleção artificial(
) que o ess#ncia de domesticação foi supostamente mentir. *ssim, ele veio para se supor
que a animais marido foi, em ess#ncia, para cri)los, ambas as prticas sendo agrupados
indiscriminadamente sob o conceito de domesticação. +asos em que um apareceu sem a
outros, como a rena de pecuaristas norte da Eursia que caem dentro do intervalo de
variação da forma (selvagem( 3Ingold 56?89 +h. :<, foram demitidos como instvel,
transit!rio estados de semi)domesticação.
* separação da humanidade e da nature'a impl-cita na definição de domesticação como
um processo de seleção artificial reaparece em uma definição de concorrentes que
enfati'a sua função social, em ve' de seu aspecto biol!gico. Jomesticação, Jucos
escreve, (pode)se di'er e%istir quando os animais vivos estão integrados como obetos
para a organi'ação s!cio)econ/mica do grupo humano 3567?9 @H> 56?6> ver também
Ingold 56?Aa9 55;, 5A?, :;;<. Elas tornar)se uma forma de propriedade que pode ser
propriedade, herdada e trocados. "ropriedade, no entanto, é concebido aqui como uma
relação entre pessoas 3indiv-duos< em relação a coisas 3obetos<, ou mais em geral,
como uma apropriação social da nature'a. &s seres humanos, como sociais pessoas,
pode possuir> animais, como obetos naturais, são apenas oPnable. *ssim, o conceito de
apropriação, assim como o conceito de intervenção, define a humanidade, o mundo das
pessoas, em um pedestal acima do mundo natural das coisas. +omo comentei em
outro lugar, em ligação com o conceito de posse da terra, (não se pode apropriado que,
dentro do qual se ser est totalmente contido (3Ingold 56?Aa9 5;@<. egue)se que
caçadores e coletores, caracteri'ado pelo discurso ocidental como e%emplares de
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homem em estado de nature'a, em ou perto do 'ero absoluto do desenvolvimento
cultural (3ibid.<, não mais pode possuir os seus recursos de eles podem intervir em seus
processos reprodutivos. & advento da domesticação, em ambos sentidos, teve de
aguardar o avanço que libertou a humanidade dos grilhões da nature'a, um avanço que
foi marcado igualmente pelo surgimento de instituições de direito e governo, servindo
para acorrentar a nature'a humana a uma ordem social.
Impl-cita aqui é a premissa evolutiva que o n-vel de ser que define a humanidade acima
o reino animal teve que ser alcançado, no decurso de uma ascensão da selvageria 0
civili'ação, assim como tem de ser alcançado no desenvolvimento de cada indiv-duo da
inf$ncia para maturit. Isso ascensão do homem para a civili'ação foi concebido para ter
tido o seu hom!logo a domesticação da nature'a é evidente a partir do usointercambiveis do conceito de para denotar ambos os processos. "rimitive +ultura de
EdPard Tlor de 5?75, o primeiro estudo abrangente de variação cultural humana,
começou com as palavras +ultura ou +ivili'ação (, pelo qual ele se referia ao cultivo de
potencialidades intelectuais comuns para humanidade 35?75, I9 5, ver Ingold 56?Ab9 HH<.
JarPin, por sua ve', apresenta o seu igualmente compendious estudo, a variação de
animais e plantas sob domesticação, com o observação de que (a partir de um per-odo
remoto, em todas as partes do mundo, o homem submeteu muitos animais e plantas para
domesticação ou cultura (35?7@9 :<. & cultivo da nature'a, assim, aparece como o
corolrio l!gico do cultivo do homem de si mesmo, de seus pr!prios poderes de ra'ão e
da moralidade. +omo o e%)deu origem a raças domésticas modernas, assim como o
=ltimo culminam na emerg#ncia de que mais perfeita e%pressão da condição humana,
nomeadamente a sociedade civil.
Jei%e)me concluir esta seção, retornando 0 observação dos habitantes nativos de
JarPin de Tierra del Muego. 1uando se tratava de sua pr!pria espécie, JarPin permaneceu para sempre convencido da necessidade e inevitabilidade do progresso em
direção 0 civili'ação, mas ele era inequ-voca em sua estimativa de que os Muegians não
tinha feito isso. Nas esferas da religião, lei, linguagem e tecnologia, eles ficaram muito
aquém de um n-vel verdadeiramente humano da e%ist#ncia.
*ssim9 N!s não temos nenhuma ra'ão para acreditar que eles e%ecutam qualquer tipo de
culto religioso,. . . deles diferentes tribos t#m nenhum governo ou chefe,. . . a l-ngua
dessas pessoas, de acordo para nossas noções, dificilmente merece ser chamado de
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articular,. . . sua habilidade _técnica` em alguns aspectos, pode ser comparado com o
instinto de animais, por isso não é melhorada pela e%peri#ncia.
35?A89 :8?, :57)5?<
Oiologicamente, JarPin parece estar di'endo, essas pessoas são seres humanos
certamente, eles são da mesma espécie que os mesmos, no entanto, em termos do seu
n-vel de civili'ação eles são tão longe de ser humano que a sua e%ist#ncia pode
ustificadamente ser definido em pé de igualdade com a do animais. endo assim,
qualquer influ#ncia que eles possam ter tido sobre os animais não)humanos em seu
ambiente, e do qual dependem, não pode ser diferente em espécie da influ#ncia que tais
animais tiveram um sobre o outro.
+&4& caçadores e coletores se relacionam com seus *4OIENTE
Tanto para a construção de caçadores)coletores, como o ser humano de forma amb-gua,
dentro o quadro de conceitos legados por pensamento ocidental. Jei%e)me voltar agora
para o pr!prios caçadores)coletores. +omo esses povos que tiram o sustento, pelo
menos em parte, de caça e coleta, na verdade, referem)se aos componentes m=ltiplas de
seus ambientesC
Grande parte da nossa informação sobre as formas tradicionais de vida de caçadores e
coletores ) antes da sua transformação ou destruição na esteira da invasão europeia da
sua terras ) vem dos escritos de antrop!logos adiantados, missionrios, comerciantes e
e%ploradores.
Eles tendiam a descrever a vida de caçadores)coletores como uma luta constante pela
e%ist#ncia. Equipado com a tecnologia mais rudimentar em um ambiente hostil,
caçadores e coletores foram pensado para ter a dedicar cada momento de suas vidas 0
busca de alimentos. Nisso o respeito, a descrição de JarPin dos nativos da Terra do
Mogo, aparentemente, assolada pela fome e sem a intelig#ncia para melhorar a sua
condição miservel, era inteiramente t-pico.
