Leônidas Ameaça Um Novo Golpe Boa Reportagem Sul21 Internet Luiz Cunha
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8/15/2019 Leônidas Ameaça Um Novo Golpe Boa Reportagem Sul21 Internet Luiz Cunha
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As pantufas lhe caem melhor
28/maio/2012, 14h52min
Leônidas ameaça um novo golpe. General, volte às
pantufas!
Por Luiz Cláudio Cunha
*
Especial para o Sul21
Aos 91 anos, o general Leônidas Pires Gonça
oficial da artilharia e ministro do Exército do Gov
Sarney, recrudesceu: tirou o pijama, trocou a pa
pelo coturno, armou o canhão, mirou a presidente Dilma Rousseff e bombardeou a Comissão da Verd
Tudo isso numa entrevista à repórter Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo (18 de maio), que funci
como fogo de barragem para os velhos companheiros de farda envolvidos com a repressão, a tortura
desaparecimento de presos durante a ditadura ardorosamente defendida pelo general quase centenáriovoz militar mais graduada a contestar a determinação presidencial de investigar a verdade e é a opinião
desastrada no coro cada vez mais idoso de velhos radicais que ainda respiram o ar saturado da Guerra
Leônidas defendeu o Exército (“sumariamente julgado e punido”), os militares (“injustiçados”), o ex-min
da Defesa Nelson Jobim (“ele se colocava”) e atacou a presidente da República (“deveria ter a modésti
esquecer o passado e olhar para a frente”), a Comissão da Verdade (“uma moeda falsa, que só tem
lado”) e os que clamam pelo fim da impunidade aos torturadores (“é impossível mexer na Lei da Anistia,
de um acordo no passado e que foi chancelada pelo Supremo Tribunal Federal”).
A bomba mais explosiva ficou para a resposta final, em tom de ameaça: “Se quiserem fazer pressã
Supremo, o Poder Moderador tem que entrar em atuação no país”. O general não fazia, aqui, uma me
nostálgica à bonomia dos monarcas da Casa de Bragança, que ocupou no Império brasileiro a posiçã
árbitro entre os poderes para dar estabilidade política à nação durante 67 anos, até o advento da Repúb
Leônidas não clamava pelo império da moderação, mas brandia a ameaça da república da repressão,
quebrou a ordem constitucional em 1964 e impôs a anarquia ilegal da ditadura militar durante 21 ano
treva.
Leônidas: o "poder moderador" fechou por três vezes o Congresso Nacional a partir de64
Exercício do cinismo
Um regime que teve muito poder e, como bem sabe o general Leônidas, nada teve de moderador. Fech
Congresso três vezes, prendeu, torturou, sequestrou e matou milhares de opositores, violou a soberani
universidade e a independência dos tribunais, cassou mandatos políticos e aposentou professores, ba
exilou opositores, fechou sindicatos e calou sindicalistas, amordaçou a imprensa e sufocou as artes, impmedo e jogou o país no porão de uma longa e nada branda ditadura de duas décadas, uma das
sangrentas do Cone Sul do continente. O nostálgico general Leônidas agora quer repetir tudo aquilo,
vez, sob o pretexto de ‘proteger’ o Supremo? Conta outra, general!…
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“fruto de um acordo”. Passou apertado, raspando, por apenas cinco votos (206 a 201) num Congr
dominado pelo partido da ditadura, a Arena, que mantinha sua maioria a ferro e fogo, à custa das cassa
de mandatos e da violência do AI-5, para controlar o irrefreável crescimento da legenda da oposição, o
A lei foi votada e formatada sob o arbítr io do general Figueiredo, em agosto de 1979, seis anos ante
queda do regime, num texto lapidado cuidadosamente pelos comandantes militares para acomodar
esdrúxula invenção jurídica: o “crime conexo de sangue”, vil esperteza dos quartéis para equi
torturados e torturadores com a mesma anistia — indiscriminada, desigual e injusta. Uma anistia costu
sob o molde caviloso da repressão para estender o espesso manto da impunidade sobre os crimes de qnunca foi acusado, julgado, processado e condenado.
