Metodologia da Problematização. Passo-a-passo da Metodologia da Problematização.
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FACULDADE INAP
Design Gráfico
Carolina Estanislau de Oliveira
Denival de Oliveira Silva
Felipe Cecílio Pereira
Octavio Amuchástegui Roca
DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE VISUAL DA MARCA
BHD+ COMO RECURSO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
SOCIAL
Belo Horizonte
2012
Carolina Estanislau de Oliveira
Denival de Oliveira Silva
Felipe Cecílio Pereira
Octavio Amuchástegui Roca
DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE VISUAL DA MARCA
BHD+ COMO RECURSO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
SOCIAL
Trabalho de graduação interdisciplinar
apresentado à faculdade INAP como pré-
requisito parcial para conclusão do II Módulo,
sob a coordenação da professora Cristiane
Linhares e a orientação dos demais
professores.
Belo Horizonte
2012
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 3
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4
2.1 – Conceito de Design 4
2.2 – Conceito de Design Gráfico 5
2.3 – Identidade Visual 7
2.3.1 – Elementos do sistema de Identidade visual (SIV/PIV) 9
2.4 – Marca 10
2.5 – Sinalização 11
2.6 – Cor 12
2.6.1 – Propriedade das Cores 13
2.7 – Tipografia 14
2.8 – Semiótica 16
3 - PROCESSO METODOLÓGICO 17
3.2 – Conceito da Marca 18
4 - CONCLUSÃO 21
REFERÊNCIAS 22
3
Palavras-chave: identidade visual, sinalização, Belo Horizonte, design gráfico.
1 - INTRODUÇÃO
Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, foi fundada 12 de dezembro de 1897 e tem
aproximadamente uma densidade de 7 177,65 hab./km² o que torna-a relativamente nova e
com grande quantidade de habitantes. Nos últimos anos, Belo Horizonte tem crescido muito
rapidamente, tanto em infraestrutura urbana como em oferta para a população, sendo uma
cidade onde a maioria do turismo é de negócios por causa das grandes empresas que
instalaram-se no território nos últimos anos, encontra-se grande oferta cultural, noturna e
gastronômica.
O crescente desenvolvimento de Belo Horizonte traz consigo o problema de
aproveitamento da cidade e a necessidade de reeducação social da população, para conseguir
assim um melhor uso dos espaços públicos urbanos, visando a necessidade de gentileza e o
respeito por meio da integração.
Apresenta-se como problema de pesquisa a ser resolvido como parte da estratégia
para fomentar estas mudanças na cidadania:
Como desenvolver, desde a perspectiva do design gráfico, a identidade visual da
marca BhD+ e pictogramas de sinalização, de forma que a empresa que propôs esta tarefa,
consiga comunicar com o belorizontino gerando identificação e pertencimento, visando na
fácil interpretação e leitura para assim contribuir a uma consciência de mudança de
comportamento, sentindo-se atraído a fazer um uso ativo e responsável da cidade?
4
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - CONCEITO DE DESIGN
Design é meio pelo qual se planeja, projeta, desenha, cria, esquematiza, inventa e
executa. É a materialização daquilo que foi imaginado, possibilitado pela pesquisa e
direcionado para o uso. Cabe ao designer reunir os melhores pontos da idéia e modificá-la de
modo que sua aplicação seja satisfatória para o usuário e seu meio.
O design possui diferentes vertentes, tendo seu projeto direcionado para diferentes
áreas a fim de simplificar, dar apelo estético e fazer as coisas mais funcionais. Dentre tantos,
pegamos alguns deles como exemplo: o design de produto que visa desenvolver de forma
estratégica novos produtos a serem lançados no mercado; o design de ambientes que relaciona
homem e espaço, buscando soluções para o dia-a-dia; e o design gráfico que especificaremos
melhor no tópico seguinte.