Estudos etnogrficos mais recentes, entretanto, mostraram essa imagem para ser
grosseiramente e%agerado, se não inteiramente falsa. * nova visão da economia de
caçadores)coletores que emergiu nestes estudos foi apresentada em sua forma mais
sincera em um artigo agora célebre por 4arshall ahlins, originalmente apresentado ao
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56AA imp!sio sobre (Lomem +açador(, e provocativamente intitulado (* sociedade
afluente original( 3posteriormente revisto e publicado
em ahlins 567:9 +h. 5<.
*o contrrio do indiv-duo na sociedade ocidental moderna que sempre quer mais do que
ele pode obter, por mais bem)off que sea, as necessidades do caçador)coletor, ahlins
argumentou, são muito limitada. & que se tem, se partilha, e não h nenhum ponto em
material de acumular propriedade que s! seria um impedimento, dadas as e%ig#ncias da
vida n/made. *lém disso, para os caçadores)coletores que sabem como obt#)lo, a
comida é sempre abundante. Não e%iste o conceito da escasse'. +açadores)coletores
satisfa'er as suas necessidades limitadas facilmente e sem ter que gastar muito esforço.
Jois pontos ir unto com este. * primeira é uma aparente falta de previsão, ou de
preocupação para o futuro. +açadores)coletores, em representação de ahlins, pegue o
que eles podem obter de forma oportunista, como e quando querem. E o que eles t#m
que consomem.
& importante, para eles, é que o alimento deve (dar a volta( ao invés de que deveria
(ltimo a sair]. ea qual for a comida est dispon-vel é distribu-da para que todos
tenham uma participação, mesmo embora isso significa que pode haver nenhum 0esquerda no dia seguinte. Não é feita qualquer tentativa de ração de comida para fora de
um dia para o outro, como e%ploradores fa'em quando vão em e%pedições.
*final, para os caçadores)coletores da e%pedição não é o tempo limite da vida comum,
mas é sim a pr!pria vida, e essa vida se baseia na suposição de que mais alimentos
acabar por ser encontrado 3Ingold 56?Aa9 :55)5:<. & segundo ponto, que segue
directamente a partir deste, é que os caçadores)coletores não se preocupam com o
arma'enamento de alimentos. E%cedentes arma'enados impedir mobilidade, e dado quea comida é toda em torno do meio ambiente, caçadores)coletores tratar a ambiente em si
como seu arma'ém, em ve' de p/r de lado os fornecimentos de alimentos colhidos para
o futuro.2m dos estudos em que ahlins chamou de provas em apresentar esta imagem
de caçador)coletor aflu#ncia foi a reali'ada por Qames Voodburn, do had'a de Tan'$nia.
4as o pr!prio Voodburn, de uma série de artigos recentes, tem procurado qualificar
este ver por distinguir entre diferentes tipos de economia de caçadores)coletores
3Voodburn 56?8, 56?:, 56??<. * principal distinção é entre o que ele chama deimediato)retorno e economias de retorno atrasado. Em um sistema imediato)retorno, as
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pessoas saem na maioria dos dias para obter comida, que eles consomem no dia em que
obt#)lo ou logo ap!s. & equipamento eles usam é simples e rapidamente sem envolver
muito tempo ou esforço, nem eles investir qualquer esforço em cuidar dos recursos que
e%ploram. *lém disso, h pouca ou nenhum arma'enamento de alimentos colhidos. Esse
quadro, de acordo com Voodburn, é consistente com os dados had'a, e também com
quadro geral de caçadores)coletores aflu#ncia de ahlins. Em um sistema de retorno
atrasado, por contraste, não podem ser um investimento substancial de avanço trabalho
na construção de caça e captura instalações ou 3para pescadores< e barcos redes. *s
pessoas podem dedicar um esforço considervel para esposando seus recursos, e pode
também ser e%tenso de arma'enamento. & significado desta distinção reside em que ela
sugere sobre os compromissos dos povos tanto para o ambiente de não)humana e um
com o outro. Esses compromissos, Voodburn pensa, é provvel que seam muito
maiores em um sistema de retorno atrasado do que em um retorno imediato) um.
&bviamente, as pessoas dependem de um sistema imediato retorno, tanto quanto eles
fa'em em um retorno atrasado)um, tanto sobre os recursos do seu ambiente e com o
apoio de outras pessoas. 4as o que é notvel sobre o sistema imediato retorno é a falta
de investimentos em, ou compromisso de, recursos espec-ficos ou pessoas. 2m
indiv-duo, di'er na sociedade had'a, depende de outras pessoas em geral, e sobre os
recursos do ambiente em geral, ao invés de construir relacionamentos com determinadas
pessoas e em particular recursos. +omo Voodburn di',(as pessoas não estão
dependentes de outras pessoas espec-ficas, para o acesso a requisitos bsicos 356?:9
H;H<. 1uanto mais, porém, que n!s aprendemos sobre percepções de caçadores)
coletores do ambiente, e das suas relações com ele, mais improvvel esta imagem do
imediato retorno sistema parece. e o que Voodburn di' sobre os had'a é correto, então
eles aparecem mais como a e%ceção do que a regra. 2ma e outra ve' nos deparamos
com a idéia de que o meio ambiente, longe de ser visto como um recipiente passivo derecursos que estão l em abund$ncia para a tomada, est saturado com poderes pessoais
de um ou outro tipo. Ele est vivo. E caçadores)coletores, se quiserem sobreviver e
prosperar, tem que manter relações com esses poderes, assim como eles devem manter
relacionamentos com outras pessoas humanas. Em muitos sociedades, isto é e%presso
pela idéia de que as pessoas t#m de cuidar ou de cuidados para o pa-s em que vivem,
assegurando que as relações apropriadas seam mantidas. Isso significa tratamento do
pa-s, e os animais e plantas que habitam nela, com a devida consideração e respeito,fa'endo tudo que se pode para minimi'ar o dano e perturbação.
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Jei%e)me apresentar um e%emplo, que servir para dirigir a nossa atenção do geral
conte%to das relações caçadores e coletores com o meio ambiente para o mais
espec-fico conte%to das relações dos caçadores com sua presa animal. & +ree do
nordeste do +anad, como vimos no +ap-tulo 2m 3pp. 5;)5H<, suponha que os animais
apresentam)se intencionalmente ao caçador para ser morto. & caçador consome a carne,
mas a alma do animal é liberado para ser reclothed com carne. +aça aqui, como entre
muitos norte povos, é concebido como um rito de regeneração9 o consumo segue morte
como nascimento segue relações se%uais, e ambos os atos são parte integrante das ciclos
reprodutivos, respectivamente, de animais e seres humanos. No entanto, os animais não
voltar para caçadores que os trataram mal no passado. 2m trata um animal mal ao não
observar os procedimentos adequados, respeitosos nos processos de abate, consumo e
eliminação dos ossos, ou causando dor indevida e sofrimento para o animal em mat)lo.
