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Resumo I

GustaoA gustao est presente na maioria dosvertebrados e depende de receptores especficosna lngua, que detectam cinco qualidades:amargor, acidez, doura, salinidade e umami. Hclaras razes adaptativas para a seleo de taisreceptores. Curiosamente, felinos no possuemreceptores para doura (Carlson, 2005).Os animais tendem a ingerir rapidamentetudo o que doce ou salgado; doura indicapresena de acares, claramente um alimento.J receptores para sal, indicam a presena decloreto de sdio, extremamente importante para oequilbrio eletroqumico do organismo. Por outrolado, substncias amargas ou azedas seroevitadas. Acidez um indicativo dedecomposio, resultado da ao bacteriana. Jo amargor um excelente indicativo da presenade alcalides potencialmente venenososproduzidos por plantas. Umami um saborrelacionado presena de glutamatomonossdico, substncia naturalmente presenteem carnes, queijos e alguns vegetais. Um sextotipo de receptor poderia tambm detectar apresena de cidos-graxos nos alimentos; defato, trabalhos recentes indicam respostascelulares causadas pela presena de cidosgraxosespecficos (Gilbertson e col., 1997 apudCarlson, 2005).As vias neurais da gustao se do atravsdo ncleo posteromedial ventral do tlamo para abase do crtex frontal e para o crtex insular.Outras projees se do para a amgdala ehipotlamo. Sugere-se que a via hipotalmicasirva para mediar efeitos reforadores de saboresdoces e salgados.Outros sentidosO repertrio de estimulaes fsicas queservem orientao no se limita quelas quepodemos perceber. Insetos conseguem se guiarpelo sol mesmo quando h nuvens no cuimpedindo luz direta. Isso possvel pelo arranjodos microvilos no rabdmero do omatdeo (Fig.3), formando um ngulo de 90 uns com osoutros. A estimulao pela luz at seis vezesmaior nos microvilos que esto paralelos orientao do vetor de polarizao da luz.Alguns peixes tm clulas eletrorreceptorasque so modificaes de clulas ciliadas da linhalateral. Essas clulas podem captar correnteseltricas produzidas por tecidos ativos de outrospeixes prximos (e.g., corao) mesmo que elesestejam enterrados sob a areia do fundo do lagoou oceano, um mecanismo frequentementeutilizado por elasmobrnquios. Outros peixes socapazes de produzir uma corrente eltrica fraca,atravs de uma srie de despolarizaessincronizadas das clulas de seu rgo eltrico. Acorrente gerada flui da parte posterior para aanterior do peixe e qualquer material prximo quetenha uma condutividade diferente daquela dagua causar uma alterao no campo eltrico,sendo detectado.A prpria linha lateral de peixes e anfbios um rgo sensorial. Ela est ausente nos grupossuperiores de vertebrados e extremamenteadaptativa ao ambiente em que essesorganismos vivem. Por outro lado, o mecanismoreceptor presente ao longo da linha lateral umaclula ciliada como aquela descrita para osrgos de audio e equilbrio, sendo homlogoentre todos os grupos (Graf, 2007). Mais do queisso, as interrelaes com outrosmecanorreceptores podem ser traadas at onemtoda Caenorhabiditis elegans, passandopelas drosfilas e apontando para umdesenvolvimento evolutivamente precoce dessesreceptores (Graf, 2007).O campo magntico terrestre tambmparece ser um estmulo utilizado por algunsanimais para orientao e deslocamentos delonga distncia; entre eles: aves migratrias,pombos-correio (uma variao do pombo-comum)e as tartarugas-marinhas. H crticas existnciada magnetorrecepo, mas os experimentos quea refutam parecem apenas falhar em detect-la eno invalidam a existncia do mecanismo. Almdisso, de fato, tais animais possuem partculas demagnetita inervadas na regio do osso etmide(crnio) (Freake e col., 2006). Eckert (1983) relataevidncias de que ele possa existir emsalamandras, enguias e at mesmo bactrias.ConclusesOs mecanismos sensoriais empregadospelos organismos so consequncia direta daspresses seletivas que um ambiente pode gerar.No h melhores rgos ou sistemas, masapenas aqueles mais bem adaptados. Estesfentipos so alvos do processo de seleonatural (Darwin, 1859, 1997).Esse processo claramente sugerido nacomparao entre grupos, que revela soluesmuito semelhantes, ainda que elas sejamanlogas entre espcies. Estmulos como a luz,disponvel na em toda a superfcie terrestre,tornaram possvel o desenvolvimentoindependente de rgos fotorreceptores nos maisdiversos grupos.Para alguns organismos, como asserpentes, a estimulao qumica associada termorrecepo, parece ter se mostradosuficiente, ou talvez at mais adaptativa em seunicho, para a captura de presas.A comparao da organizao do sistemanervoso de diferentes espcies de mamferos faza mesma sugesto ao revelar reas deprocessamento cortical de tamanhosproporcionalmente diferentes conforme maior oumenor importncia de tipo de estmulo para