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    MANUAL DE

    PRODUO INTEGRADADE FRAMBOESA

    DIREO REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRRIO

    DIREO DE SERVIOS DE AGRICULTURA E PECURIA | 2012

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    MANUAL DEPRODUO INTEGRADADE FRAMBOESA

    Autor

    Jos Adriano Mota

    Edio

    Goerno dos Aores

    Secretaria Regional da Agricultura e Florestas

    Direo Regional do Desenolimento Agrrio

    fotogrAfiA

    Banco de imagens da Direo de Serios de Agricultura e Pecuria

    (Direo Regional do Desenolimento Agrrio)

    Internet

    PAginAo E imPrEsso

    Vn Bn, Nv G, L.

    tirAgEm

    25 exemplares

    dep Leal

    34352/2

    maio 202

    Laboratrio Regional de Sanidade Vegetal

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    NDICE

    1. i .......................................................................................... 4

    2. Prcas culturais................................................................................. 6

    2.1. maea e ppaa .......................................................... 6

    2.2. Pepaa ee.............................................................. 7

    2.3. Ferlizao de fundo e de cobertura........................................ 7

    2.4. Cpa e plaa ............................................................ 8

    2.5. Plaa .................................................................................. 8

    2.6. Pa .......................................................................................... 8

    2.7. Clhea..................................................................................... 9

    3. Pe ieaa ........................................................................... 10

    3.1. Produtos tofarmacucos autorizados................................. 10

    3.2. Efeitos secundrios dos produtos tofarmacucos

    autorizados sobre os auxiliares............................................... 12

    3.3. Nveis Econmicos de Ataque................................................. 14

    4. Cae e Cap ........................................................................... 18

    5. Bibliograa........................................................................................ 36

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    1. INtroduo

    A agricultura tem um papel muito importante na defesa e manuteno da qualidade dos recursos ambientais,

    assim como na melhoria da qualidade e segurana dos alimentos que produz, pelo que tm de ser adotados

    novos modos de produo, dos quais se destaca a produo integrada.

    Em produo integrada pretende-se produzir alimentos de elevada qualidade e ulizar os recursos naturais

    e mecanismos de regulao natural em substuio de fatores de produo prejudiciais ao ambiente, de

    modo a assegurar, a longo prazo, uma agricultura vivel. A preservao e melhoria da ferlidade do solo e da

    biodiversidade e a observao de critrios cos e sociais so essenciais em produo integrada.

    As culturas so vistas e tratadas como ecossistemas agrrios, cuja perturbao deve ser, tanto quanto possvel,

    minimizada. A biodiversidade o pilar da estabilidade do ecossistema, dos mecanismos de regulao natural

    e da qualidade da paisagem. Poder constuir um importante recurso, com carter funcional (biodiversidade

    funcional), permindo a reduo de intervenes com impactos negavos, como a realizao de tratamentos

    tossanitrios.

    Em proteo integrada d-se prioridade s medidas indiretas, que devem ser esgotadas antes da ulizao de meios

    diretos de luta, no combate aos inimigos das culturas. Os meios diretos de luta so ulizados de forma a manter

    as populaes dos inimigos das culturas abaixo de nveis que causam prejuzos, designados neis econmicos de

    ataque. A tomada de deciso baseia-se na ulizao das melhores tcnicas disponveis, tais como mtodos de

    diagnsco, esmava do risco e modelos de previso.

    De um modo geral, sempre necessrio recorrer em maior ou menor grau e com maior ou menor frequncia

    ao emprego de produtos tofarmacucos para combater pragas e agentes patognicos. Pelo menos, quase

    sempre imprescindvel a aplicao de fungicidas. A ulizao destes produtos connuar a ser uma ferramenta

    indispensvel proteo das culturas. Assim sendo, a escolha criteriosa de produtos de menor toxicidade, que

    favoream, ou pelo menos no contrariem, a ao da limitao natural devida aos auxiliares, um objevo

    primordial e requer um melhor conhecimento dos respevos efeitos secundrios.

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    Os nveis populacionais das pragas e os estragos que provocam, assim como os nveis de ataque das doenas,

    devem ser esmados periodicamente por amostragem (mv i). As tcnicas da esmava do

    risco podem ser diretas (observao visual) e/ou indiretas (essencialmente uso de armadilhas) e devero ser

    sempre complementadas pela fenologia da cultura, pela suscebilidade varietal e pelos fatores climcos.

    Perante os resultados da esmava do risco, recorre-se ento aos nveis econmicos de ataque ou a modelos

    de desenvolvimento de pragas e de doenas para avaliar a indispensabilidade de interveno com meios diretos

    de luta (Amaro, 2003).

    Em proteo integrada importante aceitar ou tolerar a presena de populaes de pragas a nveis que

    no causem prejuzos. Nesse sendo foi denido o conceito de Nel Econmico de Ataque (NEA), o qual

    corresponde densidade da populao de uma praga a que devem ser tomadas medidas de combate para

    impedir que o aumento dessa populao anja o nvel prejudicial de ataque. Por outro lado, o Nel Prejudicial

    de Ataque (NPA) a mais baixa densidade populacional de uma praga que causar prejuzos, ou seja a reduo

    de produo com importncia econmica. O NPA poder tambm ser denido como a densidade da populao

    da praga em que o custo das medidas de combate iguale o prejuzo causado pela praga (Amaro, 2003).

    O Nvel Econmico de Ataque est assim associado avaliao de populaes de tfagos (pragas) e dos seus

    efeitos, mas dever tambm considerar a fauna auxiliar a eles associada.

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    No quadro 1 indicam-se algumas das variedades de framboesas remontantes e no remontantes.

    Quadro Variedades de framboesas remontantes e no remontantes.

    CULTIvARES DE FRAMBOESAS REMONTANTES CULTIvARES DE FRAMBOESAS NO REMONTANTES

    Ja J Chilliwack

    s gle Aple

    Ruby gle Clva

    A Bl Glen Lyon

    Princess gle maa

    Autumn Cygnet Glen Moy

    gala gle Pe

    Joan Squire gle ra

    Heae mall gaa

    - mall Jla

    - mall Le

    - Meeker

    - Puyallup

    2. PrtIcas cuLturaIs

    As prcas culturais no seu conjunto, quando adequa-

    damente realizadas, proporcionam as melhores con-

    dies de crescimento e desenvolvimento s plantas

    culvadas, fortalecendo-as de modo a melhor resis-

    rem aos fatores adversos, quer sejam bicos ou abi-

    cos, e constuem tambm, por si prprias, impor-

    ae ea e la ea.

