MOD_2_T_PEP_Patricia_Isabel
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M E D A 9 5
Logo Mashup
Veja como o logotipo da sua empresa é
importante.Página 10
Nvidia Quadro
Acelere o seu Pacote Adobe também!
Página 12
Alex Trochut
Misturando Tipografia à Ilustração
Página 16
Patty Editora
Price $9,50
3
SUMÁRIO
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Faça Design com a gente! Tipografia Perfeita
Página 4
Maurício de Sousa
Página 6
Duck Chemie
Página 8
Nvidia Quadro CX
Página 12
Alex Trochut
Página 16
Livros e Impressão
Digital
Página 18
LogoMashup
Página 10
Don Clark
Página 14
EXPEDIENTE
Diretora Chefe
Patrícia Isabel
Coordenador
Rangel Sales
Patrocinadores
Mamãe e Papai
Consultor de Edição
Breno Augusto
Administração
Thiago e Larissa
Suporte Técnico
As Scarletts
mentos, serifas, espessura dos
traços, altura-da-x, leading e
kerning estão adequados com o
veículo que será usado? Se em
papel tipo jornal, o olhal dos
caracteres é aberto o suficiente
para não se fechar com a absor-
ção da tinta pelo papel, dando
aquela impressão de borrado?
3| Aspectos funcionais:
através dos quais analisamos
os objetivos da criação daquele
tipo, se é adequado a cartazes e
displays, se é para texto corrido
ou, ainda, se é um tipo deco-
rativo. Seu design é adequado
para títulos, sem perder a deli-
cadeza do traçado que apresenta
em corpos menores? Ou, seu
traçado, ideal para grandes cor-
pos, perde clareza e tende a se
“fechar” nos corpos menores?
4| Aspectos conceituais:
através dos quais analisamos os
conceitos empregados pelo type
designer para o desenvolvimen-
to do seu projeto tipográfico.
COMBINANDO OS TIPOS
Quando falamos no uso de
faces tipográficas raramente
uma só é o suficiente. Usar mais
de uma face de tipos pode aju-
dar a induzir à leitura, simplifi-
car a conexão de textos e a co-
dificar informações diferentes.
4
as circunstâncias da criação do
tipo, seu país de origem, o seu
designer e, em certos casos, in-
clusive os aspectos políticos
que o tipo pode representar,
para não criarmos situações
tão desagradáveis que possam
nos levar à perda do cliente.
2| Aspectos técnicos:
através dos quais analisamos
a construção dos caracteres
e se demonstrarão claramen-
te a mensagem que queremos
transmitir. Corpo, cor, orna-
Depois do traçado da dia-
gramação, vamos à parte que
mais assusta os principiantes e,
às vezes, causa arrepios nos mais
experientes: a escolha dos tipos.
Embora o tipo não tenha repre-
sentação psicodinâmica, não in-
terferindo no comportamento do
ser humano, como a cor, ele tem
a sua própria personalidade e sua
seleção deve ser sempre analisa-
da por quatro princípios básicos:
l| Aspectos históricos:
através dos quais analisamos
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Dicas para fazer do seu trabalho uma Página Perfeita
Tipografia Perfeita
TIPOGRAFIA
A habilidade de combinar tipos
com sucesso é, sem dúvida, um
grande recurso do design. Porém,
com milhares e milhares de fon-
tes para se escolher, a tarefa pa-
rece assustadora. Ainda bem que
existem algumas regrinhas que
podem ajudar no nosso trabalho.
A FAMÍLIA EM
PRIMEIRO LUGAR
A mais segura e eficiente ma-
neira de se tirar vantagem do uso
de diversas faces tipográficas é
utilizar uma única e grande famí-
lia de tipos. As várias proporções
e os diversos pesos resultam em
larga escala de possibilidades.
Uma vez que todas as faces são
de uma mesma família, têm-se
a garantia de que não ocorrerão
choques de estilo. Mesmo que
seja uma família básica de ti-
pos, formada por uma Romana
Clássica que tenha apenas os
pesos em clara, negrito e itálica,
o resultado pode ser uma ra-
zoável gama de combinações.
Entretanto, para a maioria dos
projetos tipográficos, uma gran-
de família com diversos pesos,
inclusive com seus correspon-
dentes itálicos, possibilita uma
maior flexibilidade de escolha.