aespcie. A Toupeira-nariz-de-estrela (Condyluracristata), j anteriormente citada, possui trsnveis de processamento cortical somestsico,diferentemente de outras toupeiras que possuemapenas dois nveis (Catania, 2007). No entanto,ela a nica espcie que depende integralmenteda informao somestsica para encontraralimento.Da mesma forma, ainda que duas espciestenham rgos anlogos ou mesmo homlogos, possvel que a percepo gerada pelos estmulosambientais seja diferente, dado que a reacortical dedicada a um determinado sistema podevariar imensamente (Catania, 2007). provvel ainda que existam outrasformas de percepo de estmulos, porreceptores sensoriais ainda no identificados.Nosso conhecimento atual sobre sistemassensoriais nos mostra que qualquer observaocomportamental merece uma postura cautelosana busca de quais estmulos esto moldando umdeterminado comportamento e quais so aspresses seletivas sobre uma populao.ao texto.Resumo IIMEMBRANA PLASMTICA NEURONAL- As clulas que possuem uma membrana excitvel so capazes de conduzir potenciais de ao. - Um neurnio quando no esta conduzindo um impulso nervoso esta em estado de repouso. O meio intracelular de repouso neuronal fica em torno de -90mV, mantido por altas concentraes de potssio e baixas de clcio e sdio. - A gua o principal fluido neuronal, os ons que merecem maior destaque no equilbrio do potencial de membrana incluem: sdio, potssio, clcio e cloreto. Membrana Fosfolipdica - Composta por uma bicamada lipdica, semi-permevel com pores hidroflicas e hidrofbicas. - Protenas: formam enzimas, citoesqueleto e receptores atravs de organizaes primrias, secundrias, tercirias e quaternrias. - Os canais proticos formam canais inicos transmembrnicos com extremidades apolares no interior do canal. - As bombas inicas so protenas que utilizam ATP para realizarem transporte de ons. O exemplo mais comum a bomba de Na-K ATPase. - As molculas de colesterol do fluidez membrana, dizemos que o neurnio possui semi-fluidez. Movimento dos ons - Difuso: h tendncia constante ao equilbrio dos meios interno e externo locais de baixa concentrao e alta concentrao criam um gradiente de concentrao, tentando ser equilibrado por transportes transmembrnicos. - Eletricidade: o gradiente eltrico atrai ctions para o lado negativo e o nion para o lado positivo da membrana. Para que haja fluxo de ons deve haver DDP (diferena de potencial) entre os meios intra e extracelulares. - Os nions fixos no meio intracelular criam um ambiente negativo que atrai potssio para o interior neuronal at o equilbrio entre o potencial negativo e a difuso de potssio. - Fraes de alteraes nas concentraes inicas intracelulares e extracelulares alteram em muito o potencial eltrico neuronal. - A equao de Nernst calcula biofisicamente o potencial intracelular neuronal para cada on. - A equao de Goldman leva em conta a permeabilidade seletiva da membrana a diferentes ons. - Canais de vazamento, bombas de sdio-potssio ATPase, trocadores de membrana mantm o potencial de repouso neuronal. - Canais de potssio shaker no conseguem manter -80mV no repouso, logo podem ser responsveis por algum tipo de epilepsia. - O aumento da concentrao de potssio extracelular leva a despolarizao neuronal: os mecanismos de controle da concentrao de potssio incluem o tamponamento do potssio pelos astrcitos (tamponamento espacial de potssio) e a prpria barreira hematoenceflica (limita a variao da concentrao inica). - Potencial de Ao: variam quanto freqncia e ao padro de transmisso. O potencial de repouso neuronal fica em torno de -65mV. O limiar de excitao possui valor que varia em torno de +20mV acima do valor do repouso ficando em torno de -45mV. A partir do momento que o potencial atinge o limiar de excitao, ocorrer a despolarizao (lei do tudo ou nada). Seguida por uma fase de repolarizao e hiperpolarizao. - Os perodos refratrios absolutos ocorrem no pico de despolarizao, quando os canais de sdio ficam inativados, isto , aps serem abertos tornam-se inativados: mesmo com um estmulo acima do limiar de excitao no haver despolarizao. - O perodo refratrio relativo, segue o perodo refratrio absoluto e difere da seguinte forma: um estmulo acima do limiar de excitao desencadear um potencial de ao j que os canais de vazamento de sdio passaram do estado inativado para o estado fechado, podendo responder a um estmulo bem acima do habitual. - Durante a despolarizao h abertura dos canais de vazamento de sdio, seguido pela sua inativao e abertura dos canais de vazamento de potssio (repolarizao). Alguns canais de cloreto abrem na fase final do potencial promovendo a hiperpolarizao seguida do repouso. Diversos trocadores participam desse equilbrio bem como as bombas de sdio e potssio ATPase e canais voltagem-dependentes (VOC).

