Manual do facilitador; 2007 - UNESDOC Database |...

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Orientações Metodológicas *"

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Orientações Metodológicas *"

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ÍNDICE

PREFÁCIO ............................ ....... ..................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ................... .................................................... ................. ... ................ ...... 4 I. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................... ....... ........................................... 5

Características do Programa Alfa-Rádio-TV ........................................... 5 2. O FACILITADOR RADIOFÓNICO NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO, PERFIL E TAREFAS A DESENVOLVER ........... ....... ....... ........ .......... .......... .......... ........ 6

2.1 Perfil do facilitador .................... .... ......... ........... ..... ............... ... ......... ....................... 6 2.2. Tarefas do facilitador ....................................................................... ... ..................... 7

3. O ORIENTADOR NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO. PERFIL. TAREFAS A DESENVOLVER .............................................................................................................. 7

3. I. Perfil e Tarefas do Orientador. .................. .................................... ...... .................. .. 7 3. 2. Actividades que podem ser realizadas durante o intercâmbio com os facilitadores .. 8 3.3. Aspectos que se pode ter em conta nas visitas aos pontos de escuta ........... ....... ....... 9

4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ORALIDADE E CONTROLO MUSCULAR .................................................................. 1 O 5. PROCEDIMENTOS DE ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA ............................ 12

5. 1. Preparação .... ........................................... ........................................................... 12 5. 2. Ensino da Leitura e Escrita .......... .............. .............. ............................................ 12 5. 3. Consolidação .......... ....... .................... .. ................................... ..... ........................ 13

6. A CARTILHA COMO MATERIAL DOCENTE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA. 13 6.1. A Cartilha: Organização e estrutura .............. ........ ......... ............... ........ .... .. ..... ...... 13 6. 2. Compreende a seguinte estrutura ............................................... ...................... ... . 13

7. ACTIVIDADES PÓS-AULA. EXERCÍCIOS A REALIZAR PELO FACILITADOR NAS ACTIVIDADES PÓS-AULA ...... .. .......... ...... .. ........... ...... .......... ............................. 14

7. I Actividades pós-aula .. ..... ................................................... ................ ....... ............ 14 7. 2. Exercícios a realizar pelo facilitador na actividades pós-aulas ............................. .. 15

8. ENCONTRO PRESENCIAL. EXERCI CIOS A REALIZAR PELO FACILITADOR. 15 NO ENCONTRO PRESENCIAL .. ................................. ................... ........................... .... 15

8. 1. Encontro Presencial ............................................................................................. 15 8. 2. Exercícios a realizar pelo facilitador no encontro presencial ................ ... .............. 16

9. TEMAS DE REFLEXÃO ............................................................................................ 16 10. SISTEMA DE A V ALIAÇÃO ...... ..... ............. .. ................ .. ............... ........... ............. . 17

1 O. 1 Avaliação sistemática ....................................... ................................................... 17 10. 2 Avaliação Parcial. ................................. ................................... ............................ 18 1 O. 3 Avaliação Final ...................................................... ... ............... .. ......................... 18

Anexos ......................... ....... ............ .. ............................................................................ ... 20 ANEXO 1: CONTEÚDOS DAS AULAS DE ORALIDADE E CONTROLO MUSCULAR .......... ........ .... 20 ANEX02 .................. ...... .... ...... ........... ................ .... .... ............ ......... ................. .......... 28 CRONOGRAMA DA CARTILHA ......................... .. ............ ........ ............ ............ .......... 28

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Título:

Edição:

Coordenação:

Autores:

Revisão:

Capa:

Impressão:

2

Manual do Facilitador 2" edição, 2007

Ministério da Educação e Cultura Direcção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos

Ernesto Muianga

Florangel Delgado

Andréa Despaigne

Clara Íris Hambert

Victor Fis

José Manuel Ubals

AnaCambaza

Rábio Mucequece

Graciano Nampape

Judas Baloi

Fernando Tembe

Cristina Tembe

Laurinda Nhacune

Roberto Macanja

AI Ghurair Printing & Publishing House LLC.

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PREFÁCIO

Caro Facilitador e Orientador

A Alfabetização é um conhecimento necessário neste mundo de transformações

permanentes, pois, permite a participação de todos nas actividades sociais, económicas,

políticas e culturais. Ela constitui um requisito básico da educação ao longo da vida.

Por estas e outras razões, você joga um papel decisivo neste Programa de Alfabetização

pela Rádio e Televisão e é, com muito prazer, que se dispõe para si este Manual, contendo

orientações gerais e metodológicas para o seu trabalho educativo.

Você, através da sua dedicação diária, proporciona aos alfabetizandos um ambiente

favorável no processo de aquisição do conhecimento e habilidades, ajuda na compreensão

da língua portuguesa no processo de ensino-aprendizagem.

Este Manual é um instrumento com a função de guia metodológico, nas diferentes

actividades a desenvolver, sem, contudo, excluir a sua criatividade e imaginação que pode

contribuir para melhorar as relações alfabetizando - facilitador de forma íntegra, ajudando a

prepará-los para a vida.

Na elaboração deste Manual participaram Técnicos Pedagógicos da República de

Moçambique e Especialistas em Alfabetização e Educação de Adultos da República de

Cuba. Teve-se em conta, igualmente, a experiência que tem Moçambique na alfabetização

presencial, o desenvolvimento das Fases Experimental e Piloto via rádio, ano 2005 e de

outros países em programas de alfabetização pela Rádio e Televisão.

Aprender é Viver!

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INTRODUÇÃO

Ensinar a ler e a escrever é uma tarefa harmoniosa na qual o facilitador e orientador jogam

um papel essencial para as pessoas que pretendem aprender.

O Facilitador e o Orientador devem estar conscientes de que o objectivo principal é

Erradicar o Analfabetismo no país, para isso, é preciso sensibilizar, estimular e apoiar

sistematicamente aos alfabetizandos.

