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A N I V E R S Á R I O . . º º 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Vol. XXI • N° 371 • Montreal, 25 de maio de 2017 Cont. na pág 4 Meaghan Benfeito: Vai ser condecorada Pela Assembleia Nacional • Leia artigo na página 11 Fátima: Um século de milagres... • Leia texto de Carlos de Jesus, pág. 6 POLIMENTO DE SOALHOS Instalação de pisos de madeira MIRANDA Telefone: 514-272-0519 La vie est plus radieuse sous le soleil Manuel Resendes 514-895-1649 [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective †Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie La Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life. © Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017. Seguro de Vida Seguro de Hipoteca Invalidez e Doenças Criticas Investimentos REER CELI Seguro de saúde Fundo mutualista Editorial Serviço cívico obrigatório Por Carlos DE JESUS O Estado Islâmico, uma vez ma- is, como já vem sendo uma triste rotina, reivindicou a autoria do ataque suicida de segunda-feira passada, em Manchester, na Grã-Bretanha. Ao fechar desta edição con- ta-se pelo menos 22 mortos e 59 feridos. O atentado terrorista teve lugar no final dum espetáculo da cantora americana Ari- ana Grande, num recinto onde os especta- dores eram maioritariamente adolescentes e também muitas crianças. Uma das vítimas identificada tinha apenas 8 anos. Este é o mais grave atentado no país, desde 2005, quando uma série de ataques terroristas fize- ram 52 mortos. Neste momento ainda não se conhece a identidade do atacante que se fez explodir com uma bomba artesanal, embora a polí- cia tenha apreendido um suspeito, de 23 anos, ligado a este atentado suicida. Como explicar a uma criança que haja gente crescida, com tanta maldade, que está pronta a morrer por uma causa, difícil de compreender para a grande maioria de nós, indo ao ponto de se atacar aos mais inocen- tes, aos jovens e às crianças? Eles próprios, que se designam por “Loucos de Deus”, são na verdade jovens loucos, geralmente entre os 20 e 30 anos que, desejosos de terem um ideal na vida que preencha o vazio espiritual em que ve- getam, estão prontos a deixarem-se progra- mar – é o termo – para se fazerem explodir, matando o maior número de vítimas ino- centes. Todo o indivíduo tem um instinto normal de sobrevivência. Todos conhece- FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO COM MUDANÇAS POSITIVAS! Por Anália NARCISO (texto) e David BOULINEAU (fotos) As festas do Senhor Santo Cristo de 2017, que parece que chegaram a estar em causa, acabaram por resultar numa grande manifesta- ção popular nos dois dias que lhe foram alo- cados. Com efeito, a nova equipa diretiva, chefia- da por Roberto Carvalho, presidente da Asso- ciação QuebeQuente, conseguiu dar um novo cunho a estas festividades, que muitos já viam em declínio... Para isso, a primeira medida posta em mar- cha pela nova administração festeira foi a de contratar artistas de renome, pelo menos voca- cionados para este tipo de manifestações. O primeiro a receber «guia de marcha» para atuar na maior festa religiosa da comunida- de, como é sem dúvida a Festa do Senhor Santo Cristo, foi Jorge Ferreira, um cantor micaelense a viver na Nova Inglaterra, com cartaz interna- cional, e muito requisitado pelas comunidades portuguesas espalhadas pelo Globo. Jorge Ferreira atuou no sábado, no parque da Igreja Santa Cruz, num ambiente de muita alegria. Pode dizer-se, sem medo de errarmos, que o recinto da Missão nunca teve tanta gente como no sábado passado. Verdade se diga que a temperatura estava ótima, fazendo com que as pessoas não arredassem pé do parque em questão. A segunda medida, definida para o princí- pio da noite de domingo, também teve a ade- rência do público, que depois de assistir à pro- cissão, deixou-se ficar para assistir à intervenção hilariante, sobre todos os aspetos, da Tia Maria do Nordeste, que veio expressamente dos Aço- res para «dar show» aos montrealenses de ori- Cont. na pág 9

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ANIVERSÁRIO

..ºº

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Vol. XXI • N° 371 • Montreal, 25 de maio de 2017

Cont. na pág 4

Meaghan Benfeito:Vai ser condecoradaPela Assembleia Nacional• Leia artigo na página 11

Fátima:Um século de milagres...• Leia texto de Carlos de Jesus, pág. 6

POLIMENTODE SOALHOS

Instalaçãode pisos de madeiraMIRANDATelefone: 514-272-0519

La vie est plus radieuse sous le soleil

Manuel Resendes [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes

Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective†Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vieLa Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life.© Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017.

Seguro de Vida • Seguro de Hipoteca

Invalidez e Doenças Criticas

Investimentos • REER • CELI

Seguro de saúde • Fundo mutualista

EditorialServiço cívico obrigatório

• Por Carlos DE JESUS

O Estado Islâmico, uma vez ma-is, como já vem sendo uma triste rotina,reivindicou a autoria do ataque suicida desegunda-feira passada, em Manchester, naGrã-Bretanha. Ao fechar desta edição con-ta-se pelo menos 22 mortos e 59 feridos.O atentado terrorista teve lugar no finaldum espetáculo da cantora americana Ari-ana Grande, num recinto onde os especta-dores eram maioritariamente adolescentese também muitas crianças. Uma das vítimasidentificada tinha apenas 8 anos. Este é omais grave atentado no país, desde 2005,quando uma série de ataques terroristas fize-ram 52 mortos.

Neste momento ainda não se conhecea identidade do atacante que se fez explodircom uma bomba artesanal, embora a polí-cia tenha apreendido um suspeito, de 23anos, ligado a este atentado suicida.

Como explicar a uma criança que hajagente crescida, com tanta maldade, que estápronta a morrer por uma causa, difícil decompreender para a grande maioria de nós,indo ao ponto de se atacar aos mais inocen-tes, aos jovens e às crianças?

Eles próprios, que se designam por“Loucos de Deus”, são na verdade jovensloucos, geralmente entre os 20 e 30 anosque, desejosos de terem um ideal na vidaque preencha o vazio espiritual em que ve-getam, estão prontos a deixarem-se progra-mar – é o termo – para se fazerem explodir,matando o maior número de vítimas ino-centes.

Todo o indivíduo tem um instintonormal de sobrevivência. Todos conhece-

FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO

COM MUDANÇAS POSITIVAS!• Por Anália NARCISO (texto) e David BOULINEAU (fotos)

As festas do Senhor Santo Cristo de2017, que parece que chegaram a estar em causa,acabaram por resultar numa grande manifesta-ção popular nos dois dias que lhe foram alo-cados.

Com efeito, a nova equipa diretiva, chefia-da por Roberto Carvalho, presidente da Asso-ciação QuebeQuente, conseguiu dar um novocunho a estas festividades, que muitos já viamem declínio...

Para isso, a primeira medida posta em mar-cha pela nova administração festeira foi a decontratar artistas de renome, pelo menos voca-cionados para este tipo de manifestações.

O primeiro a receber «guia de marcha»para atuar na maior festa religiosa da comunida-de, como é sem dúvida a Festa do Senhor SantoCristo, foi Jorge Ferreira, um cantor micaelense

a viver na Nova Inglaterra, com cartaz interna-cional, e muito requisitado pelas comunidadesportuguesas espalhadas pelo Globo.

Jorge Ferreira atuou no sábado, no parqueda Igreja Santa Cruz, num ambiente de muitaalegria. Pode dizer-se, sem medo de errarmos,que o recinto da Missão nunca teve tanta gentecomo no sábado passado. Verdade se diga quea temperatura estava ótima, fazendo com queas pessoas não arredassem pé do parque emquestão.

A segunda medida, definida para o princí-pio da noite de domingo, também teve a ade-rência do público, que depois de assistir à pro-cissão, deixou-se ficar para assistir à intervençãohilariante, sobre todos os aspetos, da Tia Mariado Nordeste, que veio expressamente dos Aço-res para «dar show» aos montrealenses de ori-

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Página 225 de maio de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Notas de RodapéJosé Joaquim Serpa,Um Poeta Só Para Amigos

• Por Nuno A. VIEIRA

Nem todos os santos sobem ao altar. Nem tudo o que se es-creve vem a lume. O professor, poeta, José Joaquim Serpa, na sua mui-ta modéstia, optou por revelar o seu talento poético apenas a amigosmais chegados, numa brochura preparada particularmente e intituladaDécima Ilha, onde publica 148 poemas, agrupados em 7 categoriasque, per se, de alguma maneira, são indicativas do seu conteúdo temático:Da pátria, De mim, De ti, De eros, De outros deuses, Domésticos eVários.

No rosto da sua obra, José Serpa explica o acontecer da sua poesiae as suas reservas pessoais em publicá-la:

“Poemas que foram acontecendo ao longo da vida. Alguns sãoproduto dos verdores da juventude e pouco dizem. Outros são maismaduros, fruto de muitos trambolhões e de algumas desilusões que fo-ram acontecendo também. Todos (ou quase todos) são testemunhosde vivências muito pessoais, por vezes muito íntimas, e podem até nãoterem grande sentido para estranhos. Por isso os revelo apenas aosamigos mais chegados.”