Algumas famílias oferecem
também tipos condensados
Cada face foi projetada para ser
ela mesma uma poderosa fer-
ramenta de comunicação. Es-
tas características possibilitam
uma grande variação tipográfica
quando usadas em conjunto.
Futura, Avenir, Frutiger, Univ-
ers, Thesis, Mentor, Compatil e
ITC Legacy são outros exemplos
entre as muitas “super famílias”
à disposição do designer gráfico.
Henrique Malzone
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com 5
(mais estreitos) que podem ser
usados em títulos e subtítulos
ou onde não houver espaço
suficiente para a composição
normal. Existem famílias de
tipos que são chamadas de “su-
per famílias” por serem forma-
das por diferentes subgrupos.
A Lúcida (Bígelow & Holmes,
1993) é um bom exemplo. Ela
possui subgrupos formados por
serifados, sem serifa, humanísti-
cas e informais. Cada subgrupo
apresenta romanas e itálicas em
três versões de peso. Todos os
quatro subgrupos apresentam a
mesma altura-x em caixa baixa,
altura das caixas-alta, peso das
hastes e proporções em geral.
6 Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Maurício de Sousa
primeiras aulas foram no ex-
ternato São Franciso, ao lado
da Faculdade, no centro de São
Paulo. Mas depois continuou
estudos no primário e no giná-
sio, dividindo-se entre as duas
cidades. Enquanto estudava,
trabalhou em rádio, no interior,
onde também ensaiou números
de canto e dança. E, para aju-
dar no orçamento doméstico,
desenhava cartazes e pôsteres,
mas seu sonho era se dedicar
ao desenho profissionalmente.
Chegou a fazer ilustrações para
os jornais de Mogi. Mas que-
ria desenvolver técnica e arte.
Para isso, precisava procurar os
grandes centros, onde editoras
e jornais pudessem se interessar
pelo seu trabalho. Pegou amos-
tras do que já tinha feito e publi-
cado e dirigiu-se para São Pau-
lo em busca de emprego. Não
conseguiu. Mas havia uma vaga
de repórter policial no jornal
Folha da Manhã. Mauricio fez
um teste para ocupar a vaga e
passou. Ficou 5 anos escreven-
do reportagens policiais. Mas
chegou um tempo em que tinha
que decidir entre a polícia e a
arte. Ficou com a velha paixão.
Criou uma série de tiras em
quadrinhos com um cãozinho
Com 50 anos de carreira, o mago dos quadrinhos sabe muito bem como fazê-los com inteligência, alma e coração.
Mauricio de Sousa nasceu no
Brasil, numa pequena cidade
do estado de São Paulo, cha-
mada Santa Isabel, em outubro
de 1935. Seu pai era o poeta e
barbeiro Antônio Mauricio
de Sousa. A mãe, Petronilha
Araújo de Sousa, poetisa. Além
de Mauricio, o casal teve mais
três filhos: Mariza (já falecida),
Maura e Marcio. Com poucos
meses, Mauricio foi levado pela
família para a vizinha cidade de
Mogi das Cruzes, onde passou
parte da infância. Outra parte
foi vivida em São Paulo, onde
seu pai trabalhou em estações
de rádio algumas vezes. Suas
7
ILUSTRAÇÃO
e seu dono Bidu e Franjinha e
ofereceu o material para os re-
datores da Folha. As historie-
tas foram aceitas, o jornalismo
perdeu um repórter policial e
ganhou um desenhista. Essa
passagem deu-se em 1959.
Nos anos seguintes, Mauricio
criaria outras tiras de jornal Ce-
bolinha, Piteco, Chico Bento,
Penadinho e páginas tipo ta-
blóide para publicação semanal
- Horácio, Raposão, Astronauta
- que invadiram dezenas de pu-
blicações durante 10 anos. Para
a distribuição desse material,
Mauricio criou um serviço de
redistribuição que atingiu mais
de 200 jornais ao fim de uma dé-
cada. Daí chegou o tempo das
revistas de banca. Foi em 1970,
quando Mônica foi lançada já
com tiragem de 200 mil exem-
plares. Foi seguida, dois anos
depois, pela revista Cebolinha
e nos anos seguintes pelas pu-
blicações do Chico Bento, Cas-
cão, Magali, Pelezinho e outras.
