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m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^ ASSIGNATURA Doze mezes. . 30$ooo Seis mezes . . i6|ooo Um mez . . . 3$ooo NUMERO AVULSO 100 RS. ANNO XXIII —N.° 8313 •5. RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1907 * # UJ Jornul Independo-te. político, literário e noticioso Dillll A minha primeira pennada será hoje .ara rasgar um cumprimento á As- joclaçãò de Aquarellstas. Realmente, a terceira exposição de aquarelas, ha dias inaugurada, nrl0 g grande no numero de trabalhos apresentados, 4 multo distincta e ln- toressantei Nem poderia deixar de ser assim, figurando nella, como figuram, artistas cujo nome não carece dos adjectivos elogiosos de ninguém. Para quem conhece o nosso meio des- alentado, o «.s-orço dessa dúzia de pin- (ores, levando a effeito exposiçOes pe- vi.idié-3 de um gênero talvez ainda pouco comprehendldo aqui, é facto prodigioso e digno de applausos. A lueta está travada e ao publico pó- de caber um desejo: o de ser vencido. A verdade é que, não para o nos- bo gozo intellectual, como para hon- ra da cidade, devemos com a nossa freqüência facilitar e animar a re- producçao destes acontecimentos, re- veladores de civilização apurada... E" natural que nem todos sintam o mes- mo estremecimento de júbilo diante da mesma obra de arte. O que affaga o gosto do um. arranha multas vezes o de outro, desde que ambos não te- nham as lãéas afinadas pela mesma educação ou pelo mesmo Instincto; agora, o que assiste a todos Igual- mento, é o interesse por que prospe- ro em nossa terra uma associação que lhe brilho. Convivendo ulti- mamente, nas curtas horas das ses- Sões para um retrato, com o pintor Rodolpho. Amoedo, tive ensejo de ad- mirar no ardor da sua palavra o bri- lho do uma fé, que elle talvez julgue diminuída, mas que em verdade tem forca para llluminar um destino. Se os seus companheiros arderem mesmo enthusiasmo, a Associação de Aquarellstas triumphará. ]_ eis ahl uma boa sala para pe- quenas exposições, essa do "Paiz", em que figuram as aquarelas, porqu.i 6 iihiminada por largas janelas em quo nas horas do sol mais forte a luz'pede ser graduada á vontade, por nudo de toldos ou por meio de sto- ros. em poucas semanas, tem todas as mo- dalldades de outras, que com an- nos de estudos e de pratica consegui- mos falar, essa língua está com o seu destino gloriosamente traçado, por toda a escabrosa e desconfiada face da terra. Do dia 12 a 21 de julho reunir-se- ha aqui no Rio um congresso de es- peranto; o logar não podia ser mais bem escolhido, e eu confesso a minha curiosidade por assistir a alguma ses- são desse congresso. So elle lor o que dizem, o esperanto deixará depre?- sa do ser uma língua artificial para ser uma língua... natural do mundo todo! Nas cartas que recebi esta semana através do "Paiz", ha uma em que uma doco alma me pede para escrever aqui nestas columnas—'.'qualquer col- sinha sobre a "saudade", ou um "con- Unho", ou mesmo uma "descripçáo". ficando a escolha á minha vontade. .. Ah ! minha senhora, essa palavra quo é o maior orgulho de nossa lln- guri (tel-a-ha o esperanto ?), tem- me torturado por vezes de tal fór- ma, e leva-me tão longe, que não sinto forças nas mãos para acariciai- a... Mas vou dar-lhe uma indicação preciosa: em S. Paulo, o anno passa- dp, o distineto homem de letras Dr Alfredo Pujol fez com esse thema uma Bella conferência, em que desdo o lindo:—delicioso pungir do acerbo espinho do Garrett, até as modestas estrophes populares, escoltam essa formosa palavra com lanças de ouro, em que fulgem conceitos do orador 0 "Estado de S. Paulo" publicou essa conferência; peça-a, minha senhora, lel-a o terá uma compensação bem superior a que esperava... «i Para finalizar, um agradetlmento ao autor dos "Tópicos ão dia", por ter emprestado ao meu nome um brilho de astro" na sua prosa. Respondendo ao sou appollo, direi que a minha pen- na se sentirá feliz batalhando pelos humildes, por quem elle pede, emb-i- ra dessa lueta nada mais resulte se- não minha tranqüilidade de conscien- cia. Julia Lopes de -JUmeida. Entre tantas coisas boas e moder- nas que sc têm feilo no Bio, admira que ninguém se tenha lembrado ain- da «le ediflcar em local commodo c do grande frequencla uma sala para essas exposições avulsas, que serão cada vez mais ameudadas. O que nao tem sido amável para a exposição de aquarelas é o tempo, esso frio e feio tempo, quo enlamcii as ruas, estupldlfica oa cérebros e me impediu do rever, antes de rabiscar eslo artigo, o lindo "Loredano" de Henrique Bernardelll, a expressiva cabeça do "Anceio", do Amoedo, um áuavo rostinho pintado por Malagut- ti, e tudo o mais! Em.fim, como a minha Intenção não seria nunca a de fazer critica, para o que me faltam todos os dotes o vocação, consigno nestas linhas desbotadas o ligeiras os meus votos pela prosperidade dessa associação. Amor pela arte e amor pelo estu- do, tudo se desenvolve no Itio do Ja- neiro. não são as moças do Instl- tuto de Musica.que vemos nas ruas com os seus rolos do exercício ou as cal- xns dos seus violinos nas mãos orgu- lhosas; nem as normallstas atare- fadas, sobraçando compêndios do scl- enciíis, com a pressa de quem ve a tempo fugir diante de si; nem as alu- ninas da Escola do Bellas Artes tam- pouco: a todas essas pessoas, homens e mulheres, vieram Juntar-se grupos, que cada vez mais se avolumam, dos estudantes de linguas vivas, que pare- cem nunca foram tão estudadas aqui. lia dias dizia-mo o director .u academia Berlitz que no ultimo mez de junho esse estabelecimento deu 1.025 lições do vários Idiomas. Toda a gento percebe a vantagem do falar mais do uma língua numa cida- de cosmopolita, como 6 a nossa, e cada vez mais relacionada na arte, na industria, no commereio o nas sei- enclas, com os paizes estrangeiros. .lá ninguém so contenta com a theo- ria. Os cursos trabalhosos dos colle- gins, trilhados com o sentido no exa- me.ãeixarri no espirito uma bagaçarii, tíuo por mais que se esprema não dei- ta sumo. Assim, não é raro verem- fie nos cursos do linguas vivas homens [ormados, grisalhos, ao lado de meninas do pouca Idade, começar a apronder do novo uma língua que presumiam saber... Para apaziguar essa ancledade de nos entendermos uns aos outros (como so isso fosse completamente possível entre homens!), foi que o grande sábio, medico do Varsovla, Dr. -íimenhof, lnvenlou uma língua Inter- nacional. A concepção 6 grandiosa. Af figura- se-me o osperanto uma ponte lan- cada por sobre todos os abysmos e tempestadcs.paríj nivelamento dos pia- nos e sympnthid dos povos... Dizem os que a estudam, que fi uma língua flexível, admiravelmente prestatlva na expressão de todos os sentimentos, dos mais enérgicos aos mais suaves. Uma língua completa, perfeita, como so tivesse nascido, não de um homem, mas de um povo, através de séculos de soffrlmento e de trabalho... Por mim, ainda não tive tempo de fazer o meu espirito penetrar um pou- co na língua Internacional do huma- nltarlo Dr. Zamenhof; mas percebo as •uas seducções no adorado espirito dR meu pai, que tendo sido toda vida homem de estudo o de grandes curió- sldadcs intellectuaos, qulz ainda, com os seus lindos setenta e seis annos, saber por sim esmo o quo eça o es- peranto , e em poucos dias estava ao corrente de suas regras, a ponto do escrever nessa língua uma carta ao Dr. Zamenhof ,. Ora, se uma língua que se aprende lil Tlllr No requerimento dos Srs. Adolpho Gordo o Paula Ramos, a primeira In- dlcação, referente á tarifa movei, para os gêneros alimentícios, constitue uma medida de caridade; a segunda, da tarifa dupla, 6 uma providencia ln- spirada pelo patriotismo ; a terceira, o ultima, concernente á base cambial das tarifas, é uma suggestão da ho- nestidado. A tarifa de 1900 estabeleceu as ra- zões percentuaes dos direitos adua- neiros, computando os preços de custo da mercadoria importada em moeda nossa, referida ao cambio de 12 d. ; e nas tributações "ad valorem" de- terminou (art. 45, das disp. prel.), quo ao mesmo cambio fossem con- vertidas as moedas estrangeiras an- notadas nas facturas consulares. A média cambial do 1900 foi 7 V. ; o conscguintemente.para o coefliciente das razões ficou admittida uma taxa do cambio "superior" á vigente. Nosso mesmo anno era de 15 o|o da totalidade dos direitos a quota ouro arrecadada, o essa quota tinha o ágio do 272 o|o. Em taes condições, 100$ de direitos, da tarifa, custavam ao contribuinte 140$SOO. A libra esterlina valia 33$103, o que significa que o papel moeda tinha uma depreciação do 73, 14 o|o. Em 1903 o Congresso elevou a quota ouro a 25 o|o ; o como o cambio me- dio se manteve na casa de 12 d., ve- rificou-so uma pequena diminuição "apparcnta" de direitos, porquanto 100$ pagos á Alfândega—papel o ouro —importavam em 131J250. Dizemos—-"apparente"—a diminui- ção ; porquo a depreciação do papel era do 55, 3 o|o, ou "menor" quo a do cambio do 1900 por 17,0 o|o, Ora, essa valorização do 17$000 cm 100$ não correspondia á diminuição de cerca de 0$500 dos direitos. Na realidade, a relação tributária "cresceu" com a elevação da quota ouro de 15 a 25 o|o, a despeito da alta do cambio do 7 'A a 12. Em 1905, novamente augmentou o Congresso a quota ouro. Para o paga- monto das responsabilidades do Es- tad > em melai, o ministro da fa- zenda podiu a quota de 35 o|o ; mas o Congresso, "com intuilo proteceio- hlstá", applicou a quota do 50 o|o a 03 numeros-da tarifa, que comprehen- dem os gêneros de "maior consumo". Temos, assim, quo na actualidado, corri o "cambio official", de 15 d., ou uma depreciação do papel, equivalente a 44,4 o|o, cada 100$, do direitos adua- noiros, com 50 o|o ouro, custa ao con- trlbulnte 140$ como em 1900, com o cambio a 7 Í4. Comparando os valores respectivos da nossa moeda, encontra-se uma dlf- ferença de 29 o|o em favor da actuali- dade : o quo demonstra que a "relação dos direitos" para o preço de custo dos artigos importados cresceu ainda, apesar da alta de cambio de 12 para 15. Resulta disto, que, quando a libra era recebida na Alfândega por 20$, essa mesma libra, expressa em mer- cadoria,pagava de direitos aduaneiros, razão 60 o|o, quota ouro 15 o|o, cam- bio 7 Í4—16$800 ; e agora, que a lei de 6 de dezembro do 1906 determinou que a libra esterlina tenha "curso le- gal", por 16$, a Alfândega continua a recebel-a pelo valor de 20$, para cobrar de direitos 60 o|o, com BO o|o ouro, e cambio de 16. Verifica-se que o quantitativo dos direitos cobrados "fi o mesmo" nos ools casos ; mas conservando-se, para a libra esterlina o valor de 20$ (cam- bio 12), eleva-se, dissimuladamente, a razão tarifaria com 20 o|o. Quando se diz portanto razão» 60 o|o—comprehende-se—72 o|o ! Não é este o único embuste. Estas razões foram calculadas em 00 o|o do preço de artigos a cambio de 12. Tal preço, em moeda corrente "baixou", porque o ágio do ouro "desceu" de 125 o|o a 80 o|o, Isto é, porque o cam- bio "subiu" de 12 para 16. A ratão tarifaria de 60 o|o, porém, é a mesma que vigorava para a libra a 12 d. ; e essa razão se acha onerada cam o aglo do ouro correspondente ê. metade dos direltos.Sendo de 80 o|o o ágio"actual", temos que á razão do 60 o|o é pre- ciso aggregar o ágio de metade do seu valor,—ou 80 o|o—; ou ainda 40.o|o sobre o "valor total" da dita razão. A libra á 16$, em mercadoria, paga hoje 10$800, ou a razão tarifaria "ef- fectlva" de 105 o|o.. . Uma maravilha de protecclonismo "suave" ! Não pára ahl a extorsão tarifaria. O valor do. nossa moeda "cresceu" também em ouro ; e, pois, a "quota papel" dos direitos aduaneiros vale hoje mais 29 o|o do que valia cm 1900, com o cambio a 7 %, e "mais" 11 o|o do que valia em 1903, com o cambio a 12. Nos direitos aduaneiros, que es- tamos pagando.esse valor ouro aceres- cido om favor da nossa moeda é... annullado ! Agora, cumpre refieclir no seguinte; os produetos da exportação brazlleirá são trocados por ouro ; esto C conver- tido em papel para pagamento do pro- duetor ; _ semelhante papel vale ao "cambio"legal" de 15 mais 11 o|o do que ao cambio oceurrente de 12 ; en- trotanto a tarifa, com os seus arlifi- cios, manobras e alçapões, escamoteia esso lucro da valorização da moeda nacional... E o povo que se rejubile... Eis o «iue é a nossa tarifa com o seu cambio de 12 para calculo dos preços de custo, as suas quotas ouro, ao cam- bio do dia, referidas depois ao padrão do 27 ! Moralizando o caso, salta logo aos olhos, que se a lei de 6 de dezembro do 1906 fixou em 16$ o preço da libra esterlina, por uma facilidade es- porta, que roça pela deshoneslidade, se poderá consenlir, nesse novo re- gimen legal, tenha a dita libra o vulor de 20$ nas repartições aduaneiras. A necessidade de refundir os cal- culos tarifários no sentido de igualar o valor do ouro na caixa de con- versão ao valor do ouro na Alfândega é patente ; e a tal necessidade a ln- dlcação dos Srs. Adolpho Gordo e Paula Ramos satisfaz, honradamente, llsamente, com o cunho de seriedade e coherencia que devem ter os actos do poder publico. Os protecclonlstas, o sobretudo os protegidos, moverão crua guerra á providencia. E' natural : entendem o patriotismo a seu modo, a probidade administrativa de certa maneira, e a caridade a seu talante. Acham que as nossas tarifas não são "rlgorosamen- te" protectoras, os Innoccntos pro- teccionistas... E se lhes provássemos que lão protecclonlstas como a do Brazil se conhecem as tarifas da Rússia... que cobram pelo papel do "imprensa" 630 o|o do seu custo ? A CARICATURA INTERNACIONAL Pânico nas finançjaa lnternaclonaca Afilnidades proflsslonac- ^"^^«^^^^••«.•'•t^Vo^va-wiijí ¦ A Rússia quer 1.600 milhões de ru- blos para adquirir vasos de guerra. Quem será o "moí-dido" ? {Kladdcradatseh, Ilerlim.) Do resto, meu general, ha uma grando analogia entre as nossas pro- fissões : vós matais os corpos, nóB matamos as intelligcncias. [L Atino, Roma.) rios officiaos de todas as armas e pa- tentes e toda a família Pires. O marechal Argollo veiu forte e bem disposto, tendo lucrado bastante com a sua permanência no velh) mundo. Teve como companheiro de viagem da Bahia o deputado Garcia Pires, seu parente. S. Ex. veiu para a terra em lancha posta á sua disposição pelo Sr. minls- tro da guerra. No cáes do Pharoux, ondo o maré- chal desembarcou ás 9 lioras .tocaram as bandas do V, 23- e 24- de infan- teria. AU recebeu muitos abraços, seguin- do em automóvel até á estaçã. Cen- COOUELIN it! §t - \_T_k ) *ffr Caricatura do notável actor Coquelin pela, graiid. teiior Ca- •ruso. Echos & Jactos ESPECTACULOS DE HOJE : RECREIO—O noivo tlc mochila. APOLLO—A boneca. ^ PALACE-THEATRE Mme. Putl- P MOULIN ROUGE—Espcctaculo va- rlado. Edição de hoje: oito paginas. Publicamos : 2-nagina— Telegrammas. Noticiário. 3-pagina Palestra- Noticiário. Os aconiccimentos de Portu- gal. 4-pagina—Os acontecimentos do Por- tugal (continuação). Vida Rural. Noticiário. 5-pagina—Actos officiaes da Prefei- tura. Força publica. Artes c artistas. Folhetim-romanco. 6: pagina—Religião, Correio. Felicita- eões. Diversões. Sport.Passa- tempo. Avisos. Avisos espe- chies. Secção livro. Parllci- puções fúnebres. Secção commercial. 7-pagina—Secção commercial (con- tinuação). Avisos marítimos. Folhetim-romanee. 8-pagina—Annuneios. Está publicado no "Diário Official" de 'honlem o decreto que crea um consulado cm Drosden.__„_._„., Para o logar de cônsul naquela cidade, sem vencimentos, foi nomeado o Sr. Eugênio Blehn. Sabemos que o Sr. ministro da ma- rinha vai dedicar toda a sua atten- ção para os exercidos de tiro ao alvo lia marinha, organizando novos me- lhodos e processos de tiro, o exigindo todo o rigor nos exercidos que forem eífectuados pelos navios. Consta quo será nomeado ajudante do ordens do capitão de mar e guer- ra Machado da Cunha, commandante da ilotilha de Malto Grosso, o 1- te- nente Mario Pereira Pinto Galvão. O chefo "de secção da oxtineta se- crotaria de marinha, capitão de corvo- ta honorário J. Lopes Ferreira Pinto, vai ser nomeado sub-direet.ir da se- crotaria do deposito naval do Rio de Janeiro. No vapor allemãa "lUinetia", re- grossou hontem da Europa, acompa- nhado de sua esposa, o marechal Francisco de Paula Argollo, ex-tltu- lar da pasta da guerra no governo Al Dr. Rodrigues Alves. Apesar da hora matinal, 9 da ma- nhl e de ser domingo, o digno militar teve brilhante recopção da parte «los seus numeroso amigos e camaradas que enchiam o cáes do Pharoux, an- ciosos de abraçal-o e dar-lho as boas vindas. Entre o grande numero de pessoas quo foram a bordo cumprlmental-o, pudemos notar os Srs. Marechal Hermes da Fonseca, 2- tenente Oito SImas, pelo marechal Câmara; generaes Luiz de Medeiros, Dantas Barreto e Caetano do Farl-, 1- tenente Bustamante, pelo general Josfi Chrlstlno; coronéis Moraes Rego, Pedro lvo. Pereira Botafogo, Rodol- pho Brazil, majores Villa Nova, Gou- lart. Manoel Pedro Vieira e Vieira iPamplona, Dr. Pedro Gouveia, com- missão do 1- do cavallarla, comman- dantes doa corpos da guarnição, va- trai, com destino á sua residência, em Jacarepaguá, acompanhado dis Srs. marechal Hermes, generaes Dan- tas Barreto e Caetano de Faria, e ou- tros, que na Central apresentaram ao recém-chegado as suas despedidas. Em sua residência, ainda o maré- chal Argollo recebeu crescido numero de visitas pessoues, além de cartas e telegrammas.. O Sr. ministro da vlação fez- se representar pelo Sr. Lindolpho Xa- vier, seu official do gabinete. Foi nomeado o engenheiro Diogo Braga de Andrade engenheiro nju-- dante da fiscalização da Estrada do Ferro Madeira Mamoré. A bordo do "Rhaetla", chegou o Dr. Branner, geólogo americano, que residiu 12 annos no Brazil e que a elle volta para continuar os esludjs a que sempre se entregou sobro a ge.- logia brazlleirá; Conformo noticiámos ha tempo, a nossa collaborudora Carinen Dolores irá a Bello Horizonte, onde, a convite de homens de letras daquella capital, fará uma conferência, cujo thema se- "A cidade e o campo". A Ida do Cannen Dotares não tem ainda dia marcado, mas será dentro deste mez, sendo-lho feita na capital mineira gentil recepção. Corro, com visos de exactidão, quo, apenas feita a reforma do Thesouro planeada pelo Sr. ministro da fazen-. da irá oecupar um dos logarcs de di- rector naquella repartição o dlrector actual do um estabelecimento techni- co dependente do mesmo ministério. Desde que so effectuo essa nomea- ção, não é Impossível que oecupar o logar vago um ex-deputndo mineiro, antigo jornalista; so não tiver a pre- forencla um nome, lambem de Mi- nas, firmado nas letras o no ser- viço publico, o que agora mesmo des- empenha commissão do confiança do sou Estado. Chegou hontem a esta capital o Dr Amelio Pires, lento do Gymnasio Mi- neiro o director da Escola Normal de Bello Horizonte, que veiu representar o governo do sou Estado no congres- so do ensino. *** A suppressào do "lendor" no congresso mineiro, tão malslnada pur um chronista vespertino, vai ganhan- do por esse mundo, não somente ap- plausos, mas adhesões. De um vespertino de S. Paulo, em cuja Imprensa causou a maior e a me- lhor impressão a resolução attribui- da ao Dr. João Pinheiro, tirámos esta significativa local: "Indica-se na Câmara dos Depu- tiidos o nome do Dr. Jullo de Mesqul- ta para oecupar o logar de "leader". mas ha quem assegure quo quandj o Dr. Azevedo Marques partiu para a Europa recebeu, de viva voz. convl- te para voltar logo, por ser necessa- ria a sua presença no Congresso, co- mo "leader"... Tudo passa; d'ahl, talvez, o esque- cimento do convite., Se não houver duvidas a respeito, 6 possível que em S. Paulo, mais uma vez, se Imite a poltlea mineira (que hoje a nota) e esse posto seja ex- tlncto." No "Diário", de Bello Horizonte, foi lida uma carta de um capitalista es- trangelro ligado a importantes em- p.ezas, em a qual este se dirigia a um chefe de uma empreza mineira e que 6 também estrangeiro, dizendo que "em rodas financeiras tem ouvi- do constantemente as melhores refe- rendas íi administração do Dr. Affon- so Penna, causando-lhe Isso grata sa- tlsfação o também aos capitalistas que representa". O destinatário dessa carta, parece- nos, é o chefe de uma Importante em- preza de mineração, não longo da ca- pitai. INSTITUO DE llpIIOS O honrado senador Dr. Erlco Coelho disse no Senado, com multo espirito, que temos médicos de mais e alveita- res de menos, e por isso tratou de In- troduzlr na reforma do Instituto de Manguinhos uma escola veterinária, que julga necessária. A necessidade de uma escola vete- rinaria está na consciência de todos áquelles que precisão tratar de ani- mães ou fazel-os examinar para qual- quer fim. O nosso matadouro de Santa Cruz resente-se principalmente de tal falta, o os médicos, ali oecupados no exame das rezes destinadas ao consumo desta cidade, fazem prodígios de esforços para bem cumprirem o seu dever, por falta de veterinários proficientes. Os veterinários que temos são, em geral, moços de cavallariça, que pouco a pouco, pelo empirisino, se habituam a tratar de animaes, passam a jockeys de corridas, d'ahi a tratadores, e, afl- nal, intitulam-se veterinários. Raros diplomados existem do".s'co- Ias rcgulares, o esses não se dedicam aos trabalhos de sua profissão, por es- tarem todos os logares oecupados, em geral, por incompetentes. Applaudimos, pois, em principio, a idéâ da creação de uma escola veteri- nurla, entre nós, mas não podemos deixar passar sem reparo o modo por que se pretende instituir essa- escola. Vai ella, ao que parece, ser enxer-, tada nos trabalhos de um laboratório, sobrecarregado do preparo de todos os soros empregados em therapeutica, o que não permittirá dar-lhe a attenção e o estudo de que necessita; e além disso so oecupará de um ensino multo Incompleto e restrlcto, qual o que reza o programma do substitutivo apresentado. Parece-nos que o resultado do tal creação vai ser a formatura do um certo numero de Indivíduos que se in- titularão veterinários, mas, como ha- bilitação, terão os diplomas de Manguinhos, sem conhecerem a cli- nica dos animaes domésticos, princi- pnlmente do gado cavallar e muar, e sem lerem a pratica necessária do tratamento dos animaes, para poderem ser úteis ao publico e ao paiz. Uma escola veterinária bem monta- da e regularmente dirigida, com estu- dos completos, sob o modelo da escola de Lefort, de França, seria um bene- fido publico, em paiz como o nosso, cm que a criação do gado conslilue uma das industrias principaes. Uma escola, porém, incompleta, e "enxertada num instituto que sc quer tornar cncyclopedico, não nos parece que possa corresponder á espectatlva do illustre senador do Estado do Kio; parece-nos, ao contrario, que ficará sendo uma Idéa menos feliz a da crea- ção dessa escola ém Manguinhos. Contra o projecto da cultura da vaccina animal cm Manguinhos, para a tmmunlzação da variola, os nos- sos collegas da imprensa têm proto- stado com razão. Reunir a vaccina an- li-variolica aos Iraballios thcrapoutl- cos contra moléstias contagiosas, pa- rece-nos de grave inconveniente, e, pe- lo menos, dará nova arma, o multo va- liosa, nos inimigos da vaccina. O rcsul- tado será o abandono da vaccina, e as epidemias da variola devastarão o nosso paiz. Uma reflexão ainda nos oceorro a respeito deste assumpto. Polo substitutivo do senador Erlco Coelho, o novo Instituto de Mangui- nhos invadirá as attrlhuiçõos da dire- ctoria de saúde publica, tomando a si de molu próprio a verificação o ex- ame de todos os sOros o vnecinas lm- portados do cstfangelro, ou fabricados no paiz (art. 8.). A lei manda que a fiscalização do exercido da medicina e de pliarmacia seja feita pela dlrectorla do saúde, o é, portanto, attribulção da directoria de saúde publica esto exame dos soros e vaccinas, de quo so trata, e que pôde ser feito onde e quando a directoria de saúde julgar conveniente; mas tomar para Manguinhos o direito de ir bus- car nos laboratórios a vaccina ou soro que queira, examlnal-os e permittlr seu fornecimento ao publico depois da licença daquello instituto, "que vendo soro" e venderá vaccina, se qul- zer, é estabelecer um principio do mo- nopollo odioso, quo não se coaduna com as normas republicanaa e com a liberdade de commereio. E' Isso ln- sustentável perante o direito publico nacional. Accresce que ao Instituto de Man- gulnhos se pretende conferir uma au- tonomia completa; mas, de par com essa autonomia, se quer. incohercnte- mente, estabelecer o domínio de Man- gulnhos sobre todos os outros Instl- tutos o laboratórios. Escolmada de todos estas senões, e, portanto, em de grande superior»- dade sobre o substitutivo, se apresenta a proposição da Câmara dos Depu- tados n. 209, a qual íol desprezada pelo senador Erlco, que nella, aliás, collaborou, como membro que íol da commiss&o de saúde da 1: câmara. ..«ml proposição nio cosltou de ia- Eer em Manguinhos o enxerto da es- cola veterinária, nem do incluir nos preparados ali feitos o da vaccina antl- varlolica, como fez o substitutivo. A proposição procurou restringir os ser- vlços de Manguinhos nos que lhe são essenclaes, e resguardar a saúde pu- blica pela excepçao que estabeleceu da vaccina anti-variollca, que devia con- tlnuar a ser preparada e fornecida aos Estados pelo Instituto do Districto Fe- deral, que a tem fornecido ha vinto annos com resultado completo. Um telegramma de Paris para o "Diário - Popular", de S. Paulo, diz que entre os banqueiros Loste Sc C. e o representante do Estado de Minas Geraes está sendo negociado um em- prestlmo de vinte e cinco milhões de francos. A bordo do "MAgellan", seguiram hontem para Santos, onde se demo- rarão poucos dias, os Drs. Pedro Tel- xeira Soares e Nolasco da Cunha. A bordo do "Rhaetla", entrado hon- tem, chegou a esta capital o Dr. An- tonio Gravata, chefo da commissão de reconhecimento da Estrada de Ferro de S. Paulo a Matto Grosso. O Dr. Miguel Calmon mandou o seu official de gabinete, Lindolpho Xavier, recebel-o a bordo, em lancha dos te- legraphos. S. S. segue Immediatamente para Iniciar os trabalhos de reconheci- mento. õs prenjios do paiz O nosso 4" concurso Os prêmios serão os seguintes : ií—5 npols. federoes.. 5:()()0$000 2— ;t npols, fèderues.. :5:00()$0()O -—2 npols; lederoes.. 2:0009000 —- npols. federaes..2:0008000 5—t npol. federall:00u$00O fi-—» ª1:0009000 1-» ªªl:()00S()0() 8-—» ª1:0009000 «j.—» ªª_':000.«.(>00 10-—" l:000$00O i!.__,, ,,ª1:0009000 12-—" l:O00!!00O Os assignantes ue anno te- rão direito a doza números cada um. Os do 2- semestre deste anno terão direito á seis números. Os que ainda tiverem ou vierem a tomar asslgnatúras por um, dois, .tres, quatro ou cinco mezes, terão direito respectivamente a um, dois, tres, quatro ou cinco números. Além disso, todos os assignantes concorrerão com as tres séries mensaes de coupons com que se habilitarão os leitores avulsos do Paiz para esse sorteio. Cada série mensal dará direito a um numero. A primeira série, de julho, será de 33 coupons, sendo dois pu- bllcndos. A segunda serie será publicada em agosto e a terceira em setem- bro. A troca dos coupons será dp 1 a 20 de outubro. O sorteio reallzar-se-ha em 27 de outubro, domingo. Os assignantes que desejarem to- mar parte neste concurso, devem escrever-nos até 10 de agosto, pe- dindo a remessa dos números a -que tiverem direito. Os leitores avulsos devem col- leccionar os coupons, que lhes dão direito ao sorteio. Está na commissão de finanças da Câmara, pendente de. parecer, o pro- jecto do Senado, melhorando a si- tuação dos carteiros do Correio. Nenhum projecto se impõe mais do que esse á equidade criteriosa, á re- Ilectlda justiça dos legisladores. Até hoje, todos os projectos, mais ou me- nos justos, com que se. tem buscado favorecer o fuhcclorialismo ptibllco.vi- som sempre o empregado do gabinete, chefe ou subalterno, o elemento in- lelleclual, ou considerado como tal, das repartições; os mais graduados são os que têm maiores vantagens,- au- gmontados nas modificações de venci- mentos do aecordo com uma grada- ção hiorarchlca, que aproveita justa- mente aos ciuo eram já, por força da posição, os melhores aquinhoados. Nunca se cogitou dos jornaleiros, dos empregados pequenos, dos trabalha- dores do árduo labor o ganho reduzido, dos que não têm, ao menos, como re- compensa o estimulo, a esperança de subir. Ha pouco tempo, começou feliz- menlo uma orientação nova, com o projecto quo augmentou as vantagens dos eslnfetíis dos tolegraphos, e agora vem do Senado o projecto equitativo que neste momento deponde do voto da Câmara. Não precisa grande esforço para ver quanto fogo á justiça e ao direito que se devo a todo o trabalhador a situação dos carteiros. Não ha na pro- prla repartição trabalho mais penoso que o delles, que essa faina do palmi- lhar ruas e subir e descer inlni.irru- piamente escadas, sem descanso, so- braçando volumes de cartas, cuja re- sponsabllidado augmenta o peso do volume e cujos segredos o altos In- teresses estão presos á diligencia e á honestidade desses obscuros servido- res. Levam annos assim, galgando pe- nosamente uma escala mesquinha de promoções; o, quando velhos, íatl- gados, Inúteis para a lueta da vida, para o próprio mister quasl, chegam ao ultimo estádio da classe, 6 para se- rem carteiros de 1; classe com o fan- tastlco ordenado de 205$, tanto é que lhe sobra, com os descontos dos 216$, quo a lei dá. Parece que, como promoção de ser- vlços, compensação de esforços, con- íorto ultimo da vida, não É positiva- mente um Ideal. O que o Senado não fi uma for- tuna para o Estado, mas é um pouco para esses funccionarlos dedi- cados e modestos; e a Cornara fará uma acção justa não ratinhando so- bre economias falsas, esse pedaço de pão. T0PIC0SD0 DIA. Ha. certos espíritos que possuem a fortuna de ver tudo com fôrmas geo» métricas, o de não perceber nas pro» prias figuras geométricas sen&o fa- ces rectilineas. A Santa não é uma naclonallda- de; a Republica separou a Igreja do Estado: logo, supprlma-se a legação brazlleirá no Vaticano. Simples e cia- ra, como todos os postulados, esta ra- flexfio parece feita para a felicidade das Intelligenclas que tfim prlvilegb» de, na expressão do phllosopho, ver uma coisa onde existem dez col- sas. Que a Santa não fi uma naclona» lldade, não possue soberania, não tem poder temporal, são asserções sobro as quaes não é difficil chegar a ac» cordo; oue não preenche os requlsl- tos das definições clássicas da perso- nalidade jurídica internacional, tam- bem não fi ponto quo exija longo do- bate. Mas, d'ab.1 para concluir quo o Es» tado leigo está impedido de manter um delegado perante o chefe da igre» cathollca, e que náo lhe convém manter esse representante, dista uma extensa escala de considerações, qu. ó Imprescindível percorrer, antes do lançar a terminante negativa. A Republica separou a Igreja drr Estado, em boa hora o fez e assim o conserve; não separou, porém, o Es» tado do mundo, nem o mundo da Igreja» Pessoa jurídica, poder tempo» ral, soberania, ou nada disto, a igreja mais influenle da sociedade oceiden- tal é, mais que uma hlerarchla uni- versai, unia força política, social, que actua em Ioda a parte, intervém nos negócios da terra, é ouvida e tem pesa nas combinações diplomáticas, repre> sentando um organismo, uma unid_- de, cujos membros se espalham e con- fundem physicameilta, nas diversas sociedades nacionaes, mas cujo pensa- menlo se concentra numa disciplina estreita sob a chefia do papa, dire- ctor, sem nação, sem governo, sem domínio territorial, de uma política por isso mesmo genuinamente inter- nacional. Reconlieçn-se ou não á tal ontlda- de o caracter de pessoa de direito, é, apenas, unia questão de definição, esse assumpto, onde as definições ns- sentam todas sobre bases convenci,.- naes; não se lhe pode, porém, negar a qualidade do força, unidade, aggre- miaçáo, numericamente extenslsslmu, dominada por um pensamento e uma solidariedade, que é ainda a mais for- te das cohesões humanas. Mais do que o Estado leiga, os Es- tados de religião official difforcnto estariam Incompatibilizados com a conservação do relações diplomáticas com a Santa Sé, que alguns enlrf,-. tanto, mantêm; e um Estado leigo, como o Brazil, composto, em sua qua- si totalidade, 'de cathollcos, tem o maior interesse cm manter ao lado do chefe espiritual destes um repre- sentante, para zelar, perante elle, pe- los interesses dos fieis brazilelros, de- fender os Interesses temporàes do paiz, fazer observar, omíini. no ter- reno da cordialidade, as fronteiras on- tre o secular e o espiritual. Estas fronteiras nem sempro se d»- terminam facilmente, quando as mil- nlfestações do governo ou da religião passam do pensamento para a acçãii pratica; a historia está repleta de exemplos de condidos entre a acção exterior do poder civil e a do poder ecçlesiastlco; nada mais legitimo dJ que facilitar a solução dos duque,, conservando as boas relações e a cor- tezia, que o direito do logaçãò faculta. A estas razões accresce ainda uma pónderosa consideração du opportu- nldade, c parece que, pjr muito tem- po, do especial interesso político para o Brazil. Como paiz novo, o Brazil dever receber continuamente, não massas do população, em sua maioria calholica, mas igualmente grande nu- mero de ecclosiasticos, que uns acorri- panham os seus fieis lmmigrados no paiz o outros procuram a nossa hospl- talidítdo, repellidos do suas pátrias. Sendo, por força da Índole dos bra/i- loiros o pelo espirito liberal de nos- sas leis, Intolerável a Idéa do recusar a uns c outros a mais franca o segura acolhida, conservar a legação junto á Santa Sé, autoridade hlerarchloa dn todos elles o exclusiva, pódo-.ie dizer, de alguns—os expatriados dos paizes do origem—é de evidente o imperiosa necessidade. As nações não mantêm no estran- goiro apenas agentes diplomáticos o perante autoridades soberanas, mas, além desses, muitos outros, com va- riadas funeções; é indiscutível, pois. que podemos ter um enviado peran- te o Vaticano: dar-lhe o nome, aa pi-erogativas, o caracter ão enviado diplomático é apenas questão de fór- ma; e não vale a pena reformar a fôrma 0 o nome, que o uso unlver- sal tem adoplado. O prefeito do Districto Federal, ge- neral Souza Aguiar, visitou hontem, acompanhado de seu secretario, a 3* exposição du Associação de Aquure- listas, no salão do Brazil Club, edi- licio do "Paiz", e mostrou-se multo bem impressionado pelos trabalhos ex» postos. A exposição foi visitada hontem por 305 pessoas e continua aberta ao pu- blico até o dia 15 do corrente, daa 10 horas da manhã ás 5 da tarde. O presidente do Estado de S. Paulo, attendendo a um offlclo recebido nnte- hontem do Sr. ministro da Industria e- viação, vai providenciar no sentido de serem réstituldás á Estrada de Ferro Central do Brazil as quatro ma- chinas de bitola CBtreltu a ella per- tencentes, c que ainda se acham ao serviço da Sorocabuna. Depois de alguns dias enfermo, tendo guardado o leito, acha-se de novo restabelecido o Dr. Augusto Me- nezes, secretario do Dr. Miguel Cal- mon. - u ia

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Edifício próprioNA

AVENIDA CENTRAL128, 130, i)i

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ASSIGNATURADoze mezes. . 30$oooSeis mezes . . i6|oooUm mez . . . 3$oooNUMERO AVULSO 100 RS.

ANNO XXIII —N.° 8313 •5. RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1907 * #UJ Jornul Independo-te. político,

literário e noticioso

DillllA minha primeira pennada será hoje

.ara rasgar um cumprimento á As-

joclaçãò de Aquarellstas.Realmente, a terceira exposição de

aquarelas, ha dias inaugurada, sô

nrl0 g grande no numero de trabalhos

apresentados, 4 multo distincta e ln-

toressantei Nem poderia deixar de ser

assim, figurando nella, como figuram,

artistas cujo nome já não carece

dos adjectivos elogiosos de ninguém.

Para quem conhece o nosso meio des-

alentado, o «.s-orço dessa dúzia de pin-

(ores, levando a effeito exposiçOes pe-

vi.idié-3 de um gênero talvez ainda

pouco comprehendldo aqui, é facto

prodigioso e digno de applausos. A

lueta está travada e ao publico só pó-

de caber um desejo: o de ser vencido.

A verdade é que, não só para o nos-

bo gozo intellectual, como para hon-

ra da cidade, devemos com a nossa

freqüência facilitar e animar a re-

producçao destes acontecimentos, re-

veladores de civilização apurada... E"

natural que nem todos sintam o mes-

mo estremecimento de júbilo diante

da mesma obra de arte. O que affaga

o gosto do um. arranha multas vezes

o de outro, desde que ambos não te-

nham as lãéas afinadas pela mesma

educação ou pelo mesmo Instincto;

agora, o que assiste a todos Igual-

mento, é o interesse por que prospe-

ro em nossa terra uma associação

que lhe dá brilho. Convivendo ulti-

mamente, nas curtas horas das ses-

Sões para um retrato, com o pintor

Rodolpho. Amoedo, tive ensejo de ad-

mirar no ardor da sua palavra o bri-

lho do uma fé, que elle talvez julgue

diminuída, mas que em verdade tem

forca para llluminar um destino. Se

os seus companheiros arderem n»

mesmo enthusiasmo, a Associação de

Aquarellstas triumphará.]_ eis ahl uma boa sala para pe-

quenas exposições, essa do "Paiz",

em que figuram as aquarelas, porqu.i

6 iihiminada por largas janelas em

quo nas horas do sol mais forte a

luz'pede ser graduada á vontade, por

nudo de toldos ou por meio de sto-

ros.

em poucas semanas, tem todas as mo-dalldades de outras, que só com an-nos de estudos e de pratica consegui-mos falar, essa língua está com o seudestino gloriosamente traçado, portoda a escabrosa e desconfiada faceda terra.

Do dia 12 a 21 de julho reunir-se-ha aqui no Rio um congresso de es-

peranto; o logar não podia ser maisbem escolhido, e eu confesso a minhacuriosidade por assistir a alguma ses-são desse congresso. So elle lor o quedizem, o esperanto deixará depre?-sa do ser uma língua artificial paraser uma língua... natural do mundotodo!

Nas cartas que recebi esta semanaatravés do "Paiz", ha uma em queuma doco alma me pede para escreveraqui nestas columnas—'.'qualquer col-sinha sobre a "saudade", ou um "con-

Unho", ou mesmo uma "descripçáo".

ficando a escolha á minha vontade. ..Ah ! minha senhora, essa palavra

quo é o maior orgulho de nossa lln-guri (tel-a-ha o esperanto ?), tem-me torturado por vezes de tal fór-ma, e leva-me tão longe, que já nãosinto forças nas mãos para acariciai-a... Mas vou dar-lhe uma indicaçãopreciosa: em S. Paulo, o anno passa-dp, o distineto homem de letras DrAlfredo Pujol fez com esse themauma Bella conferência, em que desdoo lindo:—delicioso pungir do acerboespinho do Garrett, até as modestasestrophes populares, escoltam essaformosa palavra com lanças de ouro,em que fulgem conceitos do orador0 "Estado de S. Paulo" publicou essaconferência; peça-a, minha senhora,lel-a o terá uma compensação bemsuperior a que esperava...

«i

Para finalizar, um agradetlmentoao autor dos "Tópicos ão dia", por teremprestado ao meu nome um brilhode astro" na sua prosa. Respondendoao sou appollo, direi que a minha pen-na se sentirá feliz batalhando peloshumildes, por quem elle pede, emb-i-ra dessa lueta nada mais resulte se-não minha tranqüilidade de conscien-cia.

Julia Lopes de -JUmeida.

Entre tantas coisas boas e moder-

nas que sc têm feilo no Bio, admira

que ninguém se tenha lembrado ain-

da «le ediflcar em local commodo c

do grande frequencla uma sala paraessas exposições avulsas, que serão

cada vez mais ameudadas.O que nao tem sido amável para a

exposição de aquarelas é o tempo,

esso frio e feio tempo, quo enlamcii

as ruas, estupldlfica oa cérebros e me

impediu do rever, antes de rabiscareslo artigo, o lindo "Loredano" de

Henrique Bernardelll, a expressivacabeça do "Anceio", do Amoedo, um

áuavo rostinho pintado por Malagut-ti, e tudo o mais! Em.fim, como a

minha Intenção não seria nunca a de

fazer critica, para o que me faltamtodos os dotes o vocação, consignonestas linhas desbotadas o ligeiras osmeus votos pela prosperidade dessaassociação.

Amor pela arte e amor pelo estu-do, tudo se desenvolve no Itio do Ja-neiro.

Já não são sô as moças do Instl-tuto de Musica.que vemos nas ruas com

os seus rolos do exercício ou as cal-xns dos seus violinos nas mãos orgu-lhosas; nem só as normallstas atare-fadas, sobraçando compêndios do scl-enciíis, com a pressa de quem ve atempo fugir diante de si; nem as alu-ninas da Escola do Bellas Artes tam-pouco: a todas essas pessoas, homense mulheres, vieram Juntar-se grupos,que cada vez mais se avolumam, dosestudantes de linguas vivas, que pare-cem nunca foram tão estudadas aqui.

lia dias dizia-mo o director .uacademia Berlitz que só no ultimomez de junho esse estabelecimentodeu 1.025 lições do vários Idiomas.Toda a gento percebe a vantagem dofalar mais do uma língua numa cida-de cosmopolita, como 6 a nossa, ecada vez mais relacionada na arte,na industria, no commereio o nas sei-enclas, com os paizes estrangeiros.

.lá ninguém so contenta com a theo-ria. Os cursos trabalhosos dos colle-gins, trilhados com o sentido no exa-me.ãeixarri no espirito uma bagaçarii,tíuo por mais que se esprema não dei-ta sumo. Assim, não é raro verem-fie nos cursos do linguas vivas homens[ormados, já grisalhos, ao lado demeninas do pouca Idade, começara apronder do novo uma língua quepresumiam saber...

Para apaziguar essa ancledade denos entendermos uns aos outros(como so isso fosse completamentepossível entre homens!), foi que ogrande sábio, medico do Varsovla, Dr.-íimenhof, lnvenlou uma língua Inter-nacional.

A concepção 6 grandiosa. Af figura-se-me o osperanto uma ponte lan-cada por sobre todos os abysmos etempestadcs.paríj nivelamento dos pia-

nos e sympnthid dos povos...Dizem os que a estudam, que fi

uma língua flexível, admiravelmenteprestatlva na expressão de todos ossentimentos, dos mais enérgicos aosmais suaves. Uma língua completa,perfeita, como so tivesse nascido, nãode um só homem, mas de um povo,através de séculos de soffrlmento ede trabalho...

Por mim, ainda não tive tempo defazer o meu espirito penetrar um pou-co na língua Internacional do huma-nltarlo Dr. Zamenhof; mas percebo as•uas seducções no adorado espirito dRmeu pai, que tendo sido toda vidahomem de estudo o de grandes curió-sldadcs intellectuaos, qulz ainda, comos seus lindos setenta e seis annos,saber por sim esmo o quo eça o es-peranto , e em poucos dias estava aocorrente de suas regras, a ponto doescrever nessa língua uma carta aoDr. Zamenhof .

Ora, se uma língua que se aprende

lil Tlllr

No requerimento dos Srs. AdolphoGordo o Paula Ramos, a primeira In-dlcação, referente á tarifa movei, paraos gêneros alimentícios, constitue umamedida de caridade; a segunda, datarifa dupla, 6 uma providencia ln-spirada pelo patriotismo ; a terceira,o ultima, concernente á base cambialdas tarifas, é uma suggestão da ho-nestidado.

A tarifa de 1900 estabeleceu as ra-zões percentuaes dos direitos adua-neiros, computando os preços de custoda mercadoria importada em moedanossa, referida ao cambio de 12 d. ;e nas tributações "ad valorem" de-terminou (art. 45, das disp. prel.),quo ao mesmo cambio fossem con-vertidas as moedas estrangeiras an-notadas nas facturas consulares.

A média cambial do 1900 foi 7 V. ;o conscguintemente.para o coeflicientedas razões ficou admittida uma taxado cambio "superior" á vigente.

Nosso mesmo anno era de 15 o|oda totalidade dos direitos a quota ouroarrecadada, o essa quota tinha o ágiodo 272 o|o.

Em taes condições, 100$ de direitos,da tarifa, custavam ao contribuinte140$SOO.

A libra esterlina valia 33$103, o quesignifica que o papel moeda tinha uma

depreciação do 73, 14 o|o.Em 1903 o Congresso elevou a quota

ouro a 25 o|o ; o como o cambio me-dio se manteve na casa de 12 d., ve-

rificou-so uma pequena diminuição"apparcnta" de direitos, porquanto100$ pagos á Alfândega—papel o ouro—importavam em 131J250.

