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Ilhéus . 2013 PESQUISA EM EDUCAÇÃO II Pedagogia . Módulo 7 . Volume 3 METODOLOGIA DA Maria Elizabete Souza Couto

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Ilhéus . 2013

PESQUISA EM EDUCAÇÃO II

Pedagogia . Módulo 7 . Volume 3

METODOLOGIA DA

Maria Elizabete Souza Couto

Universidade Estadual de Santa Cruz

ReitoraProfª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro

Vice-reitorProf. Evandro Sena Freire

Pró-reitor de GraduaçãoProf. Elias Lins Guimarães

Diretora do Departamento de Ciências da EducaçãoProfª. Emilia Peixoto Vieira

Ministério daEducação

Ficha Catalográfica

1ª edição | Junho de 2013 | 476 exemplaresCopyright by EAD-UAB/UESC

Projeto Gráfico e DiagramaçãoJoão Luiz Cardeal CraveiroSheylla Tomás Silva

CapaSaul Edgardo Mendez Sanchez Filho

Impressão e acabamentoJM Gráfica e Editora

Todos os direitos reservados à EAD-UAB/UESCObra desenvolvida para os cursos de Educação a Distância da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (Ilhéus-BA)

Campus Soane Nazaré de Andrade - Rodovia Jorge Amado, Km 16 - CEP: 45662-000 - Ilhéus-Bahia.www.nead.uesc.br | [email protected] | (73) 3680.5458

Pedagogia | Módulo 7 | Volume 3 - Metodologia da Pesquisa em Educação II

C871 Couto, Maria Elizabete Souza. Metodologia da pesquisa em educação II / Maria Elizabete Souza Couto. – Ilhéus, BA: UAB/ UESC, 2013. 88p. : il. (Pedagogia – módulo 7 – volume 3 – EAD)

ISBN: 978-85-7455-320-7

1. Educação – Estudo e ensino. 2. Pesquisa – Metodologia. 3. Professores – Formação. I. Título. II. Série.

CDD 370.7

EAD . UAB|UESCCoordenação UAB – UESC

Profª. Drª. Maridalva de Souza Penteado

Coordenação Adjunta UAB – UESCProfª. Ma. Marta Magda Dornelles

Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia (EAD)

Profª. Drª. Luzineide Miranda Borges

Elaboração de ConteúdoProfª. Drª. Maria Elizabete Souza Couto

Instrucional DesignProfª. Ma. Marileide dos Santos de Oliveira

Profª. Ma. Anabel MascarenhasProfª. Drª. Cláudia Celeste Lima Costa Menezes

RevisãoProf. Me. Roberto Santos de Carvalho

Coordenação de DesignMe. Saul Edgardo Mendez Sanchez Filho

SUMÁRIO

1ª UNIDADE - A Pesquisa na Formação de Professores

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................17

2 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO NO CURSO DE GRADUAÇÃO ...........18

ATIVIDADE ......................................................................................................................................27

RESUMINDO ...................................................................................................................................27

2ª UNIDADE - A Organização e Encaminhamento do TCC

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................31

2 CONSTRUINDO E APRENDENDO COM A PESQUISA .....................................................32

3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ............................................................................41

4 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................................................50

ATIVIDADE ......................................................................................................................................64

RESUMINDO ...................................................................................................................................64

3ª UNIDADE - Para Elaborar seu TCC

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................69

RESUMINDO ...................................................................................................................................73

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................74

ANEXOS ............................................................................................................................................77

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Caro(a) aluno(a), você está encaminhando seus estudos para análise, reflexões e síntese de sua formação e aprendizagens. Lembre-se sempre que o(a) professor(a) é um(a) eterno(a) estudante, temos muito a aprender todos os dias com os nossos alunos, com o contexto e com a movimentação do desenvolvimento e da tecnologia na sociedade. Entretanto, o princípio propulsor é a pesquisa, condição que na formação de professores se constitui como princípio educativo e formativo. Assim, não podemos pensar a formação de professores distante da pesquisa; ela está inserida e é parte significativa do nosso ser e estar professor(a).

Leia este material cuidadosamente e, com a ajuda do seu(a) tutor(a), professor(a) da disciplina e o orientador(a) do seu trabalho, certamente, as aprendizagens serão frutíferas, como uma grande e bela mangueira, jaqueira, cacaueiro...

Bons estudos!

A AUTORA

Profª Dra. Maria Elizabete Souza Couto

Graduada em Pedagogia, Doutora em Educação, Professora no Departamento de Ciências

da Educação/UESC. Atua, no ensino e na pesquisa, nas áreas: formação de professores,

prática pedagógica, tecnologias educacionais e educação a distância.

E-mail: [email protected]

DISCIPLINA

METODOLOGIA DA PESQUISAEM EDUCAÇÃO II

EMENTA

Profª. Dra. Maria Elizabete Souza Couto

A pesquisa no contexto da docência e da sala de aula. A ação e reflexão do fazer docente. Acompanhamento e orientação para o trabalho de conclusão de curso/tcc.

Carga horária – 105 horas.

OBJETIVOSGERAL

• O aluno deverá compreender a importância da pesquisa na formação de professores, a sua contribuição na construção da base do conhecimento para o ensino na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e a relação entre pesquisa e prática pedagógica na trajetória docente.

ESPECÍFICOS

• Compreender a pesquisa no contexto da docência e da sala de aula.• Elaborar o projeto de pesquisa para compreender a sua contribuição na

formação de professores.• Desenvolver o projeto de pesquisa, fazendo acompanhamento e análise

de suas etapas.• Estudar e analisar os dados, considerando a aprendizagem docente por

meio da pesquisa.• Apresentar a pesquisa, fazendo reflexão de suas aprendizagens.

A PESQUISA NA FORMAÇÃODE PROFESSORES

1ª UNIDADE

1 INTRODUÇÃO

Produzir um TCC é, assim, um momento para se elaborar a tão desejada relação entre teoria e prática com propostas que abordem temáticas novas ou já estabelecidas no campo da educação.

(BELLO, 2008, p. 582)

Caro(a) aluno(a), estamos encaminhando os estudos para o momento mais rico e promissor do curso: a indagação, a reflexão, o estudo, a análise e a síntese sobre uma determinada temática que incomoda, angústia e nos move para novos estudos. Esta é a finalidade desta disciplina – Metodologia da Pesquisa em Educação II – na perspectiva de orientar a elaboração do trabalho de conclusão de curso. Você estudou, no primeiro e segundo semestres (módulos) do curso, as disciplinas Metodologia do Trabalho Científico e Metodologia da Pesquisa em Educação I, as quais apresentaram a natureza do “conhecimento” e as possibilidades de construção de novos conhecimentos por meio da pesquisa. Tais estudos deverão ser revisitados para a organização e escolha do seu trabalho de conclusão de curso. Esta unidade tem o objetivo de ajudá-lo(a) a refletir e analisar sobre a importância da pesquisa no curso de formação de professores.

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2 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO NO CURSO DE GRADUAÇÃO

Inicialmente, por que um(a) aluno(a) do curso de Pedagogia precisa fazer um trabalho dessa natureza? Pergunta feita muitas e muitas vezes... Em primeiro lugar, encontramos resposta nos documentos legais. Por exemplo, o primeiro documento é:

I - RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 15 DE MAIO DE 2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura, especialmente, nos artigos que destacamos para que você possa compreender a importância deste estudo na sua formação e na formação de professores no seu contexto mais amplo. Observe que todos os itens que se referem à pesquisa estão em negrito, para uma reflexão mais aprofundada do seu estudo.

RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 15 DE MAIO DE 2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura.Art. 3º O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética.Parágrafo único. Para a formação do licenciado em Pedagogia é central:I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania;II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional;III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino.[...]Art. 5º O egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a:[...]XIV - realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre alunos e alunas e a realidade sociocultural em

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que estes desenvolvem suas experiências não escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas;[...]Art. 6º A estrutura do curso de Pedagogia, respeitadas a diversidade nacional e a autonomia pedagógica das instituições, constituir-se-á de:II - um núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos voltados às áreas de atuação profissional priorizadas pelo projeto pedagógico das instituições e que, atendendo a diferentes demandas sociais, oportunizará, entre outras possibilidades:a) investigações sobre processos educativos gestoriais, em diferentes situaçõesinstitucionais: escolares, comunitárias, assistenciais, empresariais e outras;b) avaliação, criação e uso de textos, materiais didáticos, procedimentos e processos de aprendizagem que contemplem a diversidade social e cultural da sociedade brasileira;c) estudo, análise e avaliação de teorias da educação, a fim de elaborar propostas educacionais consistentes e inovadoras;III - um núcleo de estudos integradores que proporcionará enriquecimento curricular e compreende participação em:a) seminários e estudos curriculares, em projetos de iniciação científica, monitoria e extensão, diretamente orientados pelo corpo docente da instituição de educação superior;b) atividades práticas, de modo a propiciar vivências, nas mais diferentes áreas do campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificação de estudos, experiências e utilização de recursos pedagógicos;c) atividades de comunicação e expressão cultural.

Art. 7º O curso de Licenciatura em Pedagogia terá a carga horária mínima de 3.200 horas de efetivo trabalho acadêmico, assim distribuídas:I - 2.800 horas dedicadas às atividades formativas como assistência a aulas, realização de seminários, participação na realização de pesquisas, consultas a bibliotecas e centros de documentação, visitas a instituições educacionais e culturais, atividades práticas de diferente natureza, participação em grupos cooperativos de estudos;II - 300 horas dedicadas ao Estágio Supervisionado prioritariamente em Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, contemplando também outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto pedagógico da instituição;III - 100 horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos alunos, por meio, da iniciação científica, da extensãoe da monitoria (BRASIL, 2006. – grifos nossos).

Com base no contexto político-educacional que envolve a formação de professores da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e, também, a formação dos pedagogos pela e para a pesquisa, alguns questionamentos norteadores do

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processo de investigação fazem-se presentes. Entre eles, como se apresentam as indicações e as concepções de pesquisa no Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia? Qual o lugar da pesquisa no projeto do curso de Pedagogia? Como a pesquisa aconteceu ao longo do curso? Para respondê-los, apresentamos trechos do segundo documento, o projeto do curso, que indica a pesquisa como princípio educativo. Leia-os.

II - Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia, modalidade a distância, UESC/Bahia

A organização curricular [do curso de Pedagogia, modalidade a distância] baseará em Eixos Temáticos, estruturados de forma integrada, privilegiando o ensino, a pesquisa como princípio educativo, a extensão, as práticas pedagógicas e os estágios propiciando a produção do conhecimento, o domínio das competências para o desempenho profissional na educação básica, sem perder de vista a relação teoria-prática.Os eixos temáticos devem estar integrados e entrecruzar:

• E1 - conhecimento da educação e a sociedade;• E2 - educação e fundamentos dos conhecimentos pedagógicos;• E3 - educação, ensino, pesquisa, extensão e estágios.

Os eixos perpassarão todo o curso e serão materializados nos Núcleos Temáticos que se organizarão por disciplinas apresentando interface ou não, mas que contribuem para a compreensão da formação docente. Os Núcleos Temáticos giram em torno dos Eixos em cada módulo, na tentativa da superação e fragmentação do “aprender sobre como ensinar” e “aprender sobre como ser professor”. (KNOWLES et al, 1994). O primeiro eixo concentra-se nas áreas de conhecimento que sublinham o suporte científico para a compreensão da relação entre o fenômeno educativo e a sociedade, protagonizada pelos sujeitos – professores e alunos. Os paradigmas atuais da educação fundamentam a tarefa do ‘aprender a ser’ professor em uma visão histórica, filosófica, sociológica, antropológica, psicológica, política e cultural, além da gestão da escola, tornando mais tangível o significado de produção e construção do conhecimento face ao contexto social.O segundo eixo tem sua base no campo dos conhecimentos sobre os fundamentos pedagógicos, numa perspectiva sócio-histórica, considerando a possibilidade da interação entre o conhecimento científico e o conhecimento escolar, assinalando a dimensão da resolução de problemas, o que deve consolidar os conhecimentos que se caracterizam na dimensão do “aprender sobre como ensinar” e “aprender sobre como ser professor” (KNOWLES et al, 1994).

