Manual de Análise de Risco para Plantas Exóticas€¦ · modelo utilizado na Austrália e Nova...

21
Manual de Análise de Risco para Plantas Exóticas Estado de São Paulo 2012

Transcript of Manual de Análise de Risco para Plantas Exóticas€¦ · modelo utilizado na Austrália e Nova...

Manual de Análise de Risco para

Plantas Exóticas Estado de São Paulo

2012

Manual de Análise de Risco para Plantas Exóticas

AUTORA 

Sílvia R. Ziller, Eng. Florestal, M.Sc., Dr.

SUMÁRIO 

 

1 INTERPRETAÇÃO DAS QUESTÕES NO SISTEMA DE ANÁLISE DE RISCO ............ 1 

1.1 Estrutura do Sistema de Análise de Risco para Plantas Invasoras ........................ 1 

1.2 Como a pontuação é gerada? ........................................................................ 2 

1.3 Caracterização da avaliação posterior ............................................................. 2 

1.4 Interpretação da pontuação gerada pelo sistema .............................................. 4 

1.5 Glossário .................................................................................................... 5 

1.6 Orientação para respostas da análise de risco .................................................. 7 

2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 14 

3 ANEXOS ......................................................................................................... 15 

Anexo 1 - Diagrama de representação dos passos do sistema ................................ 15

Anexo 2 - Protocolo de análise de risco com a pontuação de cada questão .............. 16 

1 INTERPRETAÇÃO DAS QUESTÕES NO SISTEMA DE ANÁLISE DE RISCO 

1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA DE ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS EXÓTICAS 

O Sistema proposto de Análise de Risco para Plantas Invasoras é uma adaptação do modelo utilizado na Austrália e Nova Zelândia, desenvolvido por Pheloung (1995), posteriormente atualizado por Pheloung (2001), e do modelo das Ilhas Galápagos (Equador). Este sistema consiste em 45 questões abrangendo a domesticação da planta em análise, preferências climáticas e ambientais, histórico como espécie invasora, características indesejáveis, forma de crescimento, atributos de reprodução, dispersão e persistência. Na versão original as questões foram selecionadas após a realização de um workshop nacional de especialistas em espécies invasoras (Panetta et al. 1994).

O sistema é um modelo aditivo, na maior parte das perguntas respondido com ‘sim’ ou ‘não’, somando pontos para atributos relacionado ao potencial de invasão e subtraindo pontos quando os atributos reduzem o potencial de invasão. Assim, uma espécie é potencialmente invasora se acumular um determinado número de atributos de risco.

É importante responder o máximo possível de perguntas, pois o modelo tem caráter preventivo e pontua com maior valor algumas perguntas não respondidas nas seções referentes à similaridade climática e ao histórico de invasão. Ou seja, quando essas respostas não são fornecidas, assume-se que haja risco inerente ao atributo do potencial de invasão. O princípio da precaução é utilizado para essas perguntas, especificamente, porque são os melhores preditores do potencial invasor de espécies exóticas.

A documentação referente a todas as perguntas deve ficar anotada na planilha de Referências. Recomenda-se incluir, na seção de Referências, o texto da citação que corresponde à pergunta, da forma mais sucinta possível, p.ex.: 5.06ª Ferreira et al., 2009, p. 35: “Descrição: árvore de 15m de altura...”. Os documentos devem ser arquivados em pasta específica em formato PDF e outros. Recomenda-se fazer o registro dos arquivos em PDF ou análogos com referência a cada pergunta e, quando for útil para facilitar a localização dos textos citados, indicar o número da página dos respectivos documentos. Os nomes dos arquivos devem fazer referência às questões, p.ex.: 5.06a Ferreira et al., 2009; 5.06b Silva; Martins, 2011 (referências à questão 5.06).

Um número mínimo de questões de cada uma das três seções principais (Biogeografia, Características indesejadas e Biologia/Ecologia) deve ser respondido para gerar uma pontuação final aceitável. Quando não há um número suficiente de respostas para cada seção, a análise é indicada como inválida, não podendo ser tomada como conclusiva. Essa indicação aparece na planilha de Avaliação.

A pontuação final (na planilha de Avaliação) indica o quanto de atributos relacionados ao potencial de invasão o táxon acumula. Quanto maior o valor final, maior o risco do táxon se tornar invasor.

A utilização de pesos e balanceamentos é evitada de modo geral, pois se considera que muitas vezes falta base científica para atribuir importância relativa às questões (Pheloung, 1995). Porém alguns pesos (por exemplo, pontuações maiores que +1) são usados para maximizar a capacidade discriminatória do sistema.

Este manual foi elaborado inicialmente pelo Eng. Florestal Rafael Dudeque Zenni no ano de 2008, quando do ajuste do sistema para a América do Sul, e adaptado para o Estado de São Paulo por Sílvia R. Ziller em 2012.

2

2

1.2 COMO A PONTUAÇÃO É GERADA? 

A resposta para a maioria das questões no sistema é “sim”, “não” ou “informação não encontrada” (resposta em branco). O sistema, então, traduz estas respostas para valores numéricos. Os valores típicos para as questões são: sim= 1 ou 2 pontos, não= -1 ou 0 e não se sabe = 0. As peculiaridades do sistema são tratadas a seguir:

As questões 1.02 e 1.03 só são respondidas quando a resposta da questão 1.01 é sim, basicamente porque são aspectos relacionados diretamente à domesticação e não fazem sentido para taxa não domesticados. Quando o táxon não apresenta indícios de domesticação o valor das questões 1.02 e 1.03 é nulo.