Durante esses anos todos,
Mauricio desenvolveu um sis-
tema de trabalho em equipe
que possibilitou, também, sua
entrada no licenciamento de
produtos. Seus trabalhos come-
çaram a ser conhecidos no ex-
terior e em diversos países sur-
giram revistas com a Turma da
Mônica. Mas chegou a década
de 80 e a invasão dos desenhos
animados japoneses. Mauricio
ainda não tinha desenhos para
televisão, então perdeu mer-
cados. Resolveu enfrentar o
desafio e abriu um estúdio de
animação a Black & White com
mais de 70 artistas realizando
8 longas-metragens. Estava se
preparando para a volta aos
mercados perdidos, mas não
contava com as dificuldades
políticas e econômicas do país.
A inflação impedia projetos a
longo prazo (como têm que ser
as produções de filmes sofisti-
cados como as animações), a
bilheteria sem controle dos ci-
nemas que fazia evaporar quase
100% da receita, e o pior: a lei
de reserva de mercado da infor-
mática, que nos impedia o aces-
so à tecnologia de ponta neces-
sária para a animação moderna.
Mauricio, então, parou com
o desenho animado e concen-
trou-se somente nas histórias
em quadrinhos e seu merchan-
dising, até que a situação se nor-
malizasse. O que está ocorren-
do agora. Conseqüentemente,
voltam os planos de animação e
outros projetos. E dentre esses
projetos, após a criação do pri-
meiro parque temático (o Par-
que da Mônica, no Shopping
Eldorado, em São Paulo, se-
guido do Parque da Mônica do
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Rio de Janeiro) Mauricio prevê
a construção de outros, inclu-
sive no exterior. As revistas
vendem-se aos milhões, o licen-
ciamento é o mais poderoso do
país e os estúdios se preparam
para trabalhar com a televisão.
A par de um projeto educacio-
nal ambicioso, onde pretende-
se levar a alfabetização para
mais de 10 milhões de crianças.
A Turma da Mônica e todos
os demais personagens criados
por Mauricio de Sousa estão aí,
agora na versão Jovem, mais
fortes do que nunca, com um
tipo de mensagem carinhosa,
alegre, descontraída, dirigida às
crianças e aos adultos de todo
o mundo que tenham alguns
minutos para sorrir, felizes.
Druck Chemie e o Selo Verde
pontos-de-venda em mais de 50
países, com cerca de 1.000 itens.
A Druck Chemie desenvol-
ve, fabrica e fornece acessórios
técnicos e produtos químicos
para a indústria gráfica, em par-
ceria com empresas como Bal-
dwin, Rotoclean, Wifag, Elet-
tra, Heidelberg, Manroland,
KBA e Oxy Dry, e entidades
como a Associação de Pesquisa
em Tecnologia Gráfica (Fogra).
Um exemplo disso é o AlkoGre-
en, desenvolvido com a Fogra e
apontado pela empresa como
o substituto perfeito do álcool
isopropílico em impressoras
offset. Segundo seus desenvol-
a França, República Tcheca,
os países baixos (Bélgica, Ho-
landa e Luxemburgo), Reino
Unido, Áustria, Polônia e Itália,
entre outros. A matriz brasi-
leira, localizada em Valinhos
(SP), iniciou suas atividades em
1998, e hoje conta com mais
duas filiais: Contagem (MG)
e Porto Alegre (RS), além de
representantes nos estados de
Santa Catarina, Paraná, Rio de
Janeiro, Goiânia, Pernambuco
e Ceará. Atualmente a Druck
Chemie conta com 19 filiais e
A EMPRESA
Em 1971, a Druck Chemie
foi fundada por Rolf Georg
e Karl Dengler, na cidade de
Ammerbuch, na Alemanha.
Nessa época, a empresa tinha
apenas oito produtos, dois
empregados e um caminhão.
Pouco depois, em 1978, surgi-
ram as primeiras filiais alemãs,
e em 1987, a primeira filial in-
ternacional, na Suiça. Em se-
guida, além de outras filiais na
Alemanha, a empresa alcançou
Como parte do Guia New Wave de EcoDesign, nesta edição abordaremos o Selo Verde, criado pela empresa alemã
Druck Chemie.
