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Endereço eletrônico: http://geografiaaplicada.blogspot.com/ E-mails: [email protected] - [email protected] Áreas de atuação: * Desastres Ambien- Desastres Ambien- Desastres Ambien- Desastres Ambien- tais tais tais tais * Circulação Circulação Circulação Circulação * Erosão Erosão Erosão Erosão * Formação de pesso- Formação de pesso- Formação de pesso- Formação de pesso- al em técnicas Am- al em técnicas Am- al em técnicas Am- al em técnicas Am- bientais bientais bientais bientais * Disseminação da Disseminação da Disseminação da Disseminação da Informação geográ- Informação geográ- Informação geográ- Informação geográ- fica fica fica fica Nesta edição: Percepção e Percepção e Percepção e Percepção e Desastre: os Desastre: os Desastre: os Desastre: os fantasmas fantasmas fantasmas fantasmas gerados por gerados por gerados por gerados por um terremoto um terremoto um terremoto um terremoto No dia 11 de maio de 2011, em torno das 17:00h espa- nhola ocorreu um terremoto na cidade de Lorca, provín- cia e comuni- dade autôno- ma de Múr- cia, que está localizada no sudeste do país. Pag.3 Pag.3 Pag.3 Pag.3 Editoração e Arte 5 Jornal Jornal Jornal Jornal Maio 2011 Maio 2011 Maio 2011 Maio 2011 Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Brasileira Brasileira Brasileira Brasileira A riqueza do Brasil se encontra de diversas formas na natureza e uma delas se refere a fitodi- versidade, tanto que os caçadores dessas riquezas não pouparam esforços em buscá-las. No início das representações sistêmicas, quando os pesquisadores Spix e Martius estiveram por aqui e puderam desenhar alguns possíveis conjuntos fitogeográficos, na realidade a situação era uma projeção, haja vista que a demonstração foi fruto de trabalhos intensos de pesquisa documental, pois já havia muita coisa escrita e desenhada, porém nessa época foi fundamental a coleta de dados em campo. Pag. 2 . Pag. 2 . Pag. 2 . Pag. 2 A mudança do relevo praial geralmente resulta de uma longa interação entre as correntes, a ação eólica e o nível de maré. Observa-se a intervenção do homem nesse local, embora a inter- venção tenha sido feita a alguns quilômetros ao sul da enseada, o lugar sofre as conseqüên- cias. Tudo isso possivelmente devido à construção da barragem do Rio Gramame Mamuaba, que retém os sedimentos impedindo que os mesmos tenham o seu transporte normal efetua- do, ocorrendo um déficit, pois a ação natural da maré retira os sedimentos e a “ação artificial” os detém. Pag. 4 Pag. 4 Pag. 4 Pag. 4 Mudança da feição praial na enseada do Mudança da feição praial na enseada do Mudança da feição praial na enseada do Mudança da feição praial na enseada do Cabo Branco Cabo Branco Cabo Branco Cabo Branco

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Áreas de atuação:

∗ Desastres Ambien-Desastres Ambien-Desastres Ambien-Desastres Ambien-

taistaistaistais

∗ CirculaçãoCirculaçãoCirculaçãoCirculação

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∗ Formação de pesso-Formação de pesso-Formação de pesso-Formação de pesso-

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∗ Disseminação da Disseminação da Disseminação da Disseminação da

Informação geográ-Informação geográ-Informação geográ-Informação geográ-

ficaficaficafica

Nesta edição:

Percepção e Percepção e Percepção e Percepção e Desastre: os Desastre: os Desastre: os Desastre: os f a n t a s m a s f a n t a s m a s f a n t a s m a s f a n t a s m a s gerados por gerados por gerados por gerados por um terremotoum terremotoum terremotoum terremoto

No dia 11 de ma io de 2011, em torno das 17:00h espa-nhola ocorreu um terremoto na cidade de Lorca, provín-cia e comuni-dade autôno-ma de Múr-cia, que está localizada no sudeste do país. Pag.3Pag.3Pag.3Pag.3

