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    PRTICAS TCNICO-COMERCIAIS

    Data de Inicio: 29 de Outubro de 2010

    Data de Fim: 26 de Outubro 2012

    Formador (a): Filipa Joaquim

    Localidade: Torres Vedras

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    INDICE

    INDICE ............................................................................................................................................ 2

    OBJECTIVOS GERAIS ...................................................................................................................... 3

    OBJECTIVOS ESPECFICOS .............................................................................................................. 4

    PUBLICO ALVO OU DESTINATRIOS DA FORMAO .................................................................... 4

    INTRODUO ................................................................................................................................ 5

    DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................................... 6

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................................... 23

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    OBJECTIVOS GERAIS

    Certificao Escolar e Profissional - 9 ano de escolaridade + Qualificao de nvel 2.

    Os formandos no final do curso devero estar aptos a aplicar correctamente os

    conhecimentos e as competncias adquiridas ao longo do curso e, no mbito do Estgio

    em Contexto de Trabalho, as competncias profissionais.

    O/A Empregado/a Comercial o/a profissional que executa tarefas relacionadas com a venda

    de produtos e/ou servios, em estabelecimentos comerciais, de acordo com os procedimentos

    pr-estabelecidos, tendo em vista a satisfao dos clientes.

    Actividades Principais

    Participar no controlo quantitativo e qualitativo de produtos, e proceder sua armazenagem

    no estabelecimento comercial.

    Arrumar o espao de venda, expondo e repondo os produtos/informao, e mantendo as

    condies ambientais adequadas, de acordo com critrios pr-estabelecidos.

    Acolher clientes, diagnosticar as suas necessidades, indicar a localizao dos

    produtos/servios comercializados no ponto de venda, apresentar os mesmos tendo em conta

    as suas caractersticas, condies de venda e servios ps-venda.

    Processar a venda de produtos/servios, calculando o valor da venda, cobrando a despesa ao

    cliente e zelando pelo seu acondicionamento/transporte.

    Receber e tratar/encaminhar reclamaes, bem como outras situaes posteriores venda,

    actuando de acordo com critrios pr-estabelecidos.

    Executar operaes de controlo de caixa - abertura e fecho.

    Cumprir os procedimentos administrativos referentes actividade comercial.

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    OBJECTIVOS ESPECFICOS

    Como objectivos especficos foram identificados os seguintes:

    Identificar os fundamentos da gesto de stocks. Aplicar as tcnicas subjacentes gesto de um armazm, tendo em conta os

    procedimentos do processo de armazenagem.

    BENEFCIOS E CONDIO DE UTILIZAO DOS MESMOS

    Este manual esta elaborado com base numa linguagem tcnica e com base terica ao

    que ser apresentado em contexto de sala de aula.

    Os formandos podero ter neste manual um apoio terico-prtico para o

    desenvolvimento da sua futura actividade como Empregado/a Comercial . O manual

    dever ser utilizado como suporte das sesses terico prticas a ministrar na sala de

    formao. Todas as definies, rcios e concluses estaro presentes neste manual

    PUBLICO ALVO OU DESTINATRIOS DA FORMAO

    Idade: 15-23 anos;

    Habilitaes: com o 6 ano de escolaridade, 7 ou frequncia do 8 ano;

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    INTRODUO

    O seguinte manual destina-se ao uso dos formandos para que os mesmos possam

    acompanhar as sesses lectivas, com esta informao complementar.

    Com este manual pretende-se que os formandos fiquem preparados para o mundo do

    trabalho.

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    DESENVOLVIMENTO

    GESTO DE STOCKS

    A IMPORTNCIA ESTRATGICA DOS STOCKS

    No raro que o montante de compras atinja 50% do volume de vendas da empresa.

    Podemos afirmar que uma reduo das encomendas, de somente 2%, ligada a uma s gesto

    de stocks, conduz a uma economia de 1% sobre as vendas.