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com8
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
ECO DESIGN
estabelecer uma parceria entre
a empresa e seus clientes, na
busca de desenvolvimento e
melhorias contínuas em rela-
ção ao gerenciamento de resí-
duos industriais, com o intuito
de propagar práticas socioam-
bientalmente responsáveis.
Assim, segundo a Druck Che-
mie, as empresas que estabele-
cerem princípios de gestão am-
biental de resíduos industriais
gerados com responsabilidade
socioambiental, realizando
dentro da própria empresa um
plano administrativo, organiza-
cional, triagem e disposição fi-
nal, buscando acondicionar de
forma correta e dar destinação
adequada a cada tipo de resíduo,
com o objetivo de conquistar
qualidade e consequentemente
melhoria nos resultados econô-
micos e ambientais através dos
métodos empregados, além de
contribuir com doações a ins-
tituições de caridade, recebe-
rão a certificação Selo Verde.
A metodologia do programa
é avaliada pela Druck Chemie
por intermédio de visitas téc-
vedores, o AlkoGreen oferece
aos usuários flexibilidade, alto
potencial econômico e segu-
rança, com redução dos riscos
para o meio ambiente e para a
saúde dos operadores. Além
disso, a empresa oferece tam-
bém serviços de gerenciamen-
to de resíduos industriais com
destinações ambientalmente
adequadas, baseados em Nor-
mas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT),
com aprovação e licenciamento
dos órgãos ambientais regula-
mentadores de acordo com os
estados em que a empresa atua.
Indo mais além, em 2006, a
Druck Chemie desenvolveu
o Selo Verde, certificação am-
biental concedida a clientes da
empresa que comprovam o em-
prego de ações sustentáveis em
suas etapas de produção. “Este
programa foi uma iniciativa
da empresa, com desenvolvi-
mento da alta administração e
participação dos clientes com
aplicação de pesquisa de merca-
do”, explica a responsável pelo
departamento de meio ambien-
te da empresa, Priscila Olante.
SELO VERDE
De acordo com a Druck
Chemie, o Programa Selo Ver-
de foi criado com o objetivo de
nicas, nas quais são avaliados
os itens indicados no progra-
ma. O Selo Verde é homolo-
gado e registrado legalmente
como marca Druck Chemie.
Para participar do Plano de
Certificação do Selo Verde,
conforme informado pela em-
presa, os clientes deverão se
enquadrar em alguns requisi-
tos. Cumprindo estas regras, a
Duck Chemie envia adesivos
do Selo Verde para serem utili-
zados pela empresa certifcada.
9
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com10
O gráfico brasileiro Mario Amaya encon-
trou um modo divertido e interessante de
experimentar e brincar com as marcas mais
famosas do mundo criando a série Logo
Mashup, onde misturou logotipos, marcas e
símbolos de gigantes da indústria mundial.
A gente propõe um joguinho. Repare como
a nossa mente encontra uma certa dificulda-
de em ler o nome da marca em um logo que
remete a outro. Vocês conseguem dizer o que
pertence a quem? Saber o que foi trocado?
Logo MashupMario Amaya mostra a impor-
tancia de um bom logotipo para uma empresa, com uma
simples brincadeira.
12
Acelerador para o Pacote Adobe Creative 4
tos do pacote CS4 (Photoshop,
After Effects e Premiere Pró)
algumas funções que permi-
tem tirar proveito de toda a
capacidade de processamento
desta nova placa. Certamen-
te, este “casamento” dará ao
usuário ganhos de desem-
penho muito significativos.
A Quadro CX é uma placa
com especificações generosas.
Sai de fábrica com 1.5 GB de
memória DDR3, com 192 co-
res de processamento paralelo
(CUDA), com resolução má-
xima de 2.560 X 1.600 e saídas
para DVI (dual link), Display
Port e Stereo, assim como su-
porte para OpenGL 2.1, Di-
rectXIO, SLI Frame rendering,
Genlock/Framelock, Frame
synchronization, SDI e suporte
a cores em 128-bits. Tanto de-
sempenho e tamanho requerem
uma entrada de energia à parte,
comum em outros modelos da
família Quadro. Traçando um
paralelo, a Quadro CX é na re-
alidade uma Quadro FX 4800,
tendo como diferenças básicas
o suporte para saídas SDI do
Premiere Pró e After Effects
e o plugin para compressão de
A Nvidia, muito conheci-
da por suas linhas de placas
GForce (voltada para jogos) e
Quadro (voltada para aplica-
ções profissionais, que exigem
performance em vídeo), lançou
no final de 2008 uma nova pla-
ca chamada Quadro CX. Sua
GPU (Graphics Processing
Unit / Unidade de Processa-
mento Gráfico) foi desenvol-
vida especialmente para aten-
der às necessidades da nova
linha de produtos Adobe CS4.