    2.1. Mii ppg

    As plantas de framboesa pertencem famlia das

    Rosaceae, gnero Rubus, e existem diferentes pos

    de variedades, cada uma com caraterscas prprias

    de produvidade, de pocas de produo, de hbitos

    de frucao, de colorao dos frutos e de exigncias

    edafo-climcas.

    A framboesa vermelha oresce no vero aps um

    ano de crescimento vegetavo e de passar por um

    perodo de dormncia durante o inverno. No entanto,

    existe um grupo de plantas de framboesa vermelha

    que orescem nos lanamentos do ano durante o m

    do vero princpio do outono, s quais chamamos

    framboesas remontantes. Assim, uma culvar

    considerada remontante quando a diferenciao oral

    dos gomos ocorre durante o perodo de crescimento,

    em contraste com a framboesa no remontante em que

    a diferenciao s ocorre aps o m do crescimento.

    No caso das culvares no remontantes, as varas so

    bianuais, ou seja, crescem no primeiro ano (primocanes)

    e produzem frutos no ano seguinte (oricanes),

    morrendo logo a seguir colheita. Durante a poca de

    crescimento estes dois pos de varas coexistem.

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    2.2. Pp n

    Deve ser dada parcular ateno escolha do terreno

    a plantar e sua preparao, de modo a permir uma

    vida longa e produva s plantas de framboesa. A

    preparao do terreno deve iniciar-se, de preferncia,

    no ano que antecede a plantao, sobretudo no

    que se refere ao combate s infestantes e possvel

    necessidade de correo do pH do solo. Deste modo,

    a ae plaa eve e elaa

    todas as infestantes perenes e deve-se evitar que as

    infestantes produzam sementes.

    As framboesas crescem melhor em solos bem drena-

    dos cujo valor de pH seja entre 5,5 e 6,5. A determina-

    o do pH do solo deve ser efetuada, no mnimo, seis

    meses antes da plantao, para que a sua correo

    seja feita a tempo.

    2.3. Fli fn b

    Para uma adubao de fundo correta e adequada ao

    po de solo, cerca de seis meses antes da plantao

    deve ser feita a colheita de uma amostra de solo para

    anlise das suas caraterscas sicas e qumicas, tais

    como a sua ferlidade, o teor de matria orgnica e

    o seu pH. Com base nos resultados dessas anlises

    so ento selecionados os pos de adubo a aplicar e

    calculadas as respevas quandades.

    A quandade de azoto (N) a aplicar depende de v-

    rios fatores, sobretudo da idade e do vigor das plan-

    tas, do po de solo e da produo pretendida. Caso se

    opte por um adubo ternrio do po 111, no primeiro

    ano a adubao deve ser reparda por trs pocas: a

    primeira cerca de 2 semanas aps a plantao; a se-

    gunda cerca de um ms depois; e a terceira aplica-

    o um ms depois da segunda. Nos anos seguintes, a

    adubao dever tambm ser fracionada do seguinte

    modo: um tero quando as varas ou lanamentos no-

    vos comeam a crescer; outro tero no m de maio; e

    por m o restante tero no m de junho. Geralmente

    recomenda-se a aplicao total de 120 a 240 kg de

    adubo composto do po 10:10:10 por cada 1000 m2 e

    por ano. O adubo deve ser espalhado sobre toda a su-

    percie da linha de plantao e de preferncia incor-

    porado na camada supercial do solo. Alm disso, a

    rega deve ser ligada de seguida, de modo a permir a

    deslocao do adubo para junto das razes das plantas.

    As quandades de fsforo (P) e de potssio (K) a aplicar

    podero ser ajustadas de acordo com os resultados

    a ale e l.

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    2.4. cmp pln

    A distncia entre plantas na linha de plantao deve

    variar entre os 60 e os 90 cm e a distncia entre linhas

    dever ser de 2,5 a 3 m.

    2.5. Pln

    A melhor opo a aquisio de plantas a um viveiro

    que garanta a ausncia de pragas e de doenas. Se

    esse viveiro for de um pas que no pertena Unio

    Europeia, as plantas tm de vir acompanhadas de um

    nii para que as mesmas possam

    entrar no pas e para garanr a iseno de pragas e

    doenas de quarentena.

    A propagao de plantas a parr de estacas de um

    vizinho, por exemplo, pode levar disperso de

    organismos nocivos, cujo combate e controlo, a maior

    parte das vezes, dicil e oneroso.

    O sistema de suporte das plantas e o de rega devem,

    de preferncia, estar montados antes da plantao

    a plaa.

    A plantao deve ser feita preferencialmente no m

    ve.

    2.6. P

    A poda uma operao cultural muito importante para

    a manuteno da produvidade das plantas e para a

    eliminao de varas doentes e/ou com pragas e de varas

    em excesso ou com pouco vigor. A poda melhora ainda

    a distribuio da luz solar, o arejamento e a penetrao

    das caldas de produtos tofarmacucos.

    No caso das variedades no remontantes, a poda

    principal deve ser realizada logo aps o m da colheita

    ou no m do inverno e devem ser eliminadas todas

    as varas que deram fruto, cortando-as mesmo junto

    ao solo. De janeiro a princpios de maro, todas as

    varas novas (varas do ano) com pouco vigor, pardas,

    doentes ou com sinais da presena de insetos devem

    ser eliminadas. Alm disso, todas as varas novas que se

    encontram fora de uma faixa de 25 a 30 cm de largura

    ao longo da linha devem tambm ser eliminadas. Por

    m, as varas novas selecionadas para produo devem

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    ser cortadas de modo a carem com cerca de 1,8 m

    de comprimento, e devem ser atadas ao sistema de

    suporte (Strik, 2008).

    A vaeae remontantes eve e paa l

    a seguir ao m da colheita, cortando-se todas as varas

    junto ao solo. Depois, na primavera seguinte, surgiro

    novos lanamentos que frucaro nesse mesmo ano

    (Strik, 2008).

    2.7. clhi

    A colheita deve ser feita preferencialmente todos os

    dias, ou na impossibilidade de o fazer, todos os 3 a 4

    dias, dependendo do estado do tempo e da variedade.

