Mídia e corpo
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Mídia como moderadora do corpo feminino: uma reflexão sobre corpo e
feminilidade.
Nathani Mirella Valvazori dos Reis
Linguagem e Comunicação
Prof. Orientador: Fábio Messa
PIBID Mídia-Educação nas escolas do litoral do PR
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“No corpo estão inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica, por ser ele o meio de contato primário
do indivíduo com o ambiente que o cerca” (DAOLIO, 1995)
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Conceitos:
“Corpo moderno, perde o caráter uno, dividindo-se em dois - matérias física e a parte abstrata representada pela alma” (ROSÁRIO);
“Corpo pós-moderno é a própria fragmentação, parte-se em pedaços, divide-se e adquire sentido” (ROSÁRIO).
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O corpo feminino utópico se cria a partir do discurso produzido pela sociedade, de fato, ao tratar deste corpo instituído ideal, tratamos de um objeto que existe apenas no discurso. Sua representação se dá a partir de recortes que impõem sua modelagem para fora do simbólico no qual se encontra.
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“Mesmo o corpo que se constrói na resistência tem a norma como referente” (BRAGA, 2003)
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A apresentação do corpo nas mídias é fragmentada. Na capa de uma revista de moda, por exemplo, estão dispostos os ícones de maneira separada, cada box trata de uma tema (ou parte) quando apresenta a leitora o corpo discursivo e sua construção.
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“O corpo feminino é tematizado constantemente na imprensa feminina, através da proposição de ações sobre a geografia do próprio corpo, corpo este criado pela narrativa midiática, modificando
seus contornos, alterando suas cores, etc., tornando-o objeto passível de melhoramento, que visa otimizar sua performance como instrumento
de ação social” (BRAGA,2003)
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Até a chegada de uma mulher a uma capa de uma revista existe uma pasteurização, onde são adaptados a este suporte corpo os signos que ressaltam a feminilidade que tornam a determinada mulher desejada aos olhos do discurso da sociedade.
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O corpo fragmentado é composto de signos que produzem sentido que dão identidade ao sujeito (as marcas de sua história como indivíduo) saídas de seu contexto privado e expostas a sociedade que o reconhece pela composição de seus signos em seu corpo.
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Essa feminilidade precisa ser afirmada para estabelecer a relação do desejo por sobre a imagem da mulher construída durante a produção da capa de revista, pois o corpo por si só não configura o ideal pleno da instituição de feminilidade que se impõe a mulher, na imagem da capa contém a união dos signos que se encontram separados e as afirmações através dos discursos paralelos de construção do gênero.
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O que se percebe ao observar a necessidade de pasteurização e a introdução dos signos instituídos femininos a modelo que estará na capa, é que o que se vende na verdade não é o corpo, e sim, a feminilidade que trás consigo seu discurso de desejo.
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“Na medida em que este processo midiático colabora e reforça matrizes culturais já existentes, articulo este fenômeno discursivo à problemática
mais geral da definição dos papéis sociais de gênero em nossa sociedade” (BRAGA, 2003)
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Bibliografia:
DAOLIO, Jocimar. Da Cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995. 1999. p39BRAGA, Adriana. Corporeidade Discursiva na Imprensa Feminina: um estudo de editoriais. p1, p3.NATANSOHN, Graciela. O corpo feminino como objeto médico e mediático.ROSÁRIO, Nísia Martins do. Corpo em tempos de pós-modernidade: semiose ilimitada.