- Estudos dos canais inicos so realizados atualmente pela tcnica de patch-clamp onde estuda-se isoladamente um canal de membrana. - Acreditava-se at ento que os potenciais de ao caminhavam sempre no sentido antergrado (no sentido corpo celular axnio). Hoje, no entanto, estudos mostram que os potenciais podem caminhar no sentido retrgrado havendo possibilidade de sinapse entre um dendrito e um corpo celular, por exemplo. Vale apenas lembrar que o potencial que caminhar num sentido ter que faz-lo at uma regio de sinapse j que a reverso desse potencial no sentido inverso bloqueada pelo perodo refratrio absoluto. - Na regio onde o axnio conecta-se com o corpo celular chamamos de Hillock, e nesta rea h sete vezes mais canais de sdio voltagem dependentes comparado s outras regies celulares. - A regio de sinapse complexa contendo muitos canais inicos e mecanismos de sntese de neurotransmissores intracelulares.

Complexa Estrutura Sinptica: diversos canais inicos esto envolvidos. - Condues saltatrias propiciadas pelo nodos de Ranvier falhas na bainha de mielina promovem uma conduo nervosa bem mais rpida. - As sinapses eltricas possuem transferncias diretas de ons por junes do tipo gap so conexes bidirecionais e bem rpidas. Os canais inicos quase que tocam-se formando uma espcie de canal nico denominado conxon (formado por protenas conexinas). Estas sinapses eltricas so abundantes nas clulas da glia, clulas musculares, clulas epiteliais e cardacas. - J as sinapses qumicas so mais complexas e necessitam de um maquinrio apropriado para que realizem sua funo, caracterizamos: um boto terminal (membrana pr-sinptica), mitocndrias, vesculas contendo neurotransmissores. Uma fenda sinptica que separa a membrana pr-sinptica da membrana ps-sinptica: essa fenda possui cerca de 200-300A (20-50nm) e fibrilas que facilitam a interao entre o neurotransmissor e seu receptor tanto na membrana pr como na ps-sinptica. As sinapses qumicas so mais complexas, mais elaboradas, como podemos observar, com condues mais lentas e duradouras comparadas s sinapses eltricas. Sinapses do SNC - Sinapses do tipo I de Gray: a membrana ps-sinptica mais espessa que a membrana pr-sinptica so geralmente sinapses excitatrias. - Sinapses do tipo II de Gray: a membrana pr e ps sinptica so simtricas, geralmente associada a sinapse inibitria.

Juno Neuromuscular - Ocorre entre um axnio de um neurnio motor da medula espinhal e uma fibra muscular esqueltica. Esta regio fica conhecida como placa motora. - H liberao de ACh que atuar nos receptores muscarnicos ativar um influxo de clcio que promover, no msculo, sua contrao. Transmisso Sinptica Qumica: diversas classes de neurotransmissores so conhecidas. - Classe I: Acetilcolina. - Classe II (sintetizado no boto terminal do axnio): Aminas (adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina). - Classe III (sintetizados no boto terminal do axnio): Aminocidos (glutamato, aspartato, GABA, glicina) - Peptdeos (sintetizados no RER do soma): liberados como grnulos secretores (molculas grandes: CCP, NPY, Substncia P, ACTH, TSH, GnRH, PRL, GHIH. Enk) - Classe IV: NO (neuromodulador). Obs. Os neurnios sintetizam apenas um nico tipo de aminocido, nunca dois tipos devido possibilidade de degradao enzimtica. a) Sntese e Armazenamento do neurotransmissor: os neurnios possuem enzimas especficas para a sntese da molcula que atinge o boto terminal entrando nas vesculas. Liberao do neurotransmissor: a entrada de clcio no terminal axonal desencadeia a exocitose do contedo das vesculas. Canais de clcio voltagem dependentes b) presentes na zona ativa (regio de contato entre a vescula e a membrana neuronal) promove a liberao do contedo vesicular Interao molecular: SNARE-SNAP45. A vescula recuperada por endocitose e se recarrega. c) Receptores para os neurotransmissores: canais inicos, protena G, tirosino-quinase. Os auto-receptores esto na membrana pr-sinptica e, geralmente, inibem a liberao do neurotransmissor (controle por feedback negativo). Um mesmo neurotransmissor, poder causar efeitos bem diferentes dependendo do tipo de receptor presente no tecido. d) Classificao do Efeito: entrada de sdio pelo canal inico excita a clula desencadeando um potencial ps-sinptico excitatrio (PPSE), aproximando a celula do limiar de excitao. Caso o influxo no seja de sdio mas de cloreto ou mesmo potssio, a clula se afastar do limiar de excitao desencadeando um potencial ps-sinptico inibitrio (PPSI). e) Reciclagem e Degradao do neurotransmissor: a remoo do neurotransmissor ocorrer por difuso simples da fenda sinptica, transportadores especficos proticos de membrana (pr-sinptica) ou ainda sofrer degradao enzimtica na prpria fenda sinptica.