Por sua vez, a Adobe desen-
volveu para alguns dos produ-
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Nvidia Quadro CX
vídeo, chamado RapidHD. Mas
se o usuário precisar da saída
SDI é necessário a aquisição de
uma placa para esta finalidade.
PODER PARA O
PHOTOSHOP CS4
É justamente no Photoshop
CS4 que as vantagens no uso da
GPU da Quadro CX, se tornam
mais interessantes. Basicamen-
te os ganhos de desempenho
estão associados à performance
da viewport, através das ferra-
mentas de Zoom, Rotate e Pan.
Quando utilizamos uma pla-
ca de vídeo comum para dar
um Zoom na imagem, o que
geralmente temos como res-
posta de vídeo é um atraso e a
necessidade de aguardarmos a
imagem se formar. A imagem
vai dando uma espécie de soco
e pulando de X em X, em re-
lação a porcentagem do Zoom.
Ao realizarmos a mesma ope-
ração com a placa Quadro
CX o que temos é um Zoom
contínuo de forma constante
e suave, sem nenhum soco na
imagem, independentemente
do tamanho da mesma. Mesmo
quando aplicamos um Zoom
por janela, o resultado é ins-
tantâneo, sem nenhuma espera
para a regeneração da mesma.
Também no caso do efeito Pan,
quando levamos a imagem de
um lado para o outro, ela vai de
forma contínua sem nenhum
soco, respeitando inclusive a
intensidade em que puxamos o
pan com o cursor. Este recurso
lembra, de certa forma, o modo
que navegamos em alguns ce-
lulares com a tecnologia tou-
ch screen, tal como o iPhone.
O recurso de rotação de
imagens só era possível atra-
vés de cálculo de rotação do
canvas. Dependendo do tama-
nho da imagem, isso poderia
levar a uma espera excessiva.
Agora, com a nova ferramenta
de rotação utilizando a GPU,
isso é feito em tempo real
sem nenhum cálculo. Muito
parecido com o recurso pre-
sente há algumas gerações no
Painter, isso irá ajudar muito a
pintura e retoque de imagem
para qualquer nível artístico.
Outros dois recursos interes-
santes que devemos destacar
são as letras com completa sua-
vização das bordas e o recurso
pixel grid, que surge a medida
que aplicamos zoom na ima-
gem, criando um grid automá-
tico em volta de cada pixel da
imagem, facilitando a visualiza-
ção individual de cada um deles.
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
TECNOLOGIA
ALTO DESEMPENHO E
ALTO CUSTO
Apesar dos recursos inte-
ressantes, é de se esperar que
a Adobe amplie em futuras
versões de sua Creative Suíte
a compatibilidade com a GPU
da Quadro CX. Por outro lado,
principalmente para o con-
sumidor brasileiro, o acesso
a uma placa como a Quadro
CX requer um grande investi-
mento. Esta verdadeira Ferrari
das placas de vídeo tem custo
superior a US$ 4.000. Deste
modo, o equipamento no qual
a placa será instalada deverá
estar no mesmo nível da placa,
como um Dual Xeon Quad-
Core, além de contar com um
mínimo de 4 GB de RAM.
Ainda assim, isso não será em-
pecilho para empresas e pro-
fissionais para os quais o alto
desempenho é fundamental.
Francisco Tripiano Filho
13
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com14
Entrevista: Don Clark
Sócio de seu irmão Ryan Clark no Invisible Creature, ele pro-
duz incríveis posters e capas de cd e nos da dicas sobre sua
profissão e seu sucesso. 2. O trabalho de vocês é único
e muito criativo. De onde vem
a inspiração de vocês?