    A colheita frequente minimiza o aparecimento de

    doenas e de pragas que preferem frutos muito

    maduros ou j em decomposio. Quando os frutos

    esto maduros, a sua colheita fcil, bastando para tal

    pux-los ligeiramente. Devem ser usados recipientes

    pouco profundos para colocao dos frutos colhidos,

    de forma a evitar que sejam danicados pelo seu

    pp pe.

    Para aumentar o tempo de conservao dos frutos,

    deve evitar-se a colheita quando estes esto hmidos e

    a sua refrigerao deve ser feita o mais cedo possvel.

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    0

    3. Proteo INteGrada

    3.1. P fm i

    Em Portugal, a cultura da framboesa considerada uma cultura menor, pelo que no existem produtos

    tofarmacucos homologados. Existem sim autorizaes, ao abrigo dos usos menores (alargamento de

    espectro para uso menor), para a ulizao de alguns produtos tofarmacucos (j homologados em Portugal

    para outros ns) no combate a determinados organismos nocivos a esta cultura (Quadros 2 a 5). A ulizao

    destes produtos autorizada de acordo com o espulado no art. 9 do Decreto-Lei n 94/98, de 15 de abril.

    Quadro 2 Insetos nocivos da cultura da framboesa e respevos insecidas cuja aplicao est autorizada bem como as res -

    pevas concentraes a usar, os intervalos de seguranas, as marcas comerciais e as empresas fabricantes ou distribuidoras.

    ORGANISMO NOCIvO CONCENTRAO OU DOSEI. s.

    (dias)

    MARCA COMERCIAL

    bni vEMPRESA

    Adeos

    50g p.c./hl (25g s.a./hl) 14Pirimor gpirimicarbe

    sYngEntA

    20ml p.c./hl (9,6g s.a./hl) 3CALYPso

    acloprideBAYER CropScience

    Laaa 100g p.c./ha -turEX

    Bacillus thuringiensisAgrisEnsE

    Laaa(Helicoverpa armigera)(Spodoptera lioralis)

    150-200ml p.c./hl (72-96g s.a./hl) 21dursBAn 4clorpirifos

    doW

    10-20ml p.c./hl (1-2g s.a./hl) 7KARATE WITH ZEON

    tECHnoLogY

    lambda-cialotrina

    sYngEntA

    tpe 20ml p.c./hl (9,6g s.a./hl) 3sPintor

    paedoW

    I.S. Intervalo de segurana ; p.c. produto comercial ; s.a. substncia ava

    Quadro 3 caros nocivos da cultura da framboesa e respevos acaricidas cuja aplicao est autorizada bem como as res -

    pevas concentraes a usar, os intervalos de seguranas, as marcas comerciais e as empresas fabricantes ou distribuidoras.

    ORGANISMO NOCIvO CONCENTRAO OU DOSEI. s.

    (dias)MARCA COMERCIAL

    bni v EMPRESA

    caros eriodeos 150 g p.c./hl (7,95 g s.a./hl) 21dinAmitE

    fenepiroximatoSIP-QUIMAGRO

    caros

    50 g p.c./hl (5 g s.a./hl) 7nissorumhexiazox

    nisso

    40ml p.c./hl (4g s.a./hl) 3tALstAr

    bifentrinafmC

    Aah veelh(Tetranychus urcae)

    40ml p.c./hl (20g s.a./hl) -APoLLo

    clofentezinaMAKHTESHIM

    0,75-1,21 g p.c./ha(13,5-21,6 g s.a./ha)

    7VErtimEC 018 EC

    abamecnasYngEntA

    I.S. Intervalo de segurana ; p.c. produto comercial ; s.a. substncia ava

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    Quadro 4 Doenas que atacam a cultura da framboesa e respevos fungicidas cuja aplicao est autorizada bem como as

    respevas concentraes a usar, os intervalos de seguranas, as marcas comerciais e as empresas fabricantes ou distribuidoras.

    ORGANISMO NOCIvO CONCENTRAO OU DOSEI. s.

    (dias)MARCA COMERCIAL

    bni vEMPRESA

    fee 40ml p.c./hl (10g s.a./hl) -sCorE 250 ECdifenoconazol

    sYngEntA

    ml(Peronospora sparsa)

    1250-2500g p.c./hl (250-500gs.a./hl)

    7

    CALdA BordALEsAQUIMAGRO

    (sulfato de cobre e clcio-mistura bordalesa)

    QUIMAGRO

    o(Oidium sp.)

    150ml p.c./hl (37,50g s.a./hl) 7nimrod

    bupirimatoMAKHTESHIM

    50ml p.c./hl (6,25g s.a./hl) 3 rALLYmiclobutanil doW

    30-35ml p.c./hl (3 - 3,5g s.a./hl) -TOPAZE

    penconazolsYngEntA

    3-6 kg p.c./ha (2400-4800 kgs.a./ha)

    -tHioVit JEt

    enxofresYngEntA

    Podrido cinzenta(Botrys cinerea)

    150g p.c./hl (75g s.a./hl) 1tELdor

    fenehexamidaBAYER CropScience

    150g p.c./hl (75g s.a./hl) 3ROVRAL AQUAFLOW

    paBAsf

    1 kg p.c./ha (375+250 g s.a./ha) - SWITCH 62,5 WGciprodinil+udioxinil

    sYngEntA

    I.S. Intervalo de segurana ; p.c. produto comercial ; s.a. substncia ava

    Quadro 5 Herbicida cuja aplicao est autorizada no combate a gramneas anuais, bem como a respeva concentrao a

    usar, o intervalo de segurana, a marca comerciai e a empresa fabricante.

    ORGANISMO NOCIvO CONCENTRAO OU DOSEI. s.

    (dias)MARCA COMERCIAL

    bni vEMPRESA

    gaea aa 1-1,2l p.c./ha (50-60g s.a./ha) -tArgA goLd

    quizalofope-P-eloBAYER CropScience

    I.S. Intervalo de segurana ; p.c. produto comercial ; s.a. substncia ava

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    3.2. efi ni p fm i b gnim xili

    Todos os produtos tofarmacucos so mais ou menos txicos relavamente fauna auxiliar, pelo que se

    torna importante o conhecimento dos respevos efeitos secundrios. A seguir apresenta-se uma lista dos efeitos

    secundrios sobre os principais grupos de insetos auxiliares para as substncias avas em que tal conhecido

    (Quadros 6 e 7).

