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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE RELATÓRIO (EM ELABORAÇÃO) TÉCNICO DA PESQUISA: TRABALHADOR DO TURISMO E A COVID-19 NO RIO GRANDE DO NORTE Coordenação: Prof. Dr. Cesar Sanson - Departamento de Ciências Sociais (UFRN) Profª. Drª Luana Junqueira Dias Myrrha - Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (UFRN) Ms. Moema Hofstaetter - Doutoranda Departamento de Turismo (UFRN) Natal, 2020

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

RELATÓRIO (EM ELABORAÇÃO) TÉCNICO DA PESQUISA:

TRABALHADOR DO TURISMO E A COVID-19

NO RIO GRANDE DO NORTE

Coordenação:

Prof. Dr. Cesar Sanson - Departamento de Ciências Sociais (UFRN)

Profª. Drª Luana Junqueira Dias Myrrha - Departamento de Demografia e Ciências

Atuariais (UFRN)

Ms. Moema Hofstaetter - Doutoranda Departamento de Turismo (UFRN)

Natal, 2020

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Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 2

METODOLOGIA.............................................................................................................................. 3

RESULTADOS ................................................................................................................................. 5

Perfil dos respondentes ............................................................................................................ 5

Análise da Renda ....................................................................................................................... 8

Análise das percepções ........................................................................................................... 16

Análise das contaminações ..................................................................................................... 16

CONSIDERAÇÕES ......................................................................................................................... 17

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INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os resultados da pesquisa “Trabalhador do turismo e a

Covid-19 no Rio Grande Do Norte”. A justificativa pela escolha desse grupo de

trabalhadores deve-se a importância do turismo na economia norte-rio-grandense. A

pesquisa coletou os dados nas principais cidades de visitação turística no Rio Grande do

Norte (RN) por meio de um questionário on-line entre trabalhadores e trabalhadoras

formais e informais.

O objetivo geral da pesquisa foi identificar os impactos da pandemia da Covid-19

nas condições de trabalho dos trabalhadores do Turismo no Rio Grande do Norte (RN).

Os objetivos específicos tiveram a intenção de analisar: (i) o perfil dos trabalhadores

formais e informais do turismo, considerando as características demográficas e

socioeconômicas e as atividades dos trabalhadores formais e informais antes da

pandemia; (ii) análise da renda, considerando a renda dos trabalhadores formais e

informais antes e durante a pandemia, a realidade do trabalho durante a pandemia, a

jornada de trabalho diária e semanal dos trabalhadores formais e informais, a

complementação da renda, seja através do auxílio emergencial, de atividades extras, ou

de ajuda solidária, além do número de dependentes; (iii) análise das percepções, através

do medo da contaminação e das expectativas referentes ao futuro do turismo.

O questionário circulou via redes sociais e WhatsApp entre os dias 14 a 22 de

julho de 2020 e a maior participação foi de trabalhadores e trabalhadoras que atuavam

nas cidades de Natal, Extremoz e Tibau do Sul, antes da pandemia da Covid-19. O método

de pesquisa utilizado foi a “bola de neve”, onde integrantes de diferentes redes sociais

respondem ao questionário e o encaminham para outras redes. Cabe a ressalva que essa

metodologia não utiliza a técnica de amostragem aleatória e, por isso, é representativa

apenas dos respondentes da pesquisa. Contudo, seus resultados podem ajudar a

compreender como está a vida dos trabalhadores do turismo no RN durante a pandemia

da Covid-19. O questionário on-line foi elaborado e respondido por meio da ferramenta

Google Forms.

Participaram da pesquisa, após respostas validadas, 209 trabalhadores e

trabalhadoras. Do total de respondentes, 24,9% se declararam trabalhadores formais (com

carteira assinada), 42,1% se declararam trabalhadores por conta própria (sem carteira

assinada) e, 33% declararam ser trabalhadores por conta própria, mas que pagam

contribuição previdenciária (MEI, outros). Optou-se por um questionário de investigação

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das condições de trabalho antes e durante a pandemia, para oportunizar o cruzamento de

dados e aferir o impacto da pandemia na vida do conjunto desses trabalhadores.

PALAVRAS-CHAVE: trabalhadores do turismo; condições de trabalho; Covid-19.