5
2.2 - CONCEITO DE DESIGN GRÁFICO
Utilizando os meios de comunicação impresso e digital, consiste em aplicação de
elementos gráficos que formam uma determinada composição se baseando em ideias e
conceitos, com base na transmissão de informação através de estímulos visuais, levando em
conta essa capacidade que possuímos de converter símbolos em linguagem pode se dizer que
o inicio dessa comunicação visual se da na pré historia aonde o homem se utiliza de desenhos
simplificados pra informar e contar historias, a evolução da linguagem visual e da capacidade
humana de compreende-la através dos tempos bem como o surgimento da escrita e outros
artifícios tornaram esses elementos visuais indispensáveis para a comunicação. A construção
da tipografia de Johann Gutenberg em 1450 padronizava a escrita e tornava possível a
reprodução de volumes de forma mais eficaz, assim como o surgimento da fotografia em 1826
que viriam a ser amplamente utilizada no design gráfico, ele passa a receber durante o historia
diversas influencias dos estilos artísticos, porem devendo ser analisado fora do panorama da
historia da arte.
O design gráfico como é conhecido viria a tomar forma apenas no século XIX, a
Revolução Industrial trazia novos conceitos, em uma sociedade em que a produção seriada
incitava o consumo desenfreado, nesse ponto o design é reconhecido como algo de grande
importância, tanto na produção quanto na divulgação do que era produzido. O design gráfico
encontra raízes no pintor holandês Piet Mondrian, primeiro artista a separar o design da artes
clássicas, alem do fato de que alguns dos seus quadros são tidos como referência na
construção de grids modernos utilizados ainda hoje na publicidade, outro movimento de
importância foi o Arts & Crafts de William Morris, que produziu importantes obras do design
no seu movimento Private Press aonde os artistas possuíam suas próprias oficinas de
impressão.
No século XX é fundada a escola de design, artes gráficas e arquitetura, Bauhaus por
Walter Gropius em 1919, tinha sua base acadêmica no funcionalismo e racionalismo,
harmonia em contra ponto a anarquia. Em 1922 o editor de livros William Addison Dwiggins
cunha o termo “design grafico” para caracterizar os profissionais das artes graficas que até
então não possuiam nome.
6
Sucedida pela Bauhaus, temos a escola suíça, minimalista aonde menos é sempre
mais, suas construções proporcionais e geométricas, grid regidos que sustentavam formas
estáticas, propunham uma construção limpa e ergonômica, este estilo foi bastante utilizados
nas sinaléticas corporativas da época, pela simplicidade e clareza das soluções. E também o
construtivismo russo que visava por fim a arte individualista, seguindo a premissa “a forma
segue a função” começa a produzir objetos de consumo se adequando as necessidades e
criando objetos úteis para o uso.
A partir da segunda década do século XX, modernistas como Mondrian, visam fazer
da das artes visuais algo mais abstrato, valorizando mais o processo criador à própria obra.
Mas isto vai mudando de acordo que o continente americano começa a libertar novamente a
visualidade de qualquer cálculo premeditado através do expressionismo. O sentido e
significância depende totalmente do público e dessa forma aumentam-se as possibilidades de
interpretação sobre as obras. Advindo ao lúdico nas artes deste tempo, inicia-se a fase pós-
moderna; e com ela os três principais temas:
O objeto de consumo de massa da sociedade industrial (Pop Art);
O conceito, visto a idéia agora como arte, possibilitado pela comunicação de massa
como suporte e meio;
E o corpo, como meio de expressão e fundamento da expressão simbólica (Body-art).
Museus e galerias tornam-se obsoletos, visto que ruas e praças tornara-se locais da
arte acontecer (happenings e performances). O pós-modernismo através do consumo
incessante, abalou as estruturas da história da arte, trazendo total instabilidade e
desconstrução de tudo que até então havia sido construído. Desde então, toda mudança de
perspectivas dos valores e da estética vem sido refletidas não só a arte, mas como na prática
do design gráfico também.
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2.3 - IDENTIDADE VISUAL
A identidade visual é uma ferramenta importante para a obtenção de uma boa
identidade de um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço, na qual se refere à
imagem que busca-se transmitir, criando assim uma percepção por parte de um público dos
valores representados.
Na criação, estamos trabalhando com comunicação visual e a mesma exerce um
impacto imediato, pois lida diretamente com a percepção visual do ser humano. Ela pode ser a
primeira impressão frente ao seu público e influenciar diretamente no conceito que este
público irá formular a respeito da organização. Deste modo Strunck salienta que:
"As identidades visuais são um instrumento fundamental nas políticas de marketing
das empresas. São a expressão de sua individualidade e a garantia de responsabilidade perante
a sociedade. Cuidadosamente criadas e implantadas, traduzem exatamente a forma pela qual
as empresas gostariam de ser vistas por seus públicos externo, seus clientes e fornecedores, e
interno, os que nela trabalham" (STRUNCK, 1989, p. 44).
