Neurofisiologia (1)

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RESUMO

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  • NEUROFISIOLOGIA

    PROFESSOR SILVIO RENATO ARRUDA TAVARES

    A Neurofisiologia um ramo da fisiologia que tem como objeto de estudo o funcionamento do sistema nervoso. Faz parte do campo cientfico denominado neurocincia.

    Relaciona-se com a eletrofisiologia, neuroanatomia, neurobiologia, neuroendocrinologia e neuroimunologia; contribuindo para cincias mdicas aplicadas como a neurologia e neurofisiologia clnica.

    FISIOLOGIA

    A fisiologia (do grego physis = natureza, funo ou funcionamento; e logos = palavra ou estudo) o ramo da biologia que estuda as mltiplas funes mecnicas, fsicas e bioqumicas nos seres vivos. De uma forma mais sinttica, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo. estudada em diversas reas, inclusive da sade como Biomedicina, Educao Fsica, Enfermagem, Farmcia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinria, Nutrio, Odontologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, dentre outras biolgicas.

    A fisiologia biologia grega socorre-se dos conhecimentos proporcionados pela fsica para explicar como decorrem essas funes vitais e segundo que princpios fsicos. Efectivamente, os conceitos da Biologia so indissociveis da Fsica (ainda que aqui se fale de Fsica num sentido mais lato, incluindo a qumica). Para quem estuda a fisiologia integrada importante o domnio da anatofisiologia.

    dividida classicamente em fisiologia vegetal e fisiologia animal.

    O campo de estudos da fisiologia animal estende os mtodos e ferramentas de estudo da fisiologia humana para espcies no-humanas. Tambm a fisiologia vegetal emprega tcnicas de ambos os campos citados anteriormente. Seu escopo e temas so to diversos quanto a diversidade da vida que existe no planeta. Por isso, pesquisas em fisiologia animal tendem a concentrar-se no

  • entendimento de como as funes fisiolgicas mudaram ao longo da histria evolutiva dos animais.

    Outros campos de estudo importantes tm surgido na fisiologia, como a pesquisa em bioqumica, biofsica, biologia molecular, biomecnica e farmacologia.

    SISTEMA NERVOSO

    O sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos msculos, e a movimentao dos rgos, e constri e finaliza estmulos dos sentidos e inicia aes de um ser humano (ou outro animal) vulgarmente tratado de sistema nervoso. Os neurnios e os nervos so integrantes do sistema nervoso, e desempenham papis importantes na coordenao motora. Todas as partes do sistema sensorial de um animal so feitas de tecido nervoso e seus estmulos so dependentes do meio.

    ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO

    O sistema nervoso deriva seu nome de nervos, que so pacotes cilndricos de fibras que emanam do crebro e da medula central, e se ramificam repetidamente para inervar todas as partes do corpo. Os nervos so grandes o suficiente para serem reconhecidos pelos antigos egpcios, gregos e romanos, mas sua estrutura interna no foi compreendida at que se tornasse possvel examin-los usando um microscpio. Um exame microscpico mostra que os nervos consistem principalmente de axnios de neurnios, juntamente com uma variedade de membranas que se envolvem em torno deles e os segrega em fascculos de nervos. Os neurnios que do origem aos nervos no ficam inteiramente dentro dos prprios nervos - seus corpos celulares residem no crebro, medula central, ou gnglios perifricos.

    Todos os animais mais avanados do que as esponjas possuem sistema nervoso. No entanto, mesmo as esponjas, animais unicelulares, e no animais como micetozorios tm mecanismos de sinalizao clula a clula que so precursores dos neurnios. Em animais radialmente simtricos, como as guas-vivas e hidras, o sistema nervoso consiste de uma rede difusa de clulas isoladas. Em animais bilaterianos, que compem a grande maioria das espcies

  • existentes, o sistema nervoso tem uma estrutura comum que se originou no incio do perodo Cambriano, mais de 500 milhes de anos atrs.

    SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

    O sistema nervoso central formado pelo encfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do encfalo e da medula esto envolvidas por trs membranas de tecido conjuntivo - as meninges. O encfalo, principal centro de controle, constitudo por crebro, cerebelo, tlamo, hipotlamo e bulbo.

    1 Crebro

    2 Sistema Nervoso Central

    3 Espinha Dorsal

  • NEUROCINCIA

    Neurocincia o estudo cientfico do sistema nervoso. Tradicionalmente, a neurocincia tem sido vista como um ramo da biologia. Entretanto, atualmente ela uma cincia interdisciplinar que colabora com outros campos como a qumica, cincia da computao, engenharia, lingustica, matemtica, medicina e disciplinas afins, filosofia, fsica e psicologia. O termo neurobiologia usualmente usado alternadamente com o termo neurocincia, embora o primeiro se refira especificamente a biologia do sistema nervoso, enquanto o ltimo se refere inteira cincia do sistema nervoso.

    O escopo da neurocincia tem sido ampliado para incluir diferentes abordagens usadas para estudar os aspectos moleculares, celulares, de desenvolvimento, estruturais, funcionais, evolutivos, e mdicos do sistema nervoso, ainda sendo ampliado para incluir a ciberntica como estudo da comunicao e controle no animal e na mquina com resultados fecundos para ambas reas do conhecimento. As tcnicas usadas pelos neurocientistas tem sido expandida enormemente, de estudos moleculares e celulares de neurnios individuais at imageamento de tarefas sensoriais e motoras no crebro. Avanos tericos recentes na neurocincia tm sido auxiliados pelo estudo das redes neurais.

    Dado o nmero crescente de cientistas que estudam o sistema nervoso, vrias proeminentes organizaes de neurocincia tem sido formadas para prover um frum para todos os neurocintistas e educadores. Por exemplo, a International Brain Research Organization foi fundada em 1960, a Society for Neurocience em 1969, a Sociedade Brasileira de Neurocincias e Comportamento em 1976 e a Sociedade Portuguesa de Neurocincias em 1992.

  • Gravura de Santiago Ramn y Cajal (1899) de neurnios no cerebelo de um pombo.

    Observe-se que a maioria dos vocbulos com prefixo neuro podem ser substitudos ou associados ao prefixo psico, a moderna neurocincia tende a reunir as produes isoladas face ao risco de perder a viso global do seu objeto de estudo: o sistema nervoso, contudo a complexidade deste, e em especial do sistema nervoso central da espcie humana, exige o estudo isolado de cada campo e o exerccio da inter-relao de pesquisas.

    Existem pelo menos 5 maneiras ou reas de estudo da relao entre sistema nervoso e comportamento e/ou sua fisiologia:

    1. O espectro animal diversidade de modelos que a natureza oferece e os padres reconhecveis de comportamento e de estrutura anatmica e bioqumica. Atividade tambm denominada Neuroetologia

  • O crebro de um gato.

    2. As diversas patologias e leses anatmicas e suas consequncias funcionais. Para deficincia mental, por exemplo, j se conhece pelo menos 300 causas.

    3. Os estgios do desenvolvimento humano/animal e envelhecimento. Existem estgios previsveis de modificao anatmico-funcional e comportamental nas diversas fases do desenvolvimento do SN humano.

    4. Efeito de drogas em diferentes stios anatmicos, Existe certo consenso quanto a 3 formas bsicas de efeito farmacolgico de drogas no sistema nervoso. As substncias psicoativas podem ser classificadas como lpticas (estimulantes); analpticas (depressoras) e dislpticas (modificadoras). nesse ltimo grupo que se enquadram as substncias conhecidas como alucingenos ou entegenos.

    5. Estudo da mente (psique), a inteligncia, capacidade cognitiva e/ou comportamento. Para um grande conjunto de alteraes comportamentais estudadas pela psicopatologia e criminologia ainda no existe consenso sobre suas causas biolgicas e psicossociais. O mesmo pode ser dito para alteraes psiconeuroendcrino fisiolgicas da experincia religiosa ou xtase religioso e estados alterados de conscincia induzidos por tcnicas como meditao e yoga.