Talvez, inadvertidamente, nos dois primeiros versos do poemaInjusto deus, p. 94, José Serpa dá-se conta do seu dom pessoal: “Porqueme destes alma de poeta / E me fizeste provar do teu saber...”. Ou ain-da, o poema Simples Poesia, p. 37: “Recebi hoje uma revelação / Queme foi dada / De graça / A poesia é tão simples / Como a simplici-dade. / É abandono / A um poder maior / Que vem de dentro, /Como orgasmo. / Se queres ser poeta, / Faz-te cristal / Para quepasse o verbo / Que vem do fundo / De ti, / Desde o princípio...”

A sua poesia atravessa línguas, fronteiras e culturas. Escreve emPortuguês e Inglês, e intitula alguns dos seus poemas em Latim. Osseus conhecimentos da História de Portugal, dos Clássicos e das Es-crituras são parte intrínseca das suas vivências do dia-a-dia; não sãomeros nomes ou datas decoradas como aluno ou professor. Entre ou-tros nomes, aparecem os de Sebastião da Gama, o Infante, a Infanta,Gonçalo Velho, Ciprião de Figueiredo, Corte Real, Camilo Pessanha,Gama, Cabral, Perestrelo, Homero, Ulisses e Sísifo. Desde jovem, o es-critor José Serpa propôs-se a desvendar os longes da distância e a fe-cundá-los, p. 5. Essa mesma determinação explica o título do seu livro– Décima Ilha – justificado na citação da capa: “...um outro amor queme nasceu dum sonho que sonhou Corte Real e se esbateu nos longes dadistância por onde transcendia Portugal...”

Em entrevista concedida, acerca de um ano, ao Fórum das Flores,o poeta e escritor José Serpa, agora, em idade octogenária, esclareceque, as suas visitas, nos últimos anos, à ilha do seu nascimento, têmcomo objetivo um encontro com as suas emoções. No seu livro, DécimaIlha, em edição preparada para amigos no ano de 2002, o poeta revela,em versos soltos e sonetos, sentimentos pessoais que são universais ehumanos. As qualidades da poesia lírica, especificadas pelo antigo jor-nalista Agostinho de Campos, encontram-se nos poemas de José Serpa:sentir de outra maneira nova e original o que todos sentem sem poderexprimir-se. São assim os poetas. É assim o poeta Serpa. Há que notarque os seus sonetos nascem ritmados e metrificados segundo os cânonesde uma boa harmonia.

No poema O Chamamento, pp. 24 e 25, o poeta expressa afrustração do encontro: Viver é caminhar / Constantemente / Naesperança de um encontro / que apenas se presente... / e eu caminhocomo se alguém / Algures / Me chamasse... / O poema continua:Encontro frustrado, / Caminho qualquer... / Ninguém me procura/ E a voz que murmura / Nem sei se me chama / Se é eco de umchoro / que eu próprio chorei... Noutro poema, A Vida, p. 29, a frus-tração manifesta-se na incógnita do destino: É longa a rota / E é re-mota a estrela / Desta navegação... / Incógnito o destino / Cujo eco,somente, / É conhecido...

Os seus poemas ocorrem em linguagem simples e sucinta. Vejam-se estes dois: Primeiro: Viver, p.119: Viver é arriscar / Quotidiana-mente, / O encontrar / Aquela encruzilhada / Inevitável... Segundo:Tudo, p. 146: O tudo é nada / É mudo e imutável... / E este quererser tudo / E não ser nada / É tudo em mutação...

Não posso deixar de citar o poema A Saudade, sobretudo, agora,depois de ter lido o capítulo “Saudade – um mistério sem grande mis-

tério” pp. 223-226, da recente publicação de Onésimo Teotónio deAlmeida sob o título A Obsessão da Portugalidade. Onésimo escreve:a beleza sonora de <<saudade>> – leve, doce, suave – deve ter ajudadoem preferida dos poetas. Mas isso não faz dela algo misterioso que osestrangeiros não possam nunca entender ou sentir. De José Serpa, pg.145: Saudade é pena / De ter sido e já não ser. / É ter braços de vento/ Para abraçar / E pés de chumbo / para regressar...

O escritor José Joaquim Serpa é conhecido pelos leitores do Por-tuguese Times através das suas crónicas – Cartas aos meus sobrinhos –nas quais, José Serpa usa o método socrático do diálogo, quer com so-brinhos quer com vizinhos, para discorrer sobre os mais variados te-mas. De maneira hábil, José Serpa conduz os seus interlocutores àmaiêutica socrática – arte de fazer nascer ideias. José Serpa é tambémconhecido pela sua intelectualidade; ainda, há dias, colocou nas páginasdo Facebook, a questão: qual a diferença entre Teologia e filosofia daReligião? Ao fim de alguns dias, obteve uma resposta dada pelo seu ir-mão, o psicólogo Anthony DeSerpa.

Bonum diffusivum sui est. O que é bom tende a difundir-se. É as-sim que gostaria de ver o professor José Joaquim Serpa, sem muita de-mora – tempus fugit – tomar conselho com alguém de opinião maisautorizada do que a minha e decidir-se a difundir a poesia da DécimaIlha pelo grande público. Com isso, prestigiaria a sua ilha e seria maisum valoroso contributo para a literatura da diáspora. Como se poderáver no poema “O berço”, p. 10, na Décima Ilha, José Serpa nunca sedesvinculou dos seus Açores: Oh terra açoriana... / Mãe doce, mãosde espuma / E carícias de sal, / Ninguém te pode amar, como eu teamo, / Que só amor de filho é filial... / Chamem-te muito emboraPortugal... / Eu, que de ti nasci / E te conheço / Sei muito bem /Qual a distância / Do meu berço / Ao pátrio domicílio / Original.

O professor José Joaquim Serpa nasceu na freguesia do Lajedo,Ilha das Flores. Mudou-se para o Faial onde estudou no Liceu da Hortae se formou como professor do Magistério Primário. Foi professor doensino primário no Continente. Ao mesmo tempo, frequentou a Fa-culdade de Direito, na Universidade de Lisboa. Quando já estava no ter-ceiro ano, emigrou para os Estados Unidos, em 1970. Aqui, completoumestrados e especializou-se em diferentes ramos das Ciências de Edu-cação. Foi professor e diretor, com grande sucesso, do Programa Bilínguede Brockton, um dos maiores do Estado de Massachusetts. Presente-mente, vive na Vila de Stoughton com sua mulher, também professora,a Sra. D. Júlia Serpa. Já aposentado, renovou a casa, que era dos seusavós, na Costa do Lajedo, um pequeno povoado com cerca de 30 pes-soas. O sossego desta localidade, um vale protegido pela rocha dosBordões e não muito longe das lagoas Rasa e Funda, tem-lhe sido fon-te de serenidade e inspiração nesta fase da sua vida. José Joaquim Serpa,professor, pedagogo, escritor e poeta é um intelectual que possui odom de comunicar conceitos profundos em linguagem simples e clara.

L P

Mea culpaDevo confessar um erro. Grande. Enorme.

Tem a ver com o recente Sarau de apoio à Fred, a Fundação deApoio às Crianças Diabéticas, realizado a 8 de abril. Tal como anunciadoe assim feito, o espectáculo teve a participação graciosa de vários artistascomunitários, que em tempo oportuno foram reconhecidos pelas suasimplicações generosas.

Ora é neste grupo, ou melhor, foi sobre este grupo, que na alturaalinhavei um texto descritivo do espectáculo, que cometi a falta de queacima refiro. Apesar de ter sido eu quem sugeriu o convite aos GruposVocais da Missão de Santa Cruz, esqueci completamente de fazer-lhesas referências devidas no texto. Por isso, e por me ter sido lembrado hádias, procuro agora reparar o erro com as devidas desculpas aos grupos— infantil e adulto — ao mesmo tempo que endereço amigáveis sau-dações e felicitações pelas suas comprovadas capacidades.

Raul Mesquita

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Página 325 de maio de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EM STE-THÉRÉSE...

PADARIA MARCELINO, UMA MARCA DE COMÉRCIO• Entrevista de Norberto AGUIAR

Dirigida atualmente por Maria doRosário Ferreira Marcelino, a Padaria, pastelariae charcutaria Marcelino, situada no 50 da ruaTurgeon, em Sainte-Thérèse, é uma autênticamarca de comércio nesta cidade nortenha que,como se sabe, está ligada à presença de umasignificativa comunidade de origem portugue-sa, com particular incidência dos Açores.

Fundada em 1981 por ela, o marido italiano(faleceu há dois anos) e por um dos seus irmãos(António Marcelino), a Padaria Marcelino nãotem parado de crescer, isto muito por culpa deuma clientela considerada quase como sua fa-mília, pois «O cliente entra para comprar, mashá sempre tempo para dois dedos de conver-sa», o que agrada sobremaneira a quem a visita.Assim sendo, «depois há o passa-palavra e osclientes vão sempre aumentando», diz MariaMarcelino para logo acrescentar que «hoje anossa padaria tem uma clientela fidelizada».De tão fidelizada que de momento já tem 10empregados. Mas não se julgue que não houveespinhos pelo caminho, como ela própria diz.«Como tudo na vida, quando se começa umnegócio as coisas não são logo todas cor-de-rosa. Também para nós foi difícil o início. Mas,graças a Deus, ultrapassámos esse período docomeço e hoje a casa, para mim, até já começaa ser grande de mais», atalha.