Editoração e Arte

5

Jornal Jornal Jornal Jornal

Maio 2011Maio 2011Maio 2011Maio 2011

Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia

BrasileiraBrasileiraBrasileiraBrasileira

A riqueza do Brasil se encontra de diversas formas na natureza e uma delas se refere a fitodi-versidade, tanto que os caçadores dessas riquezas não pouparam esforços em buscá-las. No início das representações sistêmicas, quando os pesquisadores Spix e Martius estiveram por aqui e puderam desenhar alguns possíveis conjuntos fitogeográficos, na realidade a situação era uma projeção, haja vista que a demonstração foi fruto de trabalhos intensos de pesquisa documental, pois já havia muita coisa escrita e desenhada, porém nessa época foi fundamental a coleta de dados em campo. Pag. 2. Pag. 2. Pag. 2. Pag. 2

A mudança do relevo praial geralmente resulta de uma longa interação entre as correntes, a ação eólica e o nível de maré. Observa-se a intervenção do homem nesse local, embora a inter-venção tenha sido feita a alguns quilômetros ao sul da enseada, o lugar sofre as conseqüên-cias. Tudo isso possivelmente devido à construção da barragem do Rio Gramame Mamuaba, que retém os sedimentos impedindo que os mesmos tenham o seu transporte normal efetua-do, ocorrendo um déficit, pois a ação natural da maré retira os sedimentos e a “ação artificial” os detém. Pag. 4Pag. 4Pag. 4Pag. 4

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no entanto pode-se ver com clareza que a repre-sentação fitogeográfica ainda se apresenta em construção. Á medida que se caminha pelos campos geográficos notam–se novas fisionomias que ajudam a ampliar o conhe-cimento dos lugares. Não resta dúvida que essas representações ocultam de forma grosseira o cres-cimento exponencial da o cupação humano -econômica sobre a super-fície do solo, acarretando uma nova fisionomia so-bre o lugar. Atualmente há lugares em que a presen-ça da agricultura ocupa muito espaço que outrora era natural, mexendo as-sim com a configuração fito fisionômica do espaço. Numa análise sobre a escala temporal, sobressaem algumas con-jecturas interessantes. Tomemos que o Brasil já estava bem mapeado por época em que Martius e Spix por aqui passaram, porém o que podemos ver é que naquela época a maior parte, talvez mais de 90% da população bra-sileira era composta de analfabetos, o que depen-dia da leitura de outras pessoas externas à Pátria para que se pudessem fazer as representações com mais credibilidade, por isso foi necessária essa expedição tendo co-mo resultado as represen-tações sobre os elemen-tos e cenários que Martius avistou e registrou. A população bra-sileira começa a ficar mais letrada após o início do século XX, porém somente a partir de 1926 é que se iniciam trabalhos mais significativos no âmbito fitogeográfico.

Jornal Geografia Aplicada

Evolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia BrasileiraEvolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia BrasileiraEvolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia BrasileiraEvolução e Detalhamento na Leitura da Fitogeografia Brasileira

Por Paulo Rosa MariaBarros

A partir de uma aula de Biogeografia, minis-trada por mim e pela Profª Maria Barros, para o curso de Geografia da UFPB, o tema Evolução e detalha-mento na leitura da fitogeo-grafia brasileira foi cogitado em sala, e para mais escla-recimentos sobre o assunto passamos a discuti-lo a partir da visão de descrito-res do século XVIII até o presente momento. A riqueza do Brasil se encontra de diversas formas na natureza e uma delas se refere a fitodiversi-dade, tanto que os caçado-res dessas riquezas não pouparam esforços em buscá-las. No início das representações sistêmicas, quando os pesquisadores Spix e Martius estiveram por aqui e puderam dese-dese-dese-dese-nharnharnharnhar alguns possíveis con-con-con-con-juntosjuntosjuntosjuntos fitogeográficos, na realidade a situação era uma projeçãoprojeçãoprojeçãoprojeção, haja vista que a demonstração foi fruto de trabalhos intensos de pesquisa documental, pois já havia muita coisa escrita e desenhada, po-rém nessa época foi funda-mental a coleta de dados