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O eixo amplia os estudos sobre a escola, a didática, o currículo, o projeto pedagógico desenvolvidos para diferentes instâncias do fenômeno educativo institucional. O aprender a ser professor está imerso na dinâmica da organização e estruturação do trabalho pedagógico na escola e em sala de aula e nos diferentes espaços, tempos e ritmos de aprendizagens.O terceiro eixo fundamenta-se na relação entre educação, ensino, pesquisa, extensão e estágios numa dimensão integradora da teoria e prática pedagógica. A pesquisa será o princípio educativo da formação de professores. A reflexão sobre a sala de aula ajudará na compreensão do fazer pedagógico e na execução do currículo. A prática pedagógica, a pesquisa orientada, projetos e prática de ensino serão a base do eixo e permearão os momentos de discussão, ensino, pesquisa, extensão e estágios (educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental). Os eixos orientarão o processo, não se esgotando em si mesmos, uma vez que a construção do conhecimento se dará de forma interdisciplinar. Os Eixos e os Núcleos Temáticos estarão articulados para ressignificar o conhecimento, a formação de professores, a docência, a escola, a sala de aula e a realidade sócio-cultural e educacional.Integrarão os eixos temáticos as atividades de pesquisa e extensão mediante os Seminários Integradores (realizados no final de cada módulo para compreensão, discussão, análise e reflexão da teoria e prática na formação docente) e as atividades culturais (realização de seminários, grupos de estudos, encontros, congressos etc), favorecendo a relação entre diversidade cultural, técnico-científico, informação e conhecimentos. A pesquisa será elemento para articular o currículo, sublinhando a conexão entre o mundo sistêmico e o mundo vivido pelos sujeitos imersos nos processos de aprender e ensinar.A ênfase dada à prática implica em um atributo do processo de produção do conhecimento, presente nos momentos em que trabalha a reflexão sobre o trabalho docente e naqueles em que o professor se torna o articulador da realidade e dos saberes a serem ensinados no contexto da sala de aula, possibilitando a convergência [...] (BAHIA/UESC, 2007, p. 21-23 – grifos nossos).

Nesse contexto, é importante retomar os objetivos do curso para localizar como está apresentada a pesquisa. Assim, quando aparecem as terminologias “investigação e intervenção” referem-se à pesquisa, sendo que nessa condição já está sendo pensada na pesquisa que o professor da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental (nesse caso em específico) pode e deve realizar. Leia o objetivo a seguir:

“[...] produzir conhecimento pedagógico que permita orientar novas práticas educativas, tendo por compromisso a reflexão, a investigação e a intervenção na dinâmica da sala de aula e da escola nas interfaces com a sociedade” (BAHIA/UESC, 2007, p. 17).Em relação ao encaminhamento do Trabalho de Conclusão de Curso /TCC, veja que o Projeto Pedagógico do curso apresenta:

“É um trabalho com características acadêmicas, organizado a partir de discussões sobre a formação docente e a prática pedagógica, como forma de sistematização das aprendizagens durante o curso. Sua concretização dar-se-á com o TCC que começa a ser elaborado no 7º módulo com a disciplina Metodologia da Pesquisa em Educação

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Outros questionamentos surgem e, agora, vamos tentar discutir a partir dos estudos sobre os processos formativos. Para início da discussão, recorremos à literatura nacional e internacional para situar o lugar da pesquisa no curso de formação de professores, no nosso caso o curso de Pedagogia. São muitas as possibilidades para a realização de pesquisa no campo da formação de professores e no curso de Pedagogia, na condição de professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Assim, na relação entre a pesquisa e a prática reflexiva, Lüdke et al considera quatro alternativas:

1. ver a pesquisa como uma espécie de facilitadora da prática reflexiva;

2. pensar a pesquisa como um estágio avançado de uma prática reflexiva, como um seu desdobramento natural;

3. conceber a prática reflexiva como uma espécie de pesquisa;

4. e, por fim, entender que a prática reflexiva pode e deve envolver pesquisa, ainda que as duas não sejam a mesma coisa (como em 3), nem a pesquisa seja necessariamente um desdobramento natural de qualquer prática reflexiva *como em 2). (LÜDKE et al, 2001, p. 42-42 – grifos dos autores).

II /TCC, a qual trata da orientação para o trabalho científico do aluno, e conclui no 8º módulo do curso, analisando e refletindo os resultados da aprendizagem docente no(s) estágio(s) e nas demais atividades desenvolvidas no curso. A pesquisa orientada pelo professor será a base para analisar e refletir sobre e na ação docente.O TCC será elaborado em forma de relatório, monografia, artigo científico, memorial e/ou produção/instalação multimidiática como oportunidade de descrever, registrar, relatar e analisar a trajetória e construção da docência em um curso de formação de professores na modalidade a distância. Os trabalhos serão apresentados, pelos alunos, no Seminário Integrador, podendo ser apresentado de diversas formas: mural, painel, texto impresso, produção variada de mídias (vídeos, CDROM etc.). A apresentação será presencial, com a utilização dos recursos tecnológicos” (BAHIA/UESC, 2007, p. 38).

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A prática reflexiva

Para compreender a prática reflexiva, apresentamos trechos de estudos e pesquisa realizadas por Kenneth M. Zeichner, pesquisador americano.Na década de 1980, “os termos prático reflexivo e ensino reflexivo tornaram-se slogans de reforma do ensino e da formação de professores por todo o mundo. [...].À superfície, este movimento internacional, que se desenvolveu no ensino e na formação de professores sob a bandeira da reflexão, pode ser considerado uma reacção contra o facto de os professores serem vistos como técnicos que se limitam a cumprir o que os outros lhes ditam de fora da sala de aula; ou seja, a rejeição de uma reforma educativa feita de cima para baixo, na qual os professores são meros participantes passivos. Portanto, ele implica o reconhecimento de que os professores são profissionais que devem desempenhar um papel activo na formulação tanto dos propósitos e objectivos do seu trabalho, como dos meios para atingir, isto é, o reconhecimento de que o ensino precisa de voltar às mãos dos professores. Reflexão também significa o reconhecimento de que a produção de conhecimento sobre o que é um ensino de qualidade não é propriedade exclusiva das universidades e centros de investigação e desenvolvimento e de que os professores também têm teorias que podem contribuir para uma base codificada de conhecimentos de ensino. [...].O conceito de professor como prático reflexivo reconhece a riqueza da experiência que reside na prática de bons professores. [...]Reflexão também significa o reconhecimento de que o processo de aprender a ensinar se prolonga durante toda a carreira do professor e de que, independentemente do que fazemos nos programas de formação de professores e do modo como o fazemos, no melhor dos casos só podemos preparar os professores para começarem a ensinar. [...]A actual literatura sobre a prática reflexiva no ensino e noutras profissões também nos diz que a reflexão é um processo que ocorre antes e depois da acção e, em certa medida, durante a acção, pois os práticos têm conversas reflexivas com as situações que estão a praticar, enquadrando e resolvendo problemas in loco” [...] (ZEICHNER, 1993, p. 17-20 - grifos do autor).

Este é um tipo de pesquisa que pode ser realizada pelo professor, em qualquer nível de ensino, quando é voltada para a análise da sua própria prática, podendo provocar uma prática reflexiva. Para compreender a significação de uma prática reflexiva, leia, no boxe a seguir, como Zeichner (1993), a partir de estudos, discussões e pesquisa, escreveu sobre a reflexão, a prática reflexiva e o ensino reflexivo.

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Nessa condição, pensar na possibilidade do professor realizando pesquisa é considerar que cada sala de aula é um laboratório e que cada professor é sempre um pesquisador, assim o professor é pesquisador da sua própria prática, organizando os elementos estruturantes de cada situação de ensino e, certamente, da formação docente. Podemos considerar como estruturantes da formação as situações em que o professor pode refletir, analisar, ensinar, aprender, avaliar e socializar a sua própria prática com seus colegas nos momentos de Atividade Complementar/AC na escola e em outros espaços (seminários, congressos, eventos etc.). Retome os estudos sobre a base de conhecimento para o ensino (SHULMAN, 1986; 1987) estudada no Seminário Integrador V, e, para ampliar seu repertório de conhecimento em relação à pesquisa, analise a contribuição de Stenhouse (1975, citado por CRUZ, 2004, p. 6), quando nos diz que “trabalhou para que a pesquisa fosse a base do ensino dos professores de todos os níveis, e não só da universidade”. Há mais de três décadas, estamos acompanhando as discussões sobre o lugar da pesquisa na docência, na condição do professor pesquisador quando analisa as possibilidades como seu aluno aprende, as suas necessidades, as diferenças etc.

Centrando nosso olhar no curso de Pedagogia, temos como orientações as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, as quais indicam uma formação holística, interdisciplinar, perpassando por todas as áreas de conhecimento. Nessa modalidade de ensino, o professor leciona todas as disciplinas, em uma “constante ação de reflexão teórica

Podemos notar que a reflexão é o caminho para compreender que, na escola, o professor produz conhecimento e este deve ser socializado. Bem como, se o professor tem uma prática reflexiva, seu ensino será reflexivo e, consequentemente, o aluno terá uma formação com base na reflexão. Reflita sobre essa lógica de pensamento e a contribuição que a construção de uma prática reflexiva pode produz na aprendizagem e na formação do aluno(a) e na sociedade.

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tendo a prática e a realidade educacional como seu principal elemento e objeto de estudo” (BELLO, 2008, p. 581). Este é um tipo de pesquisa que pode ser realizada, tem sua sustentação no paradigma chamado de professor-pesquisador, na qual a prática pedagógica será analisada, discutida a partir de uma teoria que indicará mudanças e outros encaminhamentos. Neste sentido, Esteban e Zacuur (2002), ao discutirem atividade de pesquisa, explicam como

[...] um fio que se entretece a todas as disciplinas trabalhadas no curso. É na pesquisa, na inserção cotidiana e nos diferentes espaços educativos, que surgem questões que alimentam a necessidade de saber mais, de melhor compreender o que está sendo observado/vivenciado, de construir novas formas de percepção da realidade e encontrar indícios que façam dos dilemas desafios que podem ser enfrentados(citado por BELLO, 2008, p. 581).

O projeto pedagógico do curso de Pedagogia/EAD/UAB/UESC indica a pesquisa como princípio educativo. Assim, a pesquisa como princípio estará presente em todo processo de formação do professor. Pensar que por meio da pesquisa você está se formando porque, cotidianamente, estará refletindo suas ações, o seu fazer pedagógico e poderá estar alimentando sua prática à medida que encontra respostas para suas indagações, construindo um novo olhar sobre a escola, os alunos, a docência, a formação docente etc. Estes são desafios que estarão sempre presentes na trajetória profissional do professor.

Em relação ao TCC, o projeto do curso indica análise e reflexão sobre a prática pedagógica nos momentos dos estágios. Mas, se você já é professor da Educação Infantil ou nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a sua experiência pode ser objeto de estudo. Muitas possibilidades!

Verificando as Diretrizes Curriculares Nacionais para

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o curso de Pedagogia e o Projeto Pedagógico do curso, o TCC configura-se como uma prática de pesquisa acadêmica, embora no curso você já tenha tido outras oportunidades de pesquisa nas disciplinas: Seminário Integrador e Educação, Corporeidade e Ludicidade. Desse modo, o TCC pode propiciar: espaço de iniciação à pesquisa; sistematização e ampliação do conhecimento e das habilidades adquiridas durante o curso, nas diversas disciplinas; a articulação entre o saber do aluno e sua especificidade de formação (objeto de estudo) (BELLO, 2008).