Este Manual vai contribuir neste processo, pois, oferece considerações gerais e orientações

metodológicas para o desenvolvimento das actividades e criar bases para que possam

continuar com os estudos.

As lições educativas que o orientador realiza com os facilitadores é muito importante, dado

que contribui para elevar seu nível cultural, isto incide directamente na sua formação e na

dos alfabetizandos e faz com que tenham um projecto de vida mais adequado.

Os Orientadores são os tutores dos facilitadores da mesma maneira que os facilitadores são

os tutores dos alfabetizandos.

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1. ORIENTAÇÕES GERAIS

Características do Programa Alfa-Rádio-TV

O Programa ALFA-RÁDIO-TV está concebido para ser desenvolvido em apenas três meses, as aulas radiofónicas tem uma duração de trinta minutos, de segunda a sexta feira, e são transmitidas pela Rádio Nacional, Provincial, Comunitária e futuramente pela Televisão.

Das aulas radiofónicas duas são de sensibilização, trinta e duas de novo conteúdo e onze de exercitação, as mesmas aulas devem ser repetidas num horário flexível para os alfabetizandos.

A utilização de um locutor profissional, um professor na rádio com apoio de dois alunos dá orientações aos alfabetizandos para que realizem os exercícios em cada lição da cartilha.

Cada turma deve ter cerca de 20 a 25 alfabetizandos com idade mínima de 15 anos, com prioridade para aquelas que nunca estiveram na escola e um facilitador que será apoiado por um Orientador (professor com experiência pedagógica) que atenderá 10 facilitadores.

Utilizam-se meios audiovisuais tais como: rádio gravador, rádio solar, televisor ou vídeo.

Além disso, realizam-se actividades pós aulas com uma duração de 30 a 40 minutos ao fim de cada aula radiofónica e um encontro presencial logo depois da aula de exercitação de fim da semana com um tempo mínimo de urna hora.

O Facilitador apoia o trabalho do professor da rádio clarificando dúvidas que os alfabetizandos têm em relação a língua, consolida e corrige os conteúdos de maior dificuldade.

O Orientador reúne-se com os facilitadores semanalmente para orientar-lhes e esclarecer as dúvidas que podem ter como resultado do trabalho da semana e para novas actividades a desenvolver.

A Subcomissão Técnica distrital reúne-se de 15 em 15 dias com os Orientadores para análise das actividades desenvolvidas até essa altura, recolha de dados e dar novas orientações.

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2. O FACILITADOR RADIOFÓNICO NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO, PERFIL E TAREFAS A DESENVOLVER

Para que seja conseguida a eficiência deste trabalho é preciso ter em conta alguns aspectos

que a seguir apresentamos.

Na actividades de ensino de adultos deve desaparecer a diferença entre facilitador e

alfabetizando;

Tratar o adulto com respeito e evitar dar ordens;

Estimular o esforço que eles empreendem;

Promover a cooperação entre os alfabetizandos, (trabalho individual e em equipa);

Deve haver um intercâmbio recíproco, estabelecer relações de amizade e cooperação

mutua;

Que cada encontro de oralidade, actividade pós-aula e presencial seja ameno, estimulante,

variado e satisfaça as necessidades básicas de aprendizagem dos alfabetizandos;

Valorizar o conhecimento e experiência dos alfabetizandos;

Usar palavras curtas, simples e mais usadas na localidade.

Deve estar no ponto de escuta 10 ou 15 minutos antes do início das actividades. Quanto ao

programa, preparar as condições necessárias, como:

Colocar o rádio ou o televisor no lugar apropriado;

Organizar as cadeiras ou sítio onde vão desenvolver a aula radiofónica;

Observar os alfabetizandos de forma que todos tenham a cartilha e o lápis preparados.

2.1 Perfil do facilitador Deve ser paciente e criativo;

Ter alto grau de responsabilidade;

Criar um ambiente favorável para os alfabetizandos, que permita o intercâmbio linguístico

de forma sistemática em cada encontro ou actividades a realizar;

Ter o mínimo 5' classe ou 4• classe do antigo sistema;

Morar próximo do ponto de escuta;

Ter idade mínima de 18 anos de idade;

Não padecer de doença que limite a sua participação sistemática nas actividades.

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2.2. Tarefas do facilitador Inscrição dos alfabetizandos (de 20 a 25) em cada turma;

Desenvolver aulas de oralidade e controlo muscular com os alfabetizandos um mês antes do

início das aulas radiofónicas.

Preparar psicologicamente os alfabetizandos para o início da aula radiofónica e outras

actividades a desenvolver;

Ajudar os alfabetizandos no processo da leitura e escrita;

Ensinar os alfabetizandos a observar e a escutar sistematicamente;

Apoiar aos alfabetizandos para que nas primeiras semanas aprendam a escrever seu nome

completo, nome do país, da província, do distrito, bairro ou aldeia;

Fazer levantamento das dificuldades e dúvidas durante as aulas radiofónicas da semana;

Realizar actividades pós-aula e encontro presencial com os alfabetizandos;

Fazer encontros todas as semanas com o Orientador;

Visitar e sensibilizar aos alfabetizandos para não desistência;

Elaborar exercícios relacionados com a vida prática da turma;

Avaliar o desempenho dos alfabetizandos;

Preencher diariamente o mapa de assiduidade e avaliação;

Observar e registar as dificuldades dos alfabetizandos no desenvolvimento da aula;

Entregar ao Orientador semanalmente as informações do processo de alfabetização

(assiduidade, resultados de avaliação dos alfabetizandos).

