Mensagem Lusiadas Fernando Pessoa
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7/24/2019 Mensagem Lusiadas Fernando Pessoa
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MENSAGEM Fernando Pessoa
No universo potico de Fernando pessoa, a Mensagem foi o seu nico livro que noteve como tema o prprio EU do poeta mas sim a nao portuguesa que ele viamergulhada num profundo negativismo e marasmo
Este pequeno livro constitu!do por "" poemas, possui uma ess#ncia pica eencontra$se dividido em % partes distintas& '()*)+, M)( +(-U.UE* E EN/+'E(-+
0 *e1astio havia dei2ado a nao entregue aos Filipes, e desde ento o pa!sno mais se erguera da mediocridade
) crena neste mito seria decisiva pois levaria toda a nao a acreditar que
havia ainda um destino grandioso a alcanar e que faltava 3 /UM(4($*E +(-U.)53
+ desafio lanado por essoa revela a sua insatisfao com o tempo presenteque se vivia em ortugal e de forma megalmana e m!stica sente$se o arauto de umsonho quase utpico
Integrao de Mensagem no universo potico Pessoano:
4ntegra$se na corrente modernista, transmitindo uma viso pico$l!rica do destinoportugu#s, nela se salientando o *e1astianismo, o Mito do Enco1erto e o 6 4mprio
Estrutura forma e sim!"ica de Mensagem
Mensagem a e2presso potica dos mitos 7 no se trata de uma narrativa so1re osgrandes feitos dos portugueses no passado, como em +s 5us!adas, mas sim, de umcantar de um 4mprio de teor espiritual, da construo de uma supra$nao, atravsda ligao ocidente8oriente& no so os factos histricos propriamente ditos so1re osnossos reis que mais importam9 so sim as suas atitudes e o que eles representam,sendo o assunto de Mensagem a ess#ncia de ortugal e a sua misso a cumprir 0a! seinterpretem as figuras dos reis nos poemas de Mensagem como heris mas mais queisso, como s!m1olos, de diferentes significados
#$ Parte7 %&AS'(& o princ!pio da nacionalidade :em que fundadores e antepassadoscriaram a p;triac; em 1ai2o? insignificante @ irrelevante que as figuras de quem opoeta se vai ocupar tenham tido ou no e2ist#ncia histricaA :>*em e2istir nos1astou8or no ter vindo foi vindo8E nos criou?
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7 ele plantou o pinhal de 5eiria, de onde foi retirada a madeira para as caravelas, efalou da >vo= da terra ansiando pelo mar?, ou seDa, do deseDo de que a aventuraultrapasse a mediocridade
),- Se!astio. rei de Portuga+7 s!m1olo da loucura audaciosa e aventureira& o
omem sem a loucura no nada9 simplesmente uma 1esta que nasce, procria emorre, sem viverA +ra, 0 *e1astio, apesar de ter falhado o empreendimento pico,F+4 em frente, e morreu por uma ideia de grande=a, e essa a ideia que deve persistir,mesmo aps sua morte :>Ficou meu ser que houve, no o que h;8Minha loucura,outros que a tomem8/om o que nela ia?
/$ Parte7 MA& P(&0*G*1S& a reali=ao atravs do mar :em que herisempossados da grande misso de desco1rir foram construtores do grande destino daNao0eus quer, o homem sonha, a o1ra nasce? mar salgado, quanto do teu sal8*o l;grimas de ortugalA?+ Mostrengo? uma alegoria do medo, que tenta impediros portugueses de completarem o seu destino :>Guem que ousou entrar8Nas minhas
cavernas que no desvendo,8Meus tectos negros do fim do mundoH?:GueBnsia distante perto choraH
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reconi=ava para ortugal a construo de um novo imprio, espiritual, capa=de elevar os ortugueses ao lugar de destaque que outrora ocuparam a n!vel mundialEsta proDeco ficar$se$ia a dever a um >poeta ou poetas supremos? que, pela suagenialidade, colocariam ortugal, um pa!s culturalmente evolu!do, como l!der de todosos outros
Na realidade, Fernando essoa antev# a possi1ilidade da supremacia deortugal, no em termos materiais, como no tempo de /amCes, mas em termosespirituais @ nesta nova concepo de 4mprio que assenta o car;cter sim1lico em!tico que enforma a epopeia pessoana e que, inevitavelmente, destacar; a figuradeste superpoeta, em detrimento da de /amCes
) comparao entre 3+s 5us!adas3 e a 3Mensagem3 impCe$se pelo prprio facto de estaser, a alguns sculos de distBncia e num tempo de decad#ncia $ o novo mito de p;triaportuguesa
(s 6us7adas Mensagem
omens reais com dimensCeshericas mas veros!meis9
eris de carne e osso, 1ravos masnunca infal!veis9
eris mitificados, desincarnados,carregando dimensCes sim1lica
%raso -erra NunOlvaresereir
Mar Portugu2s Mar 4nfante 0enrique
( enco!erto )r 0 *e1astio
:de uma terra de dimensCesconhecidas parte$se I desco1erta domar e constri$se um imprio0epois o imprio se desfe= e ossonhos e o Enco1erto so a rai= aesperana de um Guinto 4mprio