Ler e Escrever na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas (cap 1 e 2)

download Ler e Escrever na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas (cap 1 e 2)

of 20

Transcript of Ler e Escrever na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas (cap 1 e 2)

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    1/20

    Capf(ulo 1

    Alfabetizar e letrar na EducacaoInfantil: 0que isso significa?Ana Carolina Pcrrusi iJrandJoTehna F erraz L ca l

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    2/20

    s e m ate ria liz am n o rrabalho p ro po sto em s ala s d e E du cu ea o ln fa nril.E m s eg uid a, e xp lic ita mo s a s d irc triz es p ed ag ug iea s p ar a tal ensinoco m vistas a orientar a professora em seu fal~r c ot id ia no r el at iv e ae ss e o bje to d e c on he ci me nt o. F in alm e nt e, n pr es en ta rn os a lg um a s p os -s ib il id a de s d e a ti vi da d es , s gr up a da s em c in c o b lo c os , especificamenicd i ri g ir if 1S pa r a it a lfa be riz aca o e letramento n a E du ca ca o I nf un til,

    o t re inamento motor, qne esta lncluido e rn todos os exe rc i-cios, feito ern forma de recorte e colagem na I~ e 2- etapase com 0 usn do lapis ua 3~ etapa, 0 USD de formas graficascomo niimeres e 1etras nan S ignifica urna entrada no campo daesc ri ta , c que seria toralmeure prema ture , antes da aquisicaoda lei tura , mas a renas urn rre inarnento motor da movirncn-tacao direclonal cena que a crianca ne cessitara mais tarde(POPWlVl(:;\rm{A6~, 1966, . p. 23)_A leitu ra e a escrita na

    Educacao Infanti I: aJguns pcrcursos Com base nesses prlncipios, pode-se conclui r que o t rabalho naEd tiel ~ii.o In fO J nti l (je veria ev ita r q ua t q u er co ntato d ircto co rn a lc ilLI ue a escrira e se concentrar no estimulo aos chamados "pre-requisi tns"para ap ren der a le r e escrever, ta is co mo 0 d es en vo lvim en to d e 1M -b iiida des de co o rd e natrao v iso - m o to ra , m em ori a visu a t e au d i j va ,orientacao espacial, a rtic ula ca o a de qu ad a d e p ala vra s, c erto g ra u d eaten cn o e concentracao, bo a alirnentacao, e nt re o ut ro s. Conformcsalienra Ferreiro (1993), essas ideias justi ficaram a rnanutencao do"pre-escolar, "assepricamente' isolado da l ingua escrila [ .,-J, desen-VO lvend 0 h a b il id a des P re v ia s q ue, s eg uu d 0 p are ce , 'rn a tu ra ru ' emc ou te x ro s a lh e io s a l ingua escrita" (1', t iS, g ri fo s d a a ut or a) .

    O b se rv a- se q ue t al c on ce pc ao sabre a aprendizagcrn d a l ci tu ra Cda escri ra teve 11 m j rnpacro nn orie ntacao de po Iiticas pi]hlica pil r

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    3/20

    lo discurso da prouliddo tatnbern foi questiouado por profis-

    sionais da area de educacso que apontavam a baixa qualidade dos"exercicios preparatorios": muito repetit ivos e vazios de significadopara as criancas, alem de obrlgarem que elas ficasseru presas duranternuito tempo a atividades com papel e lapis. Porern, 0maior golpenesse discurso to i 0 ta to de que o [raeassn na alfabet iz . .H,:ao continuavaa ocorrer mesmo COrn0 alto investunento publ ico na disseminacaode programas que apostavarn em numcrcsos exercicios preparatoriospar a garantir a ma t uracs 0a 1mej ada para a alfabetizacao.

    Diante desses argurnentos, observamos a abertura de pelo rnenostres novas camlnhos para 0trabalho com a linguagem escrita nas salssde EdlLC[l~1iO Infantil, conforrne apresentaremos a seguir,

    Cemitiho 1:~fAobtigeceo da etisbetizsceo"Se nan ha sustentacae kt~rica ou ernpirica p~ra 8. idcia de

    pre-requisites para alfabetizacao, por que esperar ate os seis ousere anos para alfabetizar as. criancas? Os que adctarn esse modo depcnsar dcfeudem, portanto, que: as criancas coucluarn a EducacaoInfantil ja dominando certas associacoes grafotouicas, copiaudoletras, paIav ras e r~qut:"nnfi. lex lOS, bern como 1cudo e escrcven J();J]gurna;

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    4/20

    Cnminho 2: "0 ietremento sem letrss!" um trabalho em direcao a :::.1a bd iz a~ fi .( l t ei to ni l .Educacao Iufanri lau na esco laridade ohriga ro ria renha que inc lu ir exe rcic ios eX8US-tivos de mernorizacao e copia de letras e families si l abicas. Nessesentido, estarnos de amnia com Stemmer (2007, p. 136) quando Jautora salienta que:

    C om o re lacao ao liro de traba lho descriro an terio rrnen te (que,i nfel izmente, rem ganhado rnuito cspaco na Educacao Infantil),vemos 0 su rgirn cn to d e ou tre m od o d e p en sar, F ::~ tc f oi re co nh ecid ocomo "0 letrarncnto sem letras", 1caracterizando-sc a cnfasc dada aoutros t ipos de linguagcrn na Educacao Infautil, como a corporal, am usical, a grafica, entre O~JtT

    Porenr, ao olhar ao nosso redor, discordarnos tanto da ideia deque a Educacao Infantil rcprescnte sempre esse ideal descrito quantoda idcia de que torla escola rcsulte, necessariamente, na formacaoJ.: cri ancas at}aticase de praticas que desrespeitern a infancia(I-:lHA 'II ) A O , 2009), E spec ificam en tc , tarnbc rn n .3o conside ra rnos que

    I~. p,~ s i \ - t ; o e ra mbem rec ~ nh ec iJ 8 pN r> .1~

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    5/20

    hem como para a reflexao sobre 0proprio papel da Educacao lnfant i le, por out re lado, na perspectiva socioin teraciouista 4uC a1crta paraa ir np o r la nc i a d o papel da esc o la n a insercao d as cri a nc as TJ a C u l ru r aescrita desde ccdo. Assiru, nessa perspect iva , a alfabet izacao passaa ser entendida como um longo processo que comeca bem antes doauo es C0 la r e m q ue s ee s pe ra q ue a er ia u c a s eja a l Ia bc tiz ad a of! consignlcr e escrever pequeuos textos. Nas palavras de Ferreiro (1993 ..p ,39) .isto significa que

