Monografia Poliana Enfermagem 2012

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII COLEGIADO DE ENFERMAGEM POLIANA DANTAS DE SANTANA PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS SOBRE AS VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO X ADESÃO À AMAMENTAÇÃO. Senhor do Bonfim 2011

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Enfermagem 2012

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

COLEGIADO DE ENFERMAGEM POLIANA DANTAS DE SANTANA

PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS SOBRE AS VANTAGENS DO

ALEITAMENTO MATERNO X ADESÃO À AMAMENTAÇÃO.

Senhor do Bonfim 2011

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POLIANA DANTAS DE SANTANA

PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS SOBRE AS VANTAGENS DO

ALEITAMENTO MATERNO X ADESÃO À AMAMENTAÇÃO.

Senhor do Bonfim 2011

Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia, tendo como orientadora a Enfermeira especialista Thaisy Luzia Campos Fernandes, e como Co-orientadora professora Dra Maria de Fátima Brazil dos Santos Souto.

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POLIANA DANTAS DE SANTANA PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS SOBRE AS VANTAGENS DO ALEITAMENTO

MATERNO X ADESÃO À AMAMENTAÇÃO.

Trabalho de Conclusão de curso como requisito para obtenção do titulo de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia Departamento

de Educação-Campus VII

/ /

Data da aprovação

Banca

Thaisy Luzia Campos Fernandes

Orientadora

Eliana do Sacramento de Almeida

Membro da banca

Dra. Maria de Fátima Brazil dos Santos Souto

Membro da banca

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Quero dedicar esse momento a todos que me apoiaram e me incentivaram para que

eu chegasse até aqui. Quero agradecer a Deus, por tudo, por cada sorriso, cada

lágrima, pois foram os altos e baixos que me fizeram crescer, e que trouxeram um

gosto inexplicável de vitória nesse momento, obrigada Senhor por me proteger e me

guiar sempre pelos caminhos corretos. Não poderia faltar o agradecimento a toda

minha família, que tanto esperaram, acreditaram e torceram por essa conquista,

meus pais, tios, primos irmãos, cada um tem um papel especial nessa vitória, sem

vocês eu não teria conseguido e nada disso teria sentido. Amo vocês demais! Em

especial, agradecer a meu pai Claudézio, minha mãe Dalva, meu tio Cacilândio, meu

avô Cornel e minha avó Maria (Mãe Teté... In memória), que se doaram em prol do

meu sucesso; as minhas sempre amigas (Alice, Lika e Natália) que assim como

minha família, souberam entender minha ausência em certos momentos e mesmo

assim sempre estiveram ao meu lado nas horas mais angustiantes além de aturarem

minhas loucuras... Não poderia deixar de agradecer a Laís e a Larissa (titia ama!)

por serem minhas maiores fãs e torcedoras! Agradeço também a Deus por ter

conhecido pessoas novas e maravilhosas enquanto percorria este caminho, (em

especial ao meus amigos-irmãos Ubiratan e Samuel) estas pessoas também

contribuíram demais com meu sucesso e hoje são muito mais que parte do caminho,

são parte de mim.

Os momentos de angústia e ansiedade assim como os de Felicidade... ah

felicidade... quantas resenhas, quantas gargalhadas...vou sentir tanta saudade, cada

segundo, cada passo rumo ao meu sonho valeu apena e todos eles vão ficar pra

sempre em meu coração!

Percorrer essa estrada me tornou mais forte e determinada, pois tinha certeza de

que a vitória chegaria...e chegou!!! Neste momento faltam palavras para expressar a

alegria que sinto em meu coração, por isso só queria dizer um MUITO OBRIGADA e

estou FELIZ DEMAIS!!!

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Deus fez você para que você pudesse valer à pena! Opte por aquilo que te constrói.

Diga, eu nasci para celebrar a vitória! (Padre Fábio de Melo)

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RESUMO

São indiscutíveis os benefícios do aleitamento materno para o bebê e para a mãe. Diversos estudos confirmam essa relação benéfica o que tem impulsionado diversos programas de incentivo à amamentação. Verificar conhecimento das puérperas sobre amamentação, o que influência ou interfere na decisão e na duração da amamentação, assim como as orientações recebidas durante a consulta no pré-natal são de fundamental valor para traçar estratégias de estimulo a amamentação. Objetivos: Verificar o nível de conhecimento das puérperas sobre o aleitamento materno correlacionando com o perfil socioeconômico traçado dessa população, identificando a adesão ao aleitamento, além de conhecer o acompanhamento pré-natal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualiquantitativa, realizada com puérperas internadas na maternidade do hospital público da cidade de Senhor do Bonfim-Bahia. Os dados foram analisados através do programa estatístico EpiInfo versão 3.5.2. Resultados: Foi possível observar que “mitos” sobre amamentação influenciaram negativamente na duração do aleitamento, o desejo de amamentar não foi determinante para a maior duração da amamentação, existe uma influência positiva das informações recebidas no pré-natal no aumento do nível de conhecimento sobre amamentação. Conclusão: Percepções errôneas sobre aleitamento foram determinantes para a diminuição do tempo de amamentação, na população estudada, a educação em saúde contribuiu para a prevenção do desmame precoce.

Palavras- Chave: Puérperas, aleitamento, amamentar, desmame precoce.

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ABSTRACT

Are indisputable benefits of breastfeeding for baby and mother. Several studies confirm that beneficial relationship that has driven several programs to encourage breastfeeding. Verify knowledge of mothers about breastfeeding, which influence or interfere with the decision and the duration of breastfeeding, as well as guidance received during the consultation on pre-natal are of fundamental value to devise strategies to stimulate breastfeeding. Objectives: To determine the level of knowledge of mothers about breastfeeding correlated with the socioeconomic profile of stroke in this population, identifying adherence to breastfeeding and learn about the prenatal care. Methodology: This is a descriptive study with qualitative and quantitative approach, performed with women interned in public maternity hospital in the city of Bahia, Senhor do Bonfim. Data were analyzed using the statistical program EpiInfo version 3.5.2. Results: We observed that "myths" about a negative influence on breastfeeding duration of breastfeeding, the desire to breastfeed was not decisive for the longest duration of breastfeeding, there is a positive influence of the information received during prenatal care in raising the level of knowledge about breastfeeding. Conclusion: Perceptions misconceptions about breastfeeding were instrumental in reducing the duration of breastfeeding in this population, health education contributed to the prevention of early weaning. Keywords: women, breast feeding, breast feeding, early weaning.

