Módulo 4 Diversidade - FAO Login4. Semeie 3-4 sementes em cada vaso/canteiro. 5. Regue diariamente...

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Projecto Celeiro da Vida Manual de Facilitação de Práticas Agrárias e de Habilidades para a Vida Para os Facilitadores das Jffls Módulo 4 Diversidade

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Projecto Celeiro da Vida

Manual de Facilitação de PráticasAgrárias e de Habilidades para a Vida

Para os Facilitadores das Jffls

Módulo 4Diversidade

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Módulo 4: Diversidade Draft Setembro 2006 1

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Módulo 4: Diversidade Draft Setembro 2006 2

Projecto Celeiro da Vida Manual de Facilitação de Práticas Agrárias e de Habilidades para a Vida

Módulo 4: Diversidade

Índice

Introdução: Porque falar sobre Diversidade no Curso de JFFLS 1

Tópicos especiais

Agricultura

Página Tópicos especiais

Vida

Página

Tópico M4-1: Hortícolas:

Selecção de culturas da

segunda época

Tópico M4-2: Ciclo de

Tomada de decisões:

Experimentando (em 6

partes)

1: Experimentar na

Machamba e na vida

2: Compostos

3: Rotação de Culturas

4: Cobertura morta

5: Consociação

6: Compassos

2-3

4-18

4-7

8-11

12-13

14-15

16-17

18

Tópico M4-3: Nutrição:

Diversidade na Dieta

Tópico M4-4: Raparigas e

Rapazes: Oportunidades iguais

Parte 1: Alimentação e

Género

Parte 2: Casa em Chamas

(diversidade de valores)

Tópico M4-5: Diversidade

humana: enfrentar a

estigmatização na vida

19-22

23-24

23

24

25-29

Resumo e Avaliação do módulo 30

Lista de Referências 31-32

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Introdução Porque Falar sobre a Diversidade no Curso JFFLS

O conceito de Diversidade surge nas mais diversas formas ao longo deste módulo. Na segunda época agrícola, a machamba de aprendizagem é composta por uma larga diversidade de culturas, se compararmos com a primeira: desta vez iremos plantar uma variedade de hortícolas e ao mesmo tempo estaremos a chegar ao momento da colheita das culturas da primeira época, milho e feijões. Neste módulo, os jovens vão fazer a preparação e a planificação para a produção de hortícolas. Vão também passar mais tempo a experimentar possíveis consociações e combinações de plantas. Esta diversidade é importante, por diversas razões:

Diferentes combinações de plantas contribuem para que o solo obtenha a diversidade de nutrientes de que precisa para continuar a ser fértil e saudável.

As pessoas também precisam de uma dieta diversificada, baseada em refeições nutritivas e equilibradas, bem como de acesso a diferentes ingredientes para se manterem saudáveis.

Mas a diversidade também é complexa. Como fazer a combinação de uma variedade de culturas, sem que esta junção seja errada e conflituosa? Precisamos mais uma vez de planear bem (e fazer experiências) de forma a perceber o que é possível e o que não é possível combinar, e, assim, tomar decisões colectivas sobre a forma de gerir a diversidade de culturas e definir as tarefas. A diversidade na vida envolve mais do que uma dieta variada. Também tocamos num outro aspecto de diversidade, que consiste no Género, nas diferenças entre rapazes e raparigas. Homens e mulheres complementam-se mutuamente, com as suas diferentes qualidades e maneiras de pensar, mas também enfrentam diferentes desafios. Tratamos também neste módulo a questão da estigmatização, da intolerância às diferenças entre pessoas e da necessidade de não discriminar pessoas vivendo com HIV e SIDA (e as respectivas famílias). Todas estas diferenças são igualmente importantes e deverão ser valorizadas por todos. Ao tomarmos consciência das nossas diferenças (“diversidade”) e encontrando maneiras de delas tirar o maior partido, estamos a contribuir para uma vida melhor. DURAÇÃO DO MÓDULO: 16 sessões para um total de 17 horas, mais o tempo para observações durante a época.

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Tópico M4-1:

Hortícolas: selecção das culturas da segunda época

OBJECTIVO: Seleccionar e preparar as culturas da 2a época – as hortícolas e

outras culturas.

DURAÇÃO: 1 h e 35 min

MATERIAS: Papel gigante e marcadores; diversos

instrumentos agrícolas.

PASSOS:

1. (10 min) Plenário: introdução ao tema

Pergunte aos jovens porque é que os camponeses

preferem, em geral, cultivar uma diversidade de

culturas, em vez de optarem por uma só cultura?

Faça uma síntese e complemente com pontos que

ficaram por referir (veja a Caixa de Definições na

Ficha de Apoio na pág. 3).

2. (10 min) Plenário: chuva de ideias Que diferentes tipos de culturas temos na segunda época na nossa

comunidade?

Que diferentes hortícolas conhecem?

Porque devemos fazer uma horta?

3. (15 min) Trabalho em grupo

Reveja o Módulo 2:

i. As hortícolas são culturas de prazo curto, médio e/ou longo? Pensando

em vários exemplos de hortícolas, em que prazo(s) se situam elas?

(Reveja as 1a e 2

a Fichas de Apoio do Tópico M2-2).

ii. Em que diferem as hortícolas das culturas da primeira época?

Por exemplo, relativamente ao acesso à água (ex.: são culturas de

“sequeiro” ou de “regadio”?).

iii. Como é que essas diferentes necessidades afectam o lugar/plano da

machamba?

4. (60 min) Plenário: discussão na machamba durante a preparação da terra

i. Será que este lugar vai satisfazer as necessidades das hortícolas?

ii. O que precisamos de fazer para preparar bem a terra?

iii. Quais são as culturas que queremos semear? Porquê?

iv. Introduzir as ideias de Rotação e Consociação de culturas, falando dos

diferentes prazos de crescimento e características de fertilidade do solo

(Veja o próximo Tópico M4-2: 3a

e 5a Fichas de Apoio, págs. 14 e 18).

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-1

Definições Relacionadas com uma Horta:

Necessidades das hortícolas:

As hortícolas precisam de uma terra segura, porque a maioria são culturas de alto

valor de mercado.

As hortícolas são culturas de regadio: precisam de acesso permanente a água.

Porque devemos plantar diversas culturas? Para colhermos diversas vezes,

Para dividirmos o trabalho,

Para termos alimentos diversos (bom para uma dieta equilibrada) e para melhorarmos

o controlo de pestes e ervas daninhas,

Etc.

Diversos tipos de hortícolas: Legumes de folhas (alface, couve),

Frutas (tomate, beringela),

Grãos (feijões, ervilha),

Tubérculos (cenoura, nabo, rabanete),

Flores,

Plantas medicinais,

Plantas ornamentais.

O que é uma horta?

Um lugar destinado à produção de hortícolas diversas e/ou frutas em casa, no quintal, na

machamba, etc., mas em pequena escala, com o objectivo de providenciar alimentos

frescos em casa e vender o excedente.

Razões para fazer uma horta:

Assegurar vegetais e fruta fresca em casa, para reduzirmos a nossa dependência em

relação aos mercados,

Ter uma fonte de rendimento,

Assegurar alimentos frescos nutritivos e uma fonte diversificada de vitaminas e

minerais,

Estimule os jovens a pensarem em outras razões.

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Tópico M4-2: Ciclo de Tomada de Decisões: Experimentando (em 6

partes)

OBJECTIVOS: 1. Saber o que é uma experiência e a sua importância na machamba.

2. Praticar várias experiências na machamba.

DURAÇÃO: Parte 1: 55 min

Partes 2-6: Diversos exercícios na machamba de aprendizagem ao longo do módulo.

MATERIAS: Papel gigante e marcadores; diversos utensílios agrícolas. PASSOS:

Parte 1: Experimentação na machamba e na vida 1. (10 min) Plenário: chuva de ideias

Que etapas necessitamos percorrer no processo de Tomada de Decisões? (rever os conceitos do Módulo 2: Tópico M2-4).

Dêem exemplos de experiências que já tenham feito ou visto alguém fazer. Porque fazemos experiências?

2. (10 min) Trabalho em grupo

Proponham duas experiências a fazer na machamba? Dêem dois exemplos de experiências que tenham tido na vossa vida.