    . l - " I nao ~ 0 brigato Li0 dar au] as de alfa lJetiZ(l.~;l() na pTf.~-~5001a,

    . porern e pm,~'vel dar iuultiplas oportunidades para vel' a prn-t es s o r a l er CCSCIT,"cr; para explorar seme lhancas e d i f e r ene as.( entre textos escritos; para explorer 0spa~o grafico e distinguirell tre dcscnho e escrlta ; para pergun tar e ser ~~pu Iididu; ran).tentar copiar ou const ru i r uma escrita; para rnanifcstar suacuri os idade e rn compreender e ssas marcas e st ranhas que os~Jultos poem nos mais diVeIS(}S obj etos,

    Ao investigar 0que as criancas sabcm/pensarn sobre a escritaantes de sereui al fabetizadas, Ferrei ro e colaborsdores mostraramque elas formulam hipotese acerca das funcces e funcionamento daescrita, qucirarn UU nao os seus professores, Porem, Ferrei ro (1 Y93)advcrte que as oportunidades de interagi r de modo f,igniflcat ivu coma escrita ni lo ;jao igua is parn todas as criaucas. Assi rn sal ien tu que:

    Ha criancas que chega Ul a escola &. n bendo gut: a cscri ta servepara csc rever eo isas imel igentes , divereidas Ul l importantcs ,Ess.% S a o as que terminam dealfabetizar-se naescola , mas co-m{'~ar-am IIa 1 f a be ti za r- se mu l to a n te s , a tr av c s da pos s i b i l i d adede enWII ' e m c o r u at o, d e i nt er ag ir c or n a l in gu a escr i ta. (p. 2_1)

    C on clu i-se , po rtanto , q ue u a E ducacao In fan til m uito po de serieito ua direcao apontada, especiulmcntc, para as criancas que te-r L am m e n o ;'; o p or tu n j Ja de s. d e p atti c ip ar d e s iru ac oe s m ed iad as rebcscrita, seja por rneio da leitura Oll da producao de tcxtos, Assirn,concordamos intciramente com Sole (2003), quando eia afirma que:

    Ni!o .se t ra ta de R~~ lera r nada, ncrn de su bsti r u ira tarefa deo u ir as e L ul l< l8 c um rchyiiu a e ss e conteudo (a [eitura), traia-se

    20

    sirnplesmente de tamar natural o cnsino e aprendizagem dealgo que coexiste com as criancas, que iuteressa a elas, ljlte{;sta presente em sua vida e na nossa e que n~[) te rn se ri t ir lua lgum ianora r, (p, 75)

    Em sintese, nesre tercciro carninho aponta-se a possibil idade deensinar a cscrita na Educa~au Infautil de forma sistematica, incluiiuloaspectos relatives a apropriaciio do sistema alfabirico de escrita, sentdesconsiderar os objet ivos e as arividades no eixo do letramento; berncomo outras neccssidades rclat ivas ao desert volvimcntu e vivCncj:J.~da infaucia, No item scguintc lrutaremos Jf;~~{::S dcis concei los .

    Fundarnentando propostas detrabalhocom a I inguagcm cscritano cotid iano da Educacao Infantil

    ,.-

    Como vimos discut indo a[l~u momcntn, defcndernos 4llE;:,naFducacao Infautil, e irnportante garuntir que as criancas viveuciemsiruacoes diversificadas de c on ta to c or n a escrita. Tal defcsa, no en-fi:liii(~;ticula.s~ a prQPosi~5.~~c ~u-enesu~_l:'i'.~~,::_t{lria.!1rill\;adeiL"Jconstitui-se ati vidadc central do cot~uia;~; i n f a T l ~ i ] _ i~r incamio que us- . -----crian~ ~ pO lti d ra 11 1domun do ad u 1 1 0 e , l p re e L lde m SI I a s C . 'H Jcter r sl i-cas, Brincaudo, elas podem, tambeui, ingressar na culnua ~sE~l . f ! . _ [tILsutna~:propo~~lO~ ~lie,~mtidLlt:a~01rliaiimx jrurigara[ ~iias s j [LLU\ tk~de co nvivio co m a es critn , sem , [10 e nt an to , t or na r t ai s v iv en c ia s UIHfard 0pam as criaucas,

    F , c om um , n aS salas Je Educacso Infaiuil, observarmos alivida-des de conversa, hora da novidado, contacao de historias, entre ourrassiruacces que buscarn estimular D deseuvolviruento da linguageruoral, Nesses mornentns, as criancas ampliam SU< lS habi lidades deuso da liuguagcm. Aprendem a estrururar textos oralmente, a variaros rnodos de [a la r, a i ute ra gu de modo cada vez mais autouom o pormeio da [ala, aprendern a ouvir cum atcTH,:ao c a responder de modoativo as pergunras que lhcs sao feitas,

    De igual modo, as c ri an c as r {l J~m apTGILJer a interagir pur meioda escrita e podem participar de situacoes variadas em que adultos

    21

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    6/20

    ()LJ criancas mais experiences possibilitcrn 0 conrato com os textos(IIIC cireutarn socialrncnte. Tal contaro pode sc r propic iadu por mciode a~oes de leitura. producao de textos e reflexao sobre d lingua.