    Mltiplas inter-relaes entre esses diversos mtodos e possibilidades de estudos so possveis, contudo ainda no existe grandes teorias que faam da neurocincia uma nica teoria ou mtodo cientfico com suas mltiplas aplicaes prticas na rea mdica (Neurologia, Psiquiatria, Anestesia, Endocrinologia, Medicina Psicossomtica) ou paramdica (Psicologia, Fisioterapia, Ortptica, Fonoaudiologia, Neurortopedia bucal, Terapia Ocupacional etc.).

    Uma forma distinta de conceber a diversidade de metodologias com que podemos estudar o crebro , como proposto por Lent, 2004, [7]acompanhar, em princpio os distintos nveis anatmicos funcionais que a biologia utiliza para o estudo dos seres vivos. Estabelecendo ento: Neurocincia molecular; Neurocincia celular como nveis de anlise equivalentes as bem estabelecidas disciplinas da bioqumica e citologia; A Neurocincia sistmica orientada pelos princpios

  • histolgicos, estruturais e funcionais dos aparelhos e sistemas orgnicos; A Neurocincia comportamental em princpio acompanha os nveis de organizao bsica do indivduo ou seu comportamento equivalendo aos estudos da Psicobiologia ou Psicofisiologia e finalmente a Neurocincia cognitiva ou estudo das capacidades mentais mais complexas, tpicas do animal humano como a linguagem, autoconscincia etc. que tambm pode ser chamada de Neuropsicologia.

    Serotonina

    Observe-se que no h um plano ou nvel privilegiados de anlise e nem sempre a melhor explicao de um nvel situa-se necessariamente no anterior (ou posterior). Paradoxos complexos podem ser criados como o estudo molecular da conscincia ou o entendimento da conscincia e comportamento como propriedades emergentes relativamente independentes do estudo do sistema nervoso. Um entendimento pleno deve considerar como verdadeiras e igualmente importantes todas as maneiras de estudo do crebro e sistema nervoso.

    O CREBRO, A MENTE E OS SEUS PROBLEMAS

    Alm da tarefa ainda no concluda em milhares de anos de pesquisas, especulaes, tentativas, erros e acertos sobre a anatomia e fisiologia do crebro e de suas funes, sejam o comportamento/pensamento (psique) ou os mecanismos de regulao orgnica e interao psicossocial alguns problemas se impem aos pesquisadores, destacando-se entre estes os que podem ser reunidos pela patologia.

  • Ressalte-se, porm, a inconvenincia de reduzir a neurocincia clnica e anatomia patolgica como na histria da medicina j se fez, e perdermos de vista a possibilidade de construo de um conhecimento da sade (no redutvel ao oposto qualificativo da doena) considerando tambm as dificuldades de aplicao dos conceitos da patologia s variaes genticas e bioqumicas das espcies e natureza da psique e/ou comportamento.

    Assim esclarecido temos duas estratgias bsicas para abordar os problemas da mente-crebro e/ou a principal aplicao prtica da neurocincia na clnica mdica.

    Encefalite mostrada no lado direito do crebro O estudo da funo nervosa e suas alteraes ou seja

    O coma, alteraes da conscincia e do sono; Alteraes dos rgos dos sentidos, delrios, alteraes do intelecto e da fala; Distrbios do comportamento, ansiedade e depresso (lassido, astenia); Desmaios, tontura (vertigens) e estado convulsivo; Distrbios da marcha e postura (tremores, coria, atetose, ataxia); Paralisias e distrbios da sensibilidade e dor (cefaleia e segmentos perifricos); Espasmos, incontinncias e outras alteraes da regulao orgnica.