3. O ORIENTADOR NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO. PERFIL. TAREFAS A DESENVOLVER.

3. 1. Perfil e Tarefas do Orientador É um professor com conhecimento pedagógico que vai apoiar metodologicamente os

facilitadores;

Mora próximo da escola na qual estão agregados os pontos escuta;

Não padece de doença que limite a sua participação sistemática nas actividades;

Seleccionar e preparar sistematicamente os facilitadores em coordenação com DDEC;

Preparar psicologicamente os facilitadores para o início do mês de oralidade e

desenvolvimento do controlo muscular, da aula radiofónica e outras actividades a realizar;

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Assistir as aulas radiofónicas urna vez por semana;

Conhecer o nível de aprendizagem dos alfabetizandos (rendimento pedagógico);

Verificar as presenças dos alfabetizandos através do mapa de assiduidade e avaliação;

Controlar os materiais (rádio, manual do facilitador, quadro preto, apagador, etc.);

Realizar encontros semanais com os facilitadores para:

Preparação das aulas de oralidade e controlo muscular;

Aclarar dúvidas;

Preparação das actividades pós-aulas, encontros presenciais e avaliação;

Análise da assiduidade e aprendizagem dos alfabetizandos;

Elaborar o relatório resumo semanal consoante à ficha concebida;

Entregar a DDEC todas as semanas (segunda feira) os resultados do processo de

alfabetização (dados estatísticos, assiduidade, resultados de avaliação dos alfabetizandos, ·

etc.);

Com apoio dos líderes, reunir a comunidade para auscultar as dificuldades, sensibilizar,

encorajar e mobilizar para sua aderência ao programa.

3. 2. Actividades que podem ser realizadas durante o intercâmbio com os facilitadores

No intercâmbio com os facilitadores devem-se procurar vias e meios que possam tornar os

encontros mais atractivos, dinâmicos, criativos e produtivos onde participem todos com sua

experiência diária do processo de alfabetização pela Rádio e Televisão.

Dialogar com os .facilitadores para conhecer o desenvolvimento do programa em cada

ponto de escuta, tendo em vista os seguintes aspectos:

Aprendizagem dos alfabetizandos da lingua portuguesa;

Aprendizagem dos conteúdos desenvolvidos;

Situação da presença, assiduidade, pontualidade, causas das faltas e medidas;

Estado dos materiais didácticos e audiovisuais;

Aderência ao programa.

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Para além disso, deve:

Conhecer os alfabetizandos que não falam português, se estão em condições de começar

aprender ler e escrever, urna vez terminada a etapa da oralidade;

Conhecer as dificuldades registadas na semana;

Dar a conhecer as dificuldades encontradas e apresentadas nas visitas realizadas nos pontos

de escuta;

Identificar as principais dificuldades por facilitadores no processo de aprendizagem dos

alfabetizandos;

Atender as diferenças individuais dos facilitadores;

Organizar aulas de formação sobre metodologia de ensino de Português;

Desenvolver actividades metodológicas, demonstrativas e análise dos conteúdos;

Conhecer os resultados da avaliação sistemática, parcial e final;

Avaliar os facilitadores a partir dos avanços dos alfabetizandos;

Trabalhar no sentido de os alfabetizandos se apropriarem de conhecimentos sólidos de

forma independente.

3.3. Aspectos que se pode ter em conta nas visitas aos pontos de escuta

Métodos e procedimentos aceitáveis;

Controlar se resolve as dificuldades em caso de erros;

As diferenças individuais;

Vias para levar a efeito à avaliação sistemática;

Controlo dos alfabetizandos avaliados;

Valorizar trabalhos que os alfabetizandos realizam;

Orientar o tipo de letra e a separação entre as palavras quando estão a escrever;

Fazer perguntas do conteúdo, cópia, completar palavras, ditado, etc;

Aprofundar e resolver os aspectos que tem a ver com o tema de reflexão.

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4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ORALIDADE E CONTROLO MUSCULAR

A etapa de oralidade, faz parte do Programa ALFA-RÁDIO-TV. Esta fase é de extrema importância para que aquelas pessoas que não falam português consigam falar e possam treinar a mão e a sua aprendizagem seja mais participativa e possam aprender a ler e escrever com mais facilidade .

São dedicadas quatro semanas para o desenvolvimento da oralidade e controlo muscular para que os alfabetizandos sejam capazes de aprender e aprofundar os conhecimentos da língua portuguesa e melhorar o controlo muscular.

Para proporcionar a estes uma boa aprendizagem durante o processo de alfabetização é necessário fazer um diagnóstico inicial para caracterizar os alfabetizandos em relação a três aspectos:

a) Língua: Não falam nem percebem o português; Percebem mas não falam; Percebem o português. Este diagnóstico deve-se fazer utilizando um diálogo, com perguntas como: Nome; Idade; Que língua fala; Sabe ler e escrever; Se alguma vez foi á escola; Qual e o nível atingido; Procedência social.

b) Controlo muscular: Não tem bom controlo muscular; Tem bom controlo muscular. Convidar os alfabetizandos para desenhar qualquer traço no caderno ou quadro preto.

c) Domínio da leitura e escrita Sabe ler e escrever; Não sabem ler e escrever; Sabe ler não sabe escrever. A partir dos resultados desta avaliação podemos agrupá-los em: - Analfabetos puros; - Semi-analfabetos; - Analfabetos especiais.

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Os analfabeto s especiais são pessoas com transtornos, ou seja, com uma capacidade render com este método no período estabelecido. Nestes casos não devem ser ue requerem um tratamento especial.

limitada de ap inscritos, porq

Salienta-se qu alguns dos as melhor o alfa

e para fazer este diagnóstico, o alfabetizando deve responder de forma escrita pectos mencionados no diagnóstico da língua. Com o objectivo de ajudar betizando durante todo o programa, estes dados, devem ser registados no o para o efeito, exemplo: mapa concebid

N"

I 2

Nom e Com pi e to

AnaMat a vele Floran gel

a Mat

Sexo Caracterização

FALA CONTROLO ANALFABETOS PORTUGUtS MUSCULAR Puro Semi Es ecial

F Não Não X F Sim Não X

O facilitador d eve garantir a presença de todos em todas as actividades. Obtida a info rmação da situação de aprendizagem do alfabetizando, (sabe ler e escrever),

ncaminhado para a continuação de estudos na alfabetização presencial. este deve ser e

Conhecendo a com detalhe o

realidade de cada um, uma vez feito o diagnóstico, o facilitador deve estudar s conteúdos apresentados no anexo 1, para conhecer que actividades de

ntrolo muscular, vai desenvolver com seus alfabetizandos durante as quatro oralidade e co semanas.