    Por outro lado a introduo das novas orientaes estratgicas gesto empresarial

    conduziram segmentao da interveno das empresas no ciclo total de obteno dos

    produtos, originando um aumento das aquisies de produtos semi-acabados e servios, de

    modo a permitir a concentrao dos activos das empresas no ncleo duro do negcio, a fim de

    ganhar competitividade. Um exemplo na cermica ser a aquisio de pasta preparada.

    Quantas fbricas, h vinte anos ou mesmo h dez anos atrs, adquiriam pasta preparada para

    utilizarem na sua produo? A formulao da pasta era um segredo bem guardado e cada

    fbrica, por mais pequena que fosse, tinha a sua prpria pasta que no vendia a ningum. O

    mesmo se est a passar em relao aos vidrados, em relao aos moldes, etc.

    Fora do sector da cermica, temos outros exemplos.

    no sector do calado as compras de produtos e servios representam 50 a 60% doscustos industriais ou mesmo do valor de facturao no sector automvel este valor

    sobe a 80% do custo de uma viatura no Japo, 75%

    nos EUA e 70% na Europa na metalomecnica ligeira estes valores situam-se entre os40 e os 50%.

    Qualquer destes exemplos mostra que a gesto dos stocks e das compras so factores de

    relevncia na gesto actual das empresas.

    Mas a gesto de stocks no constitui uma clula isolada na empresa. Em resumo, a gesto de

    stocks, para alm de uma organizao prpria que responda ao conjunto de economias

    possveis de realizar, encontra-se, no seio da empresa, como um rgo integrado numa

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    organizao global que, caso no esteja suficientemente desenvolvida, bloqueia a sua aco e

    a concretizao dos seus objectivos.

    TIPOS DE STOCKS

    Numa empresa industrial podemos encontrar, basicamente, quatro tipos de stocks:

    Stocks, para fabricao matrias primas matrias subsidirias embalagem e materiais de embalagem

    Stocks conservao Stocks em curso de fabrico Stocks de produtos acabados.

    POR QUE EXISTEM STOCKS NA EMPRESA?

    So diversas as razes que esto na base da existncia de stocks. Passamos a enumerar

    aquelas que nos parecem mais importantes.

    Fluxo das entradas e fluxo das sadas com diferentes ritmos Erros de previso Produo por lotes Produzir mais do que necessrio Prazos de fornecimento e pouca habilidade na negociao dos prazos acordados

    Deficincias de qualidade

    Sistemas fabris no balanceados (diferenas de cadncias entre os equipamentos)originando stocks entre as operaes.

    E ainda, muitas vezes ligados ao processo do fabrico

    produo antecipada para reduzir o prazo de satisfao dos clientes produo antecipada para regular as oscilaes da procura e para compensar

    irregularidades da fabricao (avarias, paragens, etc.)

    mudanas de fabrico.

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    Para reduzir o stock necessrio reduzir o ciclo de produo, mas para isso fundamental:

    reduzir a dimenso dos lotes fiabilizar o equipamento eliminar as no conformidades reduzir o tempo de mudana de srie.

    Os efeitos mais importantes que resultam da existncia de stockso:

    os custos ligados sua existncia as ineficincias que no so evidenciadas devido sua existncia.

    CUSTOS ASSOCIADOS AO STOCK

    Os stocks suportam, para alm do custo de ruptura, duas espcies de custo: custo de

    passagem de encomendas para a constituio e reabastecimento e que vai somar-se ao preo

    de compra artigos e custo de posse inerente sua existncia e que vai agravar os preos de

    sada de armazm

    Custo de Passagem

    O custo de passagem, que corresponde a 1% - 2% do montante total das encomendas,

    compreende todos os gastos devidos ao procedimento de compra, como remuneraes e

    encargos com os agentes do aprovisionamento, estudos de mercado, despesas com

    negociaes, redaco das encomendas, controlo dos prazos, relance aos fornecedores,

    controlo das entregas e conferncia das facturas

    Custo de Posse

    O custo de posse do stockcompreende duas categorias de despesas: o interesse financeiro dos

    capitais imobilizados que se situa entre 10 e 15% e os gastos de armazenagem que podem

    atingir 5 a 10% do valor imobilizado.