Dizemos—-"apparente"—a diminui-

ção ; porquo a depreciação do papelera do 55, 3 o|o, ou "menor" quo a docambio do 1900 por 17,0 o|o, Ora, essavalorização do 17$000 cm 100$ nãocorrespondia á diminuição de cerca de0$500 dos direitos.

Na realidade, a relação tributária"cresceu" com a elevação da quotaouro de 15 a 25 o|o, a despeito da altado cambio do 7 'A a 12.

Em 1905, novamente augmentou oCongresso a quota ouro. Para o paga-monto das responsabilidades do Es-tad > em melai, o ministro da fa-zenda podiu a quota de 35 o|o ; maso Congresso, "com intuilo proteceio-hlstá", applicou a quota do 50 o|o a03 numeros-da tarifa, que comprehen-dem os gêneros de "maior consumo".

Temos, assim, quo na actualidado,corri o "cambio official", de 15 d., ouuma depreciação do papel, equivalentea 44,4 o|o, cada 100$, do direitos adua-noiros, com 50 o|o ouro, custa ao con-trlbulnte 140$ como em 1900, com ocambio a 7 Í4.

Comparando os valores respectivosda nossa moeda, encontra-se uma dlf-ferença de 29 o|o em favor da actuali-dade : o quo demonstra que a "relação

dos direitos" para o preço de custodos artigos importados cresceu ainda,apesar da alta de cambio de 12

para 15.Resulta disto, que, quando a libra

era recebida na Alfândega por 20$,essa mesma libra, expressa em mer-cadoria,pagava de direitos aduaneiros,razão 60 o|o, quota ouro 15 o|o, cam-bio 7 Í4—16$800 ; e agora, que a lei

de 6 de dezembro do 1906 determinou

que a libra esterlina tenha "curso le-

gal", por 16$, a Alfândega continuaa recebel-a pelo valor de 20$, paracobrar de direitos 60 o|o, com BO o|o

ouro, e cambio de 16.Verifica-se que o quantitativo dos

direitos cobrados "fi o mesmo" nos

ools casos ; mas conservando-se, paraa libra esterlina o valor de 20$ (cam-bio 12), eleva-se, dissimuladamente, a

razão tarifaria com 20 o|o.

Quando se diz portanto — razão»60 o|o—comprehende-se—72 o|o !

Não é este o único embuste. Estasrazões foram calculadas em 00 o|o dopreço de artigos a cambio de 12. Talpreço, em moeda corrente "baixou",

porque o ágio do ouro "desceu" de125 o|o a 80 o|o, Isto é, porque o cam-bio "subiu" de 12 para 16. A ratãotarifaria de 60 o|o, porém, é a mesmaque vigorava para a libra a 12 d. ; eessa razão se acha onerada cam o aglodo ouro correspondente ê. metade dosdireltos.Sendo de 80 o|o o ágio"actual",temos que á razão do 60 o|o é pre-ciso aggregar o ágio de metade do seuvalor,—ou 80 o|o—; ou ainda 40.o|osobre o "valor total" da dita razão.

A libra á 16$, em mercadoria, pagahoje 10$800, ou a razão tarifaria "ef-

fectlva" de 105 o|o.. . Uma maravilhade protecclonismo "suave" !

Não pára ahl a extorsão tarifaria.O valor do. nossa moeda "cresceu"

também em ouro ; e, pois, a "quota

papel" dos direitos aduaneiros valehoje mais 29 o|o do que valia cm 1900,com o cambio a 7 %, e "mais" 11 o|o

do que valia em 1903, com o cambioa 12. Nos direitos aduaneiros, que es-

tamos pagando.esse valor ouro aceres-cido om favor da nossa moeda é...annullado !

Agora, cumpre refieclir no seguinte;os produetos da exportação brazlleirásão trocados por ouro ; esto C conver-

tido em papel para pagamento do pro-duetor ; _ semelhante papel vale ao"cambio"legal" de 15 mais 11 o|o do

que ao cambio oceurrente de 12 ; en-

trotanto a tarifa, com os seus arlifi-

cios, manobras e alçapões, escamoteiaesso lucro da valorização da moeda

nacional... E o povo que se rejubile...Eis o «iue é a nossa tarifa com o seu

cambio de 12 para calculo dos preçosde custo, as suas quotas ouro, ao cam-

bio do dia, referidas depois ao padrãodo 27 !

Moralizando o caso, salta logo aos

olhos, que se a lei de 6 de dezembrodo 1906 fixou em 16$ o preço da libra

esterlina, só por uma facilidade es-

porta, que roça pela deshoneslidade,se poderá consenlir, nesse novo re-

gimen legal, tenha a dita libra o vulorde 20$ nas repartições aduaneiras.

A necessidade de refundir os cal-culos tarifários no sentido de igualaro valor do ouro na caixa de con-

versão ao valor do ouro na Alfândegaé patente ; e a tal necessidade a ln-

dlcação dos Srs. Adolpho Gordo e

Paula Ramos satisfaz, honradamente,llsamente, com o cunho de seriedadee coherencia que devem ter os actos

do poder publico.Os protecclonlstas, o sobretudo os

protegidos, moverão crua guerra á

providencia. E' natural : entendem o

patriotismo a seu modo, a probidadeadministrativa de certa maneira, e a

caridade a seu talante. Acham que asnossas tarifas não são "rlgorosamen-

te" protectoras, os Innoccntos pro-teccionistas... E se lhes provássemosque lão protecclonlstas como a do

Brazil só se conhecem as tarifas da

Rússia... que cobram pelo papel do"imprensa" 630 o|o do seu custo ?

A CARICATURA INTERNACIONAL

Pânico nas finançjaa lnternaclonaca Afilnidades proflsslonac-

^"^^«^^^^••«.•'•t^Vo^va-wiijí ¦

A Rússia quer 1.600 milhões de ru-blos para adquirir vasos de guerra.

Quem será o "moí-dido" ?{Kladdcradatseh, Ilerlim.)

Do resto, meu general, ha umagrando analogia entre as nossas pro-fissões : — vós matais os corpos, nóBmatamos as intelligcncias.

[L Atino, Roma.)

rios officiaos de todas as armas e pa-tentes e toda a família Pires.

O marechal Argollo veiu forte ebem disposto, tendo lucrado bastantecom a sua permanência no velh)mundo.

Teve como companheiro de viagemda Bahia o deputado Garcia Pires,seu parente.

S. Ex. veiu para a terra em lanchaposta á sua disposição pelo Sr. minls-tro da guerra.

No cáes do Pharoux, ondo o maré-chal desembarcou ás 9 lioras .tocaramas bandas do V, 23- e 24- de infan-teria.

AU recebeu muitos abraços, seguin-do em automóvel até á estaçã. Cen-

COOUELIN

it!1ɧt -

\_T_k ) „ *ffr

Caricatura do notável actorCoquelin pela, graiid. teiior Ca-•ruso.

Echos & JactosESPECTACULOS DE HOJE :

RECREIO—O noivo tlc mochila.APOLLO—A boneca. ^PALACE-THEATRE — Mme. Putl-

P MOULIN ROUGE—Espcctaculo va-

rlado.

Edição de hoje: oito paginas.Publicamos :

2- nagina— Telegrammas. Noticiário.3- pagina — Palestra- Noticiário. Os

aconiccimentos de Portu-gal.

4- pagina—Os acontecimentos do Por-tugal (continuação). VidaRural. Noticiário.

5- pagina—Actos officiaes da Prefei-tura. Força publica. Artes cartistas. Folhetim-romanco.

6: pagina—Religião, Correio. Felicita-eões. Diversões. Sport.Passa-tempo. Avisos. Avisos espe-chies. Secção livro. Parllci-puções fúnebres. Secçãocommercial.

7- pagina—Secção commercial (con-tinuação). Avisos marítimos.Folhetim-romanee.

8- pagina—Annuneios.

Está publicado no "Diário Official"de

'honlem o decreto que crea um

consulado cm Drosden. __„_._„.,Para o logar de cônsul naquela

cidade, sem vencimentos, foi nomeadoo Sr. Eugênio Blehn.

Sabemos que o Sr. ministro da ma-

rinha vai dedicar toda a sua atten-

ção para os exercidos de tiro ao alvo

lia marinha, organizando novos me-

lhodos e processos de tiro, o exigindo

todo o rigor nos exercidos que forem

eífectuados pelos navios.

Consta quo será nomeado ajudantedo ordens do capitão de mar e guer-ra Machado da Cunha, commandanteda ilotilha de Malto Grosso, o 1- te-nente Mario Pereira Pinto Galvão.

O chefo "de secção da oxtineta se-crotaria de marinha, capitão de corvo-ta honorário J. Lopes Ferreira Pinto,vai ser nomeado sub-direet.ir da se-crotaria do deposito naval do Rio deJaneiro.

No vapor allemãa "lUinetia", re-grossou hontem da Europa, acompa-nhado de sua esposa, o marechalFrancisco de Paula Argollo, ex-tltu-lar da pasta da guerra no governo AlDr. Rodrigues Alves.

Apesar da hora matinal, 9 da ma-nhl e de ser domingo, o digno militarteve brilhante recopção da parte «losseus numeroso amigos e camaradasque enchiam o cáes do Pharoux, an-ciosos de abraçal-o e dar-lho as boasvindas.

Entre o grande numero de pessoasquo foram a bordo cumprlmental-o,pudemos notar os Srs.

Marechal Hermes da Fonseca, 2-tenente Oito SImas, pelo marechalCâmara; generaes Luiz de Medeiros,Dantas Barreto e Caetano do Farl-,1- tenente Bustamante, pelo generalJosfi Chrlstlno; coronéis Moraes Rego,Pedro lvo. Pereira Botafogo, Rodol-pho Brazil, majores Villa Nova, Gou-lart. Manoel Pedro Vieira e VieiraiPamplona, Dr. Pedro Gouveia, com-missão do 1- do cavallarla, comman-dantes doa corpos da guarnição, va-

trai, com destino á sua residência,em Jacarepaguá, acompanhado disSrs. marechal Hermes, generaes Dan-tas Barreto e Caetano de Faria, e ou-tros, que na Central apresentaram aorecém-chegado as suas despedidas.

Em sua residência, ainda o maré-chal Argollo recebeu crescido numerode visitas pessoues, além de cartas etelegrammas. .

O Sr. ministro da vlação fez-se representar pelo Sr. Lindolpho Xa-vier, seu official do gabinete.

Foi nomeado o engenheiro DiogoBraga de Andrade engenheiro nju--dante da fiscalização da Estrada doFerro Madeira Mamoré.

A bordo do "Rhaetla", chegou o Dr.Branner, geólogo americano, que járesidiu 12 annos no Brazil e que aelle volta para continuar os esludjsa que sempre se entregou sobro a ge.-logia brazlleirá;

Conformo noticiámos ha tempo, anossa collaborudora Carinen Doloresirá a Bello Horizonte, onde, a convitede homens de letras daquella capital,fará uma conferência, cujo thema se-rá "A cidade e o campo".

A Ida do Cannen Dotares não temainda dia marcado, mas será dentrodeste mez, sendo-lho feita na capitalmineira gentil recepção.

Corro, com visos de exactidão, quo,apenas feita a reforma do Thesouroplaneada pelo Sr. ministro da fazen-.da irá oecupar um dos logarcs de di-rector naquella repartição o dlrectoractual do um estabelecimento techni-co dependente do mesmo ministério.

Desde que so effectuo essa nomea-ção, não é Impossível que vá oecuparo logar vago um ex-deputndo mineiro,antigo jornalista; so não tiver a pre-forencla um nome, lambem de Mi-nas, já firmado nas letras o no ser-viço publico, o que agora mesmo des-empenha commissão do confiança dosou Estado.

Chegou hontem a esta capital o DrAmelio Pires, lento do Gymnasio Mi-neiro o director da Escola Normal deBello Horizonte, que veiu representaro governo do sou Estado no congres-so do ensino.

*** A suppressào do "lendor" nocongresso mineiro, tão malslnada purum chronista vespertino, vai ganhan-do por esse mundo, não somente ap-plausos, mas adhesões.

De um vespertino de S. Paulo, emcuja Imprensa causou a maior e a me-lhor impressão a resolução attribui-da ao Dr. João Pinheiro, tirámos estasignificativa local:

"Indica-se na Câmara dos Depu-tiidos o nome do Dr. Jullo de Mesqul-ta para oecupar o logar de "leader".mas ha quem assegure quo quandj oDr. Azevedo Marques partiu para aEuropa recebeu, de viva voz. convl-te para voltar logo, por ser necessa-ria a sua presença no Congresso, co-mo "leader"...

Tudo passa; d'ahl, talvez, o esque-cimento do convite. ,

Se não houver duvidas a respeito,6 possível que em S. Paulo, mais umavez, se Imite a poltlea mineira (quehoje dá a nota) e esse posto seja ex-tlncto."

No "Diário", de Bello Horizonte, foilida uma carta de um capitalista es-trangelro ligado a importantes em-p.ezas, em a qual este se dirigia aum chefe de uma empreza mineira eque 6 também estrangeiro, dizendoque "em rodas financeiras tem ouvi-do constantemente as melhores refe-rendas íi administração do Dr. Affon-so Penna, causando-lhe Isso grata sa-tlsfação o também aos capitalistasque representa".

O destinatário dessa carta, parece-nos, é o chefe de uma Importante em-preza de mineração, não longo da ca-pitai.

INSTITUO DE llpIIOSO honrado senador Dr. Erlco Coelho

disse no Senado, com multo espirito,que temos médicos de mais e alveita-res de menos, e por isso tratou de In-troduzlr na reforma do Instituto deManguinhos uma escola veterinária,que julga necessária.

A necessidade de uma escola vete-rinaria está na consciência de todosáquelles que precisão tratar de ani-mães ou fazel-os examinar para qual-quer fim.

O nosso matadouro de Santa Cruzresente-se principalmente de tal falta,o os médicos, ali oecupados no examedas rezes destinadas ao consumo destacidade, fazem prodígios de esforçospara bem cumprirem o seu dever, porfalta de veterinários proficientes.

Os veterinários que temos são, em

geral, moços de cavallariça, que poucoa pouco, pelo empirisino, se habituama tratar de animaes, passam a jockeysde corridas, d'ahi a tratadores, e, afl-nal, intitulam-se veterinários.

Raros diplomados existem do".s'co-Ias rcgulares, o esses não se dedicamaos trabalhos de sua profissão, por es-

tarem todos os logares oecupados, em

geral, por incompetentes.Applaudimos, pois, em principio, a

idéâ da creação de uma escola veteri-nurla, entre nós, mas não podemosdeixar passar sem reparo o modo por

que se pretende instituir essa- escola.Vai ella, ao que parece, ser enxer-,

tada nos trabalhos de um laboratório,sobrecarregado do preparo de todos os

soros empregados em therapeutica, o

que não permittirá dar-lhe a attençãoe o estudo de que necessita; e além

disso só so oecupará de um ensino

multo Incompleto e restrlcto, qual o

que reza o programma do substitutivoapresentado.

Parece-nos que o resultado do tal

creação vai ser a formatura do um

certo numero de Indivíduos que se in-

titularão veterinários, mas, como ha-

bilitação, só terão os diplomas de

Manguinhos, sem conhecerem a cli-

nica dos animaes domésticos, princi-

pnlmente do gado cavallar e muar, e

sem lerem a pratica necessária do

tratamento dos animaes, para poderemser úteis ao publico e ao paiz.

Uma escola veterinária bem monta-

da e regularmente dirigida, com estu-

dos completos, sob o modelo da escola

de Lefort, de França, seria um bene-

fido publico, em paiz como o nosso,

cm que a criação do gado conslilue

uma das industrias principaes.Uma escola, porém, incompleta, e

"enxertada num instituto que sc quer

tornar cncyclopedico, não nos parece

que possa corresponder á espectatlva

do illustre senador do Estado do Kio;

parece-nos, ao contrario, que ficará

sendo uma Idéa menos feliz a da crea-

ção dessa escola ém Manguinhos.Contra o projecto da cultura da

vaccina animal cm Manguinhos, para

a tmmunlzação da variola, já os nos-

sos collegas da imprensa têm proto-stado com razão. Reunir a vaccina an-

li-variolica aos Iraballios thcrapoutl-

cos contra moléstias contagiosas, pa-rece-nos de grave inconveniente, e, pe-lo menos, dará nova arma, o multo va-

liosa, nos inimigos da vaccina. O rcsul-

tado será o abandono da vaccina, e as

epidemias da variola devastarão o

nosso paiz.Uma reflexão ainda nos oceorro a

respeito deste assumpto.Polo substitutivo do senador Erlco

Coelho, o novo Instituto de Mangui-

nhos invadirá as attrlhuiçõos da dire-

ctoria de saúde publica, tomando a si

de molu próprio a verificação o ex-

ame de todos os sOros o vnecinas lm-

portados do cstfangelro, ou fabricados

no paiz (art. 8.).A lei manda que a fiscalização do

exercido da medicina e de pliarmaciaseja feita pela dlrectorla do saúde, o

é, portanto, attribulção da directoria

de saúde publica esto exame dos soros

e vaccinas, de quo so trata, e que pôde

ser feito onde e quando a directoria de

saúde julgar conveniente; mas tomar

para Manguinhos o direito de ir bus-

car nos laboratórios a vaccina ou soro

que queira, examlnal-os e só permittlrseu fornecimento ao publico depois

da licença daquello instituto, "que

vendo soro" e venderá vaccina, se qul-zer, é estabelecer um principio do mo-

nopollo odioso, quo não se coadunacom as normas republicanaa e com a

liberdade de commereio. E' Isso ln-

sustentável perante o direito publiconacional.

Accresce que ao Instituto de Man-

gulnhos se pretende conferir uma au-tonomia completa; mas, de par com

essa autonomia, se quer. incohercnte-mente, estabelecer o domínio de Man-

gulnhos sobre todos os outros Instl-

tutos o laboratórios.Escolmada de todos estas senões, e,

portanto, em pé de grande superior»-

dade sobre o substitutivo, se apresentaa proposição da Câmara dos Depu-tados n. 209, a qual íol desprezadapelo senador Erlco, que nella, aliás,collaborou, como membro que íol dacommiss&o de saúde da 1: câmara.

..«ml proposição nio cosltou de ia-Eer em Manguinhos o enxerto da es-cola veterinária, nem do incluir nos

preparados ali feitos o da vaccina antl-varlolica, como fez o substitutivo. A

proposição procurou restringir os ser-vlços de Manguinhos nos que lhe sãoessenclaes, e resguardar a saúde pu-blica pela excepçao que estabeleceu davaccina anti-variollca, que devia con-tlnuar a ser preparada e fornecida aosEstados pelo Instituto do Districto Fe-deral, que a tem fornecido ha vintoannos com resultado completo.

Um telegramma de Paris para o"Diário - Popular", de S. Paulo, dizque entre os banqueiros Loste Sc C. eo representante do Estado de MinasGeraes está sendo negociado um em-prestlmo de vinte e cinco milhões defrancos.

A bordo do "MAgellan", seguiramhontem para Santos, onde se demo-rarão poucos dias, os Drs. Pedro Tel-xeira Soares e Nolasco da Cunha.

A bordo do "Rhaetla", entrado hon-tem, chegou a esta capital o Dr. An-tonio Gravata, chefo da commissão dereconhecimento da Estrada de Ferrode S. Paulo a Matto Grosso.

O Dr. Miguel Calmon mandou o seuofficial de gabinete, Lindolpho Xavier,recebel-o a bordo, em lancha dos te-legraphos.

S. S. segue Immediatamente paraIniciar os trabalhos de reconheci-mento.

õs prenjiosdo paiz

O nosso 4" concursoOs prêmios serão os seguintes :

ií—5 npols. federoes.. 5:()()0$0002— ;t npols, fèderues.. :5:00()$0()O

-—2 npols; lederoes.. 2:0009000—- npols. federaes.. 2:0008000

5—t npol. federal l:00u$00Ofi-—» 1:00090001- » l:()00S()0()8-—» 1:0009000«j.—» _':000.«.(>00

10-—" l:000$00Oi!.__,, ,, 1:000900012-—" l:O00!!00O

Os assignantes ue anno te-rão direito a doza números cadaum.

Os do 2- semestre deste annoterão direito á seis números.

Os que ainda tiverem ou vierema tomar asslgnatúras por um, dois,

.tres, quatro ou cinco mezes, terãodireito respectivamente a um, dois,tres, quatro ou cinco números.

Além disso, todos os assignantesconcorrerão com as tres sériesmensaes de coupons com que sehabilitarão os leitores avulsos doPaiz para esse sorteio.

Cada série mensal dará direitoa um numero.

A primeira série, de julho, seráde 33 coupons, sendo dois Já pu-bllcndos.

A segunda serie será publicadaem agosto e a terceira em setem-bro.

A troca dos coupons será dp 1 a20 de outubro.

O sorteio reallzar-se-ha em 27de outubro, domingo.

Os assignantes que desejarem to-mar parte neste concurso, devemescrever-nos até 10 de agosto, pe-dindo a remessa dos números a

-que tiverem direito.

Os leitores avulsos devem col-leccionar os coupons, que lhesdão direito ao sorteio.

Está na commissão de finanças daCâmara, pendente de. parecer, o pro-jecto do Senado, melhorando a si-tuação dos carteiros do Correio.

Nenhum projecto se impõe mais do

que esse á equidade criteriosa, á re-Ilectlda justiça dos legisladores. Atéhoje, todos os projectos, mais ou me-nos justos, com que se. tem buscadofavorecer o fuhcclorialismo ptibllco.vi-som sempre o empregado do gabinete,chefe ou subalterno, o elemento in-

lelleclual, ou considerado como tal,

das repartições; os mais graduadossão os que têm maiores vantagens,- au-

gmontados nas modificações de venci-mentos do aecordo com uma grada-

ção hiorarchlca, que aproveita justa-mente aos ciuo eram já, por força da

posição, os melhores aquinhoados.Nunca se cogitou dos jornaleiros, dos

empregados pequenos, dos trabalha-dores do árduo labor o ganho reduzido,dos que não têm, ao menos, como re-

compensa o estimulo, a esperança de

subir.Ha pouco tempo, começou feliz-

menlo uma orientação nova, com o

projecto quo augmentou as vantagensdos eslnfetíis dos tolegraphos, e agora

vem do Senado o projecto equitativo

que neste momento deponde do votoda Câmara.

Não precisa grande esforço para ver

quanto fogo á justiça e ao direito

que se devo a todo o trabalhador a

situação dos carteiros. Não ha na pro-prla repartição trabalho mais penosoque o delles, que essa faina do palmi-lhar ruas e subir e descer inlni.irru-

piamente escadas, sem descanso, so-braçando volumes de cartas, cuja re-sponsabllidado augmenta o peso dovolume e cujos segredos o altos In-teresses estão presos á diligencia e áhonestidade desses obscuros servido-res. Levam annos assim, galgando pe-nosamente uma escala mesquinha de

promoções; o, quando já velhos, íatl-

gados, Inúteis para a lueta da vida,

para o próprio mister quasl, chegamao ultimo estádio da classe, 6 para se-rem carteiros de 1; classe com o fan-tastlco ordenado de 205$, tanto é quelhe sobra, com os descontos dos 216$,

quo a lei dá.Parece que, como promoção de ser-

vlços, compensação de esforços, con-íorto ultimo da vida, não É positiva-mente um Ideal.

O que o Senado dá não fi uma for-tuna para o Estado, mas já é um

pouco para esses funccionarlos dedi-cados e modestos; e a Cornara faráuma acção justa não ratinhando so-bre economias falsas, esse pedaço de

pão.

T0PIC0SD0 DIA.Ha. certos espíritos que possuem a

fortuna de ver tudo com fôrmas geo»métricas, o de não perceber nas pro»prias figuras geométricas sen&o fa-ces rectilineas.

A Santa Sé não é uma naclonallda-de; a Republica separou a Igreja doEstado: logo, supprlma-se a legaçãobrazlleirá no Vaticano. Simples e cia-ra, como todos os postulados, esta ra-flexfio parece feita para a felicidadedas Intelligenclas que tfim prlvilegb»de, na expressão do phllosopho, veruma coisa só onde existem dez col-sas.

Que a Santa Sé não fi uma naclona»lldade, não possue soberania, não tempoder temporal, são asserções sobroas quaes não é difficil chegar a ac»cordo; oue não preenche os requlsl-tos das definições clássicas da perso-nalidade jurídica internacional, tam-bem não fi ponto quo exija longo do-bate.

Mas, d'ab.1 para concluir quo o Es»tado leigo está impedido de manterum delegado perante o chefe da igre»já cathollca, e que náo lhe convémmanter esse representante, dista umaextensa escala de considerações, qu.ó Imprescindível percorrer, antes dolançar a terminante negativa.

A Republica separou a Igreja drrEstado, em boa hora o fez e assimo conserve; não separou, porém, o Es»tado do mundo, nem o mundo daIgreja» Pessoa jurídica, poder tempo»ral, soberania, ou nada disto, a igrejamais influenle da sociedade oceiden-tal é, mais que uma hlerarchla uni-versai, unia força política, social, queactua em Ioda a parte, intervém nosnegócios da terra, é ouvida e tem pesanas combinações diplomáticas, repre>sentando um organismo, uma unid_-de, cujos membros se espalham e con-fundem physicameilta, nas diversassociedades nacionaes, mas cujo pensa-menlo se concentra numa disciplinaestreita sob a chefia do papa, dire-ctor, sem nação, sem governo, semdomínio territorial, de uma políticapor isso mesmo genuinamente inter-nacional.

Reconlieçn-se ou não á tal ontlda-de o caracter de pessoa de direito, é,apenas, unia questão de definição,esse assumpto, onde as definições ns-sentam todas sobre bases convenci,.-naes; não se lhe pode, porém, negara qualidade do força, unidade, aggre-miaçáo, numericamente extenslsslmu,dominada por um pensamento e umasolidariedade, que é ainda a mais for-te das cohesões humanas.

Mais do que o Estado leiga, os Es-

tados de religião official difforcntoestariam Incompatibilizados com a

conservação do relações diplomáticascom a Santa Sé, que alguns enlrf,-.

tanto, mantêm; e um Estado leigo,como o Brazil, composto, em sua qua-si totalidade, 'de cathollcos, tem o

maior interesse cm manter ao lado

do chefe espiritual destes um repre-sentante, para zelar, perante elle, pe-los interesses dos fieis brazilelros, de-fender os Interesses temporàes do

paiz, fazer observar, omíini. no ter-reno da cordialidade, as fronteiras on-tre o secular e o espiritual.

Estas fronteiras nem sempro se d»-terminam facilmente, quando as mil-nlfestações do governo ou da religião

passam do pensamento para a acçãii

pratica; a historia está repleta deexemplos de condidos entre a acçãoexterior do poder civil e a do poderecçlesiastlco; nada mais legitimo dJ

que facilitar a solução dos duque,,conservando as boas relações e a cor-tezia, que o direito do logaçãò faculta.

A estas razões accresce ainda uma

pónderosa consideração du opportu-nldade, c parece que, pjr muito tem-

po, do especial interesso político parao Brazil. Como paiz novo, o Brazildever receber continuamente, não sómassas do população, em sua maioriacalholica, mas igualmente grande nu-mero de ecclosiasticos, que uns acorri-panham os seus fieis lmmigrados nopaiz o outros procuram a nossa hospl-talidítdo, repellidos do suas pátrias.Sendo, por força da Índole dos bra/i-loiros o pelo espirito liberal de nos-sas leis, Intolerável a Idéa do recusara uns c outros a mais franca o seguraacolhida, conservar a legação juntoá Santa Sé, autoridade hlerarchloa dntodos elles o exclusiva, pódo-.ie dizer,de alguns—os expatriados dos paizesdo origem—é de evidente o imperiosanecessidade.

As nações não mantêm no estran-goiro apenas agentes diplomáticos operante autoridades soberanas, mas,além desses, muitos outros, com va-riadas funeções; é indiscutível, pois.que podemos ter um enviado peran-te o Vaticano: dar-lhe o nome, aa

pi-erogativas, o caracter ão enviadodiplomático é apenas questão de fór-ma; e não vale a pena reformar afôrma 0 o nome, que o uso unlver-sal tem adoplado.

O prefeito do Districto Federal, ge-neral Souza Aguiar, visitou hontem,acompanhado de seu secretario, a 3*exposição du Associação de Aquure-listas, no salão do Brazil Club, edi-licio do "Paiz", e mostrou-se multobem impressionado pelos trabalhos ex»postos.

A exposição foi visitada hontem por305 pessoas e continua aberta ao pu-blico até o dia 15 do corrente, daa10 horas da manhã ás 5 da tarde.

O presidente do Estado de S. Paulo,attendendo a um offlclo recebido nnte-hontem do Sr. ministro da Industriae- viação, vai providenciar no sentidode serem réstituldás á Estrada deFerro Central do Brazil as quatro ma-chinas de bitola CBtreltu a ella per-tencentes, c que ainda se acham aoserviço da Sorocabuna.

Depois de alguns dias enfermo,tendo guardado o leito, acha-se denovo restabelecido o Dr. Augusto Me-nezes, secretario do Dr. Miguel Cal-mon.

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Page 2: memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1907_08313.pdf · m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^

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O PAIZ - SEGUNDA-FEIRA, 8 Dfi JULHO DE 1907

i

K

fe. .

fELEGTiilIA.EXTERIOR

nes-

declarações

e Time. re-Maurlce Cony-

o llippolyi)

ciue. ho-

os conseguiram

' Iilsboa, 7.e, presidente do conselho visitou

h<,je no hotel, onde se acha.hqspe-* ii o Dr. Serzedello Correia,-com¦« entr-leve demorada conversa. .

— _,' esperado aqui por estes Qiaso cruzador chileno "Ministro Zente-no".

SfavoVao Jornalista Nakens,

r^--=^^0^ers_sr £ _____ss: •«deu a menor alteração da oídcm.

Darcoiona, 7.

„__;: _t_3S_-"W.^.tC'o

£_..._>tui. ado e instigador de

palldaúe, chamado Buli.Paris, 7,Km W.mliiellior henive hoje uma . .-

»;.«'» 'rate comln-tfSmiu necessidades do nido-dia.

g^ *____• .5*terr.nça.

1'iuis, 7Forno, eleitos senadores por Vel-

_oul-Clcrmont, Ferrand e i-Ipectlvamohte, os Sr?na, JBony • CisternaItmib. .

Londres. 7.Telegrammas do Vietoria, na Go-

bmbla Ingleza, annunelam ter na,-

pagado no rio Helena o vapor "Muni

Uuynl", morrendo afogadosirioiis da oquipagem,, Todeis os passageh„lvar-so.

r.wi-i "•Um Imponentlsslmo cortejo em que

Iam incorporados representantes, üoKovemo, do Parlamento o commlssôosOo exercito, das Munlcipnlld.ados doBoma e outras cidades, sociedades oescolas gartbaldinas, visitou hoje omonumento de Garibaldi, onde foramdepo.iUd.H innumeras coroas do lio-Ves naturaes entre as quaes a eiue foi>iiTi.-.da pela colônia Italiana do Pra-.11. . , .„

— A familla real partiu hoje de la-re para Rocconlgl.

Milão, 7.Na estação do caminho de forro

deu-se hoje um choque, entro umUeetrlco e um comboio procedente de. _rlm.

Ficaram feridas 17 pessoas, dasJuncs tre» firmemente.

Nova Yorlc, 7.Consta que o ministro elas relações

extarlore» na sua próxima viagem aoÃiexlco, negociará cou. o governo da-oiiMl- i.epublicii o estabelecimento deuma eiaação naval na bahia de Ma-£dalcna.

Santiago, 7.Communlcam do Valdlvla quo as la-

Va* do vulcão Klname formaram ver-dadeiros rios.

— Â policia sequestrou a edição doporiodico "La Comedia", por conterInsultos contra o presidente ela Repu-blica. Br, Pedro .Muniu

Buenos Aires, 7.Confirma-se a reorganização do ml-niiterlo. ,

O general Fraga deixa a pasta daçuerra, sendo substituído pelo gene-vai Arruine, que assumirá o respectivocargo na próxima quartá-felra.

Também serão substituídos os Srs.IViiiti, ministro das obras publicas, oPlnedo, ministro da instrucção, estepor ser candidato a deputado, o aquel-|o porque vai ser nomeado presidente;|d Banco Nacional Hypothocario.

Aegravou-so o estado de saudelo Sr, Estanlsláo Zcballos, ministrodas relações exteriores.

Buenos Aires. 7.Teve grande concurrencia a romaria

i estatua do Garibaldi, comparecendoiliversns sociedades italianas com osrespectivos estandartes e bandas demusica.

O Dr. Manoel Gorostiaga her-lou, com o fallecimento de sua sogra";aielo milhão de pesos.

Actlvam-so os preparativos para;elebrar a data de 9 de julho.

Montevidéo, 7.Nas sessões extraordinárias do Con-

Ki-esso será approvado o projeeto dodivorcio.

l._TERIOR

¦ An-ontè-che-

Pará. 7.O "Jornal" defendo o senadoi

tonio Lemos, o Dr, Augusto Mnegro, governador do Estado o ofo ele policia dos ataques violentos da'Foliia do Norle", diz o fimilas calumnlas dn opposlção é conse-jjulr telegrammas 'iue assoalhem ahiestar o Pará moral e politicamenteem situação de desespero, quando lo-:los aqui vivem om um severo regi-mon de garantias o respeito, mesmons Investidas da opposlção, Não foramti tolerância das autoridades publicas,d a conluia dos administradores o já:1o lin multo oslarla decepada a mãoque aggrldo os homens puros cujovelhlco •• honesllilade têm direito 8reverencin de iodos. A bpposição queprocure outra escada para ascenderi administração.

Perdem o credito os gemidos e nslagrimas dos telegrammas transmlt-lidos aos órgãos fluminenses."

to, aceusado como autor do de. ora-mento de uma menor.

—Coneta que as maiorias do Sena-do e da Câmara dirigirão ao eleito-fido do Estado um manifeste, sobrea não prorógaçad da assembléa, mos-fraudo -ei' Uso devido _ retirada d

parcialidade governlsta, mostrandolambem qual a situação política üoK—Foi

publicado o decreto conce-deado ac, Lyceu do Artes e Otflclosdez contos de auxílios para uma ex-posiçlo artlutica, industrial e agriCU—Foi

adiada a 3- ascensão elo balão"Bra.il", devido ao concerto que pre-ci.a fazer das avarias que na ultimatensão deram logar a não .con segureceber no bojo mais de 1|4 de caibono.

H.hia. 7. _. "Bahia", em editorial sobre a

candidatura do Dr. Tosta 0 o seu ma-«festo ue apresentação, transcreve oanalrsa as opinjj.es da Imprensa ãode partidos, mas proclamada lnsus-peita e independente pelos signatáriosdo manifesto com que é feita a ao. e-sjeritãcae dessa candidatura, manifestoque considera capeioso, falso, sem vi-gor o sobretudo, contraproducente, pe-ca de reles artificio, desmontada dospróprios òixòs, explodida nas mãos dopróprio inhabil pyrotechnico; que aarruou. Inquire el0 "honrado bahiano ,cujo nome bemquisto serve a ta.o tris-to exploração, como, eom que direito,em que valiosa, digna credencial par-lidaria e política, se dirá ,S. Ex. abro-qUclado, para oppor a sua candatura,. do seu eminente e acclamado patri-cio Dr. Araújo Pinho.

O "Diário da Bahia", cm artigo soba epigrapho "Álea jacta est", analysaa situação do Estado, a sua dictadurafinanceira e policial,reclamando contraa promessa dos amigos do goyorno;de fazerem correr sangue na eleiçãojiara governador.

Diz que o sangue do Dr. José Mar-cellino já correu uma vez sem ser nasmãos dos adversários de hojo, massim daquelles quo vivem agora em pa-l!u'i°- . ,, , ,

Finaliza o artigo assim : A Bahianão se importa de dizer : "Ali está umgovernador, mas não tolerará que di-gani : ""Ali está um dictador".

Petropolis, 7.Com grande brilhantismo realiza-

rám-se hoje os festejos coinmemora-tivo.s do centenário de Garibaldi.

A's 3 horas da tarde.partiu da praçada Liberdade grande prestito civico,composto de cerca do mil pessoas, noqual tomaram parte todas ns socie-dailes italianas do Petropolis e Casca-linha, escolas Italianas e as bandasCarlos Comes e Leopoldo Miguez.

(i prostito, do effeito grandioso, di-riglu-se inira a legação da Itália,..ondeos aíumnos das escolas cantaram ohymno do Garibaldi.

Orou depois, saudando o ministroItaliano, cm nome da colônia o Sr.Augusto Finde, que foi muito applau-dido.

O commendador Luigl Bruno, mi-nistro da llulia, respondeu, agrade-condo,

O prestito seguiu, então, para a Ca-muni .Municipal, afim de cumprlmon-tar a autoridade local, sendo rece-bida uma eommissão no salão nobrepelo presidente o vereadores.

Por <:i-sa occasslão orou brilhante-mente o professor Cario Parlagroco,respondendo o presidente da (.'amara,Dr. Sá Earp, cujo discurso causou do-lirio aos numerosos assistentes.

.Seguindo-o cortejo para a redacçãoda "Tribuna do Petropolis", ahi falounovamente o Sr. Parlagroco, saudandoa imprensa, saudação que foi agrade-cida em vibrante discurso pelo dire-c.tor daquelle jornal, Sr. Arthur liar-bosa, que errueu um viva á Itália, emnonin do povo do Petropolis.

ii prestito foi, então, até a agenciaconsular, onde saud iu o cav. Capitani,quo sondou a colônia italiana, d issoI-vendo-se no theatro Fluminense, ás9 horas ela noite.

Naquello theatro.qúe continha cercade duas mil pessoas, realizou-se umasessão soleinne.á qual compareceram oministro da Balia, famílias, represou-tante do barão do Itio ..Branco, corpodiplomático, presidente da Municipa-lidado, autoridados lqcaes, vereadorese jornalistas.

Depois do hymno do Garibaldi, can-lado pelas escolas italianas, em scenaaberta proferiu vibrante discurso o Sr.Cario Farlagreco, que fez o históricodo vida do herôe.

Este discurso cansou verdadeiro en-thuslasmo, sendo a.pplautlido comgrande vigor.

A banda de musica. Leopoldo Mi-guoz executou em seguida uma bellasymphohia.

Orou depois o Dr. Alcebiades Po-çanhn, cujo discurso, om italiano, foicoberto de'applausos.

A sessão terminou com uma apo-Uieose a Garibaldi, ao som do hymnonacional.

Falaram também dois alumnos daEscola Dante Allghiere, um menino,sobre Gai-ibaldi e nina menina sobroAnnlta Garibaldi, sendo ambos muitoapplnudidos.

Petropolis, 7.Ao terminar a festa que se celebra-

va nn Igreja matriz, 'houve grandeconfllcto, na avenida Quinze do No-veinbro, devido a ter sido preso umindivíduo, á ordem do subdelegado.

Um grupo de populares atirou con-tra as duas praças quo conduziam Opreso, aggrèdlndo-as a cacete,

Os soldados ficaram feridos, umgravemente.

O preso logrou fugir.i) facto oceorrou ás 10 V. horas da

noite.lio muitos populares em frente á

delegacia, a (pio eslá recolhido, parainformações, o -presidente ela bandado alto da Serra.

Foi pedida, forca, afim de capturaros autores do confllcto.

O delegado, major Nunes, providon-cia paia manter a ordem.

Os curativos foram feitos polo Dr.

governos do Estado o da União para ainsUtuicáo do credito agricola com mo-vel hypothecario. . ,

A assembléa votou uma moção deapplau™ ao governo do ^Í__S.___nheiro, pela sua altitude om defesa dasclasses produetoras.

Ecl-òs de S. Paulo.Consta que uma empreza ostran-

«relra adquiriu em um dos arrabalde..da capital uma chácara, em magníficasituação. Ali será construído um eciiíi-cio apropriado para. montagem e fuii-cclbnatnerito de uma industria novaem S. Paulo, cujos chefes e mostresserão contratados na Europa.

Consta, o parece que com algumfundamento, que um dos secretáriosde Estado que acompanha o governodesde o inicio, está resolvido a descan-sar, recolliendo-se á sua fazenda.

Ao menos foi o que se ouviu de pos-soa de sua amisade.

*' E' possível que a viagem do umfunecionario do Estado á Europa naotenha sido cqm o exclusivo fito de us-signar títulos.

Irif.6rri.am que S. S., hábil e corro-ct0 funecionario, levou papeis e auto-rizae;ão legal para representar o go-verno perante uma empreza que "ge-

ralmente" sQ oecupa do grandes trans-acções. , _

O bom desempenho dessa missãoterá o auxilio de elemento que e ochefe nato de certa colônia do umadas nações européas.

Os banhos quentes no Japão.Na "Gázette des Eaux", o Dr. J.

Heilz dá as informações seguintes so-bre a temperatura que os japonesessupportam no banho, segundo Leo-nard J-lrll. Um Indivíduo, entrado nobanho a 39 grãos centígrados, foi sub-mettido a um augmento, progressivoque attlngiu a 44- 5' no fim de cincominutos. Supportou-a durante um mi-nulo o meio, immerso até o monto.Depois suiu d'agua c abriu a janela.Sua temperatura era ele 39- 5 .

Os banhos thermaes de Kusatza saotomados cie 44 a i-S' centígrados, empiscinas de temperatura progressiva-mente crescente, o duram do tres emelo a quatro minutos.

Caie Papagaie), não tem rival.

Foram promovidos no correio doMaranhão a 1' oflieial 0 Sr. Affonso

as com proveito. Primeiramente, oeducador eleve ensinar o discípulo aser limpo, sóbrio*..diligente. Robuste-cido o corpo pelo ensino das leis nshygicne, tratar-se-ha então da cultu-ra do espirito. Emquanto a criançanão conhecer o que deve praticarpara assentar eom firmeza na vida.einútil inicial-a em coisas que ella naoestá apta a comprehender.

Grande exposição do gravatas nasvitrines da Torro Eiífel. Ouvidor Ooc 05.

Dl i

Imposto sobre a dansa.0 imposto sobre a dansa, estabclo-

ciclo na Prússia, deu logar a uma se-rie de incidentes mais ou menos pit-torescos.

Em Sagan, os officiaes do 5' regi-mento ele artilheria de. campanha ha-viam organizàdp um baile e, por essemotivo, a municipalidade reclamou opagamento do imposto, ou soda oitomarcos. O regimento negou-se a sa-lisfazer, allegando que a -dansa é umcompromisso a que não podem sub-trair-se os officiaes e, por conseguin-te, eleTe considerar-se como um actodo serviço".

A municipalidade dirigiu-se entãoao commandante em chefe do respe-etivo corpo de exercito, afim ele quemandasse pagar o imposto; mas o ge-neral respondeu também que o baileelos ofliciaes "revestia caracter de ser-viço".

O ministro da guerra emittiu a mes-ma opinião.

O assümpto foi levado aos tribu-naes ,achando-se pendente delles adecisão. _

Hollanda Cavalcanti eCastro.

2' Nabor de

Quéreis andar bem calçado ? CasaPaulistana. Rua Luiz de Camões, S.

Commcmora hojo o seu XIV annl-vorsaflOi com mais um de seus rriagni-

a "Revista Commercialque se publica nesta

ticos números,e Financeira''cidade.

0 "Evening News" declara que umdos seus redactores descobriu no West-End de Londres o barão Hott, aquellemesmo que, segundo um jornal pari-sieiiso, confessou u um companheiroelo viagem, no paquete (pie o conduziada America do Sul para Chefburgo,ei ue so chamava João Orth e quo elloera 0 famoso archiduque da Austriei,João Salvador, desapparecido ha mui-tos umios.

—Está-mo enfadando bastante esteassümpto, declarou o barão Hott, to-elas as pessoas poderão dizer-lhe, naArgentina e em Londres, onde no do-curso destes últimos 18 annos tem sidoeonheeidissimo que não sou João Orth.Os meus amigos divertiram-so á mi-nha custa; por toda a. parte por onde'ui contaram que eu era o Habsburgodesapparecido e, apesar dos meus pro-festos, pretende-se ver em mim e atoda a força o principe austríaco;

O barão Hott é do bella o elevadaestatura, de aspecto marcial, mas nãose parece ele modo algum com o archi-duque,que deveria ser hoje muito maisvelho quo elle.

Antioatarrh»! de Granado Sc C„melhor medicamento contra hron-chites, catarrlio pulmonar e infiuenza.

O expediente da Prefeitura constahojo do seguinte:

Directoria geral de policia—Eelitaesdas agencias.

Directoria de obras o viação—Con-ourfencia para fornecimento de ap-parelhos sanitários e instalação degaz o agua, nas casas para operáriosda avenida Mem de Sá. .

Realizou-se em Hamburgo,uma con-ferencia internacional referente aoautomobilismo. Fizeram-se represen-tar todos os paizes que fabricam auto-moveis, com excepção da America doNorte.

Trauaram-se nessa conferência asdecisões seguintes :

1", Pedir a todos os governos quefaçam o necessário para o estabeleci-mento do um regulamento do circula-ção uniforme.

2-, Creação em Paris, no Automo-blle-CIub ele Franco, do secretariadointernacional dos clubs aútomobilistas.

3', Elaboração de uma formula elecorrida, que ser.t discutida ommissão internacional, a 14 depróximo, em Ostènde.

com-julho

José Dias Pontinhos, empregado elocommereio, hontem {_. noite, na ruado Cattete, com um guarda-chuvaaggrediu e feriu no olho direito o me-nor Joaquim Ferreira.

A policia ele ronda prendeu emflagrante o Pontinhos e o conduziuao 0: districto, ondo foi ollo autoadoe recolhido ao xadrez.

O menor Ferreira recolheu-se á ca-sa- de seus pais e será hoje submottideia corpo de delicto.

n

Piiriih.vba. 7.(i Club I '"iijaniln Constant, não ten-

lo podido cinnicmorar a V.) do mezpassado o anniversorlo do falleelmen-lo do mor, .'liai Florlano, fel-o hoje

salão nobre do Club Militar Pa-rahybano, com uma bella festa infan-til, em quo se Inscreveram 22 cri-inças, tros das quaes foram premia-ias por se terem dlstlnguido em re-ri t ativos.

Compareceram .1 festa muitas fami-nas, o presidente do Estado, altas au-ioridades e muitos cavalheiros.

—A mesma sociedade realizará bre-remonto uma exposição do trabalhosirtlsticos.

—Consta que amigos elo senador.lama e Mello, influencias poliliras nolertão, continuam n enviar adhesõesl candidatura do mesmo «senador ópresidência do Estado.

itabia. 17.Foi hoje encerrado o Congresso le-

glslatlvo, comparecendo .1 sessão 15senadores de ambas as parclalldades5 10 deputados severlnlstas.