Estas au I as tê m uma duração de 45 minutos, em cinco dias úteis da semana, sendo 30 desenvolvimento da oralidade e 15 minutos para o controlo muscular. minutos para o

O facilitador, individual e c

durante o processo da oralidade, deve dar importância a participação olectiva para o desenvolvimento da língua portuguesa. Pode-se recorrer às as quando houver necessidade de esclarecimento. línguas matem

Também o faci litador deve pronunciar correctamente as palavras e falar pausadamente para os compreenderem a matéria. os alfabetizand

Para motivar e facilitar a compreensão dos conteúdos é fundamental auxiliar-se de meios os à comunidade, por exemplo, a apresentação de objectos como: mesa, panela, etc ou meios de ensino elaborados pelo facilitador.

práticos ligad cadeira, frutos,

Quando o alfa betizando fala, o facilitador escuta com atenção sem interromper e realiza as o fim do diálogo. rectificações n

II

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5. PROCEDIMENTOS DE ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA

Consta de três etapas: - Preparação;

- Ensino da Leitura e Escrita;

- Consolidação

5. 1. Preparação Nesta etapa prepara-se o alfabetizando para aprender a ler a escrever, esta etapa é de vital

importância dado que são necessárias determinadas habilidades de controlo muscular,

motoras e de coordenação psicomotor e reconhecer os números de 1 a 30, porque os

alfabetizandos geralmente sabem contar.

Para o desenvolvimento desta etapa são dedicadas 5 aulas uma de controlo muscular, três

de estudo dos números de O até 30 e uma de exercitação.

O reconhecimento dos demais números deixa-se para a Pós-Alfabetização.

5. 2. Ensino da Leitura e Escrita

Dedicam-se 5 aulas para a aprendizagem da leitura e escrita de vogais e 38 para estudo de

consoantes e combinações de letras

Para ensinar a ler e a escrever usa-se o método composto ou misto;

O ponto de partido é a colocação de um número acompanhado de uma letra;

Ao alfabetizando deve-lhe ser indicado o número da página, símbolo e a figura através de

um diálogo;

Apresenta-se uma imagem com uma frase e se extrai a palavra chave onde está a letra em

estudo;

Trabalha-se com a letra script e estabelece-se o conhecimento para a formação das novas

palavras, frases, orações e a prática da escrita;

Todas as lições seguem esta metodologia.

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5. 3. Consolidação É feita através de exercícios, é uma prática que deve ser frequente em cada lição e ao fim

da semana.

6. A CARTILHA COMO MATERIAL DOCENTE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA

6.1. A Cartilha: Organização e estrutura

A cartilha está organizada por lições que se referem a assuntos ou temas de interesse e

inerentes ao nosso país. Segue-se a mesma metodologia para cada lição.

A organização ou ordem das letras é conforme o diagnóstico realizado sobre as palavras

mais utilizadas em português em Moçambique.

Em cada semana realiza-se uma lição de exercícios;

Nas últimas lições aparecem as combinações, isto é, as silabas trile-trais ou mistas, onde se

teve em conta os passos da aprendizagem, do fácil ao dificil.

No fim da cartilha, está a letra do Hino Nacional e a Bandeira;

A cartilha elaborada pode-se utilizar tanto para a alfabetização pela rádio e da televisão e

cada lição tem correspondência com a lição na rádio ou televisão.

6. 2. Compreende a seguinte estrutura

-Capa

-Prefácio

- Ficha técnica

-Índice

- Logótipos e seus significados

-Alfabeto

Símbolos que aparecem na parte superior esquerda que identificam cada lição;

A letra que se vai estudar aparece na parte superior direita maiúscula e minúscula, cursiva e

script;

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' Logótipos a esquerda da folha, para orientar o alfabetizando sobre o que deve fazer em cada

um dos exercícios que aparece na lição;

Ilustrações que aparecem em cada lição que se referem ao tema em estudo e motivam o

diálogo entre todos os participantes;

Por baixo de cada ilustração aparece uma frase ou oração que contem a palavra chave;

Na palavra chave aparece a letra que se vai estudar e, por baixo desta, o número que

identifica a posição que ocupa no alfabeto, isto possibilita a relação entre os números e as

letras e facilita o processo de escrita;

Ilustração com a palavra e a letra que se estuda;

Escrita da letra;

Formação de novas palavras relacionadas com o número da letra;

Escrita de palavras a partir de um modelo;

Escrita de frases a partir de um modelo.

7. ACTIVIDADES PÓS-AULA. EXERCÍCIOS A REALIZAR PELO FACILITADOR NAS ACTIVIDADES PÓS-AULA

7. 1 Actividades pós-aula

O nosso programa será em português, língua oficial do nosso país e língua de Unidade Nacional.

Esta escolha não pretende excluir a importância de outras línguas, porém, facilitar a comunicação de todos os ouvintes das aulas radiofónicas do programa.

Acreditamos que algumas dificuldades poderão ter, no decurso do programa, mas, elas poderão ser ultrapassadas com o apoio que receberão do facilitador, orientador e de outras pessoas da família e mesmo da comunidade que estarão dispostas a ajudar.

As actividades pós-aula consistem em que uma vez terminada a aula radiofónica ou televisiva, o facilitador permaneça durante trinta (30) ou quarenta (40) minutos para esclarecer todas as dúvidas constatadas durante o programa relacionadas com a língua através dos conteúdos.

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O facilitador deve estar muito atento, para observar as dificuldades que eventualmente, os alfabetizandos possam ter, sobretudo na compreensão e na realização dos exercícios, quer dizer, observar e registar as dificuldades dos alfabetizandos para logo realizar actividades.