O processo de criação é complexo, sendo necessária o desenvolvimento de elementos
gráficos correlacionados com o objetivo de comunicação, pensados objetivamente e
condizentes com o público receptor, com uma visão a futuro prevendo possíveis problemas e
soluções, segundo Maria Luísa Peón (2003, p.14), é necessário a criação de um "Sistema de
Identidade Visual (SIV)" – também conhecido como Programa de Identidade Visual (PIV) –
[tal sistema] é como se configura objetivamente a identidade.
Strunck (1989, p. 14) caracteriza identidade visual como sendo "''o conjunto de
elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, idéia, produto ou
serviço". A formação do SIV é composta por elementos de identidade visual normatizados,
iniciando por:
(...) elementos básicos da identidade visual: o logotipo, o símbolo, a marca, as cores
institucionais e o alfabeto institucional, além de outros eventuais elementos acessórios, que
são aplicados em itens específicos (material de papelaria, letreiros, uniformes, sinalização,
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embalagens, gráfica ambiental etc). Estes veículos são chamados de aplicações (PEÓN, 2003,
p. 13).
De acordo com tais especificações, Pinho (1996), utilizando a terminologia como
código de identidade visual, confirma que os componentes como marca, símbolo, logotipo,
tipologia e esquema de cores fazem parte desse sistema, e ainda, conclui que eles "constituem
a assinatura da empresa e são responsáveis pela identificação visual da organização"
(PINHO,1996, p.39)
9
2.3.1 - ELEMENTOS DO SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL (SIV/PIV)
Os elementos de identidade visual podem ser divididos em elementos primários,
secundários e acessórios. Os elementos primários segundo Maria Luísa Peón "São aqueles nos
quais se baseiam todos os demais e cuja veiculação intermitente nas aplicações é essencial
para o funcionamento do sistema. São eles o logotipo, o símbolo e a marca."
Símbolo: Um sinal gráfico que substitui o registro de nome da instituição.
Logotipo: A forma particular e diferenciada com a qual o nome da instituição é
registrado nas aplicações.
Marca: O conjunto formado pelo símbolo e pelo logotipo, normatizado quanto à
posição de um relacionado ao outro e a proporção entre eles (PEÓN, 2003, p. 28).
Os secundários são "Aqueles que têm sua utilização altamente dependente da
aplicação, normalmente se enquadram aqui o alfabeto institucional e as cores institucionais."
Os acessórios "São os elementos que, normalmente, estão associados ao tipo de SIV
em questão (extenso, completo ou restrito). Existem dentro desse grupo elementos como os
grafismos, as normas para layout, os mascotes entre outros."
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2.4 - MARCA
Entende-se que através da marca, as empresas e seus produtos, diferenciam-se dos
seus concorrentes, garantindo sua identidade, assegurando suas propriedades intelectuais.
Observa-se que para uma ideia se transformar em marca, primeiramente é necessário um bom
trabalho de pesquisa, seja ela através de brainstorming, prancha conceitual, elaboração
metodológica dentre muitos outras formas que possam corresponder ao objetivo.
Quesito primordial da marca, é associar-se ao seu produto, e o auxílio de símbolos
pode cooperar para que essa associação seja estabelecida trazendo pregnância, além de que
semioticamente proporciona um maior entendimento da sua essência.
Sendo assim, marca é a representação legal de uma empresa, que tem por objetivo
trazer distinção e significado “imediato” de sua atividade.
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2.5 - SINALIZAÇÃO
Sinalização é um conjunto de sinais ou elementos que compõem a mesma. Sua
finalidade é que a informação seja inequívoca e instantânea, sendo ela totalmente centrada no
indivíduo.