    Quadro Efeitos secundrios das substncias avas insecidas e acaricidas autorizadas em framboesa.

    Substnciasv

    Colepteros Neurpteros Heterpteros Himenpteros Fitosedeos si Plini

    abamecna (*) R (24h/1 1/2)

    Bacillus

    thuringiensisC

    bifentrina

    clofentezina -

    clorpirifos

    fenepiroximato

    hexiazox -

    lambdacialotrina(**)

    pirimicarbe T/R (24h)

    pae

    aclopride

    - muito txico - medianamente txico - eT - Fechar a colmeia quando aplicar a substncia ava e abrir s quando no se observar o produto sobre a cultura.

    R ( ) - Rerar a colmeia antes de aplicar a substncia ava e voltar a coloc-la no mesmo so no prazo indicado ( ). ( ) Persistncia da

    s.a., expressa em horas ou dias.

    C - Compavel com as colmeias.

    (*) S pode ser ulizada 2 semanas antes da largada dos auxiliares.

    (**)Incompavel com os auxiliares durante 8 semanas.

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    Quadro 7 Efeitos secundrios das substncias avas fungicidas autorizadas em framboesa.

    Substncias

    atvas

    Colepteros Neurpteros Heterpteros Himenpteros Fitosedeos Sirfdeos Polinizadores

    bupirimato T

    ciprodinil

    +

    udioxinil

    - - - - R (12h)

    cobre

    (sulfato Cu e

    Ca mistura

    bordalesa)

    difenoconazol - C/T

    enxofre C

    fenehexamida -

    iprodiona C

    miclobutanil - T

    penconazol T/R (12h)

    - muito txico - medianamente txico - neutro

    T - Fechar a colmeia quando aplicar a substncia ava e abrir s quando no se observar o produto sobre a cultura.

    R ( ) - Rerar a colmeia antes de aplicar a substncia ava e voltar a coloc-la no mesmo so no prazo indicado ( ). ( ) Persistncia da

    s.a., expressa em horas ou dias.

    C - Compavel com as colmeias.

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    3.3. Nvi enmi aq

    De seguida apresenta-se o quadro 8, no qual se incluem, para cada um dos organismos nocivos da cultura da

    framboesa conhecidos at ao presente, os elementos referentes esmava do risco, tomada de deciso e aos

    vrios meios de luta disponveis ou que se podero por em prca.

    Quadro Mtodos de esmava do risco, nveis econmicos de ataque e meios de luta a adotar na cultura da framboesa para

    as principais pragas e doenas.

    PRAGAS

    a

    emv i

    Tomada de deciso

    Meios de luta

    Obserao isual(rgos a obserar)

    Outrosmtodos

    BiolgicosFauna auxiliar

    Qumicos Culturais

    Planta. Pesquisara peea e

    colnias.

    Colocaraalhacromotrpicas

    aaela e eMoericke.

    Tratar ao aparecimento dasprimeiras colnias, quando25% a plaa apeeaecolnias pequenas (at 10adeos/colnia) ou quando10% a plaa apeeaecolnias grandes (> 10

    adeos/ foco). Tratar de formalocalizada, se possvel, tendoem considerao os organismosauxiliares presentes no campoe p.

    Scymnus p.Chrysoperla carnea

    Aphidoletes aphidimyza

    CALYPsoPirimor g

    de e a

    cultura.

    Lagartas (Lepidpteros)

    emv i

    Tomada de deciso

    Meios de luta

    Obserao isual

    (rgos a obserar)

    Outros

    mtodos

    BiolgicosFauna auxiliar Qumicos Culturais

    dae pevegetavoobservar a plantainteira e pesquisara e peeae laaa.

    Colocaraalhapo funil comferomona.

    taa peea a paaou quando se detetaremadultos nas armadilhas comferomona sexual, tendo emconsiderao os organismosauxiliares presentes no campoe p.

    dursBAn 4

    KARATEWITH ZEONtECHnoLogY

    turEX

    Ela ainfestantes;de e acultura.

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    Tripes

    emv i

    Tomada de deciso

    Meios de luta

    Obserao isual(rgos a obserar)

    Outrosmtodos

    BiolgicosFauna auxiliar

    Qumicos Culturais

    Observar folhas eores.

    Ulizar a tcnicadas pancadas.Colocar ar-alhacromotrpicasamarelas e/ouazuis.

    Tratar presena da praga,tendo em considerao osorganismos auxiliares presentesno campo de produo.

    Aeolothrips pp.Orius pp.

    sPintor

    Ela ainfestantes;de e acultura.

    i

    emv i

    Tomada de deciso

    Meios de luta

    Obserao isual(rgos a obserar)

    Outrosmtodos

    BiolgicosFauna auxiliar

    Qumicos Culturais

    dae pevegetavoobservar a planta

    e pesquisara existnciade picadas dealeae/ou de folhasocupadas.

    taa peea efolha ocupada () e/ou aoaparecimento de sintomas,tendo em considerao osorganismos auxiliares presentes

    no campo de produo.

    () ndice de ocupao: 0 =ausncia de formas mveis e dea.1 = presena de pelo menosuma forma mvel (folhaocupada) e de sintomas.

    dinAmitE

    Ela a

    infestantes;de e acultura.

    emv i

    Tomada de deciso

    Meios de luta

    Obserao isual(rgos a obserar)

    Outrosmtodos

    BiolgicosFauna auxiliar

    Qumicos Culturais

    dae pevegetavoobservar a plantae pesquisara existnciade picadas de

    aleae/ou de folhasocupadas.

    taa peea efolha ocupada () e/ou aoaparecimento de sintomas,tendo em considerao osorganismos auxiliares presentesno campo de produo.

    () ndice de ocupao: 0 =

    ausncia de formas mveis e dea.1 = presena de pelo menosuma forma mvel (folhaocupada) e de sintomas.

    Fitosedeos (carospredadores),Chrysoperla carnea,

    Orius pp.

    APoLLo

    nissorum

    tALstAr

    VErtimEC018 EC

    Ela ainfestantes;de e a

    cultura.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    DOENAS

    Antracnose (Elsine veneta, anamorfo Sphaceloma necator)

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    varas: manchas avermelhadas,circulares a elpcas. Com o tempocam deprimidas, com uma aurolaavermelhada e com o centrocastanho pardo. Podem coalescer,adquirindo uma forma irregular que,mais tarde, envolvem todo o caule,fazendo-o secar e quebrar.Flh: pequenas manchasavermelhadas na pgina superior,que vo aumentando de tamanho.