Presidiu os trabalhos o conego.upertino, quo foi secretariado pe-•os senadores Reis Magalhães e2ohlm.

Foram lidas a acta de Instalação! a synopso dos trabalhos e a actalo encerramento.

Assistiram íi sessão o Dr. SeverlnoCieira, o presidente do Tribunal deAppellação, grande numero ele ofli-;iaes da força policial, uma commis-lão da Associação Commercial.

As galerias estavam repletas do po->ulares.

Não houve discursos.A guarda de honra foi prestada por

ima ala do corpo do policia.O iecretarlo geral foi representado.—Foi preso !c bordo elo "Aragon",

l requisição do chefe de polida da"apitai F-dera. o Er. j_3____ob Pln-

Edmundo Lacerda e outros médicos.S. Paulo, 7.o "garden-party" dos clubs de rega-

Ias esteve magnífico e leve oxt.ra.0rdl-naria concurrencia de famílias da me-llior sociedade. „

—• Effectuou-so no bosque dn Saudea festa dos meninos vendedores dejornaes, que esteve muito animada.

Porlo Alegre, 7.Referindo-se a um telegramma eles-

sa capital sobro o editorial do "Se-culo", epigraphado "Provocações", a"Federação" diz que esse artigo c..n-tém uma serie defalsidades.

Alludindõ á Constituição do Esta-do, escreve a "Federação": "Nemmesmo a dialectiea ennublada de Me-deiros e Albuquerque conseguiu em-panar o brilho do consenso unifDrmcde todos os jornalistas, proclamai) loo trlumpho da Constituição de 11 dejuliio.com o parecer do deputado LuizAlves".

—O "Correio do Povo" lamenta emexpressivo artigo a indifferença elopoder publico .para a situação dosempregados da Caixa Econômica da-qul, quo percebem relativamente ven-clmentos irrisórios.

—Telegrammas para o "Jornal doCommereio'', "Federação", - "Correio

Povo" e "Debate", descrevem as

Antônio Parreiras.Está desde hontem' nesta capital o

artista brazllelro Antônio Parreiras,cujo nome desde muito se impõe nocirculo dos pintores como o do umIriuniphn.lnr.

incumbido pelo governo do Pará elefazôr uma grande tela histórica "Aconquista do Amazonas", Parreiraspartiu liara a Europa, eom recursospróprios, resolvido a sô regressarquando tivesse estudadomente o assümpto elo seu

Como já divultidas sobre avisitdasxando o seu atelierpodia facilmente encontrar os modelose vestuários da época, que o seu qua-dro resume.

E assim, durante cerca ele anno omeio, com um grande intervalo do mo-leslia grave, trabalhou o artista domodo a trazer o "croquis" complelodas 12S figuras que oceíupam o pri-metro plano desse quadro.

Isso feito tomou passagem a bordodo "Magellan", que o trouxe hontem aesta capital.

Foram recebel-omilia, numerososdiscípulos

MELHORAMETO DE S. PAI LOAs consiruccõcs nas ruas centraes

S. Paulo, que antecedeu as outrascidades no trabalho' do remodelae;ãourbana, não podia estacionar no pontoem que chegou, quando 0 Rio o outrascapitães propellem vigorosamente osseus melhoramentos.

O decreto, sobre construeções nasruas centraes, que publicámos adian-te o que foi ante-hontem promulgadopelo vice-prefeito da capital paulista,mostra o engenho de S. Paulo, do-pois ele ter construído os deliciososarrabaldes que fazem a admiraçãodos visitantes, em dar magnitude ássuas vias urbanas pelo cápriçMJ dasconstrueções. Não regateou favorespára isso, e deve-se acreditar que aacção particular corresponda lovc-mente a esses favores.

Eis a lei promulgada:Art. 1-. Os proprietários do torre-

nos situados nas ruas de S. Bento,Quinze de Novembro, Direita, AlvaresPenteado, Quitanda, Boa Vista, The-souro, Anchieta, Marechal Deodoro,Esperança, Quartel, Quintino Bocayu-va Fundição, Carmo, Barão de [ta-petininga, Conselheiro Chrisplntano,Vl.te o Qua/- do Maio, largos doThesouro, Misericórdia, Sé, S. Bento,S. Francisco, Palácio, Carmo, Repu-blica, c Payssandú, praças João Mon-des o Antônio Prado, que, dentro dodois annos, ahi construírem prédioscom mais de dois pavimentes sobre osolo, adoptando as fachadas approva-das pela Prefeitura, gozarão de isen-cão elas taxas de approvacão das plan-ias respectivas o mais emolumentosdevidos para a construecão.

Gozarão mais dos seguintes favo-res: ,

1- Isenção, pelo prazo de cincoannos, elos impostos de calçadas, pas-selos e Iodos os outros denominadosile viação, que affectarem as mesmasedificações. .

2'. Isenção, pelo mesmo prazo ciocinco annos, dos impostos de indus-trias o profissões para as lojas de fa-zendas, modas, armarinhos, alfaiates,ehupéos elo cabeça e elo sol, calçados,camisas o roupas brancas, luvas, per-fumadas, pharmacias, jóias, relógios,musicas impressas, pianos o q. tros in-strunienlos do musica, brinquedos, 11-vrós e outros objectos do escriptorio,louças finas c crystaes, moveis de lu-xo,

' tapeçarias, quadros, objectos do

arte, espelhos, cafés, charutarlas, flo-res, frutas, plantas, confeitarias, queforem estabelecidas ein taes edifi-cações.

Paragrapho unieo.—Esta isençãonão comprehende os depósitos, nem ocommereio cm grosso e aproveita tan-to ao proprietário como ao locatário,vigorando a isenção acima mesmo emcaso de deposito e commereio em gros-so, nas ruas Alvares Penteado, Qul-taiida, Marechal Deodoro, Esperança,Carmo, Quartel, Quintino Bocayuva,largos ele S. Bento, Sé, S. Francisco,Carmo, Payssandú e João Mendes.

Art. 3-. Não gozarão elas vanta-gens do artigo anteeendente as con-strucções que tiverem menos do seismetros de fronte, quando a fachadanão acompanhar a de um elos prédioscontíguos em altura o estylo, que es-teja nas condições desta lei.

Art. 3'. Ficam prohibidas as con-strucções de casas dentro do perime-tro urbano com argamassa simples-monto de barro ou de saibro.

Art 4'. Ficam creados dois pre-mios annuaes do 10:000$, cada ura,para serem conferidos aos proprie-tarios quo construírem, dentro do mu-niclpió, os prédios mais perfeitos, ar-ohiteetonieamonto falando.

Paragrapho 1-, A partir de 1' docorrente, um desses prêmios se refe-rirá ás construeções concluídas de 1:de janeiro até 30 de junho e outro ásconcluídas do 1; julho até 3r do do-zembro. , ,

Paragrapho 2-, Para Isso, conclui-da a construecão, cada proprietáriodiriRlr-se-lia á Prefeitura, declarandoconcorrer ao prêmio.

Paragrapho 3'. O julgamento com-petirá a uma eommissão do tres cn-g-riheiros reconhecidamente aptos ajuizo do prefeito e por este nomeados,tendo esses engenheiros voto dolibo-rativo e o prefeito voto de desem-pate.

li'. Em cada um dos con-ao archltecto do prédio pre-na fôrma do artigo anterior,

completa-quadro.

rómos em varias no-sua viagem, o a ri islã

ou os grandes museus de algumasprineipaes onpitnosturopéas, fi-

em Paris, ondo

Art.cursos,rrilaão,caberá lambem o prêmio do 3:000$, o

do prédio classificado em 2'

ei'festas ele confraternização realizadasom SanfAnna do Livramento, ondeforam onthusiastieamenle acclamadosos nomes do general Pinheiro Macha-do, Drs. Borges de Medeiros e Bar-bosa Gonçalves o á memória do Júliodo Castilhos.

Juiz do Fora, 7.Os lavradores realizaram hoje a sua

segunda reunião, sob a presidência doSr. Duarte de Abreu, presidente daCâmara, e com a assistência do sena-dor Antônio Carlos, representando opresidente do Estado.

Ficou resolvida a fundação de umsyndicato agricola, que so denominaráSociedade Aerricola Mineira, destinadaprincipalmente á propaganda elo café.

A sua directoria ficou assim consli-tulda: presidente, Cândido Fortes; se-cretario, Eugênio Teixeira Leite; tbe-soureiro, Alexandre Aranl.es; conselho,llr. José Joaquim, Dr. Procopio Tei-xoira. commendador Pedro Procopio ecoronel Antônio Bernardino.

Foi approvada a representação aos

a bordo sua fa-imigos, collegas e

., seus, a quem 0 artista fezservir uma laça de cbampagne, numdos grandes salões daquello paquete.

Em seguida, a lancha "Ilasselmann",gentilmente cedida pela guarda-moriaela Alfândega, conduziu o artista e osque o foram receber para S. Domin-gos, onde, em sua residência, Parrei-ras lhes nffereeeu um lauto almoço.

A mesa, em féirma ele*U, foi armadano grande atelier que o artista deixouconstruído ao partir para a Europae onde vai armar a tela em que temde ser pintada "A conquista do Ama-zonas".

no ..gar, o prêmio de 2:00fi .000.

Art. 6'.. Os prédios que forem con-struidos nas ruas da Esperança, Car-mo, Quartel, Quintino Bocayuva, Vin-te o Quatro de Maio, largos de SãoFrancisco, Carmo, Republica, Pays-snnelú e praça João Mendes, sempreque forem de mais de um pavimentosobre o solo, gozarão das vantagensestabelecidas nos arts. 1:, 4: e 5:, oseus parngraphos.

Art. 7-, Não gozarão dos favoresda presente lei os proprietários ouarrendatários elo prédios ou terrenosquo forcarem a Câmara a recorreraos meios judlciaes, sempre quo ospoderes públicos municlpaes visarema regularização de alinhamentos oualargamentos das ruas e praças acimamencionadas.

Art. 8-, As vantagens constantesdos artigos antecedentes não compre-bondem as edificações cujas plantasjá estejam pendentes de approvacão.

Art. 9-. O prefeito mandará ã im-prensa todos os oomeços ele mez, nsdisposições do art. 1:, com a obser-vaeão de quo, findos os prazos, nãopoderão os proprietários gozar dasvantagens ahi estabelecidas:

Art. 10-. Fica o prefeito autorizadoa nbrlr no exercício financeiro o cre-dito de 3.0:000$, para o cumprimentodo disposto na presento lei, fazendoas necessárias operações do credito.

No "Monthly Magazine" Mr. Ber-nard S. Gilbert consagra um intores-santo artigo aos problemas que susci-lará em breve a machina de voai o 0.extraordinária revolução que elle. ine-vilavelnicnte produzirá no mundo.

—Creio que num íuturo inimediatovoaremos, diz Mr. Gilbert. E em se-"Uida a este postulado conciso pro-cede ao estudo ela fôrma PrWf*-^revestirá a viação aérea Que d., eitossão os dos balões aeroplanos e-.outiasmachinas voadoras ao livre transitonos aros ? A propriedade particular os-tende-se no sentido vertical até^o .cen,tro ela terra'formando um n imenso<;ono subterrâneo. Acaso estende tain-bem para cima os seus limites ate OSconfins do universo ou nao possue cm-sa alguma da almosphera o propue-tario da terra. „i,i„„ir,

Poderá porventura um yehlcuioaéreo carregado de passageiros pairara pequena altura sobre a propriedadedo um homem, devassar com olharescuriosos todos os seus recantos, me-tralhar com garrafas vaslas os seuscanteiros de flores o "embestar oInfeliz sujeito alé a exasperação ?

A questão está ainda por estudar.Mr Gilbert entendo que o traficoaéreo terá de ser regulamentado comoo foi o dos automóveis.

"Logo que os automóveis perderama sua novidade e se tornaram bastantenumerosos para o publico sentir quanrto incommodativos podiam ser, levan-tou-se um grande clamor de protesto;mas isso não foi nada em comparaçãodo tumulto ensurdecedor que atroariaos ouvidos do nosso recem-nasclde, ao-ronauta. O automóvel ainda tem umcerto direito a circular nos caminhoso ruas, mas que direito tem o aero-naüta a estacionar por cima das nossascabeças ?

Que incessante origem de reclama-ções e ele pedidos de indomnização porferimentos, estragos e prejuízos causa-dos por objectos que desabam sobrea cabeça das pessoas ou sobro o te-;lhado (ias suas casas, pelos cabos câncoras que devastam ns jardins, pe-Ias faiscas que incendeiam as medas dotrigo ou elo feno; pelos gazes náusea-bundos que eriipestárii a almosphera,pelo petróleo que pinga do motor, pe-Ias descidas voluntárias ou necidentaesoperadas em loeaes reservados ! E osestropidos infernaes que, rebentandopor cima das nossas casas, nos hão deacordar alta noite em sobresallo edesencadear pânico entre os cavallosdas nossas cocbeiras ! Milhares de con-trariedndes o scnsahorias análogas soannunciam já como a vanguarda dafrota, próxima das aeronaVes."

M. Gilbert consagra uma parle dnseu artigo á viação em tempo de guei'-ra. e prova que o aeronauta não está;como se poderia imaginar no abrigodo monos perigos do que qualqueroutro combatente. A defesa ha de cre-ar meios de resistir ao ataque e de oequilibrar."O aeronauta atacante, eombalen-do contra o vento o manobrando emvarias direcções, afim de se acercar omais possível elo seu objoctivo (pois.antes de muito tempo ainda não lheserá possível parar ou estacionar naa.mosphefa), corre o risco de apanharuma bala, do ver o-seu apparèlho foi-to em pedaços, em summa, de sermorto por um variado numero de sy-steinas.

Mit perigos o ameaçam,quer de cimaquer do baixo, até ciue a esquadra in-cumbida da defesa, seja distruida, ha-verá combates incessantes no espaço,principalmente por moio de choquesou colisões' aeroas.

Um dos engenhos da. guerra, cujacreação so manifesta imminente éirmã. fôrma espr inl elo avladòr-guár-da, empregado para a defensiva o con-slruido para pairar a. grandes alturas,provavelmente recebendo da terra aenergia eleetrica por meio do um tio ¦ ocapaz de estacionar nos ares duran-te período indefinido. De dia me tra-Ihará as aeronaves inimigas, serviu-do-se ele um canhão ligeiro, cujos pro-joctis serão fusiformes ; e de noite es-qundrinhará o horizonte por meio dopoderosos holophotes."

Além disto, a defesa empregará, ca-nhões verticaos de granelo comprimentosemelhantes na fôrma a metralhado-ras contra o granizei empregadas pe-los vinliaiteiros de Bordéos o dá Cali-fornia e disparando pròjectis gigan-tes de alta velocidade inicial, destina-dos especialmente á destruição dosaeroplanos. E também se empregarãoreflectores gigantes para paralysar osaeronautas."A" medida que a aviação se íOrdesenvolvendo haverá paragem naconstruecão elas outras classes de ar-mamentos ; as potências deixarão doconstruir couraçados e fortalezas, poisse tornará evidente que qualquer su-bifo aperfeiçoamento na aeronáuticapôde ,dar vantagem decisiva aoataque sobre a defesa... Tté agora álucla entre a offonslva e a defensivatem-se equilibrado maravilhosamente,o a todos os engenhos revolucionários,como o canhão ele tiro rápido e o tor-podo, os differentes paizes têm oppos-tos meios defensivos que permlttcmannular ou contrabalançar-lhes os ef-feitos. Mas ein aeronuatiea, um pe-qúerio progresso podo a todo o instan-te deslocar uma preponderância deci-siva em favor ele um combatente in-ferior e mesmo fraco."

Quando a aviação for um proble-ma praticamente resolvido, offereeer-sc-lião innumeras hypothesos quo hado ser necessário encarar.

"Por poderosa quo soja a frota área,da Inglaterra, não haverá moio de evi-tar quo um inimigo determinado ope-re um "raid" nocturno contra Lon-dre desastres cujas conseqüências arazão so recusa á calcular.

Imagine-so o nosso cidadão britanni-co, bem alimentado, até hojo isentonunca soube o que ora uma invasão,de nariz para o ar, interrogando an-ciosamente, imaginando a todo o, ins-tanto ver surgir uma sombra amea-çadora. Do dia o ele noite, achar-se-ha exposto, ao mais imminente perigo.Todo o paiz, experimentará á agonia,a ancieilado de uma cidade assedia-da. .. A aviação está destinada a sero mais poderoso argumento em fa-vor ela paz, e assim como as primeirasexperiências do veio humano já fize-ram suspender em parto os nossos ar-mamentos, assim lambem os seus pro-grossos hão de suspender a guerra, e,mais tardo,, contribuir poderosamentepara a sua total abolição."

Desto trecho pareço eomprehen-der-se que a resolução do almiranteinglez do reduzir o numero dos cou-raçados, cuja construecão devia seriniciada este anno, foi devida em par-te os brilhantes resultados obtidos porSantos Duniond, nas suas memoráveistentativas de ha mezes...

Paragrapho 1. O juro a pagar nãodeverá exe. ler de 0 o)o o o typo li-'quido da emissão não será interior a90 olo, para o empréstimo interno, ou89 oio para o externo o amortizaçãomáxima de 2 o|o. ...

Paragrapho 2. Se o Juro for [nferlota 0 o|o; o t. po da emis.io poderá sertanibetri inferior, guardadas as mes-mas proporções entre o juro e o typoda emissão.

Art. 2. No caso de ser o empréstimocontraído superior a seis mil contos eleréis (0.000:000$) ou sou equivalenteem ouro. o excedente dessa sommaserá destinado á amortização ou res-„atè da actual divida do município.

Art 3. Revogam-se as disposiçõesems.C->__"/6

de julho de 1907-Nico-1.1o Baruel—Silva Telles —Horta Ju-nior—Sampaio Vianna." .

Esta autorização vem naturalmenteao encontro das negociações.que es Ufazendo no velho mundo o Dr. AntônioPrado, prefeito de S. Paulo, e a" quese referiram noticias publicadas ha

pouco.

Os duzentos kilos.O famoso grupo dos "Cem Kilos ,

que se julgava eomprehendesse as pes-soas mais corpulentas do mundo, loiultrapassado.

_éab'á de se formar uma nova as-sociação em Eeli.nbc.rgo, na qual o

peso do 100 kilos nao passa de ummínimo,, quasi humilhante, para. ,qsseus membros. Estes não ;consldeiamtal gente como gorda, estando mes-mo tentados a admirai-a como sendocomposta de pessoas esbeltas.

A média para os ndherentcs dosdois- sexos ao novo grupo, ô do maisdo 200 kilos !

Um "gentleman", que delle fazi parte Mr. Edward Bright, pesa 5S4 li-bras, e ainda não disse a sua ultimapalavra. Com effeito. conta 40 annosde idade, apenas, e prometle ter ain-da multo tempo para engordar.

Mais bello futuro ainda está reser-vado a uma joven lo\liina, que, emverdade, pesa presenlemente so 4^0libras; mas tem 20 annos o sao-lhepermittidas, por isso. as mais ma. ni-ficas esperanças. Mede cinco pés eseus pollegadas á roda da cintura, o

que lhe dá a mesma dimensão na lar-cura como na altura. _

A presidência da associação foi con-finda a um representante do rondadode Lincoln, verdadeiro phenomeno. detal modo gordo, que. sele pessoas deespessura média, podem, ao que pa-reco, entrar á vontade no seu fato.

Do Dr. Francisco de Paula Oliveira,1' engenheiro da comniissito ele estu-dos das minas de carvão de pedra doUrazil, recebemos o seu recente traba-lho sobre o "Aproveitamento^ dn car-vão mineral'», em que estuda as con-dicões da bacia carbonifera. que vai eloParaná ao Rio Grande do Sul, preoc-cupando-sõ, sobretudo, com o proble-ma da exploração do produeto.

Agradecemos o exemplar que tevea gentileza do nos enviar.

Fis os princípios do grande Caruso,contados por uma folha de Paris :

\os 10 annos cantava nas igrejascomo menino do coro. Era já, nesseobscuro emprego," uma espécie de pe-quena estrella. Cresceu á sombra doaltar e passou oito annos entoando lou-.ores ao altíssimo. A sua voz desenvol-vera-so e, inculta ainda, revelava, noentanto, aos conhecedores, uma granderiqueza de timbre o de sonoridade.

Aconselharam-no a levar a vidapelo canto e elle começou a estudal-ocom o mestre J. Verglne. Operário me.cariico, o joven Caruso salua da offi-cina para ir tomar lições. Davam-lhetoda a latitude para so entregar aoseu goslo favorito.

Mas o destino constrangeu-o a en-trar um pouco mais tarde, como pi-ca dor nas cavallariças do conde eleBar! Essa carreira, porem, nao lhe roífavorável A sua forto compleição nãolho permltliu iórnnr-so um "écuyer

razoável. Abandonou depressa essa si-Inação. ,,„„

Durante o tempo que passou a uo-tar, cavalgar e guiar cavallos, mura-vilbou os collegas por um inaudito ta-lento de assobiado!-, talento quo ainda

possuo e eom que regozija, muitasvezes, os seus Íntimos.

de Ouro, constituindo para esse fimcommissões na Bélgica, Hespanha,Autria, Rjissia.Inglaterra, Allemanha,Itália, França e Hollanda,

A exposição abrangerá o periodique vai de 1430 a 1598, data, da mortede Pbilippe II. Encontrar-se-hão alireunidos os brazões dos 23 capitulo;'da ordem, todos os retratos dos so.beranos que forem chefes o objectoíque lhes pertenceram ; todos os re-tratos dos cayallelros, chancellerostbesoureiros o ofliciaes ; os collares,emblemas e costumes ; eiuadros, illu-minuras, miniaturas, reproduzindo aiassembléàs; cerémonias, justas e torneios do Tosão de Ouro.

Paris envia á exposição ele Bruge(uma obra de arte excepcional: 4 4 mi,niátuças de Jean FouqUet. Entre es«ws miniaturas admiráveis salientam,se as que tém por titulo: "A entradisolemne de Filippe o Bom e da duque.za Isabel em Hruges", a "Assembléado Capitulo", o "Torneio do Epinette*e o "Danquete elo Faisão".

O imperador Francisco José apre-senta na exposição o thesoufeiro daOrdem, que encerra a série inteira doatrages o uma colleeção religiosa e quanunca haviam saída de Vlenna atéentão.

Pela sua parte, Affonso XIII poz fidisposição dos organizadores da ex-posição as relíquias, insígnias e or-namuntos pertencentes á coroa dn lies-panha. Doze dos seus alabardelros,commandados por um official, penna-necerão em Brusca durante a exposl-ção.

Os visitantes poderão admirar asmagníficas armas que usavam os ca-valleiros ou de que se serviam nasjuslas e torneios o as quo usavam naguerra. Vitrinas especiaes apresentameis diplomas, manuscriptos, sei los, me-dalhas, tapeçarias, moveis, objectos úearte antigos relativos á Ordem.

Como a exposição do Tosão de Ourerepresenta grandes riquezas, o edill-cio ô cuidadosamente gaurdado e vi.glado pela policia o guardas espe.ciaes.

A "Renascença".O ultimo nutnero da "Renascença."

é o que sa podo chamar um numeroperfeito. Dedicado ao Estado elo RiaGrande, cuja organização, recursos,pnizagens e figuras ele destaque fazdesfilar em uma série de artigos inter-essantes c de cxcellentes gravuras,presta á formosa terra elo sul serviçosuperior ao quo prestariam monogra-phiás do encommenda e photographlaSexportadas.

Aos que não conhecem o Rio Grand»aconselhamos a leitura da "Renasceu,ça" : é uma leitura que deleita pelsliuencia ela linguagem o pela nitideadas gravuras o quo a noção nítida doRio Grande com a sua producção .as suas luctas, os seus progressos e oiseus heroes.

Ha nelle um trecho interessante so-bre todos: é uma rerriinlscencia daguerra cisplatina—a morte, do maré-ehal Abreu, illustrada do retratos dopersonagens relevantes ela época.

Na dapa vem o retrato de Jullo deCaslilhos,emmoldtirado em uma repre-sentação elo trabalho do Rio Grande,o uma vista de Porto Alegro.

Instituto Histórico.Frredua-se boje no Instituto. I-lis-

loricoa recepção elo Dr. Alfredo deCarvalho, eleito a 7 de .iulho de 101;,e que somente agora toma posso da suarI"o

Dr Alfredo elo Carvalho é mndos bellos espíritos elo norte, tendo-scdedicado mais particularmente aos o.s-ludos do historia pátria o escreveutambém algumas curiosas monogra-pbias sobre imprensa. São da suapennn : "Jornaes Pernambucanos , AImprensa Bahiana", "Castro Alves emPernambuco". ".I.irasos e Palavras,"Diário do um soldado da Companhiadas Índias Occidenlnes", "Olinda Con-qul ..ida". "Diário da Expedição deAfathias Beck ao Ceará", "Nolas Do-minienes de L. F. Toltonare", "Es-

tudos Pertinmbiiennns". "O Tupy naChorógraphio Pernambucana". .

O novo membro do Instituto His-lorico do Rio de Janeiro é 1' secreta-rio do Instituto Archeologico Pernam-bucano e membro da Academia de Le-trás de Pernambuco.

E' engenheiro civil, tendo exercido,antes da sua volta para Pernambuco,diversos cargos na Central.

Os produetos da ultima erupção doVesuvio.

A parte solúvel do certas lavas éCpnstituida por traços de ferro, sul-fatos alcalinos, chloriiretos ele sódio ede potássio e, sobretudo, por chlorhy-drato de ammoniaco.

Os "lapilli", pedras lançadas pelovulcão, encerram lambem o terço deséu peso de sal ammoniaco: emlim,os outros produetos de erupção aquo-cidos com cal o soda dão em iimi.ni-niaco a quantidade de 130 a 300 milll-granimos, por kilo, de substancia.

Esta grande proporção de animo-niaco, que se encontra nos produeto.vulcânicos, proviria, segundo Sloklasada acção no seio da lava incandescen-le dos nitratos de silicium, ele aluml-nio, do ferro, de cálcio, de magnesio,sobre os alcalis.

Um outro autor, Henrich, constatouque a lava que se encontrava entraBoscÒtíecase e Torre de PAnnunzla-ta, emittia ainela fumaças carregadasele sal ammoniaco e de chloruretos ai-caiinos, tros* semanas apôs a expulsão,e elle acha quo estes saes proviriamde um deslocamento pelo vapor daagua supor-aquecida.

Conferências republicanas.Realizou-se hontem, a 1 hora da-

tarde, no theatro Carlos Gomes, a pri-meira elas annundadas conferênciasrepublicanas, sendo orador o antigopropagàndista Dr. Lopes Trovão, quodiscursou sobro o thema : "A Repu-blii.0 como ora, como é, foi o comodove ser".

O orador falou largamente, eom fo-licidade, por vezes, sondo bastante ap-plaudido.

O theatro estava completamentecheio, quer na plaléa, quer nos ea-marotos, notanelo-so nelle pessoas elorepresentação social.

A presidência das conferências an-nunclou a segunda para domingo pro-xhno, orando o Dr. Avellar Brandãoquo tomará para thema : "As ollgar-chlas".

lo-

Tapeçarias—Ouvidor 53—Tunes.

A hygicne nas escolas.Duzentos deputados inglezes aca-

bam de enviar ao director geral deInstrucção publica unuf representaçãono sentido de ser introduzido nas e3-colas primarias o ensino da hygienee da temperança. Os peticlonarlos,apoiados por mais de quinze mil me-dicos, são de parecer que ás crian-ças so devo ensinar tudo quanto serelacione com a hygiene o a tompe-rança, preferindo-se esto ensino áscomplicadas o fatigantes lições degrammatica, do geographla ou do his-toria, que serão reservadas para quan-do a criança estiver apta para recebei-

Referem ele Londres que chegara aVietoria, na. Colômbia britannica, acanhoneira Ingleza "Shear Wter", le-vando a bordo 30 subdltos inglezes,que estavam delidos nn ilha de Cala-pagos, no estado ele escravidão. Ha-viam sido contratados para trabalharpelo provernador desta, quo é generalno exercito do EoiKidor, pois per-tence a essa republica a mencionnduilha. Os 30 inglezes recebiam o equiva-lerile a 112 réis diários e eram obri-pados a comprar com esso dinheiro, aoseu contratador, as provisões do boca.Passavam fome e estavam sempre de-vendo dinheiro. Guando chegou á ilhao navio do guerra inerlez, o ceneraldesanpareceu. O governo inglez vaireclamar.

Cerveja americana—Casa Clausen.

Refere um telegramma elo Berlimque 13 habitantes de Siebonlolm, emSaxo, pertencentes ao corpo do bom-boiros voluntarios.estão presentementeencarcerados, por ter tentado destruirsystematicamente a sua cidade pelofogo.

Al legam, para sua defesa., que aMunicipalidade estava de accordo comelles e que não tinham outro fim se-não o de melhorar o aspecto de Sie-benlelin, obrigando as companhias deseguros a reconstruir as casas á suacusta.

Estes bombeiros ao inverso não sódeitavam fogo ás habitações, mas ain-ela velavam com cuidado ciue os in-cendios se não extinguissem. E aço-,lhiam á paulada os bombeiros das ai-deias vizinhas quando, ao clarão daschammas, acudium a algum fogo.

Tunes, Ouvidor, 53—Moveis.

Empréstimo municipal de S. Paulo.Na sessão da Câmara Municipal ele

S. Paulo, realizada ante-hontem, ascommissões de finanças o justiça, re"unidas, apresentaram o seguinte pro-jeclo de lei :-Art. 1. Fica o prefeito autorizado acontrair um empréstimo interno até áquantia do trezo mil contos de réis(13.000:000$) ou'o seu equivalente emouro, no caso de ser o empréstimo ex-terno. .

O novo Insllluto Cnrnegie.Em maio foi inautuirnclo em Pit-

tsburg o novo palácio do instituto,crendo em 1890, por A. Carnegie, paraauxiliar o desenvolvimento ela arte odas sciencias.

Uma somma. de 50 mil contos foiconsagrada ao Instituto,

Na vasta sala do palácio, que so elo-va perto de Phenley Park. a orchestraEmilo ,Paur far-se-ha ouvir periódica-mente.

O museu de historia natural, jã mui-to rico. poderá auermentar sempresuas còlleeçõos, que eoniprebendemgalerias de entomnlogia (inseçtos oborboletas), as mais completas domundo.

Todos os annos, umn. exposição elebellas-artes attrairã os artistas o os vi-sltantos. Tres medalhas de 1.500, 1.000e 500 libras esterlinas serão attribui-das ás obras julgadas as melhores.

A bibliotheca é rien ele mais de 250mil volumes; um lariro espaço é con-sagrado ás obras de historia nacional,ile^ sciencias ajjplicadas, de arçhite-dura, elo arte

"industrial e de moral.Fila publica um boletim mensal, umonnuario e catálogos por espeeialida-des.

A Grã-Brelanlin, a França, a Alie-manha o a Bélgica foram representa-elas nas festas da inaucrurncão elo in-stit. to de Pittsluirg. ns quaes sueco-dln na semana seguinte, em NovaYork, um congresso dn. paz, presididonnr Andrew Carneirle e no qual Roose-velt e Root tomaram a palavra.

O élo é inteiramente natural entreeslns festas da scieneln c da arte, e ofim ele todos os pensadores, a paz, quenão parece inaccessivel.

A exposição do Tosão ele Ouro.Bruges, com. o seu incnmparavd soo-

nado de casas antigas e palácios emque se ostenta em toda a sua bellezaa nrohltoctura medieval, vai servir eletheatro, como já tivemos oceasião eledizer, a uma dns mais Interessantesexposições de historia e de arte : aexposição do Tosão de Ouro.

Como se sabe. foi em Brúges quePhilippe, o bom, duque ele Rourcro-gno, por oceasião do seu casamentocom a infanta D. Isabel, filha doD. João T. do Portugal, fundou em1-130 aquella ortlom dn cavallaria.uma das mais illustros da chrlstan-dade.

Affonso XTU, o Imperador da Aus-Iria, o rei dos belgas, todos os mlnis-tros da Bélgica, o arcebispo de Mal-lines, os bispos ele Gsnd e de Bru-ges, o barão de Bélhume o o generalVinekenroy, governador da Flandresoccidenlal, foram os primeiros quo,com o barão Kervyn do Lettehhove,tiveram a idéa da exposição do Tosão

Os túmulos do Gutenberg.Um "touriste" visitou recentemen-

to Mogunciá. Depois de ter visto osmuseus e ns igrejas, tomou um tremque o passeou através ela cidade..Chegado próximo do theatro, o carroparou o o cocheiro, volfando-se para o"touriste", disse-lhe obsequiosainente,designando-llie uma, casa :

—Debaixo daquella casa está en-ferrado Gutonbcrg.

O estrangeiro conlemplou com re-speito a fachada do prédio; depois fezsignal ao cocheiro o o trem seguiu.

Mas, passados alguns minutos, pa-rou de novo. O cocheiro, sempre obse-quioso, voltou-se para o freguez omostrou-lhe com o Chicote uma se-gunda casa.

—E' ali—disso elle—que está o tu-mulo de Gutenberg.

No rosto do "touriste" vlu-so o ves-tiglo do esforço de um cérebro quetrabalha. Ao fim de um instante, creu-do ler coinpreliendido, o estrangeirodisso ao cicerone.

—Sem duvida é o túmulo do pai doinventor '!

O cocheiro abanou a cabeça e o cid-cote negativamente.

—E' o túmulo do próprio Gutenberg—repetiu elle.

—Mas já mo o mostrou em outraparte.—O primeiro que lho. mostrei c oda Sociedade dos Antiquados, o dossenhores doutores e professores; esPié o nosso, o da gente simples.

E acerescentou com ar seeptioo :—Talvez que Gutenberg não este-

ja nem em um, nem em outro sitio.E' possivel que o verdadeiro túmuloesteja em outra parte.

G. Courtolyou, que foi diroctor ge-ral dos correios elos Estados JJnldolantes de ser secretario rjo Tliesourofaz conhecer, em uma revista de No-va Tork, as fraudes da administra-cão postal nos Estados Unidos.

Estas fraudes o prevaricações sãosegunelo elle, numerosas, umas ha-bois e extremamente engenhosas, aroutras tão manifestamente evidente.'que ninguém tem direito de se enga-nar. -.

Elias provém tanto da improbidn-do do publico quanto da falta de cor,-scieneia ele certos empregados, porém,a autoridade pôde sempre reprlmtl-as,porque ella eslá sempre armada drmeios de acção e de verificação qu'as aclaram rapidamente. \

O dapartamento dos correios nor.Estados Unidos é com effeito de um?vigilância constante, como provam osnumerosos serviços, que elle presta ãjustiça na procura e descoberta ouprisão de criminosos, principalmentedos indivíduos que emittem cheque-falsos o outras operações commer-ciaes fraudulentas, etc.

Seu concurso não foi menos precisona suppressã.. das loterias, da litera-tura obscena, da publicidade criml-nal, do certos annuncios de jornaesquo só tem por fim causar um pie-juizo matéria, o mural ás suas vieU-mas.

Page 3: memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1907_08313.pdf · m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^

BfflMW___

O PAIZ — SEGUNDA-FEIAR, 8 DE JULHO DE 1907

Os nossos csperantlstas vlo realizar,

no 13 a 21 do corrente, na sede da

Associação dos Empregados no Com-

mercio do Rio de Janeiro, um con-

c.so brazlleiro de esperanto.

jsto quer dizer, que já elles são mui-¦onhccem a necessidade de

lingua creaZamenhoff

gre

tos, e recgystematlzar o ensino da lingua crea

da cm 1S87Realmente, pondo de parte a do jogo

bichos, não ha. no Brazil, noticiados

A temperatura, apesar do apparecl-mento do sol, que sé-estava vendendocaro ultimamente, conservou-se baixa.

Fez, ainda frio, nouve humidadeainda.

Basta dizer-se que a máxima foi de20.5 fis 2 % da tardo, e a minima 13.3ás 3 da manhã.

Mas o sol anima multo e por Issoencheu-se hontem a cidade, e enche-ram-se os theatros, coisa rara.

As ruas até á noite tiveram movi-mento e animação.

Foi um agradável domingo...

como a do esperanto,

Pe-Santos, Porto

ilo Itapemirim,idas ao Bra-

fundada nesta

a

de propaganda9U0 no espaço de um anno se hou-

(,0Ssc desenvolvido tanto,

Actualmente, existem nada menos

fle' onze aggremlaçÓes esperantistas.

nesta o nas cidades de Nitheroy,

tropolls, Campinas,Alegre e Cachoeira,todas, ou quasl todas, filiadas ao Bra

,ila Kltibo Esperanto,C01,ilal em 29 de junho do 1900.'

i,;Sse club tomou, naturalmente

vanguarda da propaganda. Ja reali-

S50U doze conferências publicas e man-

tem diversos cursos gratullos.Estão publicadas duas grammati-

cas do esperanto, escriptas por bra-

jileiros, uma do Murillo Furtado, um

Aos representantes do Brazila Klubo

no 2' congresso universal, realizado

nn Suissa em agosto do anno pas-

Bado, e outra de Alberto Vieira e Loo-

nel Gonzaga. Além dessas gramma-liras, ha, em portuguez, um manual

{,,. propaganda, traduzido por C. Cou-

Unho.Publlca-se nesta cidade (Livraria

Luso-r.rnzileira, de M. Piedade & C.),, «Brazila Revuo Esperantista", cujo

;;• numero foi j.1 distribuído. Esse pc-.Indico tem sido muilo elogiado no

ftjtrangelro.

Ha, pelo menos, duas pessoas queacham ser o guarda-chuva para maisalguma coisa quo o resguardo dachuva.

Antonio Machado Coelho, porquenão gostava do sou vizinho ManoelJoaquim Ribeiro (ou por outro mo-tivo qualquer) deu-lho com o guarda-chuva na cabeça e no sobr'olho es-quo.rdo, ferindo-o nesses dois loga-res.

Foi isso na rua Senador Pompeu, ea policia do distrlcto, que é o 2-, ehe-gou a tempo-de metter o aggrcssor noxadrez.

O outro chama-se Carlos Passl Fl-lho.

Por causa de um puxão de orelhaque Carlos Rodrigues da Cruz dera emum irmão delle, Passl dou-lho com oguarda-chuva, e o feriu na cabeça.

E foi fazer companhia aocomo elle, preso flagrante.

escolar do Estado, o Sr. secretario doInterior solicitou dos agentes executi-vos um quadro das escolas croadas omantidas pelas respectivas câmaras,contendo os seguintes dados :

a) a localidade da cadeira;h) o nome do professor;c) a categoria da cadeira, se está

em dlstrlcto ou povoado;cl) o sexo a que se destina;e) a habilitação do professor* ,•f) o numero de alumnos matricula-

dos cm cada escola;g) a freqüência em cada um dos

mezes do presente semestre;h) o regulamento, ou lei que rege a

escola;i) qual a fiscalização a quo esta su-

jeita e quem a exerce;j) qual o vencimento do professor;k) como se etfcclua o pagamento.Cobrança da Prefeitura;O prefeito da capital lavrou hontem

contrato com 6 conhecido advogadoDr. Carlos Domiclo de Assis Toledopara encarregar-se da cobrança activada Prefeitura.

OS ACONTECIMENTOSDE PORTUGAL

A Ifi ni Lisboa i nm

outro,

IMItElMlCÀÇiO

A viagem do presidente do conselho.ao Porto

LISBOA, 23 de junho.

in

Saibam agora os esperantistas que[ul eu o primeiro escriptor que, na

Imprensa bràzileira, divulgou a exis-

tencla do esperanto. Recorram .1 col-

loção do "Paiz" de 1898, e leiam ainha "Palestra", de 12 de abril. Sô

oito annos depois apparocou na "No-

ticia" um folhetim de Medeiros e Al-

buquorque, referindo-se no esperanto.o meu artigo íoi provocado pelo 1'

numero do "IVespcrantiste", pubil-cado em Paris, naquelle anno, e do

qual me foi enviado um exemplar

pelo Dr. JaCome Martins Bnggi de

Araújo, que então residia e ainda resi-

ile em Petropolis.onde é presidenle doi'1'clropoliza Grupo Esperanto". Creio

bem que o Dr. Baggl do Araújo seja

o mais antigo dos nossos esperantis-tas.

Naquella "Palestra", a que se se-

gulram duas ou tres mais, escrevia

eu:"A rápida leitura do periódico e de

nina curiosa brochura que o acom-

panliou, na qual se acham alguns

extractos do dicclonario e da gram-matlea de esperanto, deu-me, sem queeu os procurasse, algumas noções que,60 me sobrasse o tempo, fariam de

mim um esperantista fervente.O caso é que o esperanto foi ga-

bado por Max-Müller, o maior l.in-

gulstn da nossa época, e recebeu elo-

Bios de Tolstol, Henry Phillips e ou-

trás nolabilldndes universaes.Tolstòí escreveu o seguinte: "O es-

peranto é tão fncll do aprender, queru. lendo recebido uma grammatica,uni dicclonario e alguns artigos desse

Idioma, consegui, ao fim do duas ho-

ras, se não escrever,' ao monos ler

correntemente essa língua". E* ver-

ilnde que nem todos tém a Intelli-

gencia de Tolstol. . .Não quero espraiar-mo em conside-

rações, que naturalmente se acham no

mimo de todos os meus leitores, sobro

d conveniência de uma lingua inter-

nacional; limi(n-me, apenas, a recom-

mondar o esperanto, quo sairá, esporo,

rlctorloso da propaganda em que se

ichil empenhado."Depois de escriptos esse c outros ar-

.'Igos, comecei a receber tantas car-

:as e tantas publicações sobre o espe-•auto. que resolvi calar-me, para não

nugmentar a serie dos meus trabalhos.,1., então eu era.como hoje, um homem¦.supadisslmo.

SAMTA C-.SftDE MISERICÓRDIAProcedeu-se hontem, na sala das

sessões, .1 eleição do provedor, mesaadministração o mordomias, que têmde servir no anno compromissnl de1907-190S, dando o seguinte resul-tado:

Provedor, Dr. Miguel Joaquim Ri-beiro do Carvalho, c escrivão, Dr. Ma-noel Álvaro do Souza Sá Vianna, una-nimemente eleitos.

Mordomo da thesouraria, conde deFigueiredo (reeleito); 1' mordomodos prédios, commendador AnlonioValenlim do Nascimento (reeleito);2-, condo do Villeia; 3', FridollnoCardoso; <t-, Dr. Antonio José do Li-ma Castello Branco; tf, commenda-dor Arlstides Alves da Silva: mordo-mo do hospital geral, Dr. José CarlosRodrigues (reeleito); mordomo da ca-pela, DtvZeíérino Ferreira de Faria;mordomo do contencioso, conselheiroJoaquim da Cosia Barradas (reeleito).

Conselheiros de mesa: mordomosdos presos, Dr. João Victorio Pnretoo Dr. José Freire Parreiras Horta;escrivão do Recolhimento, EugênioJosé do Almeida o Silva (reeleito);escrivão da Casa dos Expostos, Dr.Américo Firmiano de Moraes (reolet-to); Dr. Lauro Sevorlano Müller;visconde de S. João da Madeira; mi-nistro Manoel José Espinola; conso-Iheiro José Gaspar da Rocha Junior(reeleito); commendador Júlio Al-horto da Costa; Joaquim Nunes daRocha; coronel Dr. Feliclnno Benja-min do Souza Aguiar; Rodrigo Ve-nanclo da Rocha Vianna (reeleito);almirante Duarte Huet Bacellar PintoGuedes (reeleito); desembargador Af-fonso Lnpes de Miranda; José Morei-ra Barbosa.

Administrnçõos: Casa dos Expostos—thosoureiro, Luiz José dos SantosDias (reeleito); procurador, AntonioMendes Monteiro ; Recolhimento dasOrphfis — thosoureiro,' Joaquim daCosta Vieira Mendes; procurador, Ad-jalma Eduardo da Costa Araújo'(reeleitos);

Asylo de Santa Maria—mordomo, Antonio Dias Garcia; Hos-picio de Nossa Senhora da Saúde—mordomo, Dr Oscar do Macedo Soa-res- Hospício do S. João Baptista—mordomo, conselheiro Salvador Piresde Carvalho Albuquerque; Hospíciode Nossa Senhora do Soccorro—mor-domo, Dr. João Caetano da Silva La-rn (reeleito); Asylo da Misericórdia—mordomo, commendador Júlio Ccsarde Oliveira (reeleito); Asylo de SaoCornelio—mordomo, Dr. HenriqueCezidio Samlco; cemitério do S. Fran-cisco Xavier—mordomo, EvaristoValle do Barros (reeleito); cemitériode S. João Baptista—mordomo, Dr.Franklim Ferreira Sampaio (reeleito).

A invenção das niucliiuas ile escreverO "Jornal do Commercio", do Ma-

nãos, om minuciosa noticia, reinvidicapara o Brazil a invenção das machinasdo escrever, tidas alé hojo como con-cepção norte-americana.

Tal qual se deu com os aeroslatos,foi um padre brazlleiro quem inventouo fabricou a primeira machlna de es-crever, em 1SGG ou 1867, e cm ambosos casos a prioridade do invento loltomada por estrangeiros, por descasodos governos da época ; com a ditfe-ronca, um pouco mais grave, do que,no êaso da machlna de escrever, naohouve apenas o aproveitamento ou arepetlcja.0 do uma idéa já publicada,mas um verdadeiro caso de galuniceindustrial, muilo fácil de se dar emum tempo em que os brazileiros naotinham adquirido a educação o a ex-porloncia do ulllllnrlsmo actual.

O Inventor da machlna de escrever,assegura o "Jornal", do Manáos, foio padre João Francisco de Azevedo,natural da Parahyba do Norte.

Leccionava o padre Azevedo no Ar-scnal de Marinha, em Pernambuco,acompanhando com devolnmento osprogressos da mecânica. Ali apresen-tou, pouco depois, um engenhoso ma-chlnismo pnra escrever, todo con-struldo do madeira.

Amigos, entre elles o Dr. AntônioManoel de Aragão e Mello, que foideputado geral pela cx-provincia,com-mendador Antônio Joaquim do Mello,maravilhados das vantagens e pro

iXPOSICÁO NACIONAL DE 1908Do gabinete do Sr. ministro da via-

ção recebemos o seguinte communi-cado: , „"O art. 10 das bases hontem publi-cadas é assim redigido e não comofoi impresso :

"Os Estados poderão construir pa-vilhões especiaes para propaganda deseus produetos. comtanto que peçam areserva do espaço necessário o apre-sentem a planta completa do pavi-llião, antes de 31 de dezembro, sub-mel tendo-a á approvação da autori-dados competente."

*.*.

A' policia, do 4' districto communi-cou o Sr. José Baptista, alfaiate fi ruaila Alfândega n. 214, que os larápios,lurnnle a noite passada, lhe haviamfurtado dez pares de calças, sendo duaslinda em corte.

Foram tomadas providencias.

NOTICIAS DE

doao

AT.H8JP LLADOA carroctnhâ de collecta n. 19,

3orreIo Geral, ao passar hontem,meio-dia, pela rua Sete de Setembro,itropellou um cavalheiro que, descul-Jadamento, atravessava a rua.