A pesquisa, em especial, a pesquisa na formação de professores é uma possibilidade de aproximação com a vida cotidiana do docente, em qualquer âmbito em que ele atue (modalidade de ensino – Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental, Educação do Campo, Educação Indígena e EJA; docência, coordenação e gestão), tornando-a um instrumento de aprimoramento do seu trabalho, seu conhecimento e desenvolvimento profissional. Assim,

a sua visão do mundo, os pontos de partida, os fundamentos para a compreensão e explicação desse mundo irão influenciar a maneira como ele propõe suas pesquisas, ou, em outras palavras, os pressupostos que orientam seu pensamento vão também nortear sua abordagem de pesquisa (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p. 3).

É necessário considerar que um trabalho de TCC pode apresentar temáticas novas, mas também as temáticas já estudadas em outros espaços por outros pesquisadores, o que irá diferenciar é o contexto do local da pesquisa, as suas particularidades e singularidades. Eis um diferencial da pesquisa de natureza qualitativa.

De uma maneira geral, o TCC no curso de licenciatura/ formação de professores vem configurando como uma prática de pesquisa acadêmica, mas que também deve ser enfatizada como caráter formativo.

Retomar os estudos nas disciplinas Meto-dologia do Trabalho Científico e Metodolo-gia da Pesquisa I, Fun-damentos da Docência etc.

ATENÇÃO

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Segundo estudos de Bello (2008), o TCC consiste em oferecer espaços de iniciação à pesquisa; sistematização e ampliação do conhecimento e das habilidades desenvolvidas durante o curso; e a articulação entre o saber do aluno(a) e sua especificidade de formação, isto é, cada aluno(a), durante o curso, vai construindo certa identificação em relação a um objeto de estudo. Por exemplo: a Educação Infantil, a EJA, a alfabetização, a presença das tecnologias na aprendizagem do aluno, o ensino e aprendizagem etc...

Para o autor, o TCC também pode ser uma disciplina que proporciona o momento em que o(a) aluno(a) poderá realizar uma revisão bibliográfica de determinado objeto de estudo; fazer análise conceitual; elaborar problema de pesquisa; desenvolver uma metodologia; encontrar soluções para o problema pesquisado e apresentar os resultados encontrados.

Rememorando a trajetória docente realizada no estágio da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, faça uma reflexão e enumere possíveis temáticas para seu trabalho de TCC, considerando que a pesquisa é um princípio importante na sua formação.

Esta unidade apresenta as possibilidades da pesquisa enquanto processo e princípio formativo para a docência. Entre o que está previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, o que propõe o Projeto do curso de Pedagogia/UAB/UESC e entre as discussões e reflexões de autores/pesquisadores, a pesquisa indica situações e novas possibilidades para a docência e a formação de professores.

ATIVIDADE

RESUMINDO

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Suas anotações

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A ORGANIZAÇÃO E ENCAMINHAMENTO DO TCC

2ª UNIDADE

1 INTRODUÇÃO

As práticas de escrita podem aqui ser compreendidas como ações

que constituem exercícios depensamento e como tais tenham

o efeito da produção de si, do outro e do mundo.

(BELLO, 2008, p. 585)

Esta unidade tem como objetivo ajudar na compreensão da organização de uma pesquisa – escrita do projeto e o trabalho final -, como forma de exercício do pensamento, construção da base de conhecimento para os professores da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, contribuindo para a reflexão sobre a articulação entre prática pedagógica e pesquisa.

Os fenômenos estudados na educação situam-se entre as ciências humanas e sociais, recebendo as influências e evoluções das referidas áreas. Inicialmente, a pesquisa seguia o modelo desenvolvido nas ciências físicas e naturais para explicar seu objeto de estudo. Atualmente, os pesquisadores na área da educação adotam um tipo de pesquisa que seja mais interpretativa, analítica, descritiva e contextualizada.

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2 CONSTRUINDO E APRENDENDO COM A PESQUISA

Assim, inicialmente, você precisa ter clareza sobre o tema que quer desenvolver na sua pesquisa. Na formação de professores para a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental muitos temas podem ser estudados. Faça uma reflexão sobre suas inquietações e os conhecimentos estudados no curso de Pedagogia. Quais conhecimentos gostaria de aprofundar? Quais suscitam curiosidade para verificar na escola? Qual a área da Pedagogia com que mais me identifico para atuar enquanto profissional? Qual a área em que já atuo? Em qual temática minhas inquietações estão inseridas?

Em seguida, eis alguns exemplos:

• A prática pedagógica do professor na Educação Infantil.

• A prática pedagógica do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

• A prática pedagógica do professor na EJA.

• O trabalho docente.

• As políticas públicas de formação de professores.

• A gestão da escola.

• A aprendizagem dos alunos (nas diferentes áreas do conhecimento – Alfabetização, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências...).

• A inclusão dos alunos em classes regulares.

• O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação/TICs na aprendizagem dos alunos.

• As TICs na prática pedagógica dos professores.

• As políticas (TIC, Plano Nacional do Livro Didático/PNLD, Merenda Escolar etc.) na escola.

• A organização do trabalho docente.

• A importância do jogo na aprendizagem dos alunos.

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• A importância do brincar na Educação Infantil.

• O dever de casa na aprendizagem do aluno.

• Outros...

Muitas outras temáticas estarão presentes e destas citadas, pode-se pensar em seus desdobramentos. O importante é que você consiga fazer uma reflexão a partir da sua formação e do local onde desenvolverá seu trabalho/profissão. É na relação entre teoria e prática pedagógica que encontramos o “sustento do paradigma do denominado professor-pesquisador, na qual é a sua prática pedagógica, que deverá ser analisada, pensada, refletida à luz da teoria, para nela mesma serem encontradas as suas reformulações” (BELLO, 2008, p. 581).

Depois da escolha da temática, chega o momento da escolha do tipo de pesquisa. Você deverá se perguntar: Minha pesquisa terá uma natureza quantitativa ou qualitativa? Adiantando a sua organização de pensamento, um tipo de pesquisa não substitui a outra. Elas têm características e princípios diferentes, conforme seus pressupostos teóricos. Retorne aos estudos do material impresso das disciplinas Metodologia do Trabalho Científico e Metodologia da Pesquisa I.

As pesquisas de natureza quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes sobre o objeto de estudo dos entrevistados, utilizando instrumentos padronizados (questionários). São realizadas projeções em relação a dados sobre a população que se quer representar. É comum a testagem das hipóteses da pesquisa que fornecem índices para ser comparados com outras pesquisas, originadas de outros contextos e realidades.

Para a coleta de dados, o questionário é o instrumento mais utilizado. A elaboração do questionário sempre indica questões fechadas, ou seja, o sujeito da pesquisa vai marcar uma alternativa entre as que estão propostas. Os enunciados das questões devem ser objetivos para facilitar a compreensão e,

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certamente, a resposta. “Num questionário, a informação que se obtém é limitada às respostas escritas dos sujeitos a questões pré-elaboradas”. (SELITIZ; WRIGHTSMAN; COOK,1987, p.16). Sendo assim, as respostas são limitadas porque com um questionário fechado quem o responde, nem sempre, tem a chance de explicar a sua resposta, porque o objetivo é captar o objeto de estudo a partir dos dados que são organizados em quadros, tabelas, gráficos etc.

Este é um instrumento de coleta de dados que possui suas vantagens e desvantagens. Para Selitiz; Wrightsman; Cook (1987), as vantagens são:

a) possui pouca despesa. Antes eram enviados pelo correio, atualmente, são enviados por e-mail. Quando os sujeitos são da mesma cidade, podemos entregá-lo pessoalmente e marcar a data para recebê-lo. Esta é uma anotação muito importante;

b) evita viés potenciais do entrevistador, isto é, múltiplas interpretações;

c) os informantes sentem-se mais seguros em função do seu caráter anônimo, isto é, não precisam identificar-se e, assim, podem ficar mais a vontade para expor suas ideias e pensamentos;

d) pode exercer menos pressão à pessoa que está respondendo o questionário para que ofereça resposta imediata.

As desvantagens:a) podemos distribuir muitos questionários e receber

poucos. Da quantidade de questionários entregues para serem respondidos, é necessários receber, pelo menos, 30% do seu total para que você tenha dados suficientes diante do universo pesquisado. Por isso que o sujeito da pesquisa, aquele que vai oferecer os dados para o seu estudo, deve ser bem informado sobre a importância da sua pesquisa para a construção do conhecimento e a

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explicação daquela realidade educacional e pedagógica;b) o sujeito da pesquisa terá tempo para responder as

perguntas do questionário e, assim, poderá pedir ajuda a outras pessoas, pesquisar, fazer levantamentos etc. Tais situações podem mascarar os dados. Entretanto temos que confiar na verdade dos dados que foram oferecidos pelos informantes. Os dados coletados a partir de um questionário, na

maioria das vezes, são apresentados em forma de gráficos, tabelas, quadros, expressando apenas o seu valor quantitativo (numérico), valorizando a objetividade dos dados e do objeto de estudo sem a sua contextualização.

Neste tipo de pesquisa, considera-se que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números as opiniões e informações para depois classificá-las e analisá-las. Requer o conhecimento de técnicas estatísticas (percentagem, média, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.) para leitura e conclusões dos seus dados. Assim, para a escrita de trabalho de pesquisa com essas características, é importante o referencial teórico para as interpretações e conclusões dos dados coletados que estão sempre acompanhados por tabelas e gráficos.

Uma pesquisa de natureza qualitativa tem o

ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. [...] supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada, via de regra através do trabalho intensivo de campo (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p. 11).

Para nós, professores, o ambiente natural é a escola, a sala de aula, a relação com os alunos, os pais, os colegas professores etc. O pesquisador, que será você, caro(a) aluno(a), será o sujeito de toda a mediação para a construção de novas

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aprendizagens a partir da pesquisa. O trabalho de campo é o momento da coleta de dados que, nem sempre, se esgota em apenas uma visita ao campo. Algumas vezes, dependendo do tipo de instrumento de coleta de dados escolhido, são necessárias várias visitas ao campo de estudo.

Atualmente, ou seja, a partir da década de 1980, com o avanço nas pesquisas na área da educação, a pesquisa qualitativa ganhou lugar de destaque para estudo, análise e encaminhamentos de soluções, políticas, intervenções nos diferentes campos de estudo. Segundo Lüdke e André (1986), eis algumas características da pesquisa qualitativa:

• tem o ambiente natural como fonte direta da coleta de dados;

• os dados coletados são predominantemente descritivos;• a preocupação com o processo é muito maior do que

com o produto;• o ‘significado’ que as pessoas dão às coisas e à sua vida

são focos de atenção pelo pesquisador;• a análise dos dados segue um processo indutivo.

MÉTODO INDUTIVO

Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

Exemplo:

O corvo 1 é negroO corvo 2 é negroO corvo 3 é negroO corvo “n” é negro ---------------------------- (todo) corvo é negro (LAKATOS; MARCONI, 1991, p.47).

SAIBA MAIS

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As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório, visto que estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema/objeto do estudo; lidam com a subjetividade, as motivações não explícitas de forma espontânea; e revelam o contexto e as relações das situações que nem sempre são olhadas e pensadas.

De maneira sucinta, nas pesquisas qualitativas, o importante é o que se fala sobre um tema, a voz dos sujeitos, suas ideias e pensamentos, enquanto que em pesquisas quantitativas o importante é quantas vezes é falado.