Sozinha à frente do negócio, depois damorte do marido, Vito Colaizzo, um italianopor quem se apaixonou e de quem tem um fi-lho já adulto (Giuseppe António MarcelinoColaizzo), Maria do Rosário Marcelino, naconversa com o jornalista chega mesmo a avan-çar que «Aparecendo-me um comprador, claroque podemos fazer negócio. É que, na minhaidade e sem herdeiros para dirigirem a casa,penso que começa a ser altura de entregar a pa-daria a alguém que possa dar continuidade aoque fizemos; ao que fiz até agora».

A Padaria Marcelino, para além da fabri-cação de pão e outos afins, tem serviço de res-taurante ligeiro, com pequenos-almoços e al-moços, servidos localmente, pois há espaçopara 15 ou 20 pessoas sentadas, talvez, mastambém com entregas «take-out» ao balcão...De resto, como já tivemos ocasião de observar,a afluência à Padaria Marcelino, principalmente

por volta do meio-dia, é muito concorrida,beneficiando de todo o tipo de clientela, desdeempregados de escritórios das redondezas, aosvizinhos fregueses, ou então a meros transeun-tes, não estivesse a padaria superiormente si-tuada na rua mais frequentada da cidade. Mas oserviço à clientela pronlonga-se desde as oitohoras da manhã até às 18 horas nas terças equartas-feiras. Já nas quintas e sextas-feiras, sebem que a abertura seja à mesma hora dos diasanteriores, o seu encerramento só se verificaàs 20 horas. Ao sábado, a Padaria Marcelinorespeita o mesmo momento de abertura detodos os dias. O fecho está, porém, estabeleci-do às 17 horas. Domingo e segunda-feira estãomarcados como dias de folga.

«Pela nossa casa passam muitas pessoas,até políticos temos como clientes», afirma,lembrando-nos de resto que o antigo presi-dente da Câmara Municipal, Elie Fallu, em mo-mentos de campanhas eleitorais, até já foi seuinquilino.

Já falámos no pão e afins; já falámos nospequenos-almoços e almoços, mas tambémtemos de dizer que há lanches a qualquer horado dia. Por isso é fácil adquirir uma bifana àmoda portuguesa, uma sandes de queijo, dechouriço, de presunto, de promiscuito italiano;ou até uma porção de pizza, já para não falarnalgumas refeições servidas quentes, onde asopa tem papel marcante. Também há saladasde todo o tipo. E pastelaria variada, com os cé-lebres pastéis de nata. Há ainda pastéis de baca-lhau e de camarão, etc... Sem esquecer a prodi-giosa, para os açorianos, Massa sovada!

«Sabe, tenho muitos clientes de origemaçoriana. Por isso a Massa sovada não podiafaltar na nossa loja», completa-nos.

Loja? Sim, também pode ser consideradauma loja... É que há um pouco de tudo de for-ma a agradar, servindo os portugueses da região.Fácil é encontrar produtos da Ferma e de outrosimportadores lusosnas várias prateleiras.Ali, facilmente se en-contra azeite, sumos,peixe congelado,queijos de São Jorge,bacalhau, sardinhas,polvo, café, morcelase chouriços (daChouriçor, claro!). E

há ainda peças de loiça caseiras. Há galos deBarcelos e muito mais... Só lá indo para se po-der ter a noção do que a Padaria, Pastelaria eCharcutaria Marcelino tem ao dispor dos seusclientes, neste caso particular dos portuguesesde Sainte-Thérése, Blainville, Boisbriand, Ro-semère, Mirabel e outras localidades das redon-dezas.

«A nossa casa, felizmente, tem um nívelde estabilidade muito bom. Foram (são) mui-tos anos de labor intenso, que deram estes re-sultados», tirada com que Maria do RosárioMarcelino conclui a conversa connosco.

Quem é Quem

Maria do Rosário junto de duas das suas funcionárias. FotoJules Nadeau/LusoPresse.

Maria do Rosá-rio Ferreira Marcelinochegou ao Canadáem 1972, quando ti-nha 21 anos. Veiojuntar-se a dois ir-mãos, ela que tem ma-is um rapaz e outrastrês raparigas. Quan-do chegou fez umpouco de tudo, atétrabalhar numa fábrica. Foi aprender Francêse Inglês. Casou com um italiano, de quem temum filho, referidos atrás no texto. Em 1981abriu a Padaria Marcelino, prosseguindo umatradição familiar em Juncal (Portugal) e prosse-guida com os irmãos já em Montreal. De resto,António Marcelino, antes do projeto de socie-dade com a irmã e o cunhado em Sainte-Thérésefoi proprietário da Padaria Panibel, na ruaMasson, em Montreal. Maria do Rosário Mar-celino, que diz ter saído de Portugal sobretudopela miséria que na altura lá se vivia, não deixade não dizer que sempre sonhou com o «pos-suir uma casa, um carro e outras comodidadesda vida». O que pelos vistos conseguiu e muitobem. L P

AgradecimentoMaria Inês Pinheiro do Rio

Faleceu no passado dia 10 de maio,em Montreal, a sra. Maria Inês Pinheirodo Rio, com 89 anos de idade. A inditosaSenhora foi a sepultar no cemitério Notre-Dame-des-Neiges, em Montreal, nopassado dia 15 de maio de 2017. Anumerosa família em Montreal, assimcomo em Portugal, agradece comreconhecimento a todas as pessoas que aacompanharam neste percurso, bemcomo os que enviaram sentimentos oupalavras de carinho.

Agradecem, também, aqueles que nãosabendo do seu falecimento possam agoratê-la nos seus pensamentos ou orações.

•••A Senhora Maria Inês Pinheiro do

Rio era mãe do nosso querido colaboradorCarlos do Rio.

Ao nosso colega, toda a Equipa doLusoPresse - e da LusaQ TV - endereça,assim como à sua restante família, as maissentidas condolências.

L P

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Página 425 de maio de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Nuno A. Vieira• Luciana Graça• Daniel Bastos• Anália Narciso• Raul Mesquita• Osvaldo Cabral• Adelaide Vilela

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00; domingo: 17h00(Ver informações: páginas 5 e 13)

O CANADÁ AQUI TÃO PERTO• Por Osvaldo CABRAL, em Toronto

Se olharmos para a história da nossa emigração para o continente norte-americano,não se compreende que, passados tantos anos, o nosso peso e a nossa influência em ter-mos de relações comerciais entre as duas partes seja tão diminuta.

O caso do Canadá é mesmo exemplar.Segundo os Censos de 2011, há 429 mil portugueses e luso-descendentes naquele

país, mas se contarmos com os indocumentados, certamente que ultrapassará o meio mi-lhão, calculando-se que cerca de 70% deste total sejam açorianos.

Então por que razão as relações na área comercial e de investimentos são tão fracasentre os Açores e o Canadá?

O Canadá é apenas o 5º país para onde mais os Açores exportam, num total de ape-nas 3 milhões e meio de euros em valor de exportações, sobretudo na área de produtostransformados e primários.

E, no entanto, há todo um potencial naquele mercado que não aproveitamos, inex-plicavelmente.

Surge agora uma oportunidade soberana com a assinatura do Tratado Comercial en-tre o Canadá e a União Europeia, que elimina as barreiras alfandegárias entre os dois blo-cos, possibilitando aos Açores projetar-se no mundo de negócios com esta potênciaeconómica, considerada a 15ª economia mais competitiva do mundo.

Este acordo vem, também, numa boa altura, considerando que os EUA, com estaadministração Trump, hesita em reconhecer o valor dos tratados internacionais, sobretudoo que estava também a decorrer com a União Europeia.

Com o novo tratado CETA (acrónimo, em inglês, de “Comprehensive Economicand Trade Agreement”), assinado em outubro passado, os Açores poderão exportar, porexemplo, mais produtos lácteos para o Canadá, sem pagar qualquer taxa alfandegária, omesmo acontecendo com outros produtos, como as bebidas espirituosas e vinho. O se-tor do calçado português vê aqui uma excelente porta de saída, porque até agora pagavauma taxa de 18%.

É, também, uma boa oportunidade para quem pretende investir nos Açores, porquantoos investidores canadianos terão as mesmas formalidades e benefícios dos cidadãos europeus.

Noutra vertente: o Canadá está a necessitar de muita mão de obra, pelo que represen-ta outra oportunidade para quem pretende ambicionar outras aventuras a partir dos Açores.

O próprio Ministro da Imigração do Canadá reconhece que a população do seu paísestá a envelhecer e necessita cada vez mais de aumentar a entrada de novos emigrantes.

Só este ano a quota de emigração para o Canadá é de 300 mil pessoas, que poderãoobter o visto permanente.

O crescimento económico do país assim o impõe, a necessitar cada vez mais de mãode obra especializada, mas também na área da construção civil, onde o crescimento équalquer coisa de extraordinário.

O Canadá é um autêntico estaleiro de obras, onde trabalham muitos açorianos, con-forme pude constatar nos últimos dias.

Juntamente com a Nova Zelândia, a Suécia e a Austrália, o Canadá é o quarto país domundo que registou os maiores aumentos de preços das casas nos últimos três anos.

Um pequeno apartamento no centro de Toronto pode ultrapassar o milhão de dóla-res, o que obriga muitos casais jovens, sem possibilidades de aceder a esta onda imobiliária,a procurar habitação em zonas mais longe das grandes cidades, onde as casas atingem va-lores entre os 300 ou 400 mil dólares.