Transeuntes o a policia de ronda no!• districto acudiram ao ferido, queiprcsentava contusões nas pernas, mas. conduetor do vehtculo conseguiu fu-Rir levando-o fi disparada dos animaes.

O ferido, que recolheu-se, om carro,1 sua residência, é o Sr. Joaquim daCosia Barradas, 1- esérlpturarlo., unEstrada do Ferro Central do Brazil, oresidente á rua Maria Eugenia n. ...

i_NTOft(YPf_Pül .1 ll-LlUJL UL IUGaSob o crime macabro de uma mu-

lher, que em um dos distrielos de SaoPidelis matou, esquartejou e comeu ço_-ti.!,, com mandioca o próprio hino.) correspondente da "Gazeta do Povoluo acompanhou a viagem do secreta-rio geral do Estado pelo norte 1111-ninense dá detalhes interessantes, quelug.nentam o horror o a indignaçãojue causaram aquelle incrível dellcto,

o correspond»iite em questuOyteveoceasião de ver na cadeia de S. Fido-lis, ao passarem poi áquella cidade, a

liuerrògiindo-a sobre o monstruoso.rime. disse-lhe ella que-o commetteraforçada pelo seu amasio. Não expli-rmi ella porque, mas parece que setraia de uma dessas vinganças fero-tes de amante .Iludido, que sft muitotarde so convence de que criava umalho que não era seu. Esse indivíduotugiu.

Não se sabe. nesse caso demoníaco,puni mais indigno n sem alma: sea amaine que diloii tão perversa dos-forra, se a mal miserável que se sub-órdlnou, mesmo pelo temor, a esseacto.

No caso foi envolvido como cúmpliceom outro Indivíduo; mas, tendo sidoreconhecida a sua innocencia, foi

ito.

O tempo.A chuva, a chuva tnnupportavel e

Impertinente que acorda rheumntlsmoscheios de dor e tédios adormecidos,deixou-nos hontem para bem do todos6 felicidade geral... dos transeuntes,que se viram obrigados duiipnte estesÚltimos dias nos saltos mais perigosospor sobre as poças iVagua e a prodl-gios de equilíbrio para não se achata-rem na lama suja das rua

Assassinato de um militar.O "Minas Geraes", órgão officlal

rios poderes do Estado, desmente anoticia publicada por um diário ml-neiro, c trnnscripta em outros jornaes,do assassinato do capitão PauloCunha, delegado militar em Passos.

Escola de Odontologia.Está marcada para tf dia 14 do cor-

rente a inauguração official da Escolado Odontologia, de Bello Horizonte,recentemente creada.

O crime tio Pnr.innhji.n. -As ultimas noticias vindas do Carmo

do Parnnahyba.adiantam pormenoresdo assassinato do delegado militar nomunicípio, tenente Emílio Guimarães,oceorrido ali ha dias.

O tenente Emílio Guimarães dirigia-so a cavallo, acompanhado da sua or-denança, do advogado FredericoDuarte, o escrivão local e outra pes-soa, para uma fazenda, em- districtopróximo, onde Ia effectuar uma dili-gencia, quando foi assaltado om ca-ininho, de emboscada, por um gruponumeroso chefiado pelo coronel Theo-philò do Deus Vieira, chefe poliiic"e agente executivo municipal, o qualatirou sobro elle c os companheiros,morrendo o officlal e a ordehança', oescapando illesos os outros.

O crime prèndo-se ás extremadaspaixões poliiicas que Imperavam, hamuito, no Carmo do Pnrannhyba oquo fizeram o governo destacar paraali um officlal da brigada de policiacomo .delegado, para mediador justo,nas questões locaes. O tenente Gui-moraes cc-vo de enfrentar com o chefepolilico, de cujo arbítrio se queixa-vam os contrários.

Occorreudo nesse tempo o assas-sinato do coronel Sablno de DeusVieira, pai do coronel Theophilo Viei-ra, poucos dias antes do assalto emque foi victimndo o official, attribui-ram a este' connlvencia no crime, eIsto parece ter influído para o san-grenlo desfecho.

Outras pessoas informam que, ten-do sido expedido mandado de prisãopreventiva pelo juiz contra o coronelTheophilo Vieira por um crime queficáfa Impune, estando o processo pa-radó ha mais de anno, c dispondo-sco delegado militar a fazer etfectiva aprisão, aquelle chefe politico o fizeramatar. , ¦

Na emboscada do Parannhybn, tevetambém parte destacada, segundo in-formam ao "Araxá", João GualbortoPereira, pessoa de boa situação noCarmo do Paranahyba.

A instrucção no Estado.

Instalou-se na sexta-feira, ás 0 ho-ras da tarde, em Juiz do Fórn, con-forme estava annunciado, a escolanocturna estadoal, para operários.Presidiu-a o inspector escolar Bel-miro Braga.

A escola, que é dirigida pelo com-petente educacionlsta Sr. J. Paixão,possuo já elevado numero de alu-mnos. ,

—Na cidade do Pomba vai ser ad-quirido um prédio para o grupa' cs-colar ali creado.

veltos para a instrucção popular, lou-varam e induziram o padre Azevedoa que recorresse ao governo goral.alnudo obter um auxilio rara que puzessecm pratica o seu invento.

O governo de então, multo poucointeressado em animar as artes o alemesmo as loiras, entendeu ter feitotudo mandando chamar o padre Aze-vedo á Corte, levando o seu impor-tanto Invento para ser exhibldo naexposição nacional.

O ministro, marquez de Olinda, re-conhecendo as vantagens do mnchl-nismo, condecorou com medalha üeouro o padre Azevedo.

Não lhe deu, porém, qualquer quan-lia, quando tudo servia ao Inventor,notoriamente pobre. Eis que um es-trangeiro, vendo o desprezo do go-vorné. pela Invenção, convida o padreAzevedo para ir com ello até was-hington, afim de oxpôr a sua ma-china ; pagava as despezas da viagemo estada emquanto apresentava o seuinvento. Reconhecida as vantagens noBrazil e na America do Norte, elle seresponsabilizava por todas as despezaspara. preparar em aço o mesmo ma-chlnismo, que se compunha do peçasde madeira.

O adro Azevedo, despreoecupado dointeresse, acreditou, o com as devidasseguranças, entregou-lhe todo o soumachiriismo, com as explicações ne-cossarias para trabalhar.

Tendo-se esse indivíduo apoderadoda machlna e das explicações parafunecionar, encaixou todas as peças eentregou a um seu palricio paro. re-produzir e fabricar em metal todasaqúellas peças de madeira, o que feito,abriu venda de machinas de escrever.

Apregoada a machlna no oslran-geiro e já lendo chegado algumas abBrazil, devolveu então o primitivo mç-cinismo, oceutando por lá peças maisdifliceis, receoso tio que o pobre In-vontor protestasse contra a conlrala-cção.

Poucos annos depois falleceu o re-ferido padre Azevedo, em casa do Dr.Antônio Manoel do Aragão o Mello

Antes de ir á Corte, porém, o padreapresentou o seu apparelho á Expo-sieão do Artes e Oftlcios, de Peruam-buco, onde foi examinado o reconhe-cido como superior invento, pelo juryde 1SG7.

Pnra quo se possa avaliar da per-feição do mecanismo do apparelho dopadre Azevedo, comparando com nsmachinas da industria moderna, quepouca alteração têm, eis o que diz umafolha de enlão, cuja noticia o Jor-nal", de Manáos, reproduz :

"O apparelho, que apresenta umpequeno volume, é de mecanismo re-lati vãmente simples. O systema geraldelle é quasl Idêntico ao dos planos,Isto é por meio de um teclado con-venlenlemente adaptado, consegue-setrausmitlir ao papel os caracteres cor-respondentes, formando palavras, 11-nhasi pàragraphòs; emfim, a escrlptaregular de uma ou mais paginas.

O leclndo eslá disposto em qunt roteclapequenas carreiras, tendo cada

a indicação de urna letra ; assim, p#ois,tocando-se em uma lecla, a letra cor-respondonto vai imprimir-se no papel,que se envolve e deslisá por um rolono cimo do apparelho. Para a sepa-ração das palavras, basta tocar emuma pequena régoa, collocada aofundo do teclado. .

A mnchina opera uma seri.c do 11-nhas, escriptas com a necessária ro-gulnridade, bastando para a mudançade uma linha á outra o carregar-seem uma espécie de perlal idêntico aodas machinas de costura. Os cara-cleros da escrlpta são idênticos aostvpos graphicos.

Vê-se, pois, que uma pessoa bemamestrada e expedita no manejo çl.oapparelho pédo escrever com summarapidez o clareza.

O papel a empregar nesta escrlptapôde ser qualquer, não sendo neces-saria outra operação para a impressãodo que adapta .ò ao rolo, que corre ,imedida que a palavra vai sendo es-cripta. A largura do papel pôde seide tres n oito polegadas o o compri-mento de uma polegada, ate um rolo,

A machina per-

A viagem do Sr. presidente do con-selho de ministros ao Porto realizou-se no dia 17.

O quo foi essa viagem a que mereferi na carta anterior, pede avaliar-so pela carta do collega que transmitteao "Paiz" as noticias do norte de Por-tugal.

Aqui, a partida foi um apparato deforça que deixava bem prever os acon-tocimentos dos dias seguintes, aconte-pimentos que ninguém sabe quo des-fecho virão a ler.

O Sr. João Franco ouviu na "gare"um "viva o marquez do Pombal mo-dernol"; mas a resposta foi imme-iliata: "Morra o dictador ! Viva a 11-herdado !".

E o quo foi a viagem, essa viagemom quo todas as estações de Lisboaao Porto estavam guarnecidas do for-ças, para lá mandadas pelo ministroda guerra, que antes fora chefe doum dos serviços da Companhia Realdos Caminhos do Forro, está descriptanos telegrammas que o "Novidades"publicou e quo estampo em seguida :

Santarém, 17—Em Villa Franca deXira estava uma banda de musica.Em Santarém não havia viva ulmana estação á passagem do "sud-ox-press".

Entroncamento; 17—A' chegada do"suil-oxpress" alguns frahquistas, ásordens do Sr. Sommer, lizoram mani-feslações ao chefe do governo. Contra-manifestação Imponente.Diversos con-íllctos com a policia, em virtude dosquaes foram feitas algumas prisões.Na estação havia quatro bandas demusica.

Alfarellos, 17—A' passagem do"sud-express" houve uma imponentemanifestação contra o chefe do go-verno, cuja viagem tem sido um ver-dâdelro desastre. Assobios, vivas á li-herdade e morras ao absolutismo. Osmanifestantes pegaram ao collo o Dr.José Jardim, chefe do partido rege-nerador, na Figueira da Foz, o o es-tudánte Cautella, um dos acadêmicosintransigentes, e victoriou-os com cn-thuslasmò". Procurou-se abafar a ma-nifestação, fazendo tocar as bandas demusica! Mas tudo foi inútil.

O Dr. José Jardim avançou, de ben-gala em punho, para a carruagem cmque vinha o chefe do governo, sendodetido pelo tenente-coronel Dias, queaqui está com uma força do 40 guar-das da policia de Coimbra.

Coimbra, 17—Os governamentaestinham preparado manifestações aopresidente do conselho. Mas a contra-manifestação foi imponentissima, che-ganflo os franquistos a perder a sere-nidade. Quando o comboio entrou nasagulhas da estação, houve assobios eapupos ao chefe do governo, vivas áCarta e á liberdade e gritos de"Abaixoo dictador" I enthusia-sticamente cor-respondidos. Foram effectuadas algu-mas prisões, entre as quaes a do me-dlco Tnvolra e a do commerclanteJorge Ferreira. A* partida do comboiorepetiram-se os apupos e os assobios.A manifestação, preparada de longailata,redündou num desastre tremendopara o franqulsmo.

Um grupo do alumnos do CollcgioMondego apresentou ao ministro umarepresentação pedindo o indulto dossete acadêmicos riscados da Unlversl-dade.

Pampilhosa, 17—Acaba de passar ocomboio que conduz o chefe do go-verno. A estação está cercada detropa e do policia, que impediram asmanifestações na "gare". Estas, po-rém, roalizaram-so nos terrenos vizi-nhos, onde havia mais do soisconfnspessoas. O pessoal operário das fa-brlcas compareceu todo. Foram des-fraldadas algumas bandeiras negras.Houve vivas á Carta Constitucional e£L liberdade o gritos de "Abaixo a dl-eladur.a o o absolutismo!" Clamorprolongado durante a passagem docomboio. A manifestação foi do todosos partidos monarchicos e dos repu-bllcanos. Da Beira, vciu hontem multagente manifestar o seu desagrado aodictador.

A força militar, para melhor seoppôr a'qualquer manifestação dentroda "gare", formou junto do comboio,voltando as costas a esto.

Aveiro, 17—A' passagem do com-boio houve uma, grande contra-mnnl-festaeão do protesto, por motivo dosapplausos que os franquistns quizeramdar no ministro. A policia cffectuouIres prisões.

VIII» Nova de Gayn, 17—Chegou ocomboio com o presidente do con-selho. Alguns franquistns reunidos na"gare" quizeram dar vivas ao go-.verno, mns as opposlções romperamnm grando vozeria, acclamn.ndo aCarla Conslllucional o a liberdade odando morras á dicladura e ao di-clador. Durante alguns minutos a ma-nifestação foi imponentissima. A cadamomento se rccoiavnm conflictos sériosO presidenle do conselho, em face dagrando agitação, qulz falar da portl-nhola do vagão, mas a multidão naolh'o" pormiltlu, abafando-lhn a voz,com gritos hostis ao absolutismo evivas ao parlamento, á liberdade.áCartn, etc. O comboio partiu no meiodo um enorme- clamor contra o go-verno.

Espinho, 17.Ruidosa manifestação liberal á pns-

sagem do ministro. Foi preso o Sr.Monlenegro dos Santos, á ordem doadministrador do conselho.

"Paiz", o que rezemos som remorsos,dada a incalculável importância des-tes suecessos no futuro da vida nacio-nal. Pôde afoitamente dizer-se que adata da chegada do Sr. João Francoao Porlo, na passada segunda-feira, 17do corrente, marca o inicio do um pe-riodo talvez definitivamente revolu-cionario, visto quo os protestos do con-selho de Estado, das duas casas doparlamento o do centenas de cama-ras municipaes, contra a dictadura,enviados ao rei, nos termos mais cor-rectos, posto que serenamente ener-gleos, nenhum' outro resultado deram,do quo...serem atirados despreziva-mento para os limbos do ministériodo reino. Agora, ns opposições colll-gados, com grande satisfação da opi-nião geral, enveredaram por outro ca-minhò que ninguém sabe ondo pode-rá ir dar...

Narremos. , ,O Sr. João Franco saiu do Lisboa

no dia 17, no "rápido" que, ás 9 Vihoras da manhã, sao da estação doRocio, ondo os seus amigos lhe llze-ram uma despedida calorosa.. Na primeira paragem, em Santa-rém, só havia o elemento official naestação. Depois no Entroncamento, oSr Sommer, com os operários do suafabrica, (izeram-lho uma grande ma-nifestação do estima, almoçando elleali um opiparo almoço que aquelle ca-valhelro havia anteriormente encom-mondado. ,

Em Alfarellos, porém, é que o cal-vario do "messias" leve propriamenteo seu inicio, apesar das muitas mani-festacões de hostilidade a que as va-rins populações se haviam entregado,quando por ellas passava o comboiona sua accclorada marcha.

Pois, em Alfarelhos, pretenderam,os amigos do governo, com uma ban-ria de musica, fnzer-lhe uma manifes-tação de agrado. Uma enorme mui-lidão, cnlrc a qual numerosíssimos es-tudantes de Coimbra, romperam numabrava altitude de hostilidade, em sau-dações & Carta, á liberdade e em bra-dos contra a dictadura. Chegou a ha-ver ali rude conflicto com a policia,commandada polo tenente-coronelDias, da policia de Lisboa, mas actual-mente em Coimbra, como sabem, de-pois dos casos que determinaram aprimeira reabertura da Unlverslda.dc.

Depois, na Pampilhosa, a manifes-tação foi unanimemente hostil. NaMcalhada e cm Espinho, houve mani-feslações contraditórias, sendo presonesta ultima villa o notario Monte-negro dos Santos, chefe local dos pro-cressistas-dissldentes. Em Coimbra,lambem a contra-manifestação conse-guira dominar os partidários do Sr.João Franco, sendo presos o med coJullo Fonseca o mais tres ou quatroindivíduos. '

Por fim, em Villa Nova de Gaya, naestação Devesas, a ultima, antesde se chegar ao Porto, a manifesta-cão dos governamentaes foi violenta-mente desmanchada pela das opno-slOõOS, que, em clamorosos protesloscontra a dicladura, conseguiram co-brir os próprios sons da musica queali desaforadamente tocava.

Eis que o comboio entra na estaçãode Campanha. Estava no Porto ! Alitodo o pessoal do caminho de ferro,a postos, para a homenagem official.Uma girandola estrondea nos ares.A banda dos alumnos da ofllclna deS José, tendo á sua frente o Rev.Sebastião do Vasconcellos—que se dizestar escolhido pnra bispo de Porto-Alegro, sopra o hymno da carta. OSr João Franco assoma fi carruagem,desce á "gare" por entre palmas evivas de um numeroso grupo daquellafreguezia capitaneado pelo medicoChaves do Oliveira, o qual em nomedos lavradores de Campanha, Ramai:de o Parunhos, lhe pede a abolição doimposto sobre o vinho fabricado den-tro de barreiras, quo, tantas vozes,têm pedido som resultado. O Sr. JoãoFranco exulta. F/ a ancora do trium-nho que lhe haviam promcttido e comnue sonhara. Mais adiante, na estaçãocentral do S. Bento, em pleno cora-ção do Porto, seria o... cortejo cl.vl-°'

Mas o comboio ultimara as suasmanobras. O Sr. João Franco entrapara a sua carruagem o o comboioparte, apitando c fumegando, desap-narendo, em breve, na profundeza es-cura do tunnel. Uns minutos mais eestaria em S. Bento...

S Bento ! Tres horas e um quarto.O'comboio chegava pontualmente.Na "gnre" todo o elemento ofíicial, to-dos os officiaes da guarnição, umaguarda de honra da municlpal.empen-nachada, o a sua banda marcial, querompe com o hymno da carta. Iodoo franqulsmo portuense ali so via

os numerosos grupos das delegaçõesnrovincianas, de sobrecasaca o eha-

péo alto? alguns delles anti-dlluvlanos.A representação do clero é abundpsa.Uma calorosa salva do palmas, vivas,

ConvémS:notar que, para depois das

V- horas da tarde, toda essa gentecomeçou a eoníluir para a estação,

de Samodães, par do reino e o actualdecano da sua câmara; FranciscoJoaquim Fernandes, nnti.ro deputadodissidente e lente dn Universidade deCoimbra; JÓ5 i Baptista de Lima Ju-nior. ex-presidente da Cnmara Muni-elpal e chute cio grupo diusidente noPorto; José Augusto Correia do Bar-ros, par do reino prosies-ilsta; JoséDiogo Arroyo, retfenerador, lente daAcddemia Pólytechriicá; LeopoldoMourão, ex-governador civil, progres-sista; Manoel de Souza Avirles, ex-presidente da Câmara Municipal, ro-generador ; conselheiro Pedro X.Araújo, par do reino, ex-presidente daAssociação Commercial; Wenceslfto deLima, par do reino, ex-ministro d.isnegócios estrangeiros no ultimo gabl-neto do Sr. Hintze Ribeiro; Paulo JoséFalcão, advogado, republicano, etc,etc, etc.

Dizia esse protesto histórico:"Protestamos nos, cidadãos do Por-

¦to contra o estado anormal em quese' encontra a política e a administra-ção portuguezas.

A lei foi suspensa. Vigora apenas oarbítrio do governo. Em plena paz,sem guerra externa nem perturbaçãoda ordem interna, sem que no Parla-monto lhe faltasse maioria, o gover-no assumiu a dictadura—dictadurasem limites—politiea e administra-tiva. ,

Dissolveu a Câmara dos senhoresdeputados e, porque protestou, dissol-vou 6 1- município do paiz.

Ameaça dissolver a Câmara dos Pa-res e todas as corporações que se in-surjam contra a sua marcha Irregu-lar Inteiramente fura do caminho lo-

Sem fiscalização do poder legisla-tivo o, no intuito de lisonjcnr interes-ses, o governo todos os dias reformaleis e augmenta despezas, tentandoum verdadeiro suborno das diversasclasses soclaes.

A anarchia politiea, a anarchla fi-nanceira o a anarchla moral amea-cam a sociedade portugueza.'

Graves são as conseqüências quedimanam do tão estranho proceder.

Jfi o nnsso credito se abala nas pra-cas estrangeiras, c no interior a in-s-egurança é absoluta; Ninguém estacerto de um mandato quo lhe hajacondado o suffragld popular, A dieta-dura pédo arrnncar-lh'o.

Ninguém está seguro do que pra-tienr á sombra da lei: a lei desappa-roce com um simples traço de penna.A vontade do governo é lei suprema:e ou os cidadãos se submettem aosèu querer omhipòtehte, ou arriscamsituação o haveres. Àpòuèam-se as-sim os caracteres, até que numa rc-acção violenta so estabeleça a anar-chia.

Para a prevenir protestamos.Protestamos contra a vinda do che-

fe dn governo, em plena dictadura,o celebrar a sua obra nefasta dentrodos muros da cidade liberal, em edifi-cio consagrado ao ensino superior, queelle lançou também em plena desor-dem.

Cidadãos do Porto, representantesdaquelles que combateram pelas con-quintas llberaes.altlvnmente nos Insur-glmos contra o vilipendio que se nospretende infligir.

Nfco ha multo ainda, nesta nossaterra, o chefe do governo publica-mente se penitenciou de erros pasna-dos, profligando em phrase vehemen-te a dictadura quo exerceu, acoiman-do de inane toda a obra que sobre_ndictadura se levante. Aqui jurou naomais a prntlcar. A' sua palavra fa -tou Vcsttu-se do liberal para asssl-tar o poder; mas, obtido este, despiuo disfarce e arremessou o p-üz parauma dictadura sem razão nem prece-dentes, com Intuitos mesquinhos cperturbadora de toda a vida nado-nal.

A'quclle que hoje se encontra en-tre nôs, em nome dos principies llbe-raes, exigimos o cumprimento da féjurada. ,

Contra o prejuízo protestamos.Pugnando pelo respeito Integro da

lei, neste dia memorável, com o mes-mo enthuslasmo e a mesma convicçãoliberal dos nossos maiores, soleinne-mente protestamos ! "

Tal o brioso c altivo documentosyhthèse fiel de toda a acção o dctoda a obra governativa do Sr. JouoFranco, que de súbito, a seus pro-prios olhos a multidão enorme e com-pactn Içava cm bengalas ou agitaYiifebrilmente no ar.. .

para a Integridade do cada um. Quenegocio não fizeram inosperadamentaos chapeleiros em "cocos" e chapéo»mollés para os pobres "fieis" do Sr.Franco se livrarem da persegulçüqtrocista e Implacável!...

Entretanto, aproximava-se a horado famoso jantar. Pela praça de D.Pedro, Clérigos, Carmelitas, praça doaVoluntários da Rninhn, Carmo, em to-Jdas ns proximidades da Academia Po-lytechnica, emfiin, a multidão aceumu-"lava-se para ver passar os convivas 9o Sr. João Franco. Força de infante-ria e cavallaria municipal o policiaevoiuctonavam de constante nessespontos, fazendo numerosas correrias 4prisões até altas horas da noite. Houveferimentos, felizmente pouco graves,em populares, em policias, em municl-pães. róis, apesar disso, os "convivas",com "cartola" ou sem ella, quer fos-sem a pé ou em carro, eramápoupados 0 corridos á pedra, á ba-tata. Houve mesmo alguns, e não pou-cos, que foram mimnscados com sub-stanclas mal cheirosas, que os cavai-los dos trens nu os bois do trafego dei-xii-ram pelas ruas. Alguns não pude-ram mesmo assistir a,, jantar: o Dr,Teixeira de Vasconcellos; por exem.pio, de Amarante, que foi o primeirogovernador civil do l'urto nesta situa'ção. e quo, na Câmara dos Pares, foi Crelator do projecto do lei contra a im-prensa, actualmente em vigor. Essafoi mimosedo, fi sua passagem numpomposo lniiileau. ã rua dos CarmoU«tas, com unia formidável cartuchádarle excrementos humanos, que do talmodo o emporcalharam, que, vexndo.teve de voltar pnra Iras, dispensando.se dè comparecer ao banquete.'

Entretanto, o Sr. João Franco nãcpassava. O tempo adiantnva-se e jádecorrera a hora estipulada para abanquete, Nisto, correu que elle já láestava dentro. Com effeito, ò Sr. JoãoFranco não ousara atravessar a partocentral dá cidade. Num trem dirigiu-se para academia pelo trajecto que,pelo longo da Trindade, passa desde arua Formosa 8 pra.,, dns Voluntáriosda Rainha. Dois pollclncs, dispostos dadez em dez metros, formavam um ver-dadeiro cordão á moda... russa.

Foi assim que o dictador se atreveua sair para o festival, passando de talarte despercebido e Illudindò a curió-sidade e o "enthuslasmo" das &:&'.les. ..

** *

PORTO, 23 do junho do 1907.

por maior que sejarnitte ainda, uma voz cscripla umafolha do papel, tirar-se algumas cõ-pias pelo mesmo systema de pressão,actualmente empregado nos escripto-rios commerciaes.

As condições que o inventor da ma-china indica para rccominendal-u, saoas seguintes : legibilidade ; produz es-cripta legível, uniforme e agradável ;facilidade: podendo-so escrever semobrigar o corpo a lomnr uma posiçãoinvariável e incommoda ; economia.:fazendo uma pessoa com a machlnatanta escrlpta como duas pelo pro-cesso communi ; conveniência: nao hapennas estragadas, nem falta do tintaalterada pela evaporação, etc, e pôde-sé facilmente escrever no mar ou emcaminho de ferro, sem embargo daoscillação.

Vê-se, por esta descrlpção, feita em18G7 que é a mesmtssima machinade escrever actual e que gerou, porsua vez, o linotypo.

Sô em 1S70, nove annos depois dainvenção da machina do escrever, ap-pareceu a primeira em Portugal. NoBrazil não temos dados para precisara época do sua importação.

As notas que publica o "Jornal" fo-ram-lhe enviadas em carta pelo pro-fessor parnhybano Francisco do Assiso Silva, que foi amigo intimo do padreAzevedo.

A historia da machina de escreveré pois, a repetição de tantas outrasque estão por abi, conhecidas umas,ignoradas outras. Resta para nôs oconsolo se o nosso patrício não tirou

de dizermos,mais

Afim de organizar, de modo o proveito de seu invento, de, completo possível, a estatlaÜCfl ¦ ao menos, que elle é nosso.

O Sr. .Tono Franco no pe-rlo—A con-demniicão da dicladura — Um diahistórico—Episódios da viagem —A chegada no Porto—Vaias, apupos,assobios — Dmn dcsnlTronla achin-cnlhnnto — O banquete na Acaile-mia Pòlytccl-riicn — O discurso dodictador' — Como elle pretende li;quiilnr os adiantamentos íllcghcs acasa real — t\ caçada aos... "perus"—Um protesto com 15 mil assigna-tiU-íis — -V relintda para Llsbon.

Não nos háViàrhos enganado. A vi-sita do chefo do governo ao Porto, aterra histórica das liberdades portu-guezas, para aqui fazer à glorilica-ção da dictadura que supprimiu a vi-gencia da curta constitucional, em 10do maio passado, teve o estrondosorepudio quo prevíamos. Ninguém seadmirou de tal, a não ser o reduzido epittoresco grupo do franqulsmo local,que vivo na messiânica adoração doseu chefe e na "crença do quo bastaelle obrir a boca, para, como Orpheunos seus cantos.amainar todos os des-contentamentos e todas as iras da opi-nlão publica. E' um "estado iValma",talvez ahl Incomprehensivel.para crerno qual é preciso viver intimamente avida do í?ortugal contemporâneo. As-sim contavam os franquistas com umaportentosa apotheose ao seu chefe,aqui no Porto, para ampliar a qual íi-zeram convergir nesse dia á nossalerra ccntnnares de confrades de to-dos os dlstrictos do norte o centro do

Afinal, tudo Isso so volveu no maisdeplorável enxovalho quo pôde ima-ginar-so o que traz agora, os promo-toros da festança, ou cabisbaixos, ouintratáveis.

Mas deixemo-nos de philosophlas,e vamos desde já á simples narrativados suecessos, para os quaes temoshojo de abusar da ho nitalidado do

onde m «Pregüista» chamado Carmo reconhecia a identidade de cad;um antes do entrar. A entrada n"gare" fora vedada ao publico, boonlracam os da grey. . -

Pegam no Sr. João Franco ao colloe trazem-no assim até á porta da es-tação; quo dava para o largo de SaoBento, porta quo fora propositalmon-te-aborta, pois o edifício ainda estáem via de construecão.

Cá íôra, um trem espera. Muitastrens esperam. E uma enorme multi-Fm compacta, que, contida por umaorlo corrente dc policiaes, a man

Çma certa distancia, enchendo o refeildoUirgó o rccanlo da rua da Mercadeirao largo dos Congregados, até ao meiodn rua de Santo Antonio e começo c o

Bomjardim, toda a praça de D. Pt-dlLf,"no

fundo, no alto das escadasdo Santo Ildefonso o cm frente ás es-

cr darias dos Clérigos, outras multi-does . mais prudentes, ^esculcamcuriosamente o que so passara...

E o Sr. João Franco apparcce •>

Uma longa clareira, formada pnrum longo cordão de policia, separavaa multidão da improvisada porta da"gare" perante esta enérgica e inaba-lavei altitude hostil, que parece tersurprehendido o dictador e todo ofranquismo local, resolvcuse ali mes-mo renunciar ao pedestre ."cortejo-civico" c o Sr. João Franco, com ogovernador civil e o Sr. José Moraes,em casa de quem se hospedava, met-teu-se apressadamente em um tremfechado, quo a custo a policia conse-guiu fazer atravessar a massa, sempreimpertinenete e clnmante, com o seucharlvari de berros, apitos e corne-tas, na dlrecção da rua de Santo An-tonio, por cuja ladeira subiu apressa-damente, acompanhado por uma le-gião de policias correndo esbaroridns,emquanto os populares também atrásdelles corriam gritando e apitando,eque das janelas e das portas dns pre-dios novos apitos, novos gritos o no-vas notas de cometa o apupavam naverdadeira fuga, Inglória e lamenta-vel. Sô visto !...

Foi á entrada da rua de Santo An-tonio, precisamente, que romperam nsprimeiros conflictos com a policia quepretendia oppôr-se á perseguição dopovo. Murros, pauladas, injurias, sa-bradas, ferimentos e prisões. Fui aquique, por indicação de um forasteiro,foi preso o Dr. Alfredo de Magalhães,lente da escola, o repórter da "Voz

Publica", Bartholomou Severino, o do"Jornal dc Noticias", Ctinegundes daFonseca e o do "Primeiro de Junei-ro", Raymundo Martins, além dc ou-Iros indivíduos.

Um grupo do "enoartolndos" deGuimarães, com o medico Meira áfrente, barafu.-tava o foi aqui que amultidão iniciou a sua perseguiçãoaos "cartolas" que vinham ao jantar,perseguição que durou todo o dia e uque a população se associou, gritandodo constante : "Pum ! pum I " aqualquer cartola exótica que passassepor qualquer rua. Houve scenas (lepugilnio, houve correrias, houve sce-nas cômicas, Alguns mais Úmidos re-fugiavam-se nos corpos do guarda'',resignando-se a seguir mais tarde emlevas, no meio de forças dc munici-pites', para o banquete. Na rua deSanto Antonio, por exemplo, algunspatuscos davam gebadas, pancadas nos"cartolas" e, so alguns rcponlriyam,levavam o dedo aos lábios o diziam-])10S ; —"Caluda ! estairtos cm dictn-dura !..."

norta com os seus amigos, para se-

gu i a Pé. pelas ruas do Bomjardim,,Iá do Bandeira e Fonseca até á casad conselheiro José do Novaes cx-ministro da justiça, onde se albergai á

o dará audiênciaAoui caiu Troya ! Um alarido enor-

mcA,_llevnloú:> «vivas ft liberdade e«7 carta constitucional"; gritos.; de._,..... „ MMafíirrn ! Morra o dieta-

ec

-abaixo a dictadura ! Morra o " '

,1 ri" Ouviam-se silvos dc apitos,sem" conta, sons infernaes de corne-tás de barro. Um charlvari medonho!Um barulho de ensurdecer No altodc bengalas, no meio da multidão, es-cuclram-se exemplares do protesto,que pouco antes, fora espalhado, im-

pressS o em que mais de 15 nül cc a-

lãos .portuenses, com as suas assigna-turas se pronunciavam contra a di-etndura o contra a aífronta da visitado dictador...

Mas vejamos o teor desse protestoenquJ monarchicos e republicanosannunham os seus nomes numa im-

PS-a unanimidade de sentir, logoapós os nomes das figuras ""^ _^'"d.nies dos partidos políticos na Por-to. Basta dizer-se que os seus í«ros signatários são os Srs.:Adolpl»o daCunha Plmentel antigo «P«»«' •

|g"vernador civil regenerador, AdtuuoAntero de Souza Pinto. £fvo*aao.eantigo deputado progressista, conaa

Começou o banquete bastante de-pois dns 7 horas da noite, devido Isso,principalmente, nos factos que noti-ciamos. A imprensa do Porto, n nãoser dois jornaes—o "Correio do Nor-"te", folha de interesses iiirlustriaes, da "Palavra", jornal catholieo que temservido íiiercanlilmente o "franquis-mo"—não fora convidada. Constara,com certeza, aos promotores do fes-tim, quo os outros jornaes, . acnmpa-nhanflo o protesto da. cidade, devnl-veriam os convites, se lhes tossem cx-pedidos. Assim, naquellas duas referi'das gazetas é que publicaram o fa-moso discurso do Sr. João Franco.Será. da "Palavra" que extrairemos,portanto, as passagens pricipaei dessafui», que se prolongou por cerca deduas horas. Claro que o Sr. JuãflFranco procura justificar o seu procè-'dlmenlo, aquecido pelos unanimes ap'plausos dos convivas; pessoa de nossaconfiança, que assistiu ao acape, nãqaceusavà áquella "aisance" Integracom que costuma falnr, çomprehende-se. Isso, porém, não nbslou a que cilaclassificasse do grandiosa a recepção.ue n Porto lhe fizera n se não dessapor achado acerca dos apupos cnmqu« a população realmente o reca-hera.

O governo caminhara, íntemerata <honradamente como até aqui, aflirmol)o dictador. Enganaram-se os que «.¦ul-duram quo o ministério actual viria fa-zer um entreaclo o que em seguida se>ria corrido o Intruso, para continuaia boa vida antiga,

A naçRu estí, atravessando uma crisdque resulta do conflicto entre as for'ças políticas velhas e a anciã de reju-vehescimentô quo se apoderou do paizEste sairá vlctorioso, segundo espera,porque ou os poderei públicos suo ca-pazes de corresponder fts aspIràçSes daopinião, oii snssobiarão perante ellas,

Passando a retcíir-s» á quettün ad-miiiistrativa. o eminente orador enii-merou ns aclos e serviços que sob esMponto de vista o governo tom prcsttfHt.ao paiz, referindo-so pormenorizada"mente á questão dns tabacos.á conta-biliílnile publica, á questão dos vinhose á das carnes, bem como á liouestlndade, equidade o justiça com (pie têmsido providos os logares públicos, fa-zciulo-se acabar o reinado do empe-níio e do padrinho. O governo faz, pois,dictadura, mas cumpre u lei e adml-nistra honradamente ds cltnhetros pu-blicos.

Depois de se referir ás Irrisórias con-Iramanifeslacões de boje. o qun pro-vocoii gargalhadas na assistência. •> il-luslre orador accrescenlnu nue nãodevia loiniinnr sem se referir a. umaquestão multo debatida em certos jor.niies, a dos ndi-tntáinentòa, a «íiiul nãuImporta menos ao paiz do que a dafazenda nacional propriamente diia,visto que o ciiere do Estud.i representao paiz e o seu decoro é o decoro diínação. , .

A dotação do rei foi em LS21 fixadano que ainda hojo é, e já entio aicortes disseram que era Insü.flclonte,mas que as circumstancias da nação,quo sabia da guerra nesse momento,ntto permittiam mais. Mas ao mesmdtempo creava-.se a casa da rainha e aHo Infamado, que conjuntamente fa-ziam parle do apanágio da famíliareal. Fm 183<.. conservou-se a mesmadotação, mas mand«u-se vender a cas?da rainha o a do Infantado, Sobre-veiu depois a depreciação du moeda «o ençareclmentò da vida, e evidente-nienle o problema havia de surgir dsurgiu, tendo, porém, fallado a tqdOJja coragem civica para defrontara que-sito; As necessidades eram crescenteso rendimento cada vez menor, e toda-via, ninguém arcava abertamente coma questão. Fugiram-lhe o evitaram-na,o (|iib é sempre a melhor maneira d<_complicar as questões. Assim, já tam-bem no reinado de D. Pedro V se com-prehendeii a necessidade de vender os*brilhantes da casa real e comprarinscrlpções, para augmentar nuns ílOcontos o rendimento da casa real: «tempos depois autorizava o parlamentan venda dessas inscrlpções, o que nu-nha a questão num pé ainda mais em-baraçoso.

Reslava a casa de Bragança, mor-gadio do principe real, e fez-se umalei para que o rei pudesse dispor dcnue ao principe real pertencia; tmlcisto para não so dizer quo o rei quo-ria que lhe àugnientassem a lista civi,nu rpie os ministros o faziam para 11-snnjearem a cnrôu.

Vieram ainda, nesla progressão Ine-vilavel, as reclamações sobre prelen-didas dividas do Estado á casa realo assim" se chegou, finalmente, aaadiantamento puro e simples, como «que faz qualquer outro funcctonarlo

Ora a verba destes adiantamento»tem-se querido falsamente avolumar,quando elles são muito inferiores 0sornma das deducções que a casa roa",(.ffereceu por oceasião da lei de sal-vacto publica.

Disse que antes do fim do anno eco»nnmic.-i daria conta ao paiz desta quês-tfio e da resolução do governo snbreella. Não o pôde fazer no parlamento,mas o paia será elucidado sobre a ina.teria do mesmo modo.

Não vni ftugmantar a lista civil, por-que não pôde fazel-o. mas o que o go-verno faz fi tirar á casa real o encargalio despMQs quo lhe nã.> pertencem,porfiuo são do Estado, fi semelhançado qne so faz. por exemplo, na repu-bllcu franceza. Quanto aos adianta-montos. de ha multo cllos ntto so fa«.em, dando-se assim um alto exem-.pio do submiímSo 6. lei.

O lllustre orador continuou aindafeltcttendo-aa de tor vindo ao Torto,iei*bar uma conuagração e um cstl-mulo inolrldavala.

A lueta quo aa opponiçOes lhe mo-

Entretanto chegava o dictador ácasa de José Novaes, na rua For-mosa. Uma multidão silenciosa ac-cumulavá-se em frente a esse prédio.E o dictador veiu á janela para agra-decér ao Porto ! Suppuhha-se entre••fieis". Ao abrir a bocea um formida-vel alarido dc protestos se levantoue o Sr. João Franco , houve por bemrecolher-se prudentemente para o In-terlòr da casa. Nisto, uma força decavallaria municlpul. accorrendo, eurna enquadra de policia, fizeram de-bandar a multidão havendo entãomais pancadaria e prisões. A rua fl-cou dupois em estado de sitio, agglo-merando-se o povo nus ruas proxi-ma; " aô se dava passagem aos trensdos "fieis" que Iam cumprimentar odictador e não se pormittia a ninguéma paasarem nessta parte da rua For-mosa. Todavia ainda ali houve novascorrerias, novos apupoa...

Estos factos puzeram a cidado emalarme c a corida aos "cartolas" to-mou novo inerc-mento «m outros pou-tos da cidadí. "Pum ! pum ! " era oquo a cada momento ae ouvia. E otranse "cartola", quo Uavia siòucoimiderado como uignal de "para- ... .. .raios, para as "amibilidades" da po- Vrm C de matar para nao anorrer.c om-

Ilcíá è da munioipal—sabia-ao Isto—I praUaàde-a nos íopublieanos, mns nãg

pas-iou a ser um verdadeiro perigo I uoji monarclüeos, que, se a obra do

;

'¦".

-...,

Page 4: memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1907_08313.pdf · m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^

TOÍKBBfC ' -

O PAIZ — SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1907

govorno fracassasse, se subverteriam edestruiriam com elle.

Termina brindando pelo povo tra-balnador o político, o Porto M*cão ele 20 e de 34, da regeneração de61, pelo futuro ela sua pátria e poianionarchia liberal.

Bom estft de ver que o Sr. JoãoFranco foi intonsamente aeclamado,achando-se até oxcellente aquella^raa-neirie do liquidar os adlan amentos b-legaos á casa real. Aquilo nao et a

gente °-"<- protestasse, e o Sr. JoãoFranco bem o sabia.

Acabou perto -ia meta-note o ban-auote havendo innumeras bebedeiraspicarescas, entre as <iue.es uma quo a

própria "Palavra" refere deviva padre' que desatou n—"Gloria iu excolslviva, caindo sobro -cair de caiiibulhada com louças e vi«tualhas.

Dopols do discurso foram examinaios convivas, entregando-se depois cavV,ra om diversos pontos da cidaele apopulação a dar caça aos "perus ,nuo assim oram engraçadamonto co-

um cou-cantarolar

Deo ! "Outro cm-uma mesa, íd-a

de D. Pedro os"porús" demoraram úté altas horas elamadrugada, havendo mepugllalo. Contou . .de Carlos Alberto

cliápéo

a multidão não se acobarda e volta denovo ft carga. ,_'¦'•.

São 11 horas e mela da noite. Achegada do comboio fOra annunciadapara an 10 o 50, mas nem signaesdello havia ainda na estação do Rodo.E a multidão, pensando que o comboioestava chegando e desesperada pornão poder estar na "gare", berravafuriosa e explodia em bengalaelas epedradas.

Claro que eVaquI resultou uma col-llsão com a policia. Alguns guardasdesembainharam os terçados, variagente ficou ferida. Eis senão quando,desemboca da rua do Príncipe, vindodo quartel do Carmo, mais um esqua-drão de cavallaria municipal.

A praça estava repleta tle gente e,uando se sentiu o tropear dos cavai-is, tudo se refugiou no interior da

sino scenas U'¦ Primeiro de Ja

neiro' que na praçaum conviva passava comsito debaixo do braço, o que causouostranheza a uns patuscos. Apuparam-no e o homem na sua atrapainaçaoperante o motim deixou cair o chapeo,fle onde saiu um aromátteo anannz,que os taes patuscos apanharam e le-varam depois eomslgo, Indo banque-¦car-so com olle no melo du alegresgritos ele —Viva a liberdade I

No ella seguinte, como na véspera,rtrando ajuntamento na rua Formosa,undo so hospedara, como dissemos, oflictador. Correrlas, apitos, prisões no-mmonte. o Sr. João Franco saiu emvisitas ofliclaes á Polytechnlca e á Es-•oln .Mediei., onde foi recebido pelos•espectlvos corpos docentes, tendo ma-iifeslações hostis dos estudantes e ap-plaiisos por parte de um pequeno gru-¦jo de outros.

Foi depois visitar o lycou da 1- zona,mulo o reitor queria que os alumnosIzessem umas provas de gytiiiiaslicaiuoea na sua presença, o (pie tino

bfiini obter. A pequennda, se a obrigas-tom a Isso, faria partida ao dlctador.tirava os casacos e logo se veriam ca-•icaturas do Sr. João Franco, quo d-les lovavam pregadas nus costas do¦ollole, Foi necessário renunciar ft ex-íiórlenela.

Finalmente o dlctador dirigiu-se ftístação .1.* S. Bento fis r. horas dn..ardei, num Irem fechado e com as•orllnas corridas. ISntrou despercebi-•lamente nn "nn.'''". onde teve umaimavel despedida dos seus amigos o|o olomenl licial. Cfi fOra o silen-¦Io dos túmulos. Na. praça de D. Pe-5ro o no largo de S. Ilento forças de|o praças de cavallaria cada uma, comordens de "dar e matar" so se repe-'issom as valas da véspera. Mas não;s Sr. João Franco Ia-se ombora. A cha-sina ficou pura fjlsboa, '•¦ chegada doÉomboio, oòi le certo o corrospon-Bento da capilal não deixará de lhoíonlar. Na viagem, cu diversas esta-íões, principalmente cm Gaya, Colin-bra o Espinho, ns manlfoslaçõos hostisropotlram-se com mais gravidade, quonu. vinda, havendo rijo eonflicto, elo'llie roÃullaram prisões e confllolos.Nas Devesas atiraram balalas o pedras•Io carvão ao dlctador; o em Ovar—ex-jrnordlnarlu manifestação !—os vnri-nos ao longo do caminho, d" cócorasi com an calças mostravam no com-aolo uma pares do corpo que não p.)-31a ser a cara !. ..

Eis o que f il a "viagem trlumphal"3o Sr. João Franco no Porlo. comIoda a verdade narrada. Sua viagem?oi ou a minn dn dlcladurn ou o pro-(mino de unia revolução. Mus, ,1 horu«in .pie escrevemos, o Sr. João Francoiluda (¦ ministro... — (Do nosso cor-fospondente.)

EM LISBOALISliOA, 23 do Junho.

noito do IH dn junho—As mnnifcs-loções aos dissidentes—Na estaçãodo Itoeio—A ferro o fogo !—As fu-zilarins— ConitmlCS—Rots mortos—A imito (Iii I!)—Novos feridos—Asprisões do dia 20—O governo lica !—A lei dll imprensa—O dia 21—No Lyccu do S. Domingos—Suspen-são do "Paiz" ti (Io ".Mundo"—OsCClllros republicanos — Opiniões dllImprensa.A nolle de 18 de Junho nesta cidade

|lcar.1 momoravol. O que nella se pas-fou define-se pelo artigo do BarbosaColen, nas "Novidades", sob a cara-«torlstlc.a eplgraphe "O responsável é3 rei", e no qual se lê :

"Ila sangue hoje a vingar, ha mor-les que reseatar pelo destorço maistremendo '.' Pois, fixemos bem o alvopara que a nossa pontaria se não perca.Foi assim que honlem ftieram os quelão qulzeram perder liroso desperdiçarputlladas, 13' assim que têm de fazer,iiojo, os que não qui-crem misturar osangue com a mini Ira. A responaabi-lidade do (pie suocedo, lem de cair In-;ci;ra sobro quem do direito. Ora. :iaveriguação pnra esso processo esláTelln. O responsável do que suecede fiBl-rel."