    Acabam por desenvolver umaae aveelhaa a elao centro, de cor clara. Os tecidosdoentes podem cair, dando umaspeto crivado folhaFrutos: as drupolas no sedesenvolvem em simultneo e oamadurecimento no homogneo.

    Condios espalhados pela chuva, vento ouinsetos at aos ramos novos e suculentos.Os sintomas da infeo surgem decorridaa eaa ap a ea

    esporos do fungo.

    Qumicos Culturais

    Eliminar os resduos;Ela a vaaque deram frutologo aps a colheita;Evitar plantaesdensas;No exagerar nas

    regas;Eva ea pasperso;de plaaee.

    Cancro das aras (Botryosphaeria dothidea)

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    varas: cancros volta de um ou mais a vaa e a. Aleses alongam-se e desenvolvem-se volta do n, anelando a vara,provocando a morte do gomo ou a laeal. o a visveis na fase de amadurecimentodos frutos.Flh: junto aos cancros murcham,cam amareladas e secam.Frutos: o seu desenvolvimento nasvaras doentes afetado.

    Hiberna nos cancros dos ramos mortos,nos gomos dormentes e nas cicatrizesdos pecolos. As variedades com elevadaincidncia da doena tendem a manteruma grande quandade de pecolos nove.

    Qumicos Culturais

    Eliminar os resduos;Evitar plantaesdensas;No exagerar nasregas;Eva ea pasperso;de plaaee.

    Ferrugem

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    Esta doena pode afetar tanto asfolhas das varas vegetavas comodas fruferas. Em certos anos podecausar signicava morte prematura

    das folhas, levando diminuio dov a plaa e a p.

    Qumicos Culturais

    sCorE 250 EC

    Ela edas culturas;Evitar plantaesdensas;No exagerar nas

    regas;Eva ea pasperso;de plaaee.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    Mldio (Peronospora sparsa)

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    Trata-se de uma doena que pode

    afetar as varas vegetavas e asvaras fruferas, bem como as razes.Normalmente as infees tornam-sevisveis nas folhas, nos pecolos, nospednculos dos frutos, nos clicese nos prprios frutos no m daprimavera e no vero. Em condiesde elevada humidade os ataquespe e eve.

    Qumicos Culturais

    CALdABordALEsAQUIMAGRO

    Ela edas culturas;Evitar plantaesdensas;No exagerar nasregas;Eva ea pasperso;de plaaee.

    Odio (Oidium sp)

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    Este fungo ataca as folhas, osfrutos e as extremidades dos novoslanamentos. As folhas infetadasapeea aea vee-claro na pgina superior e micliobranco na pgina inferior.Os frutos e as extremidades doslanamentos podem car totalmentecobertos pelo miclio branco dofungo.

    Qumicos Culturais

    nimrod

    rALLY

    tHioVit JEt

    TOPAZE

    Ela edas culturas;Evitar plantaesdensas;No exagerar nasregas;Eva ea p

    asperso;de plaaee.

    Pi inn

    Sintomas Transmisso Meios de luta

    Frutos: podrido mole, cinzenta abege, que rapidamente se cobre comas frucaes do fungo. Desenvolve-se quer a parr do pice do frutojunto cicatriz da or, quer a parrdo pednculo.

    Qumicos Culturais

    roVrAL

    AQUAFLOW

    SWITCH 62,5 WG

    tELdor

    Ela edas culturas;

    Evitar plantaesdensas;No exagerar nasregas;Eva ea pasperso;de plaaee.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    CADERNO DE CAMPO PARAA CULTURA DA FRAMBOESA

    Em produo integrada, fundamental denir as prcas aceites e aconselhadas neste

    modo de produo, estabelecendo, se possvel, um modelo tcnico por cultura e para

    cada regio.

    O caderno de campo o documento base e obrigatrio para o exerccio da produo

    integrada e o mesmo deve obedecer ao modelo que se apresenta neste captulo. Com

    o caderno de campo pretende-se que sejam registadas todas as operaes culturais

    realizadas, tarefas executadas e tcnicas ulizadas.

    Neste documento, fundamental o registo da ocorrncia dos estados fenolgicos da

    cultura, das operaes culturais efetuadas e as datas em que tenham sido realizadas, das

    observaes efetuadas relavamente aos inimigos da cultura e organismos auxiliares e

    da aplicao de produtos tofarmacucos e ferlizantes.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    IDENTIFICAO DO PRODUTOR

    ne

    maa

    Contacto

    E-al

    N Contribuinte

    N do Contrato

    IDENTIFICAO DA PARCELA

    ne Local

    feea Concelho

    rea (ha) N parcelrio

    Cultura anterior na parcela

    daa / /

    P

    Tcnico

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    0

    PREPARAO DO TERRENO

    Data Operao cultural/alfaia N de passagens objv

    / /

    / /

    / /

    / /

    Observaes

    PLANTAO

    daa e plaa

    Ea a a plaa

    Vaeae

    rea/variedade

    Densidade (compasso de plantao)

    Observaes

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    2

    FERTILIzAO

    Amostra de solos:

    daa / / Laboratrio

    Referncia da amostra

    cv Data /h Tcnica de aplicao

    Cal e epa / /

    Ee / /

    Laa / /

    / /

    ADUBAO DE FUNDO

    Data Adubo Kg/huni flin pli/h

    N P20

    5K

    20 B Mg Mn S Ca

    / /

    / /

    TOTAIS

    Tcnica de aplicao

    ADUBAO DE COBERTURA

    Data Adubo Kg/huni flin pli/h

    N P20

    5K

    20 B Mg Mn S Ca

    / /

    / /

    / /

    / /

    TOTAIS

    Tcnica de aplicao

    Observaes

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    2

    REGA

    Data da lma anlise de gua Laboratrio

    oe a a

    Referncia da amostra

    sea e ea

    rea total (ha)

    N de setores de rega

    REGISTO DAS REGAS

    Data N do(s) setor (es) N de gotejadores dbi (l/h)Tempo derega (min)

    Dotao total(m3 ou l)

    / /

    / /

    / // /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    SOMA:

    OUTRAS OPERAES CULTURAIS

    Data

    / /

    / /

    / /

    / // /

    / /

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    CONTROLO DE INFESTANTESHerbicida