Nossa inspiração vem de to-
das as formas de arte. Seja filme,
música, animação, arquitetura,
móveis ou moda. Pessoalmen-
te, sou um grande fanático mo-
dernista do meio do século e te-
nho a tendência de adorar todas
as formas de arte e design das
décadas de 40 a 70 - mas como
um studio nós realmente gos-
tamos de nos aprofundar em
vários estilos. Isso mantem o
trabalho fresco e o mis impor-
tante - nos mantem interessa-
dos nos projetos. A beleza está
em muitas coisas (de um skate
a uma Verner Panton chair) -
nós não conseguimos evitar
tentar um pouco de cada coisa...
3. Você poderia descrever
para nós o processo típico de
design de vocês, o workflow
de vocês quando iniciam um
design?
Nós geralmente começa-
mos com alguns rascunhos e
insides dos conceitos. A par-
tir daí o rumo das coisas pode
ser diferente, com os extremos
sendo: diretamente ao design
final (quando todos ficam fe-
lizes) ou - refinar, refinar, re-
finar e ... arruinar. Nós leva-
mos um tempo para entender
isso, mas ninguém disse que
um artista comercial sempre
acerta. Realmente depende
do projeto, e em geral, temos
tido sorte de trabalhar com
diretores de arte maravilhosos
que tendem a nos dar bastante
1. O que fez você iniciar na
carreira de artista e designer?
Sou sócio do meu irmão
Ryan no Invisible Creature.
Nós temos um pequeno stu-
dio no topo da Queen Anne
hill em Seattle e fazemos isso
“profissionalmente” por apro-
ximadamente 10 anos. Nosso
avô foi ilustrador da NASA por
quase 28 anos e nosso pai é um
famoso ‘woodworker’. Nós fa-
zemos esse tipo de coisa desde a
primeira vez que conseguimos
segurar um lápis, lego ou gui-
tarra -- e nunca tivemos vonta-
de de fazer outra coisa. Somos
extremamente agradecidos ao
que chamamos de “trabalho”.
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
POSTERS
15
liberdade. Não podemos re-
clamar muito. Ok, na verdade
não temos do que reclamar.
4. Quais são suas ferramen-
tas, hardware e software?
Powermac G5, iMac, Cin-
tiq, Wacom tablet & Ado-
be Creative Suite, papel,
lápis e muito Starbucks.
5. Na sua opinião, quais são
os prós e contras de ser um
designer?
Prós: é o trabalho dos so-
nhos. Contras: é o trabalho
dos sonhos mas não descan-
so. Sempre tem alguma coi-
sa perambulando na minha
cabeça - e em todas as horas.
6. Quais são seus projetos
futuros?
Estamos nos aprontando
para lançar um novo site e loja -
e estamos bastante empolgados
com isso. Em relação a trabalho
de cliente - sempre estamos tra-
balhando em alguns projetos.
Além disso, estamos traba-
lhando atualmente em algumas
peças para a Target,apparel de-
signs para Nike e vários posters
e ilustrações de esporte tam-
bém. Estamos nos divertindo
bastante - e estamos gratos por
estarmos sempre ocupados.
7. E para encerrarmos, quais
são seus 5 websites favoritos
e porque?
360 Modern [ww.360modern.
com] - Sou um viciado em
arquitetura moderna e con-
temporânea e esse site mos-
tra casas a venda na área de
Seatle. Um site muito legal.
Grain Edit [www.graine-
dit.com] - Um ótimo we-
bsite focado em graphic
design, ilustração, tipo-
grafia, arquitetura e mais.
Drawn! [www.drawn.
ca] - Site Canadense incrí-
vel focado em várias for-
mas e estilos de ilustração.
Mr. Fun [http://web.mac.
com/floydnorman] - Blog pes-
soal de Floyd Norman. Floyd
foi um artista de estórias da
Walt Disney nos anos doura-
dos da animação e mostra suas
experiências e alguns insights
do seu passado e presente.
Sleevage [www.sleevage.com] -
Website muito legal que mostra
a arte das embalagens de música.
16 Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Alex Trochut é um designer gráfico freelancer
de Barcelona. Ele ama tipografia e ilustração. Não
escolhe nenhuma como preferência, mas particu-
larmente, gosta quando as duas coisas são apresen-
tadas em conjunto. Acredita que a sentença desse
princípio seria “Mais é Mais”. O Designer não es-
colhe um estilo em particular porque gosta de se
expressar e de se comunicar através de cada proje-
to, e essa é a idéia que mais o interessa no design:
“Todo projeto nos força a ver uma nova si-
tuação e a nos adaptar para expressá-la”.