3. (20 min) Plenário: apresentação dos exemplos 4. (15 min) Plenário: introdução do plano da machamba de aprendizagem

com comparação de experiências (parcelas de demonstração de resultados) Recapitular o plano, na 1a Ficha de Apoio, na pág. 6. Discutir diferentes tipos de experiências possíveis.

5. (vários em Partes 2-6) Prática: aprender fazendo

Veja diferentes exercícios de Experiências nas páginas 6-18.

NOTA: Permita que os jovens pensem em diferentes alternativas de experiências! Recomendação metodológica:

Cada subgrupo de jovens na JFFLS deverá optar por uma experiência e ser responsável por realizá-la e monitorá-la, através de AESA, e implementar todos os amanhos culturais, até à colheita. Assim os jovens ficarão motivados e estimulados a mostrar resultados ao resto do grupo e à comunidade.

Por exemplo, o grupo” maçaroca” fará um campo de demonstração de resultados de produção de hortícolas, um com cobertura morta e outro sem cobertura morta.

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Usando uma placa feita de lata velha ou outros materiais locais, cada

grupo deverá registar as seguintes informações nas parcelas em que

faz a experiência:

o O nome do grupo,

o O tipo de experiência,

o A variedade da cultura,

o A data da sementeira (tanto nos viveiros como no campo

definitivo).

Os grupos deverão também ter um caderno de registos das datas em

que regam, adubam e fazem outros amanhos culturais. As duas

parcelas têm de ser tratadas da mesma forma, na mesma altura, na

mesma quantidade, à excepção daquilo que se pretende comparar.

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1a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2 (pág.1)

O que é uma Experiência? Consiste num processo em que se testa diferentes coisas e se compara os resultados. Isto permite-nos escolher o melhor resultado e fazer as melhores opções para o futuro. Através deste processo, os jovens têm a possibilidade de optar pelas técnicas e práticas que os resultados das experiências e respectiva comparação mostrem ser mais vantajosas no seu ambiente agro-ecológico, económico e social, e de acordo com as suas necessidades específicas. Permite igualmente mostrar os resultados aos agregados familiares dos jovens e a toda a comunidade e levá-los a adoptar/mudar certas práticas, com base na observação e análise de resultados. Esta transmissão de boas práticas à comunidade através da demonstração de experiências realizadas pelos jovens poderá ter um impacto muito importante, do ponto de vista do aumento da produtividade agrária, segurança alimentar e protecção do meio ambiente de todo um grupo populacional. Isso irá igualmente fazer com que os familiares e membros da comunidade fiquem mais conscientes da importância da participação dos jovens, rapazes e raparigas, nas JFFLS. Aumenta igualmente o reconhecimento do papel destes jovens na comunidade e, consequentemente, a respectiva auto-estima. Este último aspecto não é de somenos importância, se tivermos em conta que muitos destes jovens vivem em situações de vulnerabilidade e, em certos casos, sujeitos a atitudes discriminatórias.

Na Machamba e na Horta, Experimentamos de Diversas Maneiras Neste módulo, temos diversos exercícios para experimentar na machamba de aprendizagem (veja como, de 2a até 5a Fichas de Apoio, págs. 10-18). Por exemplo:

Diferentes maneiras de gestão da fertilidade dos solos (com composto, com químicos, com cobertura morta, sem nada, etc.);

Diferentes compassos, com compassos e de forma aleatória; Diferentes combinações/misturas de sementes das hortícolas (consociação).

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Exemplo de um Processo de Experiência

Objectivo: Comparar o uso de composto, com fertilizantes inorgânicos. Duração: 30 min para estabelecimento + 4-8 semanas de monitoria + 60 min de

observações e discussão. Materiais: 15 vasos ou outros recipientes (se não for possível, fazer canteiros na

machamba) + areia + composto orgânico + NPK fertilizante + sementes de um tipo de legume.

Passos: 1. Prepare espaço para 15 diferentes mini-canteiros (ou se for possível use 15 vasos ou

outros recipientes). 2. Encha 10 com areia – Etiquete 5 vasos “Controlo” e 5 vasos “fertilizantes

inorgânicos”. 3. Misture areia com composto (1:1) e encha os 5 últimos vasos com esta mistura.

Etiquete estes vasos “Composto”. 4. Semeie 3-4 sementes em cada vaso/canteiro. 5. Regue diariamente no início. Depois, aplique uma solução de fertilizantes inorgânicos

nos 5 vasos etiquetados no mesmo dia. Regue os outros com a mesma quantidade de água.

6. Continue até que se possa observar diferenças nas diversas partes da planta. 7. Observação: depois de 4-8 semanas: registe o número de plantas emergentes em cada

vaso e o número médio de folhas por planta. Tire todas as plantas e meça o comprimento das raízes e dos rebentos. Se for possível, conte o número de raízes por planta. Use AESA para registo dos dados.

8. Discussão: Que diferenças observaram entre os diferentes tipos de tratamento? Houve diferença no crescimento da planta? Porquê? Quais são as vantagens e desvantagens dos diferentes tratamentos?

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1a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2 (pág. 2)

Exemplo de um Plano da Machamba de Aprendizagem com experiências

1/2 da Machamba

= Métodos recomendados de

Agricultura de Conservação (ex.: Milho com feijões em consociação,

com compassos certos e

com cobertura morta)

Alternativa #1: Milho com feijão, usando compassos diferentes

Alternativa #2: Feijão sem cobertura morta

Alternativa #3: Milho sem cobertura morta

Também experimentamos na nossa Vida:

Por exemplo:

Estudos: experimentamos diversas formas de estudar (sozinho, em grupo,

copiando apontamentos, lendo, etc.) e depois de ver os resultados, podemos optar

pelo método que melhores resultados obteve.

Processo de crescimento de uma criança: a criança aprende experimentando e

descobrindo a melhor forma de começar a andar, falar, andar de bicicleta, etc.

Nutrição: quando tentamos diferentes combinações para a comida, para

obtermos dietas variadas e nutritivas. Experimentamos diversas formas de

cozinhar e, ao compararmos os resultados, escolhemos as melhores formas de

preparar a comida.

(veja o Tópico M3-4 (no módulo anterior) ou Tópico M4-3 na pág.20 ).

Desporto: experimentamos diversas maneiras de praticar uma modalidade

desportiva, para escolhermos as tácticas mais eficazes para obtermos melhores

resultados.

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Tópico M4-2: Experimentação (Parte 2): Fazendo Compostos para melhorar a Fertilidade do Solo

OBJECTIVO: Aprender a produzir um fertilizante orgânico através de

composto sólido e líquido. DURAÇÃO: Exercício 1: Composto Sólido (Introd: 85 min)

Exercício 2: Composto Líquido (Introd: 30 min) Para além das observações das experiências (época inteira)

MATERIAIS: Ingredientes para o monte de composto: solo, cinza, estrume,

resíduos da colheita, capim, folhas, ervas daninhas, etc.; água; um pau com a ponta bem afiada; carrinho de mão, regador, enxada, catana.

PASSOS:

Exercício 1: Fazendo Composto Sólido 1. (10 min) Plenário: chuva de Ideias e Discussão

Pergunte: i. Os camponeses na zona fazem composto sólido? Se sim, qual a sua

importância e se não, porque não? ii. Que materiais localmente disponíveis podem ser usados para fazer

composto?

2. (60 min) Prática: fazer um monte de composto na machamba de aprendizagem

Siga as etapas elaboradas na 2ª Ficha de Apoio, págs. 9-10. Seleccione o local, à sombra e perto de uma fonte de água, se possível.

Dado que o monte atrai vermes e insectos, explique que deverá estar localizado longe das casas.

Explique que existem duas formas de fazer composto sólido: à superfície do solo ou numa cova – use a forma à superfície do solo durante a época chuvosa e numa cova durante a época seca.

Explique as razões para as duas diferentes opções.

3. (10 min) Discussão O que acontece com as sementes das ervas daninhas, as popas de pragas de

insectos e esporos (células germinais) de doença que estão dentro do monte do composto?

Quando é melhor fazer composto com resíduos da colheita, em vez de enterrá-los?