METODOLOGIA

O questionário online foi elaborado pelo Google Forms com linguagem acessível

aos trabalhadores para permiti-los responder sem a presença de um entrevistador. Para a

maioria das perguntas haviam as alternativas de respostas, mas com a possibilidade do

respondente relatar em um campo aberto outra situação não prevista nas respostas

disponibilizadas. As perguntas referem-se (i) às ocupações dos trabalhadores do turismo

(jornada de trabalho, formas de vínculo, local de trabalho e remunerações); (ii) às

características demográficas dos trabalhadores; (iii) às alternativas de renda e o acesso

aos benefícios governamentais por parte dos trabalhadores; (iv) às percepções sobre a

doença e o futuro do turismo e, (v) à utilização de EPI's durante o transcorrer do trabalho.

O público alvo foram os trabalhadores e as trabalhadoras que exerciam alguma

atividade no setor de turismo no RN, antes da pandemia da Covid-19. Por se tratar de um

grupo específico e escondido, na medida em que não se tem uma listagem (ROL) de todos

os trabalhadores do Turismo no RN com telefone ou endereço, que permitiria selecioná-

los aleatoriamente e encontrá-los, não foi possível utilizar as técnicas de amostragens

aleatórias. Para chegar até esse grupo, a metodologia adotada foi a bola de neve (snowball

sampling), em que um respondente(a) indica o(a) outro(a) (VINUTO, 2014). Os primeiros

respondentes foram pessoas chaves, chamadas de sementes na metodologia bola de neve,

que tinham contatos de outros trabalhadores do turismo no RN, foram eles: uma ex

recepcionista bilingue de hotel, atual artesã; um bugueiro, que tinha contatos de

bugueiros, balseiros e barraqueiros de Maxaranguape e Tibau; o presidente do sindicato

dos bugueiros, que enviou o formulário online para a categoria; uma turismóloga e ex

trabalhadora de agência de turismo e, uma guia de turismo.

Assim, as sementes dispararam o questionário online via redes sociais e

WhatsApp, solicitando que cada respondente faça o mesmo, divulgando o questionário

nas suas redes pessoais e, assim, sucessivamente. A pesquisa esteve aberta a respostas,

entre os dias14 a 22 de julho de 2020, quando ainda se mantinha a maioria do comércio

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do Estado do RN fechado, em função do isolamento social, associado aos decretos

estadual e municipais necessários, em função da indisponibilidade de leitos para acolher

as pessoas acometidas pela Covid-19, e da grave situação de transmissão comunitária do

vírus da Covid-19, naquele momento.

No total a pesquisa alcançou 221 respostas, das quais 209 foram consideradas

válidas. As respostas válidas incluem apenas aqueles indivíduos que disseram trabalhar

com atividades realcionadas ao turismo no RN, antes da pandemia da Covid-19. O

Gráfico 1 demonstra a quantidade de respostas válidas por dia. A maioria respondeu no

primeiro e terceiro dia (14 e 16 de julho) da pesquisa em campo. Em seguida, houve uma

redução significativa, mesmo com a divulgação no portal de Notícias da UFRN no dia 20

de julho. A quantidade de respostas passou a declinar consideravelmente alcançando

apenas uma no dia 22 de julho. Essa queda indicou a saturação por não conseguir mais

respostas, então, decidimos por encerrar o questionário no dia 22.

Gráfico 1 – Número de respostas por dias ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do

Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Cabe informar que a nossa pesquisa está dentro da área de ciências humanas e

sociais e de acordo com a Resolução 510 de 2016, que rege as pesquisas da área. Não

houve necessidade de registro e avaliação pelo sistema de Comitês de Ética em Pesquisa

e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP), pois não há a identificação

dos participantes. Além disso, essa pesquisa prevê a formação de banco de dados, cujas

informações serão analisadas de forma agregada, sem possibilidade de identificação

individual.

0

65

23

68

21

1510

3 3 1

13/JUL 14/JUL 15/JUL 16/JUL 17/JUL 18/JUL 19/JUL 20/JUL 21/JUL 22/JUL

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O grupo dos trabalhadores que declararam que trabalham por conta própria e

recolhem contribuição previdenciária através da legislação do MEI ou outro mecanismo

(33%) estão classificados neste relatório como ‘informais ampliados’. Entretanto, para

efeitos da análise dos resultados da pesquisa, esse grupo encontra-se incorporado ao grupo

dos informais. Essa opção metodológica deve-se ao fato que ambos os grupos – informais

e informais ampliados – têm condições de trabalho similares como, ausência de renda

pré-estabelecida, jornada de trabalho irregular, atividades intermitentes, ausência de

férias remuneradas, 13º salário, assim como, ausência de outras garantias protetivas ao

direito do trabalho que são estendidas apenas ao que possuem contrato de trabalho formal.