Mas cernirmos os fados.Pm- volta das 9 1|2 horas dn nolle,porta do "Dia", no Chiado, agglome-

(•avnm-so os amigos do conselheiroíosé de Alpoim. quo com elles o numajoiIo que engrossava do segundo paraíogundo, commanlavn a situação.

Chognm os márechaes ela dlsslden-:i:i progressista... c, logo, uma forçapolicial, com uni chefe á fronte, surgek. iiitiin.-ir^iui' dispersassem.

o Sr. José .lo Alpoini. os seus ami-ços e a multidão anonyma entrarami descer o Chiado e run do Carmo.

Ao chegarem rrb Rocio, recebeu-osjnin massa compacta de povo com vi-ras á caria constitucional, á liberdade,10 Sr. José de Alpoim, ao Sr. Joãopinto dos Símios.

Alé a. "paro" foi 111.1:1 ovnqSo Inln-'lefrupta. Os franquislas afnstam-soB;nnlo passagem nos dissidentes.

Eis senão quando surge o Dr. An-tonio José de Almeida, que 6 saudadobom uma manifestação cnlhuslnsticn.

Aggrlde-o pelas costas um padre,partidário do Sr. João Franco, Aggrl-fle-o e feire, impune !

A citarão onche-so."Magalhães Limar Affonso Posta apparecem; uni deli-ri.. !

Oi minlslrni reunoni-se; comecnm-ic ;i manlfnstnr receio-: e ncaba-se porlima decisão, que o ministro dn guerrar-c incumbe do executar; ordena-se ftpolicia que fnen evacuar a estação,

E, apesar da reslslcncln dos Srs.fosé Alpoim, João Pinto dos Santos oplseonelo du Ribeira «Brava, e ordemptimpriu-se, a coronhaelas, a murros.eempurrões. O coronel Moraes Sar-nento declarou que não perinittla ex-«eDcBes e (pie, como commandanto dapolicia, cumpria ns ordens que rece-bem.

Frtrn, o commlssnrln Teixeira, queIgfrcilia os ipie dello se aproxima-mm :i bengalaãas, começou a ordenar7loipncips.

Nenhum viva subversivo; mas n po-lida leva tudo a forro e fogo. E' es-pancatlo o Dr. Allierlo Cosia que estavarom o Dr. Affonso Cosia. "Pntyjlé",,iss!m em eonhPcido o Dr. Alberto."!osla. «uando estlldnnto em Coimbra.tirou ensan«niontado e foi recolhido aima **nf<«rm:irin. em estado rrave.

Ta começar coisa mnls séria.A FUZILARIA

Diz o "Novidades" da 19 do cor-Tente que a multidão foi surprehen-fllda, na praça de D. Pedro e no Irergoile CamOes, por uma descarga da In-fnnterla municipal, sem os toques daardenança c com pontarias baixas,Como se verifica da estatua do 1). Pe-firo.

Unia descarga geral para a mulll-flão npinhacla 110 meio da praça ! Apolicia, dispara tiros de revólver."

A multidão que nada fizera paramerecer ser assim tratada, exaspera-le, aglla-so, o de uni prompto arre-mossa pedras. A cavallaria corre (-nIodas as direcções acutilando e despe-ando os revôlvers. Mus apesar disso

estação. Os soldados formaram em IInha e prepararam-se para uma carga.

Da estação, a policia corria odm osque ali su haviam refugiado. Todos,temerosos do ficarem sob as patas doscavallos ou sob a durlndana dos sol-dados, fugiam em varias direcções,pela avenida, por detrás do theatroD. Amélia, pelo Rodo,

O Sulsso o o Miirlinho ficaramcheios de gente o. dentro 0111 pouco, apraça era varrida, não sem que variagente fosso atropdlada o ferida. A ca-vallaria tinha avançado em passo decarga até ao largo do Jardim do lie-geelor.

TIROTEIOS — DOTS MORTOSCom o augmento do forças da mu-

nicipal, a policia, sempre protegidapor aquella, continua na sua obra. 15'aeiitilav tudo e Iodos. Seja quem for,leva para baixo. No Marlinho, alguémlem a idéa de formar barricadas comas mesas. Dito e feito. Em pouco eraquasl um re.liiclo. Os mármores dnsmesas são desfeitos aos bocados o comelles se armam para se defenderem dnsbrutálldados da municipal e da poli-cia.

Trava-se, então, uma perfeita, bata-llm. A municipal, com o Sr. Mainquiasde Lemos á fronto, tenta entrar 110Marlinho. Mas por duas vozes tem derecuar, o quo lã do dentro lhe ai irampbrlga-os a moderar os ímpetos. Alueta é sangrenta, renhida. De: ambosos lados ha gente forlda em grandenumero e dentro em pouco tempo lodoo largo está coalhado de pedras, gar-rafas, copos, pés elos bancos, fragnien-tos destes, etc.

Emquanto o chefo elo governo so di-rigin pnra sua ensa. na rua da Emenda,continuavam no Rocio, largo» de Ca-mões. Avenida e runs próximos, nscorrerlas dn policia e da municipal. Apé, ora o major NoVnès epie incitavaos policias n que espadelrassem o povo.F, desse incitamento resultou a mortotio um honradíssimo negociante esla-belocldo ha quinze nnnos na rua doOuro, com a conhecida loja Utiltda-des, em frente do café Áurea; o Sr.José Maria Fernandes Brngu, de 47annos, casado com a Sra. D. MariaFlrminn dos Santos Braga.

O Sr. José Braga, que fechara o seuestabelecimento, dlrlgla-so para suacnsn, 11:1 calçada do Carmo 11. 51, 1',quando no voltar ;. esquina do Rocio,mesmo junto á porta da loja de ferra-gons do Sr. Gabriol de Carvalho, enevarado por uma bala, que, atravessan-do-lhe o peite, lho dou morte quaslInstantânea.

o ferido caiu Immodiatnmonte, in-do cm seu soccori'0 o Sr. Anlonio Pe-.iro Gomes, natural dn llho da Ma-eloira, o qual recebeu inlimnçãodn po-licia parn que o deixasse ficar no chão,pois, em caso contrario lho daria ou-Iro tiro.

O ferido ficou a espernear no soloo foi Inl a selvagorla desta scena, in-digna de 11111:1 capital civilizada, (pioum brado unanimo de repugnância ede Indignação resoou dos peitos nn-gusllados de quem :i presenceavn.

Isto dava-se no Rocio e no largodo Cnmões andava blasonnndo valen-li:i o Sr. Mainquias de Lemos, que 01*1-glnou maiores desgraças, o povo irrl-lad in ns prepotencias estava fu-rioso. O Sr. Malaqulas de Lemos liemescoltado pelos ajudantes o ordenan-ças, 1 orria de um lado para o outro.Mas as pedras não deixaram de cho-ver em cima delles. A fuzilaria repe-te-se com mais intensidade. E' o 1110-mento dn saldn do Golyseu e dos thea-tros, Varias senhoras são apanhadasde surpresa e vi-eni-se como por en-canto no meio da carnificina. Poisnem isso impediu quo os subordinadosdo Sr. Malaqulas de Lemos conl iniiiis-vem praticando a valentia de acuti-lar senhoras e crianças, sem (pienquelle senhor tivesse sequer contem-plação pelas pessoas que saindo dostheatros nenhuma culpei tinham doque se passara; 10 a fuzilaria, as cuti-lidas, as correrlas e as cargas do ca-vallaria continuaram sem cessar atéú mela noite e meia hora, que

' foiquando o Sr. Malaquias do Lemos, or-guihoso da valente façanha, mandou,a pouco e pouco, retirar ao quartel asua "aguerrida" gente.

De madrugada uma bala attlnglu11:1 testa upi rapaz de 18 annos presu-miveis, que no diu seguinte, 19, erareconhecido. José Archanjo Domingos,lal é o nome da segunda victiina, eraestudante do lyccu.

O numero conhecido dos feridospassa de 30.

OS DIAS 1!) o 20A noite seguinte, de 19 para 20,foi

.1 mesma selvagerla, O Dr. AffonsaCosta, ao anoitecer, passou pelo Lo-cio. Deram-lho vives e a policia come-çou ás descargas o aos espniicnmen-los. Novos feridos são transportadospara. as enfermarias ; de novo o povoapedreja os seus aggíessores armadose a policia inicia aa "rusgas", as pri-soes em massa de gente desocupada,com o,lim de provar que o movimentofora de vagabundos. E' um costumoantigo...

Durante o dia 20 houve exhiblçãodo.: presos, que foram transferidos dogoverno civil para o forte do Alto doDuquo.

A' noite deixou ele se realizar :. ré-cita do Colysett, u que sua magestaden. minha devia assistir, em beneficioda Assistência aos Tuberculosos..';

o dia ".) fica, porém, assignaladopelas representações que D, Car-los recebeu dn Câmara Municipal deSnrdoal, apresentada pelo Dr. Mo-reim Junior, quo chamou a allençãode nua magestade para o estado deagitação em que se encontra o paiz,o paru as conseqüências dos gravesacontecimentos dos dias anteriores ;:e do Sr. Oliveira Mattos, (pie pede aorei (pie não responda que rccomn.en-d..rá uo seu governo a representação,porque nada quer com o governo doqual coisa alguma espera ; o do Sr.Francisco Botelho quo, em nome dos"maiores contribuintes de Cabeceirasde Biisto, diz n el-rei que cumpra oseu dever c lembra á sua magestadequo lho cabe oumprlr o seu.

Os boatos de queda do governo nãopodiam corresponder á realidade. Osjornaes do governo declararam quea coroa, responsabilizada pelos rege-ncradores e progressistas pelos aclosdn dictadura, tinha inteira confiança110 cáblnete João Franco. K era cerlo,tanto que o "Diário elo Governo", ele2 1, trouxe, com uma exposição demotivos em que se atlribulam á pro-pagando subversiva da imprensa asde graças dos últimos dias, a següin-te lei de imprensa :

Art. 1*. IO' probibida a circulação,exposição ou qiiulípier outra fôrmade publicidade elos eseriptos, desenhosou impressos atter.laiorios da ordemou segurança publica.

Art. ?•. Os governadores civis dove-rão suspender a publicação dos perio-dlcos que se acharem incursos na dis-posição do artigo anterior.

Paragrapho único. Quando a sus-pensão for por tempo superior atres mczes.deverã. ser confirmada peloconselho de ministros.

j\rt. 3*. Durante a vigência destedecreto nenhum novo periódico po-dera. publtcar-se sem preceder autori-zação do governador civil do respe-ctivo districto.Art. •!•. As resoluções que os gover-ni.doreu civis tomarem, nos lermos

dou artigos 2- e 3' deste decreto, se-rão publicadas na folha offleial, e dei-Ias haverá recurso para o governo,sem effeito suspensivo.

Art. 5*. Pelos factos sobre que liou-ver procedimento administrativo, nostermos deste decreto, não poderá in-staurar-se nem seguir procedimentojudicial por abuso de liberdade doImprensa. , ...

Art. fi-. As autoridades administra-tivas tomarão todas as providenciesnecessárias para a completa execuçãodos arLigos anteriores.

Art. 7-. O presente decreto entraraem vigor no dia ela sua publicação no"Diário do Governo", cessando a suaapplicação no lim cio corrente anno.

Art. ?¦. Emquanto vigorar esto de-ereto fica sem effeito o disposto noart. 4-, da lei do 11 de abril elo 1907e quaesquer outras disposições cmcontrario. .

—O Lyceu de S. Domingos foi in-vatlido pela policia no ella 21. Eiscomo uni jornal dá noticia elo caso :

"Hojo, cerca das 10 horas da. ma-nhã, deu-se no Lyceu de S. Domingosum cónflioto grave entro a policia e osalumnos daquello estabelecimento.

j\' hora indicada, estava, como docostume, depois elos tumultos do 18,postada pinto ao theatro ele D. Ma-ria, uma força policial, sob o comman-do elo ediefo Costa, da esquadra doBeato. A' poria do Lyceu do S. Do-níingos encòntravam-se os estudantesquo aquella hora não tinham aula.Estes estudantes, deparando com aforca policial e lombrando-se da mortedo seu collega Archanjo Domingiies,começaram a cantar a "Mnrselhezao a soltar alguns gritos demonstrati-vos da sua indignação. Vendo isto, ochefe Costa mandou avançar a suaforca parn a frente dei lyceu. E, comoos estudantes se refugiassem dentrodo estabelecimento, ordenou que osguardas entrassem, o que elles fizeram,perseguindo os alumnos até a portadas nulas e aggredindo-os cerni espa-deitadas.

Tendo conhecimento do que se pas-sava, aeiidiram alguns professores, nointuito «lo defender os alumnos, in-lervindo lambem o respectivo reitor,Dr. Ruy Tellos Palhinha. Os guardas,porém, aggrediam a torto e a direito.De maneira que foram lambem atumglelos pelas pranchadas os professo-res o reitor. , ,

Foram aggredtdos com pranchadaso Dr Ruy

' Palhinha, reitor dei lyceu,

o os professores Srs. Eugênio Pachecoé Pedro Navarro.

Neste alvoroço, como era natural,muitos alumnos chegaram fts janelas.A policia apontava-lhes os revôlvers,chegando a disparar um tiro, suppo-mos que para o ar.

Serenando o tumulto, o reitor mel-leu-se num trem e foi apresentar asua queixa no miniSlro do reino, em-quanto os professores mandavam sair,,s alumnos para suas casas.'

Um liorie depois, estando reunião oconselho elo lyceu, npresentpu-se alio coronel Moraes Sarmento, comman-daiite do corpo de polida, que_ãecla-rou estar já suspenso o chefe Costa oIr-so proceder n rigoroso Inquéritoliara So apurar quaes tinham sitio osguardas que haviam entrado no lyceu,o quaes ns suns responsabilidades.

O conselho approvou a seguinte mo-ção :••ouvidas as explicações do cpmman-dnntc da policia, convenceu-se o con-solho do que se trata de um acto deIndisciplina dn. policia, mus lastima,profundamente, quo a indisciplina fe-roz elo corpo ele policia desse logar aquo a força publica viesse ucutilnrcrianças que OS cidadãos confiaram águarda e vigilância dos membros docorpo docente, como representantes doEstudo."

Não podemos ainda dar uma listacompleta dos feridos ; mas sabemosquo o estão os alumnos Freitas, elo 4-anno. Geruldes Borba o Valença, dof.', Valença e Azevedo, do 0-, oulroalumno do (!' e outro elo 1'.

Effectivamènto o eommandnnto docorpo de policia mandou formar aforça com quem Se tinha dado o con-fllcto, reprehenileu-a, asperamente, edisso ao chefe Costa (pie so conside-nisso suspenso até ser tomada resolu-ção definitiva a seu respeito.

Depois encarregou o coronel Mar-Uns Correia de proceder a uma nyndi-canela para apuramenlo de responsa-billdndos.

O chefe Cosia, do Bento, foi subsli-tuido no commando da força, logoapós os acontecimentos, polo chefeCosta, do Bairro Alio. »•

JORNAES SUSPENSOS

O director do "Paiz" foi hontom defarde procurado pela policia, não sen-do encontrado. Quaiielo, porém, eramumas 5 horas da tarde, e seguindo peloRocio, nproximnu-se-lhe um agente dajudiciaria, que qulz ler-lhe a intimnçáopara a suspensão elo jornal.

O Sr. Meira não se prestou a ouviressa leitura, por maiores diligenciasque o agente llr.esse a lal respeito, ten-do alé, par.-i Isso, pedido auxilio á poli-cia de segurança,

Mais tarde compareceu a polida nacalçada do Sacramento, onde se Impri-mia o "Paiz", sendo, no entanto, a suavigilância illudlda por alguns vendo-dores do jornal, que conseguiram se-guir para a Baixa, com diversos nume-ros, os quaes, na sua totalidade, 011pelo menos em grande parte, eramd'ahi a pouco apprehendldos.

O "Palz", pois, está suspenso, nãosendo provável quo o vejamos hoje nacirculação.

Hontem do larde a polida procurou11 Sr. França Borges.direclor do "Mtin-do", tanto na redacção como em ou-tros lados, nio conseguindo encon-tral-o.

O lim era apresentar-lhe a intima-ção da suspensão do seu jornal. ^

Quando eram 9 horas da noito, vol-tou á redacção a policia, representadapor tres agentes da judiciaria.

Falaram com o Dr. Arlliur Leitão,reduelor daquello jornal, a quem pe-diram quo assignasso o respectivo do-(•umento.

O Dr. Leitão recusou-se formalmen-te a assignar a Inllmação, dizendo quea tal hora não se faziam inlimações,o concluindo por convidar os tresagentes a sair.

Os policias assim fizeram.Os serviços da redneção, composi-

ção, etc, continuaram, no entanto,com a costumada regularidade.

A policia, porém, tomou as suas pre-vençõós, resultando epie d'nhi n poucoeslava a casa cercada, vendo-se poli-Claes em frente ela casa na rua de SãoRoque e também do lado dn rua dasGáveas, hn.vendo policias ainda em lo-do o espaço comprebeudido pelo quar-leirão prri que se acha ò prédio em que1'uneciona o "Mundo", isto é. em todo nqunrleiríio que vai desde n ira vossa dnPoço nté á travessa da Espera.

limitem de tarde dizia-se que a nu-tros jornaes tinha sido também inli-mndn a suspensão, boato quo não teveconfirmação, sendo, pois, os jornaesalé agora feridos pela nova lei, aquel-les (pie acima citámos.

LIBERDADE DE REUNIÃOOs centros republicanos, quo não

têm nulas, foram intimados a fe-duir.

OPINIfiES DA IMPllENSADiz o "Diário de Noticias" que o•'Diário elo Governo", publicando o re-

latorlo do. decreto de hontem, mnisparecia um jornal ele política parti-daria e de verrina facciosa, do queunia folha offleial, com o earactef o amissão próprios de um periódico da-çuella espécie.

— Do órgão do partido regenerador"Noticias de Lisboa":"Dizemol-0 bem alto: a "monnrehianão podo subsistir com tal regimen".Por toda a parte é censurada a iitti-tudo dos dirigentes elos partidos mo-narchicòs, por não tomarem decisãoenérgica de pòr termo a esto estadode coisas e por não dizerem a el-roi:se não, não.

Por toda a parte somente se ouvedlr.er quo "Isto" só tem um remédio:"a mudança do regimen político". Emuito difficil era atfi hontem arcarcontra a corrente. "Do hontem paraboje os defensores ela nionarchia hai-xam o rosto envergonhados". "Istonão pôde continuar", lista vergonhanão pôde persistir. A responsabllida-de dos homens políticos destíi épocaé enorme, se não fizerem dar Imme-eliata satisfação ft dignidade nueio-nal escarnecida.

"A coroa não quer reconsiderar ?"Não lavarão os partidos políticos as.suas mãos. Tèm deveres a cumprirperante a nação e perante a historia.

Se a nionarchia não quer salvar-se,é preciso que o paiz se salve."

—Recorda o "Correio da Noite",órgão do partido progressista, que foisuspenso, indefinidamente, o parla-mento, escarnecido o conselho ele es-tado, desprezados os representantesdas duas câmaras nas suas justas ro-clamações, dissolvida a Câmara Muni-cipl de Lisboa porque protestou con-tra a dictadura, desprezadas as ropTo-sentações das outras câmaras do paiz,acutilado e fuzilado o povo nas ruasde Lisboa e Porlo o que, porfim, seinveste com a imprensa, deixando-aao puro arbítrio dos delegados do go-verno para que a suspendam ft suavontade e capricho. E acerescenta:

A' suspensão do parlamento, á sus-pensão tle todo o regimen coiistitu-cional, segue-se a suspensão da im-prensa. Está na lógica da loucura di-ctatorial.

—Do "Commercio do Porto":"_' indispensável regressar, sem

demora, á normalidade da nossa vidapolítica.

Lembre-se o governo de que, solhe' compete manter a ordem, som aqual não õ possível a prosperidade pu-blléá; cumpre-lhe lambem não creara desordem no espirito publico, a qualé sempre um péssimo symptoma navida nacional.

Demais, esso alarme que por ahilavra não se limita a manifestar-senuma eriso política interna; transpõeas fronteiras, avoluma-se ao longe evai ferir profundamente não só o nos-so bom nome, como o credito do Por-Lugal, que tem valloslsslmos Interes-ses nas praças estrangeiras.

O governo terá, é certo, de respon-der perante o parlamento pelas me-elieius extraordinárias o violentas quendòptou agora. Antes disso, porém,cumpre-lhe. medir bem o alcance des-sas medidas, não sacrificando com aliberdade a honra da nossa pátria."—Do "Primeiro do Janeiro":

Que o chefe do governo, ria sua ce-gueira do mundo, na imposição af-fróntosa do seu querer, nos leva atodos paru a desordem, não ha du-vida alguma: mas que a sua vontadeencontro apoio supremo nas regiõesonde, rio próprio Interesse, com maiorcalma se deviam apreciar o meditaros aconteeimentos.é quesonãocompro-lieiule facilmente.

Não é custoso, por isso, calcularonde esta lamentável suecessão de po-rlgosos acontecimentos nos poderá le-var.

Do "Jornal do Noticias" :Um paiz não pôde ser obrigado a

obedecer escravisado ás imposições dequem quer quo seja; não é feudo denenhum aventureiro, impotente paracumprir us preseripções essenciaes dasua constituição. Não, islo não pôdeser. E sobretudo é urgente que o reiatlente em quo a guarda ela constitui-ção lhe eslá confiada a çllo. Andamos espíritos desorientados, iinarchiza-dos, sem bússola, sem confiança noshomens a quem o rei corifio.u o poder;a perturbação enorme, o a desorganl-zação (pio lhe devo suecedor não pododeixar de ser pavorosa.

Evidentemente o Sr. D. Carlos nãoha ele obrigar o paiz a viver eterna-mento das palavras o promessas doum estadista que nunca cumpre o quediz, e quo representa o perigo ma-xinio jiara a tranqüilidade publica,porque é um desafio, vivo, permanente,Irritante c cáustico ao bom senso e ft:.lnia honesta da população pòrtu-gueza !

Os feridos, os perseguidos, os vi-ctimádos que jazem mortos pelas balasda soldadoscn, são cidadãos, são com-patriotas nossos e também do Sr.D. Carlos. Pedimos respeito para umasituação destas ; pedimos prudência epatriotismo diante das victimas deuma política louca e enfatuada, quearrasta o paiz ft escravidão ou á anar-chia.

E' necessário que o chefe do Estadose compenetro das suas gravíssimasresponsabilidades.

—Do "Diário da Tardo" :Emygdio Navarro era um vidente !Nos modelares artigos que escreveu

110 "Novidades" quando o trluniphodo franquismo se aeentuuava, o illus-tre jornalista disse :—"Que Deus noslivre de João Franco!" Ello conheçoo homem, do quem fez nitidamente apsycliologia, sabia até que ponto asua teimosia e a sua vaidade o im-pèlliriam, so um dia fosse ao poder.Deus não escutou Emygdio Navarro,não nos livrou de João Franco, e ahio temos tal como o grande publicistao havia vislonado. Ha sangue ft voltado governo. Em Lisboa e no Porto,immolnm-.se homens como quem sa-critica rcices á virtude triumphante !E os desalinos não ficarão por aqui.E' certo quo os corrroligionarios dofranquismo garantem que o seu chefevencerá o fará a. felicidade de Por-tugal. Mas ai ! da população portu-gueza, que não chegará a ver essa éramaravilhosa ! Cairá nas ruas, varadapelas balas, antes da hora rodem pio-ra ! Porque estft provado que o fran-qulsmo não podo salvar a nação semque alguém morra !.. . "

À VIDA RIJRÂT,CONVÉM DESTOCAR?

Historia de uniu família quo tlestocouum terreno o não ganhou dinheiro ;que comprou 11111 sitio cunsado carranjou lima boa vitlu.

A revista "Farning" de janeiro pro-ximo passado traz um artigo extriur-

exhiblção que podia embaclar o brilhodos seus pergamlnhos. De resto, êabsurda a resolução, tanto mais quenão é a primeira prlnceza, nem o pri-meiro príncipe de sanque quo a rlbaltaillumina.

Agora, o único caminho é voltaremos dois para a livro America ou In-glaterra, onde possam ganhar a suavida honradamente.

ft

Um um sitio nas ptvx midaib-s d.i esta-ção do lleoleuífii, mora 11111 pobre lioiiiein,lavrador, ile mune José Joaquim l'eireira,Imsl -ntr estimado no lugar por ser pacatoc de l)..ns costumes,

Sexlà-Toira ultima, Ferreira, tendo ne-cessulidle de fazer umas compras, dirieiu-se a uma venda que lu á lie r. <\a estradaconhecida pela vondii do llilola.

Ali cliegando.cinxjiiaiito um caixeiro pre-pi.ruva uni embrulho, elle pozr.se a espe-rar, encostado á porli.

Estava ferreira nessa posição, quandoentra,am 11a venda dois soldados do eier-ciio e uni pahaiio e coineçnram a bclieri-car.

Em dado momento um .los soldados per-giidiiii-llie pnr que iiioiivii o luvia insul-lado lia dia-, ao que o pobre lavrador 10s nn eu não ser veid.ido, continuando cal-1110 nn seu logar.

Na oceasião riu que os soldados e o pai-zaiio rei ravain-se, chamaram Ferreira epiilirain-llie para nsacompanhai' a estaçãonii.11 (le faz "i-llus 11111 carreio.

Em vista disso o homem ne itini o saiu.ivcérla di I inda os;tr.-S 0.aglíl*i'"ilir,'i«i acacete e o empurraram dojitro de tini va-lado onde pbrversnínciito um delles eiilri.ue vibrou lhe lies [.cartas

F- it» islo, evadira... se.M is t ide foi o ferido arra-daiiiln-so ale

o 25° dislr em e iianou a su 1 desventuraau ciillliinssario que abriu i 11 quer ilu e 0chvíui com Rum, acompanhado de uniapri;., para o hospital de Mi;erii;nrd 1,onde o medico de dia, em vez de reco-lliil-ii a uma dns enfermarias, medicou oe o mandou novniiienlê para o UvalcngO;

dlriarlamente suggestivo, o que parece.-me appllcavel ao Brazil, onde—maisdias menos dias—o excesso tle povoa-ção urbana ha do procurar uma ex-pansfio, pi-Jveitosa a si como ao paiz,nos arrabaldes e nas campinas, queuma exploração primitiva deixou ex-haustas, desprezadas o som valor.

A historia, contada pelo prolagonis-ta mesmo desle interessante episódio110 drama empolgante do trabalho liu-mano, animará talvez algum moçoánimosò a sair da cidade para coloni-zar sua pátria ; talvez algum fazem-(.'.ciro a iniciar unia mudança em seussystemas eulturaos.

"Nosso primeiro tentamen na la-voura fracassou, porque começámosonde os nossos antepassados tinhamacabado.

Quando descobrimos quo a cidadetinha-se tornado insupportavel c quetínhamos todos o desejo da vida rural,estudámos varias propostas e resolve-mos jurilar-riòs a uma colônia ciueso estava estabelecendo na Virgínia.Nossos conhecimentos do agriculturaprocediam de alguns livros o de umapequena experiência em trabalhos tlejardim; assim julgámos que om logarde comprar uma velha terra cansada,seria melhor desmattar e destacar pou-co a pouco uma terra virgem, queguardaria sua fertilidade durante va-rios annos.

Estabelccemo-nos na primavera,com menos elo 500 dollars (nossa fa-mil ia era constituída do oito pessoas,todas de traballó e onlhuslastas), ad-quirindo 20 acros do terrenos por setedollars n0 acre; sendo uma pequenaparlo á vista o o mais em tres presta-ções anniiaes. Isto foi na Virgínia doSul, numa secção bastante fértil. Con-slruimos rapidamente um rancho de12 por 12 pés para moradia proviso-riu, acabando n serviço em primaveraadiantada. Pegámos então 110 desmat-Limento, o quo devia ser feito rio in-verno.

No primeiro anno apromptámos doisacres, embora deixando na terra assoecas que teriam apodrecido em tresou quatro annos. Um acre foi plan-tado em milho o outro em fumo, con-forme o costume do paiz. Percebemosdepois quo estas colheitas

'naquellastorras altas, não cobrem as despezastle. cultura. O fumo não pôde competircom o-das terras alluvionaes e o milhosó podo dar proveito se for empregadona alimentação do gado.

O fumo, na Vlrginia, desde a se-mentoira até ft venda do produeto, oc-cupa ri, .gento todo o anno, o so "pode"dar 100 dollars ao acro, isto ropre-senta somente um terço do epie omesmo terreno podo fornecer sendoplantado em' forrngem, e esto empre-gado na alimentação do gado. Naquel-le tempo não sabíamos tudo isso, e seplantava os eiue os outros plantavam.

Compramos uma junta do mulas, odepois uma vacca;porqüe pagamos 20dollars, Èra pequena, porém, dava umleito bom o sufflciente au gasto dacasa.

A plantação tardia dn fumo, cs-Irumada com 200 libras do guano, foidestruída pela geada antes de Leramadurecido.

No inverno destacamos mais qua-tro acres e plantamos mais milho ;no anno anterior estava o fumo, efumo no logar oecupado antes pelomilho. O terreno restante foi repár-tido entro as culturas do milho, deeanna, o do batata doco. EspalhamosLG00 libras de adubos chimicos.

Esta segunda colheita feii prejudl-cada pela secca, lambem porque nosprimeiros dois ou tres annos do des-thattamento ó impossível fazer um ai-queire profundo. Vendemos por 50dollars de fumo, colhemos milho parao gasto e vendemos muita batata do-ee. Nossa conta do adubos foi de 20dollars.

Estávamos bastante descoroçoados.A terceira primavera nos achou,

porém, resolvidos a "vencer ou mor-rer". Chegamos a lavrar como o arado15 ueres.Do levantar ao pôr do sol,todaa familia foi no serviço. Plantamos 20mil mudas de fumei, oito acres de ml-lho, um tallião ele aveia, canna de as-sucar, um acre de trevo, batata, fel-jões, amendoim, omtim tudo o quodeixava esperar um lucro. Compramosuma tonelada e meia de adubos, em-quanto o estrumo dava-se á horta oao tal hão das batatas.

Tudo deu moderadamente bom.Ven-demos por 160 elollars, do fumo, co-Iheineis bastante milho para o gasto,o o mais em proporção. A conta dosadubos era de 45 dollars e ficamoscom pouco mais de cern dollars. Reu-nulos em conselho defamilia, resol-vemos que aslrri não se podia eouti-nuar. Começamos com 500 dollars.Nos dois últimos nnnos juntamos mais300 dollars cada anno, perfazendo uinlotai de 1.100 dollars. Durante Iresannos tinha-se trabalhado como min-ca em nossa vida e ppssula-so 100 dol-lars em numerário, acerca do 140 dol-lars em gado e ferramenta, a próprio-dado diminuída do valor ela madeiradestruída, a casa o a terra insuffielen-Io.

Resolvemos abandonar. Tinham-seperdido tres annos ele tempo e cercade 1.O00 dollars. Podia-se, porém, dis-por ainda de uma saúde do forro, eleum fundo elo experiência, ele um gostoinabaíado pela vida campdstro o deumri vontade firme de continuar.

Veremos amanhã a continuação dahistoria.

Um grande numero do officiaos daguarda nacional se reuniu hontem, noCentro Gállego, para tratar de umaaggressão soffrida por um major da-quella milícia, por parte do delegadodo 12- districto, visto não terem aindatido satisfação alguma.

Quando estavam em reunião aquel-los officiaos, o marechal Silva Barbosa,cpmmandante superior, tendo seienciado quo oecorrla, mandou dissolver areunião.

O marechal Barbosa prometteu en-tender-se hoje com os Srs. ministro dajustiça o chefe de policia.

nos fundos contra os estragos que po.dem produzir as explosões dos tor-pedos.

A artilheria dos novos couraçadoscompor-se-ha de quatro peças de 805milímetros e 12 de 240. Estas peçassão de unia potência notavelmente su-perior á elo modelo até aqui empre.gado na marinha franceza. Espora-so que a cifra de 19 nós, prevista pu-ra a velocidade dos novos couraçados,será excedida.

Os novos navios devem fluetuar noanno de 1910 o entrar em serviço em1912.

BIBLIOTHECA K&L_MB_VE»SEDurante o mez do maio ultimo, a

Blbliothoca Kalnmbnvense, fundadapdo Sr. Carlos Pinto de Castro, noKalambau, município do Piranga,Estado ele Minas Geraes, o soli a suaguarda como bibliothccarlo, foi fre-quentada por 03 pessoas, a quem fo-ram dadas á consulta 140 publica-ções, distribuídas pelos seguintesagrupamentos:

Bellas letras, 22; seiencias mathe-matleas, 12; seiencias physicas o na-turaes, 10; seiencias médicas, 13;scioncian sociaes, 12; seiencias júri-dicas, 17; theologia, 10; relatórios,25; dlccloriarios o cneyclupedias, 10;jornaes o revistas, tres.

Escriptas em portuguez, 5G; emhespanhol, 17; em italiano, 12; cmfraneez, 27; em inglez, 20; em la-tim, duas.

Para a leilura em domicilio, foramemprestados 14 volumes; achavam-seno empréstimo, 14; foram resumidos,11; continuam emprestados, 17

A secção de impressos e cartas geo-graphicas recebeu donativos:

Do Rio do Janeiro—Nnpoleão Reys,om nome ela Bibllotheca Luminense,33 volumes e exemplares de diversosjornaes do Rio; Dlrectoria Geral deSaúde Publica, quatro; Sociedade Na-clonal do Agricultura, tros;

Do Ouro Preto—Arthur Mourão,quatro volumes;

Do Kalombau—José do_ PatrocínioFernandes, um exemplar'de jornalárabe,

Somma, 40 volumes.Numero existente no mez anterior,

219 volumes.Total, 259 volumes.A Bibliotheca ICalámbavense foi

honrada com a visita elos seguintescavalheiros : Bruno Eugênio Dias eleCarvalho, José Lopes Dias do Carvn-lho, residentes na cidade de Viçosa;Romuiildo José da Costa, Joaquim deAraujo Quinlão, Alberto Vldigal, Al-fredo de Araujo Quintão, Porlirio dosSnntos, José elo Pnlrooinio Fernandes,Francisco Pereira Diogo e AnlonioSoares de Gouveia, residentes no Kn-lumbáo; José Gomes Ribeiro da Sil-/va, Salathiel de Almeida, FranciscoDias Braga e Tboodomiro Pereira doMagalhães, do Plrnnga.

—No dia 1.3 do mesmo mez, foi aBibllotheca ICalámbavense surprehen-dida com a visita da banda de musicalocal, créaçãõ do Sr. Domingos Anlo-nio Pereira, presidente do conselhofiscal da

'bibliotheca, a qual, dentreoutras peças do seu seleclo repertóriomusical, executou o hymno nacional,que foi ouvido por grande multidãode povo, com todos os signaes elerespeito, conservando-so os circum-stanles descobertos, em homenagemao glorioso hymno quo symboliza aPátria, composição immortnl de Fran-cisco Manoel da Silva. Convidada abanda de musica a entrar, e depois detomar assento, foi executado mngis-tralmentc o dobrado "Nnpoleão Reys",(pie foi applaudldo ontliiisinsticamonlc.sendo então erguidos calorosos vivasaos Srs. Nnpoleão Reys, João Pinhei-ro. Carvalho Brito, João Braulio, e fi-nalmente ao Sr. Affonso Penna, noEslado de Minas Gerne.s, á nação, áRepublica e k instrucção do pom, dis-persando-se a multidão na maior ale-gria e harmonia de todos os kalam-bavenses, que. com tal festa deramuma prova evidente ele sua elevadacultura e amor ás letras.

PRINCIPIO BE INC1SM0A's S horas ..là iidle nianifcsioii-se um

principio de incêndio em uni panno queservia de cobertura a unia das miichiiir.?S radoras de dcctriei.lade do Muillin11 iií?c.

liado o alarma.compareceram o enrpo debonili- iros, o 1« delegado auxiliar; ode-|. g dn e demais autoridades do 4o dis-Iricln.

0 f .go fui exlinrlo a baldes d'agua.

O3 navios de guerra allemães.São extremamente interessantes es-

tas linhas, publicadas por uma re.vista naval allemã:

"Em 1920 a Allemanha possuiráuma frota de 38 couraçados de esqua-dra, 14 cruzadores-couraçaelos e 33pequenos cruzadores. Este conjuntonão constituo uma frota verdadeira-monte poderosn.

Com efeito cPaqul a 1917 não po-deremos construir senão IS couraça-dos que.pela sua grandeza e ármamen-to, merecerão o nome de "couraçadosmodernos". (Trata-so do couraçadosde 19.000 toneladas.)

Além destes IS couraçados de va-lor real, possuiremos 20-outros cou-raçados, dos quaes 10 deslocarão13;2_0 toneladas; serão armados decanhões do 28 centímetros o 10 ou-Iros couraçados da classe "Kniser''só terão um deslocamento de 11.800toneladas o canhões de 24 centinie-tros. Estes 10 couraçados, 110 conjun-to representando quasl' uni valor de'combate de dois navios da ciasse"Drcadnought", torão cerca de 20 an-nos em 1920.

A Allemanha, além desses coura-çaelos, possuirá 0111 1920 seis cruzado-res-couraçíidos de 10.000 toneladas enove eruzaclores-eouraçudus de 19.000toneladas, typos novos de um valoriiu;isi Igual ao dos couraçados de 11-nha."

O imperador da Allemanha é umfanático pelo "sport" athletlco, Umasociedade borlineza resolveu edlficarum prédio apropriado e procurou Gui-lhcrino II para saber a sua opinião:

O" club olympico, disso o impera-dor, contribuirá multo pnra popula-rizar os "spprts". Na nossa época, emque cada um é obrigado a desenvolvera sua energia nessa lueta pela vi.Ia,é necessário que os homens procureme achem nos "sports" um derivativao um conforto indispensável. A activl-dade physlca o sportivn ê também omelhor meio pnra adquirir o vigor oa vlrilidado da juventude, que se dizarmada a vida."

de chácara,

San Remo.G. ROSSIi

•__tJJü-_

A bordo do vapor italiano "Argen-Una", que entrara 110 porto honlem,falleceu a menor elo dois annos PnrmaPaschoaliria.

O facto foi communie-ado ft policiainairitima, epie tomou providencias arespeito.

CÜJS_3 _L_E8_S. . .0 Si. Alberto de M-lln, rcsPilenlò a rua

Senador ti.rrei. 11. 19, procurou lionlelii odelegado _du G» districto, Dr. Salvador1'inlu Junior; e pediu providencias si.breo(j'«i'e llie çnnimuincava.

E' que aipidln cavalheiro tinha umacriada, J sepln Maria da Conceição, q.ieha poin-o" desp diu-se dçisui casa, e com.ci.liu a sua saida c- 111 li desappi.reciinentooc um broche cum sanhiras «• br Mudes oum p«r_de brincos i_tia s an briicbi'.

A policia esla procurando a criada sus-pcila.

O 1: delegado auxiliar convidou osecretario do consulado austríaco; Sr.Theodoro Alhank, parn depor, na pro-xima terça-feira, sobro o inquérito aliabortei ronlra o advogado Dr. Sollieride Albuquerque.

Nesso mesmo dia será também ou-vido o detento Cândido Pinto Brandão,que se acha na Casa do Detenção.

José Martins Barcellos, negocianteá rua Piauby, deu queixa 110 !!)• dis-tricto policial contra sou empregadoJosé Laurlndo Cruz, ao qual aceusa deter ido receber de uma sua froguezauma conta do 100?, desapparecondodepois. «

Escusado fi dizer-se que foi abertoinquérito.

Conta um jornal europeu :"Mnis um episódio na odysséa elospríncipes de Broglio acaba, do sueco-der om Paris. O "faubourg" Saint-Germnin estava ha alas mergulhadoem profunda consternação. An.unida-rn-se que 0 príncipe Robert de Bro-glie o sua jovon esposa eslrelar-se-hiuin segunda-feira, á noite, 1110 Noü-veau-Çirqüe. Um tal escândalo nãopodia i^or tolerado.

Sabe-se quo este mancobo, nolo doJaeques Broglio, epie foi primeiro ml-nlstro sob a presidência do Mac-Ma-hon o chefe do partido monnrchicofraneez, revoltou-se cernira a autori-elado paloma ha alguns annos.

Apenas attlnglra á frialórldádé, rom-peu com a primeira mulher, do quemse .divorciou. Foi enlão que se npni-xonaru, em uma viagem a Munioh.poruma cantora, Stelia Dolpros, do epieello fez, a despeito da ópposieão desua família, a prlnceza de Broglio.Pouco preparado, pela sua educação,pnra ns Iuclas da vida, o príncipe re-CUSOU, cointudo, os subsídios paternoso quiz exercer uma profissão indepen-dente paro" aeudir ás necessidades desua mulher o elo filho quo acabara denascer.

Do sorlo que gsdm foi, na America,crendo de botequim, aprendiz moca-nico o oulras profissões, até que, em-lim, fez-se director de orchestra numcafê-.concêrto, onde sua mulher—bemlinda—cantava. O par foi a Londres,onde se contratou 110 Tivoli. Em so-guidá, o Nouvoáu-Clrquo de Pnris es-crlpturou o príncipe o a prlnceza doISogllo e com vantagens aceitáveis.

Quando, porém, o gracioso par sedispunha a estreiar-se, foram intima-dos pela policia parn nãq se apresen-tarem em publico, sob pena de seremfechadas as portas do theatro. Estanrl.il rn ria medida causou surpresa eespanto, revelando ns altas inlluen-cias da parcntela para obsüu- a uma

A Coréa acaba do perder um dosseus mais famosos monumentos, opagode ele Puiigduk. Situado num ar-rabalde arborizado do Sou!, esse terii-pio, todo elo mármore, era um ma-gnillco testemunho dos esplendores deoutr'orn. Datava do ha mais do milannos.

Ha tres séculos um guerreiro japo-noz celebro, llideyoshl, invadindo a.Coréa. resolveu levar, como trophéodas suas victorias, o pagode de Pung-diile, mas as forças alliaelns da Coréao da China siirprelienderam-no e obri-gainm-110 a voltar ao seu palz com asmãos vaslas.

Desde essa época, o precioso pagodecoreano nãj)' deixou de ser ò objectodas cobiças japonezas, qui!" augmen-taram com o exilo da guerra contra aRússia.

No mez do janeiro, o visconde Ta-nnlen, ministro da casa imperial, foidelegado pelo imperador elo Japãoliara o representar no casamento dopríncipe herdeiro da Coréa; o apro-veítanãó-se da sua ida a Seul, oxpri-mlu o desejo de ciue o governo co-rcuno offereeesse ao de Toklo, cornodonativo gracioso, o famoso pagode.O soberano da Coréa recusou emergi-camente; o seu povo, dizia olle, nãosupportaria que llie arrebatassem osantuário sagrado.

Algumas semanas depois o monu-mento desapparócou.; o o povo de Seulmostrou-se, com cffeii.i, descontente.

Por um inquérito :i epio so procedeuaveriguou que de um bando de ISjaponezes armados procedera á. eles-montagem do pagode e que, tendoamontoado ns poeiras erii carros, asconduziram em comboio o so dirigi-ram para o sul. CrS-se que o rei,depois de haver publicamente repeli-do o pedido do visconde de Tanalta.of-dolosamente dera permissão para le-varem o seu santuário*.

Novos couraçados francezes.Acham-se em conslrueção, nos es-

t.ileiros de França, seis novos cou-raçados, (pie devem representar namarinha franceza o papel quo o"Dreádnòught", breve apoiado portres navios idênticos, representa jft namarinha inglez:!.

Aos futuros couraçados serão dadosos nomes celebres, é certo, mas poucomarítimos, de "Danton", "Diderot","Condoreet", "Mirabeau", "Voítáire"o "Vergniaud".

Terão um deslocamento de 1S.000toneladas, um comprimento do 145metros e de largura 25 metros e 70centímetros. O casco será construídosegundo os dados mais modernos, istoé, em toda a parte que os projectis,os torpedos, o esporão de um inimi-go ou mosmo um encalhe possam pro-duzir avarias graves ou mesmo mor-taes, todas as precauções achár-se-hiotomadas, paru limitar o mais pn.inj.vel o effeito de uma via de água. e:iie-gar-se-ha a isso por um revestimentointensivo, que dividirá numa inrtni-dade do alveolos de aço a parte docasco situada sol) a couraça, No in-terior desses alveolos collocar-se-haainda uma leve couraça supportadapor um duplo casco. Essa couraçaé especialmente destinada a protegeros órgãos vilães do navio collocudus

\

O ASSUMPTO PO Vl$.Hóniem, num calmo retiro

iiisciilia-sc o caso do dia, o acontecimentoque agi ia os circulas niiinduins o arüs-ticos. II sculiá-sc Ihsen, Ilcdila fi Mor e aSra. Duse. Muita gente ostcnLva iiul m?-rença pelo lirüeillc Ihc.tro uo grande no-rücguçz. Alguns inldlecliiacs cxairòravaino sentido, as a-pir- ç(")'S, as intenções doautor da popular Cusa de Boneca I

— Ah! nílual a Uiisi nos faz vibrar —disse 11111 ve:ho cavalheiro qir deveria s"rum.ptiapo niMicebo quando a primeira veinn Rio esteve a divina aclnz italianaA final a Duse emociona a cidade. Os ca-riucas vão perdendo o ciilliusi.isino llica-Irai. As espera, cas, que a prin.eira re-prescntução do Dole e da Ultima noiteprovocou, (lissipain-se. 0. cariocas liavinte nnnos agil.vvun-se, applatidiam, vi-viam intensamente na plaliía e no- cama-roles, .'.gora ú pnr obri ação que alçunselegantes e alguns iiitelícctiiács, frequen-Uni com as-idlliil.'ide o Ihealro. üláu liaanuir. 0 propr>o theatro estrangeiro nãonos agrada; A Sra. Duse não tem agora nuaOvações que recebe o mesmo enibiisiasinode oülrVrà.

0 publico não se interessou com viva-ciilade.

II. vinte ann .s atrás, nos saldes, 11:13cuiversações jnl nus, só se falava daSra. Duse. 0 nome ela dislinctu actriz lor-tiou-su mesmo popula1. Os jorhaos occuiia-vain-sc delia, l'.)- Duse, depiis morrer,escreveu, parodiando a 1 lirase celebro,uni ]»rinilisia eminente. E sunellunic en-tliüstasmp rdleclia o enlhiisiasino gor.d.