*cima de tudo, os animais são ofendidos por matança desnecessria9 isto é, matando
como um fim em si mesmo, em ve' de para satisfa'er genu-no necessidades de
consumo. Eles se ofendem, também, se a carne não est devidamente compartilhada em
torno de todos aqueles na comunidade que dela necessitam. *ssim, carne e outros
produtos utili'veis deve em nunca podem ser desperdiçada 3vea Meit 567;, Tanner
5676, Orightman 566;, cf. Ingold 56?Aa9:HA)7<.
Esta #nfase na utili'ação cuidadosa e prudente dos recursos, bem como sobre a
prevenção de res-duos, parece muito distante da imagem, apresentada por ahlins, de
rique'a original, de pessoas oportunisticamente coletando tudo o que est em oferta.
*lém disso, a ideia de que o sucesso no presente caça depende de relações pessoais
constru-das e mantidas com poderes animais através de uma hist!ria de caça anteriores,
bastante contradi' noção de imediato de Voodburn retorna. "ara na concepção +ree, a
carne que o caçador obtém agora é um retorno sobre o investimento de atenção que ele
colocar em em uma ocasião anterior ) quando a caça a mesma animal ou os seus
membros da mesma espécie ) por observar os procedimentos adequados. Na verdade
pode)se argumentar que, em sua preocupação de cuidar de seus ambientes, e us)los
com cuidado, huntergatherers praticar uma pol-tica consciente de conservação. Eles
poderiam, em outras palavras, ser dito para gerir os seus recursos, como tem sido
sugerido, na verdade, em uma coleção recente de antropol!gica estudos de australianos
caçadores)coletores da *mérica do Norte e, o que era incisivamente Gestores de
Yecursos intitulado 3Villiams e Lunn 56?:<.
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No entanto, a conservação ambiental praticada por caçadores)coletores, se tal é, difere
fundamentalmente do chamado conservação (cient-fica( defendida por animais
selvagens &cidental ag#ncias de proteção. +onservação cient-fica est firmemente
enrai'ada na doutrina, o que eu tenho enunciado, que o mundo da nature'a é
separado, e subordinada 0, o mundo da humanidade. 2m corolrio dessa doutrina é a
idéia de que pelo simples facto de habitando um ambiente, os seres humanos ) ou, pelo
menos, os seres humanos civili'ados ) são obrigados a transformar )lo, alter)lo de seu
estado (natural(. +omo resultado, temos a tend#ncia de pensar que a =nica ambientes
que ainda e%istem em uma condição genuinamente naturais são aqueles que
permanecem além os limites da civili'ação humana, como na definição de dicionrio de
um deserto9 2m trato de terra ou de uma região. . . não cultivadas ou desabitada por
seres humanos (. Ja mesma forma selvagem animal é aquele que vive uma vida
autenticamente naturais, não viciada por contato humano. Ele vai, é claro, ter contactos
com os animais de muitas outras espécies, não)humanos, mas considerando que estes
=ltimos contatos são supostamente para revelar a sua verdadeira nature'a, qualquer
contacto com seres humanos é suposto para tornar o animal (não natural(, e, portanto,
impr!prios como um obeto de forma adequada inquérito cient-fico. Quliet +lutton)
OrocB 3566H< chamou a nossa atenção para a forma como que, de acordo com por
animais domésticos um estatuto de segunda classe, a este respeito, a investigação de seu
comportamento foi impedido. &s animais domésticos, ao que parece, estão a ser
e%plorada mas não estudou> animais selvagens a ser estudado, mas não
e%plorada.+onservação cient-fica opera, então, selando porções de deserto e sua
habitantes de origem animal, e por restrição ou proibição de intervenção humana. Isso é
como colocar um (não toque( aviso na frente de uma peça de museu9 podemos observar,
mas s! a partir de um dist$ncia, que e%clui a participação direta ou hands)on ativos
envolvimento. isto é consequentemente acaso que as regiões designadas como deserto, eque foram tra'idos sob imposta e%ternamente regulamentos de conservação, são muitas
ve'es regiões habitadas por caçadores e coletores. *legadamente falta a capacidade de
controlar e transformar a nature'a, s! eles devem ocupar um ambiente ainda não
modificada, como novo. * presença de caçadores)coletores ind-genas em regiões
designadas para a conservação muitas ve'es provou agudamente constrangedor para os
conservacionistas. "ara não h nenhuma maneira em que as pessoas nativas podem ser
acomodados dentro de esquemas de conservação cient-fica e%cepto como partes doanimais selvagens, que é como constituintes da nature'a que devem ser conservadas.
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Eles não podem)se ser conservadores, porque os princ-pios e prticas de conservação
enoin cient-fica um grau de desprendimento que é incompat-vel com o tipo de
envolvimento com o ambiente que é essencial para a caça e coleta como um modo de
vida.& sentido em que caçadores e coletores se v#em como conservadores ou cust!dios
de seus ambientes não deve, então, ser confundido com a idéia cient-fica ocidental de
conservação. Este =ltimo, como mostrado, est enrai'ada na suposição de que os
seres humanos F como controladores do mundo natural ) assumir a total
responsabilidade pela sobreviv#ncia ou e%tinção de espécies de animais selvagens. "ara
os caçadores)coletores essa responsabilidade é invertido. Em =ltima inst$ncia, é aqueles
poderes que animam o ambiente que são responsveis para a sobreviv#ncia ou e%tinção
de seres humanos. Yesumindo a vista do ouBon do *lasca, Yichard Nelson escreve9
& papel adequado da humanidade é servir uma nature'a dominante. & universo natural
é quase onipotente, e s! através de atos de respeito e propiciação é o bem)estar
de seres humanos assegurada. . . No mundo ouBon, a e%ist#ncia humana depende de
uma moral relacionamento baseado com os poderes gerais da nature'a. * humanidade
age a mando do meio ambiente. & ouBon deve mover)se com as forças do seu
entorno, não tentar controlar, mestre ou os altera fundamentalmente. Eles não enfrentam
nature'a, eles ceder a ela. 3Nelson, 56?;9 :H8<"ara o ouBon, como para caça e coleta
outros povos, não h dois separados mundos, da humanidade e da nature'a. L um
mundo, e os seres humanos formam uma ve' pequeno e insignificante parte dela. Jada
essa visão do mundo, tudo depende da manutenção de um equil-brio adequado em a
relação com os seus poderes m=ltiplas. *ssim, ao invés de di'er que os caçadores e
coletores e%plorar seus ambientes, talve' sea melhor di'er que eles pretendem manter)
se um dilogo com ele. Sou virar na pr!%ima seção para o que isso significa em termos
de caçadores relações com os animais. Nesta conuntura, o ponto que gostaria de
enfati'ar é que para os caçadores e coletores, não h incompatibilidade entre a
conservação e participação. D através de um envolvimento direto com os constituintes
do meio ambiente, não através de um individual, com abordagem hands)off, que
caçadores e coletores cuidar dela. Na verdade, a cuidar de um ambiente é como cuidar
de pessoas9 ela requer um envolvimento profundo, pessoal e carinhoso,um
envolvimento não s! da mente ou do corpo, mas da pr!pria todo o ser, indivis-vel. N!s
fa'emos não se sentem forçados no mundo social ) por e%emplo, no campo das nossas
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relações com os parentes ) de escolher entre um ou outro e%plorar os outros para o lucro
pessoal ou evitando todo contato direto.