    Os gastos de armazenagem so constitudos pelo custo de funcionamento dos armazns

    (remuneraes e encargos, iluminao e fora motriz, manuteno dos locais e dos

    equipamentos), a amortizao ou aluguer dos locais, a amortizao dos equipamentos,

    seguros, perdas por deteriorao e roubo, custo de obsolescncia.

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    Custo de Ruptura

    A ruptura pode verificar-se nas duas actividades de produo:

    Fabricao: falta de materiais para dar continuidade ao processo produtivo

    Manuteno: falta de uma pea que origina paragem de fabrico e cuja produo nopode ser recuperada.

    No primeiro caso (fabricao) podemos considerar duas espcies de ruptura:

    Ruptura potencial: detectada antes do lanamento em fabricao, origina custos deurgncia e custos comerciais

    Ruptura real: detectada s aps o lanamento em fabricao, obriga a outra naturezade custos, seja o custo de posse de stockde produtos em curso, o custo associado ao

    no cumprimento de prazos (perda da venda do produto/custo de oportunidade).

    Por outro lado, o custo da ruptura em manuteno devido falta de uma pea de

    substituio o que d origem a um conjunto de consequncias financeiras que depende da

    pea e da mquina, da taxa de utilizao da mquina e das possibilidades de reparao.

    O custo de ruptura tem em conta o tempo suplementar t entre o tempo de reparao t1 com apea existindo no stock e o tempo t2 para arrancar a instalao quando a pea no existe no

    stock.

    Durante este tempo ( t2 t1 ), o custo da ruptura integra, para alm do custo de posse dos

    produtos em curso de fabrico e do suplemento de desperdcios, a perda de produo rendvel

    expressa em margem bruta

    Custo de Ruptura = Ph (t2 t1) (PV Cv)

    Ph Produo horria;

    PV Preo de venda;

    Cv Custos Variveis

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    Em concluso, para obter uma boa gesto de stocks preciso minimizar os trs factores de

    custo: custo de passagem das encomendas, custo d posse do stocke custo de ruptura.

    Gerir um stockcompreende a procura de uma soluo optimizada em termos:

    fsicos administrativos econmicos

    GESTO FSICA DE STOCKS

    A gesto fsica de stocks preocupa-se, por um lado, com a organizao do espao fsico

    ocupado em armazm e por outro com a conservao e movimentaes necessrias desde a

    recepo dos materiais, at sua entrega aos utilizadores internos ou clientes externos.

    Compreende a definio:

    do layoutde implantao dos armazns do plano de arrumao dos materiais dos meios de movimentao associados do plano de conservao dos materiais

    GESTO ADMINISTRATIVA DE STOCKS

    O conhecimento das existncias, em quantidade e em valor, responde a vrias necessidades da

    empresa, servindo para alimentar a contabilidade, gerir a tesouraria e gerir os

    reaprovisionamentos.

    indispensvel o conhecimento do preo unitrio dos artigos para os poder integrar no clculo

    dos preos de custo dos produtos finais ou em curso. portanto necessrio que os stocks e os

    seus movimentos sejam correctamente valorizados.

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    Em termos de gesto dos stocks, o inventrio permanente permite informar as quantidades e

    os preos unitrios, bem como o valor dos consumos anuais, parmetros de base para definir o

    perodo econmico de encomenda. Por outro lado, os preos unitrios informados servem de

    referncia aos compradores permitindo determinar os preos de facturao dos artigos

    cedidos a outros servios da empresa ou vendidos ao exterior. Em resumo, o conhecimento

    global do stock s se obtm quando se fala em unidades monetrias e no apenas em

    quantidades donde a necessidade de dispor de dados quantificados e valorizados sobre

    stocks: os consumos, as entradas e os stocks detidos.