A categoria dos trabalhadores informais é heterogênea, mas o que a define em

contraposição aos formais é a precariedade de direitos em que se situam (KREIN, 2017;

FILGUEIRAS e DRUCK, 2004; ARAÚJO, 2011). Outra similitude entre os informais e

os informais ampliados verificada na pesquisa, está relacionada ao fato de que ambos

exercem as mesmas atividades, o que não os diferencia em termos das condições

cotidianas de trabalho.

RESULTADOS

Perfil dos respondentes

A Figura 1 apresenta o perfil dos respondentes da pesquisa. Responderam ao

questionário 209 trabalhadores e trabalhadoras do turismo, sendo que do total, 72% são

homens e, 28% são mulheres. A estrutura etária revela que metade (62%) dos

respondentes tem mais de 40 anos. Chama atenção a participação de homens com mais

de 60 anos, que correspondem a 11% dos entrevistados. Esses trabalhadores se encontram

no grupo de risco de adoecimento e morte pela Covid-19, sendo, o exercício das suas

atividades durante a pandemia, bastante arriscado. A idade mais avançada corrobora com

os dados de tempo de serviço na atividade, onde é observado que quase 40% dos

entrevistados trabalham há mais de vinte anos nas atividades de turismo. Os dados sobre

raça revelam que 46% se declararam branca, 38% pardos, 12% preta, 2% indígena e 2%

amarela. Quanto a escolaridade, percebe-se que 56% dos entrevistados possuem no

máximo o ensino médio completo. A informação acompanha as bases de dados do IBGE,

que apontam que a maioria dos trabalhadores informais, que também são maioria entre

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os respondentes da pesquisa, tem dificuldade de acesso ao ensino superior. Certamente,

uma das razões para a não continuidade dos estudos e, por conseguinte, o não ingresso no

ensino superior, é a necessidade do trabalho precoce, desde jovem, para contribuir ou

garantir a subsistência pessoal e/ou familiar.

Figura 1– Características demográficas e socioeconômicas dos respondentes ao questionário

online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os

dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Com relação as ocupações, houve uma gama de atividades reportadas pelos

respondentes, tanto para as atividades formais quanto para as informais. A informação

ocupacional da atividade informal, relacionada ao turismo apresentada no Gráfico 2,

revela que a atividade bugueiro foi a mais frequente, para 41,4% dos respondentes,

seguida pelos serviços de translado individual (Taxi e Uber), com 10,2% de participação

e,na sequência, pela atividade guias de turismo, com 9,6% das respostas. Os bugueiros,

símbolo do turismo norte-riograndense, encontram-se entre as ‘categorias’ mais atingidas

pela pandemia, uma vez que as suas atividades foram interrompidas integralmente.

2,4%

46%

2%

38%

12%

Raça/cor

Amarela

Branca

Indígena

Parda

Preta

1%

6%

8%

8%

33%

17%

26%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

SEM INSTRUÇÃO E MENOS DE 1 ANO DE ESTUDO

ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO OU EQUIVALENTE

ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO OU EQUIVALENTE

ENSINO MÉDIO INCOMPLETO OU EQUIVALENTE

ENSINO MÉDIO COMPLETO OU EQUIVALENTE

ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO OU EQUIVALENTE

ENSINO SUPERIOR COMPLETO OU MAIS

Escolaridade

0,25 0,15 0,05 0,05 0,15 0,25

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos ou mais

Idade e sexo

homens mulheres

3,8%

14,8%

19,1%

23,4%

38,8%

MENOS DE 01 ANO

ENTRE 1 E 5 ANOS

ENTRE 5 E 10 ANOS

ENTRE 10 E 20 ANOS

MAIS DE 20 ANOS

Tempo de trabalho no turismo

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Gráfico 2 – Atividades dos trabalhadores informais do turismo, antes da pandemia, que

responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio

Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Entre os trabalhadores formais, a pesquisa revela que a maioria dos respondentes são

do setor de alojamento e alimentação. Do total dos respondentes formais, 21,2% deles

trabalhavam como recepcionistas e 13,5% como gerentes de hotéis e ou restaurantes.

Igual percentual, de 13,5%, contabiliza a categoria dos agentes de viagem, também

significativa entre os trabalhadores formais (Gráfico 3).