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Lista de Gráficos

Gráfico 01 Distribuição por número de gestações 20

Gráfico 02 Frequência de amamentação exclusiva.

23

Gráfico 03 Distribuição dos motivos que levaram ao desmame precoce. 24

Gráfico 04 Frequência de acertos sobre a necessidade de acrescentar água

ou chá ao leite materno

25

Gráfico 05 Frequência de acertos sobre as vantagens da amamentação para

a mãe

27

Gráfico 06 Frequência de acertos sobre as vantagens da amamentação para o bebê.

27

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Lista de Tabelas

Tabela 01 Distribuição de puérperas por faixa etária. 18

Tabela 02 Distribuição de puérperas por escolaridade. 19

Tabela 03 Distribuição de puérperas por renda familiar.

19

Tabela 04 Distribuição das puérperas do Hospital Dom Antônio monteiro

segundo realização do pré-natal

20

Tabela 05 Distribuição das puérperas segundo número de consultas pré-

natal.

20

Tabela 06 Distribuição das puérperas segundo informações sobre

aleitamento materno durante o pré-natal.

21

Tabela 07 Adesão ao pré-natal das gestações anteriores e orientações

recebidas durante as consultas.

22

Tabela 08 Distribuição da duração da amamentação exclsiva em relação a faixa etária.

25

Tabela 09 Distribuição da duração da amamentação exclusiva em relação a renda familiar.

26

Tabela 10 Distribuição da relação entre as informações sobre aleitamento obtidas no pré-natal e a percepção das puérperas sobre as vantagens do aleitamento para elas.

28

Tabela 11 Relação entre as informações sobre aleitamento obtidas no pré-natal e a percepção das puérperas sobre as vantagens do aleitamento para o bebê.

29

Tabela 12 Relação entre as informações sobre aleitamento no pré natal e o questionamento sobre a necessidade de acrescentar água ou chá ao leite materno.

29

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12

3 METODOLOGIA 16

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 18

5 CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 32

APÊNDICES 35

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO 36

APÊNDICE B- TCLE 39

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1 APRESENTAÇÃO

De acordo com Giugliani, (2000) o aleitamento materno traz vantagens para a

criança, a mãe, a família e a sociedade em geral, sendo que o efeito de proteção

que merece mais destaque é a redução da mortalidade de crianças pequenas, já

que no leite materno existem fatores de proteção contra infecções comuns em

crianças como 11diarreia e doenças respiratórias agudas.

Segundo Nakano, et al., (2007) a prática do desmame precoce coloca em risco a

saúde da criança, aumentando os índices de morbimortalidade infantil; ele aponta a

falta de conhecimento da mãe a respeito da qualidade do seu leite para sanar a

fome e também pra o desenvolvimento do bebê, como uma das causas do

desmame precoce.

Para Motta (1990), Silva (1999 apud SILVA, 2000), os programas de incentivo ao

aleitamento materno, envolvem ações educativas, baseando-se no princípio de que

as mães que possuírem conhecimento em relação aos aspectos básicos e práticos

da amamentação, com certeza estarão bem mais preparadas para o ato de

amamentar, levando em consideração que a falta de conhecimento pode ser

apontada com uma das causas do desmame precoce.

Este estudo visa justamente entender a relação entre a percepção da mãe que

acaba de dar a luz sobre as vantagens do aleitamento materno para ela e para o seu

bebê, a sua intenção de amamentar e analisar se o conhecimento foi fator decisivo

para a adesão ao aleitamento e para a duração da amamentação dos filhos

anteriores, além de traçar o perfil dessas mães, e correlacioná-los com as variáveis

citadas, assim saberemos se a escolaridade, a idade, o estado civil e outras

variáveis possuem influência ou não nessa adesão. Outro ponto questionado foi

sobre o incentivo ao aleitamento materno durante o pré- natal dessas mulheres e se

essas informações contribuíram para o conhecimento das puérperas.

O estudo foi realizado com puérperas atendidas pelo SUS em um hospital municipal

da cidade de Senhor do Bonfim – BA.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para Ichisato e Shimo (2001), o processo de amamentar vai além de uma etapa

biológica, e é influenciado por muito mais que a necessidade de alimentar o filho, é

influenciado além de outras coisas pelas crenças e tabus históricos presentes no

meio social e transmitidas pelos familiares da mãe, podendo determinar a escolha

de amamentar ou não.

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que

envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado

nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em

sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter

implicações na saúde física e psíquica da mãe. (BRASIL 2009 p.11)

De acordo com Percegoni, et al., (2002), o desmame precoce pode estar associado

a diversos fatores, porém, a falta de conhecimento das mães sobre aleitamento

materno, ganha um importante destaque na redução do tempo de amamentação dos

bebês.

Para Nakano, et al., (2007), as ações de incentivo à amamentação são mantidas e

disseminadas em diversos países, pois estes consideram o aleitamento materno um

fator importante na manutenção e desenvolvimento de suas estruturas econômicas,

já que este interfere diretamente na sobrevivência da criança.