Uma pesquisa de natureza qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Isto é, o mundo real da escola, da sala de aula, da prática pedagógica, das relações com a aprendizagem etc. e o pesquisador, neste caso, é você, aluno(a), que estará desenvolvendo uma pesquisa, que não pode ser traduzida em números e percentuais; os dados são explicados e discutidos por meio de análise subjetiva. A realização desta análise, que tem a marca da subjetividade, requer uma fundamentação teórica para explicar o objeto de estudo e, assim, tentar responder à questão de pesquisa proposta.

Segundo o tema estudado, a pesquisa qualitativa pode ser identificada como:

1- A pesquisa descritiva indica a descrição e as características de determinada população ou de determinado objeto de estudo. Podendo estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Podemos inserir no modelo de pesquisa de opinião. Necessariamente, não tem como objetivo explicar os fenômenos que são descritos, entretanto, a referida descrição ajuda na explicação do objeto de estudo analisado.

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2- Estudo de caso tem sua natureza qualitativa, deve ser bem delimitado, devendo ter seus contornos bem definidos no desenrolar do estudo. Pode ser parecido com outros já desenvolvidos, mas é distinto pelas suas singularidades e particularidades (LÜDKE; ANDRÉ, 1986), isto é, representa uma determinada realidade, com suas características sociais, culturais, afetivas, pedagógicas, políticas etc.

Na formação de professores e na prática pedagógica este tipo de pesquisa é muito presente, principalmente, em relação a prática pedagógica. É desenvolvida em uma situação natural, é rica na descrição, possui um plano aberto e flexível de trabalho, focaliza a realidade de maneira complexa e contextualizada (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).Este tipo de pesquisa possui as seguintes características:

a) os estudos de caso visam à descoberta. Uma pesquisa indica que temos uma indagação – a questão de pesquisa – e vamos a campo para descobrir, conhecer mais e tentar responder aquela questão a partir do que acontece em um determinado contexto, isso porque entende que cada contexto possui as suas especificidades.

b) enfatiza a interpretação do contexto. O contexto ajuda-nos a explicar a ação pedagógica a partir de um referencial teórico.

c) indica muitas fontes para coleta das informações/dados. Pode ser um questionário com questões abertas, entrevistas, diário de campo, análise de documentos etc.

d) representa o retrato de uma dada realidade. Uma oportunidade que temos para aprender. Assim, na condição de professor e pesquisador, os contextos indicam-nos seus traços diferenciados e, por isso, não podemos generalizar os discursos.

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Para a realização de um estudo de caso é necessária a fase exploratória para conhecimento do campo de pesquisa, com um plano de trabalho ainda incipiente (para uma pesquisa também precisamos de um planejamento) que vai tomando ‘corpo’, estrutura, organização no decorrer do seu desenvolvimento. Mas é preciso delimitar o objeto de estudo, a questão de pesquisa, os objetivos, o tipo de pesquisa, a metodologia - local para a realização, os sujeitos e os instrumentos de coleta de dados. Não é um planejamento fechado e fixo, mas você precisa ter clareza do que vai fazer, onde e com quem para ir construindo o percurso da pesquisa.

Este tipo de pesquisa ajuda-nos a compreender os problemas, limites, fragilidades, condições da escola. “Ao retratar o cotidiano escolar em toda a sua riqueza, esse tipo de pesquisa oferece elementos preciosos para uma melhor compreensão do papel da escola e suas relações com outras instituições da sociedade” (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p. 24).

3- A pesquisa bibliográfica tem a especificidade em estudos de caráter bibliográfico, ou seja, você irá estudar determinada temática, fazendo um levantamento bibliográfico de determinada época. Este tipo de pesquisa requer todos os elementos de uma pesquisa – problema, objetivos, metodologia, instrumento de coleta de dados e análise dos dados coletados no material estudado. A pesquisa bibliográfica é um estudo sistematizado e desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material que está acessível e organizado em biblioteca física ou digital, museu etc. Fornece material de análise para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode ser fonte de análise para uma pesquisa específica. Neste tipo de pesquisa, as fontes bibliográficas - livros, jornais, revistas, CDROM, sites etc. - terão vozes.

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4- A pesquisa documental é realizada tendo como material para a coleta de dados os documentos que estão organizados/guardados em órgãos públicos e privados (museu, igreja, escola, fundação, centro de cultura etc.) de qualquer natureza, ou com pessoas: dados estatísticos, registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, CDROM, diários, cartas pessoais, utensílios domésticos, documentos arquivadas em igrejas, empresas públicas e privadas e outros. No contexto da escola, há vários documentos que podem ser fontes de estudos para a formação de professores e da prática pedagógica como o plano de aula, diários, registros, atas, livros didáticos, projeto pedagógico da escola etc. que se constituem em material de análise para a pesquisa. Neste tipo de pesquisa, não teremos sujeitos. As fontes – os documentos – terão vozes.

A análise documental pode ser considerada como uma técnica utilizada em pesquisa de natureza qualitativa, na medida em que complementa as informações coletadas por outras técnicas, bem como uma possibilidade de desvelar novos aspectos referentes ao objeto de estudo (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).

5- A pesquisa de intervenção é realizada quando, no projeto, o pesquisador planeja momento de intervenção, ou seja, prepara um plano de trabalho que será desenvolvido com os sujeitos da pesquisa, que podem ser professores ou alunos. Por exemplo: em uma determinada sala de aula, há alunos que não conseguiram aprender a ler e a escrever, então, você pode fazer um planejamento para ajudar a estas crianças no aprendizado da leitura e escrita, especificando o tempo que durará o trabalho. O diagnóstico ajudará na elaboração do plano de

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intervenção. O acompanhamento e a avaliação ajudarão na reflexão sobre o avanço dos alunos. Entretanto este tipo de pesquisa demanda tempo, será que você terá este tempo?

Depois da escolha da temática, o tipo da pesquisa, ainda é preciso outras escolhas: o referencial teórico, os sujeitos, onde acontecerá a pesquisa (o local/campo da pesquisa), os instrumentos de coleta de dados e as categorias de análises. A análise e a interpretação dos dados e a sua significação são básicas no processo de construção de uma pesquisa qualitativa. O ambiente natural (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Você pode fazer uma descrição dos dados. O processo de construção da pesquisa, sua coleta e análise de dados indicarão o significado do seu estudo.

Vale lembrar, também, que em uma pesquisa qualitativa pode haver dados quantitativos, contanto que estes dados sejam analisados a partir de um contexto da realidade social, cultural, pedagógica, política etc.

Assim, para coleta de dados, podemos recorrer a vários tipos de instrumentos. Importante lembrar que os instrumentos de coleta de dados têm sentido numa pesquisa quando estão bem relacionados com o seu objeto de estudo, seus objetivos e questão de pesquisa.

3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

São vários os instrumentos de coleta de dados. Dependem do tipo de pesquisa que será desenvolvida, o contexto, os sujeitos envolvidos e o tempo disponível para a realização da coleta de dados. Entre eles temos: questionário, entrevista, observação, diário de campo etc.

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Questionário

Tanto uma pesquisa de natureza quantitativa como qualitativa podem utilizar este instrumento de coleta de dados.

Numa pesquisa de natureza quantitativa, as informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isto garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. O cuidado com a clareza dos enunciados das questões é muito importante para o entendimento de quem vai responder. Com o questionário, nem sempre o sujeito o responde na presença do entrevistador, assim, na maioria das vezes, não há chance de procurar informações sobre as questões em que ficou com dúvida.

Na pesquisa de natureza qualitativa, pode-se utilizar o questionário, mas, normalmente, este possui questões abertas para que o entrevistado possa descrever, explicar, relatar etc. sua ideia sobre o tema em estudo.

A elaboração de um questionário pode ser organizada da seguinte forma:

Entrevista

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Universidade Estadual de Santa Cruz – UESCUniversidade Aberta do Brasil - UABCurso de Pedagogia

Questionário

Caro colega,

Estamos desenvolvendo uma pesquisa que faz parte do processo

de formação no curso de Pedagogia/UESC/UAB, com o objetivo

de _________________________________________________.

Contamos com a sua valiosa colaboração e agradecemos a sua

participação.

_____________________________________________________Aluno(a) do curso de Pedagogia Nome do orientador(a)

Parte I – Identificação do sujeito da pesquisa

Nome ________________________________________________

Formação_______________________Idade _________________

Tempo de serviço na docência _____________

Série/ano que leciona ____________________

OBS: Informe que o nome não será revelado. O questionário será

identificado por um nome fictício ou por numeração (Esta parte é

um lembrete para você, não constará no questionário que o sujeito

da pesquisa irá responder).

Parte II

As questões do seu questionário...

Não elabore o questionário com muitas questões, concentre-se nas

questões necessárias para coletar dados em relação ao seu objeto

de estudo/temática.

Podem constar questões objetivas e, em seguida, solicitar as

explicações, comentários etc.

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Segundo Lüdke e André (1986), a entrevista representa um dos instrumentos básicos para a coleta de dados, numa perspectiva de pesquisa de natureza qualitativa. A entrevista oferece possibilidade de interação entre o entrevistado e o entrevistador (pesquisador). Permite correções, esclarecimentos e adaptações. Uma entrevista pode ser estruturada, isto é, com questões definidas. Mas pode ser não estruturada, isto é, o pesquisador terá em mãos um roteiro de perguntas mais livres que irá orientar, podendo ser alterado conforme o encaminhamento e a interação estabelecida.

O entrevistador – você, aluno pesquisador – deverá ter capacidade de ouvir, garantindo um clima de confiança, para que o entrevistado fique à vontade para responder as questões propostas e manter o diálogo de forma tranquila.

A entrevista deve ser marcada com antecedência e gravada, mas você, pesquisador, deve pedir autorização ao entrevistado para gravação. Antes de chegar ao local da entrevista, teste seu gravador, verificando a bateria ou as pilhas. Pode, também, gravar com o seu aparelho de celular. Reveja se a bateria está carregada para não correr o risco de perder os dados e precisar remarcá-la. Todos têm um tempo muito limitado para o desenvolvimento de muitas ações e precisamos respeitá-los. Em alguns casos, o sujeito da pesquisa, aquele que será entrevistado, solicita as questões para ler antes de começar a entrevista. Não tem problema, você pode oferecer-lhe o roteiro das questões e depois inicia a entrevista propriamente dita.

Mesmo gravando a entrevista, você pode fazer suas anotações. A transcrição da entrevista deve acontecer logo após a sua realização para não perder a relação com os dados que foram coletados.

Veja um modelo de roteiro de entrevista:

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Observação

A observação é um instrumento de coleta de dados que se constitui como processo e possui critérios para seu desenvolvimento: o objeto a ser observado, o sujeito, as condições, os meios e o sistema de conhecimentos, a partir dos quais se formula o objetivo da observação (ARTON; ASCIONE, 1984, citado por BELEI et al, 2008).

As condições/critérios para desenvolver uma observação são circunstâncias através das quais esta se realiza, ou seja, é

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESCUniversidade Aberta do Brasil - UABCurso de Pedagogia

Roteiro da entrevista

Parte I – Identificação do sujeito da pesquisa

Nome __________________________________________

Formação________________________Idade __________

Tempo de serviço na docência _____________

Série/ano que leciona ____________________

OBS: Informe que o nome não será revelado. A entrevista será

identificada por um nome fictício ou por numeração (Esta parte é

um lembrete para você, não constará no questionário que o sujeito

da pesquisa irá responder).

Parte II

As questões para a entrevista...

Não elabore o roteiro da entrevista com muitas questões, concentre-

se nas questões necessárias para coletar dados em relação ao

seu objeto de estudo/temática. Dependendo do encaminhamento

da entrevista, outras questões podem surgir. Esta é a riqueza da

entrevista.