As questões 2.01 a 2.03, relacionadas ao clima, têm valor positivo 2. Esse valor maior é aplicado por entender-se que uma pré-adaptação ao clima favorece o processo de estabelecimento de um táxon e consequentemente de invasão e que espécies reconhecidamente adaptadas a uma grande variedade de tipos climáticos apresentam elevado potencial de invasão.

As questões 3.01 e 3.02 são complementares, sendo a segunda um fator agravante da resposta da primeira. Desta forma as duas questões geram apenas uma resposta:

• Sim para 3.01 e 3.02 4 pontos

• Sim para 3.01 e sem informação para 3.02 2 pontos

• Não para 3.01 e sim para 3.02 2 pontos

• Não para 3.01 e sem informação para 3.02 1 ponto

• Sem informação para ambas as questões 1 ponto

• Não para 3.01 e 3.02 -1 ponto

• Sim para 3.01 e não para 3.02 -2 pontos

A questão 5.06 gera a pontuação com base no hábito de cada planta e sua pontuação está baseada nas espécies exóticas invasoras já conhecidas para o Brasil.

O sistema registra o número de questões respondidas em cada seção. Embora haja uma tolerância para lacunas de conhecimento, existe uma requisição de respostas para um mínimo de questões em cada uma das três categorias. O número mínimo de questões para cada seção é: 2 para a seção A, 6 para a seção B e 6 para a seção C.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO POSTERIOR 

Nos casos em que não há informação suficiente e o sistema gera um resultado inconclusivo, indica-se a necessidade de avaliação posterior. Isso significa, basicamente, a necessidade de uma busca mais aprofundada de informações para que a análise possa ser validada. Com as informações adicionais obtidas, a análise de risco deve ser repetida para se determinar a liberação ou rejeição de introdução do táxon.

Indica-se avaliação posterior para táxons com pontuação intermediária, entre 9 e 20 pontos, pois se considera que este intervalo de pontuação caracteriza espécies com algumas características associadas a um risco de invasão alto, porém existe possibilidade

3

3

dessas características não se expressarem no ambiente onde a espécie será introduzida, ou de não serem suficientemente importantes para romper a barreira da resiliência do ecossistema. Contudo, entende-se que toda espécie exótica possui potencial latente para se tornar uma espécie invasora, desde que haja tempo suficiente para adaptação (“lag phase”), haja algum distúrbio no meio que permita o avanço da espécie, apareça uma outra invasora que a favoreça e/ou se aumente a pressão de propágulos. O atual contexto de mudanças climáticas é considerado também como um fator importante para favorecer o estabelecimento de espécies exóticas.

DAEHLER et. al. (2004) propõe uma análise secundária para táxons que recebem pontuação entre 9 e 20 pontos como forma de melhorar a distinção entre as categorias de baixo e alto risco. Esta análise secundária baseia-se na indicação dos fatores mais fortemente relacionados ao potencial de invasão (Diagrama 1).

Outra indicação de análise posterior é feita para espécies que não possuem um mínimo de questões respondidas no questionário. É necessário responder o número mínimo de perguntas para cada seção do questionário (A, B e C) para que a análise de risco gere um resultado confiável, porém recomenda-se responder sempre o máximo possível de questões. Quanto maior o número de questões respondidas, mais confiável o resultado.

Diagrama 1 - Análise secundária proposta por Daehler et. al. (2004) para espécies indicadas para avaliação posterior no questionário principal.

Árvore ou arbusto lenhoso Herbáceas ou arbustos baixos

A. Tolerante à sombra OU forma touceiras densas Registrada como planta daninha

ou invasora de áreas cultivadas

E

B. Dispersão por aves OU claramente por vento Sim

Não

Sim Não

Impalatável para herbívoros

Aceita OU

Ciclo de vida menor que 4 anos Reconhecida como formadora de touceiras densas

Sim Não Não Sim

Avaliação posterior

Rejeita Rejeita

* Lianas e trepadeiras devem passar por ambas as avaliações.

Em casos de extremo interesse na introdução de uma espécie para a qual não haja informação suficiente para concluir a análise de risco, o táxon pode ser cultivado em ambiente controlado (quarentena) para obtenção das informações adicionais necessárias. Essa indicação pode ser válida para países como a Austrália e a Nova Zelândia, onde os protocolos de biossegurança asseguram que, em caso de risco, os propágulos e as

4

4

plantas são incinerados caso se verifique o potencial de invasão. Ao mesmo tempo, porém podem constituir um risco elevado em países onde os protocolos não existem, não são estritamente respeitados ou onde falta capacidade de compreensão ou de governança para lidar com os riscos envolvidos (como no caso da introdução de Apis mellifera ao Brasil por iniciativa governamental sem garantia da segurança necessária à condução dos experimentos desejados para aumentar o rendimento da produção de mel). Todo o processo de quarentena é realizado em laboratório designado pelo governo e todas as despesas decorrentes da instalação do experimento e sua manutenção são responsabilidade da pessoa ou instituição interessada na introdução do táxon no país.

1.4 INTERPRETAÇÃO DA PONTUAÇÃO GERADA PELO SISTEMA 

O sistema de análise de risco gera pontuações entre -17 e 49, atribuindo-se menor risco de invasão às espécies com menor pontuação e maior risco de invasão às espécies com pontuação elevada. Esses valores atribuídos são relativos, inferências à quantidade acumulada de atributos relacionados ao potencial de invasão que determinado táxon apresenta. Por isso, a determinação do grau de risco é subjetiva e flexível, considerando-se os limites entre tolerável, aceitável e inaceitável. Não existe risco zero, pois os processos de adaptação e evolução são inerentes aos organismos vivos; e o comportamento de espécies introduzidas comumente difere do que é observado nos ambientes de distribuição natural, em especial devido à ausência de controle biológico natural.