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Gráfico 3 – Atividades dos trabalhadores formais do turismo, antes da pandemia, que

responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio

Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Análise da Renda

Os resultados da pesquisa indicam que houve queda drástica e abrupta de renda

entre os trabalhadores do turismo. De acordo com o Gráfico 4, antes da pandemia,

considerando o total dos trabalhadores respondentes, apenas 0,6% não tinham nenhuma

renda e, com a chegada da pandemia, tomando como referência o mês de junho, esse

percentual passou para 48,8%, ou seja, quase a metade dos trabalhadores da amostra,

ficaram sem renda. Pelos dados percebe-se que, antes da pandemia, 52,6% desses

trabalhadores ganhavam de meio até dois salários mínimos, praticamente o mesmo

contingente que ficou sem renda no mês da pesquisa. Outro dado impactante pode ser

observado na faixa dos trabalhadores que ganhavam de dois a cinco salários mínimos.

Antes da pandemia 36,4% dos trabalhadores se enquadravam nesta faixa salarial, sendo

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que apenas 6,2% de trabalhadores conseguiram manter este rendimento durante a

pandemia.

O impacto maior ficou entre os trabalhadores informais, em que 57,3% ficaram

sem nenhuma renda (Gráfico 4). O dado é alarmante quando comparado com o percentual

anterior a pandemia, no qual menos de 1% não detinha renda mensal. A chegada da

pandemia também impactou a renda dos trabalhadores com carteira assinada. Se

anteriormente 78,9% ganhavam acima de 1 salário mínimo, esse contingente se reduziu

a 32,7%. Além disso, 23,1% dos formais declararam não ter nenhuma renda, durante a

pandemia.

Gráfico 4 – Renda dos trabalhadores formais, informais e total, antes e durante a pandemia, que

responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio

Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

23,1%

0,6%

57,3%

0,5%

48,8%

1,9%

11,5%

1,3%

14,6%

1,4%

13,9%

19,2%

32,7%

13,4%

10,2%

14,8%

15,8%

46,2%

23,1%

35,0%

8,9%

37,8%

12,4%

21,2%

5,8%

41,4%

6,4%

36,4%

6,2%

11,5%

3,8%

8,3%

2,5%

9,1%

2,9%

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

FO

RM

AIS

INF

OR

MA

IST

OT

AL

nenhuma renda

Até 1/2 salário mínimo (até R$522,50)

Acima de 1/2 até 1 salário mínimo (acima de R$522,50 até R$1.045,00)

Acima de 1 até 2 salários mínimos (acima de R$1.045,00 até R$2.090,00)

Acima de 2 até 5 salários mínimos (acima de R$2.090,00 até R$5.225,00)

Acima de 5 salários mínimos (acima de R$5.225,00 )

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A pulverização dos empregos entre os trabalhadores formais justifica a acentuada

redução da renda. Dos 52 trabalhadores com carteira assinada que responderam à

pesquisa, 48,1% foram demitidos, ou seja, praticamente a metade deles (Gráfico 5). Entre

as razões da demissão, 24% desse contingente o foram porque a empresa fechou e, outros

72% foram dispensados para reduzir as despesas da empresa, em função da pandemia

Covid-19. Entre o restante, 30,8% declararam que permaneceram no emprego e, 21,2%

afirmaram que tiveram o seu contrato de trabalho suspenso (Gráfico 5).

Entre aqueles com contrato suspenso, 08 (73%) afirmaram que a renda permanece

a mesma e 03 (27%), que houve redução de renda. A suspensão de contrato é facultada

as empresas que aderiram ao programa federal na esteira das Medidas Provisórias 928 e

936, medidas estas, que permitem vários arranjos, como negociação do banco de horas,

férias, parcelamento salarial, adiantamento de feriados e redução de salários por parte da

empresa e, recomposição do restante, pelo programa federal. A hipótese provável é que

os acordos tenham protegido a massa salarial da maioria, utilizando-se dos mecanismos

facultados pela legislação específica na pandemia. Contudo, entre os 15 (30,8%)

respondentes que permaneceram trabalhando, a redução dos salários foi mais frequente.

Destes, 8 (53%) afirmam que tiveram redução de renda. Uma hipótese para esse caso, é

de que a redução esteja associada a livre negociação entre empregador e empregado,

hipótese essa, reforçada, pelo fato de que todos trabalhadores envolvidos nesta situação

trabalham em empresas que não empregam mais do que 20 trabalhadores.

