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F ICHA INFORMATIVA : CONTEXTUALIZAÇÃO D O S L USÍADAS A. Associa cada um dos acontecimentos referidos ao respectivo reinado: 2ª Dinastia D. JOÃO I O DE BOA MEMÓRIA 10º Monarca Reinado: 1385/1433 a) Este monarca era irmão da rainha D. Leonor e primo do rei D. João II. Vasco da Gama atingiu a Índia em 1498, comandando uma frota já preparada pelo seu antecessor. D. DUARTE O ELOQUENTE 11º Monarca Reinado:1433/1438 b) Fez-se a edição das obras de Gil Vicente, Garcia de Orta e Damião de Góis, e de Os Lusíadas, epopeia de Luís de Camões. Pretendeu estabelecer um império cristão português em Marrocos, tendo organizado um grande exército para invadir e ocupar esse território, integrando-se ele mesmo nos quadros do comando. D. AFONSO V O AFRICANO 12º Monarca Reinado: 1438/1481 c) Nascimento de Gil Vicente. d) Iniciou a expansão ultramarina nacional, com a conquista de Ceuta e com o descobrimento da Madeira e dos Açores. D. JOÃO II O PRÍNCIPE PERFEITO 13º Monarca Reinado:1481/1495 e) Nascimento de Luís Vaz de Camões. f) Para comemorar o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, o rei edificou o majestoso Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Iniciámos a ocupação territorial na Índia. D. MANUEL I O VENTUROSO 14º Monarca Reinado:1495/1521 g) Podemos afirmar que se atingiu o arquipélago de Cabo Verde, a Guiné, São Tomé e Príncipe, o Rio do Ouro, a Costa do Marfim, a Costa da Mina, a Serra Leoa. h) Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500. A armada dirigia-se à Índia, tendo atingido o Brasil por desvio de rota programado. Não foi este o último descobrimento, mas dos posteriores já pouco se costuma falar. i) No seu reinado realizaram-se as últimas grandes tentativas de exploração marítima, pois havia interesse em chegar depressa à Índia, a grande fonte produtora das especiarias. Podemos referir três expedições de grande importância, as duas viagens de Diogo Cão, que descobriu a costa de Angola e subiu o rio Zaire, e a de Bartolomeu Dias, que dobrou o Cabo da Boa Esperança, Cabo das Tormentas ou Cabo das Tempestades. Agrupamento de Escolas de D. Manuel de Faria e Sousa – 151520 ESCOLA EB 2, 3 D. MANUEL DE FARIA E SOUSA – 310098 Direcção Regional de Educação do Norte

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F ICHA INFORMATIVA: CONTEXTUALIZAÇÃO D’OS LUSÍADAS

A. Associa cada um dos acontecimentos referidos ao respectivo reinado:

2ª Dinastia

D. JOÃO I

O DE BOA MEMÓRIA

10º Monarca

Reinado: 1385/1433

a) Este monarca era irmão da rainha D. Leonor e primo do rei D. João II.

Vasco da Gama atingiu a Índia em 1498, comandando uma frota já

preparada pelo seu antecessor.

D. DUARTE

O ELOQUENTE

11º Monarca

Reinado:1433/1438

b) Fez-se a edição das obras de Gil Vicente, Garcia de Orta e Damião de

Góis, e de Os Lusíadas, epopeia de Luís de Camões.

Pretendeu estabelecer um império cristão português em Marrocos, tendo

organizado um grande exército para invadir e ocupar esse território,

integrando-se ele mesmo nos quadros do comando.

D. AFONSO V

O AFRICANO

12º Monarca

Reinado: 1438/1481

c) Nascimento de Gil Vicente.

d) Iniciou a expansão ultramarina nacional, com a conquista de Ceuta e

com o descobrimento da Madeira e dos Açores.

D. JOÃO II

O PRÍNCIPE PERFEITO

13º Monarca

Reinado:1481/1495

e) Nascimento de Luís Vaz de Camões.

f) Para comemorar o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, o

rei edificou o majestoso Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Iniciámos a

ocupação territorial na Índia.