Brasil (2001) traçou inúmeros os benefícios para a prática do aleitamento materno,

pois o mesmo oferece vantagens tanto para o crescimento e desenvolvimento de

lactentes, como para a mãe, criança e família, do ponto de vista biológico e

psicossocial:

Para a mulher: facilita o estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho;

previne as complicações hemorrágicas no pós-parto e favorece a regressão

uterina ao seu tamanho normal; contribui para o retorno mais rápido ao

peso pré-gestacional [...] pode reduzir o risco de câncer de ovário e mama;

e pode prevenir a osteoporose. Para a criança: é o alimento completo para

o lactente menor de seis meses, tanto no aspecto nutricional, como

digestivo; facilita a eliminação de mecônio e diminui o risco de icterícia;

protege contra infecções (especialmente diarréias e pneumonias) pela

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ausência do risco de contaminação e pela presença de anticorpos e de

fatores anti-infecciosos; aumenta o laço afetivo mãe-filho, promovendo mais

segurança ao bebê. Colabora efetivamente para diminuir a taxa de

desnutrição proteico-calórica e, consequentemente, para a diminuição dos

índices de mortalidade infantil; diminui a probabilidade do desencadeamento

de processos alérgicos pelo retardo da introdução de proteínas heterólogas

existentes no leite de vaca; e melhor resposta às vacinações e capacidade

de combater doenças mais rapidamente. Para a família e a sociedade: o

leite materno não custa nada; é limpo e não contém micróbios; já vem

pronto e está na temperatura certa; diminui os custos de internações por

problemas gastrointestinais, respiratórios e outras doenças; representa uma

economia quanto ao uso de gás de cozinha, porque dispensa o

aquecimento e preparo; diminui o absenteísmo dos pais ao trabalho, uma

vez que a criança se mantém mais saudável. (BRASIL, 2001 p 135-136)

.

Brasil (2009) define como Aleitamento materno exclusivo quando a criança recebe

somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra

fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo

vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam

aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou

mais, não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis

meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução

precoce de outros alimentos está associada a maior número de episódios de

diarréia; maior número de hospitalizações por doença respiratória; risco de

desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite

materno, como por exemplo quando os alimentos são muito diluídos; menor

absorção de nutrientes importantes do leite materno como o ferro e o zinco; menor

duração do aleitamento materno. (BRASIL 2009).

Quanto à composição do leite materno, Brasil (2009, p. 20-21) afirma:

Apesar de a alimentação variar enormemente, o leite materno,

surpreendentemente, apresenta composição semelhante para todas as

mulheres que amamentam do mundo. [...] O leite humano possui

numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A

IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microorganismos

presentes nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são

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um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela

produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato,

proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens

prevalentes no meio em que a mãe vive. Além de outros anticorpos como

IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e

fator bífido. Este favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma

bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de

bactérias que causam diarréia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia

coli.

De acordo com Brasil (2007), não existe leite fraco, como o leite materno é de

digestão mais fácil, às vezes a criança quer mamar mais vezes, o que leva as mães

a ter a impressão errônea que o leite não está alimentando seu filho; o colostro é o

primeiro leite que sai do peito e é produzido nos primeiros dias após o parto, sendo

importante que o recém-nascido mame o colostro, porque ele contém tudo o que o

bebê necessita nos primeiros dias, se tratando do número de mamadas, elas podem

variar e o bebê que deve escolher o horário de mamar e decidir quanto tempo deve

durar a mamada.

O leite do início da mamada é mais ralo porque contém mais água, açúcar e os

fatores de proteção, já o leite do final da mamada é rico em gorduras que faz o bebê

engordar, além disso, é fundamental oferecer só peito nos primeiros seis meses de

vida, sendo que nesse período não há necessidade de água ou chá, mesmo quando

o tempo estiver muito quente, seco ou o bebê estiver com cólica. (BRASIL, 2007).

Quanto a influência da amamentação no desenvolvimento motor-oral, Neiva et al.,

(2003, p. 7- 9) asseguram que:

Nos primeiros meses de vida, o desenvolvimento motor-oral ocorre através

dos movimentos realizados pelos OFAs (lábios, língua, mandíbula, maxila,

bochechas, palato mole, palato duro, soalho da boca, musculatura oral e

arcadas dentárias) durante a função de sucção. [...] O desmame precoce

pode levar à ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado, provocando

alterações na postura e força dos OFAs e prejudicando as funções de

mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala. A falta da

sucção fisiológica ao peito pode interferir no desenvolvimento motor-oral,

possibilitando a instalação de má oclusão, respiração oral e alteração

motora-oral.

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Um estudo realizado por Marques et al., (2004) em Belém do Pará, acompanhou

102 crianças que recebiam aleitamento materno durante 6 meses, com o intuito de

avaliar o crescimento e desenvolvimento dos mesmos, ao final do estudo pode-se

perceber que todas as crianças dobraram seu peso de nascimento antes dos 4

meses de idade, chegando eutróficas aos 6 meses, o crescimento também se deu

de forma adequada, e nenhuma apresentou desnutrição durante o estudo, o que

reforça a teoria que nos seis primeiros meses somente o leite materno é suficiente.

Bener; Ehlayel; Abdulrahman (2003) realizaram um estududo no Katar, com o

objetivo de avaliar a relação entre o aleitamento materno exclusivo, e o risco para

diarréia; seus resultados demonstraram que o risco para diarréia em crianças que

não foram amamentadas com leite materno foi em média 11% maior em relação às

crianças com amamentação exclusiva, comprovando mais uma vez a importância da

amamentação em crianças de 0 a 3 anos, que foi a população estudada.

A constituição brasileira de 1988, (BRASIL, 1988), reconhece o valor da

amamentação para o bebê, quando em seu Capítulo II, Artigo 7o, Parágrafo XVIII,

dispõe sobre a licença maternidade, que dá a gestante o direito de se ausentar do

trabalho para cuidar de amamentar seu bebê durante cento e vinte dias, sem

prejuízo do emprego e do salário. Esse valor é ressaltado no Decreto-Lei nº 5.452

seu capítulo III, Seção IV, Artigo 389 (BRASIL, 1943) que dispõe sobre a

Consolidação das Leis do Trabalho, tratando das obrigações das empresas, traz que

as empresas que empregarem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16

(dezesseis) anos de idade devem dispor de um local adequado para que suas

funcionárias guardem sob vigilância e assistências seus bebês no período da

amamentação. Id., (1943) na Seção V, Art. 396 tratando da proteção à maternidade

cita que até que seu filho complete 6 (seis) meses de idade, a mãe tem direito a dois

descansos de meia hora cada um durante o expediente para amamenta-lo.