Com efeito, as actividades pós aula foram planificadas para suprir as possíveis dificuldades na aula radiofónica, percebe-se que você como facilitador, é a pessoa principal que deve dar solução imediata.

Deve estar muito atento durante o desenvolvimento do programa dado que em algumas aulas radiofónicas se dão tarefas para ser realizadas pelo facilitador;

7. 2. Exercícios a realizar pelo facilitador nas actividades pós­aulas

Deve conseguir que os alfabetizandos aprendam a escrever e ler o seu nome completo, nome do país, da província, do distrito, bairro ou aldeia depois de conhecer as letras que compõem estes nomes". Fazer exercícios de oralidades, leitura e escrita tendo em conta a lição de estudo do dia; Completar palavras; Completar frases; Copia de palavra através de um modelo; Copia de frases através de um modelo; Fazer cópia; Fazer ditado.

8. ENCONTRO PRESENCIAL. EXERCI CIOS A REALIZAR PELO FACILITADOR

NO ENCONTRO PRESENCIAL

8. 1. Encontro Presencial E a clarificação das dúvidas que tem os alfabetizandos das aulas radiofónicas da semana, logo da aula de exercícios, baseia-se fundamentalmente numa constante actividade prática com um tempo de duração de uma hora como mínimo.

É um resumo das actividades feitas ao longo da semana e comprovar o avanço dos alfabetizandos, através de uma avaliação escrita.

Em cada encontro presencial o facilitador deve exercitar os conteúdos dessa semana, e ter em conta os conteúdos da semana anterior

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O encontro presencial deve possuir características tais como: Aprender fazendo; Trabalho individual e em equipa; Diálogo que possibilite a reflexão sobre diferentes temas; Desenvolvimento da escrita, leitura e da língua portuguesa.

O sucesso do programa depende em grande medida de uma participação responsável do facilitador e do seguimento sistemático de todas as actividades.

8. 2. Exercícios a realizar pelo facilitador no encontro presencial

Para além dos exercícios recomendados a fazer em actividades pós-aula o facilitador pode utilizar a sua criatividade e desenvolver exercícios como: Treinar a mão; Identificar quantidades de objectos e designar os respectivos números; Fazer jogos de sílabas para formar palavras com a utilização de meios de ensino que se chama jogos de letras; Completar algarismos e letras tracejadas; Escolher aleatoriamente as sílabas, palavras e números e solicitar um alfabetizando para ler; Seleccionar operações escritas em folhetos de cartolina, por um alfabetizando e, outro, identifica o seu resultado; Fazer ditado; Ler anúncios, preços e etiquetas de produtos; Enumerar os dias da semana; Enumerar os dias do mês; Enumerar os meses do ano; Usar palavras relacionadas com a saúde, a higiene; a agricultura, etc; Usar palavras relacionadas com a protecção do HIV/ SIDA; Completar versos ou palavras do Hino Nacional que aparece na cartilha; Cantar o Hino Nacional; Relacionar números que tem a ver com dados particulares importantes para os alfabetizandos como: data de nascimento, idade do filho, filha, quantidades de filhos e pessoas que vivem em sua casa; Quebra cabeças de frases: colocar pedaços de papel numa caixa e ordená-los de modo a formar frases com as letras recortadas.

9. TEMAS DE REFLEXÃO

São temas de interesse do país que o locutor aborda em cada aula radiofónica e tem relação com a aula a desenvolver neste dia e o facilitador pode aprofundar com os alfabetizandos nas actividades pós-aulas e encontro presencial ou num momento que achar adequado.

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Por exemplo: A família: importância da formação e educação da criança, a cooperação entre os seus membros; · A comunidade: actividades quotidianas, costumes, limitações soluções dos problemas em conjunto. A educação: a importância da escola para os filhos; A natureza, o solo como recursos naturais, a flora, a fauna, o clima, espécies em risco de extinção e cuidados a ter com o meio ambiente; A agricultura: principais actividades agrícolas do país; A saúde: doenças mais frequentes que afectam a população, formas de transmissão das doenças, como evitar a sua transmissão, etc; A higiene: tratamento da água, água potável, preparação dos alimentos, higiene do corpo, a casa e a comunidade; O nosso país: as tradições, danças, canções populares, cantos educativos, histórias, festas principais, cerimónias e sua origem, datas comemorativas, personalidades do país, instituições capitais (do pais, províncias), etc.

É necessário que o facilitador conheça os temas, conteúdos e letras que serão desenvolvidas para a sua preparação previa. Por esta razão vai em anexo 2 o cronograma das aulas.

10. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que começa desde o 1 o encontro e usam-se várias formas que nos conduzem ao conhecimento dos alfabetizandos e sua aprendizagem sistemática. O sistema de avaliação que vai utilizar-se no processo de Alfabetização pela Rádio e Televisão consistirá numa: Avaliação inicial ou caracterização; Avaliação sistemática; Avaliação parcial; Avaliação fmal.

10.1 Avaliação sistemática

É a avaliação que se faz diariamente em cada lição e após a aula de exercitação, no encontro presencial como resumo das actividades da semana para conhecer e comprovar o estado actual de aprendizagem dos alfabetizandos. O facilitador pode utilizar diferentes vias para avaliar e comprovar de uma forma simples e variada o nível de aprendizagem dos alfabetizandos. Em cada lição a avaliação realiza-se de forma qualitativa.

Forma de escutar ou observar as aulas radiofónicas ou televisivas

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- Revisão dos exercícios da cartilha; - Trabalhar em o quadro preto; -Respostas ás perguntas do facilitador dos conteúdos desenvolvidos.

No encontro presencial: Faz-se uma pergunta escrita dos conteúdos da semana, onde os alfabetizandos tenham que: -Fazer cópia; - Completar palavras; - Ler e escrever palavras, orações, frases; - Escrever um ditado feito pelo facilitador.