Agora, já não ha o tnesinu ardor. Só umpqueiio grupo sente c dcoiiipaiiha us cs-

pedaciilus de D'Aiiiiiinzio. Felizmente,Ibsrn c 11 «tida Qablur li/.cr.nn o publicodespertar. Mis <|U" absurdo I quo exhavü-Saneia ! Como um ar lia th italiano pode in-teipretar o visionário nduilo-.i da torrados Im-ils? A ciar. za latina será capi z d1'expiimir o syiiibolismo scantlinaio'(

— Por amor de Imlos os seii.i iilnlos, nãocontinuo assim, nbj 'dou 11 o gciütemannovo e viajado. To.los os críticos diz 111

que a Sra. Duse vai a.lihiraviMtiionle b niem ll-dda Gabbler. Ileitilti. tiablee nau ô umsyinli.il>. — cnino o IlamUi liunca f i "in

tratailo do pliilosoplihi No llcilda Cablerdesenham so lynos humanos, de tempera-nientos especiaes, «giiido em lucal esp"*ciai, com nbsessõ s particulares. 15' »»'(Irmiia intenso, interessante, empolgante.A Sra. ÜílSi! o lep-cs- nin liem, com ida-t va propriedade'. Nio exageremos, po s.

Quem viajou, como cu. pelo norle da Kn-ripa, sabe que ningii m comi) a Sra. Sormaiiiterpreta Ibscn. A Sra, Duse é inieres-sanle. Ibscn gostou de sua graça. )l is naodá nos papeis o mesmo exijuisito salmr, amesma intensi nulo trágica. Não procurofazer coinpaiaeõ•-. Não quero diminuir ovalor du extraordinário Ir >li .lho d 1 arlistaitaliana. Não quero apeiiiis exagerar..¦

A uçliultisidado de Ibscn é uma Inv iir.âode sntibs.l. Ibscn era, depois de Naus n, u

homem mais popular da Noruega. Ap :"r

de suas oi ras serem cscripl.ãs 110 iinrnc-eucz 1 fiiuial, qui' e'\ ahii.nl, o dinamarquez,as próprias pessoas do p ve o lôm...

Ikdda Cableré um cstulo de caracteres1 sviiibuln.n d scussão. Kã - queroIdo lodo fala da questão,

essa crise snnhit; , talv z. Icnln um re-soltado pratico; talvez laça com í|m! aSra. Duse acabe por ver neii thealru com-

plelaiiientu cheio...—V-

sni.rinfn s. Nan-L.Mas deixemos

parecer Sllbb. 0li

Defere um jornalmadnmc Nordiea,acaba do comprar 1margens do Hudson,

de Muiiidi, quacantora celebre,•m llarmon, nas

a 64 kllometrosde Nova Yorlc, uni terreno de "U acres,para ahi fundar um Uayreuth ainerbcano. O theatro, collocado num si"11encantador, seríi construído por ummodelo exaeto do ilayreulh bávaro.O terreno custou 90 contos de reis-Mailamc Nordiea tomará pcssoalmontoa dlrecçao geral ela empreza e fará asdespezas oom o concurso de algunsmlllioharlos, entre os quaes Rockeíel-ler o Peripont Murgan.

Propõe-so estabelecer, no lado dotheatro, um conservatório, a que im".como professores, os melhores mestresda Europa. As representações wagne-riános efíectuar-se-hão no vi rão. parapermittir que se contratem regentes deorchestra. o artistas dos theatros a He-mães. A direeção musical será confia-da a Walter Damrosch.

Mailamc Nordiea acaba de embar-car parei a Europa, afim de se enten-der com a viuva e 0 Hllui de RicardoWagner, o convidal-os para n Inaugu-ração do Bayreuth americano, (pie estálixada para o mez tle março tle ltiuU.

Page 5: memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1907_08313.pdf · m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^

'*?!. V ri *¦"--' '

O PATZ — SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1907 *'<*•¦

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PREFEITURA BOJISTRICTO FEDERALPÜBLIGAÇlO DIÁRIA DOS ACTOS OFFICIAES

I>-i*ecIoria Geral do -»«__cia Adiiiinisiraliva. Ar-«íhivo e I-hIí-li-ticu /

Lote n. --•Tres pares de pentes (travessas), dois pentes de alisar, dois ditos finos,¦uma escova para dentes, um collar, tres rosários, um passador para ca-

bello, uma caixa com pó de arroz, cinco dúzias de botões, quatro papeis comagulhas, dez agulhas para crochet, uma peça de cadarco, tres ditas de pontorusso, duas de grega e tres cartas de alflnet'

Lote n. 2Um burro do côr castanha. .Distrlcto Federal, 3 de julho de 1907—A. COELHO DA SILVA, es-

crivão.

Directoria Geral de Obras e Viação

EDITALIgencia da Prefeitura no 7- distrieto—Gloria

De ordem do Sr. agente deste dislricto, faço publico que, no dia 11 docorrente mez, será vendido em hasta publica, a 1 hora da tarde, ás portasdesta agencia, fi rua do Cattete n. 154, o seguinte, apprchendido por infra-ccüo de posturas, a saber: '¦ ... - :

Quatro peças de ponto russo, 22 ditas de cadarco, 1 dita de cordão,1 dita de elástico, 3 pares de travessas, 1 pente fino, 27 carreteis de linha,8 dúzias de colchetes, 2 maços de grampos, 3 cartas e meia de alfinetes, 15papeis de agulhas, 1 dito de crochet, 44 dúzias de botões de madreperola,1 ií, dúzia- de ditos de massa, 4 pares de meias para homem e um vidro det<"1'

Dlstricto Federal, 3 de julho de 1907—FERNANDO ERNESTO CAS-TEIjL.0 BRANCO, escrivão.

EDITALAgencia da Prefeitiu"- no 12- distrlcto—Espirito Sant.

_e ordom do Sr. agente deste dislricto, faço publico que, no dia 11 docorrente mez, a 1 hora da tarde, será vendido em Tiasta publica, ás porlasdesta agencia, á rua Machado Coelho, esquina da de S. Chrislovão, o se-guinle, que foi apprchendido por infraecão do posturas municlpaes :

1- lote5 cartas do alfinetes, dois pentes finos, 7 maços de grampos, 8 pares de

travessas para cabello, 7 papeis de agulhas, 6 carreteis de linha, 10 dedaes,19 dúzias de botões de louça, 11 ditas do colchetes, 11 grampos de massa,10 botões de mola e 12 peças de cadarços diversos.

2- lote12 peças do cadarços diversos, 3 pentes finos, 1 dito de alisar, 6 maços

de grampos, 10 dúzias de botões diversos, 3 pares de travessas para cabello,4 cartas de alfinetes, 3 papeis de agulhas, 5 grampos do massa, 7 dedaes e

carreteis do linha.3' lote

1 sabão da Costa, 1 pente de alisar, 4 ditos finos, 3 pares de travessas«rira cabello, 12 peças de cadarços diversos, 10 dedaes, G maços de grani-pos, 11 papeis de agulhas, quatro agulhas de crochet, 2 cartas de alfinetes,

dúzias de colchetes o 1 caixinha contendo botões diversos.4- lole

1 touca de 18. 13 dúzias de colchetes, .1 cartas do alfinetes, 5 maços degrampos, 1 pente de alisar, 1 escova para dentes, 2 pentes finos, 3 pares detravessas para cabello, 4 pecadores para gravata, 4 grampos de massa, 1pnpel de agulhas para crochet, 24 dedaes, 20 carreteis de linha, 1 caixa debotões de osso e 1 peça de cadarco branco.

5- lotecaixa de botões de. osso, 12 peças de cadarços diversos, 1 par de meias

para senhora, 1 pente de alisar, 2 dilos finos, 2 pares de travessas para ca-bello, 12 dedaes, 4 papeis de agulhas, 1 carta de alfinetes, 2 dúzias do coi-clieles, 1 caixa contendo botões diversos, 3 carreteis de linha, 1 escova paradentes e G maços de grampos.

G- lotopares do meias para senhora, 1 dito para homem, 2 pentes de alisar,

_ dilns finos, 1 par clc travessas para cabello, 15 peças do cadarços diversos,1 carta do alfinetes, 11 dúzias de botões, 11 carreteis de linha, 3 maços degrampos o 1 escova para dentes.

7- loto1 caixa de pó do arroz, 2 pentes finos, 8 dúzias de botões, 3 cartas de

_lflnet__, 1 bolsiliha de couro, 9 peças de cadarços diversos, 1 rosário, 2 du-zi:.s do colchetes, 1 vidro de olco do babosa, 2 pontes de alisar, 3 carreteis delinha, S grampos do massa, 4 papeis do agulhas o 2 maços de grampos.

'8- loto9 peças de cadarços diversos, 1 vidro do perfume, 2 caixas do pó do ar-

roz, 8 papeis de agulhas, 1. par de travessas para cabello, 25 grampos demassa, 2 pentes finos, 3 maços de grampos, 1 carretei de linha, 5 dúzias decolchetes; 2S botões de mola, 2 dedaes, 4 agulhas de crochet o 24 dúzias debotões diversos.

Distrieto Federal, 1 do julho de 1907—DIDTMO BABO, escrivão.

EDITAL2- concurrencii»

Fornecimento de appnrclhos sanitários e instalação dos serviços do gnz eágua nas casas para operários, da avenida S"Uvndor de Sá

Estão em concurrencia os serviços acima mencionados.Recebem-se propostas no dia 12-.0 corrente, ás 2 horas da tarde.Os Srs. concurrentes, no acto da apresentação das propostas, provarão

tor feito deposito de 500?, que será elevado a 2:000?, antes da assignaturado respectivo contrato.

As especificações acham-se nesta directoria fi disposição dos Srs. con-currentes.

Constltue motivo de preferencia para aceitação das propostas, além dospreços, a Idoneidade do proponente.

Em 3 de julho de 1907—O chefe de secção, JOAQUIM PEREIRA DESOUZA CALDAS.

NOTICIAS DE S. -A110Banco de Credito Agrícola.Na procuradoria fiscal do Thesouro

foi assignado o contrato com a Com-panhla de Fazendeiros do S. Paulo,representada pelos Srs. Dr; João Ba-ptista de Oliveira Penteado o C. C.Mackonzle, e com os capitalistas ban-

•queiros, commendador Carlos "Wigg,

representado pelo Sr. Arthur Gibbons,o Francisco SattamtniT ambos dò Rio,para a organização do Banco de Cre-dito Agricola, autorizado pela lei 923de 8 de agosto de 1904.

O capital do banco será de dois ml-lhões esterlinos, ou 32.000 contos doréis ao cambio de 15 d.

O fim especial do banco, além dasoperações bancarias, é o de auxiliara lavoura, dando dinheiro em empres-tlmo hypothecario o descontando,'•warraiits" do armazéns geraes decafé, reconhecidos.

A sede do banco será. nesta capital,tendo flliaes 'nos mais importantescentros agrícolas.

O importante Banco do Credito seráinstalado nestes tres mezes, come-çan.lo desde já a compilação dos os-tatutos, que, devem ser submettidosá approvação do governo do Estado.

A directoria da instituição de cre-dito é do tres membros, sendo o soupresidente nomeado pelo governo.

O contrato foi assignado no dia4, ás 5 horas da tarde, pelos Drs.Jorge Tibiriçá, Albuquerque Lins eEduardo Fontes, 1' promotor lute-rlnoj por parto do governo; o pelosSrs. Arthur Gibbons, João Baptistade Oliveira Penteado e C. C. Ma-ckenzie.

Como testemunhas assignnram osDrs. José Getulio Monteiro, presidentedá Câmara Municipal, e Siqueira Cam-pos, senador estadoal.

Melhoramentos.Foi approvado na Comura o projo-

cto que declara de utilidade publicaa desapropriação dos prédios ns. 19 o21 da rua Direita ns. 1, 3 e 5 da ruaQuintino Bocayuva e 2-A da rua JoséBonifácio, para regularização do ali-nhamento das mesmas ruas.

por sobre o seu corpo, produzindo va-rios ferimentos.

Foi uma posição, como so vê, ml-lilarmento retomada... â foice ; o osíeslejadores de S. João deviam ter fi-cado convencidos de que o santo con-seguira acordar o fizera uma das suasfamosas diabruras.

ESTRADA BE FERRO CENTRALA macíiinr. n. 312 que devia fazer u trem

CS 5 dcscarrijpu limitem, ás 4 horas daiiixiiliã, na estação Onlrnl.

Do deposito de S. 1'iogn spriiíu Irem desnecono, tendo sido a macliiiia cucam-lada lioras dcpufó

Por cíjsc motivo alguns Ircns dos sub-urbins e d., ramal de Santa Cruz trafega-ram atracados.

Sal) m.isqufi o Dr. Aarão Reis.no lou-Tarei intuito do melhorar o s.-rviç.. uesüburliji s.cugita de estender a 4' linliaatcS-poji-íiiba.

0 Dr. Aarão Heis recebeu hontem, doengenheiro residente, novos tcli'. rátrtmassobre » aceiilciile snlrVidu pela machina >iotrem de 1-siro no kilo.iictro li. 29, do ra-mal rie Lavras.

Por esses Iclcgrammas sabe-se que aniacliiiu náo toinbuu s..bre a linha, Uuandoinclinada em sentido t.ansv.rsal.

0 tendei' dl searriluu.A causadora .Io acuiderito foi uma nin-

lher que, v.riiilo apr rumar-se o trem dolastro, deixou cair ..1. uns páos na linha.

Es.sa mulher >-slá detida.Os f.-r.in.-nt.is recebidos pelo machini.-L'.

e fogui-la s:.o l.v.-B.No .o.-al estiveram o* Drs. São Paulo e

Assis Ribeiro, este njndaiit. du loconiuçàoe -qtiellc siib-dil-ect.ii' dá linha.

EDITALAgencia da ProXeltura no i_: distrieto—Engenho Velho

)e ordem do Sr. agente deste dislricto, faço publico que, no dia 8 docorrente, s.-irão vendidos, em hasta publica, a 1 hora da tarde, ,1s portas destaagencia, fi rua da Luz n. 1, os seguintes objectos, approhendidos por infra-cção do posturas municipaes :

Loto n. 12 redomas da vidro com Imagens, 2 ditas ditas pequenas, 2 cartolrlnhas

para senhora, 1 leque de papel, 17 colheres do ferro para sopa, 5pares de meias ordinárias para homem, 3 quadros de folha, 4 ditos de cellu-lolde, 1 espelho de mesa, 1 bolsa de senhora, 7 pares de elástico para braço,_íi dedaes de aço, 7 pares de travessinhas par» cabello, 1.2 carreteis de linhapreta, 8 pentes de alisar, 2 ditos finos, 2 ditos para bigode, 3 peças de ca-tlarçò de ceroulas, 1 dila dito preto, 3 cartas de alfinetes, 7 pares de brincosfantasia", li lapiseirns, 3 pulseiras de vidro e i copos fantasia.

Lole n. 22 espelhos fantasia, 2 sabonetes caboclos, G sabonetes ordinários, 1 bolsa

para senhora, 1 carteira ordinária, 1 gaita, 11 maços de grampos, 1 touca delã, lã pentes finos, 3 ditos de alisar, 2 caixas de pó do arroz, 1 vidro do óleode babosa, 4 espelhos pequenos para bolso, 2 escovas para dentes, 1 travessapnra cabello, „ anéis ordinários, 2» carreteis de linha de cores, 4 dúzias decolchetes, li dúzias de botões ordinários, ti dúzias de ditos de louça, '4 toalhasordinárias para rosto, 1 dur.la de lenços ordinários, 6 pares de meias paraho.ii-ni e lü cartas da alfinetes.

Lote n. 3- espelho» para mesa, S ditos pequenos, 8 carreteis'do linha, 3 pares de

pent-s-travess-s, 1 pente de alisar, 2 ditos finos, 2 dilos para bigode, 2 cartasde ol*liiele.s, 1 par de sapatlnhos de lã, 2 páos dè sabão de alcatrão,2 ditos ditos pequenos, t peças de cadarco branco, 2 ¦ cosme-ticos, 11 agulhas de crochet, 15 alfinetes fantasia, 1 vidro de óleo de ba-bui.a, 1 vidro de óleo da coco, 1 vidro de extracto ordinário para lenço, 3 du-zias de botões de madreperola, i du.ias de colchetes, 2 escovas para dentes,4 cartas de alfinetes, 2 pares de travessas para cabello, 2G peças de cadarcobranco, 2 peças de ponto ruaeo, 1 oaixa de sabonetes ordinários, 2 maços degrampos, 5 dúzias de botões de louça, 3 allianças de metal ordinário, 2 dúziasdo li..toes de osso, 1 broche ordinário e 15 quadrinhos para retrato.

Lote n. 418 carreteis de linha de diversas cores, 13 maços de grampos, 12 dúzias

de botões de louça, 2 ditas do ditos madreperola, 9 peças de cadarco ordi-nnrio, 17 botões de molla, 14 grampos imitação tartaruga, G papeis de agu-lli.is, 2. alfinetes de fralda, 4 dedaes ordinários, 1 sabonote ordinário, G ma-ç..h de alfinetes fantasia, 4 brinquedos com molla, 2 bolas fantasia, 2 cartasde alllnstès, D dúzias de colchetes o 2 espelhos pequenos fantasia.

Lote n. 5 •1 espelho fantasia, 1 caixa de pó de arroz, 1 vidro do óleo de babosa, 4

sabonetes ordinários, 2 sabonetes Delicia,, 2 peças de ponto russo, 2 peças decr.ularço ordinário, 5 dedaes ordinários, 1 carta de alfinetes, 4 pares de elas-tico para braço", 2 rosários, 1 par de travessas para cabello, 3 dúzias de col-clieles, G dúzias d. botões de louca, 4 carreteis de linha branca o G agulhasde. crochet.

Lote n. Gt—3 peças d» ponto russo, 3 pares de pentes-travessas para cabello, 9

wapeis de'agulhas, 9 carreteis do linha branca, 2 ditos do cores, 2 certas deiill.neies, 1 escova pnra dentes, 2 pentes finos, G maços de grampos, I paresde elásticos para braço, 2 peças de cadarco, 1 dúzia do colchetes, C b"-tb*es parapuni.os e 11 dúzias de botões de vidro pura camisa. ._,„_.._„ .. -.„,_

Dlslrlcto Federal, 1 do julho de 1907—CARLOS FREDERICO OLDE-Í-IlURü, escrivão.

EDITALAgencia da P_e.cl.ur_ no 15- distrieto—Aiuluraliy ..

Faço publico, do ordem do Sr. agente, que, no dia 11 do corrente mez,a 1 hora tia tarde, As porlas desta agencia, fi rua Gonzaga Bastos n. 1 B,sera vendido om hasta publica o seguinte, que foi apprebendido por infra-cção do posturas :

ASSISTÊNCIA A IMCIA

Exposição de S. Luiz.Chegaram ju, fi capital os volumes

contendo as medalhas o diplomas con-feridos aos expositores paulistas queconcorreram fi Exposição Universal deS. Luiz, a saber : quatro medalhasconimemorativus, 19 grandes prêmios,98" medalhas de ouro, 102 medalhasde prata e 95 medalhas (Te bronze.

A entrega será solemnemenie feitapelo governo.

SUnto Amaro.Foi assignado pela Câmara Muni-

cipal de Santo Amaro o contrato deáguas e esgotos para aquella vllla.

O contratante desse serviço . o en-genheiro André" Veríssimo Rebouças.

A escriptura foi lavrada no cartóriodo Sr. Claro Liberato de Macedo.

Custeio rural.Esta publicado o decreto que appro-

va os estatutos do Banco Rural de Ri-béirão Preto, sendo, porém, supprl-midas as disposições das letras o e fdo art. 2 e dos arts. 34 e 85.

Na procuradoria fiscal do thesourofoi hoje assignado o contrato proviso-rio para a constituição desse estabele-cirh.nto, do qual são dirèctores. osSrs. Durval Vieira de Souza, preaiden-te; coronel Elyseu de Campos Pinto,vice-presidente, e capitão Renato Jar-dim. thesoureiro.

Temporal.Quinta-feira,'fis 2 horas da mndru-

gada, desabou tremendo temporal so-bre o município de Araraquara.

Na chácara S. Bento, nos arredoresdaquella cidade, o tufão deitou porterra uma casa abandonada, perecen-do um boi sob os escombros.

Diversas casas da cidndo ficaramdestelhadas, caindo tambem algunsmuros.

Posição retomada.Em Botucatú deu-so ha pouco um

incidente, no regresso do uma fesla,que seria cômico senão reluzisse nelle,como respeitável ameaça, a lamina deuma foice afiada, e não houvesse umasenhora machucada.

Noticia o "Correio de Botucatü"quediversos rapazes e moças que voltaramem carro de bois da fazenda do Sr.Marciano Nunes da Rocha, onde as-sistlram íi festa de S. João, o se diri-giam á estação de Victoria, foram sur-prehcndidos por Francisco Ferraz.que,armado de faca e foice, alcançou-osafim de apoderar-se de sua mulher,que ha tempos o abandonara.

Ameaçando a todos, Ferraz lavoucomsigo a esposa e momentos depoisvoltou em busca de seus filhos. Nestosegundo assalto, a senhorita AntonictaMagalhães saltou do carro o com tan-ta infelicidade, que as rodas passaram

O Insliluto de Prolecção e Assis-tencia .1 Infância prepara o program-ma das festas com que. solemnl.arfi- o-G- anniversarlo da inauguração do dis-pensario Moncorvo, que tio generososoecorro tem dado as crianças pobresque ali vão.

Sabemos quo haver- uma sessãocommemoràtivà, onde serão inaugura-dos os retratos dos Drs. Passos e SouzaAguiar e o do Dr. Domingos Guima-ries, quo conseguiu na Câmara dosDeputados uma verba para auxilio doinstituto.

Nesse mesmo dia serão distribuídasroupinhas e soecorros a 1.500 crian-ças pobres. E' muito, mas pôde serainda mais, se as nossas gentis palri-cias, tio caritativas que «ão, auxilia-rem o Instituto de Assistência fi Infan-cia, na faina do accumular prendas,para a fesla da caridade intelligente,para a alegria dos pequenos pobres.

ii!USKA_\resic_oOuvimos do Dr. Antônio Olyntho,

com referencia ao comparecimentodos Estados nacionaes na grande mos-tra geral de 1908, mais ou menos oseguinte:"Todos os Estados, estão cheios deenthusiasmo e não medirão sacrifíciospara se apresentarem brilhantemen-te; a unlca difficuldade séria, porém,com que terão de luetar, é- a igno-rancia da maneira mais convenientede organizarem as suas exposições."

Estfi bem dito.De nada valerão ' avalanches ma-

gestosas de produetos desordenados emal cuidados, ou não representando,com verdade, o máximo de progres-so e perfeição attingido; inspirarãomal, não mostrarão nada e o publicoficara na mesma.

Na verdade, todo o mundo sabo queno Pará fazem ehapéos de palha; aexposição deve patentear que essesproduetos são bons, são optimos, ri-vaüzundo com o similar estrangeiro, eque, portanto, antes de importarmos,devemos esgotar a nossa producção,animal-a com o nosso consumo, paraque progrida o mais jfossivol em qua-lidade e quantidade. Esse ideal, po-rém, ficará destruído, so. não se apre-sentarem convenientemente.

Do mesmo modo, os tecidos nacio-naes, variadissimos e numerosos; osvinhos, os licores e as cervejas; osmoveis, as massas, 03 doces, as conser-vas e as frutas.

Minas Geraes, um dos primeirosEstados brazileiros, quevé, sem recla-mo, nem exagero, sem douradurasfalsas, ha de espantar muita gentecom o que vai apresentar, e esse re-sultado esplendido só depende de umaorganização bem feita e melbodica.

Não ha necessidade de grande ..es-palliafato—tudo deve ser multo sim-pies, verdadeiro o constituir especia-lidnde.

O governo mineiro Indicará aos mu-nicipios, para que mandem somente osseus prlnòlpaes produetos, já perfei-tos c erri boas-condições para expor-tação.

Qual poderá ser o bom resultadoobtido por Sabarfi, mandando umasaeca de café de qualidade inferior,mal beneficiado o com reles acondl-cionamenlo, se os munieipos da Mat-ta mandam admiráveis amostras dosmelhores typos, cuidadosamente tra-lados e acondicionados para serementregues ao consumo ? Uma negativase impõe.-Diamantina não mandarácerveja, porque a sua é muito infe-rlor ás de Bello Horizonte e Juiz deFora. emquanto que seus requeijõesnão têm rival em todo o Estado.

E não haverá diflieiildude nenhumanessa distribuição, Intelligentementefeita, das capacidades diversas dos in-dustriaes e agricultores mineiros. Pa-ra prova, tomos as denominações devários produetos, indicando as zonasque os produzem melhores;

Fumos de Guanhães. Pomba, RioNovo, o Carangola; carne secca do ser-tão. cal de Lafayeltc, vinhos de Dia-mantina, Ilabira, Campanha e Serro;panelas de pedra de Serro; queijos dePalmyra, S. João d'E-1-Rel e Dlamán-tina; requeijões do Tigre (Dlamanti-na); louça tio Cnheté; violas e violõesde Sete Lagoas e Queluz; jóias e pe-dras preciosas de Diamantina; man-gas de Sabará; mármores de Bello

ptos a ajudal-o, pois, que muitas faml-liaa cederam para esses trabalhos fa-chás de terrenos com 35 metros delargo, gratuitamente.

A representação pede ainda quo ocanal seja levado do mar a mar e citacomo exemplo o canal do Mangue, doRio do Janeiro.

Termina appellando para todos ossecretários de Estado, individualmente.

A Associação Beneficente dos Em-pregados do "Jornal do Commercio"transferiu a sua sede para o becco dasCancellas n. 2 (esquina da rua doOuvifor), 2- andar.

NAVALHADANa niriMunq.iipary eiiiromraram-se hnn-

trrrri à lardc ns indivi.iuos de nomes Nur-he to Inn.iccncin e Francisco Lopes daSilva, o primeiro morador aquella ruan. 12, e ú segundo residente á rua MartinsCosta n. 9.

Não se gostavam os dois homens", e sa-hendó ü _só; um grupo .;iv aionip. nhavaNoibrrlo in-tigo i-o para que toinas.-e umdestorço do oulro.

Travaram então lu- ta, da qual sairi Lu-nos ferido com i.tçií.. nava.liada nnbraço esquerdo e yíb.iída por NorbeVlo.

liste, protegido pdlbs c.mpanhcirns, Iaa f gir, quando o soldada dn corpo deinfanteria de marinha ti. 39, da 4" compa'-nina, nue eslava próximo, o prendeu.

0 oITi-nsor foi apresenta.to a [...licia do20» districio, que contra elle lavrou o autode llaiirante c fez conduzir o ferido a suaresidência,, dcpms de medicado na plur-macia --anil Clair.

FORÇA PUBLICAMarinha.Devem ser rcmettidos antes de

quinta-feira, ao conselho do almirun-tado, os mappas para as promoçõesno corpo de co.mfnlssarios.

—Já estão organizadas as Instru-cções para os exercícios da esquadrano norle da Republica.

Guerra.E' superior do dia fi guarnlção o

major Joaquim Ignaeio;Ao commando do dlstricto está de

dia um official da 7- brigada e aoposto medico o Dr. Guimarães Padi-lha;

A f.' brigada dá a guarnição da ei-dade o a !>¦ o serviço extraordinário;

O 1' batalhão dá os dois officiaespara a ronda de visita;

Uniforme, 4-,Guarda nacional.Detalhe do serviço para hoje :Estado-maior, capitai. Américo Fe-

lix Soares de Aguiar;Auxiliar,;-"alteres Samuel Cupertino

Durão: _ ¦ ,Os ?¦• e o 2J' batalhões de infan-

teria dão as ordenanças para o quar-tel-geheral;

Uniformo, G\

O Brar.il no estrangeiro.Acompanhado de sua familia, em-

barca amanhã em Santos, no "Chlli",

para a França, o tenente George Plan-tade, que ha bastante tempo resideem S; Paulo, tendo

"desempenhado alio cargo de director do posto zoote-chnico da Mooca, que deixou para fa-íter parte, como auxiliar, da missãomilitar franceza de Instrucção fi po-licia do Estado.

O tenenU George Plantade, quo éum dos antigos alumnos da EscolaPolltechnica de Paris, volta á sua pa-trla, onde vai publicar interessantetrabalho, que tem quasl concluido, so-bre geographla, historia, industria,fontes de rlquera, etc, de S. Paulo,estando para isso munido de excel-lentes observações feitas nas constan-tes viagens que realiaou pelo Estado,na. suas diversas zonas.

O aeu eatudo tem o cunho especialde accentuar o desenvolvimento in-dustrial, demonstrar o que convinhaaoscapitaes estrangeiros ir ali expio-rar nesse ramo, apresentando e pondoem evidoncía fontes que mal so co-nhecem ou são desconhecidas na Eu-ropa.

E' intenção sua fazer conhecerquanto ha de apreciável, financeira eeconomicamente em S. Paulo, dedi-eando e entregando o seu volume fissociedades de geographia de França.

O tenente Plantade reuniu impor-tantos documentos sobre o estado deprosperidade em que so encontramos industriaes e deve-os fazer conhe-cldos, acompanhados de biographias.

Relativamente fi viação, o ex-dire-cto? do posto de Moócu, vai bem do-cumentado, assim como das differen-tes zonas que percorreu durante o seuincessante trabalho.

E' possivel mesmo; aceresconta o"Popular", quo a sua partida, maisrápida do que se calculava, lenha sidomotivada por queslões importantes,que se ligam a capitães quo provável-mento virão para S. Paulo.

Horizonte. Ha um milhão do coisasdo sertão, oulro da malta c centro omais outro do sul o triângulo.

Com essa divisão, a representaçãode Minas será mais completa e maisbrilhante pela vinda de espeeialida-des, de produetos e manufacturas pro-prios para serem expostos, e no seumáximo de perfeição at.tini.ldo.

Será conveniente que Minas tenhaseu pavilhão separado, para assim po-der ostentar todo o polymorphismo desuas industrias, culturas o artes. Nãodeseja o obreiro do progresso e da de-mocracla, o Sr. João Pinheiro, esta-beleeer aqui no Rio, como agente depropaganda commercial, uma expo-sição permanente de produetos mi-neiros ? Poi3 esse pavilhão próprioserá o grande e solido esteio da crea-ção futura.

Um patriótico entbuslasmo deve im-pellir os activos mineiros nessa revistanacional do valor econômico,, da ca-pacidade product.ora e artística de ca-da um dos Estados, de cada uma dasgrandes estrellas de nossa constelaçãopolítica.

O presente, severo o queixoso, jípede contas ao passado pela apatbiacom que tem compromettido a mar-cha de nosso progresso. Açors, nãoreceamos dizel-o, é que iniciamos alueta intellitrente e directa, abando-nnndo o espirito de fraqueza c de cri-minosa preguiça do .passado reflmen.

A boa imprensa hoje trata mais denossa política econômica, nosso des-envolvimento industrial e agrícola,prérando a "ruerra santa" contra arotina, do quo de política pessoal.A propaganda das grandes victoriase commettimentos, da nossa capacida-de, em summa, é Impulsionada porella, como deve ser por ella feita aevangellzação contra os egoístas, queexploram o povo Ignorante, com aslenlejoulas ifléaes que não praticam,nunca praticaram.

E' pelos factos quo se pôde, comcerteza, aquilatar o progresso real, cé este facto que precisamos afflrmar.—C.

ARTES E_JFT!ST£SPrimeiras re_)rc_ciitnçõcs.

ELEONORA DUSE —Odctte, comedia emquatro actos, de Vlcto-rien Sardou.

Em so tratando da "Odettc", comode outras muitas peças de Sardou,deve-se dar o assumpto por esgotado,tão discutido tem sido esse repertóriode emprezario, visando os effeitos pia-teaes, sem preoecupação literária.

Escolhida para a "malinée" de hon-tem, parece ter isso obedecido fi In-disposição do Eleonora Duse, pro-curando-se-lhe um trahalho pouco fa-tigante, ao passo que nem todos osartistas da companhia parcelam estarde posso do seus papeis.

Para a grando actriz italiana, a"Odetto" é pouco ou mesmo nada; emtodo o caso, uma artista de talentotira sempre partido mesmo do pou-co que lhe dão os autores; do modo

que a representação da comedia de

Victorien Sardou recebeu delia o calorde uma artista dramática, quo conhe-os todos os segredos da scena e quet«m a especialidade de saber commo-

ver. E não foi pequeno o relevo queella imprimiu á scena do encontrod.s dois cônjuges, no 3' acto, assimc.mo a todos enterneceu naquella an-

gustlosa scena do encontro entro mãie filha, sendo esses os dois finaes deactos mais applaudidos pelos espo-ctadores.

THEATRO RECREIO—r O nol-vo do mochila, vaudevillo emquatro actos, do Chivot eDurú.

Saneamento do Santos.Grande numero de intinlcipes do

Santos, por intermédio do secretario daagricultura de S. Paulo, enviaram aogoverno do Estado uma representa-ção, pedindo para que não sejam sus-tadas as obras de saneamento daquellacidade, principalmente as dos canaes.

Entre outras alterações, affirmam ossignatários que essas obras trazemenormes vantagens sanitárias e embel-lè-àtri a cidade, .offerecendo immedia-lamente aos viajantes uma idéa doadiantamento do Estado de S. Paulo.

A obra começada, que deu em re-sultado a rectificaçáo dò infeclorlo dossoldados, mostrou ao governo que osproprietários santistas estavam prom-

O velho theatro da rua do EspiritoSanto, quo estfi passando por uma

grando reforma, apesar da chuva im-

porlinente de ante-hontem,obteve umanumerosa platéa, que so deliciou fran-camente com a grande novidade queoffereceu a companhia Dias Braga;a montagem de. uma nova peça—vau-deville-opereta, uma excellento sur-presa.

Effectivamente, Azeredo Coutinho,cujo nome não é estranho ao theatro,traduziu com grande habilidade o in-teressantissimo vaudevillo francez.

Conhecedor do theatro como é, sou-bo aproveitar todas as interessantesscenas o bons situações, dialogandoperfeitamente bem o em boa lingua-

gem revestindo do razoável decênciaas phrases mais livres do apimentadovaudevillo, de modo a tornal-o dignoda representação para uma platéa es-volhida.

Mas a roupagem que escondo o mas.cara não impede a duplicata de sen-tido, a ambigüidade quo agrada tantoquando ê feita com arte.

O "Noivo de mochila", com infl-nita graça disso hontem uma das me-lhores actrizes que a representam, éuma peça .amphibia". Realmente, asua característica é essa : decente paraqum apenas ouve o não para quem,além do ouvir, percebe.

As situações do embaraço cômico,as espirituosas circumstaneias em queos factos se dão, as piadas opporlunas,os sublinhados subtls, emfim, todas asperipécias imagináveis em um enredodo vaudeville, fazem com que ella con-stitua o que se chama de um modoconvencional e clássico uma "fabricade gargalhadas".

Mas, convém lembrar que o "Noivode mochila" é um "vaudeville doublé"de uma opereta : possuo uma lindamusica, fácil e alegre, em cujo capri-choso arranjo muito se esmerou omaestro'I.sehoal Pereira, contrlbuln-do desfarto para o grando suecessoda peça.

Os variados papeis, n,a sua maioriabons.tiveram escrupulosa distribuição.A Cinira Polônio coube o sou papel,iste é, o papel de actriz. O sou ar donatural elegância, as suas sempre cor-rectas altitudes, a sua graça innata, asua proficiência de artista e 0 apurono vestir-se, são qualidades que ellarevela nesta peça exuberantemente,como tem revelado em anteriores.

Helena Cavalier com a caracterlsa-ção feliz de angra extravagante, mascordata c de esposa "positivista", mas"acalorada", mostrou mais uma vez oseu raro talento do actriz que conheçoo "mélier" em suas menores partícula-rldâdes o fez palpitarem de vida o na-turalldado us scenas em que entrou.

Outro bom papel fel-o Mediria deSouza—o de criada rústica, dando-lhamuita graça e vivacidade.

Machado, o velho cômico, no papelde Bo-iílancourt; sujeito á deternii-nada compostura, conseguiu lambemperfeita representação, e merece osmelhores elogios.

Rumos, cuja habilidade se evidon-cia om cada novo papel, agradou in-teiramente no galan-eomico Oscar Du-111; Alfredo Silva, no sargento, apro-veitou-so com corroeção dos partidosdo [tapei e disse-o com o seu particulare espirituoso modo; tambem agrada-ram francamente em pequenos papeisPortulez, Esther Bergerat, Claudlnode Oliveira, Regina Moreno, Bragançao Figueiredo, que, com os demais ar-listas, cooperaram para o magníficodesempenho do "Noivo de mochila",que do corto terá,- como merece", longao feliz carreira.

S6 nos resta felicitar calorosamenteao aclor Portulez pela sua "mise-en-scéhe." e pelo seu magnífico trabalhocomo eiísalador. E' realmento dignodos maiores elogios.

Olgiv Mnssucci.Realiza-se hoje no Instituto Nar

cional de Musica, ás 8 horas, O,con-certo da harplsta Olga Mnssueei,cem o concurso da senhorita CelesteJaguaribo o dos professores RicardoTaiti, Arnaud Gouveia e Iguassú daCosta.

O programma é o seguinte:1- parte — 1, J. Tiiomaz, "L'addlo

dei ménestrelto"" (h-.rpa), senhoritaRassuccl; 2, a), Sara.ativLes a.lieux",b) Slrori, "Dors, mon enfnnt" (violl-no) professor R. Taiti; .', (io.lefroid,"Les gouttos de rosée", _enl_orltá Mas-sueci. 4, M. Thomaz, "Hamlet" (ario-so, para canto), professor Iguàssú daCosta; 5, F. Thomé, "A.ndanlo reli-gloso" (harpa, violino o órgão), se-nhorila Mssjueci e professores Ricar-do Tatti e Arnaud Gourein.

2' parlo — II, A. Hasselmans, "Dal-laõe nndnluse", senhorita MassüCpí*7, Fellclen Dayid, "La perle du Bré-sll" (canção), senhorita Celeste Ja-güarlbo; 8, a), N. van "fTasterhO-t;"Canzonetta"; b), A. Hasselmans,"Berceuse", senhorita Massuccl; 9.Bazzini, "_)l-_-ia", professor RicardoTntli; X, F. RIccI, "Crlspino e Ia co-maré" (duelo), senhorita Celeste Ja-guaribo e o Sr. Iguassú da Costa; X,•'Marche triomphale du rói David.'\senhorita Olga Massucci.

Chico RçáÇnao.Chico Redondo despediu-se ante-

honteni do publico suutisia, com umconcerto, em que tomaram parte aExma. Sra. D. MáEhUj_e de Alberga-ria Monteiro, os Srs. José Maria Mon-teiro o Luiz de Freitas o o maestroAnlonio Leal.

Entre os números do programmaD. Francisco Coutinho inclui.i um tro-cho de Vianna da Moita, a popularcanção "A lavadeira e o caçador",cantada por elle e a Exma. Sra. donalia.thil.le Albergaria.

O bello barytono foi, como devia,eiithusiasticamente applaüdldo em to-dos os números, tendo a canção, nadoce língua que comprehendomos efalámos, provocado uma ovação.

l-ic°nòra DuSc;Está annüricínda para amanhã

primeira representação do drama deM. Maoterlinojc, "Monria Vann»", em7r recita do assignatura.

a

FOLHETIM 149

DADRES E BEATOSHECTOR MALO

VliltSAO 1'OHTUGUEZA.

.OL-O DE MAG-.LB-ÃEST-IICEUIA PARTE

£s_f--ieiici^'doi. inaclrea

A preeeplora dizia de si pr.ra si queo velho fidalgo não era surdo nemcego, e que por conseqüência deviaser intencional aquella indifferença.Que significava, pois, aquella inquali-ficarei indulgência, que .«stava emCompleto e absoluto desaccordo comus reoommendações, que em oulrotempo lhe fizera ?

Depois do almoço, porém, esta sur-pre*. transformou-se em verdadeiraestup éfacçâo.

o conde de Ia Roche Odon, logo de-pois de se levantar da mesa, tinhaconversado em particular durante ai-guris momentos com Ricardo de Gar-üllane, e em seguida, chamando Be-ren_r.;re, havia-lhe dito que fosse darum passeio no jardim com o capitão.

Mi»s Armach, logo que ouviu es-tas palavras, preparou-se para os.acompanhar, mas o conde de Ia Ro-che Odon deteve-a.

Perdio, miss Armagh, lhe dis-Kft elle : desejava consultal-a a re-"•peito de uma carta que preciso eacre-ver pura a Inglaterra ainda Jioje.Mas.. .

E som pronunciar uma unlca pala-vra mai_, a preceptora apontou com asua longa ruão descarnadu.para Beren-

géi-e e Ricardo de Gardilane, quonesse momento saiam da casa dejantar.

— Deixemo-los passeiar á vontade,respondeu o conde de Ia Roche-Odon.

Miss Armagh tinha muilo arrai-gado no coração o sentimento do re-speito pelo velho o venerando fidalgo,para quo se atrevesse a reca.leil.rar ;mas ficou literalmente pasmada, per-gunlando a si própria o quo queriadizer tudo aquillo.

Berengéré e o capitão tinham-seaffastado do castello rapidamente esem pronunciarem uma palavra uni-ca; e, foi sõ ao cabo de alguns minu-tos, e, quando se achavam já a umacerta distancia de casa, que a don-zela rompeu o silencio.

Ricardo ! murmurou ella comyoz tremula de commoção'.'

Berengéré ! balbuciou Ricardode Gardilane, não menos impr.ssio-nado.

E continuaram a caminhar compassos mais vagarosos.

Passados alguns momentos de si-lencio, tornou Berengéré :

Poclemos finalmente explicar-nos, Ricardo. Que longo me pareceuhoje o almoço! parecia que não ti-'nha fim ! Que lhe disse meu avô ?

Diase-me unlca e simplesmenteas seguintes palavras : "Minha netadeseja falar-lhe, meu caro capitãoGardilane ; desobrigo-o portanto, massomente por hoje, do cumprimento dapromes-a que ba tempos lhe exigi."

Ah ! muito bem I estamos entãolivres. Gozemos meu adorado Ricsr-do, a deliciosa ventura desta horasem perdermos um unico momento.Deixa-me ver-te bem, meu amigo ;deixa-me olhar para ti frente a fren-te... Ha tanto tempo já que não tevia assim, tão perto de mim !...

No momento em que a donzela dl-zla eetas palavras, chegavam os doisnamorados a uma rua, formada porduas longas fileiras de arbustos, quese prolongavam purallelamente umafi outra como se fossem duas longas

paredes do verdura. Do ponto cm quoora se achavam não podia ver-se ocastello,o por conseqüência tambemelles se achavam oceultos aos olhosdaqtielles que porventura quizessemobserv.tl-os das janelas do edifício.

Berengéré parou' o collocou-se emface do capitão ; depois, dando-lhe asmãos, ficaram ambos duranto umlongo espaço a contemplar-se mutua-mente. Dir-se-hia quo a alma se lhesconcentrara toda inteira naquelleolhar, em que transparecia a ' maisfunda e .xtremosa paixão.

Por fim a donzela fez um esforçosobe si própria para se emancipardaquella espécie de embriaguez, emque se achava mergulhada e murmu-rou :

—A expressão dos teus olhos, meuRicardo, denuncia uma tal ou qualperturbação Inquieta, o é realmenteegoismo e indesculpável crueldade daminha parle deixar-te soffrer assim,sentindo ou, como realmente sinto,quão acerbo devo ser o teu tormento.Escuta, "pois, o que vou dizer-te, ami-go. Meu pai recebeu hontem uma vi-aita : foi falar com elle uma mulher,que lu temes e detestas, assim comoeu tambem a detesto e temo.

—Madame Pretavoine '.'—Eu já. presumia que tu adivinha-

rias que fora ella ; mas o que creionão podes adivinhar é qual foi o fimda sua visita a meu avô...

—Provavelmente foi annunciar-lhe,com toda a espécie de attenções hypo-critas, e dizendo sempre que só que-ria o bem teu, que por um acaso, aque ella de certo chamou providencial,nos tinha surprehendido em conversaintima no meio de um descampado. . .

—Quando meu avô me falou, comexpressão gravo e descontente, na vi-sita de madame Pretavoine, tambemfoi essa a primeira supposiçãtt, queme oceorreu ao espirito. Mas tambemeu me enganei, eomo lu acabas deenganar-te. Trata-se de uma coisamuito mais ameaçadora, e principal-mente muito mais extraordinária.Nio podes de modo algum imaginar...

— Imagino, Imagino... Madamerrctavolne foi pedir ao conde de IaRoche-Odon a mão do sua neta paraseu lllho Aureliano Pretavoino.

—Pois que ! sabe ?. . .—.lá hontem se não falava em outra

coisa em Conde.—Oh ! e serfi crivei que alguém

julgue possivel um tal casamento ?exclamou a donzela com uma expres-são digna do mais orgulhoso e altivodos Ia Roche-Odon.

—Madame Pretavoino foi a Romapedir um titulo de conde para o fl-lho, única e exclusivamente pura tor-nar esse casamento possivel.

—Sim, mn titulo de condo dadopelo papa ! que significação tem Isso ?

—Para madame Pretavoine temmuita, pois acredita sinceramente ede boa fé, quo o seu filho é actual-mente tão nobre como a própria nelado conde de Ia Roche-Odon.

—Ainda que elle fosse tão nobrecomo nôs, jfi não poderia deixar deser para mim o muilo ridículo o en-fadonho "rapáz-modelo".

—Que respondeu teu avô ao pedidode Madame Pretavoine ?

—Toda a gente sabe, e por isso nãopreciso insistir neesa afflrmativa, quemeu avô trata todos com a mais dis-tineta e attenciosa delicadeza ; e to-davia, quando madame Pretavoine lheexpoz o seu pedido, ficou tão vlolen-tamente Indignado, que sô a muitocusto resistiu ao desejo de a pôr forada porta.

O capitão Gardilano desatou a rirfrancamente.

—Não rias, meu Ricardo, continuouBerengéré com Iriteza, não rias quen&o estamos ao abrigo do perigo.

Nio só se tranqüiliza a indignaçãode meu avô, como lambem a julgasmuito bem fundada, porque não vêsem tudo isto senão Mme. Prctavoi-ne... Mas não é, de certo, ella quemmaior temor deve inspirar-nos, não;mas sim um personagem poderoso en-tro os poderosos, com cuja autori-dade ella se escuda, e a quem meuavô respeita e venera...,

—Quem é ,l V

—O nosso sagrado pontifico Pio IX,que se Interessa pela realização destecasamento, e que o deseja.

E, depois do haver pronunciado es-tas palavras, Ucrengére narrou ao ca-pilão, detalhadamente, tudo quantoseu avô lhe explicara no dia anto-rior.

—Jfi vês, meu adorado Ricardo,disso ella, depois do haver concluidoa sua explicação, que a situação não étão boa, nem estfi tão definida, comopensavus. Meu avô pediu a Mme. Pre-tavoine tempo para reflectir, mais porconsideração com o santo padre, doque por condescendência com ella, e eunem por sombras admitto a duvidade que a resposta geja negativa. Essaresposta, porém, ha de provavelmenteser julgada do pouco valor; os pre-tendentes voltarão deste e daquellemodo á carga. Meu avô vai ser ator-mentado por pessoas consideráveis,quehão de tentar por Iodas as maneirasforçal-o a mudar de opinião. E' porcausa delle quo eu tenho medo dessasinsistências.