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3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, segundo Gil (1999 apud CALLADO; ALMEIDA,

2000, p.5) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial à descrição das

características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de

relações entre as variáveis.” Sua abordagem será qualiquantitativa, para Cavalcante

e Dantas (2006) a pesquisa qualitativa possibilita ao entrevistador estimular os

entrevistados a pensarem livremente e de maneira espontânea sobre algum tema ou

objeto, geralmente é utilizada quando se busca as percepções e o entendimento

sobre a natureza geral de uma questão. No que se refere à pesquisa quantitativa, os

autores acima a definem como a mais adequada para apurar opiniões e atitudes

explícitas e conscientes dos entrevistados, já que a mesma se utiliza de

instrumentos estruturados, permitindo a mensuração e também o teste de

hipóteses, pois seus resultados são concretos e menos passíveis de erros de

interpretação, criando-se índices que podem ser comparados ao longo do tempo e

permitindo traçar um histórico de tais informações.

Para Neves (1996), quando se consegue combinar os métodos quantitativo e

qualitativo numa mesma pesquisa, esta se torna mais forte, e se reduz os problemas

de adoção exclusiva de um desses métodos; segundo ele: “a omissão no emprego

de métodos qualitativos, num estudo em que se faz possível e útil empregá-los

empobrece a visão do pesquisador quanto ao contexto em que ocorre o fenômeno.”

A pesquisa foi realizada no hospital público Hospital Dom Antônio Monteiro na idade

de Senhor do Bonfim, o único que atende pelo SUS na cidade, considerado hospital

de médio porte, possui 130 leitos, sendo que trinta são destinados ao setor de

maternidade; destes, cinco são para a sala de parto, três para atendimento

particular/convênio e vinte e dois leitos para as puérperas atendidas pelo SUS.

Os sujeitos da pesquisa foram as puérperas, que tinham dado a luz nas últimas 24

horas, que tiveram parto normal com filhos nascidos vivos, que se encontravam

internadas na maternidade do hospital, no mês de fevereiro de 2012, nas

enfermarias atendidas pelo SUS, e que concordaram em participar da pesquisa

mediante a assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido. Como forma

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de recrutamento, as mulheres foram abordadas nestas enfermarias, sendo

convidadas individualmente a participar da pesquisa após esclarecimentos.

O instrumento da pesquisa foi uma entrevista estruturada, contendo perguntas

objetivas e subjetivas, coletadas no intervalo de 10 dias do mês de fevereiro.

Foram criadas categorias para tabulação e análise dos dados. As variáveis

consideradas foram: idade, escolaridade, nível sócio econômico, número de

gestações, número de consultas de pré-natal, conhecimento sobre o aleitamento, m

informações recebidas sobre o assunto no pré-natal e adesão a amamentação.

As categorias de respostas relativas ao conhecimento materno sobre as vantagens

do aleitamento para mãe e filho, foram consideradas assertivas as respostas onde

as mães acertaram mais de 50% das respostas do tipo “Sim ou Não”, a variável

“necessidade de acrescentar água ou chá ao leite materno”, foram consideradas

assertivas apenas as respostas “Não”, já a variável intervalo ideal entre as mamadas

foram consideradas corretas as respostas: “de acordo com a fome do bebê”,

“sempre que ele quiser”, ou “não tem hora marcada”.

Para analisar os dados foi utilizado o programa estatístico Epiinfo, versão 3.5.2. Os

resultados estão expressos através de gráficos e tabelas dos programas Microsoft

Office Word 2007.

Em relação aos Aspectos Éticos o projeto aprovado pelo Comitê de Ética e

Pesquisa, respeitando as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas

envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 196/96 (BRASIL, 1996).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população estudada, foi formada por puérperas, mulheres que deram a luz

recentemente, no Hospital Dom Antônio Monteiro, na cidade de Senhor do Bonfim -

BA BA, constando de 21 mulheres entrevistadas que tinham idade entre 16 a 34

anos de idade, sendo que sua maioria, (61,9%) tinha entre 15 e 25 anos, com nível

de escolaridade que variava do primeiro grau incompleto ao segundo grau completo,

porém a maior parte das mulheres, (81%) não completaram o segundo grau; quanto

a renda familiar total, os valores oscilavam desde menos de um salário mínimo, até

mais de dois salários mínimos, com a maior porcentagem (76,2%) representando

uma renda familiar de menos de um salário mínimo, como demonstrado na Tabelas

01, 02 e 03.

TABELA 01. PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SENHOR DO BOMFIM - BAHIA:

DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA. FEVEREIRO - 2012

FAIXA ETÁRIA N %

15 A 20 7 33,3

21 A 25 6 28,6

26 A 30 5 23,8

31 A 35 3 14,3

TABELA 01 – Distribuição de puérperas por faixa etária.

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TABELA 02. PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SENHOR DO BOMFIM - BAHIA:

DISTRIBUIÇÃO POR ESCOLARIDADE. FEVEREIRO - 2012

GRAU DE ESCOLARIDADE N %

1° grau incompleto 9 42,9

2° grau completo 8 38,1

2° grau incompleto 4 19

TABELA 02 – Distribuição de puérperas por escolaridade.

TABELA 03. PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SENHOR DO BOMFIM - BAHIA:

DISTRIBUIÇÃO POR RENDA FAMILIAR. FEVEREIRO - 2012

RENDA FAMILIAR N %

Menos de 1 salário mínimo 16 76,2%

Entre 1 e 2 salários mínimos 4 19%

Acima de 2 salários mínimos 1 4,8%

TABELA 03 – Distribuição de puérperas por renda familiar.

Quanto ao número de gestações, 38% das mães tinham dado a luz pela primeira

vez, enquanto o restante apresentou de duas a seis gestações, como exemplificado

no gráfico 01.

GRAFICO 01 – Distribuição das puérperas por número de gestações.

38%

33%

10%

14%

5%

Distribuição das puérperas do Hospital Dom Antônio Monteiro segundo número de gestações. Bahia,2012.