em campo. Durante três anos, de 1817 a 1820, esses pesquisadores viajaram do litoral Rio de Janeiro até o Amazonas, o que significa aproximadamente 10 mil Km (Fig. 01), anunciando o que viram, aquilo que esta-va ao alcance dos olhos por onde passavam. O que chama a nossa atenção nessa expe-dição, é que eles consegui-ram sistematizar os compo-compo-compo-compo-nentes do cenárionentes do cenárionentes do cenárionentes do cenário, apesar da América do Sul já estar desenhada,desenhada,desenhada,desenhada, assim como o Brasil. Desse momento em diante inicia-se de maneira estimadaestimadaestimadaestimada a exposição como representação dos compo-nentes enquanto conjunto fitogeográfico. Seguindo o que está posto no site do Ambi-ente Brasil sobre a classifi-cação da vegetação brasi-l e i r a ( h t t p : / /a m b i e n -tes.ambientebrasil.com.br/n a t u r a l /vege tacao_b ras i l e i r a /c l a s s i f i c a c o -es_brasileiras.html) temos assim distribuído em ter-mos de tempo histórico: Classificação de Martius – 1825;

Classificação de Gonzaga Classificação de Gonzaga Classificação de Gonzaga Classificação de Gonzaga

de Campode Campode Campode Campos 1926; Classificação de Alberto J. Classificação de Alberto J. Classificação de Alberto J. Classificação de Alberto J. SampaioSampaioSampaioSampaio, 1940; Classificação de Lindalvo Classificação de Lindalvo Classificação de Lindalvo Classificação de Lindalvo Bezerra dos Santos, 1943Bezerra dos Santos, 1943Bezerra dos Santos, 1943Bezerra dos Santos, 1943 Classificação de Aroldo de Classificação de Aroldo de Classificação de Aroldo de Classificação de Aroldo de Azevedo, 1950Azevedo, 1950Azevedo, 1950Azevedo, 1950 Classificação de Edgar Ku-Classificação de Edgar Ku-Classificação de Edgar Ku-Classificação de Edgar Ku-hlmamnhlmamnhlmamnhlmamn, 1960; Classificação de Rizzini, Classificação de Rizzini, Classificação de Rizzini, Classificação de Rizzini, 1963;1963;1963;1963; Classificação de AndradeClassificação de AndradeClassificação de AndradeClassificação de Andrade----Lima, 1966;Lima, 1966;Lima, 1966;Lima, 1966; Classificação Veloso, 1966;Classificação Veloso, 1966;Classificação Veloso, 1966;Classificação Veloso, 1966; Classificação do Projeto Classificação do Projeto Classificação do Projeto Classificação do Projeto RADAM, década de 1970 eRADAM, década de 1970 eRADAM, década de 1970 eRADAM, década de 1970 e Classificação de George Classificação de George Classificação de George Classificação de George Eiten, 1983Eiten, 1983Eiten, 1983Eiten, 1983

Distribuídas numa linha de tempo as leituras e representações feitas no Brasil, principalmente no que toca a questão da fito-geografia, tem-se o seguin-te:

O documento dis-ponibilizado pelo IBGE em 1992 apresenta um deta-lhamento mais especializa-do que o apresentado pelo Projeto RADAM em 1970,

Fig. 01 - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Friedrich_Philipp_von_Martius

Classificação fitogeográfica de Martius

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Nessa época é que as sociedades geográficas passam a ter mais força dentro de Institutos Históri-cos e Geográficos Lem-brando ainda que em 1922 houve o VII CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRA-PHIA, época em que subia ao poder da Presidência da República o paraibano Epi-tácio Pessoa. Época mar-cante pelo início dos con-gressos que discutiam a questão da forma em que estava constituída a ocupa-ção natural e social do Es-tado brasileiro. Apesar e toda essa situação, as re-presentações eram impor-tantes para que se tivesse mais conhecimento sobre as diversas paisagens nos diversos lugares

Classificação de Aroldo de Aze-vedo, 1950

Classificação de Alberto J.