No entanto, no conte%to das relações com animais, esta é precisamente a escolha que é
forçado em n!s pela dicotomia convencional entre selvageria e domesticação. D tempoagora de sugerir alguns termos alternativos.
JE +&NMI*NW* "*Y* * J&4IN*WX&
+onfiar em
Jeve estar claro que a caracteri'ação da caça como a busca humana de animais que são
(selvagem(, embora ele di' muito sobre a nossa visão ocidental dos caçadores, é
bastante inadequado quando se trata de e%ibição de animais dos caçadores. "ara osanimais são Não se considera como estranhas, seres alien-genas de outro mundo, mas
como participantes na mesma mundo para que as pessoas também pertencem. Eles não
são, alis, concebida para ser dobrado em escapar, derrubou apenas pelo caçador
superiores ast=cia, velocidade ou força. *o contrrio, uma caçada que se consuma com
sucesso com uma morte é tomada como prova de amigvel as relações entre o caçador
eo animal que tem de bom grado se permitiu ser tomadas. +açadores são bem
conhecidos por sua aversão 0 viol#ncia no conte%to das relações humanas, @ eo mesmovale para as suas relações com os animais9 o encontro, no momento de matar, é ) para
eles ) essencialmente não)violenta. E assim, também, a caça não é uma falha empresa,
como é tantas ve'es retratado no &cidente9 um fracasso marcado pela incapacidade
técnica para afirmar ou manter o controle> perseguição que não é em =ltima anlise,
coroado por captura. isto é sim uma tentativa bem)sucedida para desenhar os animais
em ambiente dos caçadores em o $mbito familiar do ser social, e estabelecer uma base
de trabalho para reciprocidade e coe%ist#ncia.
"ara caçadores e coletores, animais e plantas no ambiente desempenham um papel
carinho, como fa'er cuidadores humanos. Este é o tipo de entendimento que Nurit Oird)
Javid procura para transmitir por meio de sua noção, introdu'ida no cap-tulo anterior
3pp. H;)H<, de
Jo ambiente dando 3Oird)Javid, 5668<. +oncentrando)se em povos da floresta tropical
para quem a reunião é bastante mais importante do que a caça, Oird)Javid sugere que
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caçadores e coletores modelo suas relações com as ag#ncias doadoras de vida em seus
ambientes sobre a instituição de partilha, que é a base para as relações interpessoais
no seio da comunidade humana. *ssim, em sua capacidade de nutrir, estes não)humano
ag#ncias de share com voc#, assim como voc# compartilhar o que voc# recebe doambiente com outras pessoas. *mbos os movimentos, de não)humanos para seres
humanos e entre os este =ltimo a si mesmos, são vistos como constituindo uma =nica
(economia c!smica de partilha( 3Oird)Javid 566:a<. No entanto, enquanto as pessoas
podem de fato fa'er uma analogia entre as relações com animais e plantas ativados em
caça e coleta, e as relações entre os seres humanos activado na partilha, parece)me que
estes dois conuntos de relações são, no mais fundamental n-vel de princ-pio, não apenas
anloga mas id#nticos. Este princ-pio, que, eu manter, inerente igualmente nasactividades de partilha e nas de caça e coleta, é que de confiança.
* ess#ncia da confiança é uma combinação peculiar de autonomia e depend#ncia.
+onfiar alguém é agir com essa pessoa em mente, na esperança e e%pectativa de que ela
ir fa'er o mesmo ) respondendo de forma favorvel a voc# ) desde que voc# não faça
nada para frear seu autonomia para agir de outra forma. Embora voc# depende de uma
resposta favorvel, que a resposta vem inteiramente da iniciativa e vontade da outra
parte. 1ualquer tentativa de impor uma resposta, estabelecer condições ou obrigaçõesque o outro é obrigado a seguir, seria representam uma traição da confiança e uma
negação da relação. "or e%emplo, se eu forçar meu amigo para me audar na minha
empresa, isso equivale a uma declaração que eu não sei confiar nele para me audar por
sua pr!pria vontade, e, portanto, que eu não cont)lo como um amigo em tudo.
&fendido por minha infidelidade, sua resposta provavelmente ser a retirar seu favor em
minha direção. * confiança, por conseguinte, envolve sempre um elemento de risco ) o
risco de que a outra em cuas ações dependem I, mas que eu não pode, em qualquer controle forma, pode agir contrariamente a minhas e%pectativas 3ver Gambetta 56??,
para algumas e%celentes discussões sobre este ponto<.
*gora esta combinação de autonomia e depend#ncia é, creio eu, a ess#ncia do que é
comum em estudos etnogrficos da caça e da coleta sociedades sob a rubrica de partilha.
*s pessoas de comunidades de caçadores)coletores que dependem um do outro para a
alimentação e para uma variedade de serviços dirias, embora estas trocas pode ser a
superf-cie e%pressão de uma preocupação mais profunda com companheirismo,caracteri'ada por Tom Gibson como (compartilhado atividade em si mesma (3Gibson,
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56?@9 ;6;<. Notvel no relato de Gibson é a cone%ão ele traça entre a companhia ea
autonomia9 (uma relação baseada no companheirismo
é voluntria, livremente revogvel e envolve a preservação da autonomia pessoal de
ambas as partes (356?@9 ;6:<. Ele contrasta esse tipo de relacionamento com o tipo queé involuntrio, por pra'o indeterminado, e coloca as partes sob a obrigação 3ver Ingold
56?Aa9 55A)57<. Oird)Javid 35668< chama a essencialmente o mesmo contraste sob os
termos (dar( e alternativo, referindo)se, respectivamente, 0s relações que os caçadores)
coletores e cultivadores se v#em como tendo com o ambiente da floresta tropical.
+laramente, ambos os caçadores)coletores e cultivadores depender de seus ambientes.
4as enquanto para cultivadores essa depend#ncia est enquadrado dentro de uma
estrutura de obrigação rec-proca, para caçadores)coletores que repousa sobre oreconhecimento da autonomia pessoal. Em meus termos, o contraste est entre relações
baseadas na confiança e aquelas baseadas em dominação. Sou voltar para o Este =ltimo,
em um momento, mas primeiro eu gostaria de especificar mais precisamente o
significado de confiança no conte%to das relações entre caçadores e sua presa animal.