Diversas funes, muitas ainda desconhecidas, atribudas aos neurotransmissores. Integrao Sinptica - Computao neural: integrao de diversos estmulos transformando-o num nico potencial de ao. - Somao de PPSE: numa transmisso neuromuscular basta uma despolarizao para a contrao da fibra j que no sistema nervoso central deve haver uma interao de diversos PPSE (interaes sofisticadas). Somao temporal: adicionamos PPSE gerados numa mesma sinapse. Somao espacial: adicionamos PPSE gerados simultaneamente em muitas sinapses. - Os estmulos devem caminhar pelo dendritos at o soma, da atingindo a zona de gatilho (Hillock), para ento, despolarizar o axnio. Quanto mais longe o dendrito estiver do Hillock, menor ser a intensidade do PPSE que chegar ao axnio. Alguns dendritos possuem canais de sdio, potssio, cloreto ativados por neurotransmissores, sendo amplificadores dos PPSEs. - PPSI e Inibio por derivao (Shunting) o PPSI de modo geral uma corrente inibitria podendo ser ativada por GABA, glicina, canais VOC de cloreto causaro hiperpolarizao. A inibio por derivao ou shunt sinptico ocorre quando um neurnio dispara um PPSE mas prximo ao soma uma PPSI disparado anulando o PPSE inicial. O neurnio no registra um potencial de ao. - Modulao sinptica: influencia de sinapses que modulam o PPSE e o PPSI, geralmente acopladas a receptores metabotrpicos que ativam canais inicos voltagem diferente. - Alguns fatores como pH e hipxia alteram os padres das sinapses. - H convergncia de sinal e ou divergncia de sinal com respectivas amplificaes. RECEPTORES SENSORIAIS - Detectam: tato, luz, som, calor, frio, dor. - Receptores Sensoriais: - Mecanoceptores: detectam deformaes mecnicas do receptor ou dos tecidos adjacentes. - Termoceptores: detectam alteraes da temperatura. - Nociceptores: receptores para dor detectam leso tecidual. - Eletromanticos: detectam luz sobre a retina do olho. - Quimioceptores: detectam alteraes gustativas, olfativas, nveis de oxignio e gs carbnico, osmolaridade. - Barorreceptores: detectam alteraes na presso arterial.

- Cada receptor sensvel a uma espcie de estmulo. - O princpio da linha rotulada: cada trato nervoso termina no ponto especfico do sistema nervoso central que codifica aquela informao especfica. Cada fibra possui especificidade com o sistema nervoso central (sensao nica). - Transduo de Sinais: Estmulo Sensorial Impulso Nervoso: H despolarizao do receptor (potencial do receptor) devido a deformao do receptor, aplicao de substncias qumicas membrana, alterao da temperatura da membrana, radiao eletromagntica.

- O corpsculo de Pacini, mostrado acima, so mecanoceptores que transformam fora mecnica ou deslocamento nos axnios de largo dimetro em potenciais de ao. O componente viscoelstico do receptor deformado, gerando um potencial de ao. - A regio que sofreu deformao, no corpsculo de Pacini, tem abertura de canais inicos como canais de sdio voltagem dependentes, gerando o potencial do receptor. - Adaptao do receptor: inicialmente os receptores respondem com alta freqncia de impulsos, diminuindo progressivamente medida que o estmulo torna-se constante (adaptao). A adaptao ocorre devido ao rearranjo das fibras viscoelsticas, logo a remoo do estmulo externo tambm desencadear o potencial do receptor. - Receptores de adaptao lenta: informam ao sistema nervoso central, a todo momento, da situao atual do corpo exemplo: fusos neuromusculares e rgo tendinoso de Golgi. - Receptores de adaptao rpida: no transmitem sinais contnuos ao sistema nervoso central mas reagem enquanto uma mudana estiver ocorrendo so receptores de velocidade exemplo: corpsculo de Pacini. Estes receptores auxiliam o sistema nervoso central a projetar-se, por exemplo, colocar uma perna diante da outra sem que haja perda do equilbrio. - Fibras nervosas: conduzem os impulsos em velocidades variadas. Quanto maior for o dimetro da fibra maior ser a velocidade de conduo nervosa (varia de 0,5-120m/s). - Classificao Geral: - Fibras A: mielinizadas tipo a, , ?, d - Fibras C: amielnicas (baixa velocidade de conduo) - Outras Classificaes: - Fibras do Grupo Ia - Fibras do Grupo Ib (Aa) - Fibras do Grupo II - Fibras do Grupo III (Ad) - Fibras do Grupo IV (amielnicas Fibras C)