Desta perspectiva, o sistema tem duas aplicações principais: a geração de pareceres imparciais como auxilio ao processo de introdução de uma nova espécie a um país, estado eu região; e a definição de prioridades de manejo para espécies já introduzidas com base no risco de invasão e de dano à biodiversidade, à economia e à saúde. Em ambos os casos, a análise de risco é realizada da mesma forma, mudando a interpretação do resultado e o uso da pontuação gerada. Não existe uma regra para a interpretação dos resultados, porém é importante considerar, além do grau de risco tolerável e inaceitável, a capacidade de governança para lidar com espécies introduzidas uma vez que se tornem invasoras.

A aplicação do sistema no auxílio à tomada de decisão para introdução de um táxon facilita a tomada de decisão, pois organiza e sistematiza de forma imparcial as informações disponíveis relevantes, bem como aponta lacunas de informação existentes e dá suporte à definição de critérios para a introdução de novos táxons. Neste sentido, a pontuação gerada deve ser enquadrada em categorias de risco sendo pontuações intermediárias recomendadas para avaliação posterior, conforme descrito no item 1.3.

Com base em testes de ajuste para este sistema, foram estabelecidas as categorias:

Objetivo

Pontuação AR para definição de prioridades

(risco potencial) AR para entrada de novo táxon

(proposta de ação)

-17 – 0 muito baixo Aceita

1 – 8 baixo Aceita

9 – 20 moderado Avaliação posterior

21 – 30 alto Rejeita

31 – 49 muito alto Rejeita

5

5

Os intervalos de pontuação podem ser ajustados para responder melhor às situações regionais específicas, porém é importante alertar para o risco de se anular o potencial da ferramenta por excesso de liberalidade ou, pelo contrário, anular o potencial da ferramenta por excesso de restrição. Para realizar alterações nessas linhas de corte da pontuação é preciso realizar um número razoável de análises para testar a coerência do sistema, usando espécies reconhecidamente não invasoras, moderadamente invasoras (como plantas ruderais) e reconhecidamente invasoras. O ajuste do atual sistema foi realizado após análise de 100 espécies vegetais.

Para uso do sistema na definição de prioridades de manejo para espécies já introduzidas, recomenda-se associar a pontuação da análise de risco com um coeficiente que represente o grau de disseminação da espécie no país, estado, região ou área específica de interesse. Por exemplo, o número de municípios onde determinado táxon ocorre no país, a amplitude de ecossistemas onde a espécie exótica é considerada invasora ou o número ou tamanho das populações encontradas numa área protegida. A pontuação gerada multiplicada pelo coeficiente de dispersão pode ajudar na determinação da prioridade de ação, recebendo prioridade maior o controle de espécies com risco alto de invasão e distribuição mais restrita e prioridade mais baixa para espécies com baixo risco de invasão e distribuição mais ampla, ou populações muito grandes. A prioridade é, portanto, invertida, pois a preferência é por atacar áreas de invasão cuja erradicação ou controle apresentem maior viabilidade, menor custo e maior chance de sucesso.

1.5 GLOSSÁRIO 

Estabelecimento Perpetuação, pelo futuro previsível, de uma espécie dentro de uma área após a entrada.

Introdução A entrada de uma espécie em um local fora do seu território de origem.

Espécie exótica Espécie introduzida fora da sua área de distribuição natural.

Espécie exótica invasora

Espécie introduzida que avança, sem ajuda humana, e ameaça hábitats naturais ou semi-naturais fora do seu território de origem.

Vetores Materiais através dos quais as espécies são transportadas (calçados, solo, embarcações, pneus de veículos, maquinário, etc.).

Vias de dispersão

Vias através das quais as espécies são transportadas (estradas, trilhas, comércio marítimo, rotas aéreas ou de turismo, etc.).

Controle oficial A execução ativa de regulamentações fitossanitárias obrigatórias e a aplicação de processos fitossanitários obrigatórios com o objetivo de erradicação ou contenção de pragas quarentenárias ou o manejo de pragas não quarentenárias regulamentadas estabelecido, autorizado ou executado por uma Organização Nacional de Proteção Fitossanitária.

Praga quarentenária

Praga de importância econômica potencial para a área em perigo ainda que a praga não exista ou, se existe, não está distribuída e se encontra sob controle oficial.

Procedimento fitossanitário

Qualquer método prescrito oficialmente para aplicação de regulamentação fitossanitária, incluída a realização de inspeções, testes, vigilância ou tratamentos em relação com as pragas regulamentadas.

6

6

Praga Qualquer forma de vida vegetal ou animal, ou qualquer agente patogênico daninho ou potencialmente daninho para os vegetais e produtos vegetais.

Táxon Conjunto de organismos que apresentam uma ou mais características comuns e, portanto, unificadoras; essas características os distinguem de outros grupos relacionados e que se repetem entre as populações ao longo de sua distribuição. Plural: taxa.

Propágulo Qualquer estrutura, sexuada ou assexuada, que serve de meio para reprodução.

Espécie Conjunto de indivíduos que guardam grande semelhança entre si e com seus ancestrais, e estão aptos a produzir descendência fértil; é a unidade biológica fundamental.

Fertilidade do solo

Capacidade do solo de fornecer os nutrientes essenciais, em quantidade e proporção adequadas, para o crescimento de uma planta.