D. MANUEL I

O VENTUROSO

14º Monarca

Reinado:1495/1521

g) Podemos afirmar que se atingiu o arquipélago de Cabo Verde, a Guiné,

São Tomé e Príncipe, o Rio do Ouro, a Costa do Marfim, a Costa da Mina, a

Serra Leoa.

h) Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500. A armada dirigia-se à

Índia, tendo atingido o Brasil por desvio de rota programado. Não foi este

o último descobrimento, mas dos posteriores já pouco se costuma falar.

i) No seu reinado realizaram-se as últimas grandes tentativas de

exploração marítima, pois havia interesse em chegar depressa à Índia, a

grande fonte produtora das especiarias. Podemos referir três expedições

de grande importância, as duas viagens de Diogo Cão, que descobriu a

costa de Angola e subiu o rio Zaire, e a de Bartolomeu Dias, que dobrou o

Cabo da Boa Esperança, Cabo das Tormentas ou Cabo das Tempestades.

Agrupamento de Escolas de D. Manuel de Faria e Sousa – 151520

ESCOLA EB 2, 3 D. MANUEL DE FARIA E SOUSA – 310098

Direcção Regional de Educação do Norte

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D. JOÃO III

O PIEDOSO

15º Monarca

Reinado:1521/1557

j) No tempo deste monarca começou a decadência nacional; no reinado de

D. Manuel, o prestígio de Portugal tinha atingido o apogeu e agora, por

razões diversas, entrava em declínio. O esforço feito, quanto a exigências

de pessoal, causou o amolecimento, a astenia; e a abundância de riquezas

fáceis e rapidamente adquiridas provocou o comodismo. Verificando-se

que as praças marroquinas não ofereciam vantagens e exigiam sacrifícios,

começaram a ser abandonadas.

K) As tropas lusitanas foram derrotadas em Alcácer Quibir; o rei

desapareceu durante a batalha, nunca se encontrando o seu corpo. Os

portugueses esperaram o seu regresso, criando-se assim um mito, que

sustentava a crença de que voltaria um dia, numa manhã de nevoeiro.

l) Nasceu após o falecimento do seu progenitor e é uma das razões para ter

o epíteto de Desejado. Como tinha só uns três anos de idade quando

herdou o trono, governaram o País primeiro sua avó, D. Catarina, e depois

seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, o seu sucessor no trono.

D. SEBASTIÃO

O DESEJADO

15º Monarca

Reinado:1557/1578

m) Morte de Gil Vicente.

n) Teve um reinado muito curto, e cheio de contratempos que muito o

fizeram sofrer. Continuaram as tentativas de expansão portuguesa, por via

marítima, tendo sido atingidos na costa ocidental da África o Cabo Bojador

e a Angra dos Ruivos.

o) Em consequência dos descobrimentos marítimos, feitos especialmente

pelos portugueses e espanhóis, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que

dividiu entre Espanha e Portugal as terras já descobertas ou ainda a

descobrir.

B. Identifica a dinastia a que se referem as seguintes características:

1ª Dinastia (até 1385) 2ª Dinastia (até 1580) 3ª Dinastia (até 1640) 4ª Dinastia (até 1910) * Descontentamento provocado pelo novo sistema de

governo e a saída de Lisboa para Madrid, do centro de

decisões.

* Saudosismo do passado, francamente progressivo e

atribuição das causas de decadência à realidade de momento.

* Iniciou-se com duas guerras seguidas, que absorveram a

maior parte da nossa capacidade de resistência.

* Registamos um período de exagerado autoritarismo, em

relação com a difusão do cesarismo e do despotismo

iluminado.

* Tentou-se dominar o sector eclesiástico, combatendo as

ordens religiosas e difundindo o anticlericalismo.

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* Luta contra os leoneses e contra os mouros, tendo em vista

a consolidação da independência e o alargamento do

território.

* Guerra entre reis e seus próximos parentes, algumas vezes

filhos bastardos, por motivo da sucessão no governo.

* Preocupação pelo desenvolvimento nacional, através do

povoamento, agricultura, pesca e comércio.