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A organização e encaminhamento do TCC

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o contexto natural ou artificial no qual o fenômeno social se manifesta ou se reproduz. Durante uma observação, você pode registrar dados visíveis que são interessantes para sua pesquisa. As anotações podem ser feitas por meio de registro cursivo (contínuo), uso de palavras-chave, checkliste códigos, que devem ser transcritos posteriormente (DANNA; MATOS, 2006, citado por BELEI et al, 2008). Você também pode elaborar um roteiro com os itens que deseja observar, acrescentando um espaço para outras anotações. Nesse espaço, vale anotar o que vai além do que você planejou.

Uma observação pode ser controlada e sistemática, tornando um instrumento fidedigno de investigação científica. Com esta característica, uma observação deve ser planejada considerando “o quê” e “o como” observar e os materiais que serão utilizados, mesmo que seja caderno e lápis(LÜDKE; ANDRÉ, 1986).

Para realizar uma observação, o pesquisador precisa ter conhecimento sobre o seu objeto de estudo para ter clareza do que irá observar no campo da pesquisa. Assim, o observador deve ser preciso com seus registros para que sejam confiáveis Deve-se olhar e registrar. Quando deixamos para fazer o registro depois, corre-se o risco de perdemos alguns dados. Muitas vezes, é preciso mais de uma pessoa para observar e registrar ao mesmo tempo, devendo haver concordância entre os registros.

Caso você escolha a observação como instrumento de coleta de dados, deve fazer um planejamento para organizar seu tempo. Deve avisar aos sujeitos, se for uma escola, avisar o(a) professora(a), gestão etc., que a observação fará parte da sua pesquisa. Marcar, com antecedência, o horário e o turno para realizá-la. Devem ser, pelo menos, de três a cinco momentos de observação. O tempo não pode ser diferente de um dia para outro. Tenha sempre o seu roteiro em mãos e, a cada observação, vá ampliando-o.

Para a observação também é necessário um roteiro:

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Segundo as normas e decisões da UESC, as pesquisas (projetos, iniciação científica e Trabalho de Conclusão de Curso/TCC) devem ser avaliadas pelo Comitê de Ética, no caso de indicarem um trabalho que envolve seres humanos, e quando a coleta de dados for utilizar questionário, entrevista e observação. No caso da educação e, em especial, no curso de Pedagogia, trabalhamos com humanos – professor, aluno, pais, gestão etc. É necessário, também, elaborar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para que seja assinado pelo sujeito da pesquisa. Se você trabalhar com 10 sujeitos, cada um assinará um termo. O modelo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido encontra-se nos anexos.

Roteiro de observação:

Local _______________________________________________

Data____________________________ Horário _____________

Tempo da observação ______________________

Observação no. ___________________________

Situações observadas (em relação ao objeto de estudo, o conteúdo

da aula etc.):

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

Eleja palavras-chave ou frases que podem nortear a sua

observação.

Em cada observação, vá ampliando o seu olhar em relação ao

objeto de estudo.

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Diário de campo

O diário de campo é um instrumento de coleta de dados que tem a marca da subjetividade, dos sentidos aguçados e do conhecimento do pesquisador para fazer as anotações a partir do seu roteiro.

Algumas perguntas devem lhe acompanhar: Por que quero utilizar o diário de campo para coletar dados da minha pesquisa? Em que fase da pesquisa vou utilizar o diário de campo? Vou utilizá-lo junto a outras técnicas de coleta de dados? Qual a importância que os dados coletados no diário de campo assumirão no meu trabalho?

O diário de campo é um

instrumento mais básico de registro de dados do pesquisador. Inspirado nos trabalhos dos primeiros antropólogos que, ao estudar sociedades longínquas, carregavam consigo um caderno no qual eles escreviam todas as observações, experiências, sentimentos, etc. [...]é um instrumento essencial do pesquisador(VÍCTORA, 2000, p. 73).

Assim, para a escrita de um diário de campo, é preciso estar atento ao objeto de estudo, aos objetivos e quais as contribuições do diário de campo para seu trabalho. Este deve ser orientado por questões norteadoras a partir de um roteiro. Para a elaboração do seu roteiro de anotações, veja o modelo:

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As vantagens de se trabalhar com o diário de campo:

1) não é uma técnica isolada de coleta de dados em pesquisa qualitativa. Você pode utilizá-la em conjunto com o questionário ou uma entrevista;

2) não precisa conhecimento aprofundado para seu uso. Basta fazer anotações das situações cotidianas em relação ao seu objeto de estudo;

3) busca a checagem das informações e explora tópicos de difícil abordagem, ou seja, capta dados que nem sempre são coletados no questionário ou na entrevista;

4) em alguns casos, amplia as informações já colhidas com outros instrumentos de coleta de dados.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Diário de campo nº _______

Data: ____/____/_____

Hora início: ____________ Hora término: ____________

Local: ___________________________________________

Atividade/Situação vivenciada (identificação):

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Observações:__________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Obs.: Escolha palavras-chave ou frases para orientar suas

anotações.

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Há também desvantagem:1) pode perder o foco e deixar passar aspectos importantes

da pesquisa, ou anotar aspectos que não fazem parte do seu objeto de estudo.

Algumas dicas para o pesquisador utilizar o diário de campo como instrumento de coleta de dados:

• não demorar na escrita do diário de campo;• escrever as anotações em lugar sossegado e tranquilo;• esboçar palavras-chave e tópicos antes de começar a

escrever. Essas palavras-chave orientam o trabalho de observação para o seu registro;

• escrever de forma cronológica, conforme as datas;• deixar as conversas e acontecimentos fluírem no papel;• acrescentar o que foi esquecido na primeira escrita;• compreender que essa técnica de coleta de dados é

trabalhosa e demanda tempo.

Caro(a) aluno(a), conforme o objeto de estudo da sua pesquisa, você pode utilizar apenas um instrumento de coleta de dados, ou seja, o questionário ou a entrevista e etc.

4 ETAPAS DA PESQUISA

Na disciplina Metodologia da Pesquisa II, você irá elaborar seu projeto de pesquisa e na Metodologia da Pesquisa III, você desenvolverá a pesquisa e escreverá seu trabalho final. É o momento do curso em que você irá refletir, analisar e discutir a articulação entre teoria e prática. Este trabalho é escrito conforme os padrões de um trabalho científico, atendendo as normas da ABNT (veja o modelo das normas da ABNT, que está postado no AVA) e apresentando uma determinada linha de pesquisa. Você terá o professor da disciplina e um orientador que irá lhe acompanhar durante todo o desenvolvimento do trabalho.

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Uma pesquisa requer, inicialmente, a fase de planejamento e a realização como um processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte forma:

1) Escolha do tema – o que desejo estudar? O que me inquieta em relação à docência, ao ensino, à aprendizagem? Qual o meu objeto de estudo?O tema expressa uma área de interesse de um assunto que você deseja pesquisar.

Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, é fazer um recorte do que deseja pesquisar, estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. A definição do tema pode surgir com base na sua inquietação em relação ao cotidiano, a vida profissional, a programas de pesquisa, em contato e relacionamento com outros professores, no feedback de pesquisas já desenvolvidas e em estudo da literatura especializada na área.

Em alguns casos, a escolha do tema deve estar relacionada à linha de pesquisa à qual você está vinculado ou à linha de seu orientador. É importante levar em conta, para a escolha do tema, as discussões atuais, a relevância, a preferência e a curiosidade para pesquisar o tema escolhido. A partir daí, você irá começar o trabalho de busca da revisão de literatura já publicada sobre o referido tema.

A escolha da temática é algo relacionado com a inquietação em relação à formação/profissão; e pode surgir a partir de indagações, tais como: Por que escolhi esse tema? O que me instiga a pesquisa sobre este tema? Elas surgem de maneira inesperada, faz parte do momento.

Às vezes, escolhemos uma temática na busca da solução de algum problema que muito nos incomoda no contexto da escola, da sala de aula, da formação etc., e pode acontecer que não conseguimos a resposta ou o encaminhamento para resolver o problema proposto.

Algumas vezes, um pesquisador, por ter uma ideia nova,

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vai fazer a revisão de literatura para a realização da pesquisa, mas descobre que já existe trabalho publicado com este mesmo objeto de estudo e, assim, a sua ideia não é mais nova. Entretanto o que pode diferenciar é o local da realização da sua pesquisa, as características, singularidades e particularidades daquele contexto.

O interesse e escolha por um tema que mereça ser desenvolvido na forma de TCC surge de diferentes maneiras: em função de seu trabalho, especialmente para quem já está na docência; momento profissional em que se encontra, pode ser uma reflexão sobre os estágios já realizados, as novas descobertas e aprendizagens; as leituras e estudos já realizados no curso; consultas a teses, dissertações a monografias em geral, disponibilizadas de forma convencional nas bibliotecas e via Internet; troca de informações e socialização de estudos com colegas e professores; preferência e curiosidade do aluno-pesquisador.

Esperamos que a escolha da temática possa proporcionar novas experiências e significados para sua formação; importância teórica e, principalmente, para a prática pedagógica; viabilidade para o acesso e coleta dos dados e informações para a finalização do trabalho proposto.

2) Justificativa – descrição da importância e da relevância da temática no contexto social (escola, sala de aula, ensino, aprendizagem, formação de professores). Pode ser apresentada na introdução do trabalho.

Nesta etapa você, irá refletir e escrever sobre a importância da realização da pesquisa com essa temática, procurando identificar as razões da preferência pelo tema e sua relevância em relação a outros temas. Pergunte-se: o tema é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos dessa temática para o contexto da sua formação, do ensino, aprendizagem etc.? Quais as vantagens, as contribuições e novas aprendizagens que essa pesquisa poderá proporcionar?

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A justificativa deverá convencer o leitor do seu projeto e, em seguida, seu trabalho final, com relação à importância e relevância da pesquisa proposta para o contexto da formação de professores, da escola, da docência etc.

3) Formulação do problema ou questão de pesquisa – nessa temática o que me incomoda? Como posso escrever em forma de uma pergunta a minha inquietação? Durante todas as etapas da pesquisa, nos estudos, na coleta e análise dos dados, você deverá sempre tentar responder a sua questão de pesquisa. Pode escrever mais de uma pergunta como questão de pesquisa. A escrita deve ser de forma simples e clara, não precisa usar palavras difíceis.

Nesta etapa, você irá refletir sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele.

Quando pensamos na questão de pesquisa, no contexto da formação e da prática pedagógica, duas abordagens entram em evidência: a) a abordagem crítica que objetiva fazer uma discussão sobre teoria e prática, considerando uma prática reflexiva (emancipatória) no processo educativo; b) a abordagem científico-educacional que vê a educação como uma ciência aplicada, com a finalidade de buscar métodos e técnicas para ensinar, pautados em palavras de ordem do momento, tais como: eficácia, avaliação, produtividade etc. (GELAMO, 2006, citado por BELLO, 2008). Assim,

a atividade de pesquisa é um fio que se entretece a todas as disciplinas trabalhadas no curso. É na pesquisa, na inserção cotidiana e nos diferentes espaços educativos, que surgem questões que alimentam a necessidade de saber mais, de melhor compreender o que está sendo observado/vivenciado, de construir novas formas de percepção da realidade e encontrar indícios que façam dos dilemas desafios que podem ser enfrentados (BELLO, 2008, p. 581).

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A escrita da questão de pesquisa deverá surgir das vivências do cotidiano escolar e das experiências que você adquiriu enquanto aluno(a) e também aluno(a)/professor(a).

4) Elaboração de objetivos - estes podem ser: geral e específicos. O objetivo geral é mais abrangente e apresenta a síntese do que pretende alcançar. Nos objetivos específicos, você pode detalhar os desdobramentos do objetivo geral e pensar no que será alcançado durante as várias fases da pesquisa. O objetivo deve expressar resultados, contribuições, condições e aprendizagens que podem ser alcançadas.