    Os movimentos do stock devem estar concebidos de forma a assegurar o inventrio

    contabilstico permanente, apoiado no registo validado das entradas e sadas de modo a

    permitir conhecer no curso do exerccio, as existncias em quantidade e em valor.

    A Gesto Administrativa dos Stocks controla os fluxos de informao e fiabiliza os dados

    recolhidos, ao mais baixo custo, atravs:

    da gesto eficiente do processo de recepo do registo correcto e funcional das movimentaes do controlo do inventrio permanente da gesto eficiente do processo do reaprovisionamento do controlo contabilstico dos stocks.

    TIPOS DE MOVIMENTOS MAIS CORRENTEMENTE UTILIZADOS

    Os materiais dentro da empresa esto sujeitos aos mais diversos tipos de movimentos. Destes,

    os mais utilizados so os seguintes:

    Entradas de compras - produtos provenientes de fornecedores que provocam o

    aumento das existncias

    Sadas para utilizao interna - produtos requisitados para uso na prpria empresa e

    que originam a reduo das existncias

    Expedio - movimento de sada para o exterior que conduz reduo das existncias

    Transferncias - movimentos entre armazns ou entre locais de armazenagem, que

    no conduzem ao aumento em termos globais do inventrio

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    Devolues de fabricao - ou mais genericamente devolues de utilizao,

    compreende movimento de entrada em stockproveniente de sadas de stockno utilizadas

    Devolues a fornecedores - movimento de sada resultante da no aceitao de

    materiais provenientes de compras, mas cuja no conformidade s foi detectada aps omovimento de Entrada da Compra.

    Convm, no entanto realar que todos estes movimentos devem ser reduzidos ao mnimo

    estritamente indispensvel.

    CRITRIOS VALORIMTRICOS

    A valorizao de qualquer elemento do Activo do Balano de uma empresa tem reflexos

    naturais ao nvel dos seus Resultados pelo que os critrios de valorizao dos stocks tm de ser

    ponderados com toda a prudncia.

    Os critrios de valorizao correntemente utilizados so os seguintes:

    1 Custo mdio ponderado

    A utilizao deste critrio faz distribuir por todos os artigos em stockcom o mesmo cdigo, as

    alteraes de custo resultantes de novas entradas. Obtendo-se assim uma Valorizao ao

    mesmo custo de todos os artigos desse cdigo. um critrio correntemente utilizado e bem

    aceite pelo Fisco.

    2 Custo standard

    fixado um valor standardpara cada artigo de stock. Todos os movimentos se processam com

    base no valor estabelecido para o perodo de referncia (normalmente 1 ano).

    Os desvios, entre os valores reais e o standard fixado, vo a contas de desvios e so

    regularizados no final do exerccio.

    um mtodo tambm muito utilizado e bem aceite pelo Fisco.

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    3 LIFO Last in First Out

    Este critrio assume que o ltimo lote que entrou ser o primeiro a sair.

    Os artigos iguais so valorizados de acordo com o lote que esteve na origem da sua entrada.

    As sadas so valorizadas em funo do lote movimentado na ordem inversa da sua entrada

    (ltimo a entrar - primeiro a sair).

    Este critrio conduz a uma tendncia de inflacionamento do custo dos produtos produzidos,

    uma vez que se utilizam sempre os lotes mais recentes existentes em stock.

    Em contrapartida as existncias so tendencialmente subavaliadas, uma vez que se mantm os

    lotes mais antigos que integram o stock.

    4 FIFOFirst in First Out

    exactamente o inverso do anterior, provocando efeitos contrrios aos apontados. As

    existncias tm tendncia a ser sobreavaliadas e as imputaes aos produtos conduzem

    tendencialmente sua subvalorizao

    5 NIFONext in First Out

    Segue a mesma lgica do LIFO, considerando que as sadas se efectuam ao valor de mercado.