- Transmisso de Sinais de Diferentes Intensidades Somao Temporal e Espacial: 1. Somao espacial um sinal de fora crescente transmitido por um nmero progressivamente maior de fibras. 2. Somao temporal aumento da freqncia dos impulsos nervosos em cada fibra.

Transmisso e Processamento de Sinais - Retransmisso de sinais a rea neuronal estimulada por cada fibra nervosa de entrada = campo estimulatrio. Zona facilitada (estmulos subliminais), zona de descarga (local que a fibra nervosa entra no campo estimulatrio). - Prolongamento de um sinal neuronal = ps-descarga neurotransmissores de longa durao causam uma maior ps-descarga. Circuitos reverberativos (feedback positivo) reexcitam a entrada no mesmo circuito fazendo-o transmitir por longo tempo at atingir sua fadiga. - Alguns circuitos emitem sinais de sada continuamente mesmo sem estmulo de entrada: - descarga neuronal intrnseca contnua (cerebelo, interneurnios medulares). - circuito reverberativo que no fadiga (sistema nervoso autnomo para controlar o tnus muscular, vascular e intestinal). - Sada rtmica de sinais: tambm resultam de circuitos reverberativos exemplo: movimentos respiratrios. O nervo frnico um exemplo disso: quando o corpsculo carotdeo estimulado pela crescente ausncia de oxignio arterial, a freqncia e a amplitude do impulso nervoso aumentam. - Estes circuitos reverberativos, quando descontrolados, podem gerar crises convulsivas. Como mecanismos de proteo encontramos: circuitos inibitrios (ncleos da base no controle motor) e fadiga das sinapses. O excesso da utilizao de uma circuitaria neuronal causa um down-regulation, enquanto que a escassez da utilizao gera um up-regulation.

Sensaes Somticas - Sensaes Especiais: viso, audio, olfato, gustao e equilbrio. - Sensaes Somticas: coletam informaes de todo o corpo. - Classificao: 1. Sentido Somtico Mecanoceptivo: tato e presso. 2. Termoceptivos: detectam calor e frio. 3. Nociceptores: receptores para dor (aguda ou crnica). - Sensaes Exteroceptivas: superfcie do corpo. - Sensaes Proprioceptivas: estado fsico do corpo (posio e equilbrio) msculo e tendes. - Sensaes Viscerais: sensaes dos rgos internos. - Sensaes Profundas: tecidos profundos fscias, msculos e ossos detectam presso, dor, vibrao. Receptores Tteis Terminaes Nervosas Livres: detectam tato e presso. Corpsculos de Meissner fibras A presentes na boca, ponta dos dedos, pele glabra. Discos de Merckel: detectam toque contnuo sinal inicialmente forte com posterior adaptao. rgo Piloso Terminal: detectam o tato (qualquer movimento do plo). rgos Terminais de Ruffini: detectam deformaes da pele, presso, toque (no adaptam-se) e cpsulas articulares. Corpsculos de Pacini: detectam deformaes e possuem adaptaes rpidas. Corpsculos de Krause: parecem detectar temperatura. - Vibraes: detectadas por vrios receptores devido a diversos estmulos rtmicos cada receptor detecta uma freqncia diferente. - Ccegas e Coceira: so sensaes percebidas pela camada superficial da pele e so conduzidas medula por fibras C.

Vias Aferentes Conduo Sensorial da Periferia para o Sistema Nervoso Central 1.Sistema Coluna Dorsal Lemnisco Medial: - Suas fibras decussam no bulbo fazendo sinapse no ncleo cuneiforme e grcil, ascendendo ao tlamo (ncleo pstero-lateral ventral). - Possuem grandes fibras nervosas mielnicas: Aa, A, A?. - Alto grau de orientao: distino entre dois pontos. - Detectam vibraes, presso, sensaes epicrticas.