Será que o composto sólido fica mais económico para o camponês?

Exercício 2: Fazendo Composto Líquido 4. (20 min, NOUTRO DIA) Prática: ajude a fazer o composto líquido

Siga as etapas indicadas no fim da 2a Ficha de Apoio, pág. 10.

5. Observe os efeitos dos diferentes tratamentos ao longo de toda a época.

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2a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2: Fazendo Composto (pág. 1)

1. Etapas para fazer Composto Sólido (veja a ilustração na prox. página) A chave para fazer um bom composto está na recolha de uma ampla gama de materiais que sejam o mais adequados possível. Na preparação do composto, a presença da água e de ar é importante. 1. Meça um rectângulo com 120 X 150 cm de área. O tamanho mínimo de área deverá ser

cerca de 1 m2.

2. Cave um buraco com cerca de 30 cm de profundidade. Conserve a terra ao lado do buraco, para usá-la mais tarde.

3. Comece por meter uma camada de material de plantas grossas na cova, como caules e ramos, necessários para assegurar uma boa circulação do ar e drenagem (cerca de 30 cm). Corte alguns materiais que sejam demasiado longos. Borrife (espalhe) água por cima desta camada.

4. Coloque uma segunda camada fina de vegetação, capim ou folhas (com cerca de 10-15 cm). Coloque sempre água por cima das camadas, à medida que as for metendo na cova, dado que o composto deve estar todo ele húmido.

5. Coloque uma terceira camada de estrume (de vaca, galinhas, patos, cabritos, etc.) com cerca de 2 cm. Estrume suficiente e/ou material verde criam condições quentes no monte. Um processo microbiológico faz com que o material seja decomposto em fertilizante orgânico rico em nutrientes.

6. Em seguida, espalhe alguma cinza ou pó. A cinza contém minerais valiosos, incluindo o potássio, fósforo, cálcio e magnésio. Neutraliza igualmente os ácidos produzidos durante a decomposição, especialmente pelo estrume de origem animal.

7. A camada seguinte deverá ser de material verde (15-20 cm de espessura). Se possível use folhas verdes de árvores leguminosas, com alto teor de proteínas, tais como leucaena e sesbania.

8. Espalhe um pouco de solo ou composto antigo por cima, para acelerar o processo de decomposição.

9. Continue a colocar camadas alternadas, na ordem de #4-8, garantindo sempre a adição de água.

10. É importante parar de empilhar o monte para permitir que o composto amadureça. O tamanho geralmente recomendado é de 1-1,5 m3. Cubra com um pouco de solo, com cerca de 10 cm de espessura, de forma a prevenir que os nutrientes se evaporem. Finalmente, cubra o monte com sacos, capim ou folhas de bananeira, para reduzir a perda de humidade, durante o processo de evaporação.

11. Enterre, até ao fundo do monte do composto um pau, com a ponta afiada, para servir de termómetro. Ao fim de 3 dias, o processo de decomposição terá iniciado e o pau deverá estar morno, quando retirado. Use o termómetro para verificar o estado de decomposição do composto. Este pau irá igualmente servir para medir o grau de humidade do composto (este deverá estar húmido e não molhado). Se necessário, acrescente alguma água.

12. Revolva o monte de composto regularmente em períodos de 2 a 3 semanas. Remexa o monte, se o termómetro estiver frio e se mostrar uma substância branca. Isto indica que o processo de decomposição cessou. Ao virar o composto, está-se a misturar as diferentes camadas, acelerando assim o processo de decomposição.

13. O composto deverá estar pronto após 4-8 semanas. Mantenha-o coberto para o proteger.

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2a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2: Fazendo Composto (pág. 2)

Notas adicionais:

Durante a época seca: cubra o monte com uma camada fina de solo para reduzir a evaporação e minimizar a reprodução de insectos. Onde haja escassez de água, o composto deve ser construído em covas para minimizar a perda da água. Siga o seguinte processo:

Cave um buraco com 1,2 m de largura e 0,6 m de profundidade (ou o tamanho necessário para a quantidade de material que tem) depois, siga os mesmos passos usados para fazer o monte de composto. Coloque paus para permitir que o ar circule nas camadas inferiores. Remexa o monte de 2 em 2 semanas.

Durante a época chuvosa: remexa o monte depois de toda a chuva torrencial até o monte estar todo húmido. Cubra o monte com plásticos, capim, ou lama seca, de maneira a que as chuvas não baixem a temperatura do monte.

Duração: dependendo do clima, o composto pode levar vários meses para amadurecer completamente. O composto pode ser usado logo que o material original não seja reconhecível e se tenha tornado castanho/preto e fique uma substância em migalhas.

Monte de Composto sólido

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2a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2: Experimentando a fazer Composto (pág.3)

2. Etapas para fazer Composto Líquido (veja a ilustração em baixo) O Composto pode ser usado para fazer um líquido que irá fertilizar as plantas e ajudar a controlar as pragas. Usa-se Composto Líquido quando as plantas têm problemas de deficiência de nitrogénio (p. ex.: que parecem fracas, com folhas amarelas ou mal-formadas). 1. Embrulhe uma certa quantidade de composto (ex.: 50 kg) num pedaço de pano e

amarre-o. Pode também ser feito usando adubo animal no lugar do composto.

2. Ponha o embrulho num balde com água (por exemplo: para 50 kg de composto, ponha num tanque de 200 l de água) durante 3 dias.

3. Quando a água ficar castanha, tire o embrulho.

4. Espalhe o líquido do composto ou adubo no seu campo.

5. Pulverize composto líquido no solo à volta das plantas (não nas folhas) quando precisar de mais fertilizante.

6. Certifique-se de que lava as mãos depois de trabalhar com o composto líquido ou adubo.

Balde ou tanque com composto líquido

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Tópico M4-2: Experimentação (Parte 3):

Fazendo Rotação de Culturas

OBJECTIVO: Aprender como escolher culturas para um esquema de rotação.

DURAÇÃO: Introdução: 2 h e 15 min.

Mais observações durante a época inteira.

MATERIAIS: Introdução: Papel gigante e marcadores.

PASSOS: 1. (10 min) Plenário: chuva de ideias

Introdução: comece por perguntar se os jovens sabem o que

significa fazer rotação de culturas e dê explicações adicionais se for

necessário.

Pergunte aos jovens se as suas famílias estão a praticar a rotação de

culturas e se sabem as razões.

Explique aos jovens que irão entrevistar diferentes camponeses,

para perceberem se estes estão a fazer rotação de culturas e como

estão a fazê-lo.

2. (1 hora) Trabalho em grupo: entrevistas com camponeses na área Procure saber sobre as suas práticas de rotação e as razões porque

usam um determinado esquema de rotação.

Cada grupo deve entrevistar 2-3 camponeses, dependendo da

distância.

3. (20 min) Plenário: apresentação e discussão

Que formas de rotação de culturas encontraram? Anote as

diferentes formas de rotação de culturas no papel.

Pergunte se essas formas são adequadas ou não.

No caso de não serem adequadas, explique como poderão ser

melhoradas/corrigidas?

4. (45 min) Plenário: conclusões e plano da machamba

(15 min) Discuta a importância da rotação de culturas e como as

culturas de rotação são escolhidas. Veja a Ficha de Apoio na pág.

14 para ajudar guiar a sessão.

(30 min) Escolha esquemas de rotação na machamba, seguindo as

normas de rotação de culturas mencionadas. Proponha esquemas de

rotação que cubram pelo menos 3 épocas. Note que os esquemas de

rotação devem ser realisticamente aplicáveis na área.

Discussão: i. Os esquemas propostos são diferentes daqueles que os

camponeses praticam na área? Porquê?

ii. Os camponeses da área poderão seguir os padrões de

rotação propostos? Se não, porquê?

5. Observações durante a época inteira.

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3a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2:

Experimentando a Rotação de Culturas

Importância da rotação de culturas

Para evitar a propagação de pragas e doenças originadas no solo;

Para melhorar o uso eficiente dos nutrientes no solo;

Sempre que haja um problema que tenha vindo a piorar progressivamente na

colheita sazonal num certo campo, deve-se tentar evitar cultivar sucessivamente

culturas da mesma família ou que sejam atacadas por pragas e doenças comuns;

Especialmente no caso de culturas com problemas de ervas daninhas, nemátodos

e outras doenças de raízes, é preciso fazer rotação com culturas de espécies não

relacionadas.