    Data sbni v Produto comercial Kg l/hInteralo desegurana

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    ma maal sim no

    Observaes

    PRODUTOS FITOFARMACUTICOS UTILIzADOS

    Ini, aii, Fngii Nmii

    Data Praga/doena sbni v Produto comercialQn(kg l/h)

    Interalo desegurana

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    / /

    Observaes

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    4

    COLHEITA

    Data de incio de colheita / / Data de nal de colheita / /

    Produo (kg/ha)

    Observaes

    Ao caderno de campo o produtor dee anexar:

    - Bolem de anlise de terra;

    - Bolem de anlise de gua de rega;

    - Bolem de anlise foliar (quando efetuada);

    - Comprovavos de aquisio dos ferlizantes aplicados;

    - Comprovavos de aquisio dos produtos tofarmacucos aplicados;

    - Plano de explorao.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    REGISTO DAS vISITAS AO CAMPO

    Data Obseraes/recomendaes

    / /

    / /

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    / /

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    / /

    / /

    / /

    / /

    Assinatura

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    coNstItuIo de PoNtos de MoNItorIzao PM

    Os pontos de monitorizao devem ser representavos da rea de produo, de forma a permir tomadas de

    deciso adequadas. Ao caderno de campo deve ser anexada informao pormenorizada sobre esses PM.

    N milh:

    1. Armadilhas po funil com feromona para cada espcie-chave de lepidpteros no PM. Recomenda-se

    que a distncia mnima entre as armadilhas seja de 50 m, sendo tambm de considerar as instrues de

    ulizao da casa comercial. De um modo geral, as feromonas devem ser substudas mensalmente e a

    recolha dos insetos capturados nas armadilhas deve ser semanal.

    2. Armadilhas cromotrpicas amarelas e/ou azuis, em nmero adequado rea da parcela:

    pl N milh mpi

    500 2

    1 a 5 ha6 a 10 ha

    11 a 20 ha> 20 ha

    2101520

    + 2 por cada 5 ha

    Armadilha do po funil para captura e monitorizao de insetos

    a e Leppea.

    2 Armadilha cromotrpica amarela adesiva ulizada para a captura

    e monitorizao de diversas espcies de insetos.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    2

    A ulizao de armadilhas cromotrpicas amarelas permite a captura de formas aladas de insetos que

    contribuem para a disperso das pragas, contudo tambm capturam os insetos alados bencos (auxiliares).

    A aplicabilidade esperada das armadilhas cromotrpicas deve ser avaliada em funo da fauna auxiliar presente

    na parcela.

    As armadilhas cromotrpicas devem ser substudas semanalmente. Se se proceder largada de auxiliares, as

    armadilhas cromotrpicas tm de ser reradas no momento da largada.

    A observao das armadilhas deve restringir-se a uma faixa da armadilha de cerca de 1/3 do comprimento total

    da armadilha. Considerando as dimenses mais usuais das armadilhas, em mdia 15x21 cm, a faixa a observar

    consiste num retngulo com a largura da armadilha e uma altura de 7 cm acima do bordo inferior. A escolha

    desta faixa teve em considerao um certo escorrimento que se verica nas armadilhas expostas vercalmente e

    aquando do transporte. Para maior comodidade e preciso convm dividir esta rea em 3 ou 4 setores, segundo

    mostra a gura. Na cha de registo coloca-se: 0 (ausncia) ou + (presena).

    7 cm

    Figura: Delimitao, na armadilha, da faixa de 7 cm e respeva diviso em setores.

    Periodicidade das obseraes:

    Observao semanal no ponto de monitorizao.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    REGISTO DAS OBSERvAES FEITAS NAS ARMADILHAS

    Pm

    amilh mpi

    amarelas (0/+)amilh m fmn (0/+)

    Data

    de

    observao

    Afde

    os

    tripe

    s

    Spod

    opteralitoralis

    Autographagamma

    Chrydodeixischalcites

    0 - ni+ - presena

    Assinatura

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    2

    OBSERvAO E QUANTIFICAO EM PLANTAS DOS ORGANISMOS PRESENTES NA CULTURA

    Pm

    PRAGAS

    DOE

    NAS

    AUX

    ILIARES

    cros

    afdeos

    Laga

    rtas

    Tripes

    Datadeobserao

    Fenologia

    Ocupao(0a)

    Predao(0a)

    Ocupao(0a)

    Parasismo(IaIV)

    Ocupao(0a)

    Parasismo(IaIV)

    Ocupao(0a)

    Predao(0a)

    Antractnose

    Cancrodasaras

    Ferrugem

    Mldio

    Odio

    Podridocinzenta

    viroses

    Outros

    Obseraes

    Assinatur

    a

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    0

    REGISTO DAS PRAGAS E DOENAS OBSERvADAS

    Pragas Ocupao

    caros

    0 ausncia de formas mveis

    1 presena de pelo menos uma forma mvel(folha ocupada) e sintomas

    Adeos

    Laaa

    0 ausncia

    1 peea

    tpe0 3 formas mveis

    Doenas Registo

    Antracnose

    Cancro das varas

    fee

    ml

    o

    Podrido cinzenta

    Ve

    oa

    0 ausncia de sintomas

    1 presena de sintomas e condies favorveis

    Auxiliares Registo

    Fauna auxiliar 0 - fauna auxiliar reduzida1 - fauna auxiliar abundante

    Parasismo

    I ausncia de parasismo

    II 50% de parasismo

    Pea

    0 - Ausncia de predadores

    1 - Peea e peae

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    Lava peaAphydoletes aphidimyza aalimentarem-se de adeos.

    PRAGAS

    Os caros, vulgarmente designados por aranhios,

    alimentam-se das folhas, originando descolora esponlhadas e bronzeamento, devido morte dos tecidos,conferindo planta um aspeto crestado.

    Nel de intereno Tratar presena de folha ocupadae/ou aparecimento de sintomas.

    Luta biolgica: Existem espcies de caros predadores decaros tfagos, que podem exisr no campo de produ o,pelo que essencial vericar essa presena e fomentara limita o natural alm de selecionar os produtostofarmacucos a ulizar de entre aqueles com menores

    efeitos secundrios.