—Parecem-mo um pouco exagera-dos os teus_j;ecelos, minha queridaBerengéré. Estou convencido de queessas pessoas consideráveis, em quefalas, não se atreverão a insisitir, logoque teu avô dê uma resposta decisivae resoluta. f

—Enganas-te, meu amigo : a inílu-encla que Mme. Pretavoine tem sabidoadquirir sobre as pessoas a que bapouco me referi, é tal, que facilmenteconseguirá, a cooperação dellas na-quelles dos seus negócios em que care-ça do seu auxilio; e realmente o casa-mento, que tão ardentemente deseja,não é para ella mais do que um ne-gocio. Muitas coisas que até hoje mepareciam ineompreliensivels e inex-plieaveis, nfllguravam-se-me agoraclaras como a luz do dia: o pedido deMme. Pretavoine elucidou-me sobreesses enygmas. Não é já de hoje nemde hontem que ella tenta captar a be-nevolencia e sympathias de meu avô;para nos convencermos disto, bastarecordarmos a maneira por que ellaconseguiu introduzir-se na Rouvraye,

com o filho, bem como os exageradis-simos elogios, que o padre Armandoo muitos outros teciam continuamenteás virtudes do "rapuz-modclu".

E não foi só na vida particular domeu avõ que ella conseguiu tomar umlogar; actualmente—o este facto é tal-vez mais gravo ainda—lem tambemingerência directa nos negócios delle.Bem sabes que meu avô se viu forçadoa pagar sommas muito avultadas, pordividas contraídas por uma pessoa quejá nio existo, c, nem sei ou bem eomo,Mme. Pretavoine dispoz as coisas, demodo que é ella a única credora domeu avô. Oh! infelizmente ha umaterrivel teia tecida em volta dello eem volta de nós !

—Embora; teu avô,, apesar da suaidade avançada, tem .ainda verdadeiraforça de vontade e nio é homem queso curve a uma Imposição alheia.

—Ah ! de certo; e tambem eu tenhoa convicção intima e profunda de que,se a sya resistir incólume á lueta, quevai ser forçado a sustentar, a sua for-ça de vontade nem por um momentofraquejará. Mas terá a sua saudo a ro-bustez necessária para resistir a essesembates ? Nutro sérias apprehensõesde que o meu povre avô não têm ovigor preciso para iaso. A ti, meu que-rido Ricardo, a ti, a quem consideroji como marido, a ti posso eu dizero que ninguém sabe ainda em Conde.Lego depois da nossa entrevista nasruinas do templo, meu avô teve umataque apopletico...

—Um ataque apopletico ! repeliu oofficial parando de chofro.

—Sim; mas ninguém o soube, por-que ella me prohibiu expressamente^que o divulgasse. Nem mesmo no cas-'tello transaIrou coisa alguma acercade lio terrível accidente. Só eu trateide meu avô naquelle angustioso mo-mento, pois, é indispensável que...

E Berengéré hesitou por um nio-mento; depois continuou:

— E' de uma Importância capitalquo meu avô seja "Julgado vigoroso eforte. Para prevenirmos as más con-seqüências, que pudessem resultar da-c_uelle ataque, não obstante ter ello

sido levíssimo, fomos a Paris cônsul-tar o Dr. Curti..niieau, o qual recom-mendou Insistentemente a meu avô amais completa o absoluta quietução doespirito, ora, como poderá ello gozardessa quietação de espirito, como po-dera elle viver, tranqüilo, no meio d03terríveis tormentos, que de todos oslados vão inlligir-lbe ? Não serfi parareeeiar um segundo ulaquo ?

E a donzela interrompeu-se por ummomento, com o peito offeganto docommoção e os olhos razos do lagrl-mas. Fez, porém; sobre si própria umesforço, e proseguiu:

—E ainda isto não é tudo, meuadorado Ricardo: depois que levo o in-sulto apopletico, a saúde de meu avô,anteriormente tão vigorosa, é vaei-lante o melindrosissima. Ha nelle umenfraquecimento, que não notam tal-vez os que não vivem na sua inlimi-dade, mas que eu vejo ir augment.ndodia a dia. Eu, que estou continua-mento junlo delle, conheço muito bemo seu estado geral, lanlo pbysica comomoralmente. Começa a estar desme-moriado e de uma sensibilidade ex-eessiva...

Bem podes, pois, comprehender que,nestas condições, o seu espirito e von-tade se deixarão influenciar muito mais"facilmente, do que ha alguns mezes.E que acontecerá, se essas influenciasestranhas, que tanto receio me in-cutem, tiverem o poder de abalar asua força do vontade, em que tantaconfiança tu depositas ? Desde essemomento, viverei eu em lueta abertacom o meu querido avô ! Tu que meconheces, meu adorado Ricardo, tu,que sabes quão fundo é o amor, quete consagro, tu nem por sombras devesa.lmittir a idéa, do que eu possa sacri-ficar esse amor, que é toda a minhaesperança, a minha única vida ! Tu,meu Ricardo, de corto não duvidas demim; sabes muito bem que me eonsi-dero lua esposa, o que nunca perten-cerol a outro homem. . .

— Ah ! minha querida Berengéré 1como tu deves aceusar-me !

(Continua na 7: pagina.)

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6 O PAIZ — SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1907

RELIGIÃO

a com-ia Ora-

AcçãoO seicrs

A festa do Coração dc .Tesas—Teveo maior brilhantismo a festa realiza-da hontem na matriz de Santa Rita,pela associação do apostolado da uia-«•ão do Sagrado Coração do Jesus.

- Durante todo o mon passado, essaassociaçfio fez realizar as trezcna-s.

_'s 8 horas, o vigário da matriz, «o-_e„o fVntonlo Buchet Pinto, disso a

missa, c foram executados canto, ea-cros pelos Filhos do Maria. Bm BDgi"-da foi por elle administradamunhão neral aos associadosí'v, du Jesus o a muitas outras pes-*"•-•£,*Tf

hora houve missa solemne,rezada pelo padre João Rodrleues deAlmeida, acolytado pelo» padres .ToaoLvin Pessoa Maria u Ribeiro Avellar.Sorvlu de mestre de ceremonlas o vi-gario conego Buchet dc Almeida In-fo, uue, depois, pregou ao evangelho.

"Schola Cantorum", sob a uire-do padre Alpheu Lopes executou

julnte programma, de musica sa-"Mista dt Mitterer", "Ave Ma-

,*lti", dc Ferrabugio; "Corpus Jesu dlDomine". O acompanhamento fo. feitopor um quinteto do cordas o harmo-""vs

4 U horas da tarde sniu a im-ponento procissão do Sagrado Cora-Cão de Jesus, que percorreu algumasruas do bairro da Saude.

A' frente, o guião de SAlmas, Espirito Santo e Santíssimo sacramenlo. depois. Filhos icathedral, com estandarte.

Vinham depois o andorBenliora da Conceição, os id„s Apóstolos do Torço, do Nossa SeXra do Lourdes o de S. FranclMOXavier todos com commtssões de sc-iiluiriis e meninos, o grande numerode anjos o virgens.

Passou depois o andor deRita, carregado por Irmãos dc.

' Ao lindo'estandarte do Apostolado

dn Oração de Jesus, carregado pelasenhorila Margarida da Jesus,guiam-se Irmãs c Irmãos o toda irectoria da associação

Vinha depois o rico andorração de Jesus, que era uma bem libalhada meia-lua, ioda de rarfcolhidas Mores naturaes sobrU-atlo arllsllcameiite preparadobase da meia-lua, surgia

du

Miguel oIssimo S

de Maria, da

de Nossa¦standa ri es

Santavarias

di-

mdor do Co*

unics-cs-Da

o coração de,i i; na ponta superior daee uma linda pomba brancaBegurava um peipalavra "Amor".luo llam-se as palavras "Prece e con-

"líssenndor foi carregado pelos Fi-

lhos da Oração dc Jesus, da directo-r *0

trabalho, que foi por Iodos multojuslanieiile elogiado

.11

andor foi

lua, via-•ujo bico

nono cartão com uNa base da mela-

saiuFlora Brazll.

ii plano desse artísticoda lavra do secretario da Oração aoCoração de Jesus, o Sr. José de Oli-veira Gulnuir&es.

Fechara a Imponente procissão o

pallum, cujas varas eram segurada*Irmãos das irmandades que se

matriz de Santa Uita.Icnlm ero conduzido pelo

lelda,acolytado pelos padres

pelosvenero iu na

o santipadre Alme

comedia em um acto, de Ernesto deSouza, "Amor paterno", desempenhadacom mutta felicidade pelo Sr. Luper-cio Garcia, no papel de Dr. Romeu, escnhorlta Sebastiana de Souza, no deAbtgáll.

Foram muito applaudldos.Outro intervalo seguiu-se, lindo .ç*

qual o grupo infantil e os amadoresÁureo Club encheram o acto va-

indo do cançonetas e monólogos se-

gutnte: "Passagem das à*™*"'.jffi*.

meninas Enne.s de Souza, Maria do La-cerda) Marina e Aracy Abrantes' "O

vntíipã", pela menina Zella de çarya-lho- '•__»__ dc cartão", pela scnhorltaHaydé Carvalho (bisada); "As ama.-zonas", D. Marieta Carvalho e senho-íila Nair Abrantes; "O bonequlnhc. \é,„ que muis uma vez esplendeu de

Praça a menina Aracy Abrantes, aMorista", senhorila Odette Carvalhoque disse tão bem a cançoneta queodo o mundo comprou-lhe as flores

mesmo no palco; "Um ajuste", ment-nus Marina Quinteiro e Aracy Abian-tes, uma fabrica de gargalhadas;--.Ma-chuca!" D, Marieta. Carvalho (bisa-da)- "A sombrinha", Enncs do Sou-z-i- "FandaiiBuassü", Sr.joaqulm Ama-ral- "Gênio feminino", senhonta Es-tclíii Quinleiro; o "Margarida vai .1fonte", pelas meninas Aracy Abrantes,Zellna Carvalho, Luiza Ache o maistres meninas, do quem não soubemos0SEsse

acto satisfez muitíssimo, nãopoupando bravos o palmas fis galan-[es meninas o engraçados potlzes quenella tomaram parte. .

Depois de outro curto intervalo, foia scena a espiritüosa comedia cm umneto. "Por causa da ptndahyba», doSr Petra de Barros. proficientementerepresentada pelos Srs. Araujo Tvton-tetro Alberto do Souza, João Pinto,Maurício Maurin, Gaspar Machado eAlnanzar Chaves.

Essa comedia, o fecho de ouro dafesla, fez jiis, para os que a desc.mpo-nharam, a calorosas palmas.

Os Srs Araujo Monteiro o Albeitodo Souza foram admiráveis na natu-ralidade com que disseram as partes tio«Uo Ambrosio" e "José Pereira .

Estrondosas palmas encheram otheatrinlio no final da peça, que pf,z

o fl deliciosa festa, organizada po-da Assistência ã. Infância,

auxiliadas pelos incansáveis Dr. Mon-corvo Filho c capitão-lenento Alamiro

Durante o espectaculo, galantes me-ninas lizeram vasta collecta de dona-Hvos, distribuindo flores e rebuçados.Foram também tiradas photographlaspelo photographo de um do nossos col-

Dois bonds especiaes, no Iim da fes-ta, que terminou jfi bem tarde foram

postos fi disposição das organizadorasda festa, para o.s convidados.

Finalizando, damos nossos parabénsfi commissão dos Damas da AssIsten-,|-i i.elo êxito que coroou os seus Intel-ílgentos o carltatlvos esforços, comolouvor e como Incitamento pura ou-trás festas como de sabbado...

—-g>- —

rito. Iguassu, seguido de Mephisto, quena curva do Turf Club \°\oc™if**posição principal, imprimindo forte"train" ft carreira.

No melo da recta opposta, Portu-gal bateu de passagem Iguassíi e Bri-tannica, indo immediatamente ntrope-lar o filho do Gay Hermit, ao qual con-seguiu derrotar no portão de Itama-raty firmando-se no commando dolote Uma vez senhor da posiçãoprincipal, o tordilho dominou os ad-versariòs, vindo obter bella victoria,por corpo livre, muito castigado.

Na recta final Iguassú atacou Me-phlsto, com o qual travou renhidalucla, da qual saiu victorloso o ala-zão, por differença do meio corpo.

Hercules fez soffrivel carreira, masterminou em mão «• logar.

4. paréo _ DERBY NACIONAL—1.G09 metros—Prêmios: 1:000$ o200$000. . , .

BRIOSO, rn.; c, 3 a., Inglaterra,por Avington o Kenspeckle, próprio-dade do slud Nacional, Mareellino,kilos ,*.-,Josòphus, Torterolll, 52 kilosEspadilha, Loureiço Júnior, 52

kilos Faísca, D. Diaz, 51 kilosSumaré, G. Fernandez, 54 kilos...Desleal, A. Olmos, 52 kilos

Tempo, 113 segundos.Rateios : Brioso em 1 \ 23?5UU,

nia com Joseplius, 30$600.Movimento do parco, 12:210*000.Dada a partida em boas condições,

Brioso partiu na frente, posição emquo se manteve até o flm do jicrcurso,obtendo fácil victoria, por uni corpoe meio dc luz.

Faisca partiu cm ?¦ logar, mas, narecta opposta, teve de ceder essa posl-

ao Joseplius, que tropeçara

edro Arnaud.era dirigida jielo viga-Joio Lyra e 1"

A procissãorln du matriz. .

Depois de entrar a procissão houvesermão pelo vl.urlo da matriz, cone-ko Buchet Pinto,

A "Schola Cantorum" executou oseguinte pro.ramma : "Te-Domlne ,do Koschliii: "Tantum ergo , de i a-lestrina, c o "Salularls", de Perose.

jiihou R procissão a lianuade marinheiros nacionaes.Ac

dompaiu-pi

li-rmIas Damas

1-2-

3-4-5-c-

du-

Ca o atrazando-sono

um

TUTU?

ann.

Derby Club.A illuslre

m _—Xfm 'em tempo certo; a«sini cnmoalua não iiifliie nmla em tni caso. tlevi-ndoser, nu eiumito, escolhida a e.iuca queprei-cil" * lliiriçio,

7'*"-Nio sabenio»qtintito no caso puni-mlar allmliilo; nn entanto, o poder Juilicl»-

mnnífeiilnii favornvi Imenti' a pro-contri a Prcfi-ilura.

Clrinnsitn ile nma acç_0

„)mtl/e/)/(!-l)iri]ii-*e a ma 'loa Ourives

n 85 sed- du ll.-.«r.lla Kilibo E-.per.inlo ou

á KscoU Piilvtcciiiii'-.'!, -«>m Kvcrnr.li) lia-

ckeu-i- r, sala «1«- mliit-raloffla.

, FELICITAÇÕESAnnlversnrios.

A menina Mmi-i A.nt»níctta Pereira Iáma,eiili-n.la tlu coiil-rciit'' il« listrada -ic berroCentral do llro7.il Itoiulnlplio dc Araujol.iiii»; „ ,„ . • ,•

A senhorila Epoiiin* l-í-rraz f«».x- n:i. li-lha tle I). Leniiiilia Ferrar Teixeira;

A l'\iu.'. Sra. li. Maria dc Carvalho Dor-ir s, esposa .Io Iriieule .1 .lio ile CarvalhoBorges, ila

"orç*. policial.

NECB0L0GIÀFallecimentos.O Sr. Carlos Antônio da Veiga pas-

bou hontem polo doloroso golpe deperder sua filha Maria Helena, queserfi sepultada hoje no ceuiilerio doS. Joflo Baptista, saindo o teretro darua Silveira Marlins n. 17, fis 4 ho-ras.

—Falleceu limitem, fis li horas datarde, o 2: tenente do 1: regimento decavallaria Durval da Silveira Pam-plonn.

Seu entorramonto reallznr-so-ha ho-je. ;'is 4 horas, saindo o ferotro da ruaNossa Senhora do Bomsuccesso n. 2,para o cemitério de Inhaúma.

"Missas.

Reznm-so missas, hoje, por alma de:Roíniialdo da Rocha Cartlln, (ls 8 '/Çjhoras, nn matriz de S, JoSo Baptistada _ng0n; Dr. .lofto Cosar Bueno Hier-reinbach, fis fl horas; o engenheiroManool Sylvestro Pereira Sanlns, fis9 %, na Igreja de S. Francisco dcPaula.

Na matriz do Sacramento sorflo ce-lebradas missas amanha, em suffra-gio da alma do tenente Alexandre JoséMeira, íis 9 horas, o de Rodolpho tio-.ligues dos Santos, fis '.) ',(..

DIVERSÕESAureo Club.O Instituto dc

cia d Infância,o.s cariocas nunca louvarão

Protecção o Asslston-uma agremiação qui

de mais.organizou no confortável theatrinliodu Áureo Club, a rua Barão do Mesqul-ta, e gentilmente offerecido pela dire-ctorla, uma festa esplendida, que serealizou no sabbado.

O festival eslava marcado parn asff horas ila noite; as 7 horas, porem,já o theatrinlio estava repleto deF.xmos, familias e cavalheiros, loean-ilo, íi entrada dus convidados, a bandado 20- dc infanleria lindas peçns.A'.s S ',!, começou a execução dopTogrrammn, cmn a protophonla do"Guarany", de Carlos Gomes, inlcr-prelada, pela senhorila Noemia Rodrl-gues.

_ Uma salva de palmas cobriu as ul-tlmas notas do "Guarany", seguindo-se, com uma pequena alteração da or-dem do programma, o concerto. Nellotomaram parte as senhoritas NoemiaRodrigues (plfino) o Helena Oscar(violino), executando magistralmentea "ária da Ninou", Helena (piano) eJoanna Oscar (bandolim), "L'amourpaternel", muito bem executado; D.Julieta Nascimento (canto) o. senho-rlta Noemia Rodrigues (piano) a áriade Bezet", correetainento cantada-Dr. Manoel Oiticica, acompanhado pe-Ia senlmrila Noemia Rodrigues ao pia-no, o "Schlavo", de Carlos Comesmuitíssimo applaudldos; e Or. Deme-trio Silva (flauta) o senhorlta EugeniaMendonça (plano), "Le rossinol",sendo também calorosamente apiiiau-didos.

As Dnmns dn. Assistência & Tnfnn-cia, em commissão, offereceram bel-llsstmoi ramilhetes de flores naturaesa todos os "vlrtuosl" que tomaramparto no eoncorto, como asrad««-Imen-to aoa sans valtoaos auxiliOB, presta-«lu» á fasta de caridade.

Findo o concerto, houve uro pe-queno intervalo, preenchido pela ban-da mlll/ar, com variadas musicas, pas-aapdo-ne, deputa, 6. representação da

directorla do gloriosoDerby Club tem todos os motivos paraestar .satisfeita da reuni&o realizadahontem no prado de Itamaraty: ndespeito de ter o tempo amanhecidochuvoso c triste, n tarde tornou-se es-plondlda, e o publico afflulu ao apra-_ivel hippodromo, enchendo por com-pleto as suas dependências, no que,aliás, nndou multo liem, porque ascarreiras estiveram realmente magnifi-cas, sem a mais leve falha, tendo paraisso concorrido em grande parte asImpeccavels partidas dadas pelo Sr. II.Joppert, que adoptou o systema de dar"saldas paradas", o que, mais unia vc-/.,approvou por completo. As sete parti-das do dia foram, sem excepção, os-plendidas, o felicitamos o "stnrter" of-llclal do Derby por esse motivo.

O jogo esteve animadíssimo; adespeito dc so tratar de uma corridacommum, embora com bom proffram-ma, o movimento do apostas elevou-sea 88:075$, lendo a reunião começadoá 1 hora o terminado ás 5 c 20 minu-tos.

No prado notámos a presença doslllustres "sportmen" do S. Paulo, Drs.Carlos Garcia, Cunha Bueno, Erasmodo Amaral o Antenor do Lara, e dodirector de corridas do prado dc* BelloHorizonte.

Lá esteve também, entre outras fi-guras do turf paulistano, o velho esympathlco "cnlraineur" Oliveira Ju-nior.

Os porcos, como já dissemos, foramIodos brilhantemente disputados, tendocabido us honras da reunião ao velozScarpia, vencedor do parco "Rio deJaneiro", e ao cavallo Brioso, que fezum lindo "ilulilette".

O resultado geral foi o seguinte:1- pareô—SBIS DE MARÇO—1.R00

metros—Prêmios: 1:000$ e 200$000.DICTADOR, m, c, 2 a, Franca, por

Liil.v I.Iller 0 Briolette, propriedadedo Sr. Bernardlno M. de Andrade,Alexandre Fernandez, 51 kilos... 1-Cristal, Aurélio Olmos, ti4 kilos.. 2-Jaey, Lourenço Júnior, r,_ kilos. .. 3-Oran, G. Fernandez, "i2 kilos.... *1-Farradal, José de Souza, 51 kilos.. G-Slmonsido, Francisco Franco, 54 kl-loa 0-

Pampeiro, li. Nocettl, 52 kilos.... 7-Wodan, D. Dláz, r.4 kilos s*

Tempo, 100 112 segundos.Ilalcios: Dietador, em 1-, 20$BOO;

dupla com Cristal, 70$son.Movimento do pareô, 5:143$000.O "stnrter" deu a partida em bon

oceasião. mas Farradal hesitou umpouco, tendo soffrivel atrazo.

Jacy foi a primeira a pular, mas, naentrada, da rccla opposta, teve de cederao ataque do Dietador, que abriu luzfio quatro corpos, que sustentou fácil-mente atfi cruzar o posto do vence-dor.

Na rocia do rio, Ci-istnl passou pelaJacy, vindo em perseguição ao po-Irinho do slud Bernardlno, mas teveilo se contentar com um soffrivel 2-logar.

Jacy veiu a dois corpos de Cristal.Os demais nunca figuraram, Inclusl-

vo Pampeiro, que s<5 "conseguiu" der-rolar o "Wodan !

2- jinreo — VELOCIDADE — 1 .000metros—Prêmios: i:onns o 200$nnn.

SANS PARETL, m, ai, -1 ri, CapitalFederal, por Tejo o Dona Stelln, pro-nrledntle dn coudelaria Confiança,

pulo do partida,'"'o

pensionista do slud Albn.no foz os-forços para alcançar Brioso, o quonão conseguiu.

Espadilha fez soffrivel entrada,ficando a tres corpos de Joseplius.

Mal eóllócados os restantes.. __=_6* parco—ÍUO DE JANEIRO—

2.000 metros-—Prêmios: 2:000$ o400$000. „ , ,

SCARPIA; m„ c, 4 a., Inglaterra,nor Prince Hamptori e Presentatiou,propriedade do slud Milano, George,f,3 kilOS ;, 1'.Storlinn, Torlcrolli, 50 kilos &Velasquez, A. Fernandez. 58 kilos. S"Campanáj Ramon, 52 kilos 4-

Não so apresentou Root.Tempo, 135 l|2 segundos.Rateios: Scarpia em 1\ li»?7U(),

dupla com Sterlina, 2G$4on.Movimento do pareô, IS:820$000.Scarpia, o lindo o veloz representai»

te do slud Milano, foi o jirimeiro -

partir, collocando-se dois corposfrente de Sterlina, quo pretendeu per-segiiil-o.

Na recta final, o valente cavallo ga-lojiavn firmo na frenie da ogua, ob-tendo facillimo trtumpho, por trescorpos, multo victoriado pelo pu-blicò. „ , ,

Velasques correu a 100 metros dosadversários da frento, e so conseguiuobter um péssimo 3- logar, a sois cor-pos do Sterlina.

Campana nunca figurou.6. pareô—EXCKL.SIOB—1.600 mo-

tros—Prêmios: 1:000$ e 200$000.BLUI-" EYE, m„ ai., 7 a., Republica

Argentina, por Ojo de Água e Orpha,propriedade do slud Internacional,Torterolll, 52 kilos 1."Mono, D, Ferreira, 52 kilos 2"San Toy, Mareellino, 51 kilos... VJucá Tigre, D. Diaz, 52 kilos 5-

Não correu Sumaré.Tempo, 112 segundos.Rateios: Blue Eye em 1:, 215200;

dupla com Mono, 159$200.Movimento do pareô, 15:8785000.Os cinco adversários partiram per-

feitamente emparelhados, destacando-se logo apôs .Jucá Tigre e Mono, quenessa ordem correram até o portãode Itamaraty. Ahi, Blue Eye, que vi-nha em 3* logar, bateu-os do passa-gem, firmando-se na posição princl-pai, em que se manteve atfi trlumpharfacilmente por tres corpos.

Mono balou Jucá Tigre nos 2.000metros, vindo formar a dupla.

Na recta final, Caprichoso e SanToy avançaram um tanto, mas nãoconseguiram passar do medíocres 3-o 4- logares.

Jucá Tigre fez figura ridícula, en-trando quasi distanciado.

7- pareô—DOIS DE1.009 metros—Prêmios:200$000.

BRIOSO, m., e., 3 a.por Avington o Ilenspeeklo, próprio-dade do slud Nacional, Mareellino,

AGOSTO—1:000$ o

Inglaterra]

1

C

Mareellino, 52 kilosDesleal, Lourenço Júnior, 53 kilosMarion, D. Diaz, 52 kilosAlpha. Abel Villalba, 51 kilos!.,,Rejeitada. O. Fornnndõ„, 50 kilosf.eão, A. Fernandez. 52 kilos....

Tempo, OS segundos.Rateios : Sans Bareil em 1-, 54$200-

dunln com Desleal, 92$G0Ó.Movimento dò* pardo, K:R22$non.A parlida foi dada em bons condi-

Cios, rompendo no frente Sons Pa-reil, seguido de Desleal, Marion c Al-pha.

Nos 2.000 metros*. Alpha nassoupnrn ?• logar, chegando a se aproxi-mar muito do "lender", mas. na en-irada dn recta final, esmoreceu, sendol>ntida pelo Desleal. Este, por seu tur-ii". atropelou valentemente o SansParell durante o resto do percurso,mas o carioca resistiu galhardamenteoo ataque, vencendo por dois corposdo luz.

Desleal bateu Marion por um corpo,e este derrolou Alpha pela mesma dif-Cerença.

Rejeitada e Leão nada fizeram.3- parco—-DEZESETE DE SETEM-

BRO—1.700 metros—Prêmios : 1:200$e 24OJOO0.PORTUGAL, m., tord.. 5 a, Repu-

blica Arirenlinn, por Nautllus e Vouln,proprledado do stud Portugal, Torte-rolii, 53 kilos.Mephisto, Pamon, 53 kilosIguassú, A. Olinos. 53 kilosHércules, A. Fernandez, 52 kilosBritannla, A. Villalba, 52 kilos..

Tempo, lis segundos.Bntetos: Portugal em 1-, 3S$800;

dupla com Mephisto, 102?300.Movimento do pnreo, I3:11l$00n.O apparelho foi levantado cm bello

momento, partindo na ponta o íavo-

51. kilos 1"Mascollo, D. Diaz, 53 kilos 2'Mel poma, A. Fernandez, 51 kilos. 3-Mailnmo, D. Ferreira, 52 kilos.. 4.'Brazil, Zacharias, 57 kilos 5-

Nfio correu Virago.Tempo, 111 se-gundos.Rateios: Brioso em 1:, 2S$G00; du-

pia -com Mascotte, 45$400;Movimento do parco, l-t:685$000.Brioso partiu na vanguarda forte-

menle atropelado pela Mascotte, quonão o deixou em jiaz ate o portão deUa ma raty, quando esmoreceu, sondodorrolada pela Mel poma.

Esta atacou logo o "leader", tra-van do os dois belllssima lucta, queparecia ir resolver-se favoravelmenteft égua, quando, na ullima curva, nrepresentante do stud Independente,num momento de loucura, atirou-separa a cerca externa, desgarrandobrutalmente, o deixando assim o cam-po livro ao seu adversário, quo obtevea victoria por dois corpos.

Mascollo também aproveitou-se dodesgarro, vindo alcançar o 2' posto.

Melpoma ficou cm Ijom 3- logar acorpo livre.

Madaine máo *i- logar o Brazil dis-tanoiailo.

Terminada a carreira alguns doseternos descontentes pretenderamvaiar o jockey Alexandre Fernandez,mas a grande maioria do publico, in-dignado com essa injustiça, victoriouo hábil profissional.A digna directorla do DerbyClub já encerrou o inquérito abertosobro os íactos oceorridos na reuniãode 23 dc junho, e tomou as seguintesnioralizadoras deliberações :

Suspender por tres reuniões o jo-ckcy Eduardo Luiz, piloto tle Scnr-pin, no parco " Rio dc Janeiro ",por não ter obedecido ao signal dopartida.

Suspender por tempo indeterminadoo jockey Luiz Rodrigues, piloto do cn-vallo .Iiigiirtlia, no 7' parco, sendo vc-dndo ao mesmo o ingresso no prado,ainda mesmo para cotejar animaes.

Prohtblr o proprietário do cavalloJugurllia do inscrever animaes noDerby Ciub, durnnle tempo indetor-minado, ficando, porém, dõ~pe o di-réito do disputar ó grande "Rio doJaneiro", com o cavallo Jugurtha,visto já lor pago a primeira prestação.

Considerar distanciado, para os cf-feitos do. prêmio de 3" logar o cavalloJugurtha; passando esso prêmio áKaizer.

Á.pplaúdlmòs sem reslricçõcs osactos, da direcloria do Derby Clul),pois sô assim o nosso turf se livrarádo uni grupo dc mal intencionados,quo fnzem delle uma margem puranegócios poucos lic.tos, nos quites oúnico prejudicado é o publico.

Mais uma vez, multo bem.Diversas*.O "tiirfman" paulistano Sr. Linneu

de Paula Machado acaba do comprarem Paris a égua Eunico III, nascidaem 11)00, alazã, filha do Le Sagittalre,ou Caudcyran o Heharpo, esta mãi doEtendart c Elserieür, o filha de KingLud, e Dalmnnaire.

Eunico III, que servirá de reprodu-ctora do harás do Sr. L. Machado,C vencedora cm parcos de obstáculos.Mancaram hontem o.s animaes"Velasquez

o Brazil.E' esperado hoje de S. Paulo o

cavallo Pcry.—¦ Acha-se nesta capilal o jockey

Eurko Gonçalves, que veiu arranjarcochelras paru os animaes Pillete,Pernod e Livorno.que serão embarca-dos em S. Paulo durante esta semana.

De S. Paulo.Retirou-se do stud "Vera Cruz o

jockey Bertholdo Vaz.O stud Guatapara dispensou os

serviços do jockey Henrique Bar-bosa.

Deixou de prestar os seus ser-vleos prohssiônaes ao stud Borfcas odedicado "entraineur" JosC* de PaulaMendes.

Regressou de sua viagem a _U-ropa o Dr. Domingos Teixeira Leite,conhecido "turfman",que foi proprie-tario das extinetus coudelarias Ypi-ranga e Petlte Ecurie.

O tenente George Plantado, quovai á Europa, encarregado pela se-cretaria da agricultura dc adquirirum garanhão para o posto zootech-nico, o leva também a Incumbênciatle comprar para o Jockey Club ein-co potrancas de dois annos, que deve-rão estar em S. Paulo por todo o mezde setembro próximo, seguo terça-feira, pelo vapor "Chill".

Está servindo de garanhão nafazenda do coronel Antônio Bo-zorra Paes, em Araras, o cavalloAvoc, por Le Porripon o Alma, quopertenceu ao stud Expedltus.

Na roxima estação hippica doJockey Club Paulistano irá fazer par-te daquellc turf o cavallo Vai tl'Or,que será entregue ao cuidado do "cn-traineur" Lafayete Nobrega.

Começou a trabalhar moderada-mente na pista, do haras Anastácioa csbelta potràricá Bhilippeville II,por Cliut-Bichou o Philippcville, «nicfará a sua estréa ria próxima estação.

Vai ser padreada pelo ganiu hãoLo Gers, no posto zpòtechhico, aégua Bonniewarlin, dc propriedade docoronel Honry Jcannol.

yACHTlNGCentro tios veleiros.Entraram para sócios desse club os

Srs. Mario de Almeida, Alvuro Fer-nandes Macedo, capitão tenente An-tonio Monteiro Chaves, Amanzôr Cha-ves, Auguslo Amorini e Dr. Oscar Po-demont.

Domingo próximo, 1*1 do corren-te, o Dr. Abílio Maia, presidente edemais directores, vão escolher o lo-cal definitivo para, a "garage" do clul»o fis 2 horas da. tardo o.s 2:: tenentesNuno (lo Amaral, Eurico Marques,Eduardo Osório do Barros, ThomazAlves, Aníbal Gomes do Almeida, OI-(lemar Alves Moreira Octavio RibeiroJosé Floriano Peixoto, coronel Bentode Barros, Raul Guimarães e MarioLage, bordejarão com os seus velei-ros "Flamengo", "Aza Branca", "Me-ropesa", Gaivota" o "Regina", todoscom a llumniula novel do Centro.

Regressaram segunda-feira deS. Paulo os Srs. JosC- Floriano Pei-xoto, secretario , c, octavio Ribeiro,thesoürelro deste centro devendobrevemente reunir-se á direcloriasob a presidência do Dr. Abilio Maia,alim do serem discutidos diversos as-surriptos, inclusive a acquisição de ya-chts do constructor americano The"W. H. Mullins Co. Sabemos que o Sr.Antunes Figueiredo será convidadopela commissão diroctora para coad-juvar a syndlcancia de sócios.

l'OOT-I5ALLLiga .suburbana.

!•• TEAMSJogaram hontem no campo do Ria-

chuelo. mais um "match" official tioCampeonato organizado por esta liga,os Sport Club Mangueira o o Ilia-chuelo Foot-Ball Club.

O jogo tornou-se interessante de-vido ft grando "cavação" quo houvede. parte á parte.

O "kick-off" foi dado ás 3 horase 50 minutos cabendo ao Mangueirainiciar a, pugna.

O lliachuelo, instantes após ter sidodado o signal para o inicio do "ma-teh, apossa-so da bola e põe cm sê-rio perigo o "goal" antagonista. Essainvestida foi improficua devido ao jo-go e também grande sorte do "goal-lceeper" do Mangueira.

Voltando a bola ao campo depoisdc enormes peripécias o "conter-lialí", Varella consegue apossar-sedesta o passal-a a Nascimento; que fezum oplimo "centro". Este "centro",foi habilmente aproveitado pelo mes-mo Sr. Varella, marcando, assim oRlachuelo o primeiro ponto.

Longos minutos decorreram semproveito algum para nenhum dos-teams". A não sor a grande "cava-ção", do parte á parte o alguns opti-mos "centros" de Nascimento, não hamais nada a mencionar, no primeiro"half-limo".

No segundo que principiou um lan-to friamente 0 que arribas as "equi-pos" desenvolveram melhor jogo doposses.

Houve bons passes de Arlindo tt Va-rella, o deste a Nascimento, mas todossem resultado.

Neste meio. tempo Carlos Joppertjogou adniiravelmcnte, foi a carreiraInsuperável do "Icam" do Rinchuelo.

Quasi a findar-se o segundo "halí-time" Thomo Reis, em uma escapada"centro" e Varella com liem dirigido".slioot",fnzema bolaaninhnr-senarededo "goal" àritagònista pela segunda cultima vez.

Mais alguns minutos do jogo jnde-ciso tle parto fi parlo o era dado oapito de terminação do jogo.

Jogaram admirável meti te por partedo Riachuclo, Nascimento, Varella,Thomfi Reis, Arlindo e Pinheiro, este"goal-kcopor", de grande sorto o nãomenos jogo .

2-* TEAMSTeve hontem logar no campo do

Riachuclo, mais um "match" tle "foot-bali", do campeonato suburbano.

Jogaram o.s 2-- "toarns" do Ria-chuelo Foot-Ball Club o do SportClub Mangueira.

Este jogo deixou muito a. desejar,jiois, alé o "referee", o Sr. VictorBrandão, mostrou-se jiouco conhece-dor das regras do salutar sport inglez.

Como havíamos previsto, empata-ram por 2X2.

Esses "gonls" foram feitos por Bar-roso, Mftgno o Thomé Reis «lo Ria-chuelo, o o.s dois do Mangueira, pelo"in-side-left", cujo nome não nos foipossível saber.

Probbcma n. SlCHARADA SYNCOI-ADA NOVÍSSIMA

(.. Fernandes.)4Í - rfcnpa.-. maligno, tem

tem parle com o dhibo-.-Problema n. 23

CHARADA CASAL(7>í!-t(T0.)

4 — Um senhor mui vigoroso,No pusllaíu—trriiien-lo,Por ser do mais c.rajoso,Uma vez ia morrendo ;Quando na lucta renhidaDo atlielclas nus c valentes,Paia salvar-se com Vida,Teve que perder os dentes.

Corrcspon ciênciaM. Pacliola—llocébiÜá a dc 5.Sinhà /ofiíi-Aecita a proposta.

D. Siglas.

AVISOSCorreio—Esta repartição expedira

malas pelos seguintes paquetes :Hojo ,"Ilapacy", para os portos tio

sul, recebendo objectos para regis-trar ate ás 11 horas da manhã, im-jiressos até ao meio dia, cartas atémeia hora da tardo o com porto duploate 1."llilltarm", para Santa Lúcia, ro-cabendo impressos até fts 9 horas damanhã c cartas para o exterior, alC» ás10."Maccdonla",pnra Bahia oRotterdnm,recebendo objectos para registrar até ás10 horas da manhã. Impressos ató. ás11, cartas ate ás 11 1|2 e com porteduplo o para o exterior até ao meiodia."Gloria", para Angra dos Reis, TJa-raty, TJbátúba, Caraguatatuba, VillaBella, São Sebastião, Santos, Cananéa,c 1 guapo, recebendo objectos para re-gislrar até 1 hora da tarde, impressosaté ás 2, cartas para, o interior até ás2 1|2' e com porte duplo até ás 3.

"Les Alpes", para Pernambuco oMarselha, recebendo objectos para ro-gislrar até I. hora da tarde, impressosaté ás 2, earlas para o interior até ás2 l'|2, com porto duplo e para o ox-terlor até ás 3."Cordova", para Las Palmas o Ge-nova, recebendo objectos para regis-ti>"- até ás 10 horas da manhã, im-ju-essos até ás 11 o cartas atei ao meiodia.

Amanhã :"Minas", para Gênova, recebendo

objectos para registrar até ás 10 lio-ras da manhã, impressos até ás 11 ocartas até ao meio dia.

"Orissa", para S. Vicente o Europa,via Lisboa, recebendo impressos até ásS horas da manhã, cartas até ás 9 oobjectos para registrar até ás G horasda tarde tle hoje.

— Recebimento do eneommondnspara Portugal, Açores o Madeira nosmesmos dias, das S horas da mànhSás 5 da tardo, alé a véspera da partidados paquetes que so destinarem aLisboa, excep.tüando os da CompagnioMéssageries Maritimes; e entregalambem nos mesmos dias, das 10 d*manhã ás 2 da tardo.

para

OBJECTOS ACHADOSDiversas chaves.Alguns papeis utois.Uma'bolsa ¦'-> mão, encontrada na

rua Boulevard 28 de Setembro.Uma outra bolsa do mão, achada a

bordo do um vapor do Lloyd.Um braceleto dc senhora.Um botão de punho.Uma carteira, encontrada no bond

da. Aldeia Campista.

PASSA-.EMPOTO_.r_i.H4» _-»_<" .BttJff-DBO

PRÊMIOS AOS DOIS MAIORES DECIFRADORES

-Problema ri. 18CIÍAHADA ANTKiA

(Odahcam.)Do calçado faço p rie ) nQue ic cobro o calcanhar,)Embarcnção dc muita arte) <,Q ic invcgu pejii ar. )Gnllcga-"' sc fores lilin,II s de ochar-mc, lu tamlicm,Na boca «Ic tjiijilqiiêí" sino,Sempre cm constante vai-v.m.

IJi-oI)leiiiiv i». IOCHAIIATJA TlllUli.IAN.V

[Japccanga.)I -H—-t— Ts_r> I_ET._•}-. com le-

tra «to -Loraeiò', e«í_V <-m-4*r"plU> o i_.ii.Diie «le iiin;iliei-Vii viilij;;»!--.

-Pi-oliloini». li. SOENI-S1A l'ITTOIIi:S_0

{Oiram.)

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Dr. l-Y-rnanilo Magalhães — Gyne-cologia c partos — Rosário 130 o praiado Botafogo 152.

.Dr. Dacilino Goulart — Partos, ope-rações, moléstias das senhoras. Cons.Uruguayana 21, 3 ás 4. Cattoto S, 1ás 3. Resid. Cattete 157.

Dr. Adolpho Possolo — Cirurgia ge-ral e vias uriná-las, raios X o moca-nothérapia. Ourives 71, das 2 ás 4.

Dr. Francisco Silveira—S. Clemcn-to, 77. Cons., Carioca, 46. Tei. 1:697.

Dr. Caetano da Silva—Trat. csp. datuberculose. Ourives n. 155, das 3 ás4 horas, ás terças, quintas e sabbados.

Dr. Augusto dc Freitas — Trata-mento dos anourisnías da aorta. RuaUruguayana. 34, das 3 ás !í horas.

Dr. Antonlno Ferrhrl — Mol. inter-nas, especialmente pulmão, coraçãoo syphills. Rua Carioca 4—3 ás 5.

Dr. .lorgc Pinlo — Consultório Ave-nida Ccnlral n, S7, das 12 ás 2. Resi-dencia. liarão do Amazonas n. 27.

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cidade -medica nas mol. da pelle e omgeral. Exames o tratamento pelosraios X. Correntes do dIArsonval.

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Câmara, 02, de 1 ás 4.MOLÉSTIAS DA PFLLE E SVP1II-

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Dr. Rabello. da Santa Casa o chefedo serviço da Poliòllnlca (lo Botafogo...ssetifbl. a, ¦!•!.

Dr, Alfredo Porto — Avenida Cen-trai n. 131.

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1 ás 4.Dr. Guedes do Mello — Consultas

dc 1 ás 4, rua do Carmo, 39:Dr. Tninl.orini Guimarães — Rua

do Carmo, II, de 1 ás 4 horas da tardo,GARGANTA, NARIZ E OUVIDOS

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Dr. Thompson M<>ll;i—Mudou seuconsultório para á rua da Assemblean. 76. Consultas do 1 ás 3.MOLÉSTIAS DAS SENHORAS E CI-

RUl-GIADr. l.o*.,o Monteiro—Rua Sete do

Setembro n. 47, das 3 ás 5 horas.Dr. A. tle Figueiredo—7 Setembro,

47, 1 ás 3. Ros. Relação 9. Tolo. 302.OPERAÇÕES^ PARTOS, MOLÉSTIAS

DE SENHORA E VIAS URINA-RIASDr. Gonçalves Penna — Ros . Gua-

nabara 44, _ons. Gl_. Dias 55, 2 ás i,MOLFSTIAS NERVOSAS E MEN-

TAESDr. .V. Scliiller — Consultório rua

Uruguayana n. 33, do 2 ás 4CLINICA MKIíICA E MOLÉSTIAS

DE CRIANÇASDr. Clemcntlno Praga, Uruguayana

34, do 3 as 5. Res. M. de Abrantes 92.CURA DAS HÉRNIAS SEM OPERA-

ÇÃO—-ULCERAS MALIGNASDr. João DriiiiiiiioiKl—Rua dos An-

dradas n. 10, das 3 áa 6..

VIAS URTNAP.TAS E CLINICA ME-DICO-CIRURGICA

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sar, embriaguez e outros hábitos,Rua da Carioca n. 27, das 3 as 5.

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92, esquina da rua do Rosário; das.1 ás -1 horas da tarde.

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horto de Carvalho, Hilário, Galhardoe outros autores ; na Livraria Alves,Ouvidor, 134.

DIVERSOSSezões—Cura certa o rápida com as

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LEILOEIROSAssis Carneiro—Hospicio n. 153.A. Ferreira—Alfândega, 113.A. tle Pinho—Sete de SetembroElviro Caldas—Hospicio, 90.•T. Dias—Rosário, 102..1. L. Salamini—Alfândega, 7*1.Julio Klicr—Ourives n. 125.Teixeira e Souza—S. Pedro, St.Miguel llarbosa—Rosário, 126.Teixeira e Souz"—Rua do S. Pedrc

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dc S. Francisco «lc Paula, a m*ssa ile 30»dia pelo passamento ddsou-s->ii'd<»so rol-lega en_cn cto Míiho-i." Sylvea-ti-c I*oi"Cíi-íi -S-uitos, «• cn-vniaiii os collegas, parentes c amigoa dollnado para assistirem a cs.e aclo reli-gios", cniifessando-sc desde já sumina-menle penhorados.BBIK__aH_-----l -t-«^'.. W—H—ai

Chim preta a »?fi00 Crèlóne a £_0U Voil pa.isicii Vnil crepõn a 2-0 Mcriuó prelo a ls>, I^'0(J o...Oorgorão preto 'Cíepe

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IU',.li.-.-so hojo a asticmlilé.i prnil tia 1preza U.lra.-tiva o Pastoril i-aziluira.

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10 "|„ |i... acção ;_oia|ianhla liideniíadora (soguro), dividendo

do suiuuslrii limlii;Uoin|iiinljlà lluin.ila (fabrica), dividendo dn su-

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Maria HelenaCarlos Anlonio ili Veiga,

Riliciro da Véíga, Maliocbeiro, sua mulher c lllhos,cam a seus piirciitcs o aiui

lecimciilo (!¦• sua Ulll.., nela_.:n-i:» fileloiiü, que

MargaridaAlves Ili-

niiiiiiiiini-os o lal-

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nia.ia no péniitérin d-i S. João liiptisia,boje, s('giii]iln-fi-iia,8 du eorrenle, as 4 lio-ras,*;saindo o fcivírõ da rua Silveira Mar-Uns ii. 17.