10. 2 Avaliação Parcial

Esta avaliação faz-se na 5" semana, no encontro presencial, geralmente feita após 50 % dos conteúdos da cartilha, que consistirá num exercício simples de leitura e escrita fundamentalmente. Por exemplo Ditado das vogais, consoantes estudadas, de uma oração, de uma frase, Ter em conta seu nome completo, data, nome do país, da província, do distrito, bairro ou aldeia

10. 3 Avaliação Final

A avaliação final faz-se na 11 a semana e consistirá numa prova na qual os alfabetizandos vão demonstrar que aprenderam a ler e escrever, por exemplo: - O seu nome completo e da sua família, data, nome do país, da província, do distrito, bairro ou aldeia; -Cartas; - Mensagens; -Pequenos escritos, etc. As cartas vão ser dirigidas ao: Presidente da República; Primeira Ministra; Ministro de Educação e Cultura; Governador; Presidente do Conselho Municipal; Administrador do Distrito; Chefe do posto Administrativo; Director Provincial ou Distrital de Educação e Cultura; Director de escola; Orientador; Facilitador; Marido, filho ou outra pessoa que tenha encorajado a aprender.

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As cartas e outros escritos feitos pelos alfabetizandos, devem ser enviadas aos destinatários sob orientação do facilitador em coordenação com o Orientador e a Subcomissão Técnica Distrital, Provincial e Nacional: Também podem organizar-se exposições com as cartas ou escritos para a sensibilização, mobilizações daqueles que ainda não aderiram. Todas as avaliações feitas devem ser registadas no Mapa de Assiduidade e Avaliação (Anexo. 6) que tem cada facilitador, para um maior controlo e conhecimento do avanço da aprendizagem dos alfabetizandos.

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I Anexos

ANEXO 1: CONTEÚDOS DAS AULAS DE ORALIDADE E CONTROLO MUSCULAR

Semana Tema Dia da Conteúdo Tempo Semana

t• Oralidade 30 min. 1. Cumprimentos. . Bom dia, boa tarde, boa no ite, olha . . Como está I estás I estão .

Segunda . Estou I Estamos bem, obrigado (a). feira 2. Expressões de despedidas: . Adeus, até amanha, até logo .

Controlo M uscula r 15 min Fazer desenhos: linhas em diferentes sentidos: vertical, horizontal, inclinadas, etc.

O ralidade 30 min. 1. Expressões para se identificar. . Eu chamo-me . . O meu nome é I eu sou . 2. Expressões para identificar os restantes

Escola intervenientes da escola. Terça . O (a) professor (a) chama-se feira . Meu I minha professor (a) chama-se . Qual é o teu nome? . Este (a) menino (a) chama-se . Ele (a) é o senhor (a) director (a)

Controlo Muscular 15 min Fazer desenhos: em diferentes sentidos, círculos.

Oralidade 30 min . 1. Nome da escola: 2. Objectos escolares:

Caderno, lápis, livro, borracha, afiador, pasta, quadro preto, giz, apagador.

3. Mobiliário escolar:

Quarta Carteira, cadeira, banco, secretária, armário.

feira Controlo M uscula r Fazer desenho: 15 min em forma U em diferentes sentidos; j untar três (U, U, U) em diferentes sentido.

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-

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ANEXO 1 (cont.)

Continuação da t• semana

Oralidade 30 min. 1. Pedido de licença: . Com licença I posso entrar? . Senhor professor, posso sair? . Posso falar? 2. Pedido de desculpas: . Desculpa I peço desculpa . De nada I não faz mal !

Quinta 3. Expressões para agradecer: feira . Muito obrigada (o) ! . De nada . Não tem de quê I Não tem nada que

agradecer.

Controlo Muscular. 15 min Fazer desenho: em forma J em diferentes sentidos

Oralidade 30 min. I. Expressões para felicitar: . Muitos parabéns! . Portaste-te bem! . Fizeste um bom trabalho . 2. Dias da semana: . Dias úteis: segunda-feira, terça-feira, quarta-

Sexta feira, quinta-feira, sexta-feira feira . Fim-de-semana: sábado e domingo .

Controlo Muscular 15 min Fazer desenhos. Quadrinhos, círculos,

triângulos.

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Semana Tema

22

Escola (cont.)

Dia da Semana

Segunda feira

Terça feira

Quarta feira

ANEXO 1 (cont)

Conteúdo

Oralidade 1. Membros da família :

• Mãe, pai, irmão I irmã, tio I tia, avô /avó, neta I neto, prima I primo.

2. Membros da família com que vive e nomes: • - Eu vivo com ... • O meu pai chama-se ... • A mão dele (a) chama-se ...

Controlo Muscular Fazer desenhos

Oralidade. 1. Parte do corpo humano:

• Cabeça cabelos, olhos, boca, dentes, nariz, orelha,

• Tronco barriga

• Membros Braços, mãos, dedos, unhas, pernas, pés.

2. Instruções relacionadas com as partes do corpo: • Abre a boca , fecha a boca; • Abre os olhos, fecha os olhos. • Levanta a mão I pé • Bate palmas.

Tempo

30 min.

15 min

30 min.

Controlo Muscular. 15 min Fazer desenhos dos números de um até quatro. 1111 2222 3333 4444

Oralidade. 1. Direcção e sentido:

• Para frente, para trás, para direita, para a esquerda, para cima, para baixo, para o lado, para dentro, para fora.

2. Espaços da casa: Quarto, cozinha, casa de banho, latrina, sala quintal, varanda: Controlo Muscular. Fazer desenhos dos números de cinco até oito 5555 6666 7777 8888

30min.

15min

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23

Quinta feira

Sexta feira

ANEXO 1 (cont.) Continuação da 2" semana

Oralidade. 1. Utensílios domésticos:

• Prato, copo, caneca, chávena, pires, colher, colher de pau, garfo, faca, bacia, panela, chaleira, pote, bilha (recipiente para pôr agua), fogão, alguidar, cestos, peneira, coador, cabaça.