Sou fa'#)lo através de uma distinção mais, anal-tico entre confiança e segurança
3seguindo uhmann, 56??<. *mbos os termos são comumente utili'ados e casualmente
em caracteri'ações de atitudes de caçadores)coletores para com o ambiente. ahlins, por e%emplo, usa os termos e livremente intercambivel em seu relato sobre a (rique'a
intocada de LunterGatherer arranos econ/micos, marcado, alega,
uma relação de confiança na abund$ncia de recursos da nature'a em ve' de desespero
diante da insufici#ncia de meios humanos. 4eu ponto é que os dispositivos pagãos caso
contrrio curiosos se tornou compreens-vel pela confiança do povo, uma confiança que
é o ser humano ra'ovel atributo de uma economia geralmente bem sucedido.
3567:9 :6, #nfases minhas< *gora ahlins escreve como se, por caçadores e coletores, o
ambiente e%istiu como uma mundo da nature'a l fora, bastante separado do mundo da
sociedade humana e seus interesses. Neste ele proeta acriticamente para o caminho de
caçadores)coletores de pensar um nature'a sociedade dicotomia que, como vimos, é de
origem ocidental. egundo este ponto de vista, a nature'a ) que as pessoas não fa'em
nenhuma tentativa de controlar ou modificar ) é visto a seguir seu pr!prio caminho,
sueito a altos e bai%os, independentemente das ações humanas ou disposições em
direção a ela. e ele produ', ou dei%ar de produ'ir, isso não é porque tem o caçador)
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coletor em mente. E o caçador)coletor tem que assumir que ele ir produ'ir, uma ve'
que a pr!pria vida é predicado sobre esta e%pectativa. * alternativa, nas palavras de
uhmann, (é retirar e%pectativas, sem ter nada com que substitu-)los 356??9 67<.
*gora todos n!s temos de fa'er esses tipos de suposições o tempo todo9 eles são o quenos permitem sobreviver em um mundo cheio de perigos imprevistos e
desconsiderados. & mundo pode parar de girar ou ser derrubado por um curso de colisão
mete!rica, mas temos que supor que ele não vai, e em sua maior parte a possibilidade
nunca entra nossas cabeças. Ja mesma forma, de acordo com ahlins, caçadores)
coletores assumir a provid#ncia de nature'a e fa'er não considerar a possibilidade de
fome. D esta atitude que eu denotar pelo conceito de confiança. E o aspecto crucial da
confiança para que gostaria de chamar a atenção é que pressupõe nenhum compromisso,nenhuma participação ativa da nossa parte, com o potencial fontes de perigo no mundo,
de modo que quando o problema golpeia é atribu-da a forças e%ternas para o campo de
nossos pr!prios relacionamentos, as forças que s! acontecer a definir o mundo
e%terior, sob a sua pr!pria din$mica, em rota de colisão com as nossas e%pectativas.
4as com a atitude que eu denotar & conceito de confiança, é bem o contrrio. +onfiar e
pressupõe uma participação activa, antes com os !rgãos e entidades do ambiente do qual
dependemos> é uma qualidade inerente de nossas relações para com eles. E meuargumento é que, neste sentido estrito, confiar ao invés de confiança caracteri'a a
atitude de caçadores e coletores em relação ao seu ambiente não)humano, assim como
caracteri'a sua atitude para com o outro.
&s animais no ambiente do caçador não simplesmente seguir seu pr!prio caminho, mas
devem agir com o caçador em mente. Eles não são apenas (l( para o caçador de
encontrar e tomar como ele quiser> em ve' eles se apresentam a ele. & encontro, então, é
uma momento no desenrolar de uma continuação ) mesmo ao longo da vida ) relação
entre o caçador e do tipo de animais 3das quais cada indiv-duo em particular encontrou é
um espec-fico e%emplo<. & caçador espera que, sendo bom para animais, que por sua
ve' vai ser bom para him.A 4as, do mesmo modo, os animais t#m o poder de reter se
qualquer tentativa é fe' para coagir o que não são, por sua pr!pria vontade, dispostos a
fornecer. "ara coerção, a tentativa de e%trair 0 força, representa uma traição da
confiança que subscreve a vontade de dar. *nimais maltratados, assim, vai abandonar o
caçador, ou até mesmo causar)lhe m sorte. Esta é a ra'ão por que, como eu mencioneiacima, o encontro entre caçador e presa é concebida como basicamente não)violenta. D
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também a ra'ão pela qual os caçadores visam levar apenas o que é revelado a eles e não
pressionar por mais. "ara descrever essa orientação como oportunismo é enganosa,
pois não é uma questão de tomar o que voc# pode obter, mas de aceitar o que é dado. &
mesmo se aplica no conte%to da partilha intra)comunidade9 um pode de fato pedir coisas
que os outros t#m, mas não para mais. ("raticamente, Pould)berecipients solicitar que
eles v#em na posse de outros e não pedir)lhes para produ'ir o que eles não parecem ter
3Oird)Javid 566:a9 ;8<.
"or respeito da relação entre caçadores e suas presas como um de confiança, n!s
também podemos resolver o problema inerente 0 distinção de Voodburn entre imediato
retorno e sistemas de retorno atrasado. Voodburn estava preocupado em descobrir a
base para a pronuncia) #nfase na autonomia pessoal em muitas sociedades de caçadores)coletores, e ele coloc)lo para bai%o 0 falta de compromissos espec-ficos e
relacionamentos duradouros em um retorno imediato) economia. No entanto,
descobrimos que, pelo menos entre os caçadores, as pessoas estão enredados em
altamente particularista e laços -ntimos com os dois outros não)humanos e humanos.
+ontrrio a e%pectativas, no entanto, o seu sentido de autonomia não é comprometida. &
erro de Voodburn, como podemos ver agora, foi assumir que a depend#ncia de outras
pessoas espec-ficas implica perda de autonomia. Isso não é necessariamente assim, pois
é precisamente nas relações de confiança que a autonomia é mantida apesar de
depend#ncia. 4as a confiança, como observei, inevitavelmente, implica riscos, e isso
é tanto o caso nas relações dos caçadores com animais, pois é no seio da comunidade
humana.
*ssim, das pessoas de outros do que a humana que habitam o mundo do &ibPa,
LalloPell observa ) ocupando a perspectiva de um sueito &ibPa F que Nem sempre
posso prever e%atamente como eles vão atuar, embora na maioria das ve'es o seu
comportamento satisfa' as minhas e%pectativas. . . Eles podem ser amigveis e me
audar quando eu precisar deles mas, ao mesmo tempo, eu tenho que estar preparado
para atos hostis, também. Eu preciso ser cauteloso em minhas relações com outras
(pessoas(, porque as apar#ncias podem ser enganadoras.