Normas de Rotações de Culturas

Alterne culturas que sofram de pragas e doenças diferentes;

Nunca faça rotação de culturas que estão directamente relacionadas (ver as

famílias de culturas vegetais abaixo mencionadas);

Plante culturas com raízes profundas depois de culturas com raízes superficiais

(uma vantagem extra é de que os restos dos nutrientes podem ser consumidos pela

cultura com raízes profundas);

Se possível, adicione adubo orgânico verde na rotação;

Alterne pelo menos 3 culturas (veja o exemplo abaixo).

Famílias de culturas vegetais, com exemplos:

Solanáceas: batata reno, tomate, pimento, piri-piri, beringela.

Cucurbitáceas: abóbora, pepino, melancia.

Crucíferas: couve, repolho.

Leguminosas: feijões (nhemba, boer, etc.), ervilhas, amendoim, alfalfa

Allium: cebola, alho.

Raízes e Tuberculos: cenoura, batata-doce, mandioca.

Folhas: alface, espinafre.

Outros: milho doce, quiabo.

Exemplo de um bom esquema de rotação (se possível, na quarta época com

estrume verde e um cereal)

Canteiro 1ª Época 2ª Época 3ª Época

1 Solanáceas Leguminosas Crucíferas

2 Allium Solanáceas Leguminosas

3 Cucurbitaceas Crucíferas Allium

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Tópico M4-2 Experimentação (Parte 4): Aplicando diferentes tipos de Coberturas

OBJECTIVO: Estudar o efeito de diferentes tipos de coberturas no crescimento e desenvolvimento da cultura.

DURAÇÃO: Introdução: 75 min

Observações durante 1 época Discussão/Conclusões: 20 min

MATERIAIS: Sementes de vegetais ou mudas; vários materiais da cobertura

(localmente disponíveis). PASSOS:

1. (15 min) Plenário: chuva de ideias Relembre com os alunos a discussão dos módulos 2 e 3 sobre a

Agricultura de Conservação. Relembre que um princípio importante foi o de manter uma cobertura

permanente do Solo. Pergunte aos jovens: Porquê? Para evitar problemas de erosão, perda de fertilidade e de água; para melhorar a fertilidade no solo, etc.

Pergunte quais são as diferentes maneiras de assegurar uma cobertura permanente (plantas vivas, capim ou restos secos...).

Quais são as coberturas disponíveis que podem ser testadas? (Veja a Ficha de Apoio para ajudar dar explicações (pág. 16).

2. (1 hora) Introdução: experimentando na machamba de aprendizagem Prepare 5 canteiros, cada um com diferentes tratamentos (veja os exemplos

na Ficha de Apoio). Rotule os tratamentos. Aplique a cobertura de plástico antes de semear ou plantar e, para os

outros tratamentos, depois de semear ou plantar.

3. Observações durante a época Faça uma AESA semanalmente para monitorar o desenvolvimento da

cultura. Monitorize a mão-de-obra e o custo dos insumos em todas as 5 parcelas. Avalie a infestação das pragas (ex.: usando a escala: 1= 0 afídios; 2 = 1-10

afídios por planta; 3 = 11-100 afídios por planta; 4 > 100 afídios por planta), outras pragas (lagartas) e a incidência das doenças das manchas das folhas.

Avalie o rendimento de todas as parcelas.

4. (Fim: 20 min) Plenário: discussão e conclusões Quais são as diferenças entre os tratamentos (energia da cultura)? Porquê? Houve diferenças na sanidade da cultura? Houve um efeito nas populações de inimigos (predadores) naturais? Houve diferença no rendimento? Porquê? Qual é a diferença em relação ao custo e mão-de-obra intensiva nos

tratamentos?

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4a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2:

Aplicando diferentes tipos de Coberturas

Importância da Cobertura Morta

Reduz as perdas do solo e água por erosão, reduzindo o impacto da chuva;

Reduz as perdas de água por evaporação e fluxo superficial;

Conserva maior humidade no solo;

Reduz os níveis de variação de temperatura do solo;

Reduz a incidência de ervas daninhas;

Promove o equilíbrio da flora e fauna do solo;

Favorece o maneio integrado de pragas e doenças e ervas daninhas;

Melhora a estrutura do solo;

Reduz a taxa de decomposição da matéria orgânica no solo;

Promove a fertilidade do solo.

Alguns Problemas Possíveis com Cobertura morta

Aumenta a mão-de-obra na aplicação, mas também ajuda em baixar a necessidade

de sachar;

Possivelmente introduz novas pragas e doenças na machamba;

Depende da disponibilidade da vegetação morta.

Coberturas Orgânicas e Inorgânicas

Coberturas orgânicas:

Cobertura morta, tal como palha de milho, mapira ou arroz, ou bagaço da cana

doce;

Cobertura viva, tal como de leguminosas (ex.: amendoim, feijão boer, lablab,

alfalfa) ou outros (ex.: abóbora, batata-doce) – tanto pode ser usada em

consociação como em regime de monocultura.

Coberturas inorgânicas:

Plásticos brancos ou papel de alumínio nos climas quentes;

Plástico preto nos climas mais frescos.

Exemplo de diversas coberturas para experimentação

Uso de Cobertura Morta

Usar só material seco que não apodreça rapidamente.

Prestar atenção para não transmitir sementes novas juntamente com o material.

Coloque uma camada de cobertura morta com cerca de 7-15 cm de espessura

sobre o canteiro ou à volta dos rebentos das plantas. Não coloque demasiada

cobertura, de forma a não enterrar as plantas nem vedar os raios solares.

1. Sem cobertura, e nenhum controlo de ervas daninhas.

2. Sem cobertura, com controlo de ervas daninhas.

3. Palha de milho (ou qualquer outro material orgânico, ex.: bagaço de cana doce).

4. Cobertura viva/verde.

5. Plástico (escolha a cor apropriada).

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Tópico M4-2 Experimentação (Parte 5): Fazendo Consociação OBJECTIVO: Aprender e observar os

efeitos de Consociação. DURAÇÃO: Introdução: 55 min.

Observações na machamba durante 1 época. OU Visita de ½ dia. Discussão e Conclusões: 30 min.

MATERIAIS: Papel gigante e marcadores.

PASSOS:

1. (15 min) Plenário: chuva de ideias sobre consociação (de preferência numa machamba com várias culturas)

Como é que a policultura (plantio de mais de uma cultura de forma alternada) pode beneficiar o agricultor? (Veja a próxima página desta Ficha de Apoio).

Que tipos de culturas podemos usar para a policultura?

2. (10 min) Trabalho em grupo Pensar em 3 exemplos de consociação que possam ser testados na

machamba de aprendizagem.

3. (20 min) Plenário: apresentações e discussão 4. (10 min) Plenário: fazer o plano de machamba com consociação

Fazer um plano com diferentes experiências, incluindo canteiros SEM consociação para efeitos de comparação. (Veja a tabela na próxima página desta Ficha de Apoio para ideias de combinações favoráveis à consociação de culturas JFFLS).

(Alternadamente, Organize VISITAS aos camponeses na área)

5. (AESA ao longo da época ou Visitas de ½ dia) Observações na machamba de aprendizagem (ou na visita) Observe o desenvolvimento das plantas; Observe a incidência e a severidade das pragas (incluindo doenças); Observe a população de insectos benéficos; Anote o rendimento final, assim como a produção por canteiro.

6. (30 min) Plenário: discussão final

Que diferenças notou entre os sistemas de consociação e monocultura? Houve algum efeito na sanidade da cultura? Qual é o sistema que traz maiores benefícios para o camponês?

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5a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2: Experimentando a Consociação

Benefícios da Consociação Reduz o risco de perdas totais devido a secas, pragas e doenças. Normalmente,

pelo menos uma cultura pode resistir ao desastre e produzir algum rendimento; Optimiza a produção de pequenas parcelas, ajudando os camponeses a lidar com a

escassez de terra; As culturas leguminosas fazem geralmente uma boa intercultura, já que o

nitrogénio que fixam vai beneficiar a outra cultura; A produção de diversas culturas contribui para uma dieta mais equilibrada das

famílias camponesas; Reduz a quantidade de ervas daninhas, visto haver uma maior densidade de

plantas.