Gráfico 5 – Respostas dos trabalhadores formais à pergunta: “Durante a pandemia da Covid-19,

você foi demitido?”, questionário online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no

Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

28,8%

48,1%

23,1%

Não

Sim, fui demitido

Tive o contrato suspenso

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Outro dado impactante revelado pela pesquisa e que confirmam os dados

anteriores, diz respeito a queda vertiginosa da jornada de trabalho. A jornada de trabalho

convencional entre os informais, antes da pandemia, era diversificada, pois o maior

movimento de turistas e nativos nas praias ocorrem nos finais de semana e feriados.

Mesmo com a concentração deste volume de público aos fins de semana, mais da metade

dos trabalhadores informais (53,5%) trabalhavam entre 06 e 07 dias por semana (Gráfico

6). Com a pandemia, a jornada semanal de dias trabalhados cai de forma brusca. Do total

dos trabalhadores informais, 65,6% afirmaram não ter trabalhado nenhum dia no mês de

junho.

Entre os trabalhadores formais, 71,2% dos respondentes declararam que, antes da

pandemia, a jornada de trabalho era concentrada em 6 dias na semana. Vale lembrar que

o vínculo empregatício, de quem tem carteira de trabalho assinada, geralmente exige 44

horas semanais de trabalho, do trabalhador. No entanto, 53,8% destes trabalhadores

formais declararam que, durante a pandemia, não trabalharam nenhum dia. No caso dos

trabalhadores formais, o não trabalho está associado ao desemprego e a flexibilização dos

contratos de trabalho em função do período e da realidade imposta pela pandemia.

Nos dois casos, ao se analisar o não trabalho, seja pela demissão ou flexibilização

do contrato de trabalho (formais), seja pela redução da jornada de trabalho, ocasionada

pela diminuição de público a ser atendido (informais), é preciso levar em consideração,

que a pandemia criou uma nova realidade no mundo do trabalho, e de forma exponencial

no mundo do trabalho do turismo, uma vez que, para o turismo acontecer, é premente que

haja deslocamentos, viagens, e o trabalho tanto dos trabalhadores e das trabalhadoras

formais, assim como dos(as) informais, está relacionado à chegada dos turistas e ao

atendimento aos turistas. Se não há viagens e, portanto, deslocamentos, não há o turista.

E se não há o turista, temos a quebradeira de hotéis, de pousadas, de restaurantes, de bares

e lanchonetes, de shoppings de artesanato, entre outros. Se não há o turista, os

trabalhadores do turismo de sol e mar, camelôs, barraqueiros, balseiros, bugueiros, para

citar alguns, passam a depender, para viabilizar o seu trabalho, exclusivamente dos

moradores da localidade ou do entorno, que no mês de junho (base da pesquisa), auge da

pandemia no RN, estavam em isolamento social, associado aos decretos estadual e

municipais.

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Gráfico 6 – Jornada de trabalho semanal dos trabalhadores formais, informais e total, antes e

durante a pandemia, que responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do

Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

A redução de horas trabalhadas por dia acompanha a redução de dias trabalhados

durante a semana. Pelos dados agregados percebemos que 62,7% dos respondentes não

trabalharam “nenhuma hora por dia” durante a pandemia. Quando consideramos o

período anterior, percebe-se que quase 90% dos respondentes trabalhavam mais de 7h

por dia. De acordo do o Gráfico 7, antes da pandemia, a maioria dos trabalhadores com

carteira assinada (65,4%), trabalhavam entre 7hs e 8h59, ao passo que, entre os informais,

para quase metade (49%) dos respondentes o tempo mais frequente foi 9h ou mais de

trabalho por dia. Este resultado reforça o papel protetivo da formalidade na jornada de

trabalho. Com a pandemia, as horas trabalhadas por dia caíram de forma abrupta para

todos os trabalhadores e, a maioria, passou a não trabalhar nenhuma hora, como é possível

observar para 51,9% dos formais e 66,2% dos informais (Gráfico 7).