Classificação de Andrade-Lima, 1966

Classificação do Projeto RA-DAM, década de 1970

Classificação de Rizzini, 1963

do Brasil: clima; hidrografi-a; topografia e vida natural e a social. Nesse ínterim, assume importância vital a consti-tuição do CNG (Conselho Nacional de Geografia) que fazia as publicações sobre a Geografia do Brasil já com diversas fontes de representação.

Por Liése Carneiro

Ult imamente a questão da percepção do indivíduo ante a um evento de desastre vem sendo um tema de bastante interesse para o GEMA. Por isso, con-to-lhes um pequeno causo que aconteceu aqui comigo na Espanha. No dia 11 de maio de 2011, em torno das 17:00h espanhola ocorreu um terremoto na cidade de Lorca, província e comuni-dade autônoma de Múrcia, que está localizada no su-deste do país. O terremoto que atingiu a Lorca teve a magnitude de 5.1, provo-cando feridos e contabili-zando quase 10 mortes. Tremores foram sentidos em várias partes do país em diferentes pro-porções, chegando a ser sentido sensivelmente em Ciudad Real, que é onde eu vivo. É aqui onde começo a contar meu causo. No momento em que ocorria o evento eu estava em casa trabalhan-do na mesa da sala, onde estava com meu computa-dor, alguns livros e uma garrafa de água de 1,5l. Estava sozinha em casa. De repente eu sinto uma tremi-da na cadeira e na mesa e vejo que a água da garrafa estava em movimento, co-mo que tentando estabilizar depois de uma agitação. Em nenhum momento me passou pela cabeça que podia ser conseqüência da dissipação de um tremor de terra. Como que em fração de segundos depois, eu dou um grito: “valha-me Deus, que espíritos estão rondan-do essa casa!!”. Moro no 5º andar, mas acho que o vizi

nho do primeiro andar do bloco ao lado pode ter es-cutado. Como moro de fren-te para uma catedral, fui para a varanda, como que em uma intenção de reza e proteção. Nesse momento já não era mais a terra que tremia, e sim minhas per-nas. Depois de um tempo, quando já estava mais tran-qüila tentei voltar a traba-lhar. Sem muita concentra-ção, começo a olhar triviali-dades na internet para des-contrair e acabo entrando no facebook. Na primeira página vejo que nas ultimas atualizações algumas pes-soas comentavam o terre-moto que havia atingido Espanha a pouco tempo, e inclusive leio uma posta-gem de uma colega, que está morando aqui também em Ciudad Real, que dizia “Joder, habeis sentido el terremoto, hace 5 mn...pero no me he asustado nada!!!jejeje La tierra está trem-blando!!”. Pessoal, usando uma expressão que se usa na Paraíba (não sei se na Paraíba ou em Santa Rita) eu fiquei com cara de lolô. Tenho certeza que um japonês jamais pensari-a isso. Ficaria alerta para tomar uma decisão rápida. De todas formas essa pe-quena experiência serviu para dizer mais uma vez o importante que é saber como as pessoas reagem a um estímulo que pode indi-car um desastre. Porque imagino que seria um tanto problemático ter uma par-cela de uma população que pense que um tremor de mesa e cadeira, ainda que pequeno, indique a chega-da de uma tropa do além.