Desvantagens Algumas pragas podem resistir mais facilmente, passando de uma cultura para

outra.

Que Culturas podemos usar para a Consociação Plantas de famílias e espécies diferentes; Culturas de crescimento rápido e de crescimento lento; Uma cultura de raiz de superfície e outra com raiz profunda; Uma cultura alta para proteger a cultura baixa e para a proteger contra doenças

transmitidas por insectos; Oportunidade de maior colheita na mesma área.

Combinação entre culturas principais e espécies alternativas e melhoradoras do solo

Culturas Principais

Pode ser consociada com as diferentes espécies seguintes

Milho 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11 Ruqueza (Milho miúdo)

1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11

Mapira 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11 Mandioca 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11 Mexoeira 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 Amendoim 1, 3, 6, 9, 11 Feijões 3, 6, 9, 11 Girassol 1, 3, 5, 6, 10, 11 Batata-doce Sobre restolho de leguminosas. Após 2

anos eliminar o preparo de camalhões Ananaseiro 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 Hortícolas Alho, cebola, feijão nhemba, soroco,

feijão verde...

N.º Espécies alternativas e melhoradoras do solo

1 Feijão bóer 2 Feijão nhemba 3 Ruqueza 4 Lablab 5 Mucuna 6 Recinos (Mfuta) 7 Feijão soroco 8 Stylosanthes spp. 9 Girassol 10 Amendoim 11 Leguminosas nativas

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6a Ficha de Apoio para o Tópico M4-2: Experimentando Compassos

OBJECTIVO: Estudar o efeito das diferentes densidades das plantas no

crescimento e desenvolvimento da cultura. DURAÇÃO: Introdução: 75 min. Observações através 1 época.

Discussão/ Conclusões: 30 min.

MATERIAIS: Sementes e mudas das culturas

seleccionadas. Fita métrica e corda.

PASSOS:

1. (15 min) Plenário na machamba: chuva de ideias (2 min) Introduza o tópico Pergunte: Porque usamos compassos precisos para as culturas? (Reveja

Módulo 2, Tópico M2-2 – Parte 2). Peça para escolher 1-2 diferentes culturas no plano de machamba para

fazer experiências com compassos. Pergunte: Que compassos se usam geralmente para estas culturas na

comunidade? Escolha dois compassos para cada cultura. (Facilitador: refere-se à 3a Ficha de Apoio para Tópico M2-2 para compassos óptimos).

Faça um plano para três canteiros, com quatro diferentes densidades de plantas, como indicado na Caixa abaixo.

2. (60 min) Em grupos: aplique o plano de experimentação com compassos Para cada cultura, fazer 3 canteiros; Rotular/etiquetar os canteiros; Aplicar a mesma gestão de culturas em todos os canteiros.

3. (ao longo da época) Façam observações

Anotar o crescimento e a sanidade da cultura seguindo a sua fase (vegetativa, floração, frutificação, semente) em todos canteiros;

Avaliar o rendimento final da colheita ao preço do mercado.

4. (30 min) Plenário: discussão e conclusões Os grupos devem apresentar os resultados dos 4 tratamentos; Pontos de Discussão:

o Quais são as diferenças entre os diferentes tratamentos (vigor da planta, sanidade da cultura)?

o Houve diferenças no rendimento? Se sim, porquê? Na qualidade? Porquê?

o Qual é a densidade óptima das culturas escolhidas?

A. Compasso 1 entre as plantas (ex.: o compasso recomendado); B. Compasso baixo (ex.: metade do compasso A); C. Compasso alto (ex.: dobro do compasso A).

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Tópico M4-3: Nutrição: Diversidade na Dieta

OBJECTIVO: Compreender a importância da

diversidade de alimentos na

dieta e de uma alimentação

equilibrada.

DURAÇÃO: 45 min

MATERIAIS: Papel gigante, marcadores;

+ Jogos de alimentos.

PASSOS:

1. (10 min) Plenário: chuva de ideias, revisão do Tópico M3-4 (Nutrição)

Quais são os principais grupos de alimentos? Fale sobre a importância de

cada grupo.

Que tipos de hortícolas comemos? A que grupos de alimentos pertencem

as hortícolas mencionadas?

O uso adequado da diversidade de alimentos na dieta tem como

objectivo uma “Alimentação Equilibrada”. O que significa isso? (Reveja

a definição no Módulo 3 1ª Ficha de Apoio para o Tópico M3-4).

2. (20 min) Plenário - Jogo: como fazer uma refeição equilibrada

Há duas (2) maneiras de fazer este jogo:

Se possível, coloque diferentes tipos de alimentos do Programa de

Alimentação Escolar juntos – na horta e à volta da escola; OU:

Utilize cartões com desenhos de diferentes tipos de alimentos juntos

(reutilize os cartões do Módulo 3, se ainda disponíveis).

Peça para fazer uma combinação de alimentos no prato e pergunte aos

jovens se a refeição será equilibrada.

A seguir, peça aos jovens para fazerem refeições equilibradas, colocando

os alimentos no prato.

3. (10 min) Fim da sessão: ligação com Tópico M4-4

Termine a sessão seguindo os Passos 1 e 2 da Parte 1 (Alimentação e

Género) do Tópico M4-4 (pág. 24).

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-3

Diversificação e uma Alimentação Equilibrada Podemos dizer que para alcançar uma “alimentação equilibrada” o melhor é comer “alimentos diversificados”.

Períodos no Ciclo de Vida que exigem mais atenção no que respeita uma dieta equilibrada Todos precisamos de uma dieta equilibrada e nutritiva, mas há períodos que exigem mais atenção do que outros:

Período de Gravidez O bebé está no período de formação, como novo ser: tudo o que é necessário para o bebé crescer bem na barriga (útero da mãe) vem do que a mãe come. Mães bem nutridas terão mais probabilidades de gerar bebés

saudáveis. Bebés com baixo peso à nascença (< 2,500 g) desenvolvem-se

mais lentamente do que os bebés saudáveis. Quanto mais baixo for o peso à nascença, maior o risco de infecção e morte.

Período de Infância Primeiros 6 meses: A criança deve tomar só leite materno. 6 Meses até 2 anos: A criança deve continuar a tomar o leite

materno, mas com introdução progressiva de outros alimentos. Os primeiros alimentos são as papas, tendo como alimento de base a farinha de um cereal, como por exemplo, farinha de milho, mapira, mexoeira ou arroz. Também se pode preparar papas com farinhas de mistura (farinha mista de milho com feijão), de mandioca ou batata-doce, ou puré de batata-doce ou mandioca cozida e bem esmagada (veja a Ficha de Apoio, na página seguinte.). A partir dos 7 meses, aumente os alimentos com papas enriquecidas 2 vezes por dia e deverá dar uma refeição da família, bem esmagada. Nesta altura, deve habituá-la a comer alimentos variados, por exemplo, podendo-se acrescentar às papas feijão cozido e esmagado, peixe seco pilado, ou peixe fresco cozido e sem espinhas, ovos, carne ou fígado muito moído, óleo ou sementes piladas e, finalmente, folhas verdes piladas ou hortaliças cozidas e esmagadas. Uma vez por dia, dar-lhe fruta crua (por exemplo, banana, papaia, manga, que devem ser bem lavadas e esmagadas). Dos 10 meses até aos 2 anos de idade, a criança continua com o leite materno. Deve comer papas 2 vezes ao dia, refeições da família 2 vezes ao dia e fruta uma vez por dia. Comer nos intervalos das refeições, por exemplo, batata-doce ou mandioca cozidas, banana, manga, ou um pedaço de pão.

Mais de 2 anos: pode deixar de mamar.

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-3 (pág.2)

Exemplos de diferentes tipos de Papas para Crianças

Papa de Milho

Preparação: 1 chávena de papa de farinha de milho

(3 colheres de farinha crua), 1 colher de açúcar, 1 colher de óleo. Ou:

1 chávena de papa de farinha de milho; (3 colheres de farinha crua), 3 colheres de feijão cozido e esmagado, 1 colher de óleo. Ou:

1 chávena de papa de farinha, 2 colheres de amendoim ou castanha torrada e pilada e 1 colher de açúcar.