    Este critrio afecta sobretudo a valorizao dos produtos onde so imputados os artigos

    movimentados

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    GESTO ECONMICA DOS STOCKS

    O problema da gesto econmica dos stocks no se centra na aplicao de mtodos de gesto,

    mas na seleco do melhor mtodo para cada artigo, conforme a sua identidade, as suas

    caractersticas de consumo, de preo e de prazo, e os custos associados armazenagem,

    reabastecimento e ruptura.

    Trata-se de garantir o abastecimento dos utilizadores ao menor custo total atravs da:

    a) minimizao dos custos de posse e de passagem

    b) reduo dos obsoletos

    c) reduo das rupturas.

    Para o efeito preciso saber calcular com exactido o stockmdioem quantidade e em valor

    eavaliar os resultados obtidos com os mtodos aplicados

    Para medir a eficincia da utilizao de um stockrecorre-se a indicadores que traduzem a

    relao entre o consumo e o stockmdio detido.

    Um desses indicadores a taxa de rotao do stock

    Consumo no perodo (ano)

    Taxa de rotao =

    Stockmdio no perodo (ano)

    Traduz o nmero de vezes que o stock se renova. Quanto mais elevada for esta taxa tanto

    melhor a gesto adoptada. Este indicador pode apresentar valores que se situam num

    intervalo muito largo que pode ir de valores inferiores unidade at 100, dependendo do tipo

    de artigos e da indstria de referncia. Todavia considera-se positivo, um rcio superior a 5

    para uma indstria tradicional.

    Se o consumo anual de um artigo for de 60 000 e se o stockmdio no perodo foi de 15 000

    , a taxa de rotao ser igual a 4, o que significa que o stockse renova quatro vezes por ano

    ou de 3 em 3 meses.

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    O stockmdio dever ser calculado somando o stockno final de cada ms ao longo do ano e

    no final dividir por 12.

    Outro indicador utilizado a taxa de cobertura mdia do stock.

    Stockmdio

    Taxa de cobertura =

    Consumo mdio mensal

    Este indicador traduz o nmero de meses de consumo assegurado pelo stockmdio.

    Existe ainda um terceiro indicador que se traduz pela taxa de ruptura dos stocks e que se pode

    medir atravs do seguinte rcio:

    N de requisies no satisfeitas

    Taxa de ruptura =

    N total de requisies ao armazm

    difcil definir um valor ptimo para esta taxa dado que funo de um elevado nmero de

    variveis, todavia poderemos considerar como valores razoveis para a taxa de ruptura um

    intervalo entre os 2% e 4% para o stockglobal.

    MTODOS DE CLCULO DAS NECESSIDADES DE STOCKS impossvel prever o consumo ou a necessidade de um dado artigo com uma preciso

    perfeita.

    Isto significa que variaes devidas a erros de previso ou a acontecimentos excepcionais

    introduzem factores suplementares que afectam a planificao. Para antecipar flutuaes que

    no se podem prever, usual introduzir stocks nos sistemas que permitem compensar todas

    as variaes, dentro das previses efectuadas.

    Para planificar o stock deve-se saber quando o artigo dever ser armazenado e quantas

    unidades so preciso armazenar. Para isso necessrio prever o consumo mdio e a varincia

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    (desvio padro) associada, no modelo de stockconsiderado, de modo a que, respondendo s

    solicitaes em prazo e em volume, se minimizar o custo mdio envolvido.

    O controlo do stock, em particular para o curto prazo , em muitos casos, um meio mais

    prtico e mais barato de tomar em considerao o problema das flutuaes dos pedidos, doque os mtodos de previso muito sofisticados.