E é assim, por força da pressão imobiliária, que vão nascendo pequenas cidades e vi-las a cerca de uma hora de carro de Toronto, a mais de uma centena de quilómetros de dis-tância, num vaivém constante de trânsito, que por sua vez obriga à construção de novasestradas ou ao alargamento das já existentes.

É por isso que os canadianos dizem, ironicamente, que só há duas estações do anono país: “Winter and Construction”, ou seja, Inverno, com muita neve e impossibilidadede fazer obras, e o resto do ano em que a construção aparece em força por todo o lado.

Abre-se um leque de oportunidades para ambos os lados, tendo o governo canadianojá anunciado a intenção de facilitar algumas regras para os estudantes internacionais quepretendam ir para o Canadá, com um estatuto de residente permanente, ao mesmo tem-po que elimina entraves aos empresários canadianos que necessitem de empregar traba-lhadores estrangeiros.

O próprio embaixador Jeffrey Marder reconhece que “há muito espaço para crescer”,mesmo para além da comunidade emigrante, destacando a abertura às empresas estrangeirasnos concursos públicos nos três níveis de governo (nacional, provincial e local), incluindoem setores como as telecomunicações, energia e transportes.

É neste cenário que os Açores se devem preparar para a abertura deste novo mercadogigantesco, mesmo aqui à porta, a cinco horas de avião.

Mas para isso é preciso fazer trabalho de casa.E isso é coisa que, infelizmente, nunca fazemos bem feito, sobretudo nestes últimos

anos em que andamos a empurrar a economia com a barriga para a frente, sem procurarum objetivo e um modelo que nos torne menos vulneráveis a esta autêntica praga que secultiva na nossa sociedade política, a subsidiodependência.

mos milhentas histórias autênticas de so-breviventes que, lutando contra as maio-res adversidades, foram capazes de lutar esobreviver. Lembremo-nos dos condena-dos dos Campos de Exterminação dosnazis durante a Segunda Guerra Mundial.

Os terroristas islâmicos estão progra-mados para separar este instinto de vidapelo instinto da morte. Os pregadorescontam-lhes histórias mirabolantes, mol-dam-lhe os cérebros, manipulam-nosprometendo uma outra vida, a vida eternaprometida ao combatente que morre porDeus, do mártir da fé. Os mártires quevão assim para o paraíso e, por recom-pensa suprema, 72 virgens que Alá reser-vou para eles, os esperam no Céu!

É esta a força deles. Não têm medode morrer. Normalmente, numa guerra,os inimigos são soldados que se afrontame se batem para não morrerem. Os Loucosde Deus não defendem um território, umpaís, não defendem valores, nem sequerdefendem a sua própria vida. É isso queos torna invencíveis. Como ganhar umaguerra contra gente que não tem medo demorrer?

O que este ataque mais uma vez de-monstra tão bem, e que destrói as tesesdos populistas à la Trump, que queremconstruir muros, fechar fronteiras e bar-rar a entrada de refugiados, é que este ata-que aconteceu numa ilha, como é a Grã-Bretanha. Uma ilha com um muro naturalque é o mar. Numa Grã-Bretanha que nemsequer faz parte do Acordo de Schengenonde, portanto, não há livre circulação depessoas como no resto da União Europeiaque assinou aquele acordo. E, como temsido o caso com os outros ataques terro-ristas na Europa, a maioria dos bombistassuicidários são naturais dos países ondefazem os atentados. O problema, portan-to, não é a livre circulação de pessoas,mas sim a livre circulação da propagandaislamista que anda a lavar os cérebros du-ma juventude sem ideais, sem formação,sem trabalho, permeável a tais ideias.

Esta guerra só pode ser ganha quan-do os jovens se sentirem parte integranteda sociedade e não párias ostracizadospela sua religião ou origem. Por muitoque isso nos custe, vamos ter que aceitarque haja um maior controlo das ideias eda propaganda, e que, provavelmente sedeva instaurar um serviço cívico obriga-tório, como no tempo do serviço militar,em que se inculquem valores e se respon-sabilize uma juventude em busca de senti-do e de ideais.

L P

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EDITORIAL...Cont. da pág 1

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Feliz Natala todos!

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Fazer história da... História

15 dias para ficar...Logo quando tomei a decisão de rumar ao Canadá, por força daquilo que aqui já foi

dito, comecei a instruir-me com os meus pais e outros familiares, também com os amigos ea agente de viagem, na melhor maneira de passar no controlo da fronteira, isto porque o meupassaporte era de turista.

Lembro-me que uma das permissas era de que devia entrar no Canadá bem vestido, deforma a demonstrar aos agentes de imigração que vinha, efetivamente, passear... E, se pos-sível, sortido de alguns dólares.

Verdade se diga, eu preparei-me para as duas medidas. Bem-vestir já era de resto meu há-bito, por ganhar bem e «trabalhar na cidade», e por isso não foi difícil satisfazer a primeiramedida. Quanto à segunda, já em parte respondida na questão anterior, reforçava-a com osdólares vindos do Canadá quase à razão semanal, para que «não te falte nada, meu querido fi-lho!», frase de minha mãe também aqui já esboçada.

Mas houve ainda uma terceira proposta, que me foi colocada já muito perto do dia dapartida. E do que se tratava? Da mala de viagem, que não podia ser muito grande nem velha,ou, pelo menos, não devia dar ideia de que já tinha sido muito utilizada...

Nesta altura é tempo para dizer que muitos dos rapazes que partiam para o Canadá ouEstados Unidos, quase todos para se juntarem à família, acabavam por ser recambiados aoponto de partida. E porquê? Porque muitos, uma vez diante do agente da imigração, ou apre-sentavam debilidades vestimentárias próprias de quem não era rico ou, então, «espremidos»pelas questões mais diversas dos agentes acabavam por falhar numa qualquer resposta... Es-tava assim encontrada a forma de mandar de volta o pobre jovem. Aqui poderíamos alargareste tratamento aos muitos pais de família que tentaram a sua sorte ao emigrarem nos anos60...

Por tudo o que fica dito, preparei-me em consequência. Vesti o melhor fato que tinha.Puxei do casaco* novo em folha que minha mãe me tinha enviado do Canadá e que até entãonunca tinha usado por não gostar dele – por ter peles na gola... –, arrumei o livro de chequesdo Banco Totta & Açores – por receber em cheque o ordenado, penso que único nos Açoresnaquela altura, não trabalhasse eu para o maior e mais forte empregador, a Bensaúde... – e ar-ranjei o máximo de dólares avulsos que podia trazer, com a ajuda do João Manuel Carroça,lagoense como eu, prospetor do Totta & Açores e grande admirador das minhas qualidadesfutebolísticas, infelizmente já falecido.

No dizer dos que me rodeavam na altura, todos me diziam: – Tens todas as condiçõespara entrares no Canadá sem problemas.

De resto, pelas informações que me chegavam de experiências infelizmente vividas nodecorrer destas andanças, eu também pensava que pelo menos no plano dos acessórios, decerteza que não teria problemas.

Faltava era saber como me comportaria no plano meramente pessoal. Seria eu capaz deresistir a um interrogatório apertado, tímido como era? Os meus amigos davam-me força,dizendo que me negligenciava...

Quando cheguei ao Aeroporto Dorval – hoje Pierre Eliott-Trudeau – tudo era grande enovo para mim. Reconheço que me assustei com tamanha grandeza. Mas por pouco tempo,visto a funcionária da TAP – ainda a tenho na memória – me ter recriminado por não me di-rigir às «gueritas» dos agentes com a celeridade requerida. Curiosamente foi esta mesma fun-cionária que me serviu de intérprete, visto me ter calhado a «fava» de passar no gabinete doagente imigratório.

A tantos anos de distância – fez a 2 de março último 42 anos! – ainda hoje quando melembro daquele interrogatório, que até se passou muito bem, sinto um certo nervosismo nofundo da barriga...

As perguntas do agente masculino da Imigração Canadiana começaram por abordar oporquê da minha vinda ao Canadá. Quem tinha pago a viagem... Disse-lhe que vinha visitarmeus pais e irmãos. Que tinha saudade deles. Nesse instante, intervém ele, dizendo-me que,«Vem para ficar com a sua família?» Eu já com o cenário preparado, fui dizendo que não, aomesmo tempo que tirava o livro de cheques para provar que estava bem na ilha, onde viviaem condições financeiras e de trabalho excecionais, para mais sendo noivo, estando até paracasar. Para reforçar ainda mais a minha posição de independente, que vinha apenas para ma-tar saudades de meus pais e irmãos, falo-lhe na minha condição de futebolista com cartel, ou-tra maneira de o impressionar. Que sim, que era verdade, admitindo ele que o Canadá não ti-nha tradição no «soccer»...

Foram quase 60 minutos de conversa. Reconheço que por minha culpa, pois com tantavontade de o impressionar lancei para a discussão tudo que pensei que o pudesse convencera deixar-me entrar no Canadá. É que mesmo que a minha intenção não fosse emigrar, tam-bém pelas razões já aqui expostas em peça anterior, a verdade é que me horrorizava a hipó-tese do agente canadiano me mandar de volta sem ver os meus pais e irmãos.

Por fim, o meu muito falar, vangloriando-me de forma assaz exagerada – livro de che-ques, dinheiro no banco, bom emprego, futebolista conhecido... – terão levado o agente,apesar do seu sorriso e boa disposição a me dar somente 15 dias de estada em solo canadiano.Ele deve ter dito lá com os seus botões: – Este, pela sua esperteza, vai ficar cá apenas 15 dias.