Papa de Mapira Mapira

Papa de Mandioca

Papa de Batata-doce com Amendoim

1. Lavar as batatas. Pôr a cozinhar com casca e em pouca água e pouco tempo.

2. Depois de cozidas, descascar e fazer um puré.

3. Torrar e deixar secar o amendoim e pilar.

4. Juntar o amendoim com o puré de batata-doce e misturar bem.

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-3 (pág.3)

Período até aos 18 anos É a fase de crescimento e desenvolvimento (mental, físico, etc.) para todos. Todos os jovens necessitam de 3 (três) refeições e lanches, todos os dias.

Mulheres Adultas Precisam de aumentar a quantidade e prestar mais atenção à dieta

equilibrada porque: o é o tempo de perda de sangue mensalmente por causa da

menstruação; o as mulheres podem ficar grávidas a qualquer momento e podem

estar a amamentar. Pessoas Idosas (mulheres e homens)

As pessoas idosas têm de prestar mais atenção à necessidade de uma dieta equilibrada porque:

o têm alguns problemas (p. ex.: dificuldades de mastigar por falta de dentes; ossos frágeis; outros problemas de saúde); As pessoas idosas com uma alimentação saudável e dieta

equilibrada serão mais activas; As pessoas idosas podem ter menos apetite, portanto, necessitam

de refeições muito nutritivas; Preparar pequenas refeições, frequentes e mistas para estimular o

apetite; Dar alimentos brandos se tiverem falta de dentes ou tiverem as

gengivas inflamadas.

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Tópico M4-4: Raparigas e Rapazes = Oportunidades Iguais

Parte 1: Alimentação e Género OBJECTIVOS: 1. Identificar práticas alimentares inadequadas das

raparigas/mulheres e rapazes/homens para introduzir o tema igualdade de género e o conceito de dieta equilibrada. 2. Servir de base para a preparação de uma peça de teatro sobre alimentação e género para a comunidade.

DURAÇÃO: Introdução: 35 min em 2 partes;

Teatro: 2-3 semanas.

MATERIAIS: Papel gigante, marcadores.

PASSOS: 1. (5 min) Plenário: introdução do tópico

Introduza o exercício, explicando que analisaremos como as pessoas têm necessidades nutricionais diferentes, dependendo da sua idade, sexo e actividade.

Separe os rapazes das raparigas em grupos.

2. Trabalho para Casa Dê aos grupos tempo para consultarem adultos, famílias, etc., em casa,

para completarem a seguinte tarefa: Peça aos grupos de raparigas para desenharem e/ou listarem os

alimentos que raparigas/mulheres (incluindo mulheres grávidas) devem e não devem comer.

Peça aos grupos de rapazes o mesmo em relação aos rapazes/homens.

3. (30 min) Plenário: discussão Com base nos resultados, o facilitador deverá listar as práticas

alimentares inadequadas identificadas e em conjunto com os jovens procurar explicar as razões. O facilitador deve analisar com os jovens formas possíveis para corrigir, ultrapassar ou atenuar os problemas de restrição alimentar baseada no género. (Nota: Lembre que a maior parte das razões estão relacionadas com problemas de saúde e problemas económicos. Também, em algumas situações, será muito difícil encontrar uma explicação válida).

Tendo dito isto, conclui-se que algumas fases no ciclo de vida das mulheres e dos homens apresentam necessidades particulares: reveja a Ficha de Apoio para o Tópico M4-3: “Períodos no Ciclo de Vida que exigem mais atenção no que respeita a uma dieta equilibrada”. Reveja no Módulo M3-4 a definição de “Alimentação Equilibrada”.

4. (2-3 semanas) Teatro para aumentar o conhecimento sobre nutrição na

comunidade Depois de os jovens adquirirem conhecimentos sobre os factores culturais que influenciam a dieta de mulheres, homens, rapazes e raparigas podem, juntamente com o facilitador, preparar uma exibição para criar maior consciência na comunidade acerca de nutrição e género (como uma apresentação cultural, como, por exemplo, teatro).

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Tópico M4-4: Raparigas e Rapazes: Oportunidades Iguais

Parte 2: Exercício sobre Diversidade de Valores: “Casa

em Chamas”

OBJECTIVOS: 1. Pensar e conversar sobre os nossos

valores e comportamentos.

2. Ajudar os rapazes e as raparigas a

fazerem escolhas segundo os seus

próprios valores.

DURAÇÃO: 50 min.

MATERIAIS: 1 pedaço de papel e caneta para cada jovem.

PASSOS: 1. (20 min) Plenário

Forme um círculo e peça para imaginarem que acordam à noite e vêem

que a sua casa está a pegar fogo.

Peça aos jovens que pensem na primeira coisa que tentariam salvar

antes de fugir.

Peça a um voluntário que diga ao resto do grupo o que salvaria.

Peça aos outros jovens do grupo que tenham pensado na mesma coisa

se juntarem a ele.

Faça o mesmo com mais quatro participantes (rapazes e raparigas).

2. (30 min) Plenário: discussão Peça aos grupos que voltem a sentar-se em círculo para discussão.

Faça ao grupo as seguintes perguntas:

i. As raparigas e os rapazes salvaram coisas diferentes? Porquê?

ii. Porque é que alguns salvaram "coisas" em vez de "pessoas"?

iii. Porque é que muitos deles salvaram as mesmas coisas?

iv. Se fossem adultos e aquela fosse a sua casa, teriam salvo coisas

diferentes dos seus filhos? Porquê?

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Exercício adicional sobre Espírito de equipa

(20 min) Jogo em Plenário: A Máquina de Ritmos (veja o Guião de Actividades Culturais, pág. 22). Neste exercício, os jovens agem como se fossem peças de uma máquina, em que

têm de ouvir e ver bem o que as outras peças fazem para funcionar bem.

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Tópico M4-5: A Diversidade Humana: Enfrentar a Estigmatização OBJECTIVOS: Debater sobre a estigmatização e sobre as formas de ajudar os

jovens a lidarem melhor com atitudes a ela relacionadas. DURAÇÃO: 3 exercícios, que podem ser dados separadamente (30 min +

45-60 min + 60 = Total 2 h e 15-30 min). MATERIAIS: 1 e 3: Nenhum; 2: Objectos como amendoins, mangas, milho.

PASSOS:

1. (30 min) Plenário: exercício de auto-estima Nota: Antes da sessão, leia a Ficha de Apoio (na pág. 29-31) para uma explicação sobre o exercício. Diga aos jovens para formarem uma roda; Peça aos jovens para pensarem em duas coisas que gostam neles (ex.: a

sua aparência, inteligência, simpatia, habilidade para desenhar, correr ou outra, etc.).

Circule à volta da roda e peça a cada um para que, apenas por gestos, mostre essa característica ou habilidade, como algo que gosta em si (ex.: se gosta do seu cabelo, pode imitar que se penteia, se acha que é bom futebolista, deve fazer o gesto de chutar numa bola, se é bom a ler e a escrever, deve simular que está a fazê-lo, etc.).

Depois de cada um ter feito a mímica (ou seja, ter representado por gestos o que gosta em si), peça aos outros membros do grupo para adivinharem essa qualidade. Faça com que todos percebam aquilo que cada colega quis dizer. Continue, até que cada jovem tenha feito o exercício duas vezes.

Conclua explicando que é importante lembrarmo-nos de que todos, sem excepção, temos qualidades e que deveremos estar orgulhosos delas, mesmo que muitas vezes sejamos criticados.

2. (45-60 min) Plenário: compreender a diversidade

Nota: Neste exercício, os jovens vão reconhecer as diferenças e semelhanças entre objectos e como isso afecta as nossas relações (veja mais explicação na Ficha de Apoio na pág. 29).