    O ESTUDO ETIOLGICO DAS PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO

    Malformaes congnitas e erros inatos do metabolismo; Doenas do desenvolvimento, degenerativas e desmielinizantes; Infeces por grupo de agentes e stio anatmico (meningites, encefalites,etc.); Traumatismo no sistema nervoso central e perifrico; Doenas vasculares (hipoxias, isquemias, infarto hemorragias); Neoplasias

  • (tumores malignos, benignos por tecido de origem e cistos); Doenas neuroendcrinas, nutricionais, txicas e ambientais; Transtornos mentais e distrbios do comportamento

    Para uma classificao mais detalhada de tais patologias, consultar os captulos V: Transtornos mentais e comportamentais; VI (Doenas do Sistema Nervoso); e VII (Doenas do Olho Ouvido e Anexos) da Classificao Internacional das Doenas 10 Reviso CID 10.

    PORQU DE ESTUDARMOS A NEUROFISIOLOGIA

    A Neurofisiologia Clnica uma rea das cincias da sade e, mais especificamente, um ramo das neurocincias. Constitui um complexo e bem definido corpo de conhecimentos que objetiva o estudo do Sistema Nervoso (SN) na sua dimenso funcional, utilizando-se de conhecimentos neuroanatmicos, neurofisiolgicos e clnicos, com finalidades diagnstica, teraputica e de monitorao de funes durante procedimentos especficos envolvendo o SN. Uma das vertentes mais conhecidas da avaliao neurofisiolgica representada pelo estudo da atividade eltrica com propsitos clnicos, categorizado ao longo da prtica em quatro reas fundamentais: eletrencefalografia (EEG), eletroneuromiografia (ENMG), potenciais evocados (PE) e polissonografia (PSG). Uma vasta quantidade de doenas perturba o funcionamento do SN, impondo ao neurofisiologista clnico a necessidade de estreito contato e adequado treinamento no campo das cincias clnicas, notadamente da Neurologia.

    ABRANGNCIA DA NEUROFISIOLOGIA

    SISTEMA NERVOSO

    SISTEMA NERVOSO CENTRAL: inclui encfalo e medula espinhal

    SISTEMANERVOSO PERIFERICO: inclui os receptores sensoriais, os nervos sensoriais e os gnglios fora do SNC.

  • A diviso sensorial ou aferente traz informao para o sistema nervoso em geral este evento comea nos receptores visual, auditivo, qumico e somato sensorial, a informao chega ao crtex.

    A diviso motora ou eferente conduz a informao do SN para a periferia.

    Contrao da musculatura esqueltica.

    Contrao da musculatura lisa e cardaca.

    Secreo por glndula endcrina e excrina.

    MEDULA ESPINHAL: parte caudal do SNC.

    Contem 31 pares de nervos espinhais incluem os sensoriais e os motores. A informao trafega para cima e para baixo (via ascendente e descendente).

    TRONCO ENCEFALICO: 10 dos 12 NC emergem dele.

    BULBO: a extenso anterior da medula espinhal. Contem centros autonmicos de controle da respirao e presso sangunea, bem como coordena a deglutio, tosse e vomito.

    PONTE: participa da regulao da respirao, retransmite informao dos hemisfrios cerebrais para o cerebelo.

    MESENCEFALO: participa dos movimentos oculares. Contem ncleos rel do sistema auditivo e visual. CEREBELO: uma estrutura foliada que est presa ao tronco enceflico, com situao dorsal a ponte e ao bulbo.

    Funo: coordena movimento, planejamento e execuo dos movimentos, manuteno postural, coordena movimento da cabea e dos olhos.

    TALAMO E HIPOTALAMO:

    TALAMO: processa quase toda a informao sensorial que se dirige para o crtex cerebral e quase toda informao motora que se origina do crtex dirigindo-se para o tronco e a medula espinhal.

  • HIPOTALAMO: contem centros reguladores da temperatura, ingesto de alimentos e balano hdrico, tambm uma glndula endcrina controlada das secrees hormonais da hipfise, secreta hormnios de liberao e de inibio para o sangue porta hipofisrio para produzir liberao ou inibio da liberao da hipfise anterior, contem corpos celulares dos neurnios da glndula da hipfise posterior que secretam hormnios antidiurticos e ocitocina.