UMA GESTAÇÃO

DUAS GESTAÇÕES

TRÊS GESTAÇÕES

QUATRO GESTAÇÕES

SEIS GESTAÇÕES

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Em relação à realização de consultas de pré-natal, somente uma mãe não realizou

as consultas, se tratando do número dessas consultas, a grande maioria (90%)

realizou o número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da saúde,

(BRASIL, 2005) que é de pelo menos 6 consultas.

Quando questionadas se receberam informações sobre aleitamento materno

durante o pré-natal, a maioria (65,0%) recebeu algum tipo de informação, o que fica

evidenciado na Tabela 04.

TABELA 04 - DISTRIBUIÇÃO DAS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SEGUNDO

REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL. SENHOR DO BONFIM - BAHIA, FEVEREIRO DE 2012

REALIZAÇÃO DE PRÉ-NATAL NESSA GESTAÇÃO N %

SIM 20 95,2%

NÃO 1 4,8%

TABELA 04 – Distribuição das puérperas do Hospital Dom Antônio monteiro segundo realização do

pré-natal

Na Tabela 05 observa-se uma relação entre a freqüência de realização de pré-natal

com o numero de consultas.

TABELA 05 - DISTRIBUIÇÃO DAS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SEGUNDO

REALIZAÇÃO E NÚMERO DE CONSULTAS PRÉ- NATAL. SENHOR DO BONFIM - BAHIA, FEVEREIRO DE 2012

SE FEZ PRÉ NATAL, QUANTAS CONSULTAS

REALIZOU

N %

3 a 4 2 10,0%

5 a 6 7 35,0%

7 a 8 6 30,0%

9 ou mais 5 25,0%

TABELA 05 – Distribuição das puérperas segundo número de consultas pré-natal.

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Um Número maior do que o encontrado por Giugliani, et al.,(1995) no estudo

realizado com puérperas em Porto Alegre, onde o número de mães que receberam

orientação sobre aleitamento materno nas consultas de pré-natal foi de 53% e

menor do que o encontrado por Nogueira, (2009) no Ceará, onde 70% das mães

receberam tais informações, como mostra a tabela 06.

TABELA 06 - DISTRIBUIÇÃO DAS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SEGUNDO

INFORMAÇÕES RECEBIDAS DURANTE O PRÉ-NATAL SOBRE ALEITAMENTO MATERNO. SENHOR DO

BONFIM - BAHIA, FEVEREIRO DE 2012

NO PRÉ-NATAL FORAM RECEBIDAS

INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO

MATERNO

N

%

SIM 13 65,0%

NÃO 7 35,0%

TABELA 06 – Distribuição das puérperas segundo informações sobre aleitamento materno durante o

pré-natal.

Já se tratando das gestações anteriores, o número de realização do pré-natal

(76,9%) foi menor que das gestações atuais (95,2%), quanto ao recebimento de

informações sobre aleitamento materno no pré-natal das gestações anteriores,

metade (50%) foi informada sobre o assunto durante as consultas, o que pode ser

observado na Tabela 07.

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TABELA 07 - DISTRIBUIÇÃO DAS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SEGUNDO

REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL EM GESTAÇÕES ANTERIORES E INFORMAÇÕES RECEBIDAS DURANTE

O PRÉ-NATAL DAS OUTRAS GESTAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO. SENHOR DO BONFIM -

BAHIA, FEVEREIRO DE 2012

REALIZAÇÃO DE PRÉ-NATAL NAS OUTRAS

GESTAÇÕES

N %

SIM, EM TODAS. 10 76,9%

NÃO, EM NENHUMA. 3 23,1%

NO PRÉ-NATAL DAS GESTAÇÕES ANTERIORES FORAM RECEBIDAS INFORMAÇÕES SOBRE

ALEITAMENTO MATERNO

SIM 5 50,0%

NÃO 5 50,0%

TABELA 07 – Adesão ao pré-natal das gestações anteriores e orientações recebidas durante as

consultas.

O gráfico 02 aponta a duração de aleitamento materno exclusivo entre as

entrevistadas, das 13 mães que já possuíam filhos, 69% amamentaram por mais de

6 meses, índice maior do que a média Nacional de amamentação exclusiva, que é

de 41%, do nordeste que é de 37% e da cidade de Salvador-Ba que é de 36,5%

segundo dados do Ministério da Saúde (BRASIL 2009).

GRÀFICO 02 – Frequência de amamentação exclusiva entre as puérperas.

31%

69%

Frequência da amamentação exclusiva entre as puérperas do Hospital Dom Antônio Monteiro. Bahia,2012.

Menos de seis meses

Seis meses ou mais

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Das variáveis analisadas, três obtiveram unanimidade nas respostas, a primeira foi

aumento do vínculo afetivo entre mãe e filho pela amamentação, onde todas as

mães (100%) concordaram com a afirmação.

A segunda variável, sobre quanto tempo as mães pretendiam manter amamentação

exclusiva aos seus bebês, 100% das puérperas responderam seis meses ou mais, o

que é considerado ideal pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2007).

A terceira variável foi à intenção de amamentar, em que a totalidade das mães

(100%) demonstrou desejo de dar mama aos seus filhos, porém assim como no

trabalho de Carrascoza, et al., (2005), não houve relação entre o desejo de

amamentar e tempo de amamentação, pois das treze mães que já tem filhos e

que tem a intenção de amamentar o bebê mais novo exclusivamente com leite

materno por seis meses ou mais, quatro não conseguiram tal feito com os filhos

anteriores.

Nogueira, (2009) também enfatiza que a intenção de amamentar exclusivamente por

seis meses não garante uma prática adequada, pois em sua pesquisa, 90% das

mães disseram que o aleitamento deveria ser de 6 meses, mas 14% delas

afirmaram que seria necessário acrescentar água ou chá aos filhos, uma opção

errônea, que influênciará negativamente no tempo de amamentação.