356A89 H;<
D por isso que os caçadores ane%ar tais enorme import$ncia ao conhecimento e suaaquisição.
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Este não é o conhecimento no sentido cient-fico natural das coisas e como elas
funcionam. isto é sim como ir-amos falar sobre isso em relação 0s pessoas9 saber
alguém é estar em um posição para se apro%imar dele diretamente com uma e%pectativa
usta da resposta provvel, para ser familiari'ado com a hist!ria dessa pessoa passado e
sens-vel aos seus gostos, humores e idiossincrasias.
Soc# começa a conhecer outras pessoas humanas, partilhando com eles, isto é,
e%perimentando seu companheirismo. E se voc# é um caçador, voc# começa a conhecer
os animais de caça. +omo eu devo mostrar no +ap-tulo Je'esseis, as armas do caçador,
longe de serem instrumentos de controle ou manipulação, servir a esse prop!sito de
aquisição de conhecimento. *través deles, o caçador não transforma o mundo, em ve'
do mundo abre)se a ele. +omo as palavras, o ferramentas do caçador são apanhados emcadeias de causalidade pessoal 3não mec$nica<, que serve para revelar as intenções de
outra forma ocultos de agentes não)humanos em um mundo onde, recordando
&bservação de Meit relativa ao +ree, é (sempre apropriado perguntar( quem fe' issoC (E
("or qu#C( Em ve' de (como é que isso funcionaC ( 3567;9 55A<. Em suma, o caçador
não procurar, e não conseguem alcançar, o controle sobre os animais> ele procura
revelação. Yobin tem Yidington colocar o ponto concisa em sua observação de que
caçadores)coletores (, em ve' de tentar controlar a nature'a. . . se concentrar em
controlar a sua relação com ela (356?:9 H75<.
Jominação
D bastante diferente com pastoralists.7 +omo caçadores, eles dependem dos animais, ea
sua relação com estes animais pode ser similarmente caracteri'ada por uma qualidade
de atenta, e 0s ve'es até mesmo em conta benevolente. "astores, de fato, cuidam dos
seus animais, mas é o cuidado de um tipo bem diferente do que se estendeu por caçadores. "or um lado, os animais presume)se que não t#m capacidade para retribuir.
No mundo do caçador, animais, também, são supostamente para cuidar, a ponto de suas
vidas, que estabelece para os seres humanos, permitindo)se a ser tomada. Eles mant#m,
no entanto, total controle sobre seu pr!prio destino. Jebai%o pastor-cia, que o controle
tenha sido abandonada para os seres humanos. D o pastor que toma decisões)vida ou
morte sobre o que são agora (seus animais, e quem controla cada outro aspecto do seu
bem)estar, agindo como ele fa' como tanto protetor, guardião e carrasco.
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Ele lhes sacrifica> eles não se sacrificar para ele 3Ingold 56?Aa9 :7:);<.
Eles são atendidos, mas eles não são, eles pr!prios poderes para cuidar. +omo
dependentes em o agregado familiar de um patriarca, o seu estatuto é o de menores
ural, sueitos 0 autoridade de seu mestre humano 3Ingold, 56?89 6A<. Em suma, arelação de cuidado pastoral, bastante ao contrrio do que o caçador em relação aos
animais, é fundada sobre um princ-pio de confiança mas não de Estes princ-pios de
relacionamento são mutuamente e%cludentes9 para garantir a conformidade do outros
por impor a vontade, sea pela força ou por formas mais sutis de manipulação, é ) como
vimos ) uma revogação da confiança, na qual se prev# a negação ao invés de o
reconhecimento da autonomia do outro em quem se depende. &s pr!prios meios por que
o pastor tem o obetivo de garantir o acesso aos animais seria, para o caçador, envolvemuma traição que teria o efeito oposto levando)os a desertar. &s instrumentos de reunião,
bastante diferentes dos de caça, são de controle ao invés de revelação9 eles incluem o
chicote, esporão, arreios e mancar, todos eles proetados para restringir ou para indu'ir
movimento através da imposição de força f-sica, e 0s ve'es dor aguda 3eu voltar a estes
no +ap-tulo 1uin'e, pp. ;8A)?<. Jevemos concluir, então, que enquanto o conceito de
selvageria é claramente inaplicvel a descrever a percepção do caçador de animais com
quem go'a de uma relação de confiança e familiaridade, o conceito oposto de
domesticação
) +om suas conotações de dom-nio e controle ) é perfeitamente apto para descrever o
pecuarista de relação com os animais em seu rebanhoC
* resposta depende precisamente como entendemos a nature'a deste dom-nio e
controle, e este, por sua ve', depende do significado que damos 0 noção de f-sica vigor.
+onsidere o feitor, chicote na mão, obrigando seus escravos para labutam através do
inflição bruta de dor severa. D evidente que a autonomia do escravo nesta situação para
agir de acordo com sua pr!pria vontade é muito seriamente comprometida. er que
isso significa que a escravo responde de uma forma puramente mec$nica para o acidente
vascular cerebral do chicoteC onge disso. "ara quando falamos da aplicação de força
neste tipo de situação, n!s imputar ao poderes beneficirios de resist#ncia ) poderes que
a imposição de dor é especificamente destinados a submergir. Isto quer di'er, o uso de
força é baseada na suposição de que o escravo é um ser com a capacidade de agir e
sofrer, e nesse sentido uma pessoa. E quando di'emos que o mestre fa' com que oescravo para o trabalho, o ne%o de causalidade é pessoal, não mec$nico9 ela reside na
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relação social entre mestre e escravo, o que é claramente um dos dominação. Na
verdade, a conotação original de (força( era precisamente a da ação intencional dirigido
contra a resist#ncia de outro ser senciente, e o metaf!rico e%tensão do dom-nio das
relações interpessoais para que os movimentos de inanimado e as coisas insens-veis,
como planetas ou bolas de bilhar, é tanto relativamente recente e altamente
especiali'ado 3ver Valter de 56A69 H8 para uma discussão sobre este ponto<.
*gora, se pela noção de domesticação est impl-cita uma espécie de dom-nio e controle
semelhante para que implicou na escravidão, então essa noção poderia de fato ser
aplicveis para descrever a relação de pastores com os animais em seu rebanho.
Yichard Tapper argumenta, untamente com precisão estas linhas, que onde animais
individuais são levados para fora de sua comunidade espécies naturais subugados parafornecer mão de obra para o processo de produção humana,. . . sua alimentação sob o
controle de seus mestres humanos , pode)se ra'oavelmente descrever a humanidade
relações de animais de produção , assim, estabelecido como base escravo 3Tapper
56??9 @:);<.