    HEMISFRIOS CEREBRAIS: so formados pelo crtex cerebral, substancia branca subjacente e por 3 ncleos profundos (gnglios basais, hipocampo e amigdala).

    Sua funo: percepo, funo motora superior, a cognio, a memoria e a emoo.

    CRTEX CEREBRAL: composto por 4 lobos (frontal, temporal, parietal, occiptal). Recebe e processa a informao sensorial e integra as funes motoras.

    1. Crtex motor primrio contem os motoneuronios superiores, que se projetam diretamente para a medula espinhal, onde vo ativar os motoneuronios inferiores, que inervam os msculos esquelticos.

    2. Crtex sensorial primrio consiste no crtex visual primrio, no auditivo e somato sensorial. Recebem poucas informaes originada no receptor sensorial perifrico com apenas poucas sinapses em suas vias sensrias.

    3. As reas sensoriais e motoras, secundarias e tercirias circundam as reas primarias e esto envolvida no processamento mais complexo, por suas conexes com reas associao.

    GNGLIOS BASAIS, HIPOCAMPO E AMIGDALA: so 3 nucleos profundos dos hemisfrios cerebrais. Gnglio basal consiste no ncleo caudado, no putmem e no globo plido. Recebe aferencia de todos os lobos do crtex e emitem projees, pelo tlamo, para o crtex frontal, participando da regulao dos movimentos.

    HIPOCAMPO E AMIGDALA: fazem parte do sistema lmbico, o hipocampo est envolvido com a memria. A amigdala tem

  • participao nas emoes e se comunica com o SNA, por meio do hipotlamo.

    CARACTERISTICAS GERAIS DO SISTEMA SENSORIAL E MOTOR REL SINPTICO formado por ncleo rel, onde toda mensagem que vai para o crtex processado por esses ncleos.

    ORGANIZAO TOPOGRAFICA: somatotopico de para localizaes corporais especificas. No sistema visual, auditivo, tonotopico, e retinotopico.

    DECUSSAES: as reas do encfalo que s contem axnios decussantes, so chamadas de comissura.

    TRANSDUO SENSORIAL: transduo sensorial o processo pelo qual o estimulo do ambiente ativa um receptor e convertido em energia eltrica.

    CAMPO RECEPTIVO: define a rea do corpo que, quando estimulada, produz alterao da freqncia da descarga de um neurnio sensorial. Esse variam qunato ao tamanho, quanto menor , mais preciso ser a sensao.

    CODIFICAO SENSORIAL: os neurnios sensrias so responsveis pela codificao do estimulo ambiental.

    Modalidade sensorialcodificada muitas vezes pela linha rotulada.

    A localizao espacial os estmulos so codificados pelo campo receptivo dos neuronios sensoriais melhorada pela inibio lateral.

    Limiar menor estimulo codificado.

    Intensidade do estimulo pode ser codificada pelo numero de receptores que so ativados. A intensidade pode ser codificada pela diferena entre as freqncias de descargas. A intensidade pode ser codificada pela a ativao dos diferentes receptores.

    Durao codificado pela durao da descarga do neurnios sensorial.

  • TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS

    Mecanoreceptores: ativado por variao da presso. Tato (corpsculo de pacini), audio(clulas ciliadas), vestibular(clulas ciliadas).

    Fotoreceptores: so ativados pela luz. Viso (bastonete e cone).

    Quimioreceptores: ativado por componentes qumicos. Olfato (receptor olfatiovo), gustao (brotamento gustativo), PO2 arterial.

    Termoreceptores: ativado pela variao de temperatura. Temperatura (frio e calor).

    Nocireceptores: ativado por graus extremos de presso, temperatura, subtsncias nocivas. Extremo da dor e temperatura.