O gráfico 03 demonstra os motivos citados pelas mães como causa do desmame

precoce de seus filhos, as causas apontadas são consideradas “mito” pelo Ministério

da Saúde (BRASIL 2007) o que nos leva concluir que é necessário informar essas

mães, quanto à desmistificação de certos conceitos errôneos, que nesses casos

determinaram a diminuição do tempo de amamentação. Foram encontrados

resultados semelhantes quanto às causa do desmame precoce em um estudo

realizado em 2011 por Polido,et al.,(2011, pag 627) onde ele refere em seus

resultados que “A influência negativa dos hábitos sócioculturais, concepções

familiares e do meio externo quanto à amamentação estiveram presentes nos

depoimentos das mulheres que desmamaram precocemente.” Caldeira e Goulart,

(2000) em Minas Gerais também encontraram as crenças de que “o leite não

sustentava” e “o leite secou” como principais motivos para o desmame precoce, a

única diferença foi que no estudo citado, o primeiro motivo teve uma prevalência

maior que o segundo, ao contrário do encontrado no presente estudo.

Page 24: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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GRÁFICO 03 – Distribuição dos motivos que levaram ao desmame precoce.

A variável intervalo de tempo ideal entre as mamadas não foi influenciada por

nenhum fator socioeconômico, sendo que a maioria das mães não sabiam ou não

acertaram as questões.

Como podemos perceber no gráfico 04, a maioria das mulheres acertou a resposta

sobre a necessidade de acrescentar água ou chá ao leite materno, respondendo não

ao questionamento, ao contrário do que ocorreu na pesquisa de Polido,et al.,(2011,

p.04) onde segundo os autores “Independente da idade do bebê, oferecer outro

líquido ou alimento que não o leite materno foi considerado necessário pelas

mulheres”.

GRÁFICO 04 – Frequência de acertos sobre a necessidade de acrescentar água ou chá ao leite

materno

Na tabela abaixo, ao correlacionarmos idade com tempo de amamentação exclusiva

das gestações anteriores, podemos perceber que as mulheres que possuem mais

50%

25%

25%

DISTRIBUIÇÃO DOS MOTIVOS QUE LEVARAM AO DESMAME PRECOCE

PELAS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA,2012.

"O LEITE SECOU"

"O LEITE NÃO MATAVA A FOME DO BEBÊ"

"PORQUE O BEBÊ NÃO CONSEGUIA PEGAR O PEITO"

57%

43%

FREQUENCIA DE ACERTOS DO QUESTIONAMENTO SOBRE A NECESSIDADE DE ACRESCENTAR ÁGUA OU CHÁ AO LEITE MATERNO, FEITO ÀS PUÉRPERS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA,2012.

ACERTOS ERROS

Page 25: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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de 21 anos, conseguiram amamentar exclusivamente por mais tempo do que as que

tem até 20 anos, contrastando com Vieira, et al.,(2004) em um estudo na cidade de

Feira de Santana - BA, onde a idade não obteve influência na duração da

amamentação, já em relação ao grau de escolaridade, os dois trabalhos se

assemelham, pois em nenhum esta variável teve ifluência significativa no tempo de

amamentação, contrastando com Bernardi, et al.,(2009) que na cidade de

Campinas-SP concluiu que mães que estudaram por menos anos amamentaram por

menos tempo.

TABELA 08 DISTRIBUIÇÃO DA DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLSIVA EM RELAÇÃO A FAIXA

ETÁRIA DAS PUÉRPERAS ENTREVISTADAS NO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA, 2012.

MENOS DE 6 MESES 6 MESES OU MAIS

IDADE EM ANOS N % N %

15 A 20 1 50 1 50

21 A 25 1 25 3 75

26 A 30 1 25 3 75

31 A 35 1 33,3 2 66,7

TABELA 08 - Distribuição da duração da amamentação exclsiva em relação a faixa etária.

Horta e Olinto (1996 apud KUMMER,2000) consideram o baixo nível de renda como

uma influência para a duração do aleitamento materno, os autores afirmam que em

locais mais desenvolvidos as mães que amamentam por maior tempo são

justamente as que possuem um maior nível educacional econômico. Justamente o

que ocorreu como demostra a tabela abaixo, com as mães entrevistadas: a medida

que aumentou a renda, aumentou também a porcentagem de mulheres que

amamentaram por seis meses ou mais, totalizando 60% delas, nas que possuem

menos de um salário, e 100 % nas que possuem entre um e dois salários.

TABELA 09 DISTRIBUIÇÃO DA DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA EM RELAÇÃO A RENDA

Page 26: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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FAMILIAR DAS PUÉRPERAS ENTREVISTADAS NO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA, 2012.

MENOS DE 6 MESES 6 MESES OU MAIS

RENDA FAMILIAR

TOTAL

N % N %

MENOS DE UM SALARIO

MÍNIMO

4 40 6 60

ENTRE UM E DOIS

SALARIOS MÍNIMOS

0 0 3 100

TABELA 09 - Distribuição da duração da amamentação exclusiva em relação a renda familiar.

A renda familiar, o grau de escolaridade e a faixa etária influenciaram as respostas

sobre as vantagens do aleitamento materno para a puérpera, o número de acertos

foi mais alto entre as puérperas com idade maior que vinte e um (21) anos,

principalmente entre as que tinham entre vinte e seis (26) e trinta anos (30), que

acertaram o maior número de respostas.

Quanto à renda familiar, as puérperas que possuíam entre um e dois salários

mínimos, obtiveram 100%, ou seja, totalidade de acertos das perguntas referentes

ás vantagens da amamentação para a mulher, confrontando com apenas 50% de

acerto das puérperas com renda menor que um salário mínimo.

Mediante o grau de escolaridade, puérperas que iniciaram o segundo grau

mostraram-se mais sabedoras dos benefícios da amamentação para a saúde da

mulher do que as que não chegaram a terminar o primeiro grau.

Assim como em Nogueira, (2009) a porcentagem de puérperas que concordaram

que a amamentação traz benefícios para a mulher, foi significativa, sendo 62% neste

e 75% naquele estudo.

Page 27: Monografia Poliana Enfermagem 2012

27

GRÁFICO 05 - Frequência de acertos sobre as vantagens da amamentação para

a puérpera.

.

A variável vantagens da amamentação para a saúde do bebê não sofreu influência

significativa de nenhuma condição socioeconômica, pois a grande maioria das

puérperas concordaram com tais vantagens, como se pode perceber no gráfico

abaixo.