2. Sistema ntero-Lateral ou Espinotalmico: - Suas fibras fazem decussao medular ascendendo ao tlamo. - Baixo grau de orientao. - Compostas por fibras mielinizadas menores: Fibras C e Fibras Ad. - Responsveis por sensaes dolorosas, trmicas, tato grosseiro, ccegas, coceira e sensaes sexuais sensaes protopticas. Crtex Sensorial Somtico - reas de Broadman (AB) Mapa Sensrio-Motor 52 regies mapeadas. - Crtex Sensorial (giro ps-central) AB 3,1,2 Alto grau de localizao descrito pelo humnculo de Penfield: mapeado proporcionalmente ao nmero de receptores em determinadas regies. - Crtex sensorial possui 6 camadas celulares (I-VI). - Impulso nervoso entra na camada IV. As camadas I e II so ativadas por sinais difusos e no especficos alm da aferncia do sistema reticular ativador ascendente (SRAA). As camadas II e III projetam-se para o hemisfrio contralateral via corpo caloso e comissuras. A camada V projeta-se para os ncleos da base, tronco e medula espinhal. A camada VI projeta-se para o tlamo. - A rea de Broadman 3a recebe informaes dos tenses, msculos e articulaes. A informao segue para a rea de Broadman 4 (crtex motor giro pr-central). - rea somtica de associao: fornecem sensao interpretativa facada, queimao. Regies parietais centrais e posteriores fornecem complexidade interpretativa. - Mesmo com ablao da rea sensorial somtica, o crtex, tronco, tlamo e SRAA fornecem a sensao dolorosa (inespecificamente mal localizada). - Ablao do crtex associativo somtico: causa desinteresse da pessoa pelo lado contralateral do corpo (esquece que o lado existe). A pessoa palpa apenas um nico lado dos objetos esquecendo-se do outro = amorfossntese. Inibio Lateral - Quando um ncleo estimulado os neurnios laterais da via devero ser inibidos (concentrao da ativao na via estimulada) a inibio ser feita atravs de interneurnios. - Esse fenmeno evidenciado na via coluna dorsal lemnisco medial. Sentido de Posio - Propriocepo. - Sentido de posio esttica / sentido de posio dinmica (cinestesia). - Fusos neuromusculares: auxiliam na angulao do movimento. - Contam com os receptores de Paccini, Ruffini e rgos tendinosos de Golgi. Anatomia da Via Espinotalmica - Anterior: ascende para o SRAA (tronco) via espinorreticular e via espinotectal (tecto do mesencfalo) e tlamo (complexo ventrobasal) - Lateral - Alm dos sinais sensoriais recebidos pelo crtex sensorial h retransmisso do mesmo para o bulbo, tlamo e medula espinhal Sinais Corticofugais: diminuem a intensidade de entrada do sinal. Dor, Cefalia e Sensaes Trmicas - A dor deve ser vista como um fenmeno de proteo ao organismo alerta sobre eventuais leses teciduais. - Tipos de dores: 1. Dor Rpida: dor sentida em pontada, agulhada conduzida por fibras do tipo Ad. 2, Dor Lenta: dor sentida em queimao, latejante, crnica conduzida por fibras do tipo C. - Receptores da dor: todos so nociceptores terminaes nervosas livres. So estimulados por fenmenos mecnicos, trmicos ou qumicos, podendo desencadear dores agudas ou crnicas. - Substncias qumicas lgicas: bradicinina, serotonina, histamina, acetilcolina, prostaglandinas, substncia P, ons potssio, cido ltico dentre inmeros outros mediadores. - Os receptores da dor no adaptam-se (ou adaptam-se muito pouco) fenmenos que aumentem a sensibilidade desses nociceptores causam hiperalgesia. Estmulos tteis interpretados como dolorosos esto relacionados a um fenmeno conhecido como alodinia (caracterstica da sndrome dolorosa regional complexa tipo I ou II). - Vias neurais da dor: a) Via Neoespinotalmica (fibras Ad): caminham da periferia para a medula espinhal entrando na lmina I de Rexed com decussao imediata, ascendendo para o SRAA e posteriormente para o tlamo (complexo ventrobasal). Do tlamo a informao ascende para o crtex sensorial somtico, caracterizando e localizando a dor. O neurotransmissor mais envolvido nestas conexes o glutamato. b) Via Paleoespinotalmica (fibras C): caminham da periferia para a medula espinhal entrando na lmina II e III de Rexed (substncia gelatinosa) com decussao imediata ascendendo em direo ao SRAA, Tecto do mesencfalo e substncia cinzenta periaquedutal seguindo, posteriormente, para o tlamo e hipotlamo. O neurotransmissor mais envolvido nesta via a substncia P. Obs. As sensaes dolorosas deixam o crebro em alerta, por isso mais difcil a pessoa conseguir adormecer com a sensao dolorosa. - Sistema Cerebral Analgsico: o crebro possui regies que quando ativadas liberam substncias analgsicas para modulao da sensao dolorosa. - Encefalina: secretada pela substncia cinzenta periaquedutal, reas periventriculares do mesencfalo e pontas dorsais da medula espinhal. - Serotonina: secretada pelo ncleo da Rafe magno e ncleo reticular paragigantocelular. - Sistema Opiide Central (endorfinas e encefalinas): um grupo de substncias precursoras dos opiides so produzidos pelo crebro, dentre eles:pr-piomelanocortina (POMC), Pr-dinorfina e Pr-encefalina (beta-endorfina, metencefalina s, dinorfina e leuencefalina). Ambas as substncias atuam sobre receptores opiides como MOP (), KOP (?) e DOP (d). - A partir de estmulos tteis podemos deprimir a transmisso dolorosa, seguindo o princpio da inibio lateral, sendo a base da acupuntura. - Dor Referida: trata-se de uma sensao dolorosa sentida pela pessoa num local distante do tecido causador da dor inicialmente. Lembrar que as membranas dos rgos viscerais, em suas pores parietais, so sensveis dor, j suas pores viscerais no. - Teoria do Porto para Dor de Melzack e Wall Estmulo ttil chega medula antes mesmo do estmulo doloroso ativando interneurnios que impedem a nocicepo. Obs. - Sndrome Talmica: ocluso da artria pstero-lateral (ramo da artria cerebral posterior) degenera os ncleos talmicos de retransmisso ocasionando perda cinestsica, presena de ataxias, sensaes emocionais desagradveis e dores crnicas incurveis. - Sndrome de Brown-Squard: hemisseco medular com perda da sensao espinotalmica (dor, frio, calor) contralateral e perda da sensao lemnisco-medial ipsilateral. Cefalia - Dores referidas superfcie da cabea. - Origem intracraniana: o crebro insensvel dor, logo, a sensao dolorosa provm de leses do tentrio, distenses venosas e dos vasos menngeos, estiramento da dura-mter, dentre outros fatores. - Os estmulos dolorosos de origem infratentorial geralmente so referidos na regio occipital. - Alguns tipos de cefalias: originadas de infeces menngeas (meningites), hipotenses liquricas (punes liquricas), enxaquecas de origem vascular (vasoconstrio seguida de vasodilatao dos vasos enceflicos), enxaquecas de origem psquica (estresse), enxaquecas por sinusites, alcolicas, nevrlgicas... - Origem extracraniana: espasmos musculares (tensionais), irritao dos seios nasais, maxilares, frontais, distrbios oculares. Sensaes Trmicas - Receptores para o frio fibras Ad. - Receptores para o calor fibras C. - Receptores para a dor graus extremos de frio e calor. - Os receptores para frio e calor adaptam-se facilmente: as pessoas sentem mais frio ou calor quando h alteraes lentas da temperatura, porm, em alteraes abruptas, o organismo adapta-se com maior facilidade. - A via da termosensibilidade caminha pelo feixo de Lissauer que ascende para o SRAA atingindo o complexo ventrobasal do tlamo. Vias Gerais da Sensibilidade atingindo a Medula Espinhal