Dê a todos, rapazes e raparigas, o mesmo objecto, tal como uma castanha de caju, uma manga ou banana. Tem de ser o mesmo objecto mas com pequenas diferenças (por exemplo, umas mais maduras do que outras)

Diga aos jovens para observarem esse objecto com muita atenção. Convide-os a colocarem os objectos todos juntos numa mesa ou

local; Misture-os e peça aos jovens para se aproximarem desse objectos,

um de cada vez, para identificarem e recolherem o objecto que lhes pertence.

Estimule o debate sobre a forma como cada um identificou o seu objecto.

Compare com o ser humano, mostrando que as pessoas também têm semelhanças e diferenças.

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Tópico M4-5: A diversidade Humana. Enfrentar a Estigmatização

Peça aos jovens para citarem diferenças que as pessoas possam apresentar e como se costuma agir nessas situações (discuta quais as atitudes positivas e negativas).

Ajude os jovens a preparar uma peça de teatro que apresente esse tipo de situações, de pessoas que são um pouco diferentes, por um ou outro motivo, e formas positivas de lidar com elas.

3. (60 min) Trabalho em Grupo: exercício - Lutar contra a estigmatização

Nota: Neste exercício, uma história e uma peça de teatro ajudam os jovens a melhorarem a sua compreensão do quanto magoa ser “chamado nomes” e das formas que poderemos encontrar para lidar com isso. (Antes da sessão, leia a secção relevante na Ficha de Apoio nas págs. 29-31).

Plenário: leia a seguinte história: “João é um jovem de 13 anos que vive com a avó e os seus três irmãos e irmãs. O João é baixo para a idade e na escola alguns colegas riem-se dele. Há dois dias, o João brigou com um colega que não o deixou entrar na equipa de futebol. Durante a luta, esse colega disse em voz alta “A tua mãe morreu de SIDA!”. O João correu para casa e sentiu-se muito triste e sozinho.

Trabalho em grupos: divida os jovens em pequenos grupos de 6-8 pessoas. Peça para que cada grupo prepare uma pequena peça de teatro (cerca de 5 min) sobre uma história semelhante (solidão, troça, ser chamado nomes pejorativos, etc.). A peça deverá mostrar como deveremos fazer para ajudar alguém que se sente só e o que devemos fazer se alguém troçar de nós ou nos chamar nomes maus).

Plenário: apresentações e discussão geral sobre estigmatização 1. Cada grupo deve apresentar a sua peça; 2. Discuta as diferentes peças em plenário; 3. Discuta as seguintes questões:

a. Porque é que certos jovens tentam por vezes excluir outros de um certo jogo ou grupo?

b. Como é que se sente quando alguém troça de si? c. O que podemos fazer quando algo semelhante nos

acontece? d. Como poderemos ajudar alguém que tenha sido

excluído de um jogo ou grupo? e. O que podemos fazer se nos sentirmos sozinhos?

4. Faça um resumo das conclusões tiradas.

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-5: Notas Explicativas dos Exercícios sobre Estigmatização (pág. 1)

1o Exercício: Auto-estima Os amigos e a família têm a tendência de nos criticar e, por vezes, esquecem-se de nos elogiar. Se isso acontece com muita frequência, podemos ficar com pouca auto-estima e confiança. Actividades para desenvolver a auto-estima poderão ajudar os jovens a sentirem-se orgulhosos de si mesmos como indivíduos e a sentirem-se menos sós, se forem órfãos ou viverem numa família que fuja aos padrões da comunidade. Também podemos ajudar uma criança e um jovem a sentir-se melhor se os elogiarmos quando fazem algo bem e se realçarmos as suas qualidades.

2o Exercício: Compreender a diversidade Através deste exercício, os jovens partilharão habilidades para reconhecerem as diferenças, saberem apreciá-las e serem tolerantes para com elas. A principal mensagem a passar é que todos somos seres humanos, e que todos temos diferenças, frustrações, etc. Mas, no fim de contas, todos temos as mesmas necessidades e direitos: de comer, de água, de abrigo, de educação, de ter um futuro, etc. É importante fazer uma relação entre a diversidade humana e a diversidade na machamba e no meio que nos rodeia (biodiversidade). Na machamba, a diversidade é importante para garantir uma boa produção e rendimento. Os seres humanos também devem aproveitar as suas diferenças em opiniões, habilidades, conhecimentos, sensibilidades, atitudes, para se desenvolverem e complementarem.

3 o Exercício: Lutar contra a estigmatização O que é a Estigmatização? Estigmatizar significa tratar alguém de forma injusta, marginalizando-o, por exemplo, por pertencer a um determinado grupo (ex. “toxicodependentes”) ou por ter determinadas características físicas que o tornam diferente (ex.: “deficiente”). A estigmatização manifesta-se de diferentes maneiras, desde o isolamento de alguém da família, amigos ou comunidade, à atitude de culpar, fazer mexericos e chamar nomes a alguém, apontar o dedo e fazer juízos de valor, ridicularizar, condenar e deixar de conviver ou usar os mesmos utensílios que alguém infectado pelo HIV. Todos nós já tivemos atitudes ou dissemos algo que se relaciona com o Estigma, mesmo que não nos tenhamos apercebido disso. Por vezes, tendemos a julgar as pessoas, dizendo, por exemplo “ela merece” ou a isolá-la, não permitindo a sua integração no nosso grupo de convivência, de desporto, etc. As pessoas estigmatizam outras por medo, ignorância ou porque não aceitam que as outras pessoas possam ser diferentes daquilo que consideramos a “norma”. O HIV e SIDA levam muitas vezes à estigmatização, porque as pessoas têm pouco conhecimento de como o vírus se transmite, porque a transmissão é, na maioria das vezes, feita por sexo, e, finalmente, porque as pessoas têm medo da doença e da morte. A estigmatização magoa as pessoas. Elas sentem-se rejeitadas, julgadas, isoladas, e incompreendidas, levando à redução da sua auto-confiança e estima.

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-5: Notas explicativas sobre os Exercícios sobre Estigmatização (pág.2)

As actividades de sensibilização, informação e desenvolvimento da auto-estima são cruciais para lidar com o estigma. Cada um de nós pode também fazer a diferença ao mudar a forma de pensar e de agir. O que cada um de nós pode fazer para combater a estigmatização é, por exemplo, evitar usar palavras e atitudes discriminatórias, sensibilizar e tentar mudar o comportamento das pessoas que estigmatizam e oferecer o carinho e dar ouvidos a alguém que se sinta estigmatizado. Crianças, Perda e Estigma Algumas pesquisas têm mostrado que muitas crianças que sofreram a perda de um ou de ambos os pais, ou que tenham tido de cuidar de familiares doentes, nunca tiveram a ocasião de discutir essa experiência com alguém ou de expressar a sua dor, revolta e medo. Isto pode acontecer devido à estigmatização. Elas não falam porque têm medo de serem discriminadas ou porque não lhes é permitido falar sobre assuntos considerados tabus ou segredos de família. Algumas crianças podem igualmente pensar que o que aconteceu com os seus pais ou familiares é, em certa medida, culpa delas. Este sentimento poderá ser exacerbado se ela for alvo de estigmatização, especialmente se as pessoas a julgarem ou aos seus pais por comportamentos passados. Estas situações poderão levar a depressões profundas e mesmo ao suicídio.

Atitudes em Relação a Pessoas que vivem com HIV ou SIDA A estigmatização reveste-se de diferentes formas – rejeição, isolamento,

culpabilização, vergonha, etc. Todos poderemos ser actores de atitudes de estigmatização, mesmo sem nos apercebermos disso.

A estigmatização magoa as pessoas que vivem com o HIV e SIDA, bem como os que se suspeita terem o HIV. Eles precisam do nosso apoio, carinho e respeito.

A estigmatização em relação a pessoas portadoras do HIV ou doentes de SIDA poderá levar a uma maior contaminação pelo vírus, na medida em que inibe as pessoas que vivem com o vírus a revelarem a sua situação.

A estigmatização também é maléfica para todos nós, para as nossas famílias e para a comunidade como um todo. Ele faz com que não consigamos ver o lado bom que cada pessoa tem para oferecer, independentemente da sua situação ou condição de saúde. Por isso, não contribui para o desenvolvimento e paz de uma comunidade ou de um país.

A estigmatização é contrária aos ensinamentos do Cristianismo, Islamismo e de outras religiões.