2. Alimentos: • Farinha de milho I mapira I mandioca,

amendoim, ovos, peixes, carne, couve, alface, leite, frutos.

Controlo Muscular. Fazer desenhos dos números de nove até doze 9999 101010101111111112121212

Oralidade. 1. Objectos de higiene pessoal.

• Escova de dentes, mulala, pente, sabão, sabonete, etc.

2. Norma de higiene corporal : • Tomar banho. . Lavar as maus . . Escovar os dentes . . Pentear o cabelo . . Lavar a roupa . . Engomar a roupa . . Cortar as unhas .

Controlo Muscular. Fazer desenho dos números de Treze até dezasseis

13 13 13 13 15 15 15 15

14 14 14 14 16 16 16 16

30min.

15min

30 min.

15 min

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Semana Tema

3"

Escola

24

Dia da Semana

Segunda feira

Terça feira

Quarta feira

ANEXO 1 (cont.)

Conteúdo

Oralidade 1. Lugares públicos.

• Escola. • Hospital I centro de saúde. • Mercado I Bazar I Loja I barraca. • Machamba • Igreja I Mesquita. • Posto administrativo. • Jardim. • Campo de jogos.

2. Função dos lugares públicos.

Controlo Muscular Fazer desenhos dos números de dezassete até vinte. 17 17 17 17 19 19 19 19

18181818 20 20 20 20

Oralidade. !.Actividades comunitárias:

• Agricultura, pastorícia, pesca. 2. Profissões I ocupações.

• professor. • Enfermeiro. • Agricultor. • Comerciante. • Administrador. • Padre I chefe I pastor

3. Relação profissão I instituição ( lugar).

Controlo Muscular. Fazer desenhos dos números vinte e um até vinte e quatro 21 21 21 21 23 23 23 23

Oralidade. 1. Meios de transporte:

22 22 22 22 24 24 24 24

• Machimbombo, chapa, comboio, bicicleta, motorizada, carro e avião.

2. Meios de comunicação: • Rádio, Televisão, Jornal.

3. Utilidades dos meios de transporte e de comunicação.

-

Tempo

30 min.

15 min

30min.

15min

30min.

•.

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25

Quinta feira

Sexta feira

ANEXO 1 (cont.) Continuação da 3" semana

Controlo Muscular. Fazer desenhos dos números vinte e cinco

até vinte e oito

25 25 25 25 27 27 27 27

Oralidade. 1. Datas festivas:

26 26 26 26 28 28 28 28

• Ano novo: 1 de Janeiro. • Dia dos Heróis moçambicanos: 3 de

Fevereiro. • Dia do pai : 19 de Março. • Dia da Mãe: Segundo domingo do mês de

Maio. • Dia da criança: I de Junho. • Dia da Independência Nacional: 25 de Junho. • Dia da família: 25 de Dezembro.

Controlo Muscular Fazer desenhos dos números vinte nove e trinta.

29 29 29 29 30 30 30 30

Fazer desenhos das letras A e E minúscula e de imprensa.

Oralidade

1. Canções típicas da comunidade 2. Hino Nacional

Controlo Muscular Fazer desenhos Fazer desenhos das letras I, O, U minúscula e de imprensa.

15 min.

30 min.

15 min

30 min.

15 min

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ANEXO 1 (cont.)

Semana Tema Dia da Conteúdo Tempo Semana

4" Ambiente Oralidade. 30min. l.Os elementos do meio. Casa, plantas, montanhas, rio / lago I mar, estradas, chuva I sol, nuvens, lua, estrelas, areia.

Segunda 2. Cuidados a ter com o meio que o rodeia.

feira . Não queima plantas . . Não pisa a relva . . Deita o lixo em locais apropriados . Controlo Muscular 15 min Fazer desenhos como se orienta a continuação.

-Oralidade. 30min. 1. Expressões para designar tamanho: . Grande I pequeno, alto I baixo, gordo I

magro, curto I comprido, fino I grosso, largo I estreito, igual / diferente, maior I menor.

Terça 2. Cores: . verde, vermelho, amarelo, azul, branco,

feira preto, castanho.

Controlo Muscular. 15 min Fazer desenhos livres.

Oralidade. 30 min.

1. Animais domésticos. . Galinha, pato, cão gato. Cabrito, porco, etc.

2. Animais selvagens: . Leão, elefante, cobra, tigre, etc . Quarta 3. Constituição dos animais: feira . patas, pernas, pelos, cauda, chifres,

bico, etc. 4. A importância dos animais. 5. Cuidados a ter com os animais.

Controlo Muscular. 15 min

Fazer desenhos livres.

26

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Quinta feira

Sexta feira

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ANEXO 1 (cont.) Continuação da 4" semana

Oralidade. 1. Fontes de agua: chuva, rio, poço, etc. 2. Temperatura: quente, frio, morrno,

gelada. 3. Sabor: doce, salgado, amargo. 4. Distinção entre a água limpa e a agua

suja. 5. Utilidade da água: . Consumo . . Higiene . . Rega .

Controlo Muscular. Fazer desenhos livres.

Oralidade 1. Canções típicas. 2. Hino nacional.

Controlo Muscular. Fazer desenhos livres.

30min.

!Smin

30min.

15 min

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ANEX02

CRONOGRAMA DA CARTILHA ---- -

SEMANA TEMA DE SÍMBOLO LIÇÃO IMAGEM FRASE PALAVRA REFLEXÃO CENTRAL CHAVE

Sensibili Sensibilizar *** Aula de Sensibilização 1 *** *** *** zação *** Aula de Sensibilização 2 *** *** ***

Montanha 1. Exercício do controlo Futebolistas *** *** muscular.

Moeda 2. Estudo dos números de *** *** *** Desenvol- O a 9.

1" vimento de Escada 3. Estudo dos números de *** *** *** habilidades 10 a 19.