* Casaco que um amigo no dia de deixar o Aeroporto de S. Miguel me havia de pedirque o enviasse, caso eu acabasse por ficar no Canadá. Enviei-o meses mais tarde. Só que en-rolado em perfumes e outras bijuterias, o casaco acabou por chegar «malhado», acabando nolixo...

Norberto Aguiar

FÁTIMA, UM SÉCULO DE MILAGRES• Por Carlos DE JESUS

L P

Foi no passado dia 13 de maio, com avisita do Santo Padre a Fátima, em Portugal,que se culminaram os festejos do primeiro cen-tenário da aparição da Virgem Maria aos trêspastorinhos na Cova da Iria.

Estas aparições têm sido constantementepostas em causa, mas o número de crentes queacredita no milagre tem vindo a crescer de anopara ano, indo muito além das fronteiras dopaís.

No dia 13 de maio de 1917, três crianças,Lúcia dos Santos, com 10 anos, Francisco Mar-to, 9 anos e Jacinta Marto, 7 anos, afirmaramterem visto “...uma senhora mais brilhante doque o Sol” sobre uma azinheira, quando apas-centavam um pequeno rebanho na Cova daIria, próximo da aldeia de Aljustrel. Lúcia via,ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouviae Francisco apenas via-a, mas não a ouvia.

Segundo os testemunhos recolhidos naépoca, a Senhora disse às três crianças que eranecessário que rezassem muito e que aprendes-sem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmolugar, na Cova da Iria, no dia 13 dos cinco me-ses seguintes, sempre à mesma hora. As trêscrianças assistiram, então, a mais aparições nomesmo local a 13 de junho, 13 de julho, 13 desetembro e 13 de outubro. Em agosto, a apari-ção ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos,a cerca de 500 metros do lugar de Aljustrel,porque as crianças tinham sido presas e levadaspara Vila Nova de Ourém pelo administradordo concelho no anterior dia 13 de agosto.

A 13 de outubro, estando presentes naCova da Iria cerca de 50 mil pessoas, NossaSenhora terá dito aos pastorinhos: “Eu sou aSenhora do Rosário” e teria pedido que fizes-sem ali uma capela em Sua honra, conhecidahoje como a Capelinha das Aparições do San-tuário de Fátima. Muitos dos presentes afirma-ram ter observado o chamado milagre do Sol,prometido às três crianças nas aparições de ju-lho e setembro. De acordo com relatos da épo-ca, o Sol assemelhava-se a um disco de pratafosca que girava sobre si mesmo como umaroda de fogo. Este fenómeno foi presenciado

por milhares de pessoas e veio relatado na im-prensa por vários jornalistas que ali se deslo-caram.

No entanto, há testemunhos de pessoasque afirmaram nada ter visto, como é o casodo escritor António Sérgio, que esteve no locale testemunhou que nada se passara de extraor-dinário com o Sol, e do militante católico Do-mingos Pinto Coelho, que escreveu na impre-nsa que não vira nada de sobrenatural.

Santuário de FátimaPara corresponder ao pedido de Nossa

Senhora de que se fizesse uma capela em Suahonra no local das aparições em Fátima, noano de 1919 foi erigida uma capela – a Capeli-nha das Aparições – no local onde os pastori-nhos afirmaram ter visto a Virgem Maria. Em1928 foi benzida a primeira pedra para a cons-trução de um templo de maiores dimensõesnas proximidades da capela, o qual ficou pron-to em 1953.

Com o passar dos anos, vários outros edifí-cios e monumentos religiosos foram sendo cons-truídos em torno da capela e da basílica, e ao com-plexo foi dado o nome Santuário de Fátima.

Os festejos deste ano tiveram uma reper-cussão mundial com a cobertura mediática feitapor cerca de dois mil jornalistas que durantetrês dias deram a conhecer ao mundo as celebra-ções daquele centenário, presidido pelo Papada Igreja Católica.

Aparentemente, o Papa Francisco faloumuito pouco durante a sua visita a Fátima.Quanto a “discursos”, podem considerar-seapenas dois: a saudação aos peregrinos na noi-te de 12 de maio e a homilia do dia 13. No en-tanto, falou mais vezes, ainda antes, durante edepois da viagem, oralmente e por escrito. Sa-bemos que este Papa “fala”, sobretudo, porgestos e atitudes e é aí que os fiéis o reconhecem,nos abraços abertos e sorrisos com que de-monstra proximidade e afeto por todos, espe-cialmente as crianças, os doentes, os mais sim-ples dos simples.

Em português, explicou que o objetivoda sua peregrinação: “confiar a Nossa Senhorao destino temporal e eterno da humanidade epedir por sua intercessão as bênçãos do Céu”.

Visita papal a Portugal - Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, nobeija-mão ao Papa Francisco.

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Convite para uma conferência de tema histórico

PIONEIROS VINDOS DE PORTUGAL

Dentro do quadro das atividades do seu 20º aniversário, o jornal LusoPresse e a LusaQ TV convidam-vos a vir escutar CARLOS TAVEIRA falar dos primeiros Portugueses chegados à Nova França a partir dos séculos XVII e XVIII. Epopeias pouco

comuns. A começar por Maria Angélica, uma escrava negra com um destino trágico, até Mateus da Costa, um corsário aristocrata. Uma narração surpreendente e instrutiva!

Depois de longas pesquisas em vários arquivos, o apaixonado de História CARLOS TAVEIRA publicou várias obras de ficção sobre este assunto que interessa públicos de todas as origens.

Nascido em Angola e instalado deste lado do Atlântico desde 1985, o informático Carlos Taveira é autor de «Mateus da Costa e os trilhos de Megumagee» (Texto, Lisboa, 2006), «La traversée des mondes» (L’Interligne, Ottawa, 2011), «Mots et marées – Tomes 1 et 2» (L’Interligne, Ottawa, 2014 e 2015), «De la racine des orages» (L’Interligne, Ottawa, 2014), e ainda de outras obras de poesia.

Antes da conferência, que será bilingue, falar-se-á da história dos jornais comunitários relativamente ao LusoPresse.

Preço: o almoço está fixado em 30$ (bebidas não incluídas)Sítio: O Bitoque, 3706 Notre Dame Oeste, Montreal, tel. (514) 303-6402

(Excelente restaurante português perto do Mercado Atwater)

Para mais informações, Norberto Aguiar, LusoPresse, telemóvel (514) 835-7199.

ConferênciaLusofonia na Nova França

Uma organização do jornal LusoPresse

Domingo, dia 18 de junho, às 12h30 (Almoço)Restaurante Bitoque - Sala Porto

www

Éditeur etrédacteur en chef :

Directeur :

Maria Angélica Mateus da Costa

A N I V E R S Á R I OSESSÃO CULTURAL

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IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

gem açoriana e portuguesa.Mas tudo começou no sábado, com o

Cortejo da Mudança. A Imagem do SenhorSanto Cristo saiu da Capela – inaugurada oano passado, como aqui se relatou –, dando avolta ao parque acompanhada pela Filarmónicado Divino Espírito Santo de Laval e saudadapelo roncar dos motores das várias motas pre-sentes. Depois de recolhida a pequena e breveprocissão, houve missa solene.

Pelas 19h30 iniciou-se o arraial com a Filar-mónica do Divino Espírito Santo, abriu-se obazar e subiu ao palco Jorge Ferreira e a suabanda. Chegava-se assim ao momento-chavedo serão musical, tão esperado pela multidãopresente.

Foram cerca de duas horas de música po-pular, onde o cantor açor-americano pôdeapresentar grande parte do seu reportório. Mui-tos dos presentes aproveitaram o momentopara dar um pé de dança em pista improvisadadiante do imponente palco.

Foi desta forma que artista e público de-ram largas à sua alegria numa noite de tempera-tura serena, muito apropriada para um eventomusical ao ar livre.

No final, Jorge Ferreira mostrar-se-ia aomicrofone do programa de televisão portuguêsda LusaQ TV muito satisfeito pela aderênciado público à sua prestação, a primeira em Mon-treal ao ar livre e no decorrer das Festas do Se-nhor Santo Cristo.

Chuviscos incomodaram...No domingo, as festividades continuaram,

agora com a tradicional procissão pelas ruascircundantes à Igreja Santa Cruz. A saída daProcissão, talvez mais curta do que em anosanteriores, pelo menos foi com a ideia comque ficámos, deu-se um pouco depois das 16horas. O atraso, e alguns outros pequenos con-tratempos verificados, deve ter sido por faltade alguma experiência da organização, que eranova, como aqui já salientámos, e que se descul-pa perfeitamente. Antes, porém, houve lugarpara a missa solene, cujo pregador foi o padre

SANTO CRISTO...Cont. da pág 1

companhado pelas Filarmónicas Portuguesade Montreal e do Divino Espírito Santo deLaval.

Recolhida a Procissão, começou logo de-pois o arraial. Primeiro atuou o Rancho Folcló-rico Estrelas do Atlântico, de Laval, seguidodo Rancho Folclórico de Barcelos, de Toron-to. Um e outro deram uma bela amostra doque são as danças populares das regiões querepresentam, respetivamente os Açores e oMinho.

Veio depois o concerto da FilarmónicaPortuguesa de Montreal, que acabou por serencurtado devido à ameaça de chuva, quandoainda havia que assistir à prestação da Tia Mariade Nordeste, tida como o prato forte das festi-vidades lúdicas do Senhor Santo Cristo 2017...