53,8%

65,6%

62,7%

21,2%

46,5%

14,0%

40,2%

15,8%

71,2%

19,2%

24,2%

8,3%

35,9%

11,0%

7,7%

5,8%

29,3%

12,1%

23,9%

10,5%

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

FO

RM

AIS

INF

OR

MA

IST

OT

AL

Nenhum dia 1 a 5 dias 6 dias 7 dias

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Gráfico 7 – Jornada de trabalho por dia dos trabalhadores formais, informais e total, antes e

durante a pandemia, que responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do

Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Diante da nova realidade imposta pela pandemia da Covid-19 aos trabalhadores

brasileiros, o congresso aprovou o auxílio emergencial, destinado aos trabalhadores

informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, cujo

valor é de R$600,00 reais por pessoa e pode chegar a R$1800, por família, dependendo

dos critérios de elegibilidades. O objetivo é fornecer proteção emergencial no período de

enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus – Covid-19. Entre os

trabalhadores informais respondentes, público alvo do auxílio, o mesmo foi acessado por

64,3%, ou seja, dos 157 entrevistados, 101 acessaram o auxílio (Figura 2). Importante

destacar que 11 (7%) tentaram, mas não conseguiram e 3 (1,9%) estão com pedido em

análise. A maioria absoluta, como atestam os dados anteriores, ao ficarem impedidos de

exercerem a sua atividade e, consequentemente, encontrarem-se sem renda, tiveram nesse

auxílio, um amparo para a subsistência. Como a coleta de dados foi realizada em meados

de julho, e o pagamento do auxílio iniciou-se em abril, metade (50,5%) dos trabalhadores

51,9%

66,2%

62,7%

9,6%

2,5%

3,8%

1,9%

5,3%

5,8%

3,8%

10,2%

2,5%

9,1%

2,9%

65,4%

23,1%

38,2%

12,1%

45,0%

14,8%

28,8%

11,5%

49,0%

15,3%

44,0%

14,4%

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

ANTES DA PANDEMIA

DURANTE A PANDEMIA

FO

RM

AIS

INF

OR

MA

IST

OT

AL

Nenhuma hora Máximo de 4h59 Entre 5h e 6h59 Entre 7h e 8h59 Mais de 9h

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informais já tinha recebido mais de 02 parcelas, enquanto 31,7% haviam recebido duas

parcelas e 18% apenas uma parcela (Figura 2).

Figura 2 – Respostas às perguntas “Durante a pandemia da Covid-19, você recebeu o auxílio

emergencial do governo federal (o auxílio de R$ 600,00)?” e “Quantas parcelas já recebeu?”, ao

questionário online da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do

Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Outras questões investigadas pela pesquisa, no que tange à renda durante a

pandemia, referem-se ao exercício de outra atividade (outro trabalho) e a existência de

algum apoio financeiro ou material. De acordo com a Figura 3, 80,9% dos participantes

da amostra, responderam que não estão realizando nenhuma atividade de

complementação de renda. Entre os que exercem alguma atividade para complementar

renda destaca-se o grupo de ‘venda de comida’, ‘venda de alimentos’ e serviços de

translado individual, provavelmente atividade de uber e serviços de taxi. Por outro lado,

mais da metade (54,5%), informou receber algum tipo de apoio financeiro ou material,

que inclui o apoio de familiares, amigos, igrejas, sindicatos, prefeitura, etc.

Figura 3 – Respostas às perguntas “DURANTE a pandemia da Covid-19, você exerceu ou está

exercendo alguma outra atividade, outro trabalho, que complemente sua renda?” e “DURANTE

a pandemia da Covid-19, você recebeu ou está recebendo algum outro tipo de apoio financeiro

ou material (alimentação, medicamento, outros)?”, ao questionário online da pesquisa

“Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho

de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

3; 1,9%28; 17,8%

14; 8,9%

101; 64,3%

11; 7,0%

Recebeu auxílio emergencial?

Está em análise

Não

Não me enquadro noscritérios

Sim

Tentei mas não consegui

18; 17,8%

32; 31,7%

51; 50,5%

Quantas parcelas recebeu do auxílio emergencial?

1 parcela

2 parcelas

mais de 2 parcelas

169; 80,9%

40; 19,1%

Realizou outra atividade?

Não realizou outraatividade

realizou outra atividade

95; 45,5%114; 54,5%

Recebeu algum tipo de apoio financeiro ou material?

Não recebeu

Recebeu apoio

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Por último, cabe destacar a quantidade de dependentes dos trabalhadores do

turismo no RN, respondentes da pesquisa e que estão sem nenhuma renda. Os dados

revelam ainda mais a dramaticidade do impacto da pandemia, considerando que, dos 102

trabalhadores que disseram não ter tido renda advinda do trabalho, 67,2% são

responsáveis por dois ou mais dependentes (Gráfico 8).