Nestas sociedades do mundo antigo em que a escravidão era a relação dominante
produção, o paralelo entre os animais domésticos eo escravo parece ter sido auto)
evidente. &s romanos, por e%emplo, os escravos e gado classificados, respectivamente,como instrumentum vocal e g#nero e g#nero instrumentum semi)vocale 3Tapper 56??9
@6 fn ;.<, enquanto
Te%tos védicos, de acordo com Oenveniste 356A69 H?<, t#m um pra'o para pasu posses
animados que admite duas variedades, quadr=pede 3referentes aos animais domésticos<
e b-pede 3referindo) aos escravos humanos<. Talve' a parte mais e%traordinria de
evid#ncia vem de o trabalho do estudioso apon#s, . 4aeBaPa, sobre a economia
templo da uméria em o terceiro mil#nio a+. * partir de sua anlise dos te%tos
sumérios, 4aeBaPa mostra que o templo)estado de agash mantido uma população de
escravas capturadas para trabalhar como tecelões, e outra população de gado para o
fornecimento de leite. Em cada população, prole feminina foram retidos para garantir a
sua continuidade, enquanto a prole masculina foram castrados e colocados para
trabalhar9 os homens em transportar barcos rio acima, os bois em pu%ar o arado 3citado
em Tani 566A9 H8H)@<.
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Em uma e%tensão notvel do argumento para o paralelo entre os animais domésticos e
o escravo, utaBa Tani chamou a atenção para uma técnica para a gestão de rebanhos
pastorais de ovelhas ou cabras que est amplamente distribu-da na região do
4editerr$neo e do 4édio &riente. 24* selecionado animal macho castrado e é
treinado para responder aos comandos vocais do pastor. "or reunir o rebanho, este
animal, conhecido como um (guia)se , age como um intermedirio entre o pastor 3o
dominador< e seu rebanho 3o dominada<. "or enquanto obediente ao seu mestre, o
mesmo também estabelece um e%emplo, em seu comportamento, que é seguido por
todos os outros animais no rebanho. *gora, com e%cepção de um pequeno n=mero de
machos mantidos durante fins de reprodução, a maioria destes animais são do se%o
feminino. * posição do mesmo, uma macho castrado carregado com a orientação de um
rebanho de f#meas, é, portanto, funcionalmente anlogo para a posição do eunuco
humana, na corte do imperador, acusado de guardando as f#meas de seu harém. *
confiabilidade e fidedignidade do eunuco, como a do guia)se, deriva de sua e%clusão do
processo reprodutivo. 4as apesar de sua alta posição, o eunuco continua a ser um
escravo, totalmente dependente favor imperial para a sua posição. &bservando a
similaridade entre as técnicas de gestão empregadas, respectivamente, pelo pastor para
controlar o seu rebanho e pelo imperador para controlar seu harém,
Tani se pergunta se este =ltimo pode ser derivado do antigo 3ou, menos provavelmente,
vice)versa<. * idéia pode parecer absurda, e as evid#ncias hist!ricas, como Tani admite,
é inconclusivos. No entanto, parece mais de coincid#ncia que a técnica de utili'ação da
guidePhether é distribu-do (nas mesmas reas do 4editerr$neo e do 4édio &riente,
onde a instituição pol-tica do eunuco apareceu pela primeira ve' e de onde se difundiu
3Tani566A9 ;??)65, H8;<.
No entanto evidente o paralelo pode ter parecido, para as pessoas do mundo antigo,entre a dominação e controle dos escravos e dos rebanhos pastorais, é uma idéia que
est profundamente estranho ao pensamento moderno ocidental. "ara visuali'ar os dois
tipos de relação, com os escravos e com o gado, através da lente de uma dicotomia entre
a humanidade ea nature'a, somos convencido de que a relação mestre)escravo, que
ocorre entre os seres humanos, e%iste no n-vel da sociedade, ao passo que quantidades
de domesticação para a apropriação social de F ou intervenção nos ) o dom-nio separado
da nature'a, dentro da qual e%ist#ncia animal é totalmente contido. Num comentrio
revelador, 4ar% argumentou que as relações de dominação, como obter entre mestre e
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escravo, não pode obter entre seres humanos e animais domésticos, porque este =ltimo
não t#m o poder de ag#ncia intencional9 (seres sem vontade, como animais, pode de fato
prestam serviços, mas seu proprietrio não é assim, senhor e mestre (356AH958:> ver
Ingold 56?89 ??<. Jominação e domesticação est aqui distinto, em a premissa de que
um é uma forma de controle social e%ercido sobre sueitos)pessoas, e o outro uma forma
de controle mec$nico e%ercido sobre)obetos coisas. 4as isto não é, de meu
conhecimento, uma distinção que nenhum povo pastoril fa'er)se. Eles podem classificar
animais hierarquicamente abai%o seres humanos, como em escravos da sociedade
antigos foram classificados hierarquicamente abai%o homens livres, mas eles não são
atribu-dos a um dom-nio separado do ser. E embora as relações pastores estabelecem
com animais são muito diferentes dos estabelecidos por caçadores, eles descansam, a
um n-vel mais fundamental, na mesma premissa, ou sea, que animais são, como seres
humanos, dotados de poderes de consci#ncia e ação aut/noma que quer ser respeitado,
como na caça, ou superar pela força superior, como na pastor-cia. "ara resumir9 meu
argumento é que a transição nas relações homem)animal que,
iteratura acad#mica ocidental é descrito como a domesticação de criaturas que eram
uma ve' selvagem, deve, antes, ser descrito como uma transição de confiança 0
dominação. ugeri que o estere!tipo negativo da relação do caçador para sua presa,
marcada pela aus#ncia de controlo, ser substitu-da por uma caracteri'ação mais positiva
como um certo modo de acoplamento.
4as eu também t#m demonstrado que o aparecimento de pastoreio não depende, como
definições ortodo%as de domesticação implica, sobre os seres humanos (alcançar um
estado de ser que leva)los acima e além do mundo em que todas as outras criaturas
vivem. *ssim, a transição não de confiança para o dom-nio é para ser entendido como
um movimento de acoplamento a retirada, a partir de uma situação em que os sereshumanos e os animais são co)participantes do mesmo mundo que aquele em que se
alienar em seus pr!prios mundos separados da sociedade e nature'a. 4uito pelo
contrrio, a transição envolve uma mudança nos termos de compromisso.
e o regime de ser um dos caça ou de pastoreio, os seres humanos e os animais se
relacionam com o outro não em mente ou o corpo so'inho, mas como centros indiviso
de intenção e ação, como seres integrais. omente com o advento da gestão pecuria
industrial tem animais foi redu'ido, na prtica e não apenas na teoria, para os meros(obetos( que os te!ricos de a tradição ocidental 3que, salvo o animal de estimação
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ocasional, tinham pouco ou nenhum contato com animais no curso de suas vidas =teis<
sempre tinha suposto que eles seam 3Tapper 56??9 @:)7<. Na verdade, esta obetivação
dos animais, tendo atingido o seu auge no agropastoril ind=stria, est tão longe das
relações de dominação inerentes a tradicional pastoral, pois é a partir das relações de
confiança implicou na caça.