    Neste sentido, o gestor tem de escolher entre trs solues:

    _ uma previso grosseira, que naturalmente conduzir constituio de stocks importantes e

    com rupturas em paralelo;

    _ um mtodo de previso elaborado, que pode conduzir a um fraco nvel de stocks ;

    _ um sistema de abastecimento relacionado directamente com o consumo no conceito de Just-

    in-Time

    A arbitragem entre estas trs solues deve fazer-se na base

    _ do valor relativo de cada item;

    _ da lei que rege o seu comportamento no passado;

    _ do custo associado;

    _ da preciso do mtodo utilizado.

    Convir todavia, acentuar que estamos a tratar de modelos de consumo independentes. Nos

    modelos de consumo dependentes, em que o consumo de um artigo est directamente

    relacionado com as necessidades do composto ao qual est ligado, sero utilizadas tcnicas

    que se combinam com as que iremos estudar, nomeadamente o MRP Materials Requirement

    Planning ou Planeamento das Necessidades de Materiais e o j referidoJust-in-Time.

    Uma vez inventariados, identificados e classificados os artigos e conhecido o valor dos

    consumos anuais, a empresa possui os mecanismos para a aplicao os mtodos de gesto.

    Uma primeira etapa para definir o mtodo mais econmico consiste na repartio dos artigos

    segundo o mtodo ABC, seleccionando os stocks em funo da importncia do valor do

    consumo de cada artigo.

    Mas esta repartio no suficiente para se resolver completamente o problema que se pe

    gesto econmica dos stocks. e que se resume em saber:

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    QUANDO ENCOMENDAR

    E

    QUANTO ENCOMENDAR

    de maneira a minimizar o custo global a suportar.

    Os mtodos clssicos de gesto de stocks - o mtodo de Ponto de Encomenda e o mtodo do

    Plano de Aprovisionamento (ambos inseridos nos mtodos de consumo independente),

    apoiam-se numa base de dados constituda por:

    _ custo de passagem de uma encomenda;

    _ custo de posse do stock;

    _ consumo anual;

    _ preo unitrio;

    _ prazo de entrega;

    _ lei dos consumos mensais;

    _ risco de ruptura aceite.

    No entanto, a teoria dos stocks assenta sempre sobre a anlise dos registos do passado.

    Da que a aplicao dos mtodos de gesto deva incidir em particular nos artigos das classes

    B e C. Os artigos da classe A devero ser objecto de um tratamento especfico no devendo

    estar completamente dependentes de leis estatsticas.

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    MTODO DO PONTO DE ENCOMENDA

    Definio

    O mtodo de Ponto de Encomenda consiste em encomendar uma quantidade fixa, chamada

    Quantidade Econmica, assim que o stock atinge o nvel de reaprovisionamento chamado

    Ponto de Encomenda.

    Caracteriza-se por encomendar quantidades fixas em datas variveis.

    PRAZO DE APROVISIONAMENTO

    O prazo de aprovisionamento de um artigo o prazo real total que decorre desde a

    comunicao da necessidade at disponibilizao do artigo, quer dizer, que alm do prazo

    fixado pelo fornecedor necessrio juntar:

    _ os diferentes prazos administrativos antes do lanamento das encomendas: registo dopedido, consulta ao mercado, exame das propostas, negociao e escolha do fornecedor,

    redaco da encomenda;

    _ prazo de recepo, que decorre desde a chegada do artigo ao armazm at ao seu registo de

    entrada no stock. Compreende o prazo de recepo qualitativa e de recepo quantitativa.

    NOO DE STOCK MDIO

    Consideremos um artigo que consumido razo de 800 unidades/ano e suponhamos que o

    seu stock renovado uma nica vez no ano. O stockdeste artigo evolui de 800 a 0 unidades

    em 12 meses e o seu nvel mdio do ano de 400 unidades.

    Se o stockfosse renovado duas vezes/ano variaria de 400 a 0 unidades em 6 meses e o seu

    nvel mdio fixar-se-ia em 200 unidades.

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    o valor deste nvel mdio que pesa na carga financeira dos stocks e isto mostra que ela

    influenciada pela quantidade encomendada e pelo nmero de encomendas feitas no ano.