Clima Quente Corresponde aos tipos climáticos Cwa e Cfa de Köppen.

Clima Tropical Corresponde aos tipos climáticos Af, Aw e Am de Köppen.

Clima Temperado

Corresponde aos tipos climáticos Cwb e Cfb de Köppen.

Espécie domesticada

Espécie silvestre manipulada pelo homem, que influencia e direciona seu processo evolutivo para atender necessidades de sobrevivência e valores estéticos. As espécies domesticadas são cultivadas para uma variedade de propósitos, como uso medicinal, ornamental, etc. Destaca-se o grupo utilizado em agricultura sob os nomes de cultura, cultivo agrícola, produto ou “commodities” (geralmente cereais ou grãos com cotação em bolsas de mercadorias).

Domesticação Conjunto de atividades que visa incorporar uma espécie silvestre ao acervo de espécies disponíveis para uso e consumo pelo homem. As atividades incluem uma série de técnicas cognitivas (ex: modo de reprodução, sistemas de cruzamento, manejo etc.) que pode culminar com a espécie dependendo inteiramente do ser humano para sua propagação e perdendo a capacidade de sobreviver na natureza. Atingindo este estágio, uma espécie domesticada tem sua evolução determinada pela seleção natural e seleção artificial, com o homem tornando-se um agente seletivo de maior força que os tradicionais agentes (mutação, recombinação) da seleção natural.

7

7

1.6 ORIENTAÇÃO PARA RESPOSTAS DA ANÁLISE DE RISCO 

1 CULTIVO / DOMESTICAÇÃO

1.01 O táxon apresenta fortes indícios de domesticação?

O táxon deve estar sendo cultivado e sujeito à seleção humana substancial por pelo menos

20 gerações, ou deve haver cultivares e variedades derivadas do táxon original. A

domesticação geralmente reduz a capacidade de invasão de uma espécie por remover da

seleção características relacionadas ao potencial de invasão.

1.02 Há registros de que o táxon esteja se propagando espontaneamente nos locais onde está

domesticado?

Responder apenas se a resposta da questão 1.01 for afirmativa, caso contrário deixe o

campo em branco.

Para uma planta domesticada que foi introduzida de outra região ser considerada

estabelecida, ela deve ter crescido, reproduzido e ser auto-sustentável. O valor da resposta

“sim” para a questão 1.01 será modificado pela resposta desta questão.

1.03 Táxons da espécie estão registrados como plantas daninhas ou pragas?

Responder apenas se a resposta da questão 1.01 for afirmativa; caso contrário, deixar o

campo em branco.

Responder apenas se o táxon em análise é uma subespécie, um cultivar ou variedade

registrada de uma espécie domesticada.

Se o táxon é uma subespécie, variedade ou cultivar com poucas características de

invasora, então deve haver boas evidências que não retém a capacidade de reverter-se em

uma forma invasora.

2 CLIMA

2.01 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de

clima Quente (Cwa ou Cfa)?

Corresponde aos tipos climáticos Cwa e Cfa existentes no Estado de São Paulo. É muito

importante verificar, além da área de distribuição natural da espécie, outras áreas onde

esteja estabelecida e, especialmente, apresente comportamento invasor.

2.02 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de

clima Tropical (Af, Aw ou Am)?

Corresponde aos tipos climáticos Af, Aw e Am existentes no Estado de São Paulo. É muito

importante verificar, além da área de distribuição natural da espécie, outras áreas onde

esteja estabelecida e, especialmente, apresente comportamento invasor.

8

8

2.03 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de

clima Temperado (Cwb ou Cfb)?

Corresponde aos tipos climáticos Cwb e Cfb existentes no Estado de São Paulo. É muito

importante verificar, além da área de distribuição natural da espécie, outras áreas onde

esteja estabelecida e, especialmente, apresente comportamento invasor.

3 REGISTROS DE OCORRÊNCIA E DE INVASÃO

3.01 O táxon apresenta histórico de introduções repetidas fora da sua área de distribuição

natural?

O histórico deve ser bem documentado, dentro do possível. A resposta para esta questão

irá modificar a pontuação para uma resposta 3.02. Um táxon com repetidas introduções e

sem histórico de estabelecimento apresenta risco mais baixo.

3.02 Há registro de que o táxon esteja estabelecido fora da sua área de ocorrência natural

historicamente conhecida?

Um táxon estabelecido estará citado em floras de localidades que estão claramente fora da

sua área de distribuição nativa. Se a distribuição da espécie é incerta e a extensão

conhecida da distribuição natural está contida na área de incerteza, então a resposta é

“informação não encontrada ou não disponível”, ou seja, o campo fica em branco.

3.03 Há registro de impactos causados pelo táxon em jardins, benfeitorias ou áreas degradadas?

O táxon é comumente considerado praga intrusiva de jardins, parques, margens de

rodovias, pedreiras etc. Esta questão carrega menos peso do que a 3.04 e 3.05. Se uma

planta é citada como invasora de áreas abertas em referências relevantes, mas a categoria

de invasão é incerta ou é uma invasora de pequena importância, responder “sim” a esta

questão.

3.04 Há registro de impactos causados pelo táxon em áreas com atividade agrícola, pecuária,

silvicultural ou horticultural?

A planta é comumente considerada uma invasora na agricultura, horticultura ou silvicultura

e causa perdas de produtividade e/ou custos de controle. Esta questão carrega mais peso

que a 3.03. Se uma planta é citada como invasora de áreas abertas em referências

relevantes, mas a categoria de invasão é incerta ou é uma invasora de pequena

importância, responder “sim” a esta questão.