O funcionamento da sinalização dá-se através da interação das mensagens visuais e a
reação do público à estas mensagens. Seu sistema de comunicação deve-se ser composto por
um código universal de sinais e símbolos, sejam eles iconográficos, tipográficos ou
cromáticos. A estratégia de comunicação da sinalização é a distribuição lógica e eficaz de
mensagens fixas ou estáticas que destinam-se à atenção voluntária e seletiva do público nos
pontos estratégicos do espaço, que pressupõem-se dilemas de comportamento. Um dos
princípios da sinalização é ter o máximo de informações com o mínimo de elementos e com o
mínimo de esforços do receptor para sua identificação e compreensão. Sua linguagem deve-se
então predominantemente ser sintética, não discursiva e evitar a retórica visual. A maneira da
sinalização conseguir pregnância é manter-se sempre consistente e coerente em sua aplicação,
sempre mantendo a forma, cor, o lado em que é colocada, além de ser diferenciada de outras
sinalizações.
Dentre essas especificidades, o projeto de sinalização do BHD+ promoverá a
eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas efetivas
para que tornem acessíveis e de fácil compreensão o intuito do projeto de apropiração do
espaço urbano.
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2.6 - COR
Cor é uma percepção visual da luz, que refletida de objetos e registrada pelos olhos
assume aspecto de cor, uma luz branca é capaz de se decompor em todas as outras cores, cada
superfície que ela atingi emite e absorve ondas de luz em diferentes frequências, cada
frequência que o olho registra representa uma cor variando das ondas compridas(vermelho)
as mais curtas (violeta).
Uma vez que a luz chega aos olhos, ela é interpretada por cones e bastonetes, um
conjunto de células localizadas na retina. Os cones são responsáveis pela identificação das
cores enquanto os bastonetes percebem apenas a luminosidade, são até 100 vezes mais
sensíveis a luz que os cones, porem registram apenas tons de cinza. Os cones se distribuem
em três tamanhos na retina, cada um responsável por captar um comprimento de frequência
especifico (altas, medias e baixas) porem é com os bastonetes que se obtém a fidelidade de
uma cor, pois ela sofre variações devida a luminosidade, até que os cones se tornem incapazes
de percebe-la.
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2.6.1 - PROPRIEDADE DAS CORES
As propriedades cores são 3, matiz, saturação e luminosidade, agindo de formas
diferentes é o equilíbrio das três que garantem a pureza da cor percebida.
O matiz, é a influencia de preto ou branco em uma cor, caracteriza-se como as
diferentes intensidades de uma cor, das mais claras as mais escuras dentro de uma escala
tonal.
A saturação, é intensidade com a qual a cor se apresenta, associada a quantidade de
luz branca presente, diz respeito a vivacidade da cor.
A luminosidade é porcentagem de luz branca com a qual a cor é percebida, com mais
ou menos brilho.
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2.7 - TIPOGRAFIA
Tipografia (do grego Typos – forma, Graphein - escrita) é o nome dado ao estudo de
criação, desenvolvimento e classificação de representações de letras e sinais contidos no
alfabeto, no panorama do design gráfico visa a construção de letras (tipos) de maneira
estruturada e conceitual seguindo padrões e referencias de estilos artísticos ou valores de uma
época com estruturas ergonomicamente desenvolvidas para uma efetiva compreensão. Tem
grande importância na disseminação de conhecimento, uma vez que a grande parte da
transmissão de informações é feita de forma textual, além de tornar possível uma reprodução
padronizada e organizada das letras.
O processo de escrita se inicia na Suméria em 3400 a.C. feita com uma gravação em
barro usando uma ferramenta de ponta triangular em uma escrita em que os símbolos são
compostos com riscos, sendo o mesmo sistema utilizado na gravação do Código de leis de
Hamurabi em 1700 a.C. Na Roma antiga inscrições feitas em pedra, convertiam símbolos do
alfabeto criado pelos fenícios em caracteres próximos aos que conhecemos sendo também
responsáveis pela criação das serifas. Os romanos utilizaram o forte apelo visual de sua arte
para tornar mais bela a escrita, sua beleza e funcionalidade acabaram lhe rendendo uma
classificação para tipografia moderna.
Outra figura histórica importante para evolução da tipografia foi o rei Carlos Magno,
que no século VIII estabelecia unidade na escrita sendo responsável pelo surgimento de um
padrão tipográfico que se propagou por toda Europa feudal e muitas outras localidades através
de expansão comercial para outras regiões.