Percepção e Desastre: os fantasmas gerados Percepção e Desastre: os fantasmas gerados Percepção e Desastre: os fantasmas gerados Percepção e Desastre: os fantasmas gerados por um terremotopor um terremotopor um terremotopor um terremoto

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Por Francicléa Avelino

A mudança do rele-vo praial geralmente resul-ta de uma longa interação entre as correntes, a ação eólica e o nível de maré. É possível observar na área da enseada do Cabo Bran-co a diferença da granulo-metria, ou seja, encontra-mos areia grossa, areia fina, silte e argila, sinal do transporte do sedimento que vem dos rios até ser depositado na costa e ser transportado pelos fatores descritos acima. Na ensea-da do Cabo Branco estão sendo feitos perfis topográ-ficos (explicados na edição anterior) para observarmos a dinâmica da feição do lugar e identificarmos a causa da perda dos sedi-mentos locais. Observa-se a intervenção do homem nesse local, embora a inter-venção tenha sido feita a alguns quilômetros ao sul da enseada, o lugar sofre as conseqüências. Tudo isso possivelmente devido à construção da barragem do Rio Gramame Mamua-ba, que retém os sedimen-tos impedindo que os mes-mos tenham o seu trans-porte normal efetuado, o-correndo um déficit, pois a ação natural da maré retira os sedimentos e a “ação artificial” os detém. Os per-fis estão sendo feitos em três pontos da enseada; próximo ao Hotel Green Sunset, onde o pós-praia encontra-se estreito em

relação ao segundo ponto próximo ao Hotel Íbis, o terceiro ponto é no Busto de Tamandaré que possui um pós- praia maior do que as demais localidades. De-vemos levar em considera-ção o depósito de sedimen-tos, pois esse geralmente origina a berma que se mo-ve para cima quando existe o declive da praia, sinal que está havendo depósito se-dimentar, mas diminui em tamanho e eventualmente desaparece quando há ero-são. Sendo assim, uma praia que sofre erosão ten-derá a ficar plana, enquan-to uma praia que recebe um acréscimo de sedimen-to irá ficar mais íngreme. Fazendo uma comparação do perfil feito próximo ao Hotel Íbis e próximo ao Ho-tel Green Sunset no dia 19/ 03/ 2011, percebe-mos que está havendo per-da de sedimentos que são depositados no próximo ponto com a presença de uma berma. Retornando ao local e efetuando outro perfil no dia 03/04/ 2011 observamos a perca de sedimentos em ambos lo-cais e fica evidente a au-sência da berma na fig. 4 e vemos que há pouco rece-bimento de material sedi-mentar e grande retirada do mesmo. O acompanha-mento desses perfis está sendo feito sistematica-mente em um intervalo quinzenal.

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Fig.1- Perfil dia 19/ 03/ 2011 próximo ao Hotel Green Sunset

Fig.2- Perfil dia 19/03/ 2011 próximo ao Hotel Ibis

Fig. 3- Perfil próximo ao Hotel Green Sunset , em 03/04/2011

Fig. 4- Perfil próximo ao Hotel Íbis, em 03/04/2011

Mudança da Feição Praial na Enseada do Cabo BrancoMudança da Feição Praial na Enseada do Cabo BrancoMudança da Feição Praial na Enseada do Cabo BrancoMudança da Feição Praial na Enseada do Cabo Branco

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Responsável: Paulo Rosa Edição e Editoração: Ivo Lacerda e Diandra Soares

GEMA—Grupo de Es t udos de Metodologia e Aplicação Universidade Federal da Paraíba Cidade Universitária—Centro de Ciências Exatas e da Natureza—Departamento de Geociências João Pessoa - PB - CEP - 58059-900

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O jornal Geografia Aplicada é um periódico que visa a interação e a divulgação de atividades desen-volvidas dentro da Geografia caracterizadas pela execução das habilitações dos geógrafos dentro de âmbito com característica profissional. Os artigos e notas aqui impressos são as representações de experiências vividas por profissionais ou por pessoas com interesses afins, ou seja, dentro do univer-so das habilidades pessoais de cada um a partir do reconhecimento dos mais diversos aspectos inerentes ao desempenho da profissão.

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Theatro Santa Rosa em João Pessoa, inaugurado em 1889.