Para escrever os objetivos, você deve começar sempre com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de interpretação e chegar a possíveis resultados.

5) Revisão de literatura – levantamento do que já foi publicado sobre essa temática para leitura, análise e fichamento,visando organizar os conceitos que ajudarão na análise dos dados.

Neste momento você deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu sobre o tema escolhido? o que já está publicado sobre esse tema? quais os aspectos, pontos relevantes desse tema que já foram abordados? quais as lacunas existentes na literatura? Você poderá construir o “estado da arte”, ou seja, fazer uma revisão teórica sobre a temática.

Esta etapa - revisão de literatura - é importante porque fornece elementos para você organizar seus estudos, organizar a metodologia e não repetir as pesquisas já realizadas. Também, é este referencial teórico que irá ajudar e explicar, analisar e compreender o movimento em relação aoproblema a ser estudado.

6) Metodologia – como será desenvolvida a minha pesquisa? A escolha do tipo de metodologia deve estar relacionada com a temática – objeto de estudo – que será pesquisado.

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Esta etapa é importante para o desenvolvimento da pesquisa e para sua formação. É o momento da definição do local e de como será realizada a pesquisa. Você definirá o tipo de pesquisa, a população (universo e amostra da pesquisa), os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretende organizar e analisar os dados. População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo. A mostra é parte da população ou do universo selecionada do acordo com o seu plano de trabalho já apresentado no projeto de pesquisa, isto é, do universo – do total de alunos e/ou professores da escola com quantos você irá trabalhar (quantas pessoas responderão ao questionário ou a entrevista?).

7) O campo da pesquisa – onde será desenvolvida a pesquisa, com quem? Nesse momento, você terá mais uma escolha a fazer: o local. Pensar o local da pesquisa é considerar os aspectos do acesso à escola, à creche etc. Conforme o momento, as condições e a gestão, é necessário mudar o local da realização da pesquisa. É preciso ter calma, saber ouvir e, algumas vezes, pensar rápido. Mudar o local da pesquisa, às vezes, é preciso e bom para o desenvolvimento do trabalho.

8) Os sujeitos – com quem irei trabalhar? Crianças, professores, pais, coordenadores, gestores etc. Essas pessoas, crianças, adultos(as) fornecerão as informações que necessitamos para a realização do trabalho. O respeito ao jeito de ser, falar, expor ideias e pensamentos das pessoas é fundamental. Estamos lá para aprender com eles. A pesquisa ajudará na construção do nosso conhecimento, mas teremos no percurso muitas pessoas contribuindo. Não é um trabalho tão solitário quanto parece.

9) Coleta de dados – nesta etapa será realizada a pesquisa de campo propriamente dita. Você deverá ter clareza dos objetivos da pesquisa e o que está procurando para responder

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a sua questão de pesquisa. Para alcançar sucesso nesta etapa, duas qualidades são importantes: a paciência e a persistência para construir novos conhecimentos, novas práticas, observar, ouvir, ver o que está se passando, o que está lhe tocando, o que está acontecendo, o que está mexendo com suas aprendizagens e concepções.

Para coletar os dados, dependendo do objeto de estudo e do tipo de pesquisa escolhido, você pode decidir: será um questionário, uma entrevista, observação, farei um diário de campo? Outro momento importante que precisa de conhecimento sobre o objeto de estudo para a tomada de decisão. Na maioria das vezes, um questionário com questões abertas, para que o sujeito possa explicar, justificar, descrever é muito bom e atende ao que a pesquisa propõe. Por exemplo, você terá pouco tempo para o desenvolvimento da pesquisa e a escrita do trabalho final, assim, a elaboração de questionário com questões abertas, ou seja, que o sujeito tenha a oportunidade de expressar suas ideias e pensamentos, talvez seja a melhor opção.

10)Organização de dados – esta é a etapa mais criteriosa. Agora você irá ler os dados. Mais uma vez, lembramos que, para fazer esta leitura, é preciso conhecimento do seu objeto de estudo. Inicialmente, enumere todos os questionários ou entrevistas, por exemplo: Q1 (Questionário 1), Q2, ou P1 (Professor 1), P2 etc., ou nome fictício.

Para a organização dos dados, você poderá recorrer a recursos manuais ou computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo. Os recursos computacionais podem oferecer suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos (Excel).

Depois da leitura, você vai organizar seus dados, isto é, juntar o que está separado. Se você fez um questionário ou entrevista, retorne ao arquivo do questionário no computador e digitalize resposta por resposta de cada questionário/entrevista,

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conforme foi escrito ou falado pelo sujeito da pesquisa, com a sua identificação.

Veja um exemplo de organização dos dados de uma pesquisa para posterior leitura e análise:

PROJETO DE PESQUISA: ESCREVA O TÍTULO DO SEU PROJETO

Pesquisadora: escreva seu nome

Orientador(a): escreva o nome do orientador(a)

Prezado(a),

Este questionário é um instrumento de coleta de dados da pesquisa (digite o título do projeto), que tem como objetivo (digite aqui o objetivo geral da sua pesquisa). A pesquisa, ora realizada, mesmo divulgando os resultados, compromete em manter o sigilo de todos aqueles que participarem, resguardando suas identidades. Desde já, agradecemos a sua contribuição.

QUESTIONÁRIO

Observação P1 – Professor 1 (o primeiro questionário); P2 – Professor 2; P3 - Professor 3 e etc.

Dados Pessoais

Nome escreva aqui os nomes dos sujeitos para sua orientação e não divulgue(P1)(P2)(P3)(P4)(P5)(P6)

1) Sexo1. Masculino 2. Feminino

( ) (P1), (P2), (P3), (P4), (P5), (P6)

2) Cor1. Negra 2. Branca 3. Amarela 4. Parda

(P2), (P4) (P5) ( ) (P1), (P3), (P6)

3) Idade(P1) (P2) (P3) (P4) (P5) (P6)

50 43 45 42 31 45 anos

4) Estado Civil

1. Solteiro 2. Casado ou outra for-ma de união

3. Separado, desquitado, divorciado ou viúvo

(P5) (P2), (P3), (P4), (P6) (P1)

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5) Onde reside

(P1) Endereço

(P2) Endereço

(P3) Endereço

(P4) Endereço

(P5) Endereço

(P6) Endereço

6) Função queexerce na escola

(P1) regente (P4) professora

(P2) regente (P5) formadora

(P3) regente (P6) regente

7) Regime de trabalho na Rede Municipal de Ensino

1. (P4)2. (P1), (P2),

(P3), (P5), (P6)3. ( ) Outro: especificar

20 horas 40 horas

8) Tempo de docência:

1. ( ) menos de 02 anos 4. (P2) entre 10 e 15 anos

2. ( ) entre 02 e 05 anos 5. (P5), (P6) entre 15 e 20 anos

3. (P1) entre 05 e 10 anos 6. (P3) mais de 20 anos

9) Níveis e modalidades de ensino que lecionou antes, durante e após seu ingresso no curso de Pedagogia/Programa PROAÇÃO

Níveis e modalidades de ensino Lecionou antes do curso

Lecionou durante o

curso

Leciona agora, após a conclusão

do cursoEducação Infantil (creche ou pré-escola) (P5), (P6) (P6) (P1), (P6)

CIN I (P3), (P5) (P4)

CIN II (P3), (P4)

CPAI (P2) (P2) (P2)

Classes multisseriadas (P1) (P1)

Educação de jovens e adultos (P3), (P4) (P3), (P4)

Mudou de função após a conclusão do curso. Qual?

(P1) não, (P2) não, (P4) não, (P5) Formadora da educação infantil, (P6) não

Motivos que levou a mudar de função

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Questões Gerais

10) Por que fez opção pelo curso de pedagogia?

(P1) sim

(P2) pela necessidade da formação superior exigida pelo sistema.

(P3) pela oportunidade que me foi dada me foi oferecida.

(P4) a forma como “semi-presencial” adequava-se melhor a minha realidade.

(P5) para aprimorar a minha prática.

(P6) foi a oportunidade que tive para fazer o curso superior

11) Qual a sua opinião sobre o referido curso?

1. (P1), (P2), (P3), (P4), (P5) Muito bom

2. (P6) Bom

3. ( ) Regular

4. ( ) Insuficiente

Justifique:

(P1) sanou aquela sensação de fracasso que sentia por ter tido que abandonar o curso anterior, pedagogia.

(P2) o curso que me permitiu muito refletir sobre minha prática.

(P3) além de ter dado direito ao nível superior, proporcionou aprendizagem significativa ao nível e a prática.(P4) um curso dentro da atual perspectiva de educação, que oportunizou a construção da sonhada dialética teórica-prática.(P5) por proporcionar vivências fidedignas, que realmente se adequavam a prática.(P6) nos proporcionou embasamento teórico com constante reflexão entre a teoria e a prática.

12) Como você definiria a formação adquirida do curso?

1. (P1), (P3), (P4) Muito boa 3. ( ) Regular

2. (P2), (P5), (P6) Boa 4. ( ) Insuficiente

Justifique:

(P1) foi de encontro aos anseios profissionais que eu vivia na época, clareando muitas ideias e dificuldades com os vários autores que estudamos (teoria).

(P2) a formação obtida na minha prática docente foi bem significativa de dados de uma pesquisa.

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Note que este é um modelo. Faça assim com todas as questões para depois ler no seu conjunto, marcando com lápis (lápis de cor é muito bom) o que é comum nas respostas e, também, as diferenças dessas respostas. Pense sempre no seu referencial teórico, este irá ajudá-lo(a) a refletir sobre o objeto de estudo e responder a questão de pesquisa.

11) Análise dos dados e discussão dos resultados – depois da organização dos dados, a leitura e o retorno constante ao referencial teórico, você interpretará e analisará os dados que organizou na etapa anterior. A análise deverá atender aos objetivos propostos. Esta será feita sempre a partir das ‘vozes’ dos sujeitos e dos autores estudados.

12) Conclusão da análise dos resultados, o que chamamos de considerações finais – esta etapa exige muita reflexão: os dados coletados e a análise que fiz ajudam a responder a questão de pesquisa? Quais os encaminhamentos possíveis (sugestões para próximos trabalhos e para a reflexão enquanto futuro profissional)?

13) Redação e apresentação do trabalho científico (TCC) – trabalho escrito e apresentado.

Nesta etapa, espera-se que você já tenha condição teórica e metodológica para sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa, explicitando se os objetivos foram alcançados, se os seus argumentos/questão de pesquisa foram respondidos. E, principalmente, deverá registrar a contribuição da sua pesquisa para a formação de professores, a docência, o ensino, a aprendizagem etc., para novos encaminhamentos do processo formativo e educativo no campo da educação na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Nesta etapa, você, aluno(a) e pesquisador(a), irá escrever seu trabalho de conclusão de curso. O texto deverá ser escrito de modo organizado, uma escrita com clareza nas

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ideias, coerência e consistência textual, com uma estrutura ortográfica correta, considerando as normas de documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as quais deverão ser consultadas visando à padronização das indicações bibliográficas e a apresentação gráfica do texto (margem, paginação, tipo de letra, fonte, espaçamento, organização de quadros e tabelas etc.).

As etapas aqui descritas e as orientações feitas no decorrer deste texto deverão servir de guia à elaboração de sua pesquisa e não como uma “camisa-de-força”. Você poderá recorrer a outros materiais de estudo sobre pesquisa e metodologia da pesquisa. Portanto, sua capacidade de interpretação, de observação, reflexão e análise ajudarão no desenvolvimento da pesquisa e na escrito do seu trabalho.

Nosso objetivo é oferecer a você, caro(a) aluno(a), orientações teóricas e metodológicas sobre a importância e encaminhamento de uma pesquisa em curso de formação de professores.