Já neste momento os chuviscos tinhamfeito com que muita gente deixasse o recinto edemandasse a casa, ou a algum dos restaurantesportugueses das cercanias para jantar.

Os que foram embora tomaram, a nossover, a decisão errada. Primeiro porque a chuva,incomodativa, é verdade, não fez mossa; e se-gundo, porque perderam um espetáculo de qua-lidade, sobretudo para quem gosta de humor;de humor bem feito, que foi o que fez o duointerpretado pela Tia Maria do Nordeste.

Foi uma hora de puro prazer, aquela que aTia Maria do Nordeste proporcionou aos pre-sentes, ainda no recinto em bom número. Mar-celo Rebelo de Sousa, António Costa, VascoCordeiro, Jorge Rita, Berta Cabral, CristianoRonaldo, Fernando Santos; a Taça da Europa,o Benfica campeão, mesmo Salvador Sobral eo Festival da Eurovisão passaram todos pelo«fel» da Tia Maria do Nordeste, isto para gáudiodos muitos portugueses presentes. Até osmeus conterrâneos Cristina Calisto (presidenteda Câmara Municipal de Lagoa) e João Ponte(também lagoense e atual secretário Regionalda Agricultura) levaram saborosas bicadas danordestense...

O espetáculo teve uma hora de duração.Mas quem ali esteve achou que o tempo passoudepressa demais, sinal de que o agrado foi geral.

Carlos Dias,responsávelpela ParóquiaPortuguesa deLaval. Estefacto, mereceudo visado ras-gados elogiosà Comissãodas Festas poro ter convida-do para acon-tecimento tãomarcante, co-mo haveria dedizer no mo-mento do re-colher da pro-cissão em dis-curso diretoaos peregri-nos proferidonas escadariasda Igreja SantaCruz.

O cortejoreligioso desteano foi musi-calmente a-

As gargalhadas, a cadatirada, demonstraramisso mesmo.

Entretanto, na cave da igreja, lá estava oJúlio Lourenço para animar o baile para alémdas 23 horas (sábado e domingo). L P

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NO RESTAURANTE BITOQUE

«PORTUGAL EM FESTA»

Fátima e as Comunidades Portuguesas• Por Daniel BASTOS

Brian Melo, vencedor do Canadian Idol de 2007.

LUSOPRESSE – O Restaurante por-tuguês Bitoque, situado no 3714 da rue Notre-Dame Oeste (não muito distante da rue Attaw-ter) está neste momento a comemorar o seu10.° aniversário. Para isso, preparou todo umprograma de festividades, que para já começamno dia 9, prosseguem no dia 10 e termina nodia 11 de junho.

É desta maneira que na sexta-feira, dia 9,ao fim da tarde, lá estará a Catsi Pimentel, umaartista de gabarito, que a todos agradará comas suas belas melodias. Canta trechos popula-res e canta o fado com mestria. É caso para di-zer que tem os dotes para agradar ao espectadormais exigente.

No sábado, dia 10 de junho, será a vez deatuar no Bitoque o grande cantor lusodescen-dente Brian Melo. Ele vem de Nashville depropósito para atuar na cidade, que não se es-queça, está a comemorar os seus 375 anos.

Para quem não saiba ou já possa se ter es-quecido, Brian Melo foi, em 2007, o vencedordo concurso musical à procura de talentos Ca-nadian Idol, numa prestação de muito mérito,que a todos conquistou no Canadá.

Pois é este mesmo Brian Melo que vematuar ao Restaurante Bitoque numa «aquisição»a todos os títulos espetacular.

No domingo, dia 11, será a vez do român-tico Júlio Lourenço, um cantor que já fez a suamarca na comunidade, a pisar o palco da SalaPorto do Bitoque.

Para que o nosso leitor marque presençano Bitoque num destes dias, onde a música se-rá rainha, disque o seguinte número de telefone:(514) 303-6402.

A Meca da MúsicaCom salas diversas, para 100 ou mais pes-

soas, o Restaurante Bitoque quer transformara sua Sala Porto na Meca da Música Portuguesade Montreal. Para isso, Hermínio Alves estáenvidando esforços para receber os melhoresartistas, de Montreal e do exterior, no seu res-taurante de maneira a ter permanentementeativa a flama musical portuguesa sempre emação, se possível o ano inteiro.

Assim sendo, caro leitor, esteja atento àprogramação musical deste restaurante atravésdos meios de Comunicação Social ou pela In-ternet.

Português ao raio X• Por Luciana GRAÇA

(Leitora de português do Camões- Instituto da Cooperação e da Língua,na Universidade de Toronto)Rubrica pro-duzida em colaboração com a Coorde-nação do Ensino Portu-guês no Canadá/Camões, I.P.

Caso: «planear antecipadamente»ou «planear»?

• E PLANEAR ANTECIPA-DAMENTE ajuda tudo. (Sporting, 2016-09-12)

• PLANEAR é importante, mas nãopodemos gastar demasiado tempo nestafase sem haver resultados concretos.(Charme fabuloso, 2016-06-20)

Comentário:• «planear» (e não «planear anteci-

padamente»): «planear» já significa «idear»,«projetar».

Em síntese:• planear antecipadamente X• planear V

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O fim-de-semana de 12 e 13 demaio em Portugal ficaindelevelmente mar-cado pela visita doPapa Francisco a Fátima, um dos mais impor-tantes santuários marianos do mundo onde olíder da Igreja Católica celebra o centenáriodas aparições na Cova da Iria.

Malgrado os diferentes pontos de vistasobre o fenómeno religioso de Fátima, consu-bstanciados nos que acreditam que na Cova deIria houve visões ou aparições de Nossa Senho-ra aos três pastorinhos, e os que defendemque tais acontecimentos não passam de umamontagem da Igreja, o Santuário de Fátimacontinua a atrair crentes de todo o mundo, e aocupar um lugar especial na mente e coraçãode muitos portugueses.

No conjunto alargado de portugueses quetêm no Santuário de Fátima um local de exce-lência de peregrinação e devoção, encontram-se os emigrantes, sendo já marcante a jornadaanual do Migrante a Fátima em agosto, que re-úne dezenas de milhares de pessoas, e que seassume como uma comemoração de fé que ul-trapassa fronteiras.

A projeção das comunidades de emigran-tes portugueses no mundo levaram inclusiveo Papa nas vésperas da sua visita a Fátima apedir, durante uma audiência pública na Praçade São Pedro, às comunidades portuguesas parao acompanharem na oração nesta passagempor Portugal: “Peço a todos que se unam amim, como peregrinos da esperança e da paz:que as vossas mãos em oração continuem asustentar as minhas”.

As palavras do Papa Francisco direcio-nadas à emigração portuguesa expressam nãosó a importância dos emigrantes na construçãode pontes entre povos e culturas, essência damensagem universal da Igreja, como deslindamque a religião continua a constituir um fatorestruturante de coesão e identificação das co-

munidades emigrantes.Ele próprio filho de emigrantes italianos

na Argentina, o Papa Francisco reconhece ofenómeno migratório como uma experiênciamarcante e geradora de transformações sociaisem todas as regiões do mundo. Assim se enten-de o seu reiterado apelo a ideais como a solida-riedade, a tolerância e a paz, que se entrelaçamcom a Mensagem de Fátima, que continua pro-fundamente atual e a tocar singularmente noâmago de parte significativa da população por-tuguesa residente no território nacional e noestrangeiro.

No Restaurante Aldea

Falou-se do próximo Dia de Portugal

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LUSOPRESSE – Foi na segunda-feira,dia 15 de maio, que a Comunicação Social Por-tuguesa foi chamada para assistir à apresentaçãoda quarta edição do Festival Portugal Interna-cional de Montreal, que teve lugar nas bonitase airosas instalações do nóvel restaurante co-munitário, Aldea.

Apesar da escassa participação, os organi-zadores, chefiados por Joe Puga, seu presi-dente, deram conta do programa do Festivalpara este ano, de novo com duração de trêsdias, isto é, do dia 9 (sexta-feira) ao dia 11 (do-mingo) de junho. E também como tem acon-tecido nos anos transatos, os festejos terãolugar no parque da Igreja Santa Cruz.

Falando aos presentes, Joe Puga convidoua comunidade a participar em massa, pois o

Festival só terá razão de ser se a comunidade oapoiar, com a sua presença. Falou na qualidadedo elenco artístico, que considerou de bom ní-vel, perfeitamente dentro dos parâmetros exi-gíveis.

Já Marta Raposo, que volta a ser a porta-voz da organização, fez a descrição, mais empormenor, dos artistas e programa dos respeti-vos dias.

Assim temos, como programa, o queapresentamos a seguir.

Sexta-feira, «Noite das Estrelas», as inter-venções, nomeadamente, de Suzi Silva e SaraFranco. O espetáculo começa às 20h00.

No sábado, Dia de Portugal, de Camões edas Comunidades Portuguesas, há discursosno decorrer da cerimónia oficial, a levar a efeitono Parque de Portugal e tem início às 15h00.

A Soirée Popular, por sua vez, começa às 19h30,agora no parque da Igreja Santa Cruz. Os pri-meiros artistas a entrarem em cena são os fi-nalistas da «Vozes do Festival», saídos de umconcurso prévio. Outros artistas, alguns vin-dos do exterior, atuarão noite dentro.