    ~ 0 p r im e ira c a so , ahv i d a d e s d e: l e itura d e le x l OSpel a p e n f e s so ra~fl_os rnais recorrentes . Vis de regra, promovem a ampliacao do Teper-l(lnn textual das crlancas e arnpliam suas exper iencias de letramento.OLl se ja , estimulam sua participacao em diferentcs prsticas de nS(1social da escri ta , hem como a intera~tlQ com "diferentes por tsdoresd~ leirura e de escrita, com as di fcrcntes funcoes qUI; a leirura e ae sc r i ta d csc mp cn ha m n a n os sa v id a" (SOARES, 2 00 0, p . 4 4). PDf rneiod~~sas cxpcricncias, as c riancas farni li arizam-se, assim, com os di-vcrsos g~neros textuai s, que sao, como proposto pur Bakh tin (2000,p_279), "tipos re lat ivamente estave is de cnunc iados, elaborados emcarla esfera de uti lizacao da lingua" ,

    Muito frequentcmentc, tambem, sao propostas atividadcs deconversa sabre os texros antes e dcpcis da lei tura. Tais exper iencias,tom certe za, i l l . e m de mati vare m as e n ancas a lc itura, c riando ex-pcctativas e inse rindo-as nas pra ticas soc ial s de escrira, cstirnularn 0rlcvcnvolvimcnto dus cstrategias cognitivas de leirura. COnlQ afirrnaSol

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    7/20

    ~ suas came teristica 3 (flna lidadcs, conteudos, estilo e COmposic 8:0proprios, supcrtcs , dest inatarios , e esferas de circulacao),

    F r is ar no s ( li nd a a n e ce s s i da d c d e q u e e ss e s dais e i x o s a n d em juntosria Educacao Infantil. Na o se (nita, portanto, de defender 0 letramentona creche (com cri :illpS at e tres anos) e a al faber izacao na pre-esc ola(sb a partir des quatro anos). Da forma como estfllllos cntendendo aa!f~~eJ.iz~ (ou seja, a~o dislinto Jaapre~zagem de urn c6d LgU),defendemos q ' tr C d e S ( j ~ -r uu i t o c e do e p os s (v el C[lVOi\'er as c r ia ll ~ as em';iTlia.~Qes erii"ijIle - e S - s - c o n m m a aprendcr algu ns principlos do SEst~lad e e s c r i t a alfabCtica, da',l(-loilllcio i i o s e L l !H'OCeSS~l de al~~o,h l S e n n . : l o ~ a s , elllparaicTo-,-n.-;is-4 i i c ~ s - ' ~ o c i a L ; ~ n l

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    8/20

    I seus significados.D ess a fo rm a, p nd ern q ut:: st l o na r, p Ol' e x em plo ~n id e ia de que a pala vra"fo rm lga " ~ pe que na e d ev er ia s er eserita COm rnenos letras dQ q ue ap alav ra " ho t " , (It! que a escrita da p alavra "m ac aco " nilo teria nadaa vel' com a es c rita d O l p ala v r a "r na Ia ", m as teri 11 s em c I ba n c as c oma escrita da palavrs "banana ''. Como a superacao dessas hipotc~c~denom inadas "rea Ij smo nom jnal" (C..... R A } 1 E R; Rsoo, 1981 ) de pe ndede oportuuidades de reflet ir sobre as palavras, as criancas que vivemtals praticas d e r efle xa o p od em c on clu ir a e ta pa d a E du ca ca o lnfantilsabcndo 4U~ 0 que se grufa no papel tern re lacao com a sequenciade sons das palavras, dando, assim, um passe fundamenta l no seup ro ce ss o d e a lf a b e ri z ay fl o.

    Urn cxcrnplo de um jogo in te ressante de ana l ise f ( 'l f lo log ie~ eUIH bingo de f igures, em que a crianca dcvc encontra r numa cartelacorn varias figuras uma cujo nome comece com 0mesrno pedacinho(silaba) de uma palavra enunciada per sua pro fess ora, A S criancas,a o r ea liz ar er n t al a ti vid ad e, c on cc ntr am -s e u as s er ne lh au ca s s en or as .A professors pode, paralelamente a tal rcflcxao, desanar as criancasa dizer quantcs pedacinhos (si labas) cornpoern as palavras.

    V ale ressa lta r que ta is ripos d e a ti vi da d e na n propfrcrn Ur ntrc in o [o i1 ~m icQ _ C on fo rm e s alie nts M or ais (2 006 ), n ao s e tra ta J~fazer corn que criancas na Educacao Infant i l reproduzarn fO!l~ma:)iso l ad o s e ap rend arn a jun t ar fn ncm a ~ _P o r ou t ro lad o, ass i m co moaquele autor, entendemos que at ividades c jogos que desenvolvern~ - ---~.--;-a consciencia fo no1 6gica - ou sejil:i.9_ue [everfl-as ~lall~::!~ 8. refletir_ _ - - - _.-_.....--- ~--.sobn~ nriJ1B a c o n t ' a r - illabas le palavras: - a i d en t if ic a r p a lg y ra s que

    , _ . _ ._._ . .. ~ __ . .r .- .. .. . .. .. ---- . .--.._- -.- -- -. -c-Onle~a!n colnn Inesma -5 il a1i~dn-iC'J,if=- dc',:cm te r s eu e s p ac o _ g_a.G m - _tj{~~n-~-~~~~~~o_,,~a.~_t)L.~ .~-. -.--.-- _... - .... _.--_._-_.-S a li enw l1 lo s a in d a que, JlO w i l im n i lr LO d e sm e ta p a, mllit

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    9/20

    haja ref lexso concomitante sobre as palavras escri tas. POtcxcmplo,ap~}s 0 jogo de bingo cit ado, em Clue as criancas encontram figuresUtj05 nomes comecarn COm u rn m e sn io pedacinho (silaba), a p r of e s-sora pede enlrcgar urna fi cha com pares de :palavras que comccemcum a mesma sll aba, acompanhadas de suas imagens, e pedi r que ascriancas pintcm as letras ou si labas inicia is que perteneern a ambasas palavras, au pcdir que: digam outras palavras que comecarn dernanei ra parecida e eonvida-las a anorarern seus nornes. Dessa for-ma, as cri ancas podem perceber, pur exemplo, que as semelhancassenoras entre as palavras, lUI maier parte das vezes, equivalent asernclhaucas na escrita.

    d] ..,-'\ivlda II~8 e jogos que es r lnurlam a iden till c~u,:a0 e cs crttade lctrns ~ IIrecouhec lmento global de certas pa lavras

    Na Edu ca c ao Iufautil saQ i nume ra s a :- ;opo r tun idade s signifieativasem qu e a s cr ia nc as p od em r ec on he ce r l e t r as , a pr en de r o s n or ne s d e c ad autna C tentar grafii-las. Ta l conhecimento e imporrante, e m p ri m ei rolu gar , p orq ue d ess e m od o a cr ia uca fo ca a atencso n o p rin cip io d e q ueu ti li za mo s a s lc tr as n a escrila d e p ala vra s. E m segundo I u ga r , p o rq u e,p ar a " cu nv er sa r' s ob re a e sc rit a, p ar a d ia lo ga r s ab re c om o e sc re ve r u rn apalavra, a crianca passa a poder lancar mao dessa meta l inguagern. Ous ej a, a o e sc re ve r "I~US nomes OU o ur ra s p al av ra s d e s ew i nt er es se , rudei nr cr ag i r c om o s e ol eg .,'l s e p ro f C ;). '3 Qr aabre qu e letra usar, P or f lr n, a sa ti vi d ad c s c o rn JS l et ra s f am i li au za rn a c ri au ca c om 0 s e u t ra c ad o , p e nn i.ti n d o q u e possa es crev cr so s eu m od o u sa nd o o s s I T I l bo lo s co nvencionai s ,