Gráfico 8 – Quantidade de dependentes dos trabalhadores do turismo que estão sem rendia

durante a pandemia, que responderam ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do

Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Os dados obtidos pela pesquisa ora apresentada, corroboram as tendências

indicadas pela pesquisa nacional Pnad Covid19, criada a partir da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, que acompanha o mercado de

trabalho brasileiro. A coleta de dados que ocorreu de 28 de junho a 07 de julho de 2020

revela o aumento da taxa de desocupação da População Economicamente Ativa - PEA

(12,3%); o crescimento do número de pessoas que deixaram de procurar trabalho por

conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade (19,4 milhões); o aumento das

pessoas que foram afastadas do trabalho devido ao distanciamento social (8,3 milhões);

o crescimento do número de pessoas que declararam que trabalharam menos horas do que

o habitual (27,3%) e, de pessoas ocupadas que tiveram rendimento menor do que o

normalmente recebido (35,9 %). A pesquisa Pnad Covid19 mostra que, no período

pesquisado, 43% dos domicílios brasileiros receberam auxílio emergencial no valor

14,7%

18,6%

27,5%25,5%

13,7%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 1 2 3 4 OU MAIS

quantidade de dependentes

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médio/domicílio de R$ 881,00. No Rio Grande do Norte o número de domicílios que

receberam o auxílio emergencial foi de 56,1%.

Análise das percepções

Duas perguntas sobre a percepção do trabalhador foram feitas. A primeira, em

relação ao medo de contrair a doença da covid-19 e, a segunda, sobre o futuro do turismo.

Era de se esperar que a maioria respondesse que tem medo da doença, o que de fato

ocorreu entre 63% dos respondentes. Contudo, chama a atenção, que quase um quarto

respondeu que não tem medo e, 13% disseram não saber opinar. Sobre o futuro do turismo

no RN, 33,5% opinaram que não têm ideia. Do total dos respondentes, 34,4% disseram

que irá piorar, 21,5% que irá melhorar e, 10,5%, que o turismo será como antes. Se

considerarmos as repostas dos que afirmam que não tem opinião e dos que afirmam que

irá piorar, percebe-se certo pessimismo com o cenário futuro do turismo no RN, ou no

mínimo, uma insegurança sobre como será e quanto tempo levará para se reestabelecer

minimamente.

Figura 4 – Respostas às perguntas “Você tem MEDO de se contaminar com o coronavírus no seu

trabalho?” e “Você acha que o turismo no RN voltará a ser como antes?”, ao questionário online

da pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14

e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

Análise das contaminações

A última investigação da pesquisa refere-se à contaminação dos respondentes e seus

familiares ao vírus da Covid-19. A proporção de respondentes que declararam ter algum

familiar contaminado é expressiva. Do total da amostra, 42% afirmaram que algum

familiar foi contaminado pelo coronavírus, o que indica que a doença chegou perto de 87

respondentes. E em 12 deles, a doença se manifestou.

50; 24%

28; 13%131; 63%

Você tem MEDO de se contaminar com o coronavírus

no seu trabalho?

Não

Não tenho opinião sobreisso

Sim

70; 33%

45; 22%

72; 34%

22; 11%

Você acha que o turismo no RN voltará a ser como antes?

Não tenho opinião sobreisso

vai melhorar

vai piorar

vai ser como antes

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Figura 5 – Respostas às perguntas “Algum familiar foi contaminado pelo coronavírus?” e “Você

foi contaminado pelo coronavírus?”, ao questionário online da pesquisa “Trabalhadores do

Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte”, entre os dias 14 e 22 de julho de 2020.

Fonte: Pesquisa online Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do Norte

CONSIDERAÇÕES

Este relatório teve como objetivo apresentar um panorama geral das informações

coletadas pela Pesquisa “Trabalhadores do Turismo e a Covid-19 no Rio Grande do

Norte”. Contudo, o questionário é extenso e tem outras variáveis e cruzamentos para se

explorar. Por isso, este relatório permanece em elaboração e em breve vamos

disponibilizar mais alguns resultados.

194; 93%

3; 1%

12; 6%

Você foi contaminado pelo coronavírus?

Não

Prefiro não dizer

Sim

119; 57%

3; 1%

87; 42%

Algum familiar foi contaminado pelo coronavírus?

Não

Prefiro não dizer

Sim