3.05 Há registro de que a espécie seja invasora de ambientes naturais em algum lugar do

mundo?

Há documentos mostrando que a planta é capaz de alterar a estrutura ou o funcionamento

normal de um ambiente natural. Esta questão carrega mais peso que a 3.03. Se uma planta

é citada como uma invasora em referências relevantes, mas a categoria de invasão é

incerta ou é uma invasora de pequena importância, responda “sim” a esta questão.

9

9

3.06

Outras espécies do mesmo gênero são consideradas invasoras em outras regiões ou estão

estabelecidas no Brasil?

Há evidências documentadas de que uma ou mais espécies, com biologia similar, dentro do

gênero da espécie sendo analisada são invasoras em outros países ou estão estabelecidas

em algum lugar no país.

4 ATRIBUTOS INDESEJADOS

4.01 O táxon apresenta espinhos, acúleos ou outra saliência capaz de causar ferimentos ou

impedir a passagem de pessoas ou animais?

Plantas dotadas de estruturas que causam repulsa, desconforto ou ferimentos para animais

ou pessoas. Se o táxon é uma subespécie, variedade ou cultivar sem espinhos, então deve

haver boas evidências de que ele não possui mais a capacidade de reversão para a forma

dotada de espinhos.

4.02 Há evidências de que o táxon produza alterações químicas no solo? (tais como alelopatia,

mudança de pH, fixação de nitrogênio, entre outros).

Há documentação evidenciando que o táxon produz substâncias ou interage com

organismos do solo e é capaz de gerar alterações nas características do solo. Alterações

documentadas em microorganismos do solo também devem ser contabilizadas.

4.03 É um táxon parasita?

Um táxon parasita deve ter um efeito degenerativo no hospedeiro e os potenciais

hospedeiros devem estar presentes no país. Esta questão inclui plantas totalmente ou semi-

parasitas. Tais plantas não são comuns.

4.04 É um táxon impalatável para animais de pasto nativos ou introduzidos?

Considera-se nesta questão apenas as regiões onde a planta possui potencial de se

desenvolver e se os herbívoros presentes nestes locais poderiam manter a espécie sob

controle. Esta característica deve ser encontrada em qualquer estágio do ciclo de vida da

planta e/ou sobre os períodos de crescimento.

4.05 É um táxon tóxico para seres humanos ou para animais nativos ou domesticados

economicamente importantes?

Deve haver uma razoável probabilidade de que o agente tóxico irá entrar em contato com

os animais ou com pessoas, por contato ou ingestão. Algumas espécies são medianamente

tóxicas, porém muito palatáveis, e poderiam causar danos se intensamente consumidas.

4.06 Há registro de que o táxon seja hospedeiro ou vetor de pragas ou patógenos conhecidos

que afetem espécies nativas ou de valor?

A principal preocupação é com plantas que são hospedeiras de patógenos tóxicos e

hospedeiras intermediárias ou alternativas de pragas e doenças de culturas agrícolas,

10

10

assim como com agentes que possam causar danos massivos a espécies nativas. Onde

alternativas viáveis ou hospedeiros alternativos já estão disseminados em culturas ou

ambientes naturais a resposta deve ser “não”, ao menos que a espécie afete estratégias de

controle em curso para o patógeno ou praga. Deve-se procurar aplicar um nível de

especificidade alto. Um patógeno de uma família inteira, tal como um generalista, não deve

ser base para responder-se “sim” para uma espécie individualmente.

4.07 O táxon causa alergias em seres humanos?

Esta condição deve estar bem documentada e ser possível de ocorrer em condições

normais, por exemplo, por contato físico ou inalação do pólen da espécie.

5 HÁBITO E POTENCIAL COMPETIÇÃO POR RECURSOS EM AMBIENTES NATURAIS

5.01 Há evidências de que o táxon produz alterações físicas em interações ecológicas? (tais

como aumento do risco de ocorrência de incêndios, alteração de processos erosivos

naturais, alteração do sistema hidrológico do solo).

Esta questão aplica-se a espécies que têm hábito de crescimento que conhecidamente

acarretam na rápida acumulação de material combustível para incêndios, ou suprime o

desenvolvimento de plantas que normalmente fariam a cobertura do solo e impediriam

erosão, que comprovadamente alteram o ciclo hidrológico, nos casos onde a planta esteja

se desenvolvendo em ambientes naturais ou não manejados.

5.02 É um táxon tolerante à sombra em alguma fase do ciclo de vida?

A tolerância à sombra pode aumentar o potencial invasor de um táxon e dificultar o controle,

pela dificuldade de localização das plantas em ambientes florestais.

5.03 O táxon tolera solos arenosos, ácidos ou de baixa fertilidade?

Espécies que toleram baixos níveis de nutrientes podem potencialmente crescer muito bem

em uma ampla variedade de solos. Leguminosas, tolerantes a baixos níveis de fósforo no

solo, são uma preocupação em particular porque elas poderiam também modificar o

ambiente edáfico, modificando o ambiente natural.

5.04 O táxon é uma liana ou tem outra forma de crescimento capaz de suprimir outras plantas?

Esta característica inclui lianas e trepadeiras de rápido crescimento e heras que cobrem e

matam ou suprimem o crescimento da vegetação suporte. Plantas que rapidamente

produzem grandes rosetas também podem pontuar nesta questão.

5.05 O táxon forma touceiras densas? (principalmente lenhosas perenes)

As touceiras formadas devem obstruir a passagem ou acesso, ou excluir outras espécies.