    Para q lJe as crian ca s s e fa miliarize m c om a s tetra s e a pre nd arnseus numes, 11110 e necessaria recorrer as farnosas fichus em que Bepede a c'riauca p ara e scre ver lim a m cs rn a letra d e cirn a abaixo da(olha, comecando pelas vcgais ou fazendo a lcitura do al f abeto emcoro infiuitas vezes, Ao contrario, e poss ivel aprender sobre as letraspor rneio de jogcs e atividadcs bastaure di versificadas. 0 bingo deuomes c um bom cxcmplo, As criancas recebern cartncs com seusnornes eseritos Ott outros s jgniflcativos, conforrne se v e a seguir e,a o o u vi re m 0 nome da ldra (,:h am ad a p or s ua p ro fe ss or a, tn ar ca ma qut :" b s qu e e Sl~ ja m e m s ua carteIa.

    () m ural d a ch arn ad a e m ais um a alternativa ern que, portueiot l a compa rac ao dot escrita do n orne das criancas, pu dem ser crilidasvarias oporiunidades de aprcnder 0nome dax lctras, Ass im, ~ rosslvelp er gu nt ar q ua is n ome s c or nc ca m co m a m e sr nu l ct ra , qual e a que lc 41H;:te rn r na is o u m e no s i ct ra s, q ua l 0nome q ue d ifcre d o o utre a pen us p oruma letra, entre outras possibi lidades. A atividade diaria com 0murald e ch am ad a tam bem p er m ie q LI~ a s c r ia nc a s recon h e c am .g l ob e lmc n teQ seu nom e co nome de s cnlcgas, fnzendo COm C ju e ta is p ala v ra s s etomem "cstaveis". Oil scja, mesmo sem estar al(abetizada, a criuncapod e ir eonsrruindn urn repertorio de palavras q ue save escrever dec o r. T a l c o nh e cimen t o, sem d (p ..id a, t um h cr n p ed e a ju du -I u n us s ua st entat ivas de escrit a e lei rura de novas pala v ras,

    e) Ativ idades e]o go s q ue ("S tim u lam ~ d i5 C rl mi.tln~'iio p er ce p tu a le coordcnacao vlsnrnotnra

    Finalmentc, abrimos um bloco para urn gn!po de uti " idudes quefocam a aten~au ci a criancs em de t a lbC~ p c r ce p tu a is e q uc e st i m u l a ma su a coordenacao m otora fina . A Q !l[:l1p ara apreuder os uom es dasletras e nao coufundir os seus uomes, por cxernplo, e precise notarpequenas Ji fcrencas entre etas, e para escrever tambcm e precisecoutrolar a prcssao do trace no pard ou 0 tamanho desse tracado.

    Porcrn, Ol i nd a qu e rcconhccarnos que (si s habi tidades sejamimpunantes para 0 desenvclvimeuto dacscrita, IJa coucepcac dealfabetizacao defend id a aq ui, cs tas a ss um ern u m p ap cl sc cu nd ario ,rep reseutan do ap en as um a p eque n a [ " '1 '1 r te en t re a s t a n [a s ap r cndi ? ..

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    10/20

    r lc sc n vo lv id a a re n as qu an d o SI ; l az c rn e x au s ti va s e r ep e ti ti va s a ti vi da d esCOn) IjP is e p an el, c o b ri nd o o u d e se nh a n do lerras, A o c on stru ir b r in q u c-d os co rn s uca la, n a s .pr o dl J( ;i 'i ~s d e d c sc n h n e p in lura, n a b ri ne s d eir a d ehalde e P-/HTafas com a g l l < 1 nil.areia ou nas atividades de modelagern,ta n them c st a m n 0 e st im u lando o s m ov im en to s fin es das r na os I

    J]R.f!U'.;'J)Ao, P. An.. Carolina, A crianc a de () anos no r:1l.~inoFundamental:de: ondc veio para onde vai? F.d~IC(l"a( l, direitos humanos e indu5(I '} socla]:btstorias, memorias e politicos educacionais. Jo~o Pesso a: I ' : n i r ora U n i v e rs i I ~ri ada llFP JJ, lO{)9, v, 2,

    Alfahetizar c letrar na Educa\aoInfantil "sern medo de ser feliz ..."

    CARRA..!LER, Terezinha N.; REGO, Lucia L, B, () real isrno nomina l comoobstaculo lUI 8r~r]ji

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    11/20

    C apitu lo 2Entrand0 na roda:

    as historias na Educacao Infanti I.An

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    12/20

    As pro fcssoras contarn histo ria s, d iarlamcnre, para3,~criaucas?

    As professoras incentivarn as criancas a manuscarliv [OS, rcvistas e ourros tcx tos?

    As pro Ie ssora S c ri am opo rtun i dadcs praze rosaspam 0 con ta to das c riaucas com a pa lavra e sc rj tn?

    A5 p rofessn ras in (e ll r i varn 9SL~r i f lnFl smalores, i]J i-vidnalrnen!c (JU em grupos, a contar c recontar historiesC a n~ITJ.rsituacocs? (p. 4 J),

    Considerundo os indicudorcs upon tados, podc-se conclui rque cspccia I istas e Jorruuladores de politic-as na area parecerneoncordar que a atividade de le i tura e contacao de histovias e urncompouente importante na rnaterializacao do conccito dequalidaden a F f hL C ~ ," ii o Infanri 1,

    Apcsar Ji5SQ, cnrcndcmos Clue ainda h;1 muito a se discutir~ , -d1T~ ~SSE: :r cr nn . . s e nd o e ste topico llflo comple tamerue isento depolernicas Oll po ntes de- vista d i v e r ge n re s , e s pe c ia lm c n tc I1C1 c am-pll dus l'rii.tjcn_~ conduzidas ern instituicoes que ateudem criancas11l~1l()r~S de 0~i~ anos,