De uma maneira geral, o TCC deve “contribuir na constituição de algum tipo de singularidade docente no processo de formação do licenciando”. (BELLO, 2008, p. 583).

Para o(a) aluno(a) que já possui experiência docente, vale lembrar que experiência é o “que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca”. (LARROSA, 2002, p. 21), e não o que se passou, aconteceu na sala de aula, na escola etc. É o que aconteceu, passou com você. Aquilo que mexeu com sua concepção, ajudou a mudar a sua prática e sua relação com o ensino, a aprendizagem, o aluno, o conhecimento etc. É uma parada para pensar, escutar, sentir, olhar, ouvir, mudar opinião, construir nova opinião etc.

Essa construção é muito importante para a formação profissional. Para Bello, “essas idéias, de maneira alguma, excluem, da elaboração e dos relatos dos TCC’s, a transformação e a produção de novos conhecimentos/ verdades em torno das questões educacionais”. O autor considera pertinente que “esse

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relato narre o quanto a realização dessa tarefa de elaboração pode vir a contribuir na constituição de uma maneira singular de se ‘estar-professor’” (2008, p. 584).

É na escrita do trabalho de conclusão de curso que você irá juntar as ideias da experiência com o conhecimento construído e mobilizado no curso. Nessa junção, você estará construindo saberes e refletindo sobre a articulação entre a teoria e a prática.

Sua escrita não será uma escrita neutra. No seu texto ficará o registro das suas aprendizagens, a concepção de aprendizagem, a base de conhecimento para o ensino, a concepção de mundo, escola, sociedade, aluno, metodologia, avaliação, aprendizagem etc., dependendo da sua temática de pesquisa. Por isso é necessário o cuidado com as palavras, os conceitos adotados, ou seja, o referencial teórico escolhido. A escrita expressa ações que constituem “exercícios de pensamento e como tais tenham o efeito da produção de si, do outro e do mundo” (BELLO, 2008, p. 585). Uma condição de ressignificação de sua prática e a construção de novos saberes.

Lembre-se sempre que você estará escrevendo para um leitor, a partir de uma realidade, isto é, outras pessoas terão a oportunidade de ler e aprender com a sua pesquisa.

Na escrita do Trabalho de Conclusão de Curso devem constar conceitos, significados, justificativa do objeto de estudo, a problematização que irá retratar a sua indagação, preocupação etc.

Bello (2008) recorre aos estudos de Corazza e nos diz que:

É preciso coragem, vontade, insubordinação, transgressão, subversão. E, acima de tudo, optar por uma nova ética de trabalhar o ensino e a pesquisa. Ao usar as teorias já existentes, para operar com seu objeto – e usar é a palavra-chave, ao invés de ‘aplicar’ – o/a pesquisador/a docente vai, aos poucos, reelaborando e teorizando a docência-

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Metodologia da Pesquisa em Educação II

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pesquisa de novo. Criando – ao menos, em relação a seu objeto de pesquisa-ensino – novas leituras e escrituras, novas significações e, claro, novas práticas (CORAZZA, 2002, citado por BELLO, 2008, p. 589).

Assim, na construção de um Trabalho de Conclusão de Curso na formação de professores, tanto quanto pesquisar, é muito importante o princípio de tentar procurar a resposta para os problemas do cotidiano da escola, da sala de aula, da formação, da aprendizagem, do aluno etc.; procurar construir novos conhecimentos a partir da prática, ampliando a base de conhecimento para o ensino. Persistir na procura, descoberta, resposta da questão de pesquisa meio as adversidades, a insegurança e fragilidade da escola é tentar sempre encontrar a resposta para o problema por meio da pesquisa.

O TCC é um trabalho acadêmico que deve sempre ajudar a pensar nas suas implicações e novas significações para a formação de professores. Não é um trabalho para cumprir as questões curriculares do curso. É um momento de aprendizagem e de riqueza para a formação. Nem sempre uma pesquisa indica a aplicabilidade de uma nova ação, pode indicar novas maneiras de pensar para, em seguida, chegar a uma nova ação/prática.

Por fim, na elaboração do projeto e no desenvolvimento da pesquisa você, caro aluno(a), pode

resgatar e manter vivo o desejo e a vontade de saber, porém, o sentido de experiência, acredito, pode orientar a constituição de sujeitos que dêem sentidos muito particulares para a docência, o trabalho de investigação, as disciplinas, o currículo, a cultura, a própria pedagogia e porque não a si mesmos (BELLO, 2008, p. 591).

Um TCC representa o exercício da escrita, leitura, análise, síntese, interpretação, crítica, novas argumentações,

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A organização e encaminhamento do TCC

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reflexão, indicativos para novas práticas e novos saberes, construindo assim, cada um em seu espaço, uma nova jurisprudência pedagógica (GAUTHIER et al, 1998).

A partir da listagem de temas possíveis já elencados, pense na elaboração de uma questão de pesquisa, objetivos – geral e específico – e como será desenvolvida a pesquisa.

Esta unidade apresenta os elementos e as etapas para o desenvolvimento de uma pesquisa – o projeto, a realização da pesquisa, os estudo e análise dos dados e a escrita do trabalho final.

ATIVIDADE

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PARA ELABORAR SEU TCC

3ª UNIDADE

1 INTRODUÇÃO

É necessário darmos os primeiros passos nesse processo de construção da atitude científica,

que é antes de tudo uma postura crítica, racional e intuitiva ao mesmo tempo, que provoca a seu termo, como diz Kuhn (apud MORIN, 2002),

uma série de revoluções desracionalizantes,e por sua vez, cada uma, nova racionalização.

Portanto, conhecer a natureza, a estrutura e os

mecanismos básicos utilizados na elaboração de [trabalho acadêmico], é apropriar-se de um elemento

revolucionário, que transforma paradigmas científicos.

Gilberto J.W.Teixeira, s/d

Esta unidade tem como objetivo apresentar a organização de um trabalho acadêmico, neste caso o Trabalho de Conclusão de Curso/TCC.

Na disciplina Metodologia da Pesquisa II e III, você terá a oportunidade de planejar, desenvolver, escrever e apresentar seu TCC.

Para a realização deste trabalho, você contará com a colaboração e orientação do professor da disciplina e de um orientador. O orientador irá acompanhar todo o desenvolvimento de seu trabalho.

Leia e releia as orientações deste material impresso para compreender a realização da pesquisa em suas várias etapas e compreendê-la como uma tarefa acadêmica, organizada a partir de discussões sobre a formação docente e a prática pedagógica, como forma de sistematização das aprendizagens durante o curso e da experiência docente, no caso de aluno(a)

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que já está na docência. Em anexo, a Resolução CONSEPE nº 027/2013, que apresenta as condições para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso na UESC, para os cursos na modalidade a distância – Regulamento Interno de Trabalho de Conclusão de Curso – para cursos de graduação licenciaturas na modalidade a distância da UESC.

Segundo o projeto do curso, o

TCC será elaborado em forma de relatório, monografia, artigo científico, memorial e/ou produção/instalação multimidiática como oportunidade de descrever, registrar, relatar e analisar a trajetória e construção da docência em um curso de formação de professores na modalidade a distância(BAHIA/UESC 2007, p. 38).

A decisão do tipo e formato do seu trabalho acontecerá na discussão e acordo entre a dupla, o professor da disciplina e o seu(ua) orientador(a).

Seu trabalho será organizado da seguinte forma:

Elementos pré-textuais:

1-Capa

2-Folha de rosto

3-Dedicatória

4-Agradecimentos

5-Resumo – veja o material que está postado no AVA (BITTENCOURT, M. A. L (Org.). Normas técnicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Ilhéus, BA: Editus, 2010) nas páginas 26 a 28 e 30.

6-Lista de tabelas, quadros, gráficos, na página 32.

7-Lista de siglas e abreviaturas nas páginas 33 e 34.

8-Sumário, nas páginas 29 e 35.

Os elementos pré-tex-tuais (lista de quadros, quadros, gráficos, sigla e abreviaturas), algu-mas vezes, não estão presentes em todos os trabalhos. Depende sempre do encaminha-mento, do objeto de estudo etc.).

atenção

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Metodologia da Pesquisa em Educação II

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Elementos textuais

9-Introdução – você escreverá o significado da temática para o contexto da formação de professores e/ou da prática pedagógica, escrevendo a questão de pesquisa e os objetivos. Retome as etapas de 1 a 4 sobre a elaboração da pesquisa. Reveja no material postado no AVA sobre as Normas Técnicas para elaboração de trabalho acadêmico na página 38.

10-Desenvolvimento – os capítulos: a) o referencial teórico com os conceitos básicos sobre o seu objeto de estudo – etapa 5; b) a metodologia desenvolvida para a realização da sua pesquisa – etapa 6 a 9; c) a análise dos dados coletados na pesquisa – etapas 10 e 11.

11-Considerações finais – análise, síntese e encaminhamento de sua pesquisa em relação ao objeto de estudo. Momento de pensar se foi possível responder a questão de pesquisa proposta. Retome a etapa 12.

Elementos pós-textuais

12-Referências- colocar as referências indicadas no trabalho, segundo as normas da ABNT. Reveja as normas técnicas para elaboração de trabalho acadêmico.

13-Anexo – documentos utilizados para o desenvolvimento do trabalho.

14-Apêndice- demais documentos que foram elaborados pelos pesquisadores e utilizados para o desenvolvimento do seu trabalho, como o questionário, o roteiro da entrevista e a observação.

Na escrita de seu trabalho, você pode recorrer a dois recursos importantes:

a) a citação – reveja no material sobre Normas técnicas para elaboração do trabalho acadêmico, nas páginas 40 a 43.(BITTENCOURT, M. A. L (Org.). Normas técnicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Ilhéus, BA: Editus,

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2010). Lá você encontra informações para fazer a citação direta e indireta e, também, como citar o nome dos autores.

b) a nota de rodapé – na página 48 do referido material, tem indicações importantes para utilizá-la. As notas ajudam-nos a explicar informações que, na maioria das vezes, não é necessário no corpo do texto.

Um cuidado você precisa ter: não copiar e colar textos da internet. Isto é plágio e é crime!!! Use a sua linguagem, recorra e mobilize seus conhecimentos e não tenha medo. Procure sempre seu orientador e tutor. O AVA será nossa sala de aula e o meio para a construção de novas aprendizagens.

Não se preocupe com a quantidade de páginas do seu trabalho, mas com a realização e as possibilidades de responder à questão de pesquisa proposta. Uma pesquisa é mais uma possibilidade de aprender a aprender a ser professor.

O trabalho será apresentado no Seminário Integrador VIII. Rememore as oportunidades que o curso vem oferecendo para a formação de professores na condição de pensar e construir o conhecimento de maneira mais significativa e contextualizada. A escolha e a condição para a apresentação será em acordo com seu orientador

Os trabalhos serão apresentados no Seminário Integrador, podendo ser apresentado de diversas formas: mural, painel, texto impresso, produção variada de mídias (vídeos, CDROM etc.). A apresentação será presencial, com a utilização dos recursos tecnológicos (BAHIA/UESC, 2007, p. 38).

A capacidade de análise, síntese e encaminhamento para outras questões de pesquisa é condição de novas aprendizagens. A docência é uma profissão que requer a construção de novos saberes e conhecimentos constantemente. Assim, a base de conhecimento para a docência não é fixa e finita(SHULMAN, 1986), é uma construção contínua.

Por fim, o TCC não é uma camisa de força, não é um

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bicho papão... É uma construção que vai ampliar a sua formação e, depois, no exercício profissional, certamente a pesquisa estará presente e ajudando na busca de soluções de problemas do cotidiano da escola, da formação, do ensino e aprendizagem.

BITTENCOURT, M. A. L (Org.). Normas técnicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Ilhéus, BA: Editus, 2010.