    Luta qumica: APOLLO (clofentezina), DINAMITE (fenepiro-ximato), NISSORUM (hexiazox), TALSTAR (bifentrina) ouVERTIMEC 018 EC (abamecna).

    a

    or vezes, os adeos podem constuir um problematossanitrio na cultura da framboesa, sobretudo nos

    ovens rebentos vegetavos ou orais, devido sua

    enorme capacidade de reproduo. Alimentam-se da seivada planta, podendo provocar o enrolamento das folhas,devido inje o de saliva txica para a planta. Algumasespcies s o vetores de vrus.

    el de intereno: Desde o rebentamento dos gomosegetavos, observar a planta e pesquisar a presena de

    colnias. Tratar ao aparecimento das primeiras colnias,quando 25% das plantas apresentarem colnias pequenas(at 10 adeos/colnia) ou quando 10% das plantasapresentarem colnias grandes (> 10 adeos foco).

    ulverizar, se possvel, de forma localizada, tendo emconsiderao os organismos auxiliares presentes no campoe p .uta biolgica A fauna auxiliar que pode estar presente naarcela de produ o poder ser constuda por: Scymnus

    sp., Chrysoperla carnea sephe eAphidoletes aphidimyza(Rond.)

    Modo de a o dos auxiliares e respevo efeito visual:Aphidoletes aphidimyza (Rond.) este cecidomdeo estespecialmente recomendado quando so detetadas

    colnias de adeos. Os adultos est o avos de noite e s oatrados para as colnias pelo odor da melada excretadapelos adeos. As posturas s o efetuadas nas colnias deadeos. As larvas paralisam os adeos e sugam os seusuidos. Os adeos mortos pelas larvas cam suspensosnas folhas pela sua armadura bucal, cam enrugados e

    adquirem uma colora o castanha a negra.Chrysoperla carnea (Stephens) - este crisopdeo ecazem culturas de pouco porte. As larvas atacam as presase sugam os seus uidos. O adeo morto ca totalmenteamarfanhado e por isso torna-se dicil a sua observao.Scymnus sp. so colepteros muito pequenos, predado-res de adeos em todos os seus estados. Os adultos cravamas mandbulas no corpo do adeo e sugam os seus sucose.

    Luta qumica: PIRIMOR G (pirimicarbe) e CALYPSO(aclopride)

    Folha de framboesa com sintomas de um ataque de caros.

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    2

    Lagartas (Lepidpteros)

    A maioria dos insetos do grupo dos lepidpteros considera-dos praga, pertencem famlia Noctuidae. Trata-se de umafamlia muito importante do ponto de vista agrcola, por pos-suir espcies cujas lagartas podem provocar graves prejuzoseconmicos s culturas.

    Nel de intereno Observar as folhas e pesquisar apresena de lagartas, roeduras e excrementos. presenada praga, tratar, tendo em considera o os organismosauxiliares presentes no campo de produo.

    Luta biolgica De entre os inimigos naturais podem serconsiderados alguns predadores, parasitides e agentesentomopatognicos relavamente ecazes. De entre ospredadores generalistas existem algumas espcies, comopor exemplo Chrysoperla carnea Stephens, que atuam

    como predadores de ovos e de larvas, embora com umaeccia baixa. No que diz respeito aos parasitides, apesarda existncia de inmeras espcies de himenpterosparasitides de ovos e larvas, n o se encontram emquandade suciente para proporcionarem um controloecaz. O inimigo natural mais conhecido e ecaz no combateaos lepidpteros sem dvida o Bacillus thuringiensis, queatualmente comercializado como insecida biolgico.

    Luta qumica: TUREX (Bacillus thuringiensis), DURSBAN 4(clorpirifos), KARATE WITH ZEON TECHNOLOGY (lambda-cialotrina).

    Tripes

    Os tripes podem provocar estragos diretos, devido avi-dade de alimentao, e estragos indiretos provocados poresta avidade e por algumas espcies serem vetores devrus. Devido sua alimenta o, surgem despigmenta esna forma de manchas esbranquiadas ou prateadas queacabam por necrosar. Alimentam-se preferencialmente dergos de plantas ainda jovens, o que provoca deforma-es devido a um crescimento no homogneo. frequen-te encontrarem-se manchas na base da or e dos frutos.A picada dos adultos e das larvas pode provocar o aborta-mento das ores e nos frutos uma colora o bronzeada.

    Nel de intereno: As observaes devem iniciar-se logoa parr do rebentamento dos gomos vegetavos. Devemincidir em folhas e ores e deve-se procurar a presena deformas mveis dos tripes. presena da praga nas plantasou nas armadilhas, tratar, tendo em aten o os organismosauxiliares presentes no campo de produo.

    Luta biolgica: os tripesAeolothrips pp. e heepeOrius spp., s o auxiliares a proteger, uma vez que podemcontribuir para o controlo desta praga. Por isso, qualquerinterveno qumica deve ter em considerao o efeitosecundrio que a ou as substncias avas escolhidas

    poder o ter nas popula es destes auxiliares.

    Luta qumica: SPINTOR (spinosade)

    Al pea Orius spp. a sugar o contedo docorpo de uma jovem larva de tripe.

    Lagarta sobre uma folha de framboesa e respevos estragos.

  • 7/22/2019 Manual Prod if Ramboes As

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    33

    DOENAS

    Antracnose (Elsine veneta, anamorfo Sphaceloma necator)

    antracnose, causada pelo fungo Elsine veneta, umadoena que ataca a cultura da framboesa. Os sintomas daantracnose s o mais severos nos caules, mas tambm apa-ecem nas folhas, nos pecolos, nos botes orais e nosrutos.o m da primavera, surgem nas varas manchas averme-

    hadas, circulares a elpcas. Com o evoluir da doena, es-sas manchas cam deprimidas, apresentam uma aurolaavermelhada e o centro adquire uma cor castanha parda.

    odem coalescer, adquirindo uma forma irregular que,ais tarde, envolvem todo o caule, fazendo-o secar e que-

    rar. Nas folhas, o primeiro sintoma o aparecimento deequenas manchas avermelhadas na pgina superior. Com

    ep aea aalee e aah e ee-olvem uma margem avermelhada que delimita o centro,

    de cor clara. Os tecidos doentes podem cair, dando um as-eto crivado folha. No caso dos frutos as drupolas n o

    se desenvolvem uniformemente e o amadurecimento n o homogneo.

    ste parasita hiberna nas les es das varas infetadas e,a primavera, produz dois pos de esporos (condios e

    ascsporos). Os condios constuem a forma mais comumde inculo. Ao serem espalhados pela chuva, vento ou

    insetos angem os ramos novos e suculentos. Depois degerminarem, penetram nos tecidos da planta produzindo

    ovas infees. Os sintomas de infeo surgem decorridauma semana. O risco de infeo maior depois doabrolhamento e at antes da colheita, dado que o fungoataca sobretudo as partes novas da planta em crescimentoavo.