    Adultos e criancas seencontram na roda de h istririas

    Em cxperiencias relaradus por professoras bercaristas do Reci r cque arua m corn cri a ncas de ate do is an os de j dade ch arna a a te w;aoa dispcsicao precnce dos bebes para interagirern corn a professorn ecom seus pares, tendo nas his t6rias lllll recurs 0 Simb,~Ij (:0, _ A . ssim, aoouvirem historias lidas, cantadas on relatadas, as criaucas demonstramsua parti c ipacao n a ali v id f id e (1ua n do p rop o e rn h r i ncadc i~ s , fa ze ttlvLlc:alizac ;6es, mov ir nen t am 0 c orp o, e nfim , x e c om un ic nm ( R _ ' ! " _ ~ f l " J s ;RO$,'\ ,2008), Nos regist ros de prat icas de le irura e de (:orlta~'11.odehistorlas nurna faixa etaria urn pouco maier, outros aspectos passarna s er e v i de nc ia do s >r ai s COmo: (1 i n te r es se c re sc er ue d as c r ia nc as p e t (1conteudo do que e lido; a utencao que desperta a sonoridade cbs pala-was; a capacidadc de perceber 0 encadcamento temporal t: causal dee ve nr o s p r e se n t cs n a narrati va , 8 possi bi J iJu de de c o m po r 11m r ep en (Hi ude historias con heci das, apreciedas c ate aprend idJS de cur, entre OLLtm s,

    Todas essas aprendizageus silo de natureza soc ioculrura], POl"-ta nto , n ilio o cn rre rn e sp ou tau ea me nte c om o d ec or ren cia d o d es cn -volv imenro biolcgico, mas rcsul tam da participacao de crianyilS ernpraricas soclalrncnte circunscritas, em que ouvern hisrcrias, I idus UlLcontadas, com a mcdiacao de adultos.J Assim, ernhora pareca obvio que ser capaz de ouvir historiesem grupo seja uma cond uta natural, ilao precisando ser ensinada,. evidcncias de pesquisa mostraru jusramente 0 contrurio, ou seja,

    i ' que as crlancas prccisam aprender sobre 0que e tazer parte de u"ua~'~~a de historias para que sejam participanres ativas dessu at ividade,

    E m e stu do rec en te c om c ria nc as re sid en te s n um ab rigo n a reg ia ode Atibaia, no estado de Sao Paulo, Paschoa] (2009) evideuciu qLJea proposta de: roda de histories naquele contexte nfio se descnvolviasegu j ndo I)mesrno padrao que usus lrne n tc ocorre em insti rui~eseducativas. A pesquisadora precisou ajuslar sua proposta original deoficinas de leitura, ja que as eriancas resist iarn a se sentarern juntase acompanharem, sirnultaneameute, a leitura em YO? 3Ha de urn1 ivro otl a es e ll ta d e a l ~u rn a nJ.ITJti v 1 . Como es ~a~ { ;r i [ :I n( (a ; .ot in ham

    Assim, n es re c ap itu lo , e ufa tiz am os a IgHn~ elem entos q ue nospureeern imporrantes pam qualificar 0 memento de lcitura e nar ra-ylln o ra l d e h is ro ria s. P ara isso b us ca m os , in ic ia lr nc nt c, c xp lic it ara natureza do eucontro que se d a entre criancas e adultos que pur-'ilha m J experiencia de ouvir historias . Fm urn segundo memento,rcflct imos mais dcta lhadamente sobre as especificidades da le ituraern voz alta na roda de hisrorias e 0 papel da profcssnra na condu-~~ .1L1dcssa atividade com vistas a formacao de "ouvinres arivos" _Nesse contexte, dcfcridcmos a importnncia da conversa que pude::;eestabclccer a partir

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    13/20

    i\uma trajctori a de vida marcada pela institueionalizacho e ruplurasde viuculos afetivos, a prupost .a de ouvirem colel ivamcnte his toriasera rejei tada, de autemno, ja que elas dernandavarn mais espaco decxprcssd de SlI

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    14/20

    j1ar1 iI ham sen (imen (OS, pens amen lo~, fo rmas de inte rpretara t;i mesrnox e a realidade vivida.

    A rodilCumsopnrtuntdade II~ra t rans ltar entre d1versaspuslf,:nCS sociocomunicati \':K Alguns pape is e atribuicnespotlcrn vuriar na realizucao du roda. Pm certas ocasioes,

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    15/20

    No comexto da Educacao Infanti l, ao proper R roda de his torias, aprofessora pode ter er n mente difercntes f inal idadcs : fazer juntos urnaco iss de 4u t:: lad as gostarn, estreitando O~vi nculos e deseuvo lv endo (Jscntido de colet ividade; discutir temas relevsntes para 0 h'TUpO 0\1paraalgurna cr ianea em particular; deseuvol ve r a l inguagem oral , al ernd c o u r ras fin a l idudes re i acio nadas ao d e se n \/0 Iv i me nto d a iinguagerncMrita, conforme tratarernos no proximo topico.

    !; fantasia sJi() d~{nr:nLtls que fundam a iufar1;.:j,\, Tais suhs-r ,(lm:ias sa o (a rHht ! -m perl incnrc sa c 0l\stm.;-Jn liierarie. D.tL~litc ratu ra se r pru.>;, irna U 1\ cr ianca . [ .. . ] i'ie~re sent ido eindi spe nsave I iJ pre ~r:!l~R d(:l lit eratura e III tod O~ 05 es p.3"0.~onde ci r cul a a il l mn~ia.

    Pur que ler historias em VOl: altapara criancas que ainda nao sabem let?