Vias da Nocicepo

Aspectos Clnicos - Sensibilidade Exteroceptiva: estmulos face e mucosa oral, nasal e conjuntiva, caminham pelo nervo trigmio passando ao gnglio de Gasser, decussando antes de ascender ao tlamo. - Sensibilidade Proprioceptiva: sensibilidade profunda cintico-postural, vibrao, presso profunda e discriminao ttil. - Anormalidades sensoriais: - Hiperestesias: permanncia da sensao mesmo na ausncia do estmulo. - Parestesia: perda da sensibilidade. - Alodinia: sensao dolorosa a estmulos que no a causam. SENTIDOS ESPECIAIS: GUSTAO E OLFATO Gustao - Quimiorreceptores: espalhados por todo o organismo indicando a quantidade de substncias irritantes como presso parcial de gs carbnico, pH, etc. - Gustao e olfato detectam substncias qumicas do ambiente externo. - So sensaes relacionadas a conexes diretas como desejo, fome, emoo e sexo. - Espcie humana: possui preferncia por alimentos doces (inato), satisfeita pelo leite materno. Substncias amargas so rejeitadas (venenos, toxinas) essas substncias aprendemos a tolerar e gostar como por exemplo o caf. - Sabores que reconhecemos: salgado, azedo (H+), doce, amargo (K+) e umami (delicioso) dado pelo glutamato. - Cada alimento ativa uma combinao de estmulos tornando o alimento nico. O gosto e o cheiro tornam as sensaes frente aquele alimento, nicas.