Com o advento do papel na idade media a reprodução das letras era feita de forma
manual com uma tipografia que remetia ao gótico, esse processo iniciado nos monastérios era
complexo e demorado, todo o conteúdo textual era único sem nenhuma possibilidade de
reprodução. A prensa (ou prelo) de Johann Gutenberg foi construída em 1455, unindo uma
prensa de uvas como as usadas em vinícolas e tipos forjados em metal, individualmente. Esses
tipos metálicos eram posicionados de forma a compor todo o texto, recebiam uma tinta
especial que reduzia borrões e eram pressionados contra uma lamina de papel em branco, da
sua prensa surgia a primeira publicação com produção seriada, uma bíblia de 42 linhas, que
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possui o texto impresso dividido em colunas e uma organização muita próxima a utilizada nos
dias de hoje.
Tipografias clássicas das mais variadas passam a surgir acompanhando as
necessidades porem o processo de reprodução de Gutenberg devida sua qualidade,
permaneceu inalterado até 1811.A chegada da Revolução Industrial trazia novas tecnologias e
logo afetou a tipografia, Friedrich Konig projetava então a prensa mecânica, capaz de
produzir até 400 paginas.
O processo de escrita tornava-se cada vez mais mecânico e padronizado, com maior
controle de composição do texto e dos caracteres utilizados, atraves de avanços na
manipulação de material foto sensível surge o processo de composição a frio, aonde as letras
eram gravadas em chapas fotográficas já compostas com a ajuda de um teclado produzindo
uma forma com uma projeção de luz e em seguida reproduzidas em papel. Esse processo seria
o ponto de partida para as composições tipográficas modernas e para o processo de impressão
a tinta que facilitaria por fim a reprodução.
A tipografia sofreu esteticamente alterações levando em conta estilos artísticos e
épocas pelas quais passavam e passaram a ser estudadas e elaboradas para que fossem
esteticamente agradáveis e funcionais (legibilidade), soluções tipográficas variadas
apresentam diferentes conceitos e são extremamente importantes para ambientação e
interpretação do que é lido. Fontes como Caslon, Baskerville, Futura, Helvetica e etc são
frutos de suas relações com a estética de suas devidas épocas, baseadas no funcionalismo e no
apelo artístico. A grande quantidade de tipografias utiliza sistemas de classificação
analisando a classe de acordo com elementos que compõe a forma das letras, a mais utilizada
é a classificação VOX ATYPI criada por Maximilian Vox.
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2.8 - SEMIÓTICA
Semiotica é a ciência dos signos ou o estudo da representação de um signo, entende-
se como signo tudo aquilo que simboliza ou representa algo, baseada na capacidade de um
individuo de dar nome aquilo que esta no seu entorno, a semiótica é base para todas as
linguagens leva-se em conta que o homem pode transmitir uma mensagens através de
palavras, imagens, cheiros e etc, a semiótica nos torna possível compreender todas as
linguagens como uma coisa só, não analisando pelo ponto de vista epistemológico, a
semiótica se situa perante conceitos, ideias. Não caracterizada como ciência propriamente
dita, pode ser considerada uma vertente contemporânea da filosofia, ela é um conhecimento
formal, de aplicação pragmática.
O modelo de estudo adotado será a semiótica segundo Charles Sanders Peirce, um
dos precursores do assunto. Peirce aborda a semiótica em três etapas, primeireza, segundeza e
terceireza. Levando em conta o signo, significado e significante aonde o significante é algo
concreto, existente, um mediador material, signo a representação desse objeto e significado
que é a interpretação de um signo perante um sistema cognitivo.
A primeireza esta relacionada ao entendimento imediato de alguma coisa, o ato de
perceber algo que já exista dentro uma convenção simbólica para um individuo, tudo aquilo
que se faz presente e nos rodeia, isso aponta a necessidade de que hajam experiências
anteriores com algo para que aquilo se torne parte do que é de fato e percebido.
A segundeza esta relacionada a parte material de um signo, se refere ao objeto, a
aquilo que é real ainda que se trate de algo abstrato e será a parte existente do que esta sendo
relacionado e representado.
A terceireza esta relacionada a capacidade cognitiva de compreender os signos,
reconhecendo-os de maneira a interpretar. Ligado a elaboração intelectual, o individuo une
primeireza e segundeza a sua própria convenção simbólica e decifra o signos.