Entretanto, de tarde, haverá atividades paracrianças no Centro Comunitário Santa Cruzapoiadas pelo Instituto Camões.

Finalmente, no domingo, dia último dofestival, as comemorações festivas começamàs 13h00, com desfile na Saint-Laurent, prosse-guem com atuações de grupos folclóricos econtinuam com vários artistas, salientando-se neste caso Brian Melo, um lusodescendente

de Toronto, que em devido tempo ganhou oPrémio Canadian Idol.

No fim das apresentações, onde ainda in-terveio Daniel Loureiro, jovem conselheiro dasComunidades Portuguesas, os presentes tive-ram o privilégio de escutar Joe Medeiros, oguitarrista que está em vias de cursar música naUniversidade McGill.

Vinhos e acepipes, dos mais saborosos,foram postos à disposição dos convidados.

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Na Place des Arts...«António e Cleópatra», de Tiago Rodrigues

O Consulado-Geral de Portugal em Montreal tem o prazerde anunciar a participação do Teatro Nacional D. Maria II no FestivalTransAmériques, em Montreal, com a apresentação da peça “Antónioe Cleópatra” nos próximos dias 27, 28 e 29 de maio (Place des Arts –Cinquième Salle).

“António e Cleópatra” é uma peça encenada e escrita por TiagoRodrigues, com os atores Sofia Dias e Vítor Roriz.

Esta presença portuguesa no Festival TransAmériques conta como apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Para mais informações consultar: http://fta.ca/spectacle/antoine-et-cleopatre/.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 5 DE JUNHO...MEAGHAN BENFEITO SERÁ CONDECORADA!

LUSOPRESSE – Segunda-feira, dia 5 de junho, MeaghanBenfeito receberá a Medalha da Assembleia Nacional do Quebeque.A entrega será feita pelo deputado de Vimont, Jean Rousselle, emcerimónia levada a cabo em Laval, cidade onde vive a nossa jovemcompatriota.

A razão da atribuição de medalha tão significativa obedeceaos altos serviços prestados à província, através dos seus vários eenormes feitos desportivos, a julgar pelas suas três medalhas olím-picas ao serviço da Seleção do Canadá.

Recorde-se que Meaghan Benfeito foi, em janeiro passado,escolhida a Personalidade do Ano na Comunidade Portuguesa doQuebeque, por iniciativa do nosso jornal.

Além disso, Meaghan Benfeito é também galardoada pela Câ-mara Municipal de Ribeira Grande, de onde são originários osseus avós e, sobretudo, pelo Governo dos Açores com a MedalhaInsígnia de Valor.

Pelo seu valor intrínseco, por ser jovem e pelo que representaMeaghan Benfeito para a nossa comunidade, o jornal LusoPresseem tempos não muito recuados desenvolveu diligências junto dasautoridades portuguesas para que ela também fosse homenageadapelas entidades de Lisboa. No ar ficaram algumas promessas... Es-pera-se que para cumprir oportunamente.

Em 2013, Norberto Aguiar, editor e chefe de redação do Luso-Presse também foi agraciado com a mesma medalha, agora a receberpor Meaghan Benfeito.

O LusoPresse endereça, antecipadamente, à Meaghan Benfeitoos mais sinceros votos de parabéns! L P

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Joaquim Eusébio

Prémio “SOS Azulejos”LUSOPRESSE - Soubemos pelo Diá-

rio de Leiria do dia 19 deste mês, que o nossocolega de redação, Joaquim Eusébio, doutoradoem História da Arte, presentemente ausenteem Portugal, foi premiado pelos seus traba-lhos de pesquisa em azulejaria histórica. Porser da mais elementar cortesia não queremosdeixar de assinalar este evento e reproduzimos,com a devida vénia a notícia do Diário de Leiria.

«Joaquim Eusébio recebe prémio ‘SOS A-zulejos’

HISTÓRIA O historiador Joaquim Vi-deira Eusébio foi distinguido com o prémio‘Investigação em História de Arte’, no âmbitodos Prémios SOS Azulejo, instituídos pelomuseu da Polícia Judiciária, são atribuídos porum júri presidido pelo professor Vitor Serrão.Este ano foram atribuídos oito prémios e seismenções honrosas.

Joaquim Eusébio foi distinguido pelo seutrabalho ‘As representações de Santo António(1190-1231) na azulejaria portuguesa dos sécu-los XVII e XVIII. A Construção de um mito’,

que corresponde à sua tese de Doutoramento em História da Arte.A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no Palácio Marquês

da Fronteira, na próxima segunda-feira, dia 22, pelas 15h000.Joaquim Eusébio é também autor do livro ‘Os Ciclos de Azulejos

da Igreja do Convento do Louriçal, publicado pela Câmara de Pombal,e que resulta da tese de Mestrado em História de Arte que o autor damonografia ‘Pombal 8 Séculos de História’, concluiu na Universidadede Montreal (Canadá).»

Parabéns ao Dr. Joaquim Eusébio de toda a equipa do LusoPressee LusaQ TV. L P

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Do prazer gastronómico ao sonho...

Vilar de Torno Alentem • Por Adelaide VILELA (Texto e fotos)

Sem dar por terminada a paixão pelasminhas viagens, desta vez descobri mais umrecanto único, em Portugal. A Lousada é umacidade conhecida internacionalmente, gemi-nada com Tulle, França, e Renteria, Espanha.Conhecemos a Lousada e surpreendemo-nospela positiva. Ano após ano, a Lousada ganhouuma indústria de qualidade, altamente desen-volvida, graças aos novos métodos em tecno-logia e saber fazer. Ricos e perfeitos no setoragrícola, os vinhos, os lacticínios e a históriada alimentação são uma mais-valia que ajuda acolmatar o desemprego daquela região. Os jo-vens vivem com certeza satisfeitos, já que noaspeto desportivo nada lhes falta. Tive o prazerde constatar que, para além dos intercâmbiosescolares, existem numerosas e significativasiniciativas em jogos nacionais e internacionais.Com o passar dos tempos, considerando aevolução rápida da cidade e do seu concelho, aCâmara Municipal da Lousada tornou-se umexemplo fantástico para com todos os seushabitantes.

Hoje trago aos nossos leitores a históriade um jovem empreendedor daquela região. De-pois de ter dado voltas à vida, Miguel Santos,com a ajuda dos pais, transformou um simplespedaço de terra, no campo, num recanto gas-tronómico de luxo. A ideia nasceu no parqueNatural de Vilar do Torno e Alentem.

Aconteu que, no inverno de 2017, ao pas-sear com amigos, encontrei um restaurante ebar a tapas que me deixou fascinada pela origi-nalidade e recantos de grande beleza!

Do prazer gastronómico ao so-nho, Miguel Santos e a sua equipa decidiramapostar no prazer do bem comer, por issoapresentam aos seus clientes pratos nacionaise internacionais os quais vão deixando a marcado Chef e do Alpha Lounge. Para além dasduas salas interiores, a parte do bar e salãoabre-se para o exterior onde o visitante ou ocliente pode admirar, a dois passos, a Torre deAlentem, de construção medieval, que noutrostempos se ergueu para garantir a segurança daregião e alertar o povo quando o inimigo esti-

vesse por perto. Diz-se que esta torre, no con-celho da Lousada, construída no século XIII,foi pertença de gentes da nobreza.

O restaurante e bar Alpha Lounge surgemcomo obra-prima para enriquecer aquele lugarparadisíaco, entre Douro e Minho, dando aconhecer ao povo português e ao mundo co-mo se pode harmonizar a paisagem namoris-cando com o património arquitetónico lusita-no. Ali, perto do rio e da serra, onde o sossegoconserva a vegetação e existe um cenário im-pregnado de memórias, podemos comer umaboa refeição, conversar simplesmente ou pas-sar a palavra no meio de uma reunião. Ali é olugar ideal para descansar conjugando o silên-cio com o chilrear dos passarinhos, deliciar-secom o perfume das flores e das plantas, numtempo de qualidade, num lugar onde tudo énatural e bom. O sítio encantou-me: é român-tico e luminoso! O Alpha Lounge vive aninha-do em histórias de paixão. Deparei-me comum cantinho do céu propício para fotografias,grandes sorrisos e momentos felizes! Naquelacasa requintada e tão bela fazem-se casamentos,batizados, festas de anos e regularmente almo-ços e jantares. Graças ao espaço agradável eacolhedor, e tendo em conta a particularidadedo seu exterior, desde que abriu portas, grandesfamílias e amigos disfrutam assiduamente da-queles espaços gastronómicos e de lazer.

Pela parte que me toca foi mais uma desco-berta em terras lusitanas, onde se nota que e agastronomia continua viva, na alma do povo.

Esperamos que os portugueses destas ter-ras cosmopolitas norte-americanas façam umavisita a este bar, restaurante, tapas, situado noconcelho da Lousada, a uma hora do Porto e avinte minutos de Amarante.

Eu fiquei rendida aquele conto de fa-das. E vou lá voltar. Senti-me num oásisconvidativo e agradável. Saudoso, o meucoração não esquece as belezas raras domeu País. Necessito dos prazeres gastro-nómicos assim como do carinho e dobem receber das gentes portuguesas. Ne-cessito do silêncio dos rios, dos parques,da história e da arquitetura lusitanas.