Nota de 4. Estudo dos números de *** *** *** 20.000 20 a 30. metícais Lápis S. Exercitação dos *** *** ***

números O a 30

A família Pilão 6. Estudo da letra A (1) Uma família. A família é unida. Família A escola Livro 7. Estudo da letra E (5) Um jovem estudando. Jovens e adultos Jovens

estudam. A amizade Mãos dadas 8. Estudo das letras Amígos conversando. Nos somos Amigos

2" 1(9)é0(14) amigos. A música Viola 9. Estudo da letra U (20) Uma das formas de A nossa música é Música

dança. bela variada. Habilidades Lápis 10. Exercitação das vogais *** *** ***

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Continuação (anexo 2) ---

SEMANA TEMA DE SÍMBOLO LIÇÃO IMAGEM FRASE PALAVRA REFLEXÃO CENTRAL CHAVE

Minha capital Estrela 11. Estudo da letra M. (12) Praça dos heróis Maputo é a capital Maputo do meu país.

A dança Tambor 12. Estudo da letra D. (4) Dançarinas A dança é parte da Dança cultura.

A terra Maçaroca . 13. Estudo da letra T (19) Machamba de milho A terra é fonte de Terra 3" vida.

O povo Boletim de 14. Estudo da letra P (15) Uma mulher votando O povo participa Povo voto - nas eleições.

Habilidades Lápis 15. Exercitação das letras *** *** *** M,D,T,eP

A higiene Uma pessoa 16. Estudo da letra S (18) Um rapaz lavando os A higiene é saúde. Saúde a banhar dentes

Amor Coração 17. Estudo da letra R ( 17) Um homem oferecendo Uma história de Amor uma flor a uma mulher amor

Símbolo Emblema 18. Estudo da letra B (2) Bandeira de Como é linda a Bandeira 4" nacional Moçambique nossa bandeira.

Desporto Uma bola 19. Estudo da letra F (6) Jogadores num campo O futebol é um Futebol de futebol dos nossos

desportos. Habilidades Lápis 20. Exercitação das letras *** *** ***

S,R,B eF.

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Continuação (anexo 2)

SEMANA TEMA DE SIMBOLO LIÇÃO IMAGEM FRASE PALAVRA REFLEXÃO CENTRAL CHAVE

Agricultura Bananeira 21. Estudo da letra N (21) Bananas O cultivo da Banana banana é importante

Alimentos Um cesto 22. Estudo da letra L ( 11) Vegetais, frutas, leite, A alimentação Alimentação nutritivos com frutas etc. variada evita as

doenças A terra Nuvem com 23. Estudo da letra G (7) Uma jovem a regar Irrigar a terra é Vegetais

s· chuva bom para os vegetais.

A família Um homem 24. Estudo da letra H (8) Um homem tirando o bom homem Homem água na fontenária ajuda a família.

Habilidades Lápis 25. Exercitação das letras *** *** *** N,L,GeH.

A V ALIAÇAO PARCIAL

A cidade Uma 26. Estudo da letra C (3) Um posto médico limpo Cuida da sua Localidade vassoura localidade

Os jovens Fotografia de 27. Estudo da letra J (10) Uma jovem ajudando Os jovens ajudam Ajudam um velho uma velha a atravessar a comunidade.

A saúde Cruz 28. Estudo da letra V (21) Uma enfermeira A vacina evita Vacina 6" Vermelha vacinando uma criança doenças

Ambiente Fogo 29. Estudo da letra Q (16) Uma floresta a arder E vi ta as Queimadas queimadas.

Habilidades Lápis 30. Exercitação das letras *** *** *** C,J, VeQ.

30

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Continuação (anexo 2)

SEMANA TEMA DE SIMBOLO LIÇÃO IMAGEM FRASE PALAVRA REFLEXÃO CENTRAL CHAVE

Material de Peixe 31. Estudo da letra X (22) Os homens puxando a Os peixes são Peixes pesca rede no mar apanhados com

materiais variados Actividade Canoa 32. Estudo da letra Z (23) Um rio "O nosso maior Zambeze económica. rio é o Zambeze". Vantagens de Mão com um 33. Estudo das combinações Crianças na escola. A criança tem Criança educação para lápis das letras Gr e Cr direito a educação.

7" as crianças Países Capulana 34. Estudo das combinações Moçambique destacada Vivemos em Africa vizinhos de letras Fr e Br no mapa de África África. Habilidades Lápis 35. Exercitação das letras *** *** ***

X,Z e das Combinações das letras Gr, Cr, Fr, e Br.

A identidade Um pássaro 36 Estudo das combinações Uma praia As praias do meu Praia branco a voar das letras Pr, Tr e Dr. país são belas.

A saúde Uma garrafa 37 Estudo das combinações Garrafas de vinho Beber muito vinho Vinho comum X das letras Nh, Lh, e Ch. faz mal a saúde.

Clima Sol 38 Estudo das combinações Paisagem o clima de Clima s· das letras Bl, C!. Moçambique é

agradável Meio ambiente Arvore 39 Estudo das combinações Conjunto de plantas Cuidar a floresta Floresta

das letras PI e FI. garante o ar puro. Habilidades Lápis 40.Exercitação das *** *** ***

combinacões das letras em estudo da semana.

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Continuação (anexo 2)

SEMANA TEMA DE SÍMBOLO LIÇÃO IMAGENS FRASE PALAVRA REFLEXÃO CENTRAL CHAVE

Desenvolvimento Lápis 41. Exercitação Mapa Político de Nossas províncias *** de habilidade» Moçambique em a escrita e Lápis 42. Exercitação

9" leitura Lápis 43. Exercitação Preparação para a Avaliação Final Preparação para a Avaliação Final

Desenvolvimento Preparação para a Avaliação Final de habilidades Preparação para a Avaliação Final

10" em a escrita e Preparação para a Avaliação Final leitura para Preparação para a Avaliação Final avaliação fmal Preparação para a Avaliação Final

n• A V ALIAÇÃO FINAL

N.B: A preparação para a avaliação final se faz de forma presencial.

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