Foi Peirce quem criou a tríade semiótica, consiste em uma relação de três etapas,
aonde o objeto é a parte material, o signo sua representação e o interpretante aquele quem faz
a leitura do signo, compreendendo a essa logica é possível entender como se dão as relações
semióticas e a ordem que envolve uma relação de representação.
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3. PROCESSO METODOLÓGICO
O processo de criação da identidade visual foi baseado no utilizado no
desenvolvimento da marca das Olimpíadas Rio 2016. A partir do briefing, foi realizada uma
pesquisa visual para poder criar um mapa conceitual.
O mapa conceitual foi utilizado para conseguir determinar os pilares conceituais da
marca, assim, foi selecionado como principal o conceito de "união ativa", logo depois, os 4
pilares que sustentam este conceito foram "paixão" quem contém "aconchego" e "respeito",
"consciência" , formada por "transformação" e "sensibilidade", e "simplicidade" composta de
"identificação" e "acessibilidade" e "integração" por "dinâmica" e "social".
Criado o diagrama conceitual (fig. 1) com os pilares e sua hierarquia, atribuíram-se
imagens representativas de cada um dos quatro pilares e depois criados rafes da marca com
variadas alternativas, até chegar a solução que atendia o conceito geral da marca.
Achada a solução visual da marca BhD+ começou o processo de refinamento do
mesmo, onde foram criados padrões visuais de cor, forma e elementos e definido um estilo
visual em parte orgânico e outra racional, junto com a malha de construção e a grid, assim
como determinadas as aplicações redução e área de proteção.
Figura 1 - Diagrama conceitual
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3.2- CONCEITO DA MARCA
A marca BhD+ foi criada a partir de um conjunto de processos conceituais que incita
o belorizontino a vivenciar seu conceito; não devendo ser confundida com uma campanha,
mas vivenciada dia após dia, um processo de União Ativa. A ótica estudada é baseada na
linha artística Neodadá, onde o projeto deseja dar suporte à população, tirando-a da inércia
vivida na cidade, fazendo com que cada morador venha participar ativamente de uma
transformação, contribuindo para a apropriação de espaços urbanos.
A marca enfatiza as formas arredondadas principalmente a da letra “B” que remete a
um feto, sendo o próprio belorizontino no sentido de apropriar-se, do organismo, aconchego e
outros conceitos relacionados à assinatura visual. A partir daí, como uma ideia de cordão
umbilical, desenrola-se o “h” que desenhado de forma minúscula e orgânica, representa as
curvas e serras, a simplicidade no sentido de essencial.
O “D” da marca, diferenciado da primeira base mais curvilínea, é dotado de uma
forma mais geométrica, pensada, planejada que nos remete ao próprio Design.
Mesmo divergindo tipograficamente, as letras “B” e “h” trazem equilíbrio embasado
na forma orgânica, que se unindo com o “D”, representando o lado racional, dá à marca a
função do conceito União Ativa.
A utilização de forma estratégica das cores, otimiza a identificação e reconhecimento
da marca. A cor de uso institucional é o laranja, que em relação ao nome da cidade de Belo
Horizonte, foi considerado a tonalidade do pôr do sol que é alaranjado. A utilização dessa
tonalidade traz pregnância, boa legibilidade e compreensão das formas da marca, além de ser
uma cor quente e vibrante que com seu ímpeto nos induz à atitude e ação. Em caso de um tipo
determinado de aplicação, dispomos da cor secundária cinza 40%.
A versão em cor é a principal aplicação da marca. A marca deve sempre ser
respeitada em suas variadas circunstâncias para uma boa reprodução e visualização de caráter
qualitativo.
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A versão em preto e branco é dada quando for impossível a aplicação do logotipo
colorido, podendo também ser utilizado na diminuição de custos ou de sistemas de
reprodução.
Criada em malha de construção como foi feita, a marca demonstra proporção e
alinhamento, que necessariamente quando reproduzida se utilize de arquivos digitais. O
desenho do logotipo se dá a partir das ligações de seus componentes que com o alinhamento e
as distâncias pré-determinadas dão a sensação de equilíbrio, harmonia e entendimento
geométrico da marca.
A área de proteção visa preservar a integridade visual da marca a partir de um
afastamento mínimo de outros elementos aplicados, tais como, informações ou elementos
gráficos, que não poderão desta forma, ultrapassar o espaço delimitado. Essa distância é
determinada pelo símbolo + contido na marca e se aplica da seguinte maneira: três + acima,
três + abaixo, dois + a esquerda e dois + a direita.