GRÁFICO 06 - Frequência de acertos sobre as vantagens da amamentação para o bebê.

Tratando das informações recebidas durante o pré-natal sobre aleitamento materno,

pode-se perceber que tais informações fizeram diferença no nível de conhecimento

das puérperas, pois das quatro variáveis que analisavam o nível de conhecimento

materno, três, como pode ser observado nas tabelas, 06, 07, 08 obtiveram influência

da condição de ter sido orientada em relação ao número de acertos, foram elas:

vantagens do aleitamento para a puérpera, vantagens para o bebê e necessidade de

acrescentar água ou chá ao leite, o mesmo ocorreu no estudo de Giugliani, et

al.,(1995) onde aquelas mães que afirmaram ter recebido orientação sobre

38%

62%

FREQUÊNCIA DOS ACERTOS RELATIVOS AO QUESTIONAMENTO FEITO ÀS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SOBRE AS VANTAGENS

DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A MÃE . BAHIA, 2012

ERROS ACERTOS

5%

95%

FREQUÊNCIA DOS ACERTOS RELATIVOS AO QUESTIONAMENTO FEITO ÀS PUÉRPERAS DO HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO SOBRE AS VANTAGENS

DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ . BAHIA, 2012

ERROS ACERTOS

Page 28: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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aleitamento materno no pré-natal apresentaram melhor conhecimento sobre

amamentação.

TABELA 10 DISTRIBUIÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO OBTIDAS NO

PRÉ NATAL E A PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERASSOBRE AS VANTAGENS DO ALEITAMENTO PARA ELAS.

HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA, 2012.

ACERTOS ERROS

RECEBEU

INFORMAÇÃO SOBRE

ALEITAMENTO MATERNO

DURANTE O PRÉ-NATAL

N % N %

SIM 9 69,2 4 30,8

NÃO 3 57,1 4 42,9

TABELA 10 - Distribuição da relação entre as informações sobre aleitamento obtidas no pré-natal e a percepção das puérperas sobre as vantagens do aleitamento para elas.

TABELA 11 DISTRIBUIÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO OBTIDAS NO

PRÉ NATAL E A PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS SOBRE AS VANTAGENS DO ALEITAMENTO PARA O

BEBÊ. HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA, 2012.

ACERTOS ERROS

RECEBEU

INFORMAÇÃO SOBRE

ALEITAMENTO MATERNO

DURANTE O PRÉ-NATAL

N % N %

SIM 7 100 0 0

NÃO 12 92,3 1 7,7

TABELA 11 - Relação entre as informações sobre aleitamento obtidas no pré-natal e a percepção das puérperas sobre as vantagens do aleitamento para o bebê.

Page 29: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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TABELA12 DISTRIBUIÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO NO PRÉ

NATAL E O QUESTIONAMENTO SOBRE A NECESSIDADE DE ACRESCENTAR ÁGUA OU CHÁ AO LEITE

MATERNO.HOSPITAL DOM ANTÔNIO MONTEIRO. BAHIA, 2012. MATERNO

ACERTOS ERROS

RECEBEU

INFORMAÇÃO SOBRE

ALEITAMENTO MATERNO

DURANTE O PRÉ-NATAL

N % N %

SIM 9 62,9 4 37,1

NÃO 3 42,8 4 57,2

TABELA 12 - Relação entre as informações sobre aleitamento no pré natal e o questionamento sobre a necessidade de acrescentar água ou chá ao leite materno.

Giugliani, et al.,(1995) realizou um estudo em Porto Alegre onde o nível de

conhecimento materno sobre o aleitamento não interferiu na duração da

amamentação, já no presente estudo ao analisarmos esta relação, percebemos o

contrário: a influência da falta de conhecimento materno para o desmame precoce,

pois dos quatro questionamentos feitos, em três: vantagens do aleitamento para a

mãe, vantagens do aleitamento para o bebê necessidade de acrescentar água ou

chá ao leite materno as mães que amamentaram por seis meses, obtiveram uma

porcentagem de acerto maior:

Ao serem questionadas sobre a necessidade de acrescentar água ou chá ao leite

materno, entre as puérperas que amamentaram seus filhos por seis meses ou mais

a porcentagem de acertos foi de 66,7%, já nas que amamentaram menos de seis

meses, a porcentagem de acerto foi de apenas 25%.

As puérperas que amamentaram por seis meses ou mais obtiveram 100% de acerto

em relação às vantagens do aleitamento materno para o bebê.

Em relação às vantagens da amamentação para a mulher, as puérperas que tinham

amamentado durante seis meses ou mais, tiveram uma média de acerto 16,6%

maior do que as deram mama por menos de seis meses.

Page 30: Monografia Poliana Enfermagem 2012

30

5 CONCLUSÃO

Á medida que possibilitou-se identificar o conhecimento das puérperas sobre

aleitamento materno, verificar a adesão ao aleitamento, conhecer o

acompanhamento pré-natal e traçar o perfil socioeconômico dessa população, se

entendeu que os objetivos propostos para esta pesquisa foram alcançados.

As puérperas admitidas pelo SUS no hospital do município de Senhor do Bonfim em

sua maioria entre quinze e vinte e cinco anos, possuíam nível de escolaridade que

variava do primeiro grau incompleto ao segundo grau completo e tinham renda

familiar que variava entre menos de um salário mínimo, até mais de dois salários

mínimos.

A maioria das puérperas entrevistadas, seja do seu primeiro ou de mais filho

realizaram um número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da saúde.

Entre as que fizeram o acompanhamento pré-natal na última gestação mais da

metade recebeu algum tipo de orientação sobre aleitamento materno durante as

consultas. Em geral nas gestações anteriores, o número consulta pré-natal foi menor

que o destas últimas gestações, e quanto às orientações sobre aleitamento materno

durante o pré-natal das gestações anteriores, metade das mães receberam

orientação sobre o assunto, assim ao perceber que as mães tanto aderiram mais ao

pré-natal, quanto receberam mais informações na última gestação, pode-se pensar

em um reflexo das campanhas de incentivo à realização do pré-natal, como também

uma maior conscientização das equipes de saúde em relação à sua influência como

multiplicadores das campanhas e prevenção e promoção a saúde que vem com o

passar dos anos sendo mais difundidas.