O melhor dos dois mundos: Tipografia e Ilustração
Alex Trochut
18
design até que comecei minha
carreira em Elisava, Barcelona.
New Wave - Você já trabalhou
com muitas grandes mar-
cas, como é isso para você?
A pressão e a liberdade são
diferentes?
AT - Quando uma grande
marca te liga, eles sabem exa-
tamente o que eles querem de
você porque, de alguma manei-
ra, você já provou que é capaz
de fazê-lo. Mas claro, é como
uma grande prova, a pressão
é muito diferente. Você deve
estar aberto a mudanças e ser
capaz de adaptar durante o pro-
cesso. Acho que o mais impor-
tante é não desistir do resultado
e não ficar muito “apaixonado”
pela ideia que você teve, olhan-
do para as sugestões de forma
positiva, mas às vezes é difícil.
New Wave - Você tem um
processo criativo? Como você
chega a formas tão coloridas
e ousadas?
AT - É bem randômico meu
processo. Às vezes baseio uma
ideia somente na motivação
Alex Trochut foi um dos pri-
meiros designers confirmados a
participar do TMDG 2009. Ele
nasceu em 1981 em Barcelona
e estudou design gráfico e em
2007 já começou seu trabalho
como freelancer e ilustrador.
Seu estilo vai claramen-
te contra o “menos é mais” e
seus projetos são sempre ri-
cos em detalhes e um rebus-
camento na medida certa. Seu
trabalho tipográfico impres-
siona pelo aspecto quase pal-
pável. Ele mesmo diz que é
“movido pelo desejo de cons-
tantemente se desenvolver”.
O design é de família, já
que ele é neto de Joan Tro-
chut, que desenvolveu a fonte
Super Veloz, a quem ele reco-
nhece como grande influência.
New Wave - Como você
começou em design e ilust-
ração?
Alex Trochut - Comecei
como qualquer estudante, que-
rendo trazer minha criatividade
em trabalhos comerciais, mas
confesso que não sabia nada de
Entrevista:
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
PORTIFÓLIO
19
visual, como um exercício de
estética. O que me ajuda no
momento de criação é ouvir mú-
sica, especialmente eletrônica.
New Wave - Você tem algum
trabalho que guarde em um
lugar especial no seu cora-
ção?
AT - Fiquei muito feliz com o
“10 ways to get a job” e a capa
“Hyper spectrum“.
New Wave - Como é a cena
de design em Barcelona?
AT - É um ambiente muito
condensado e intenso para uma
pessoa criativa. A cidade respira
design, mas em condições du-
ras, no entanto. Os clientes ge-
ralmente não dão nem tempo
nem dinheiro e você tem que lu-
tar para descobrir como eles vão
permitir uma abordagem mais
criativa nos projetos. É grande
mix entre pessoas que desejam
criar e a realidade da cultura
do design, mas temos criado
designers muito competentes.
New Wave - Designers que
você admira?
AT - Designers americanos
como Rick Griffin, Herb Lu-
balin, e Milton Glaser, e tenho
gostado muito dos trabalhos de
Steve Harrington, Dan Funder-
burgh, Raza Uno, Jethro Hay-
nes, Mario Hugo, Aaron Horkey,
PMKFA, Brendan Monroe,
Mars-1, Jeremy Fish, Marian
Bantjes, Si Scott, SerialCut,
Inocuo The Sign, e Emil Kozak.
New Wave - É sua primeira
vez falando na América do
Sul, quais são suas expecta-
tivas?
AT - É uma grande hon-
ra porque ouvi muitas coi-
sas boas sobre o Trimar-
chiDG. Estou muito ansioso
- num bom jeito e curioso para
aprender mais sobre o país.
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
Notícias mostram que o livro está no epicenttro de um processo de mudanças em
sua produção, oferta e disponibilização.
Há mais de dez anos fala-
se em todo o mundo sobre o
declínio dos livros em papel e
sua substituição pelos meios
digitais, considerado por mui-
tos como um fato concreto e
inevitável. Na realidade, essa
substituição tem sido bem mais
lenta do que o previsto pelos
arautos da digitalização e ainda
que possamos entender que ela
gradualmente se dará, os dois
meios seguirão convivendo por
muito tempo. Ao longo deste
ano, no entanto, uma seqüên-
cia de notícias mostra que o
livro está, mais do que nunca,
no epicentro de um processo
de mudanças em sua produ-
ção, oferta e disponibilização.