    N um p la no m a is c sp ec ific ar ne nte linguistico, fe r h is to ria s p ar ucriancas tatnbern amplia seu repertorio J(; palavras, inclusive uquciasusadas para [alar sobre l ivros como "capa", "autor" e " ilus trador", "ca-pftu10"ou "lndicc", hem como foca sua atcm;iio nao apenas no cuntcudoda rncnsagem, mas tarnbern nas tormas de dizer. Assim, 3 leiiura depoemas, fabulas, cnntos de fada, cordeis , entre outros generos l itera-lias, famiiiarlza as criancas COUla linguagem e sc ri ta e a s cO [l \' ew ,: fk :- .;l inguist icas desscs diversos geueros di scursivos. A crianea entra emcontato , por exernplo, com 0 usa de certas cxpressces e estnHUIJS J t . : 'frascs (VOl; passiva, pur exemplo), bem co tHOCOm recursos c(H.!sivos.,T T IE : :n os omu ns n a fala. Alern disso, e apresenrada a te xto s 4 .U ~uulizamrecursus l f r ic~}s da narrativa, COlJJO (J Usn de listas cumulativas, lepdi~yoes e 0discurso dircto (separacao entre 0discurso t!m perscuageus eo texto narrative), Em sintese, "an ler corn os ouvidos", ela

    D i verso s auturcs (ver, por cxemp 10 .Tuaaaos KY; COLO\fHl t ,2003)rein apontado os beneficios da leitura em vuz alta pal'S criancas.Tal vcz () ganho mais basico seja 0 de fazc r com que descubrarn 0que iier. Como dCj_l!!ca Morais (l99_Ql,..!!ao se pede tel JesejQ poraigt)4~~c ;leS~-;~hece.Assirn, p ~ ~ ~ue d~spC~leJllOS-;\;oIrtad;J~- ._.~-__.---.__..._.j_....-..aprend er a ler, e necessarjo que a c ri an c a, pruneiro, entcnda 0 qu e~..

    .... sigai fica lcr! Para isso tli io basta oportunizar seu corit ato dire lo com;l tivros, E fundamental que 0 educador h e COlOqLLC cnrno mediador\ 1 . . . . . . . ncssa insercjlo nu UHivCT50 sirnbolico.

    Na rduca~'lo Infantil, a leitura de histories em voz alta, pelaprofessors, mostra , a ssim, que as marcas grafi cas no pare ) (4LU;: saoc t if er en te s d o d cx en h 0) ta m bern c or nu n ic am a lg u m a c o is a, 0 1.1 se j a, a0ouvir a lci tura em voz alta, "a crianca pequena assiste a rransfounacaodas rnarcas graficas em Iinguagern' (TE!!lEROfKV; C()WMER, 2003, p.17 ), s e udo pass i ve ], p o r e xem p 10, Ol L v i r u rn a n arr a ti va e ng ra ca da , e mo -cionante au que toea ern algurn ponte que intercssa a crianca. 0rncdodn esc lI1O, u ci urne de um illnAo meno r, a cWIiosid fide sobre allimai s,plantas, eivilizacces ou n desejo de urn menino que tarnbem sonhaem ser jogador de futebol ., Ao ouvir his tories , as criancas descobrern,,~- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -._... . . . . . . . ......._ . . . . . . . . . . . . . . . . - _ . . . . . . . . . . . . . . .-~-. . . . . . . . . . . . . . .portunto, que podem ent rar em urn muudo de fi .c~, preenchendo urry----- .- _ ._--- _. ._ ...--. . . . . . . . . . . . ....-......- . . . . . . . . . . . . . . . - - - , _ecess idadc vital , humans. Cornu salienta Queiroz (2009. s.p.):

    [... ] nan apenas se cxpcrirncnta na lnterlocucao Cll[JI (Jdiscurso cscri to organizadn, COnlQ vni comprccndcndo asmudulacoes de ':07. que se anunciu rn num tcx to C'SCl'LtO. Flo.sprende a "02 esc rit a, aprerule a s in lxxe esc ri ta , aprende aspalavras escrltas ~URITTO, 20()S. p. J 8),

    ;.., A observacao da roda de leirura com criancas pequcnas tambemev id enc ia que e 18 s aprendem a dist ing 11i, pro gressi vamentc, It Ici I Ll ruem voz alta e a CUl l t .ay~U de uma histori a sein 0 suporte do livre O LLde outro impresso. Por issc, . t : : cornurn ouvi r, uessa fase, cri~Up~perguntarcm: "voce leu tudo que esta f l . ! no pupcl?": "ja pode ViElE' Qpagina?"; "e isso mcsrno 4_ut:diz < I i no Iivro?'

    Pc s qu isas m ostra m a in da q ue criancas 4U ~ (1uvem C o tid ia n am en L ea leirura de livros de litcratura nil escola deseuvol Vt:HI muior cuuipe-tcnc ia tanto ua producao qmin to na com preensao dos textos que leern(ver R EG o, 1988; BllA?\,DAO; llUJ.\01."'10\! .!S,1997) , A !eitum de historias

    [ . . . J I;: no mundo poselvel dafiqJio que o homem se encontrarealrncntc l ivre paTa pensar, configurar alternativas, deixar8gir a fant:l...~ja. {,.,J Libcrdade, esp(ltltiLneidadc, afetivrdade

    40 41 . .

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    16/20

    p en ui lc a in da qu e as c r i a l l t ;: :l lS aprendam sob re a direcao d a cscrita,snbrc a cx istencia de u ntros sina is gnifi~()~ ife re ntcs d us lctras, c om on ~ sinnis d e pontuacao , po den do taruhern localizar I c t T O I S e p a la vr a syl couhecidas OU perceher rirnas c a p reseuca de palavras "dentro" deQLJ[r~5,conhccirnentos ir np or ta nt es n o p ro ce ss o do alfabetizaeao. Aomesrno tempo, cstimula 8 jnH1gimi~ii(1 e criarividade, conrribuindo paraque elas dcsenvolvam habilidades de :nen\,"1ioe memoria de urna formas i g n if] CJ t j va c lud ica qu an d o bri ncaru, po r exemplo , d e < , le r" ve rs o srim ad os e "len ga-le nga s" re pro du zid os em ca rta zes o u n o p ro prio livro ,

    Alem de lotios os ganhos resul tantcs da lei tura de hi storias jameucionadns at e a qu i, s eri a p os siv el c on ti nu ar 1is ta nd u OllITOS tautcs.Porem , com o foi anunciadn, darem os, nesie capitu lo , um destaque a~ ~ ~ ) ] ltliQ i l l 9 . f u 2 _ C J l _ ! _ ~ .-1 !n ]E'S com pa rti 1 11 d a entre p m f~ _ : !_ ~ r _ a _ ~ .s r ia n . c _ a sun E d HCB 9 f i ( ) r n tiln t L '~ P ~ ) J " c d a ~ , l rilafo'~';1(;;'"J{)-d~-mtvintes ativos ,~1~j~ ~ ~ (l~l.'__~i~i G _ ~ ~ 9 ~ ~ ~ ~ ~ . _onjl_~lo!.i.se~~i d ~ (1-.;~ rl;int;;age ~mrcxrcs nLe.~ia~!i_}~..l~~.tlJ~inl.r~._Ji!.m t o ; S O L ~ i l - , - _ .- - - - . . - - - __ . - ._ _ . --- -_ ._ . -

    Pot que ron versar com criettces na roda?