Lenhosas perenes são as candidatas mais prováveis, mas esta questão deve incluir

gramíneas de crescimento adensado.

11

11

5.06 O táxon é uma árvore, arbusto lenhoso perene, erva, grama ou geófita? (caso o táxon não

pertença a nenhum destes grupos, a resposta deve ser “não”) responder: "árvore" ou

"arbusto" ou "erva" ou "gramínea" ou "geófita" ou “não”.

A forma biológica das plantas ajuda a definir os tipos de ambientes que a espécie seria

capaz de invadir, qual a viabilidade de controle e, se há métodos existentes, as chances de

contenção de dispersão, entre outros. A pontuação varia de acordo com registros de

invasão já existentes de cada uma das formas biológicas.

As palmeiras não devem ser consideradas na categoria de árvores ou arbustos; a resposta

deve ser “não”.

6 MECANISMOS REPRODUTIVOS

6.01 Há evidências da presença de fatores bióticos na área de distribuição natural do táxon que

levam ao fracasso reprodutivo?

Predadores e outros fatores presentes (por exemplo, doenças) no ambiente de origem da

espécie podem causar reduções substanciais na capacidade reprodutiva. A capacidade

reprodutiva de um táxon deve aumentar significativamente quando a planta cresce em

áreas com ausência destes fatores.

6.02 O táxon produz sementes viáveis?

Em geral táxons de plantas introduzidas são capazes de produzir sementes. Uma resposta

negativa a essa questão deve fundamentar-se em documentação sólida.

6.03 Há evidências de que o táxon seja capaz de realizar hibridação interespecífica?

Uma resposta “sim” para esta questão requer evidências documentadas de híbridos

interespecíficos ocorrendo, sem manipulação, em condições naturais.

6.04 Há no país alguma espécie endêmica congênere?

Espécies nativas congêneres a espécies exóticas invasoras sofrem impacto direto destas e

tendem a concorrer pelos mesmos recursos ou entrar em processo de hibridação, o que

põe as espécies nativas em risco. A resposta para esta questão deve estar baseada em

listas de plantas divulgadas.

6.05 O táxon é capaz de realizar autopolinização ou apomixia?

Um táxon capaz de produzir sementes a partir de uma única planta ou capaz de se

reproduzir assexuadamente pode disseminar-se mesmo havendo apenas uma planta

isolada, sendo um grande agravante no controle da dispersão e para conter a espécie em

áreas plantadas.

Apomixia é a reprodução biológica sem fertilização, meiose ou produção de gametas, com o

resultado das sementes serem geneticamente idênticas às da planta mãe. Pode ser

definida também como um modo de reprodução assexuada por sementes a partir

12

12

do óvulo não fecundado.

6.06 O táxon necessita de polinizadores especializados?

O potencial de invasão de uma planta é reduzido se a espécie requer agentes de

polinização especializados que não estão presentes ou são raros na região pretendida para

introdução.

6.07 O táxon se reproduz por fragmentos vegetativos diferentes dos apomíticos ou geofíticos?

O táxon deve ser capaz de aumentar sua população por meios vegetativos: divisão de

rizomas, estolões, fragmentos de raiz, brotos ou divisão.

6.08 Qual a duração do período juvenil? [a] até 1 ano; [b] 1-4 anos; [c] mais de 4 anos

É o período desde a germinação até a produção de sementes viáveis, ou o período

necessário para que uma planta reproduzida vegetativamente duplique-se. Quanto menor o

intervalo, maior o nível de agressividade para colonizar o novo ambiente.

7 MECANISMOS DE DISPERSÃO DE PROPÁGULOS

7.01 Produz propágulos com probabilidade de dispersão involuntária por pessoas, máquinas

etc.?

Propágulos involuntariamente disseminados como resultado de atividades antrópicas. Um

exemplo são plantas crescendo em áreas de alto tráfego, tais como beiras de estradas e

áreas de trânsito de animais, ou disseminadas por maquinário usado em propriedades

agrícolas.

7.02 Produz propágulos dispersados intencionalmente ou cultivados por pessoas?

A planta tem propriedades que a torna atrativa ou desejável, tais como frutos comestíveis,

características ornamentais ou de sombra, ou simplesmente gera curiosidade por ser

diferente. A espécie é facilmente coletada como muda ou semente. Este grupo inclui a

maioria das plantas usadas na horticultura.

7.03 Produz propágulos com probabilidade de dispersão como contaminantes de produtos?

Produto é o bem econômico de qualquer atividade agrícola, silvicultural, pecuária ou

horticultural. Exemplos são carregamentos de grãos que contêm sementes de espécies

invasoras e a importação de sementes de espécies forrageiras com baixo grau de pureza.

7.04 Produz propágulos adaptados para dispersão pelo vento (anemocoria)?

Há evidências documentadas que o vento aumenta significativamente o alcance da

dispersão do propágulo. Um exemplo são frutos aquênios com papilhos. Este grupo inclui

todo tipo de anemocoria, inclusive as plantas roladoras (pode ser tanto partes da planta

como toda ela) e plantas anemobalísticas, que possuem cápsula ou vagem explosiva.

7.05 Produz propágulos adaptados para dispersão por água (hidrocoria)?

13

13

Esta questão inclui qualquer estrutura contida no propágulo que tipicamente se separa da

planta e é flutuante. Um exemplo é a vagem de um legume. Este é um método limitado de

distribuição de plantas terrestres. Pode incluir plantas que são frequentemente cultivadas ou

invadem margens de rios e se favorecem da localização para dispersão por água.