    Luta qumica: N o existem atualmente produtos tofar-acucos autorizados para o combate a esta doena em

    ramboesa.

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; eliminar asaras que deram fruto logo aps a colheita ter terminado

    e destruir todo esse material; proporcionar um bomarejamento da cultura; evitar planta es densas; n oexagerar nas regas; evitar regas por asperso; destruir

    laa ee.

    Vara de framboesa com sintomas do ataque de antracnose.

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    Cancro das aras (Botryosphaeria dothidea)

    Os cancros desenvolvem-se volta de um ou mais gomosda vara do segundo ano. Surgem como descoloraesavermelhadas a castanhas avermelhadas, abaixo ou aolado do pecolo da folha. O gomo ou ramo lateral do n

    infetado morre. As les es alongam-se e desenvolvem-se volta do n, anelando a cana. Esta doena s visvel nafase de amadurecimento dos frutos

    Luta qumica: No existem atualmente produtos tofar-macucos autorizados para o combate a esta doena emframboesa.

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; proporcionarum bom arejamento da cultura; evitar plantaes densas;no exagerar nas regas; evitar regas por asperso; destruir

    plaa ee.

    Ferrugem

    Esta doena pode afetar tanto as folhas das varas vegetavascomo das fruferas. Em certos anos pode causar signicavamorte prematura das folhas, levando diminui o do vigora plaa e a p .

    Nel de intereno Tratar na presena de sintomas equando se vericarem condies de humidade relavaelevaa.

    Luta qumica SCORE 250 EC (difenoconazol).

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; proporcionarum bom arejamento da cultura; evitar planta es densas;n o exagerar nas regas; evitar regas por aspers o; destruirplaa ee.

    Mldio (Peronospora sparsa)

    Esta doena pode afetar as varas vegetavas e as varasfruferas, bem como as razes. Normalmente as infe es

    tornam-se visveis nas folhas, nos pecolos, nos pednculosdos frutos, nos clices e nos prprios frutos no m daprimavera e no vero. Em condies de elevada humidadeos ataques podem ser severos.

    Nel de intereno Tratar prevenvamente quando conhecida a ocorrncia desta doena e quando severicarem condi es de humidade relava elevada ougua lquida sobre as folhas.

    Luta qumica CALDA BORDALESA (sulfato de cobre eclcio).

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; proporcionarum bom arejamento da cultura; evitar planta es densas;n o exagerar nas regas; evitar regas por aspers o; destruirplaa ee. Manchas foliares provocadas pelo ataque de mldio.

    Folha de framboesa atacada pela ferrugem.

    Vara de framboesa atacada pelo cancro das varas.

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    Odio (Oidium p.)

    Este fungo ataca as folhas, os frutos e as extremidadesdos novos lanamentos. As folhas infetadas apresentamum marmoreado verde-claro na pgina superior e miclio

    branco na pgina inferior. Os frutos e as extremidades doslanamentos podem car totalmente cobertos pelo micliobranco do fungo.

    Nel de intereno: Tratar na presena de sintomas.

    Luta qumica: NIMROD (bupirimato), RALLY (miclobutanil),THIOVIT JET (enxofre) ou TOPAZE (penconazol).

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; proporcionarum bom arejamento da cultura; evitar plantaes densas;n o exagerar nas regas; evitar regas por aspers o; destruirplaa ee.

    Pi inn (Botrys cinerea)

    A podrido cinzenta causada pelo fungo Botrys cinerea(Pers.) Fr e pode manifestar-se nos frutos do seguintemodo: podrid o mole, cinzenta a bege, que rapidamentese cobre com as fruca es do fungo. Desenvolve-se quera parr do pice do fruto, junto cicatriz da or, quer aparr do pednculo.

    Nel de intereno Tratar na presena de sintomas e

    quando se vericarem condi es favorveis: temperaturasee 17-23 C e humidade relava 95% ou gua lquidasobre as folhas.

    Luta qumica: ROVRAL AQUAFLOW (iprodiona), SWITCH 62,5WG (ciprodinil+udioxinil) ou TELDOR (fenehexamida).

    Luta cultural: eliminar os resduos da cultura; proporcionarum bom arejamento da cultura; evitar plantaes densas;n o exagerar nas regas; evitar regas por aspers o; destruirplaa ee.

    Frutos de Framboesa atacados pela podrido cinzenta.

    Folhas de framboesa atacadas por odio.

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    6. Notas

    5. BIBLIoGraFIa

    Amaro, Pedro. 2003. A Proteco Integrada. Direco Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste, Instuto

    Nacional de Invesgao Agrria e das Pescas/Estao Agronmica Nacional e Instuto Superior de

    Agronomia/Departamento de Proteco das Plantas e Fitoecologia/Seco de Proteo Integrada. 458 pp.

    Direo Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. 2006. Produo Integrada em Horcolas.

    Famlia das Solanceas. - Batata, Beringela, Pimento, Tomate. oea. 378 pp.

    Direo Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. 2008. Manual de Proteco Fitossanitria para

    Proteco Integrada e Agricultura Biolgica e Prunideas. oea. 148 pp.

    Menzies, Georey W. 1999. Crop Prole for Red Raspberries in Washington. Washington State University. 23 pp.

    Lockwood, David W. 1999. Pruning Raspberries and Blackberries in Home Gardens. Agricultural Extension

    Service, University of Tennessee.

    Oliveira, Pedro Brs; Fonseca, Lus Lopes & Silva, Anabela Reis. 2007. Framboesa. Tecnologias de produo.

    Instuto Nacional dos Recursos Biolgicos. Oeiras. 40 pp.

    Oliveira, Pedro Brs; Valdiviesso, Teresa; Esteves, Ana; Mota, Mariana & Fonseca, Lus Lopes. 2007. A

    planta de framboesa. Morfologia e siologia. Instuto Nacional dos Recursos Biolgicos. Oeiras. 36 pp.

    Strik, Bernard. 2008. Growing Raspberries in Your Home Garden. Extension Service. Oregon State University. 8 pp.

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    DIREO REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRRIODIREO DE SERVIOS DE AGRICULTURA E PECURIA

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