    D isco rd arn os, p ortan to , d aqu eles qu e co lo cam e m opusit;:an [Iprazerda leirura e algLlnl tiro de intervencao pcdagogica, 0 gn20 dn textn, cnrnod ef en de B ar rh es (i 99 6), e m a ls d o qu e a e xp erien cia d o p ra zer p ura rn en tes en so ri al , A i nd a COmLl d es ta ca P ir ne nt a { 19 78 .} , c oi np re en de r 0 qu e rbilido OLLu uv id o e xig e c ~((m ;o , p ois nao e s er np re f ac il me ut e r ec on he ci do .j a q ue ro de tr az er e le rn en los n ovo s, es tran ho s em su a fo ru k! d e expre 5500,e m se n vo cab u la rio a u m esrn o ern se u conteudo, E: por isso o uvir h ja(~riass e t o rn a p o te n ci alm en t e mobilizador e inquietanlc,

    Promover conversas em torno da lei rura e da escura psrt ilhadade historias aumenra, assim, nossa possibil idude nao apenss de:compreender, m as de ap reciar his ro rias , e pam tan to , a rnediacao daprufcssorn e fundamental. D e fa tu , se pnra nos, adulros , u rn tex togue no s parece truucado, herm etico, u caba sendo desagradave I, nosa fas ta ud o d a o bra p orqu e n ~o c om pre en de mo s 0 q ue le rn os, p nr qll~tc sp er ar , e nt ao , 4,LLt::, o ouvir a h is tn ri a, t od as as c r ia n ca s n a rn r alm en t ee nte nd am e a pre ciern 0 texto?

    Ncsse senridn, cnfatizurnos que um a COIlVefSa b em c on du zi daapes uma his U1ria 1id a ou con lada para as c ri a n c as cum pr e 1Ims filn~ aoimp("JT1:111te,ue c ex atarn en tc a de c ng aja r o s p equ eu os ouvinres naa tivi dade de cons tru i se n ti do, co n fn rm c r ne nc io nu do .

    Em resume, enrendem us que (} pard dn m ed iador de leiturana o e apenas 0 de ob servar as reat;::5es. d as crian cus, respo nd er asperguntas que elas fazero espo ntaneam en te sobre o tex to OL L charnarsua atel1~ao para as ilustracoes p resen tes na obra Embora i ss o ~ e. i~ 'j rnporta ntc, nac) c~m~iderarnos S LL fI L: iente.

    Defendcmus, an contrario, a necess idade de pensar p re vi a m e nt eem p ossiveis perguntas ("jue pod eriarn ser feitas antes, durante e "P05os textos lidos. A finalidade dessu dlalugo n~(] e avaliar 0 nivel da

    Conforrnc rcrnos afirrnado {RI~\r--.DI\O~ Rosx, no prelo), de ou-viutes a tivos, as r.rja ncas poderu se tornar lei tores at ivos, resul tador la apropriacao de urn "je ito de lc r" aprendido nas rodas de hi storia .Para qu e LStoO ocnrra, porern, e fundam ental que a professora refiitasohre a qua lidatl e do material [1 scr l ido, hem COmo sobre (')sell papcld e rn e d La do ra n a c on st III~ti0 de urna a ti tude d e b usca de ~en ti do p orp~m~(las c ria nc as, q u e , s eg un do 0 n osso po nte de vista, j;l pode edcvc set: aprend ida quando elas a inda naD l c em couvenc i ona lmen te .

    N n p ro xirn u irc m, 11('>5plOPOWO_~ a discutir ma is d e ta lh a d ameu tee~s.:h)l'ko,

    E nte nd crn os flu e n a E du ca ca o ln fa ntil e p rec is e q ue a p ro fe sso ra ,euquanto le itora m ais expcriente e rnediadora entre as criancas e ostcxtns. tenh~ a p reoc l lpa r ;: ao de n.'1u apcna_~ e~colher boa~ histo.rias,mas t~mbern tkcncam inhJI' u ma boa co n versa em ~Orno rlesses textus.C om is~o, cnfati7amos a nccc5sid ~de do planc:j am ento das sltuac;:oes

    -"." -------,.. ~d e . : lci~I.I:~ na_.~.(l{~a,;:omo se ffl2 em rday1io il outriL~ a t l \ , ~ i O a a e s - p n l .l)C}stflsar a -as crfilr)~-as~....,_.-, . --,.~-~ ---~.-- ..-

    ;.. cornpreensao das criancas nern fazer COll1 que to da s elas respour lamem cow a s perguntas fo rm uladas. A ideia e c on trib uir p ara 5CII en -gajameuro 1 1 1 1 rna arividade de consrrucao de senrido flue parle set'COInr~rtilhado, con fronta do (]u amp] iado cum ba~C'-em onlros Senl idn_~igU::llmcnl~ constrLl{d[),~ t: exprtssos. na conversa sobre 0 rexto lidona rod:!- De~sa forma, 0 de~a fL o e fonnular p er gu nw s qUi ;: :f a~ 'a rn a ~

    ".~~:ms:as {)~n:::.arern sobre a tt"x.ltl. 51':posicionarern,tlnando fo r 0 C C l50 ,41 ~3

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    17/20

    II \o!ba[' "suo LL r n_angulo 110VO urn evento narrsdo, contrunta r diferentesI ,nane[r

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    18/20

    Tais CSP~~i)S d e in te rlo cu ca o s iio in te ir arn en te p os sive is c omc ri an cu s p cq u en as , j~ que pesqu isas envclvendo criancas de seisuno;". (F I-unAS ; A~ l A R T L H A , 2007 ) c cinco anos ( N . .. ..;C J MI l }' 'TO ; BR..oI ,~n:,(l, 2009) te :m r no stru do q ue , p ot m cio d a mediacao d o a du ho , cla ssiio capazes de expresser e justificar seus pontes de. vista, inclusiver el ac in na nr lo -o s a outros,

    N c .~ ~ cs eu ti do , l iv ro s q u e c on ra m h is to ri as da t ra d ic n o i n di g eu aOU a f rican a e qu e em m uito s casus trazcrn p crs on agen s q ue .sao bern-~11c:~d ido s com base em L im a peq uen a mentira o n a st uc ia sao parti-c ula rm en re in re r es s an re s p am ~u sc il r 0 C011f ro n t o e nt re d i fe re nt esl ip ~ni (je 5 SUb rc as a~ fk: ~ c a tr i b utos d o s p e r s o na g en s. T ai s s im~lI;uesporlern ser especialmente uteis para0desenvolvimento de habilidadesargumenrarivas nas criancas, dcsdc que a [lm fessora perceba quepndGIl l haver pontes de vista discorclanrex C Clue a sua opiniao nao e,l " co rr era ", em q ue to rlo s d cv crn S~ cnca ixar.