rgos da Gustao - Gustao: lngua, faringe, palato e epiglote, alm dos receptores olfativos. - Algumas regies da lngua so mais sensveis a uma modalidade de sensao comparada a outras. Porm ao contrrio do que se acreditava, no conseguimos produzir um mapa do paladar. - Sobre a superfcie da lngua encontramos papilas: fungiformes, filiformes e valadas. - Cada papila possui vrios botes gustativos (com clulas receptoras gustativas). - Um boto gustativo composto pelo poro gustativo, clulas gustativas, clulas basais (clulas tronco) ligadas a axnios gustativos aferentes. - Na medida que aumentamos a concentrao do sabor, as papilas respondem simultaneamente, perdendo sua seletividade. - Clula receptora gustativa: possuem terminais apicais quimiossensveis; possuem microvilosidades projetando-se para o poro gustativo; no so neurnios, so apenas clulas epiteliais que fazem sinapse com axnios aferentes; o potencial de ao desencadeado nestas clulas percorre os axnios aferentes sensitivos levando a informao ao tronco cerebral. - Transduo Gustativa: - Sabor Salgado: mediado pelo sdio (ativa canais de sdio sensveis a amilorida). So canais inicos sensveis a eletricidade e permanecem aberto o tempo todo. - Sabor Azedo: mediado pela alta concentrao de H+ (acidez). H bloqueio dos canais de potssio. - Sabor Doce: a sacarose possui capacidade de ativas uma protena G ligada a adenilato ciclase. H, tambm, bloqueio dos canais de potssio. - Sabor Amargo: so detectores de venenos. Bloqueio dos canais de potssio e ativao de uma protena G acoplada fosfolipase C.

Vias Centrais da Gustao - Os botes gustativos recebem a informao sensorial passando-a para os axnios gustativos aferentes atravs dos nervos cranianos (VII, IX e X). Estes axnios levam os sinais para o tronco cerebral (bulbo regio do ncleo do trato solitrio), direcionando ento para o tlamo e, mais superiormente, para a rea de Broadman 43. - As leses nos ncleos talmicos que recebem estas informaes podem causar: ageusia (ausncia do paladar), hipogeusia (diminuio do paladar), hipergeusia (aumento do paladar) e disgeusia (alterao do paladar). - Diversas outras conexes interferem nesta via direta da gustao mencionada acima: h interferncia do hipotlamo, complexo amigdalide, sistema lmbico. Logo, podemos inferir que as memrias associativas influenciam no paladar. Conexes Neurais da Gustao - Os receptores gustativos no so muito especficos, mais grosseiros. - O crebro identifica o sabor a partir do disparo de diversos neurnios inespecficos: interpretao de um cdigo ou cdigo de populao para identificar um sabor as clulas percebem a temperatura, textura, sabor e olfato.

Olfato - Combina-se com a gustao para identificao do alimento. - Nos alerta para perigos: comida estragada, incndios... - Comunicao: feromnios. rgos do Olfato - O epitlio olfativo composto por clulas receptoras olfativas (neurnios), clulas de suporte (semelhantes s clulas da glia) e clulas basais (fonte de novos receptores). - Neste local h clulas tronco, totipotentes, sendo comum a retirada de clulas da lmina cribiforme do etmide para pesquisas com clulas desse tipo. - As clulas receptoras olfativas possuem clios que ao se moverem estimulam uma protena G olfativa. - Leses no bulbo olfatrio, por exemplo por traumatismo cranioenceflico pode levar a anosmia (perda total do olfato), hiposmia, hiperosmia ou disosmia.

Transduo Olfativa - Odor sensibiliza os clios das clulas do epitlio olfativo que ativam uma protena G (Golf), seguindo a ativao da adenilato ciclase com produo de AMPc. Este AMPc causa o potencial do receptor por abrir canais de sdio e clcio. - Os receptores olfativos so bastante inespecficos, atuando, como na gustao, atravs de cdigo de populaes. Vias Centrais do Olfato - Odor Clulas Olfativas Receptoras Bulbo olfatrio (glomrulo olfativo parece que estes glomrulos possuem um mapa olfativo interpretativo) Tlamo com projees para o Crtex rbito-Frontal, insula, complexo amigdalide, ncleo accmbens, hipotlamo e lcus ceruleus.

http://www2.uol.com.br/vivermente/multimidia/aprendendo_neurofisiologia.html http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/05_eletrofisiologia/potencial_acao.htm