E como nota de conclusão: pela for-ma simpática como fomos recebidos, ne-cessito dos pratos deliciosos do Chefdo Alpha Lounge e da magia que envolveaquele lugar pacato e aconselhável.

PRECISA-SEDama de companhia portuguesa

Precisa-se de dama de companhia, portuguesa, quesaiba cozinhar e que tenha experiência e vocação paralidar com idosos. As funções incluem preparar as refeiçõese fazer companhia a uma senhora que mora na VilleMont-Royal. O horário será de três horas por dia, entre4 ou 5 dias por semana, a acordar mutuamente, bemcomo as condições salariais que serão discutidas naentrevista. Como se trata de um cuidado que requer muitasensibilidade, todas as interessadas deverão apresentarreferências.

Favor de contactar Paula de Vasconcelos: 514-527-6400.

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CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE SOCCER

BELA VITÓRIA (4-1) DO IMPACTO!• Por Norberto AGUIAR

Para alguns (poucos) adeptos, o factode o Impacto só ter três vitórias em 11 partidasdisputadas, é sinal de fraqueza futebolística.Fala assim quem não segue a equipa no seudia-a-dia ou então pouco percebe de futebol...

Na maior parte do tempo, esses são adep-tos habituados a seguir campeonatos onde osclubes poderosos – dois ou três, no máximo,por país – levam uma temporada de lés-a-lés àfrente do campeonato, terminando a competi-ção na maior parte das vezes com uma, duasou três derrotas, numa cabal demonstração decomo esses campeonatos são desiquilibra-díssimos...

Ora, na Major League Soccer, liga ondemilita o Impacto de Montreal, a paridade nãoé palavra vã, bastando para isso dizer que em20 anos de vida, a MLS tem já vários campeões.De resto, o campeão de 2016, o Sounders deSeattle, isto para provar o valor deste campeo-nato, encontra-se na oitava posição da sua zo-na, a Oeste, com apenas 13 pontos em 36possíveis, resultado de três vitórias, quatro em-pates e cinco derrotas... Se formos um poucomais longe, veremos que no conjunto das 22equipas, o Sounders, que até se reforçou esteano, está posicionado na 18.ª posição da tabelaclassificativa...

Mas atenção com as conclusões apressa-das. É que sem retirarmos o que quer que seja

ao que atrás fica dito, o Sounders, tal e qual oImpacto, basta ganhar dois ou três jogos deseguida para logo o vermos tabela acima.

Neste momento, com 11 jornadas dispu-tadas, já não há sequer uma equipa que não te-nha perdido. E a última a perder esse estatutofoi a FC Dallas, derrotada no fim de semana(0-1), em sua própria casa, pela San Jose Earth-quakes.

Como somos adepto de futebol antes desermos faccioso por uma qualquer equipa, claroque preferimos um campeonato onde a incerte-za do resultado está sempre patente do primei-ro ao último minuto; do primeiro jogo da épo-ca até ao fim da temporada...

Entretanto, os mesmos adeptos, cujos ar-gumentos não passam de falaciosos, vêm nestemodelo de equilíbrio, um aspeto de fraqueza,imaginária, claro. E, depois, confundem tudo,comparando o incomparável, ao ponto dequestionarem a qualidade dos jogadores norte-americanos ou de outras procedências, masque militam na MLS.

Um aspeto que vem frequentemente à bai-la é a idade dos jogadores, principalmente quan-do se trata de vedetas europeias a demandar aMLS... E facilmente se alega que um jogadorque vem para este lado do planeta com 30, 31anos é por que está velho. No entanto, se jogana Europa é por que é bom, quando não exce-lente.

A este propósito gostamos de dar osexemplos de Henry e Beckham, que deixaram

o Arsenal e o Real Madrid na flor da idade (30anos), respetivamente. Porque vieram para aMLS estavam velhos... Que barbaridade!

Mas há, atualmente, outros exemplos.David Villa, campeão do Mundo pela Espa-nha, Bastian Scheweinsteiger, também campe-ão do Mundo, este pela Alemanha, que deixa-ram a Europa aos 32 anos... por que estavamvelhos, imagine-se!!!

Entretanto, na Europa, Totti joga no Ro-ma (2.° classificado, atrás do hexacampeão Ju-ventus...) com 40 anos! O nosso CrsitianoRonaldo vai a caminho dos 33 e ainda luta porser o Melhor Jogador do Mundo! Ah, no Ben-fica, que acaba de ser campeão, quantos anostem o Luisão? Pelas minhas contas vai a ca-minho dos 37...

Ainda agora, o Duda, ex-internacionalportuguês que alinha no Málaga do badaladocampeonato espanhol, decidiu arrumar as bo-tas este ano, com 36 anos. Olha, o Tiago, quepassou pelo Benfica e que alinha no Atléticode Madrid tem quantos anos? 36 ou 37?...

Os exemplos são numerosos e exautivos.E eles estão em muitas equipas, desde o Bayernao Chelsea, do Manchester City ao Barcelonae por aí fora. A questão está apenas e simples-mente nos estereótipos. Não? Querem outroexemplo? Aqui vai...

Há jogadores a chegar à MLS provenien-tes dos mesmos países que dão jogadores aosvários campeonatos da Europa. Veem da Ar-gentina, do Brasil, da Sérvia, de vários paísesde África. A diferença é que logo que se dirigempara a MLS é porque não têm qualidade... Eatletas como David Accam e Harrison Afful,do Gana, Kei Kamara, da Serra Leoa, e aquimais perto de nós, Ambroise Oyongo, atualcampeão de África pelos Camarões, só para

falar nestes, são internacionais de gabarito, comlugar em qualquer equipa do mundo.

Podíamos ir mais além, se quisessemosfalar em internacionais de outras procedências.bastava dizer quantos internacionais europeuse sul-americanos estão na MLS. Mas o espaçojá começa a escassear e por isso temos de ficarpor aqui. No entanto, alturas haverá para quevoltemos a este assunto.

Agora, para benefício dos nossos leitores,aqui ficam os resultados da jornada do passadofim de semana, entre eles o verificado no jogoImpacto x Timbers. Nesta partida, embora osmontrealenses beneficiassem da expulsão deum jogador adversário ainda na primeira parte,o Impacto obteve um excelente resultado (4-1),resultante de uma boa exibição.

Red Bull Nova Iorque x Toronto FC, 1-1Impacto x Timbers, 4-1DC United x Chicago, 0-1Sounders x Real Salt Lake, 1-0Atlanta x Houston, 4-1Filadélfia x Colorado, 2-1Vancouver x Sporting KC, 2-0FC Dallas x San Jose, 0-1Nova Inglaterra x Columbus, 2-1Minnesota x La Galaxy, 1-2Orlando x Nova Iorque City, 0-3

Em próxima edição contamos apresentarum texto de apreciação à idade dos jogadoresda MLS.

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O ATO DE INSCRIÇÃO CONSULAR ÚNICA• Por Daniel BASTOS

No decursoda presente legisla-tura, o Governo temaprovado em sede deConselho de Minis-tros um conjunto significativo de medidas di-recionadas às Comunidades Portuguesas, quetêm procurado por um lado, modernizar e oti-mizar a rede consular, e por outro lado, estreitare cimentar as relações entre Portugal e a suaDiáspora.

Enquadram-se nesta linha de ação política,onde tem assumido papel de destaque o Se-cretário de Estado das Comunidades Portu-guesas, José Luís Carneiro, a entrada em fun-cionamento do “Espaço do Cidadão”, em Parise em São Paulo, consulados onde são realizadosanualmente cerca de 400 mil atos consulares; aapp “Registo Viajante”, já descarregada porcerca de 10 mil pessoas; a criação da plataformade ensino da língua portuguesa à distância, de-nominada “Português Mais Perto”, numa par-ceria entre o Instituto Camões e a Porto Edito-ra; o recenseamento automático dos portugue-ses residentes no estrangeiro; e a alteração dalei da nacionalidade que pode ser atribuída anetos de portugueses nascidos no estrangeiro.

É na esteira dessas medidas, que se enqua-dra o ato de inscrição única consular, uma re-cente experiência-piloto que o Governo lançouno Consulado Geral de Portugal em Barcelona,e que tem como principal objetivo facilitar arealização de atos consulares dos emigrantes e

reduzir redundâncias dos registos. Com esteprojeto, que o Governo quer estender a todosos postos consulares até 2019, os emigrantespassam a ter de se inscrever nos consuladosdas regiões para onde emigraram apenas umavez, deixando de ter de fazer novas inscriçõessempre que mudam de morada, como aconteceatualmente.

Revendo-me naturalmente na prossecu-ção deste conjunto de medidas empreendidaspelo Governo, dado o explícito reconheci-mento e importância que as mesmas conferemàs Comunidades Portuguesas, não posso deixarde reiterar a necessidade imperiosa das mesmasserem acompanhadas a curto e médio prazode outras medidas de maior envolvência e parti-cipação política dos portugueses residentes noestrangeiro. Nesse conjunto de decisões paraas Comunidades Portugueses, que o Governotem que assumir definitivamente com fronta-lidade e determinação politica, encontram-se aintrodução do voto eletrónico para os emigran-tes, e o aumento do número de deputados elei-tos pelos círculos da emigração, decisões polí-ticas que são fundamentais para reforçar a igual-dade entre os portugueses residentes no país eos que vivem no estrangeiro.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

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Aberto ao domingo, das 11h00 às 15h00

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