    N o PJ'L)XiUlO i te m , d is cu ti rc m o s a q u al id ad e d o t ex to e sc ri to .ju q u e,certamente , 0 tcor d a c on vc rs a n a ro da depended m uito do que se Ie .

    o que ler na rnda de historias!Q~H it 1d 0 pergu ntad 8. S so brc os c ri te n os M es co Iha dos Iivros pafa

    a k iLLLTa 1180Frlw;:

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    19/20

    lpara criaucas C, portanto, urna leltura ::t.gHl(hh'~l tambem para 0adulto. Assim, ria escolha dolivro para a roda, e born se per-guntar: Goste i da histori a? bl~ tocou mlnha sensibil idade? rei:com que ell pensaase? Despertou rninha vontade de partilharcom algucrn querido?

    Recorrer a fortuna crfttca rode se r urna forma de idcnti fica rboas historias. A16m dos especiallstas, cujas opinioes podemSeT"considcradas na escolha, outros lei torcs tarnbem podem sercon S II lt ado s_,N esse sen ti do, perg untar: outre s col ega s da esc 0 Iaconhcccrn e recoruendam a obra? E urn material procurado nabiblioteca da escola? 0 1ivro fui rccornendado pe lo ProgramsNacioual Giblioteca cia Escola? Existern relates de oulros profcs-sores subrc boas rodas de historia com essa narrativa?

    As historias qut] a travessarn 0 tempo, de algurn modo eviden-ciurn que estao rratando de tetnas relevuntes e que adquiriramuma forma que atende a s expectativas e exigcncias este ticas dol e t t e r . Si'lo, portantu, parte do purrlmouio imaterra l C consti-tuem um bern cultural colerivo. Ler os clsssicos da literaturauri i vcrsal (como os contos de fadas, per cxcrnplo) e as historias4 LlC rcgistram a tradlcno oral local ou nacioual tarnbem sf(Qescolhas importantes.

    " 0 texto verbal prccisu ter qualldades esteticas para que arodade hisuirias tenha uru efeito de apreciacso literiiria. Se quereuiosque 0 Ietramento hterario (PAn rxo et al, 1999) se inicie ja naEd II C a~~o J 11fa Til il , c impo rtan te que a crianca ouca h istor: as emqut: a l iriguagern uti lizada, a lent do conteudo narrado, seja objetode reflexao. Afinal, 0"116de pirtimpimpim' que abriu a boca daEmilia, no universe lobatiano, a tal entrar no mundo da pula vra,4 uc tern S\HlS to rmas e cara ct e ri s tlca S (HOP r i a s .Para flna llzar, volte rnos ao poc ta, na eplgrafe desk capi tulo.

    Urn cri terio irnpo rtantc para a roda de hi storias na Educacao Infantile que se j 11 . urna brincadei ra, assim como andar de bicic leta, ruontarburro brabo, subir ern pau de scbo. E ao lado de Sua runyJo ludica,M 4uC sc ter tambem um medjador signtfj_cati vo ("Rosa") e urn~on[eudo te1ev

  • 5/9/2018 Ler e Escrever na Educa o Infantil: discutindo pr ticas pedag gicas (cap 1 e 2)

    20/20

    R efere nciasBA1ARD, Elie. LeI" e dizer: COJJJpJ'(]cllSao e comunicaciio do texto e5cn"to. S~()Paulo: Cortez, 1994_BARn-IES, RQ11Ind,0 pl-aZ,f'.r do texto. S.lo Paulo: P':::TS]}IXtiv~, 19%,Ht: :f \l J A M.I p . . ; , W,llter- Jlagio e r.;h. 'nj((1, ari e politica: ensaios sobre lueraturae hi.i"t(n-ia t!a mltwa. S ill1 P aulo : H ra silie ns e, 1 ~L )4 (O br as E sc olh id as , v .l ).llVlTI~U fF[M, Brunn: 7.El ,A~, Karen, PSiCD.Hi1US';;;2a![l1berfza(io: rml estudo!',ii.,','ly:!iljCO .1" tl/0 de ler e aprende. Porto Alegre: Artcs Medicas, 1984,BRAND.:\O, r\m Carolina P.; GUThfARA..ES, Gilda L. Alfaberizando semcartilha: onde - e ~ r a a diferenca? . ,J r .a i s d a 2 0 " A . .N P E d GT 10; ' Altabet izacno,lcitura c cscrii a .Caxarnbu, 1997.~m.'\Nl)?D, Ana Carolina P.; ROSA, Ester C. S.li(cratuJa 1Jaalfabctizacao: que11s~{~ri-'l~e:-;.~a')n: RR.~ }.,Tf}/1,0, Aml C-"!n)lina P.; ROSA, Ester L'. s. {()rg..~.)_Leitnrae J' ; O(,71;:,'j(l d" " li!xim 1 1 , : raif(.. .-:.!i.zr;~/k). n C f ' f 1lorizonte: Aurenrica, 20( )S , p. 45-63 ..BRArJl),';O, Ana Carolina p,; ROSA. P.~[efC S. A leitura tie textos literarins

    '\". II~~.jIa de an.a: e conversaudo qu~ a gente se entende, In:Eireratura eformacaode leitores do ensinofundamentol. Cok~n() Explurando 0ensino. Mp.CiSFn,no prclo.nR.~SH , Mini~l~ri() dil Edl[q~:~~, A cesso em : 4 nov.l()(~,l 'AULl l\ '{), Graca ; EVAN(iUSTA, A.-acy; BR. -\NDAO, He llana ~1. n,;PAIV 1 1 . , Mari