    SISTEMA SOMATO SENSORIAL E DOR Processa a informao sobre tato, presso, dor e temperatura. As duas vias so: O sistema da coluna dorsal: processa sensaes de tato, de presso, e descriminao de dois pontos, vibrao e proprioceptivas. O sistema ntero lateral: processa as sensaes de dor, de temperatura e tato fino. TRANSDUO SENSORIAL E OS POTENCIAIS DOS RECEPTORES Transduo sensorial o processo pelo qual o estmulo do ambiente ( Luz, compostos qumicos) ativa um receptor e convertido em energia eltrica. Campos Receptivos: Define a rea do corpo que, quando estimulada, produz alterao da freqncia da descarga de um neurnio sensorial.Os campos receptivos variam de tamanho. Quanto menor for o campo receptivo, mais precisamente ser localizada, ou identificada, a sensao.

  • CODIFICAO SENSORIAL Os neurnios sensoriais so responsveis pela codificao dos estmulos do ambiente. Modalidade sensorial. A localizao. O limiar o menor estmulo que pode ser detectadoA intensidade do estmuloA. Durao SISTEMA NERVOSO AUTONOMO SISTEMA NERVOSO SOMATICO: o sistema voluntrio, formado por nico neurnio o motoneuronio, cujo corpo fica localizado no SNC e o axnio faz sinapse com os rgos inervados. O neurotransmissor liberado pelo pr sinaptico a Ach que si liga nos receptores nicotnicos presente na placa motora do msculo esqueltico. Quando ativada induz a contrao do msculo. SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: o sistema involuntrio, que controla e modula o funcionamento, primeiramente, dos rgo viscerais. formado por dois neurnios um pr-ganglionar e um neurnio ps-ganglionar. O corpo celular do pr-ganglionar fica no SNC e o axnio faz sinapse com o ps-ganglionar. O neurotransmissor liberado pelo pr-ganglionar Ach e o ps-ganglionar pode ser Ach ou Na. O SNA dividido em simptico e parassimptico. SN Simptico: resposta luta ou fuga. Os gnglios do sistema simptico ficam localizados perto da medula espinhal. A localizao do neurnio pr-ganglionar toracolombar. O SNS as fibras ps ganglionares liberam Noradrenalina que se liga a receptores muscarinicos presente nos rgos inervados. Exceto nas glndulas sudorparas onde o neurotransmissor a Ach.

  • Ao taquicardia, vasoconstrio, diminuio do peristaltismo, broncodilatao, contrao do msculo destrusor da bexiga, aumenta transformao do glicognio em glicose pelo fgado. SN Parassimptico: os gnglios do sistema parassimptico ficam prximo dos rgo efetores. O neurnio pr-ganglionar origina-se de ncleo dos nervos craniano, craniosacral. O SNP as fibras ps-ganglionares liberam Ach eu se ligam nos receptores muscarinicos presentes nos rgos efetores. Ao bradicardia, vasodilatao, relaxa o msculo destrusor da bexiga, broncoconstrio, aumenta os peristaltismos. Medula Supra Renal: um gnglio especializado da diviso simptica. A Ach estimula a medula supra-renal a produzir adrenalina. A adrenalina tem as mesmas funes da noradrenalina, a nica diferena que a noradrenalina um neurotransmissor enquanto a adrenalina um hormnio. PROTEINA G A protena G formada pela subunidades , dessas unidades a a que est envolvida na produo do segundo mensageiro. Essa unidade encontra-se ligada a uma molcula de GDP que ao receber o estimulo produzido pela ligao da substancia ao receptor, essa molcula de GDP trocada pela GTP que ir estimular o alvo caso essa unidade seja estimulatria, da esse alvo ser estimulado sendo ativado. Esse alvo pode ser um canal inico que ativado abrir, ou pode ser uma enzima fosfolipase c que ira produzi um segundo mensageiro o IP3 e DAG que estaro envolvidos no metabolismo celular, ou a adenilato ciclase que produzir GMPc que ativa a quinase A onde estar envolvida no metabolismo celular. LQUIDO CFALORAQUIDIANO (LCR) A superfcie do SNC est coberta por vrias camadas de tecido conjuntivo que formam a : Pia mater, aracnide e dura mater. O espao entre a pia mater e aracnide o espao subaracnide contm o lquido cefalorraquidiano (LCR).