Nós podemos fazer a diferença ao mudarmos as nossas atitudes e o nosso modo de pensar.

As pessoas que vivem com o HIV são muitas vezes discriminadas ou tratadas de forma injuriosa. Muitas pessoas culpam-nas por terem adquirido o vírus, pensando que, se isso aconteceu foi porque tiveram um comportamento imoral, visto que o HIV se adquire sobretudo através das relações sexuais. Mas muitas pessoas são infectadas pelo seu próprio parceiro, marido ou mulher, noivo ou noiva, que não sabiam que tinham o vírus antes de se relacionarem ou casarem. Outras pessoas apanham o vírus por outras vias, não relacionadas com relações sexuais.

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Ficha de Apoio para o Tópico M4-5: Notas explicativas sobre os

Exercícios sobre Estigmatização (pág. 3)

Algumas pessoas têm receio de se relacionarem com pessoas que têm o HIV e SIDA,

porque pensam que podem ser infectadas ao tocá-las, ao partilhar o mesmo copo ou

prato, etc. Isso não é verdade. É muito importante que tratemos essas pessoas com

carinho, respeito e compaixão. Isso fará com que elas se sintam psicológica e

emocionalmente bem, contribuindo assim para que tenham uma vida mais longa.

Culpar as pessoas que já estão doentes é cruel e não melhora em nada a situação, mas

apenas torna-a mais difícil.

Como Poderemos Mudar as Atitudes Negativas sobre o HIV e SIDA

Algumas estratégias para mudar as atitudes negativas sobre o HIV e SIDA:

Mudar as nossas próprias atitudes;

Dar informação correcta às pessoas, para que elas não sintam receio de algo que

não compreendem;

Ser uma referência, um modelo para os outros, através de um comportamento

humano e solidário com as pessoas que têm HIV e SIDA;

Sensibilizar grupos da comunidade e organizações sobre a necessidade de

combater o estigma.

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Resumo e Avaliação do Módulo 4

(30 min) Plenário: resumo No fim do módulo, faça um resumo com os jovens, para avaliar o seu nível de compreensão. Escolha diversos assuntos e discuta-os. Por exemplo: Dê um exemplo de Experiência na Machamba. Porque é interessante fazer

experiências? Porque fazer um monte de composto? O que é a rotação de culturas e consociação de culturas? Porque é que fazer experiências é bom? Qual é a importância de uma refeição equilibrada? Dê um exemplo.

Rapazes/homens e raparigas/mulheres têm diferentes necessidades de alimentação?

Em que momentos da vida temos que tomar mais atenção a uma dieta equilibrada? O que é a estigmatização? Porque acontece na nossa comunidade? O que podemos

fazer para combater a estigmatização? Depois da discussão, faça o seguinte exercício, ou outro exercício simples para concluir o módulo. (15 min) Exercício de conclusão do módulo: “A minha Mensagem” (com bola)

1. Solicite aos jovens que formem um círculo. 2. Peça para que cada um pense numa

mensagem (ou palavra) que gostaria de transmitir a um amigo ou amiga como informação importante sobre o que aprenderam neste módulo.

3. Depois de o primeiro dizer a mensagem, atira a bola a outra pessoa, e esta deve transmitir a mensagem seguinte. Estimule os jovens a dizerem mensagens diferentes das que já foram mencionadas.

4. Depois de cada um dizer a mensagem, todos deverão repeti-la, até que todos no grupo tenham transmitido a sua mensagem.

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Lista de Referências (pág. 1)

Este módulo foi compilado por: Mundie Salm, Consultora da JFFLS, FAO-

Moçambique.

Tradução e revisão: Leonor Quinto, Consultora de Género e Formadora, FAO-

Moçambique.

Ilustrações: Hélder Moisés João Macamero, com excepção das ilustrações na pág. 2

da Ficha de Apoio para o Tópico M4-3 que foram retiradas do Manual de Nutrição

Comunitária para Formação de Agentes Comunitários de Saúde, Maputo, Ministério

da Saúde, 2004, pág. 28.

Os textos foram baseados e adaptados de diferentes fontes:

Tópico M4-1: Hortícolas: Selecção de culturas da segunda época Escrito por Mundie Salm.

Tópico M4-2: Ciclo de Tomada de Decisões: Experimentando Escrito por Mundie Salm.

1ª Ficha de Apoio: Exercício traduzido e adaptado de Vegetable Integrated Pest Management

Exercise Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, pág.34.

Plano na pág. 2 por Jaap van de Pol, Consultor FFS, durante o Treinamento JFFLS, Nov, 2005.

2ª Ficha de Apoio: 1ª página, escrita por Mundie Salm; 2ª página baseada em: Vegetable

Integrated Pest Management Exercise Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000 ,

pág.33; e de Sustainable Agriculture Extension Manual for Eastern & Southern Africa, Nairobi:

IIRR, 1998, págs. 142-146.

3ª Ficha de Apoio: Traduzida e adaptada de Vegetable Integrated Pest Management Exercise

Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, págs. 26-27.

4ª Ficha de Apoio: Exercício traduzido e adaptado de Vegetable Integrated Pest Management

Exercise Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, pág. 62.

2ª página traduzida e adaptada de Vegetable Integrated Pest Management Exercise Manual,

compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, pág. 62; e de Sustainable Agriculture Extension

Manual for Eastern & Southern Africa, Nairobi: IIRR, 1998, págs. 147-150.

5ª Ficha de Apoio: 1ª página: Traduzida e adaptada de Vegetable Integrated Pest

Management Exercise Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, págs. 58; 2ª

página, traduzida e adaptada de Vegetable Integrated Pest Management Exercise Manual,

compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, pág. 58; e de Sustainable Agriculture Extension

Manual for Eastern & Southern Africa, Nairobi: IIRR, 1998, pág. 168); e as Tabelas no fim de:

Engenheiro Matias Juga, Supervisor, DDA Sussundenga, no treinamento JFFLS, Nov, 2005.

6ª Ficha de Apoio: Traduzida e adaptada de Vegetable Integrated Pest Management Exercise

Manual, compilado pelo CABI Bioscience e FAO, 2000, pág. 57.

Tópico M4-3: Nutrição: Diversidade na Dieta Escrito por Isabel Almeida, Consultora de Nutrição da FAO, e Mundie Salm, Consultora de

JFFLS; com apoio do Manual de Nutrição Comunitária para Formação de Agentes Comunitários

de Saúde, Maputo, MISAU, 2004.

Ficha de Apoio: 1ª e 3ª página: Baseada no Manual de Nutrição Comunitária para Formação

de Agentes Comunitários de Saúde, Maputo, MISAU, 2004; e Family Nutrition Guide, Roma,

FAO, 2004; 2ª página: de Manual de Nutrição Comunitária para Formação de Agentes

Comunitários de Saúde, Maputo, MISAU, 2004, pág. 28.

Tópico M4-4: Rapazes e Raparigas: Oportunidades iguais Parte 1: escrito por Leonor Quinto, Consultora de Género, e Isabel Almeida, Consultora de

Nutrição da FAO Moçambique.

Parte 2: de Meu Futuro é Minha Escolha, UNICEF, 2006, pág. 59.

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Lista de Referências (pág. 2) Tópico M4-5: A diversidade humana: enfrentar a estigmatização Este tópico foi concebido e desenvolvido por Paolo Israel, Consultor de FAO Roma

1o e 3o Exercícios: Ross Kidd and Sue Clay (2003) Understanding and Challenging HIV Stigma: A Toolkit for Action. The CHANGE project, Washington DC: Academy for Educational Development. Website:http://www.changeproject.org/technical/hivaids/stigma/StigmaToolkit.pdf

2º Exercício: Adaptado de Paolo Israel e tirado do Website: Ross Kidd and Sue Clay (2003) Understanding and Challenging HIV Stigma: A Toolkit for Action. The CHANGE project, Washington DC: Academy for Educational Development. pág.122. Website: http://www.changeproject.org/technical/hivaids/stigma/StigmaToolkit.pdf

Ficha de Apoio (Segunda parte, pág. 2): JFFLS Facilitators’ Reference Guide, por Lima (Proprietary) Ltd, Swaziland, Sept. 2007.

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