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tí-aiieisca

dos Santos (sun viuva),Traiaiio Ai|.i||ilio ilo.* Sanlns, AlfredoJ 'sc llodrigiies, Vjrgjli". Jo ú lliulri-gues (auseiii'-}, Jnão [lnymiin.ro ÜodrJ-

piles Juiiior, Arlliur llayiiiiin in llodrigues,suas esposas e filhos, lígradecem aos aini-K"s que sc dignaram acompanhar alfj suauli ma morada os rosltis morlaès «Io seuprezado irmão, ciinliniló e lio B.o<l.»B-gitio DSixSrJ-^n-i-is «l<»«i ...a;:-l.os,'Ciic n..vo coiivíiIiiii parn nssi-ii-rem a missa de 7° i|là que, em sliiTrágin dosua alma, será iicloliraila ainanliã, t rçi-feiro, !) <lo con ente, ás 9 1^2 hnras, lia inâ-tri- do Saci-aincnio; desde já üntecípaiiisou eterno agradcciinciito por mais esteacio do amor c caridade.______a__M____B-__B_0B___B___

Tenente Alexandre José Meiraa Maria do Carmo Odiága Meira, Aló-¦•^¦isaii ire José Meira Júnior c Õl_.i daB Cru/. Meira, esposa c flilios dii pran-ü Içado /-loxaiMlrc .1 o s é"4B<íii-il,

convidam Iodos os parentesc áníigos para assislirem á missa dç 3(1° rliaj,'iue niaiidani n zar, ainaiiliâ, tcrtja.-riilra,9 do coriciitc, as 9 lioras, ni matrztloSaci ano nio; pelo qnc sc confcssoni ett-r-iminente agradecidos;

___I____l_______________H_*_^

MOVIMKNTO -ÍAUITI-MCENTRADAS NO DIA 7

Hamburgo e esc.—2 4 ds., 3 ds. da Ba-liia, paq. aliem. "Ilhaclia", comm,Bussmánn; pnssaprs. Emílio Ara-nom, Albino Hahèr, Andor de ,Me-dvec,-hy, Friedrich Liegelkem, Ali-co Mulzembeclier, Frain-. Wlberg osua familia, Cl. da Silva, marechalFrancisco Àrgpllo e sua iiiiillu-r,Pancratins Helmch, Paulus llurlt-mann, Cornelins Lamlioay, CyrlllesThewrés, Ely.sios van de Weyer,Dr. Marinho o sua familia, Ucrinl-ne Lnmbire, Dr. Rodrigues Vieirae sua familia, Anna Dunshs, Anto-nio Porcino Fonseca, Ad Schinh,Alberto César do Carmo e Mattos-,Emilio C. da Silva Caldas, Dr, An-tonio G. Gravato, Heinr Weiss esua familia, Dr. Garcia Pires, Mar-tba Pires, Edeltrudes de Assis, An-tonio Fiúza Pequeno, Plínio Cam-pos, Maria dos Anjos, Dr. John C.Bramer, Dr. Geraldo Rocha, 8:: em3* classo e 77 em transito; c, va-rios gêneros a Theodor Willo & C.

Buenos Aires o esc.—Paq. Ital. "Ar-gentina", comm. M. Motta; passags.Antônio Netto, M. Guimarães, Au-tonio Aclauzich, Hormam Echman,A. itibeiro, 5 em 3- classe o 500 emtransito; c. vários gêneros a Jj.iízCampos.

—Paq. íranc. "Los Alpes". comm.Lavagne; passags. Maria Rosa, .Toa-quim Santos, Francisco S. João, 41em 3- classe o 74 em transito: c.vários gêneros a Antunes dos San-tos Sc C.

Bordfios o esc.—Paq. frnnc. "Matíel-lan", comm. Dúpuy Fromy; pas-sags. ,T. Azevedo Alvos, Antônio deAzevedo Alves, Hcrmaneo Besnard,Miguel Calogerás, Elisa. Calogeras,Mario Couloii, Eduardo Lecouffí),Antônio Parreiras, Louis Gross,.Teuiine Nicolas, Arseno Malre, í.ouisMórèau, Eduardo Neves. P. Mnrtt-no, .Tcanno (lerunl, Loulse Aronein,Henri ÍUimond, Viclorino do Soa-za. Moraes, Caetano Coelho, AnnaOliveira, Imiz do Almeida, JoaquimRosa Ribeiro, .Toão Augusto Cama-cho, Daniel Piéro, Maria Nervae»Cifra, Carmcn Cifra, M^. BarceiiaNayárrétte, Domingos Alves daCunha; Joaquim Nunes da Silva,Francisco Pastor, Henrique Rlgnneo sun família, Christiano Mattos,Doollndò do Andrade e sun familia,Diriõrah do Andrade, Marice Pons,Manoel dn Sih-.n, Gèressatto Tan-nousso o sua fumilin. Luiz PereiraFernandes o sua familia, Josf' 1'iasdá Silva e suu familia. Josi- RI bel-ro dn. Silva, Joaquim Abilio FraKa-ta, Juslino Gonçalves, Anlonio Al-vos Nogueira. Emilio Julio, 34 nn3- classo e 158 em transito; c. va-rios gêneros a Méssageries Mnriti-mes.

Tijuoas e _. Sebastião—14 ds.. hiato"D. Rodolpho", m. Luiz Cordeiroda Silva; o. vários gêneros a Quel-roz Moreira.

Antuérpia e S.-Vicente-—01 ds., reboc,belga "Ifollandin", m. Plnning; emlastro a Companhia A. Caminhos doFerro; traz a reboque a chnln "rii-Cão Férrea V", o seguo paru oGrande.

SATDAS NO DTA. 7Macfi.0 o esc.—Paq. " Maroiin", coi

Viclor Anlonio Pinto.—Paq. "Nalal", comm. Tito

Evangelista,'Caravellas e esc—Paq. "Municomm. Manoel da Silva Novn.

Paranaguá o Antonina—Vap. orl"Santos", comm. Pedro dc Gailn

Rio Grando e Pelotas—Paq. "Itabicomm. Johnson.

10

n t.

NOTICIAS MAIUTI.MAfi

Romualdo da Rocha Cardia1" AN-IVKIISAIIIO

Alfredo 0-iincs Cardia e Sciiliorinlfáda Kiiclia Cardia o d lhos convidamseus parcifcc c amigos para assisti-rem a missa que manda», ecl brar

por aluía ilo seu idolatrado lilho ato-munido «lm m,oc!iii (":u-di:ina malriz de S. Juào llaplisla da Lagoa!Iioj", segunda.fi'iia, 8 do eorrenle, as8l|2 lioras; desde já conlcssam-sc nnn-mameiit" gratos pnr este aclo dc religião.'*"'-?**"*'"*V5r——-—_B___-^^

Dr. João César Eneno Bicrrenibach

tO

viscoide dc s. Valonlim mandarezar missa por ai mu dc b«u infelizamigo Dr. .1 o ã o 4'«» m 5I v-iullio Ikiori-cmbncJi, naigreja de S. Francisco de Tauli. hojesegunda-feira, 8 do corrente, às 9 horas!

." dia do seu íallccimeiito.

88Ss!)íl3ilí)

1010101111ll1112

12131.5

1515

1017171718181820212*12*1

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nia.Antonina • escalas, Guasca (11

horas).Rio da Prata, *or Santos, Da-

aubft.Liverpool o escalas, Orissa.Bahia o Aracaju, _D_pe__-_n>_!êB»ra e Nap.les, Ml_>_..autos e Buen»s Airas.Ravenua.Aracaju e escalas, Vlct"i'ia (.

horas).Farnambueo, Ocw-BO.Bor.éoi e ..calas, ühlll (S hs.)Valparaisa o huIu, Oravla._',_ut'__npt.ii * escalas, Thauics.

1212121313131415

17

171818

19202224

•2426

Buenos Aires e escalas, Orlon(2 hs.)

Bremen e escalas.HalIo (2 hs.)Portos do norte, Jagunribc.Hamburgo e escalas, Tucuinan.Buenos Aires. Sicilia.Portos do norte, Olinda (10 hs.)Buenos Aire., l.°ys_on Gunge.Gênova e Nápoles, Sardegna.Rio da Prata, por Santos, Ar-

geritino.Southampton e escalas. Ar""

Suara.Nova Tork o escalas, Calder°n.Santos o Buenos' Ai res.Mentloza.Santos e Buenos Aires, l._ Um-

horto.Hamburgo e escalas, Bahia.Liverpool e escalas, Ortega.Nápoles o escalas, Provence.Barcelona e oscalas, Mlguol Gnl-

tar.." Bordéos e escalas, Mngellnn.Hamburgo e escalas, Jlcidclberg.

BOLSA DO RIO DÉ JANEIROKm O cie julho do _fM>*.

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trUN-JOSi J-*.U'J*_I C!Oí-

,m,Iíc-i ícraes de~p-o« de...

fnipioliwa Kaiio»»

llunle.ipj

de IM*. IS.-.-'

(Io 18./d.- laiiit. ..

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(nominal.)..I_.il"

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> • iHfiiuí ile(In llahia

iu I maii'b » ¦ mruta de l-U UA> > ''spirili Sa.lo I'i'-.õu0

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VAI.anAmerica Fabril -(•».Ii.íii lnttiit.iitãl (Téèidoi) -«w*Carioca -••-lc.li-'iri lii.iii.liial -•ujI oicotíiIo (Teei.oi) '--»iCaalaraira e Yi.ria 1'luin neanr.. '-»i'íCarris 1 rbaaos... '--»*i_u_(!aii_ '»'••#]i«ia> ilr Santos -Wlr. (.. Jardin Potaaico -•«.

. . . .2» '-•-.'.il.e 1-i'u» a Piau |H. K.) .aa}..ri «/ lio CatiiHi-Tcto 1*0}[.ylrI'i J- Niiniinar_ -_Ui)Slrii-adu Vluair. dl) Ilio "e Janeiro 21-4"Ji-lii-r-iu. utu. (Ir S. 1'auh) 2-U01 ..ul.rllli j Hii.iiui-ii.c 21.0'Nifu-u-e -t-íS. Üi.uto 2MI-

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a lislàdo do Ilio Ue Jaa.ü-3... l-.j A.liillI \i nllirraiiu uo lir-nl tuu/i . Ahnl

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. Ilril ir S. fa-lo 2-U> 2tlUfl1 unccluiarioa fii_lic»i Mi' liUjP.Tf»l_rinio do l-raiil 1 UU_ thU.Iticiad-r dr Hrlaoraaieiloa....... U'"l lül)|lI iTiiaii <• ilu Ceamirrcio 2Uu' 20ll|l?.'rln.|.í)lil«nii do -ia.il li.0(l 1""/)Nacio.al td^a '-Olljr.ui-.1 r liilriaacioaal SWI '.'(10I BÜn _u (.OMRMrr.ció u-"- <r»U/)

..._i i :iiin> do -erro: TAl.ua emuaiiaJiiíi dr Póra «o fito 2-*. ~'o»i),..I.i< |mldiii.i hailvai _ 10 £10Mn._ S. JrroRTHO !')«,) lliuj)Tiacio Krrrra >a»llca'i)f 20-' 2(10/1Vicluria-f-llni- ..IVaucoa 'SM 1.00

H«üuro_ ;Ar.oi 1'luiniiei-e 1:000 250Altl-a.,1 IO'/) -ti/)Coii-aiira SuOÍ 2(1/).Cai «lltiã lilCOil IWi"(leral.. 200/) OO.Irarniii.adora 21Í0Í -i>*iriir.inl.dr 20-/) I0n"l.iujil AnicricMiò 10o" Íi0<Mercúrio loo. 60/)Ninei-Ta lon/) 'Io'tirvidrnlr 200" 20j)Slll -innii-a '. MlUÍ 4001Tiiilaarii ItO* 100/)Vna Criii 600/) 50o"União iiui Varegista. 2('0<) no'l.ai-u du. l't'*u|ai'ie.Lar.JüS 60. 60.

Xocidoi. O Knçái) TALOU HNTIIAIIAAllianra 200Í 200/1Ainirira lihiil :.. 2'0/> 200,1tiar.il Industrial '.(<»¦ 200/)

Cometa 200. 20»/)Carioci '_'' -00/)foiitam-a luillislrial Vftll* 2iii."Con-OTaílo 2(illl -.'00(11-lnil l'aiilisl,inn .' 200/) 2(0/1li.-u.tnil Linrira • 20'.» lílKlJÜ-iiiHM-lnra Mnininciise 2r(l* 200/)Naírense 200" 200,1|-clio|olit.na '-'ou/) vo»/)flofitMO .'uilusirml do Hraiil.-.. '.004 200,)S.lrilioili! Al-iiiilara -004 2004.. 1'elii nu/) loo»Vicloiia il-abrica de lleiás) '-I1O4 2(iu»

< hitÍü TAl.on imiiAI.Jardim K«i>ii-cri 2004 2004Jacaréa _£„ -Utijf 2>l)i)l'rllia_b I004 100/)S. i:iiri_.lOT-_o 200i) 2004C.Llbanos 2i1),l 200.

ÍM,vr_R,,'íli: TAl.on KKIItAD»I .•(¦riiai-a Uariltma 2004 200,iC-ai-rr.ii. Viarão lliiniincnsi; 20UA 2004f.avn. S .loão ila liaria ii.Çiilll|iÓ... 2004 2004

A.rk-oia dc Juiz iÍo'P_ra 2004 2004l.mtio.- laslons 00 hrazil 304 Ml>I ocas i-c .anlus '.'004 2011»l-jiil reza'fcri-s e (lolonl-iicão— -i04 -Ofl(¦nal du llrlliiiruin. 110 Vlarãnlião. I0h4 1oi»,>(u-ssiiiii.ria da-, doe. (lo I'. da lluliiíi 60,'l's 60 "i0l.otii.-s Nac.Oliae. 601 60,»l.idcnas Nacionaes dos Hstados... :".í»r> 6Ó1l.ui Slcaiica 20114 --. 2i)i)4Toirrns 20U4 1004

Tpugraplilca do Hrazil .011. 100*T.-nsioiti' (> .ãíruageiis 10"4 ido..

¦¦AUAÍIUNTO.

1 Nuvem.Noviun.

I Oiiluliro1 liiuuhri)

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JlllllOJaneiroJulhoJllíl.Jan.Jan.JulhoJulhol..VI[)..111II10JulhoJun.JulhoJanJan.Jun.l'rv.l.v.Jau.Fev..Jan.Jau.Jiil.Jan. ¦

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DECLARAÇÕES

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1:028,1UKIuJ1:018,}

I9:i41984is:4

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288Í.:!.„4:1-3l".7,'0i)0

810.)8.0,1830*700.18704870,57004

cotai:, o212.203,120 i,l27,120114208fl2034214,1205420742074175,1191,118041U4417 420; 4201;..',i.012E>4

COT.954Sã »954904304GO 4

COT.10,1

1334

í-44'1-7.

4500200.5045042-4

2*7001.61

44.1d4

13043i4

COT.ISO»1194

U 500274 '

104 .

CLUB DOS fflIMOSAssembléa Koral orflitmrla

Por ordem do Sr. presidente e deconformidade com o que preceitua oart. 18 dos nossos estatutos, convüotodos os Srs. sócios Quites até o d'uÜO de. junho a reunirem-se, hoje,segunda-feira, 8 do corrente, ás S "._horas da noite, na sido social, paraeleição da nova diréctoria—O secreta-rio, SILVA BRAGA.

Teneríivrl Orrleni Terceira de SãoFrancisco dn Penitencia

Nu patfádoriá da Ordem do Carmo,Eentiltnenlo cedida, serão paffR. aspensõei aos irmãos graduados, no dia10 do corrente, dus 11 horas ao meio-dia ; e nos d«.máls irmãos, no dia 11,das 11 lioras fis 2 da tardo.

Rio de Janeiro, G de julho de 1907.— O irmão syndico, ARTHUR LEITEDE VASCONCELLOS.

iORDDE._S.IIEI. LLOYD, BREMERSAÍDAS 1'AllA A lillllOr",.

HKiriE.BEI-G 2G docorrenteC0DLKÍIZ !) de agostoAAIII..1!.;.. 23 » _liü.til G de setembro.

0 1'AÜUI'TE AI.I.ÜMÃO

HÁLLE(illuiiiiiiailo a Iu. èléciflcá)

sairá no dia i. do eorronle, ns 1 linr-síl.í" tnrdé, cm (lii*cit 111**1 par»l-S.-M-i-.r:», ___i_ões il''i-lu),l ollerdaiii, Antuci*i>i-i eB.l-CUKill,

II. So. D. g.Hain.urg Sudameritanisclio Dampís

cüiíffahrts-Gesellscli-tt

nicm in

AI/UGA-SE o 1: andar do prédio datravessa do Paço n. 15, por 150$; tra-ta-so no n. 22.

ALUGA-SE um bom quarto a rapazsolteiro, em casa de familia; na ruaBarão de S. Fellx n. 95.

ALUGA-SE a boa casa da rua dasLaranjeiras n. 201, com grande e are-jados commodos, completamente re-formada; para tratar na rua do Cos-mo Velho n. 18 A.

ALUGA-SE o 2: andar do prédio dobecco da Lapa dos Mercadores ri. 4.

ALUGA-SE a casa da rua Condo donomnm n. 17 D, III; avenida, com doispavimentos. Preço, 140JO00.

Prrçn.íia pnss-gcm de 1« ojasse para Rol-terdam, Anttirrptá e Ilrenifii, 500 marcos.

f>te naquele tem boas e modernasncxniiininil.ções pnra passageiros de I*c .1" classes e lem medico, criada C coii-nliciro p_.liiffu__ a Üordo e ninei), passa-(jeitos .lireclain.iito paia Madeira c l.ci-xões (Porto).

A1 P_S/_€APINTO, COSTA _. C.

psai'1 icipii.ail :i süia niiidun-V"> |>."»i*.'« j» i'iisí Viscoiíirle-iC H__l.:ta-___:t 11. S _»

Sociótc ._i.<»>iy:mi «in _¦:<_.<le -tia» <l*i .liinc-iro

'

AVISOPara os Uns convenientes, previuo ao-s

Srs. consuiim!'.res quo do .lia 25 de ju lioem di.iiil,- 0 preço iia lonclada d« ,-olc",¦ 11«I - -1 a - ml nte do transporte, será de .'il)£—6'.)-eiic:'a.

As pass-jen.vinho de mesa.de li» classe incluem

4G5J28,»

ilio»21 í:i8"40fl10.:i:,.l10,1

33011l:3n0"

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COT.liou""883.451)¦¦:,:.'

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l.i.I.","

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3.'"45/).3'!l"75012°

1003* '-"

80,1

' ATTENÇÃOA conhecida o popular Alfaintariu

Barra do Itio chama a attenc&o deseus áníiSOS e fre_ue.es para que nãosn deixem illudir por casas pouco es-crupulosas, quo não dispondo da me-nor reputação, procuram enpranar anoosa numerosa freguesia, faiendocrer ser llliaes á nossa casa, ji pro-curando títulos quasi i.tiaos pnra as-sim confundir ou nossos frecue.es quenos dispensam suas estimaveis ordens.

Por ente motivo, temos o praser deprevonir que a noosa casa ê a secunda,e tem senipre _ poria um figurino tra-jando do encarnado.

TJnlea casa de tres portas.1_- A, rua S-tc de Setembro ti. 110 ACASIM1RO 1)'ALM.1IDA k SOARE"

Comi»' lll)<U fie ..:u-i*ÍHti l>l)l<ll(>H

juiios nu ni;i)Eiri'uai'.sDo dia M dn enrr nlo pròsiriin vimlmiro

e... diante, das II da ínaiilifi nj 2 iln lard ,no encriplorln desta cump.nliis à ÂTeniil-¦Ce.ulral 11.70 iiajiar-se,?liàn os juros corre-ármiiriénte. áo priaelro si-nu-^ire .Irsi-¦ anil.»—6'. W. ¦ alrick: direi-tor lliesõiireiro. •

Socindndn EBi-axI.-Oira <lcí__-noPi<-ei-clíi

AS K1IBI.1ÍA 0E11ALConvido ns Srs. snens quites a se re-

unirem <(u:irt¦»-Teir«, 10 ,1o .-urrente, as 7línr.í da larde, cm s.-ssão di- ii-se-i I1I6seral, para resolverem snbrò a excrui-ü"dn que dis|iõ'' 0 art. 100 dos i-sUlnti..•iu vigor.

ilio, .7 de jollio de 1907 — A. «onki.ro.S' ctelaiio.

A cnmpíinliia rnrnocR cnuducçilo gra-tiiila para hordo aos .rs. pássaguiròsCòni nuas i)«;;ugçns.

0 pinli_ri|iift dos srs. pns.sasp.irna sei-ealira no cá"s dos Mineiros, 110 dia 12 doconcilio, ao moio-dia.

.-(«.Se»» v-ipoi-íí* saíMíii.íauri-í»r^;-»»s <l 3 .*.'c *', t. a nt <\ u l«p.«i*a 161 a«Is-ira e leixõets.

Pnra cargas li-ala-sc com o (-.orrclor daçoiiípaoliia; Sr. II, Oáliipos, á rim Qonc-tal Câmara 11. 2, sobrado.

rara pksV.íciis c outras informações0111 ps **;eiil-S

Hl-RH. STOLTZ ft G.

ÍM-74 AVEXIDA CENTUAL (.íi A 7128.

Esperado de Sa*nto_ no dia 11 do cor-rente, sairá paraB-.lii:.,

Lisboa,_L,ei*_õo-«

e Ilamburgo,uo dia 12, ás 10 lioras da inaiilíã;

Todos os pa(|iict(-s são provúlos com osmais modernos inçlltorá .unlos e off.-ie-cem, poriam,i.^.o maior conforto aos Srí.lía.sat'. iros toíito do 1* coint» de 3* classes.

C> preçoda pasa.Vgcjiii <lo;_> clasfse |> i*a I «»<!><>:. «*l.«-i_o<-« é «lo _-5K_-, in-c.u.n<_o o iii!|»o..o(lo^o-verno, vinho tl« mesa,o.c.

I'«ra carsasj li-aih-.se com n corretor daconi|i.-inliia, Sr. W II Mnc. Niven, á rua dcS. lleiíro li 1-, 1* andar.

Para passagens e mais infnrniacfjcs comOS AG.tXTIiS

THEODOR WILLE & C.

7(J ÀYCiiidíi (Icníral 11)484

ATjUGA-SÈ a casa da rua Dr. JoséHytfino n. 23, tendo commodos parafamilia do tratamento; informa-se narua dos Ourives n. 85.

ALUGAM-SE uma sala e um quartocom ou som mobiila, a casal sem filhosou moco de tratamento; na.rua. do He-zendo n. 87.

ATj-GA-SB, por 400$, o prodio n. S9P, da rua S. Clemente; as chaves es-tão na venda próxima e trata-se comA. Moraes, na rua 1'heophilo Ottonin. 4 0-

ALUGAM-SE uma espaçosa sala cdois quartos, sendo um com janelaspara n rua; para ver e tratar na ruada Carioca n. 51, 1: andar.

n.ECISA-SE de uma cozinheira ;na rua idos Voluntários da Pátrian. 1GG.

Pl-EOISA-SE do uma ama seecade confiança ; na rua da Passagemn. 22, Botafogo.

Pl-ECISA*SE de uma copeira e ar-rumadeira do casa, aliem;, ou portu-gue.a ; na rua do Triumplio n. 2, San-ta Thereza.

PI-1-CISA*SE dc uma criada parao serviço de pequena familia; na ruaFifruoira de Jlcllo n. 54, S. Chri.to-vão.

1M.ECISA-SK de uma ama secca,que seja carinhosa ; na praia da Lapan 2

PJ.F.CISA-SK de um 2: trabalha-dor; na rua Senador Büzeblo n. 123.

AIKIIIAI.INA cura as Meiras, a-ss.Iu-

r-s, I, uto-.-jas e ca.pas; na rua SãoI'. dro n. 74.

WÊà1/

AVISOS IVIARSTI^OS

Serviço semanaIlio dn Jaiieiro e

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Saiiá co clin 1.1 do corr.iite, as 10 lm a- da" «llllã, liara Yii-.loria, llalpa. Maceió, 11,-cil'c,palicd.dlo, Natal Ceitia, Tiiloya, "lanuiliàu,l'.-,r,i, SaniariMii, Pariinjiu- u Máiíáús.

Cargas |»'- o liapiclie o Nórle.

/_^_'K_í4.— As i-arfríi. para Manáos ep,irt,is uo iio Amazonas só seiã.i i-eci-liiiiasaié (|uiiit(i-'feira, ás 5 lior.is da lartle.

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0 PÁQlilífl!

fiompauliiíi ilo.ft.ciliconAilJAS i',\ll,\ A l5lliini'A

OltTEOA. 20'di'icdri-cnto 1'Sfialtvsj011 IMÍSA 55 » » (ilircimUi.lT.V G» agosto', (escalas)ullAVIA 22 ile » (iliiccto)

OLI ií)A

0 PAOliliTi; l,N(il,l!/i

esp r.-iiio d»! Monlcvidco iii.uliã, !¦ rça-fera. n du ciirri-uli-, sairá pira H.i — i)0.i,Vífro, D.:» _».-».5.<*o c I ivi-p-poo , amaiiliã, no in. i i dia.

•Jt> j»_-<••<-<_ «I-ks 3h»hs:ij*.-iim<--i. it» clahwc jíjii st -Jpí.io-ió <1<~ _<>.»_ t- lisu-si Vifro_'_)'--S- -l-4*llIÍl)«-<> O 5l-l|> HHo ido (,'ó_yi-i*i o,,A'iniio <í«»incH.i _ --•'..idu-M-ão i»:-i*:ihonlo. w«-n-i!o o -¦¦lihcai-.jiK'-Fr.4><*:"í''K'-4>S_Í-S<-r|-OÍ_..--l.l-l_ili:°i ii, £\a _<U> lioras tlti iti.i

ALUGA-SE, por 150$ mensaes, umaboa casa com Ires quartos, duas salas,quintal regular, etc. na rua José Eu-gênio n. 18; as chaves estão no arma-zptn próximo o trata-so com Dávicl,_ C, na Avenida Central ri. 102, casado paeis ijintados.

ALUGA-SE umafuoa casa com duassnlas,quatro quartos, snleta. bom quin-tal, otc, na rua José Eucrenio n. 22:ns chaves estão no armar.em pjoxlmo otratá-se com os Srs. Dávicl & C. naAvenida Central n. 102, casa do papeispintados.

ALXTGA-SE uma casa com quatroquartos, duas salas, seleta, etc., lendomais fora do corpo dn casa, Ires quar-los com entrada independente, sita firua do Oriente ri. 6; prra Informaçõescom os Srs. Davld & S., na AvenidaCentral n. 102, easa de papeis pinta-'1 f-5-i.

VI'.NT)EM-SE bons empregos docapital, bem localliados predioí.terre-nos, chácaras, sitios e fá-ondàs ; in-formações, tratos e chamados com L.de" Figueiredo, rua da Alfândegan. 246, sobrado, das 11 ás 5 horas.

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S. l-i dro n. 74.

Al-]-E_í_)"A*SE por contrato um es-[llendido arinar.eni á rua do Lavr.-idion. 19, rec-enleniente construído; as cha-vos estão no n. 17 e trata-se na casade papeis pintados de David & C, _Avenida Central n. 102.

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» esp. ei' il.-. cnrriincntii cm ambosos s('Xtis,j-ii_ rua S. 1'odru n 74.

A Casa da Cotia, avenida Passos 39,èslá liquidando lodo seu "s,toek", pormotivo do obras para ahirg.iineiilo dosseus armazéns, até 31 do corrente.

iMPIMIKNn ilariliros c ci-.érhas des-

o da llnC\SPA,

d-sapp reco cm n íiáliiia; na ruii S. PiMrn n. 74.

PHECISA-SE do um empregado de15 a 20 annos, pôde ser ohe.ndo hapouco do Portugal ; no botequim danio Visconde do Pio Branco n. 12.

F a rua S. P-dru n. 74.Ilinalina;

PREOISA-SE de umapara casa do tratamentoMnrquezn dc Santos ri. 14.

cozinheira;" na rua

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iumpnnliia haciumil de Kav.diiçHii

i!c |ia.ssri(;cirí)s entro dPortu Alegre, com cscn-

Ias por Piiraiiaíiuá, Moriaiiopolis,Orálidu e Pelotas.

O paquete

ITAPACY

sairá no dia II dn con-chío, ás 2 Iiurasda larilc para

Santos, Parnnnguá, S. Francisco, ITnriaiio-pnlis, lli» llralide e Duciins Aires

llcc.-hc passâ-ciios n cargas cm Iransilnp-rn Laguna, Pelotas o Porlo Alegre.

Cargas polo Irapiclin dn Sul.

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com cxccllenlrs acciuiiuioiliiçõcs paran-issii^eiro.s de I* c _- classes,

pur iíinlivo Ue força maior, transfere as-ida para

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PorlO /-lo^l-Ohoje, segunda feira, 8 do corrente, ás

4 lioras da larde.Vai,.res p-lo csciiplorio, lioj••, 8, até

ás 2 l oras da lardi..Cargas c ciicòmni-iidas pelo trapiche

Silvuio.«-:ii*.-. pii-igiigcns o onli*:as

ihrOi*iní»ç(õo!_ no oscrip.ioi-rio de

LAGE IRüIRAOS9 Rua do Hospício 9

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Autorizada pela lei n. (i(i7, dc 31 dl-ile I90G, ilo Uslado da Bahia

Kxlracrfl. s lodosos dias na capital (li)KkIikio, presididas pelo'(Iscai do governo,

Os seus protnins não estim sujòilos ainnoslii aliiiiin. Os seus pliiíiüS sao stipc-

liou-se inimitáveis pelas suas çoiige-neres,

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POlí Bi'.—-«s2>-.

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r dirigido, aoSnuzi Correia

233

—Accusar-te ! ou ! Não, não, meuRicardo; lastimo-te, e ao mesmo tem-li., admirorté ! Lastimo-te, porquocreio que deves soffrer ."itroznionto pornão poderes pronunciar com convicçãoas palavras, (pio meu avO exige do li;.- admiro-te, por vor quo os teus sen-Umentos verdadeiramente honrados oleses to incutem a força necessáriapara resistires ao teu amor, que consi-dero igual ao meu 1 Demais conheçoeu quo a tua vida é um sacrifícioconstante. . .

¦—oli ! minha Bórerigére ! balbuciouo ..flicial profundamente conimovidu;.iulRando-me assim, fa.es-me justiça,mas nem por sombras calculas quã.iardentes têm sido os esforços, que te-nho feito para conseguir o resultado,quo devo dar-nos a .felicidade, quãoporfiadas c angu-i^isas tem sido asminhas luetas ! Escuta, amiga: tenholido com verdadeiro enthusiasmo oslivros, que leu «vô me emprestou; te-iiho-oa compultado, diligenciando detodos os modos comprehender,as dou-trina» que nelles se contêm tenho re-pedido e procurado vencer os argu-mentos e raciocínios, quo mio gradomeu, b. ra.ão.e o espirito lhes oppõeni;ten lio lido alguns períodos cinco, seis,vinte ver.es, e sempre com a attençãomais escrúpulos», o ardente; os livrosp,,rém, lonsro de modificarem as mi-nlia* idéas. nada mais têm feito do queco n ti rrn ai -as. . ,

Tentei, então, evocar as recordaçõesda meninice, relembrar as suaves im-pressões dos meus primeiros annos;não podendo impor a fé á razão, (1111-(Tendei -a_íJ)_ renascer no coração.Tenho Ido cem ver.es _ Igreja, que tufreqüenta., lenho ajoelhado no mesmo)o_»r em quo tu ajoelhas, tenho cr-«uido as mãos para o céo... Tenhomeditado longas horas aõsinho e nomelo do silencio mais profundo...Tenho ido ao entardecer passear pe-los campo pnra ouvir o melancólicotanger ila sineta do presbyterio da ai-ueia, á hora era que a poesia que seeximia de toda a natureza commovoe enternece as almas... Oo manhã,

tenho seguido de longo a procissão-rfasladainhas, que avança em caprichosasondulações através dos campos flori-;dos,¦escutando com verdadeiro recolhi-monto de espirito as vozes combinadasdos quo lançam nos ares os cantos sa-Brados ...

—Oh I meu adorado Ricardo !— Tudo tom sido baldado, tud.» !

nem os livros sciontificos ou sonlimen-taes, nem as commoçõcs poéticas têmpodido incutir no meu espirito a féaçrysoládà,' que professas. Diz-nio tuque são azuaes as folhas destes arbus-tos, o eu, que não vejo senão pólosteus olhos, julgal-as-hei azuos comolu. Mas, infelizmente, o amor, quetudo pôde, nas coisas que directa ouIndirectamente dependem dos sentidos,nenhum valor têm com relação As quodependem da razão. Eis o que devodizer-te, minha adorada Berengére. ;não quero, não posso, nem devo Illu-dlr-te; é esta a verdade.

—Foi no intuito de prescrutar o quese passava no teu. espirito e no teucoração, que eu diligenciei obter demeu avO a permissão necessária paraesta conferência, que pôde vir a teruma influencia capital na minha vida.De certo, calculas que eu não repetireia meu avO todas as tuas palavras. Asituação, em que nos colloca o pedidofeito por Mme. Pretavoine ó tão gravee melindrosa, que exige da nossa parteo mais escrupuloso cuidado. Creio quenão preciso dizer-tc que deposito amaior confiança om meu avô; todavia,estarei sempre junto delle prompta adefender-te.

Demais, se porventura os ambielo-sos e os intrigantes contam com osou enfraquecimento para o forçarema curvar-se anto -ns suas imposições,também não nos soríl defeso aprovei-tarmos nos próprios esse mesmo en-fraquecimento para conseguirmos onosso fim, e quem sabe ? talvez possa-mos obter da aua vontado vacilante eresoluta o que a sua vontade firme no.steria recusado. Verdade é que estamosem perigo por causa do grande poderde que os nossos adversários dispõem;

todavia tenho a convicção intima oprofunda do quo o nosso amor nãoestá àinpaçajio; o perigo limita-se ascondições cm que vamos nos achart;.'dos tres: meu avô, tu, mou Ricardo,e eu.

—Di/.e-mo o que queres quo eu faça;eslou

'prompto para tudo.

— Quero quo nos defendamos, oque não desprezemos coisa alguma,que porventura possa proteger-nos.De vencer as resistências de mou avôoncarrego-me eu. Ha, porém, uma ou-ira pessoa, do quem eu dependo di-rectamenle, e cujo auxilio será pararióà vnliosissirrio nesta questão: é mi-nha mui.

Peço-te pois, meu querido Ricardo,que vás a ltoma, que lho fales, e dis-ponhas as coisas de modo que ella nãocenceda a Mme. Pretavoino o seu con-sentimento. Dar-te-hei uma carta paraella, na qual lhe direi que te amo apai-xonádamente, e que quero ser tua es-posa; tu farás o resto. Quem sabe ? émesmo possivel que esso consenti-mento já tenha sido concedido a Mme.Pretavoine, é nesse caso procurarásconseguir que minha mãi, sabendotoda, a verdade, se desobrigue de qual-quer modo do compromiss.1, que por-ventura haja contraído. Tens possi-billdade de ir a Roma, meu Ricardo ?é uma digressão de seis ou sete diasapenas.

Eu posso tudo o quo tu quizeres,minha adorada Berengére. Vou imme-diatamento solicitar uma licença, quecreio mo será concedida sem demora.

Muito bem; partirág então muitodepressa : ó a lueta, quo começa. Nadatomas, porém; verás como hei de serforte e corajosa. E agora que o nossoplano está combinado, agora quo osnossos postos de combate estão já es-colhidos, não falemos mais om tal.Esqueçamos Mrgo. Pretavoino e o"rapaz-modelo"; aproveitemos- estesmomentos quo nos pertencem.Falemossó do nossrr"amor, já que nos é per-mittido hoje falar delle. Diz-mo queé amor o sentimento quo me consagras,meu Ricardo, o deixa-mo dizer-te umae mil vc.es que te udoro. Se. meu avô

achar quo a possa entrevistar duroumuito teinpo, paciência ! virá pro-curar-rios, o aoompanhal-o-homos en-tão. Por agora vamos abstrair detudo o que no mundo existe, para noslembrarmos só de nós odo nosso amor.

E confinun.nm a caminhar a parum do outro á sombra dos elevadosarbustos, quo formavam as extensasruas do jardim...

O tempo passou rapidamente paraolles, e tão rapidamente quo nem mes-nio tiveram a consciência das horasquo voavam.

Sem que se afastassem multo docastelo, passavam de uma para outrarua do jardim, sem mesmo notaremquo mudavam do direcção; depois,maehinalmcnte, voltavam ao sitio deonde haviam partido, o tornavam apercorrer o caminho que acabavam deseguir.

Em um momento, em quo tinhamafrouxado um pouco o passo, e se con-templavam muluamento sem falarouviu-se resoar nos ares o sino dorelógio do castelo.

Berengére fez um movimento brus-co, como se de súbito acordasso doum sonho delicioso, e appllcou o ou-vido para contar as badaladas.

Tres horas!, já tres horas! ex-clamou ella. Levantiimò-nos da mesaao meio-dia e um quarto; ha portantoduas horas e tres quartos quo andámospasseando.

Queres quo regressemos ao cas-telo ? perguntou o capitão Gardilane.

Não, por ora não, O mais quemeu avõ pôde dizer, é quo abusámosda permissão que nos concedeu; pa-ciência ! O quo isso prova 6 que nósnão pensamos senão no nosso amor,o que realmente muito convém quomeu avô saiba. E' de todo o pontovantajoso para nós quo elle adquiraessa convicção.

E continuaram a passear e a con-versar em voz baixa...

Não eram, porém, passados dois ml-nutos ainda, quando avistaram Miss

Armagli, que so dirigia-para olles, compassos rápidos.

—- Acabou por hojo o nosso sonhode ventura, murmurou então Beren-gérc; agora é forçoso quo entremosna realidade, Quando teremos, nós ou»,tra vez uns momentos do felicidade;como os que tão rapidamente acabamdo passar ?

Com que expressão tu dizos isso,minha adorada Berengére 1

E' que, em gorai, o excesso-daventura produz em mim uma vagamelancolia; quando mo sinto muitofeliz, tenho medo.. .

Nesse momento chegava Miss Ar-magh junto delles; foram, pois, obri-gados a mudar immedialamonto deassumpto.

Acompanhados pela velha irlandc-za, que não tirava os olhos de sobroelles, o passeio perdera todo o seuencanto para os dois amantes'. Volta-ram, pois, ao castelo, depois do havo-rem dado mais duas ou tres voltas,e ahl, o capitão não tardou a notar,que o velho conde eslava desejoso dose ver a sós com sua neta.

Levantou-se, pois, para se retirar, edespediu-se do Berengére ceremonio-samente, como se não acabasse depassar junt£ delia tres horas do de-liciosas e apaixonadas expansões.

Recebo as ordens de V. Ex., ml-nha senhora, lhe disso elle, incllnan-do-se respeitosamente.

Até depressa, mou caro capitão,respondeu ella, sorrindo.

E tocaram-na mão um do outro,apenas com as pontas dos dedos.

Logo que o capitão Gardilane saiu,o velho conde voltou-se para sua nela,e perguntou-lho com mal contida im-paciência:

Então ? Não podes dizer quo tenão dei tempo sufflclonto para con-fessares o capitão...

—Em confissão falamos pouco...respondeu Berengére, sorrindo con-

strangidamonto ; mas om compensa-ção falamos multo om outra coisa...

No. . . vosso amor '.'

E' verdade, avô.Disso não quero ou saber ; o quo

mo interessa deveras, e o quo te poçome digas som demora, é quaos são asintenções do capitão Gardilane.

Julga, ontão o mou querido avô,que um homem do caracter do capi-tão Ricardo do Gardilane podo mudarfacilmente do intenções ?

Mas. . . nosso caso... _Ali I so soubesse. . . so soubesse;.

E seguidamente contou ao velhocondo dc quo modo o capitão ia ajoo-lhar nas igrejas das aldeias ciroumvi-zinlias, como seguia dc longo as pro-cissõos ouvindo entoar as ladainhas oos cantos sagrados, tudo emlim quantoo apaixonado capitão fazia para es-magar a hydra da descrença, que tãocruamente se lho onroscara no cora-ção.

Esta narração, que Ricardo fizeracom simplicidade o meia dúzia de pa-lavras, foi por cila desenvolvida o co-loí-lda de maneira, quo o condo de IaRoche-Odon ficou a ouvil-a profunda-mento commovido.

Mas ontão, disso vivamente o ve-lho fidalgo depois de ouvir toda a nar-ração, so é verdado que elle praticadesse modo, por que não so resolve aacabar com isto por uma vez ? Porque não vem falar-me... ?

Porque na realidade as coisas nãoestão no ponto, em que o meu queridoavô quereria quo ellas estivessem.

Eu peço apenas um crento e nãoexijo um santo.

E' verdade, mou adorado avô ;mas permitta-me que lhe diga quo éainda muito o que lho pode. Dc maisa mais, bem devo comprohender quoha um sentimento — tenho a certezadisso — que forçaria Ricardo a nãoso declarar, ainda mesmo que elle liou-vesse chegado ao gráo de crença, que

o avô exigo, gráo que, aliás, ello nãoattingiu ainda.

A quo sentimento to referes ?Ao da honra o da delicadeza. Ora

oolloque-se o mou querido avô na pu-sição delle : so se Interrogasse a sipróprio, sabendo-se amado, o sentindono coração a ardente o viviliendorachamma do amor, não teria receio desc illudir, o de tomar a voz desse iimorpela da consciência?.-.,. Quand ur-murasse do si para si a palavra "creio •

poderia tor bem a certeza de quo ellanão quereria dizer somente "nino" ?

Deixo-mo dizer-lhe tudo quantopenso, meu querido avô, o perdôe-moso pronunciar uma palavra qualquerque deste ou daquelle modo possaaffoctar o seu melindre. O que o meuavô Impõe a Ricardo & nada mais nadamenos do quo uma espécie de contra-to : "faça isto, e ou farei do meu ladoaquillo, isto é, vá á missa, e eu dar-lhe-hci a mão de minha neta". Seráisso bastante nobre, meu avô ? seráisto digno ?

Quem te ensinou osso recado, 11-lha ? murmurou com tristeza o pòbravelho.

Ninguém, meu avô ; o assevero-lhe que, no que diz respeito ao meuamor, não preciso dc quo mo ensinemcoisa alguma. O coração, quando amadevoras, tem o dom de adivinhar mui-ta coisa e de comprehondor tudo. Asidéas, que arnbo de oxpender, oceor-reram-me naturalmente pensando emRicardo. ^

Pois não vê meu querido avô, queelle tom receio, de que as vozes domundo digam que so converto, nãopela modificação das sua convicções,mas sim por especulação baixa e p.ou-co digna ? Julga acaso que a delica-deza de uma parto o da outra a digni-dade própria, não são consideraçõesmuito attendivels para um_ caracternobre o honrado, como é o

'de Ricar-

do ?

(Contlf.ua.),

Page 8: memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1907_08313.pdf · m w* •'i--¦-.„..,.# *-.-'»n-' x" Edifício próprio NA AVENIDA CENTRAL 128, 130, i)i mSBmr WwA 19 X ^Qtíà^

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hábitos viciosos pelae hypnotismo

DR. CUNHA CR Z

27 IIIA ll.l CARIOCA 27Das 3 as 5 limas

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Predio—(lonipra-sc um nos subúrbiosnlé esse preço; cartas a J. A li. nn es-criei.in.. ,'i>.i*i fnlin '''1

377 Ilua do Ouvidor W? A17:

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U IWJÍ 1 uI*EHS01VA-G1SWS — Rosalina, aclriz Cinira Polônio; Hadame Dnuil-

lanciiurt, Helena Cavaltcr; Panlina, criada, Medina de Souza; Yalcnlina, (illiadc Botíillancoiirt, Estlicr íl-rgcratli; Margarida, camponeza, Btttenliania Louro;Coralia, lle^ma Moreno; Annila, Anlometa On;a; 1* criada do restaiiranle, Marina; 2*criada dc restaurante, Cariam; criada dc llosalina, Aida; Douillaiicniirt, Macliado;Osc.nr Du tii, Haums; sargento Oalnchard. Alfredo Silva; capilão Grubert, Claudlno doOliveira; visconde d'Aiemancs, Figueiredo; Jtisliiin, criado de Dulil, Bragança;IfnUijel, liinpa-iliaiiiiiiús, Portulcz; un camponez e uni carrrRador, furtado; uni ll.-caie um c.ul)" de c-qua na, Enrico; um moço de restaurante, Cccillo Lnpes.

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THEATRO APGLLO

-5*:-í2£*:-5afc3ffa;-^aSTft:-<S} •

¦x- 8 dc julho de 1907 -h

Grande companhia de òpçrn-có-mica, do tlieatro I) Amei.ti, dcLisboa, de óõe laz parle a no-lavei aclriz PAI.MVItA BASTOS-Direcção deSOÜZ.i BASTOS.

REPRESENTAÇÃO HOJEda opera cômica em Ires acns c cinco

quadros, uim-ica de AÜDIlAiN

Oopn

pnu f -ai)íi|;í±-

i il li 11 I¦ ã1 nli Rir I flfí 1111 ln I 11 El4o CONCURSO I IJUlIl-Uri

niOULIN ROUGEEmí-íieza PASGIIOAL SEGIIETO

Tounicc Scyuin dc Í-Amcriqno du Suil

HOJE .^ HOJEGrandioso espectaculo

30 ARTISTAS 30suecesso ! Exilo !

DE

. & -tf ^-^s^e^^È-??** s

AmaiiUà— 5l representação do- rvoivo 1>IS MÜCIHL^

O papel iic Alesia 6 desempenhado pelaaclriz PALMYItA BASTOS. ¦Tomam parte "S artistas E. Roque, R. Alves,

Armando, Gomes, Roldão, Amaral, J. SilYae Miranda.

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B^~ AMANHA - A KONECx-V.

NKSTA S1EMANAA opera-comica om tres actos

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L^V BELLE T1TCOMBcon o seu cavallo branco

AS CINCO VIOLETASLos Freydo

SAWA PflAUAHWannla, "Williara. Wncuer, líer-ceret, Alvnrez Dell'Oro. Bclieulr,Vanery, Florinett.-.Ifortoii' s, tio-linettot JMnlb, Douiort, Oterita,JLia JLiozuiiito.

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Quarta-feira 10 — » ESTRÉAS- -t.live Wotti, excunlnco mgl ae Iaabelle Uerlrai ctmtura ita-liaua. %fl

_THEATRO LYRíCOEmpreza í^ni-atlossi í-Òn»iS''

TülINÉK Da CELKDHK ARTISTAELiEO-^OI-iA Ott-^SK

•a n%M. jf-flk. I"*sú' a os .--^TIRÇA-FhlRA 9 DE JULHO DE 1937

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MONNA VANNaMnniia V.mna... Eleonora Dus"

Cnstnnics e scnnanos da épo a ('» l.1'"do seciilõXYl-Dcslumbrantemíte en seent—PREÇOS. DO COSTUME —Os hilliet s * s aoa ven a na ca>a dc papeis pinta os 'losSrs. iinvid •& C, ama do Ouvidor.0 resumi .ia i*ça vcinte-se na mesm» rasa.Quinta feira, 11 dc julh", e i »i*ê<*iln <le a»8iííiialiir:».{frau-dc fesla artística cm Inuir. e bcnrllri *i«celebre actiii El.EOiX' <> S^ *iOUSE com t,a moRlio «JJ

lauiiio e Una viwita *>lnozze, ile A. Du nas Filho.

l.sião uci-de lá a vçíida "8 bilhetes \)ina soirèe ile Eleonora Ouso.-"AOS SUS. ASSKl.NANTtS — Devido a unli*-"posição de Ume. El minra DnSC, a emprH»não iode realizar mais uma i6cita dc as-si(;n»luia nu semana passad'. Por esse mo-tiv*. c não pn icndo prorogar a demof*nesta capital além do dia 16 no curr. ntc,tcrininura' a assignaturu nesse dia com a10»ré Ita.rcBiituind Boa Srs. assignantf»a lui.mrtancia purrciipoudeBte »8 reciianliei»*