É considerada proibida a aplicação distorcida da proporção padrão do logotipo, assim
como aplicações de outras cores que não seja a laranja, o branco, o preto ou cinza, o
desrespeito à área de segurança da marca, ajustes manuais na marca, baixo contraste, redução
máxima desconsiderando o limite mínimo.
Figura 2 - Marca BhD+
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A família tipográfica primária escolhida é a “Century Gothic” que melhor interpreta
e dá leiturabilidade em conjunto com o logotipo, de forma estrutural e harmoniosa. A
secundária, seguindo esta linha de leiturabilidade e harmonia é a “Futura”.
Utilizando as mais variadas formas para propagação do projeto BhD+, relacionamos
algumas aplicações possíveis através de ações e soluções gráficas para o incentivo à
apropriação dos espaços urbanos da cidade de Belo Horizonte.
a. Totem: O totem é uma peça de sinalização que identifica a marca em ambientes
externos, geralmente em lugares de destaque indicando a localização da pessoa. O formato
padrão determinado é de 1,5m x 4m, podendo ser alterado dependendo do ambiente, mas deve
sempre seguir a proporção do padrão.
b. Pictogramas: O pictograma é um modo de reproduzir informações de maneira
simplificada. Para ser facilmente identificado, o pictograma deve seguir um estilo de traços,
cores e estilos, seguindo uma linha universal para que seu entendimento seja rápido e direto.
Os pictogramas criados têm características de linha contínua e o seu desenvolvimento está
inteiramente embasado na forma orgânica da letra “h” da marca.
c. Camisas: Confeccionada para divulgação do projeto, as camisas do BhD+
proporciona tanto aos belorizontinos quanto aos turistas, a possibilidade de se apropriar da
cidade em qualquer lugar que for.
d. Outdoor e anúncio All Type: o outdoor e o anúncio all type (este constituído
apenas de texto sem ilustrações), devem dissipar o projeto de forma simples e direta, fazendo
com que os que o veem, identifiquem o projeto BhD+.
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22
4. CONCLUSÃO
Em virtude do que foi mencionado, percebe-se que as estratégias utilizadas na
fomentação do projeto BhD+, foram de encontro com as necessidades do cidadão de
envolver-se mais com sua cidade e de sentir um pertencimento maior com suas vias e espaços.
Através de propostas simples e acessíveis, o projeto BhD+ facilita para que a apropriação de
espaços urbanos, antes esquecidos e abandonados pelos governantes e cidadãos, sejam
tomados novamente por meio de estímulos gráficos.
A priori, a solução gráfica da marca BhD+, traz consigo o peso do conceito União
Ativa através de sua forma orgânica e ao mesmo tempo geométrica, proporcionando uma
aproximação e empatia do cidadão pela marca ainda que não entenda de fato seu conceito e
funcionalidade.
O projeto de sinalética, desenvolvido a partir dos movimentos e curvas da solução
gráfica da marca, prioriza o fácil entendimento do cidadão de sua função além de ter o intuito
de fazer com que ele se veja nos pictogramas idealizados.
E as ações de mídia, foi uma das maneiras encontradas de divulgar e fazer conhecido
o projeto que de certa forma não atingirá somente os belo-horizontinos, como também
cidadãos da grande BH, além de turistas.
23
REFERÊNCIAS:
PEÓN, Maria Luísa. Sistemas de Identidade Visual. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2003
STRUNCK, Gilberto Luiz. Identidade Visual: a direção do olhar. Rio de Janeiro: Europa Emp. Graf. Ed., 1989
STRUNCK, G. L. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Rio de
Janeiro: Rio Books, 2001
LEVI, Flávio. A criação de identidade visual em etapas definidas. Artigo disponível
em: http://webinsider.uol.com.br/2007/02/12/a-criacao-de-identidade-visual-em-
etapas-definidas/
SEBASTIANY, Guilherme. Por que fazer malhas construtivas?. Artigo disponível em:
http://www.sebastiany.blog.br/index.php/porque-fazer-malhas-construtivas/
STELLATO, Federico. Identidade Visual. Artigo disponível em:
http://www.slideshare.net/federicostellato/05-identidad-visual