*lém disso, como modos alternativos de relacionamento, nem confiança nem
dominação é em qualquer sentir mais ou menos avançado do que o outro. D importante,
em particular, para se proteger contra a tend#ncia de pensar das relações baseadas na
confiança como moralmente, intrinsecamente ou (bom(, e dos decorrentes da
dominação como intrinsecamente (mau(. Eles são simplesmente diferentes. Trust, como
Eu tenho mostrado, é uma relação repleta de riscos, tensão e ambigKidade. D bom
lembrar "onto de LalloPell, a prop!sito ontologia &ibPa, que (o meu apar#ncias
enganam( 356A89H;<. & lado de bai%o de confiança, como LalloPell mostra tão
claramente, é a ansiedade cr/nica e suspeita.
*ssim, para argumentar que as relações de caçadores)coletores com o meio ambiente
são baseadas em um princ-pio da confiança não é apresentar mais uma versão da visão
rcade de vida em harmonia com a nature'a. Nem, por isso mesmo, se o movimento de
confiança para a dominação ser considerado como aquele que substituiu a harmonia
pela disc!rdia, ou que a humanidade no set caminho da sua alienação irrevogvel da
nature'a. 1uando os caçadores tornaram)se pastores eles começou a ser proveniente de
animais, e um ao outro, de diferentes maneiras. 4as eles não estavam tomando os
primeiros passos no caminho para a modernidade.
+&N+2X&
Escrevendo de caçadores ouBon do *lasca, Nelson observa que, para eles, oconceitual dist$ncia entre a humanidade ea nature'a é estreito 356?;9 :H8<. Na prova de
sua conta pr!pria, e muitos outros, seria mais verdadeiro di'er que não h conceptual
distanciar de todo, ou melhor, que o que n!s distinguir como a humanidade ea nature'a
se fundem, para eles, num =nico campo de relacionamentos. E, de fato, não
encontramos nada correspondente ao +onceito ocidental da nature'a em representações
de caçadores)coletores, porque v#em, não essencial diferença entre as formas refere)se a
um ser humano e aos componentes não)humanos do ambiente. Simos como amboscompartilhando 3entre os humanos< e caça 3de animais por seres humanos< repousam
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sobre a mesma confiança, e como o sentido em que caçadores alegam conhecer e cuidar
de animais é id#ntico ao sentido em que eles sabem e cuidar de outros seres humanos.
"oder-amos fa'er o mesmo argumento para a pastor-cia9 4ostrei em outros lugares, no
caso dos pastores de rena do norte da Eursia, como a transição de caça ao pastoreio
levou ao surgimento, em lugar de relações igualitrias de partilha, das relações de
dominação e subordinação entre os l-deres de pastoreio e seus assistentes
3Ingold, 56?89 5A@)6<. Evidentemente uma transição na qualidade do relacionamento, de
confiança para dominação, afeta as relações não s! entre os seres humanos e os animais
não)humanos, mas também, e igualmente, entre os pr!prios seres humanos. *
observação de LalloPell que no mundo do &ibPa, relações sociais vitais transcender
as que são mantidas com humano poderia se aplicar muito bem a outros povoscaçadores, e de fato para os pastores9 seres (356A8< H; também.
Essa observação, no entanto, oga estragos com as dicotomias ocidentais estabelecidos
entre animais e da sociedade, ou a nature'a ea humanidade. * distinção entre o humano
e não mais do não)humano marca os limites e%teriores do mundo social, como contra
essa da nature'a, mas sim mapeia um dom-nio dentro dela cuo limite é tanto permevel
e fcil de atravessar. Ele vem como nenhuma surpresa, então, que a antropologia, como
um produto intelectual da tradição ocidental, tem procurado conter os danos por relativi'ar o ind-gena visuali'ar e neutrali'ando assim o desafio que representa para as
nossas pr!prias suposições. *ssim, di'em)nos que o ponto de vista de caçadores)
coletores é apenas mais uma construção cultural da realidade. 1uando caçadores usam
termos retirados do dom-nio da interação humana para descrever suas relações com
animais, disse que estão a ser 4etafori'ando 3Oird)Javid 566:a<. 4as a alegação de
que o que é literalmente verdade das relações entre os seres humanos 3por e%emplo, que
eles partes<, é de apenas figurativamente verdade das relações com animais, é reprodu'ir a pr!pria dicotomia entre animais e sociedade que a visão ind-gena propõe a reeitar.
Ji'emos a n!s mesmos tranqKili'ador que este ponto de vista dos caçadores t#m, de
partilha com os animais como fariam com pessoas, por mais atraente que sea, não
corresponde com o que realmente acontece.
"or nature'a, di'emos n!s, realmente não compartilhar com man. 1uando os caçadores
de afirmar o contrrio, é porque a imagem do compartilhamento est tão profundamente
arraigado em seu pensamento que eles não podem mais di'er a metfora da realidade.
7/17/2019 Cultura, Natureza e Ambiente
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4as podemos, e n!s insistimos ) por estes motivos ) 1ue os caçadores t#m entendeu
errado.
Isto parece)me profundamente arrogante. D a conceder prioridade aos metaf-sica
ocidental da alienação da humanidade com a nature'a, e para usar nossodesprendimento como o padrão contra o qual a ulgar o noivado. +onfrontado com uma
crise ecol!gica cua ra-'es se encontram neste desengaamento, na separação da ag#ncia
humana e responsabilidade social da esfera do nosso envolvimento direto com o
ambiente não)humana, certamente nos convém reverter essa ordem de prioridade.
+omecei com o ponto de que, embora ambos os seres humanos e os animais t#m
hist!rias de suas relações m=tuas, somente os seres humanos narrar tal List!rias. 4as
para construir uma narrativa, um deve habitar no mundo e, no habitação, entrar emrelacionamentos com seus constituintes, tanto humanos e não)humanos. Eu estou
sugerindo que n!s reescrever a hist!ria das relações homem)animal, tendo esta condição
de empenhamento activo, de ser)no)mundo, como o nosso ponto de partida. "odemos
falar sobre isso como uma hist!ria de interesse humano com os animais, na medida em
que esta noção transmite um carinho, atencioso respeito, um (estar com(. E eu estou
sugerindo que aqueles que estão com animais em seu dia)a)dia, principalmente
caçadores e pastores, pode nos oferecer o melhor poss-vel indicações de como podemos
avançar.