7.06 Produz propágulos dispersados por pássaros (ornitocoria) ou morcegos (quiropterocoria)?

Qualquer propágulo que pode ser transportado e/ou consumido por pássaros e/ou

morcegos e que provavelmente irão germinar logo depois de expelidos. Por exemplo,

pequenas amoras com sementes indigeríveis, sementes de goiaba, jaqueira, etc..

7.07 Produz propágulos dispersados por animais (externamente)?

A planta possui adaptações, tais como ganchos ou dentes, e/ou cresce em locais/situações

que tornam seus propágulos prováveis de agregarem-se temporariamente a um animal. Isto

pode incluir a dispersão de partes de plantas em roupas, como no caso do picão (Bidens

pilosa). Este grupo inclui plantas com sementes com secreções oleosas ou gordurosas que

auxilia na dispersão de sementes por formigas.

7.08 Produz propágulos dispersados por animais que se alimentam dos frutos cujas sementes

sobrevivem à passagem pelo sistema digestivo?

Os propágulos são ingeridos por animais, dispersados e germinam depois de expelidos.

8 ATRIBUTOS DE PERSISTÊNCIA

8.01 O táxon é um produtor de sementes prolífero?

O nível da produção de sementes deve ser encontrado sob condições naturais e ser

relacionado apenas às sementes viáveis. Para gramíneas anuais uma taxa de >5.000 –

10.000 sementes/m2/ano seria considerada alta, para lenhosas anuais uma taxa de >1.000

sementes/m2/ano seria considerada alta. Dados específicos neste atributo podem estar

indisponíveis, entretanto uma estimativa pode ser feita da relação sementes/planta com o

tamanho médio da planta.

8.02 Há evidências de que as sementes do táxon permanecem viáveis no solo por mais de um

ano?

Mais do que 1% das sementes devem permanecer viáveis após mais de um ano no solo.

Isto deve incluir bancos de sementes no solo e nas copas. Sementes com longos períodos

de viabilidade aumentam o potencial de invasão de um táxon.

8.03 É possível e fácil encontrar uma forma de controle eficaz com custos razoáveis?

É necessário prover evidências documentadas de controle eficaz da planta. O controle deve

ser aceitável nas situações em que são prováveis de serem encontrados. O manejo químico

deve ser seguro para outras plantas desejáveis que pudessem estar presentes. Os custos

devem ser razoáveis em relação à capacidade instalada para realizar o controle.

14

14

8.05 Algum predador natural efetivo do táxon está presente no país?

Um predador natural conhecido e efetivo da planta deve estar ou não estar presente no

país. A resposta é “não há informação” (resposta em branco) a menos que um ou mais

predadores específicos sejam conhecidos ou que haja informação específica sobre a

ausência de predadores no país.

2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

DAEHLER, C. C., DENSLOW, J. S., ANSARI, S., KUO, H. A Risk-Assessment System for Screening

Out Invasive Pest Plants from Hawaii and Other Pacific Islands. Conservation Biology, v. 18,

n. 2, p. 360-368, April 2004.

PANETTA, F. D., PHELOUNG, P. C., LONSDALE, M., JACOBS, S., MULVANEY, M., WRIGHT, W.

Screening plants for weediness: a procedure for assessing species proposed for importation into Australia. Relatório aprovado pelo Australian Weeds Committee. 1994.

PHELOUNG, P. C. Determining the weed potential of new plant introduction to Australia. Draft

report to the Australian Weeds Committee and the Plant Industries Committee. (Agriculture

Protection Board: Western Australia). 1995.

PHELOUNG, P. C. Weed risk assessment for plant introductions to Australia. In: GROVES, R. H.;

PANETTA, F. D.; VIRTUE, J. G. (Eds.) Weed Risk Assessment. CSIRO Publishing,

Collingwood, Australia. 2001.

15

15

3 ANEXOS 

ANEXO 1 ‐ DIAGRAMA DE REPRESENTAÇÃO DOS PASSOS DO SISTEMA 

O táxon já está presente no país?

Primeiro passo

O táxon está sob “controle oficial”? Sim

Aceitar (sob condições apropriadas) Rejeitar

Sim Não

Segundo passo

Não

Aplicar análise de risco de plantas invasoras

Número mínimo de questões e questões centrais (informação suficiente para completar a análise de risco) respondidas?

Sim

Completar o a análise de risco – Resultado:

Não

Análise posterior – informações insuficientes disponíveis

Proibir Aceitar (sob condições apropriadas) Incapaz de analisar táxon com o sistema de análise de risco – informações insuficientes O importador deve fornecer informações

adicionais, se houver.

Terceiro passo

Realizar tentativas de cultivo de modo seguro em quarentena para fornecer informações adicionais

Análise de risco realizada com as informações adicionais das tentativas de cultivo – Resultados:

Aceitar

Aceitar

Proibir

O táxon está identificado corretamente?