O tempo de duração da amamentação foi mais elevado que em outros municípios da

Bahia a exemplo de Salvador.

As puérperas reconhecem que o ato de amamentar promove o aumento da relação

amorosa, do vínculo afetivo entre elas e seu filho, assim como a intenção de

amamentar, porém, esse desejo de amamentar não foi determinante para a duração

da amamentação.

Percepções errôneas como “o leite não sustentava” e “o leite secou”, influenciaram

negativamente a duração da amamentação, podendo ser apontadas como as

Page 31: Monografia Poliana Enfermagem 2012

31

causas do desmame precoce, já o aumento da idade materna e o aumento da renda

colaboraram positivamente com o tempo de amamentação.

As vantagens do aleitamento para a saúde do bebê foi defendida pela grande

maioria das puérperas e apesar das vantagens do aleitamento para a mãe ainda não

serem tão difundidas quanto às vantagens para o bebê, também foi significativa a

porcentagem de puérperas que concordaram com esses benefícios.

A importância da educação em saúde foi ressaltada ao perceber que as informações

sobre amamentação durante as consultas no pré-natal colaboram positivamente

com nível de conhecimento sobre aleitamento materno.

Um dos pontos mais interessantes da pesquisa foi justamente compreender que a

educação em saúde contribui com o conhecimento, e este conhecimento materno

teve uma influência positiva em relação ao tempo de amamentação exclusiva, ou

seja, esse tipo de ação deve ser incentivada, pois ela pode ser determinante para se

evitar o desmame precoce.

Page 32: Monografia Poliana Enfermagem 2012

32

BIBLIOGRAFIA

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Page 33: Monografia Poliana Enfermagem 2012

33

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APÊNDICES

Page 36: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA

1- Qual a sua idade?

2- Até que série você estudou?

3- Qual a renda familiar total?

( ) Nenhuma ( ) Menos de 1 salário mínimo

( ) Entre 1 e 2 salários mínimos ( ) Acima de 2 salários mínimos

4- Você fez pré – natal?

( ) Sim ( ) Não

5- Se sim quantas consultas você fez?

6- Você recebeu informação sobre aleitamento materno no pré-natal?

( ) Sim ( ) Não

7- Quantas gestações você já teve contando algum possível aborto?

8- Se já tem filhos, você o(s) amamentou exclusivamente por quanto

tempo?

Page 37: Monografia Poliana Enfermagem 2012

37

9- Se amamentou exclusivamente por menos de 6 meses, qual foi o

motivo?

10- Fez pré-natal nas gestações anteriores? Em quantas?

11- Durante o pré- natal nas gestações anteriores, recebeu informações

sobre aleitamento materno?

( ) Sim ( ) Não

12- Além do Pré-Natal você recebeu informações sobre aleitamento materno de

outra pessoa? De quem?

13- Você pretende amamentar seu filho?

( ) Sim ( )Não

14- Se sim, por que você pretende amamentá-lo?

15- Se pretende amamentar, por quanto tempo você dará apenas o leite

materno ao seu bebê e por quê?

16- O intervalo entre as mamadas deve ser de quanto tempo?

Page 38: Monografia Poliana Enfermagem 2012

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17- É necessário acrescentar água ou chás pra complementar o leite do

peito?

( ) Sim ( )Não

18- Entre as vantagens do aleitamento materno estão:

( ) Previne o bebê contra doenças

( ) Diminui as chances do bebê ter alguns tipos de alergia

( ) Ajuda no desenvolvimento da fala e da respiração adequada no bebê

( ) Ajuda no crescimento e desenvolvimento do bebê

( ) Aumenta o vínculo afetivo entre mãe e filho

( ) Previne Câncer de mama na mãe

( ) Previne Câncer de ovário na mãe

( ) Previne Osteoporose na mãe

( ) Previne Hemorragia depois do parto

( ) Ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rapidamente

( ) A mulher volta mais rápido ao peso que tinha antes da gravidez

Page 39: Monografia Poliana Enfermagem 2012

39

APÊNDICE B- TCLE

A Sra está sendo convidada a participar da pesquisa intitulada: “Percepção de

puérperas sobre as vantagens do aleitamento materno x a escolha de

amamentar” de responsabilidade da pesquisadora Thaisy Luzia Campos Fernandes, RG:

2153185 CPF: 034.412.354-52

Esclareço que a pesquisa não traz risco nenhum a Sra participante, e que a Sra pode ter

seus dados retirados da pesquisa a qualquer momento sem aplicação de penalidade, ou

interferência na assistência prestada na unidade em que se encontra para tratamento. Da

mesma forma, será garantido o sigilo dos dados, confidencialidade e anonimato. Sua

participação consistirá em responder às perguntas presentes em uma entrevista, que será

realizada mediante assinatura deste termo.

O conteúdo da entrevista será arquivado por um período de 5 (cinco) anos, ficando sob a

guarda da pesquisadora e posteriormente incinerado. Informo também que não haverá

nenhum tipo de gratificação ou bonificação a senhora nem ao pesquisador pela participação

no estudo, e que os dados obtidos serão utilizados para elaboração de um trabalho de

conclusão do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia,

da acadêmica Poliana Dantas de Santana, podendo ser posteriormente publicado em

revistas científicas, ou apresentado em congressos.

Informo que como pesquisadora responsável, cumprirei a resolução 196/96

Assim, após prestados todos os esclarecimentos, solicitamos sua participação, agradecendo

desde já.

Eu, abaixo assinado, declaro, para devidos fins, que após ter sido esclarecido sobre a

pesquisa e ter entendido o que me foi explicado, aceito participar voluntariamente da

mesma. Declaro também que o termo foi assinado em duas vias, uma ficando comigo e

outra com o responsável pela aplicação da entrevista.

______________________________ ________________________________

Assinatura da Participante Thaisy Luzia Campos Fernandes

(Pesquisadora)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)