  • O encfalo formado por 80% de lquido e a maior parte LCR. O LCR formado com intensidade 500ml por dia, pelas clulas epiteliais do plexo coride (situado nos ventrculos laterais 3 e 4) O SISTEMA NERVOSO

    O sistema nervoso, juntamente com o sistema endcrino, capacitam o organismo a perceber as variaes do meio (interno e externo), a difundir as modificaes que essas variaes produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilbrio interno do corpo (homeostase). So os sistemas envolvidos na coordenao e regulao das funes corporais.

    No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurnios e as clulas da glia (ou da neurglia). Os neurnios so as clulas responsveis pela recepo e transmisso dos estmulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execuo de respostas adequadas para a manuteno da homeostase. Para exercerem tais funes, contam com duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (tambm denominada excitabilidade ou responsividade) e a condutibilidade. Irritabilidade a capacidade que permite a uma clula responder a estmulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade no uma resposta, mas a propriedade que torna a clula apta a responder. Essa propriedade inerente aos vrios tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos tambm diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurnios assemelha-se a uma corrente eltrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estmulos, os neurnios transmitem essa onda de excitao - chamada de impulso nervoso - por toda a sua extenso em grande velocidade e em um curto espao de tempo. Esse fenmeno deve-se propriedade de condutibilidade.

    Para compreendermos melhor as funes de coordenao e regulao exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura bsica de um neurnio e como a mensagem nervosa transmitida.

  • Um neurnio uma clula composta de um corpo celular (onde est o ncleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos em dendritos e axnios.

    Os dendritos so prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de estmulos, funcionando portanto, como "antenas" para o neurnio. Os axnios so prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axnios podem se ramificar e essas ramificaes so chamadas de colaterais. Todos os axnios tm um incio (cone de implantao), um meio (o axnio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou boto terminal). O terminal axonal o local onde o axnio entra em contato com outros neurnios e/ou outras clulas e passa a informao (impulso nervoso) para eles. A regio de passagem do impulso nervoso de um neurnio para a clula adjacente chama-se sinapse. s vezes os axnios tm muitas ramificaes em suas regies terminais e cada ramificao forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares. Estas ramificaes so chamadas coletivamente de arborizao terminal.

    Os corpos celulares dos neurnios so geralmente encontrados em reas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema

  • Nervoso Central (SNC), ou nos gnglios nervosos, localizados prximo da coluna vertebral.

    Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurnios, formando feixes chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso Perifrico (SNP).

    O axnio est envolvido por um dos tipos celulares seguintes: clula de Schwann (encontrada apenas no SNP) ou oligodendrcito (encontrado apenas no SNC) Em muitos axnios, esses tipos celulares determinam a formao da bainha de mielina - invlucro principalmente lipdico (tambm possui como constituinte a chamada protena bsica da mielina) que atua como isolante trmico e facilita a transmisso do impulso nervoso. Em axnios mielinizados existem regies de descontinuidade da bainha de mielina, que acarretam a existncia de uma constrio (estrangulamento) denominada ndulo de Ranvier. No caso dos axnios mielinizados envolvidos pelas clulas de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde esto o citoplasma e o ncleo desta clula, constitui o chamado neurilema.

    O IMPULSO NERVOSO

    A membrana plasmtica do neurnio transporta alguns ons ativamente, do lquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao lquido extracelular. Assim funciona a bomba de sdio e potssio, que bombeia ativamente o sdio para fora, enquanto o potssio bombeado ativamente para dentro.Porm esse bombeamento no eqitativo: para cada trs ons sdio bombeados para o lquido extracelular, apenas dois ons potssio so bombeados para o lquido intracelular.