16

16

ANEXO 2 ‐ PROTOCOLO DE ANÁLISE DE RISCO COM A PONTUAÇÃO DE CADA QUESTÃO 

Análise de risco para plantas invasoras

Seção Grupo

Questão

Resposta

Observações sim não

sem info

Histórico biogeográfico

A

Cultivo / Domesticação

1.01 O táxon apresenta fortes indícios de domesticação? -1 0 0 A resposta sim para a questão 1.02 anula a resposta sim para a questão 1.01. 1.02 Há registros de que o táxon esteja se propagando espontaneamente nos locais onde é

cultivado? 1 0 0

1.03 Táxons da espécie (domesticados) estão registrados como plantas daninhas ou pragas? 1 0 0

Clima

2.01 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de clima Quente (Cwa ou Cfa)? 2 0 2

2.02 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de clima Tropical (Af, Aw ou Am)? 2 0 2

2.03 O táxon ocorre naturalmente ou há registro de que esteja estabelecido em alguma região de clima Temperado (Cwb ou Cfb)? 2 0 2

Registros de ocorrência e de invasão

3.01 O táxon apresenta histórico de introduções repetidas fora da sua área de distribuição natural?2 0 1 A resposta da questão 3.01 servirá para multiplicar

com o resultado da questão 3.02, gerando um resultado único. 3.02 Há registro de que o táxon esteja estabelecido fora da sua área de ocorrência natural

historicamente conhecida? 1 -1 1

3.03 Há registro de impactos causados pelo táxon em jardins, benfeitorias ou áreas degradadas? 2 0 1

3.04 Há registro de impactos causados pelo táxon em áreas com atividade agrícola, pecuária, silvicultural ou horticultural? 2 0 1

3.05 Há registro de que a espécie seja invasora de ambientes naturais em algum lugar do mundo?2 0 1

3.06 Outras espécies do mesmo gênero são consideradas invasoras em outras regiões/países ou estão estabelecidas no Brasil? 1 0 0

17

17

Características indesejadas

B

Atributos indesejados

4.01 O táxon apresenta espinhos, acúleos ou outra saliência capaz de causar ferimentos ou impedir a passagem de pessoas ou animais? 1 0 0

4.02 Há evidências de que o táxon produza alterações químicas no solo? (tais como alelopatia, mudança de pH, fixação de nitrogênio, entre outros) 1 0 0

4.03 É um táxon parasita? 1 0 0

4.04 É um táxon impalatável para animais de pasto nativos ou introduzidos? 1 -1 0

4.05 É um táxon tóxico para seres humanos ou para animais nativos ou domesticados economicamente importantes? 1 0 0

4.06 Há registro de que o táxon seja hospedeiro ou vetor de pragas ou patógenos conhecidos que afetem espécies nativas ou de valor? 1 0 0

4.07 O táxon causa alergia em seres humanos? 1 0 0

Hábito e potencial

competição por recursos em ambientes naturais

5.01 Há evidências de que o táxon produz alterações físicas em processos ecológicos? (tais como aumento da ocorrência ou frequência de incêndios, alteração de processos erosivos naturais, alteração do sistema hidrológico do solo) 1 0 0

5.02 É um táxon tolerante à sombra em alguma fase do ciclo de vida? 1 0 0

5.03 O táxon tolera solos arenosos, ácidos ou de baixa fertilidade? 1 0 0

5.04 O táxon é uma liana ou tem outra forma de crescimento capaz de sufocar outras plantas? 1 0 0

5.05 O táxon forma aglomerados de alta densidade? (principalmente lenhosas perenes) 1 0 0

5.06 O táxon é uma árvore, arbusto lenhoso perene, erva, gramínea ou geófita? (caso o táxon não pertença a nenhum destes grupos, responder "não"); ou responder: "árvore" ou "arbusto" ou "erva" ou "gramínea" ou "geófita".

árvore=2, arbustos=1, erva=1, gramíneas=1, geófitas=1, não=0

Neste caso, a pontuação obedece o padrão de plantas exóticas invasoras existentes atualmente no Brasil: árvores=34,7%, ervas=21,5%, arbustos=15,3%, gramíneas=12,5%, geófitas=0.

18

18

Características biológicas e ecológicas

C

Mecanismos reprodutivos

6.01 Há evidências de que fatores bióticos levam ao fracasso reprodutivo da espécie na área de distribuição natural? 1 0 0

6.02 O táxon produz sementes viáveis? 1 -1 0

6.03 Há evidências de que o táxon seja capaz de realizar hibridização interespecífica? 1 -1 0

6.04 Há no estado alguma espécie nativa congênere? 1 0 0

6.05 O táxon é capaz de realizar autopolinização ou apomixia? 1 0 0

6.06 O táxon necessita de polinizadores especializados? -1 0 0

6.07 O táxon se reproduz por fragmentos vegetativos? 1 -1 0

6.08 Qual a duração do período juvenil? [a] até 1 ano; [b] 1-4 anos; [c] mais de 4 anos a=1, b=0, c=-1

Mecanismos de dispersão

de propágulos

7.01 Produz propágulos com probabilidade de dispersão involuntária por pessoas, máquinas etc.? 1 -1 0

7.02 Produz propágulos dispersados intencionalmente ou cultivados por pessoas? 1 -1 0

7.03 Produz propágulos com probabilidade de dispersão como contaminantes de produtos? 1 -1 0

7.04 Produz propágulos adaptados para dispersão pelo vento (anemocoria)? 1 -1 0

7.05 Produz propágulos adaptados para dispersão por água (hidrocoria)? 1 -1 0

7.06 Produz propágulos dispersados por pássaros (ornitocoria) ou morcegos (quiropterocoria)? 1 -1 0

7.07 Produz propágulos dispersados por animais (externamente)? 1 -1 0

7.08 Produz propágulos dispersados por animais que se alimentam dos frutos e cujas sementes sobrevivem à passagem pelo sistema digestivo? 1 -1 0

Atributos de persistência

8.01 O táxon é um produtor de sementes prolífero? 1 -1 0

8.02 Há evidências de que as sementes do táxon permanecem viáveis no solo por mais de 1 ano? 1 -1 0

8.03 É possível e fácil encontrar uma forma de controle eficaz com custos razoáveis? -1 1 0

8.04 Algum predador natural efetivo do táxon está presente no país? -1 1 0