    NOO DO "STOCK DE SEGURANA

    Suponhamos que para um dado artigo, o nvel de stock 80 e que o consumo de 10

    unidades/ semana, em mdia.

    Deste modo, stockser nulo na 8 semana

    Para evitar uma ruptura necessrio efectuar uma nova encomenda tendo em conta o prazo

    de entrega. Se este fosse de 3 semanas, a encomenda seria feita na 5 semana.

    Se os consumos fossem regulares, no fim da 8 semana o stockcairia a 0 no preciso momento

    em que a encomenda daria entrada no armazm retomando o nvel do stock.

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    Mas tudo isto terico e no existe nenhuma segurana

    _ nem contra um prolongamento do prazo

    _ nem contra a alterao da lei do consumo durante o prazo de aprovisionamento

    Portanto, lanar-se- a encomenda de modo que esta entre em armazm, no quando o stock

    nulo, mas quando tiver cado a um nvel chamado "stockde segurana".

    MTODO DO PLANO DE APROVISIONAMENTO

    Este mtodo consiste em encomendar quantidades variveis em intervalos fixos. Este mtodo

    consiste em encomendar quantidades variveis em intervalos fixos. usado quando a um

    mesmo fornecedor compramos diversos materiais e pretendemos que o seureaprovisionamento seja simultneo, para reduzir custos de lanamento da encomenda, para

    reduzir custos de transporte, etc

    A primeira questo que se nos coloca quando encomendar? Ou seja, de quanto em quanto

    tempo que eu fao a encomenda? da que tambm se chame a este mtodo o Mtodo do

    Ciclo de Reviso Fixo.

    A segunda questo , obviamente, qual a quantidade a encomendar?

    Quando encomendar ?

    Se lanarmos N encomendas por ano , a quantidade mdia de cada encomenda ser S/N, e o

    custo anual global (Y) ser :

    assim,

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    o nmero ptimo de encomendas que conduz ao valor mais baixo do custo anual global

    Daqui tiramos o Perodo de Aprovisionamento (expresso em meses)

    Quanto encomendar ?

    A quantidade que devemos encomendar, partindo do zero, para nos precavermos durante operodo de aprovisionamento (p) e durante o prazo de aprovisionamento (d), acrescida do

    stock de segurana (Ss) ser:

    No momento de lanamento da encomenda deve-se ter em conta o Stock Potencial (Sp).

    Assim, a quantidade a encomendar ser:

    Q comprar=Q mx- Sp

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    Clculo do Stock de Alarme (SA)

    Pode acontecer que durante o perodo de aprovisionamento (p) os consumos sejam anormais

    e antes de chegarmos data de lanamento da encomenda podemos atingir a ruptura. Para

    evitar essa situao, define-se um valor de stock (stock de alarme) que uma vez atingido dar

    lugar a uma encomenda fora do perodo. Este stock deve ento fazer face aos consumos

    durante o prazo de aprovisionamento e s flutuaes do consumo no mesmo prazo.

    dado pela expresso:

    SA = S/12.d + Ss

    DETERMINAO DO STOCK DE SEGURANA

    Vimos que o papel do stock de Segurana o de precaver:

    _ Contra um aumento eventual do consumo;

    _ Contra um aumento eventual do prazo.

    Trata-se, portanto, de se precaver contra os desvios em relao aos valores escolhidos para

    determinar o Ponto de Encomenda. Calcule-se ento de novo este Ponto de Encomenda.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. Autoria;Olivier BruelTtulo da obra; Aprovisionamento das Empresas

    Nmero da edio; 1

    Local de edio; Lisboa

    Editora; Rs Formalpress

    Data de edio: 1986

    http://www.wook.pt/authors/detail/id/19347http://www.wook.pt/authors/detail/id/19347http://www.wook.pt/authors/detail/id/19347http://www.wook.pt/authors/detail/id/19347
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