* Período de expansão, continuando a luta contra os mouros,

em Marrocos, e descobrindo novas terras, pelo mar.

* Aumento da importância da actividade comercial, atraindo

a Lisboa mercadorias raras e caras, com lucros muito

volumosos.

* Interesse pela manutenção da pureza da fé cristã em

Portugal e sua expansão pelo mundo, a partir dos lugares

ocupados.

* Manifestação da mentalidade humanista, ao lado da

intransigência religiosa católica contra as ideias protestantes.

C. Transcreve, do conjunto de termos abaixo enunciados, aquele que corresponde a cada uma das definições inscritas na coluna da esquerda.

• Humanismo • Renascimento • Classicismo • Epopeia

A concepção antropocêntrica (o Homem no centro das preocupações) prevalece sobre a concepção teocêntrica (característica da Idade Média, que põe Deus no centro do universo). O Homem passa a ser encarado como a medida de todas as coisas: as noções de certo e errado, bem e mal, justo e injusto, etc., têm por referência a perspectiva do ser humano.

Narrativa que visa celebrar feitos grandiosos de um herói (ou de vários heróis) com méritos fora do comum. A celebração dos feitos deste(s) herói(s) é também o modo de celebrar poeticamente a História e as tradições do povo que representa.

Tem por base a imitação dos modelos "clássicos" (modelos literários e artísticos "antigos") e defende que a arte deve ser equilibrada (um conteúdo rico numa forma perfeita), conjugando Razão e Sentimento, e tendo, por definição, um carácter universal e intemporal.

Promove-se a redescoberta do espírito crítico, acompanhado por um aumento de interesse pela cultura antiga, greco-Iatina: a assimilação desta cultura vai ser favorecida pela actividade dos humanistas que se dedicavam à pesquisa e crítica de textos. Aos poucos, a cultura humanista vai-se consubstanciando num conjunto de valores considerados de alcance universal.

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D. Após audição atenta do texto, completa-o com as informações essenciais à sua compreensão.

Os Lusíadas: Estrutura externa e interna

As fontes literárias de Camões foram as grandes epopeias clássicas, como por exemplo, a

___________________ de Homero, e a ____________ de Virgílio. Para narrar a Viagem de Vasco da Gama e História

de Portugal, este poeta serviu-se, ainda, de fontes ________________ como as crónicas de Fernão Lopes e de Rui de

Pina.

Os Lusíadas são constituídos por _____________. Cada canto possui um número variável de __________,

com __________ versos.

As estrofes obedecem a uma estrutura fixa: são compostas por versos de __________ sílabas

(________________), com acento na sexta e décima sílabas (versos ________________).

As estrofes apresentam o seguinte esquema rimático: ________________,

ou seja, rima ______________ nos seis primeiros versos e _____________

nos dois últimos.

Seguindo os modelos clássicos, Camões estruturou internamente o poema em _______ partes:

_______________, ___________________, ______________ e _______________.

O começo da narração não coincide com o começo da acção, isto é, a narração da viagem de Vasco da Gama

inicia-se quando esta já vai a meio. A este processo narrativo damos o nome ___________________.

A narração de Os Lusíadas constrói-se através da articulação dos planos narrativos da _________________,

_________________, _____________ e, ainda, do plano do ________________, onde se pode ler as suas reflexões e

críticas.

E. Observa o quadro.

1. Encontra, nesta sopa de letras camoniana, na vertical ou na horizontal, os termos que correspondam a:

• Autor latino que escreveu «A Eneida».

• Autor grego que escreveu «Odisseia».

• Famosa epopeia sobre Ulisses.

• Famosa epopeia sobre Eneias.

• Autor de «Os Lusíadas».

• Parte da estrutura interna da obra em que o Poeta

indica o assunto a tratar.

• Parte da estrutura interna em que o Poeta pede auxílio

às musas.

• Parte da estrutura interna da obra em que o Poeta

dedica o seu trabalho a D. Sebastião.

• Parte da estrutura interna da obra em que o Poeta narra

os acontecimentos que constituem a acção.

• Um dos oito elementos que constituem uma estância

em Os Lusíadas.

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