TEIXEIRA, Gilberto J.W. Artigo científico: Orientações para sua elaboração. Disponível em: <http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/m%C3%B3dulos/metodologia-da-pesquisa/artigo-cient%C3%ADfico-

orienta%C3%A7%C3%B5es-para-sua-elabora%C3%A7%C3%A3o#.UOSGlW-CkpI> Acesso em 29.12.2012.

Veja como é simples a organização e escrita de um trabalho desta natureza. Você é capaz de realizar seu trabalho... Pense sempre assim! Leia atentamente os modelos a seguir:

PINHEIRO, Daniela Andreazza de Oliveira Furlani. A educação infantil em creches de zero a três anos: um estudo de caso. Bauru/UNESP, 2008. Disponível em: http://www.fc.unesp.br/upload/daniela_pinheiro.pdf Acesso em: 08. 03.2013

ALENCASTRO, Clarice Escobar de. As relações de afetividade na Educação infantil. Porto Alegre/UFRGS, 2009. Disponível em: http://peadalvorada09.pbworks.com/f/afetividade.pdf Acesso em 08.03.2013

leitura recomendada

Esta unidade indica e encaminha para a escrita do seu trabalho de conclusão de curso.

Bons estudos!

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BAHIA, Projeto do curso de Pedagogia, UESC, Ilhéus, 2007.

BITTENCOURT, M. A. L (Org.). Normas técnicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Ilhéus, BA: Editus, 2010.

BELEI, R. A,; GIMENIZ-PASCHOAL, S. R.; NASCIMENTO, E. N.;MATSUMOTO, P. H. V. R. O uso de entrevista, observação evideogravação em pesquisa qualitativa. In:Cadernos de Educação.FaE/PPGE/UFPel, Pelotas, 30, janeiro/junho, 2008.

BELLO. S. E. L. Trabalhos de conclusão de curso nas licenciaturas: a possibilidade de uma experiência na constituição docente. In: XV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino/ENDIPE, CDROM 2, Porto Alegre: UFRGS, 2008.

BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S.K. Notas de campo. In BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S.K. Investigação qualitativa em educação - uma introdução à teorias e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

BRASIL.Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. 2006.

CRUZ, G. B. da. Pesquisa e formação docentes: apontamentos teóricos. In: Revista Eletrônica de Ciências da Educação.v. 2, n. 1, 2003. Disponível em: <http://revistas.facecla.com.br/index.php/reped/article/view/489/378> Acesso em 12.dez.2012.

GAUTHIER, C.et al. Por uma nova pedagogia. Ijuí: Unijuí, 1998.

KNOWLES, J. et al.Through Preservice Teachers’ eyes: exploring field experiences through narrative and inquiry.N.Y.: MacmillanCollegePublishingCompany, 1994.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia Científica.

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LÜDKE, M. et al. O professor e a pesquisa. São Paulo: Papirus, 2001.LÜDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986

SELITIZ; WRIGHTSMAN; COOK (Org.), Métodos de pesquisa nas relações sociais. 4 ed, São Paulo: EPU,1987.

SHULMAN, L. Those who understand: the knowledge growths in teaching. In: Education Research,fev, 1986.

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VÍCTORA, C. G. et al.Pesquisa Qualitativa em Saúde: introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo Editora, 2000.

ZEICHNER, K. M. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Educa: Lisboa, 1993.

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Suas anotações

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ANEXOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESCUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB

CURSO DE PEDAGOGIA

ACEITE DO(A) ORIENTADOR(A)

Eu,_______________________________________________, professora da _______________________________________ , Departamento ______________________________, matrícula ___________________, assumo o compromisso de orientar o(a) aluno(a) ________________________________________matriculado no curso de Pedagogia, UESC, Polo ______________________, no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o tema _____________________________________________________________________________________________________________________.

Ilhéus, _______ de _______________________ de 20______.

________________________________________________Assinatura do(a) aluno(a)

________________________________________________Assinatura do(a) professor(a)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Sr/Srª

Convido o(a) Sr. (a) para participar como voluntário (a), na pesquisa que tem o título de “_______________”, e tem como objetivo [__________________]. No caso de aceitar fazer parte da mesma, o(a) Sr. (a) [especificar os procedimentos do seu projeto; no caso de questionário e, ou entrevista informar se esta será ou nãogravada em áudio e, ou vídeo, se o participante será fotografado, entre outros]. A sua [opinião/] será importante para contribuir com o objetivo dessa pesquisa. Os riscos e, ou desconfortos previstos em decorrência da sua participação na nossa pesquisa são [especificar de acordo com a pesquisa/caso considere que sejam mínimos, descrever qual (is) o (s) possível (is) desconforto (s)/risco (s) envolvido (s)].O(A) Sr. (a) terá liberdade para pedir esclarecimentos sobre qualquer questão, bem como para desistir de participar da pesquisa a qualquer momento que desejar, mesmo depois de ter assinado este documento, e não será, por isso, penalizado de nenhuma forma. Caso desista, basta avisar ao (s) pesquisadores (s) e este termo de consentimento será devolvido, bem como todas as informações dadas pelo(a) Sr. (a) serão destruídas.Informo que o resultado deste estudo poderá servir para [descrever o retorno dos resultados da pesquisa para comunidade/sujeito/instituições].Como responsável por este estudo comprometo-me em manter sigilo de todos os seus dados pessoais e indenizá-lo (a), caso sofra algum prejuízo físico ou moral decorrente do mesmo.

Pesquisador ResponsávelTelefone para contato: (xx) – xxxx-xxxx

____________________________________________________Eu, _____________________________, RG________________, aceito participar das atividades da pesquisa: TÍTULO DE SEU PROJETO. Fui devidamente informado que [resumir o que acontecerá com o sujeito, isto é, quais procedimentos ele será submetido]. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade, e queos dados de identificação e outros pessoais não relacionados à pesquisa serãotratados confidencialmente.

[Obs.: Informo que o presente documento será obtido em duas vias (uma via para o sujeito da pesquisa e uma para guarda do pesquisador) e será impresso em folha única (frente e verso)].

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RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 027/2013

Aprova Regulamentodo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos cursos de Graduação Licenciaturas na Modalidade EaD da

UESC

O Presidente em exercício do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Santa Cruz, no uso de suas atribuições, consoante o deliberado na 100ª. Reunião Ordinária, realizada em22 de fevereiro de 2013,

RESOLVE

Art. 1º - Aprovar o Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, administrados na modalidade de Educação a Distância da UESC, consoante o Anexo Único desta Resolução.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Campus Prof. Soane Nazaré de Andrade, em 7 de março de 2013.

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ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 027/2013

REGULAMENTO INTERNO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO –PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO LICENCIATURAS

NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UESC

Art. 1º - O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC dos cursos de graduação- licenciatura oferecidos na modalidade EAD obedecerá ao que está disposto na Resolução CONSEPE/UESC nº 42/2004 que trata das diretrizes para elaboração do Projeto Acadêmico-Curricular dos Cursos de Licenciatura da UESC.

Art. 2º - O Trabalho de Conclusão de Curso é uma atividade curricular obrigatória nos cursos de graduação da EaD/UESC, com características acadêmicas e científicas, compreendido como forma de sistematização das aprendizagens construídas ao longo do curso.

Art. 3º - São objetivos do Trabalho de Conclusão de Curso:

I- Contribuir com a formação acadêmica dos estudantes;

II - Possibilitar aos estudantes vivências com pesquisa científica, aplicada ao ensino;

III - Estimular a produção e socialização do conhecimento.

Art. 4º - A escolha do tema é de iniciativa do estudante, em comum acordo com oorientador e coordenação de curso.

Art. 5º - O TCC poderá ser elaborado em forma de monografia, artigo científico, memorial ou produção multimidiática.

Art. 6º - Deverá constar no quadro curricular de cada curso, oferecido na modalidade EAD, pelo menos, dois componentes curriculares voltados para a organização do TCC, preferencialmente, no VII e VIII semestres.

§ 1º – O componente curricular do VII semestre compreenderá as atividades de construção, acompanhamento e avaliação do

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Projeto de TCC. § 2º – O componente curricular do VIII semestre

compreenderá as atividades de construção, acompanhamento e avaliação do TCC, bem como, sua apresentação pública.

Art. 7º - O Trabalho de Conclusão de Curso deverá ser elaborado sob a orientação/acompanhamento de um professor orientador e, quando necessário, de um co-orientador.

§ 1º – O orientador deverá pertencer ao quadro docente da UESC.

§ 2º –Atuarão como coorientadores docentes da UESC e professores - tutores do curso, devidamente credenciados pelas respectivas coordenações de curso.

Art. 8º-Compete ao Orientador de TCC: I- Coordenar as atividades de TCC, em parceria com

o coorientador e o coordenador do curso.II-Acompanhar o coorientador na organização das

atividades de TCC.III- Encaminhar o projeto de pesquisa, quando

envolver seres humanos e animais, para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da UESC.

IV-Manter o coordenador do curso informado sobre o andamento do processo de orientação.

V - Orientar e participar do processo de avaliação do TCC.

Art. 9°- Compete ao coorientador de TCC: I. Participar dos encontros de formação organizado

pelo coordenador do curso e o professor orientador de TCC.

II. Orientar as atividades referentes ao desenvolvimento do TCC nos encontros presenciais e no ambiente virtual de aprendizagem.

III. Acompanhar oorientando na elaboração do projeto de TCC.

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IV. Manter o coordenador do curso e o professor orientador informados sobre o andamento do processo de orientação.

V. Orientar e participar do processo de avaliação do TCC.

Art. 10º - A estrutura e a redação do TCC deverão obedecer às normas técnicas da UESC para a elaboração de trabalhos científicos.

Art. 11 - O Trabalho de Conclusão de Curso deverá ter apresentação à banca examinadora, a qual decidirá sobre a aprovação, sujeita a ajustes ou reprovação, levando em conta o trabalho escrito e apresentação.

§ 1º – Cabe ao coordenador do curso organizar a banca, sem ônus para a UESC, com três membros (o orientador e mais dois membros).

§ 2º – Os trabalhos poderão ser apresentados pelos alunos sob diversas formas: painel, seminário, exposição, produção de mídias (vídeos, CDROM etc.).

§ 3º – O texto final do TCC deverá ser entregue, pelo estudante, à coordenação do seu curso, acompanhado de uma declaração/autorização do orientador, de 01 (uma) cópia eletrônica em PDF e de 03 (três) exemplares impressos e encadernados, sendo 01 (um) destinado ao orientadore os demais aos outros membros da banca examinadora.

§ 4º – Após aprovação, caso sejam realizadas alterações no texto do TCC, resultantes de considerações da banca examinadora, a versão final corrigida deve ser encaminhada à coordenação do curso, no prazo máximo de 30 dias, sob pena de não integralização do currículo.

§ 5º – O texto final do TCC deverá ser entregue pelo estudante à coordenação do seu curso, acompanhado de uma declaração/autorização assinada pelo orientador, em 03 (três) cópias eletrônicas em

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PDF, gravadas em CDROM.

Art. 12 - Somente será integralizado o currículo do estudante que for aprovado no TCC, na forma do Regimento Geral da UESC e Resolução CONSEPE n°43/2012.

Parágrafo Único - Na hipótese de reprovação, o discente ficará na situação em recuperação (ER), conforme Resolução CONSEPE n° 43/2012 que regulamenta a organização e o funcionamento dos cursos de graduação, na modalidade a distância, e deverá refazer e reapresentar o trabalho, no semestre subseqüente.

Art. 13 - Os casos omissos serão submetidos à discussão e deliberação da Coordenação de cada curso.

Art. 14 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Campus Prof. Soane Nazaré de Andrade, em 7 de março de 2013.

EVANDRO SENA FREIRE PRESIDENTE EM EXERCÍCIO