A primeira delas se refere
às estatísticas divulgadas pela
Bowker, entidade responsável
pela emissão dos ISBNs nos
EUA, que mostra um extra-
ordinário crescimento no nú-
mero de títulos sob demanda
ou baixa tiragem publicados
em 2008. Nada menos do que
132% sobre 2007. E mais: pela
primeira vez o número desses
títulos superou a quantidade
de títulos lançados tradicional-
mente, 285 mil contra 275 mil.
Essa constatação é um marco
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Livros e Impressão Digital: cada vez mais feitos um para o outro.
Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
PROCESSOS DE IMPRESSÃO
bém estamos vendo no Brasil o
surgimento de novos negócios
nessa linha com vários anún-
cios como a Singular da Ediou-
ro, o site Clube de Autores para
autoedição, e no setor gráfico
a nova divisão digital da Prol,
o relançamento do GB Mídia
da Bandeirantes, a nova área
da Digipix, entre outros, que
vêm se juntar à pioneira Fábri-
ca de Livros do Grupo Edito-
rial Scortecci, além do reforço
da produção digital dentro das
gráficas de editoras como a
Ibep, FTD e Record. Sem dú-
vida, é todo um movimento no
caminho da produção digital,
minimizando estoques, mate-
rializando títulos esgotados e
permitindo o surgimento de
novos autores com a autoe-
dição. Já não era sem tempo.
Pelo lado do meio digital
tivemos no exterior, há dois
na produção de livros sob de-
manda com impressão digital e,
se ratificada neste ano, será sem
dúvida a confirmação irrefu-
tável das tendências de cresci-
mento desse tipo de produção.
Outra notícia interessante foi
a divulgação do inicio das ope-
rações da Espresso Book Ma-
chine, um equipamento com-
pacto, com software específico
da empresa OnDemandBook -
ODB - para a produção in loco
de livros sob demanda em lojas,
livrarias e bibliotecas, com a dis-
ponibilização de um extraordi-
nário acervo de mais de 85 mil
títulos de livros ativos dos catá-
logos de 12 das mais prestigio-
sas editoras internacionais. Veja
só, produção in loco do que está
sendo vendido. Será que pega?
Reforçando o crescimento da
impressão digital de livros tam-
21
22 Edição 1 - 2010 - www.revistanewwave.com
meses, o lançamento, com
muito barulho, do novo Kin-
dle DX da Amazon, um e-
book com tela mais ampla e
mais funcionalidades, fazendo
aumentar as vozes daqueles
que apostam no fim do papel.
Colocando mais lenha na fo-
gueira, em junho o Sr. Schwar-
zenegger - sim, ele mesmo, o
Arnold - anunciou o fim dos
livros didáticos impressos nas
escolas governamentais califor-
nianas, sendo substituídos por
livros disponibilizados em telas
e, segundo ele, sem custo, o que
causou perplexidades e dúvidas.
Uma pela ousadia da mudança,
outra pelo valor divulgado do
custo do livro impresso para
o governo, em torno de 100
dólares e por fim pela falta de
explicação de como o conteúdo
digital não terá custo se ele ne-
cessita de computador, progra-
mas, editor, autor etc. Extermi-
nador do futuro é assim mesmo.
Enfim, o livro está, como
disse antes, no epicentro de
todo um processo com várias
vertentes. Uma a da democra-
tização da oferta e produção
com a enorme variedade de tí-
tulos e autoedição. Outra pela
digitalização da oferta e meios
de leitura, ainda que incipien-
te agora, mas que continuará
crescente. Por fim, a consta-
tação que a impressão digital
começa a tornar-se o processo
mais adequado de produção de
livros em papel fora os best-
sellers, seja pela eliminação
de desperdício com estoques
obsoletos, seja pela possibili-
dade da diversificação da pro-
dução com tiragens a partir de
um, seja pelo desenvolvimento
das novas tecnologias como
as novas rotativas inkjet, que
proporcionarão diminuição
dos custos de produção para
tiragens de até cinco mil livros.
Tudo isso representa a
constatação do título. Livros
e impressão digital: cada vez
mais feitos um para o outro.
Harmilton Terni Costa