Com o cinismo que a idade avançada não desbotou, o general Leônidas tenta justificar os abusos de
velhos companheiros de farda e truculência: “O soldado é um cidadão de uniforme para o exercício cívic
violência”, disse em entrevista a Geneton Moraes Neto da Globo News, sem explicar onde escavou
sofisticado raciocínio que nivela todos os exércitos pela vala comum do arbítrio. O general ignor
exemplos na História de forças armadas que se mobilizaram, em momentos cruciais, pela preservaçã
valores perenes da democracia e da civilização.
Fã clube do Reich
Um exército, esquece o cínico Leônidas, pode ser a reunião de homens fardados que lutam pelo exercíci
liberdade contra o nazifascismo. Pode, por exemplo, ser a força armada que se levanta em defes
Constituição, como fez o III Exército ao cerrar fileiras com o governador Leonel Brizola e o povo gaúch
Campanha da Legalidade de 1961. Pode também se alçar pela afirmação da autoridade constitucion
presidente, como fez o marechal Henrique Lott para sufocar a quartelada golpista de 1955 que ten
bloquear a posse de Juscelino Kubitschek. O general Leônidas, aparentemente, devia ser na sua t
juventude um cidadão fardado que se imaginava autorizado ao exercício cívico da violência contra a o
constitucional e os direitos fundamentais da pessoa humana. Faz sentido.
O tenente Leônidas e o chefe, general Álcio Souto: matinê para admirar a blitzkrieg do
Reich
Leônidas Pires Gonçalves perdeu a chance de ser um dos heróis brasileiros da luta da Força Expedicio
Brasileira contra o III Reich, na campanha na Segunda Guerra Mundial, simplesmente porque estava do
errado. Aos 23 anos, foi alijado da FEB porque teve o azar de ser, na época, ajudante de ordens do cor Álcio Souto, um notório simpatizante da Alemanha que o Brasil combateria, com seus pracinhas, na frent
batalha da Itália. No livro A Ditadura Derrotada, o jornalista Elio Gaspari conta que Souto, então comand
da Escola Militar do Realengo e chefe de Leônidas, costumava levar seus cadetes nos primeiros ano
guerra a um cinema do subúrbio carioca onde o adido militar da embaixada de Adolf Hitler costumava
filmes sobre os avanços avassaladores da blitzkrieg da Reich alemão. O filho Alvir, general reformado, n
tempos atrás estas empolgadas matinês, dizendo que o pai não era nazista: “Ele não admirava o Reich,
sim o Exército alemão”, justificou, como se fosse possível separar uma coisa e outra.
Filinto Muller: a polícia de Getúlio faz estágio na Gestapo de Hitler e Himmler
Geisel e seu ídolo
http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/Filinto-Muller-a-pol%C3%ADcia-de-Get%C3%BAlio-faz-est%C3%A1gio-na-Gestapo-de-Hitler-e-Himmler.jpghttp://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/O-tenente-Le%C3%B4nidas-e-o-chefe-general-%C3%81lcio-Souto-matin%C3%AA-para-admirar-a-blitzkrieg-do-Reich..jpg
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extensivo aos chefes supremos do regime do Estado Novo, que se espelhava na pátria da Wehrm
hitlerista. O major de artilharia Affonso Henrique de Miranda Corrêa, o segundo homem de Filinto Mull
chefia de polícia da ditadura de Getúlio Vargas, foi mandado à Alemanha para um estágio de um an
Gestapo, onde acabou condecorado por seu chefe, Heinrich Himmler, o mentor da ‘solução final’ dos ca
de concentração. Os dois maiores líderes militares do país, os generais Eurico Gaspar Dutra (ministr
Guerra) e Góis Monteiro (chefe do Estado Maior do Exército), não escondiam sua admiração pelo Reich.
Benito Mussolini e um admirador: o ex-capitão Ernesto Geisel
Dutra comemorou a queda de Paris sob o tacão nazista com uma festa em sua casa. Meses antes,
Monteiro fazia as malas para chefiar uma comitiva de oficiais que viajaria a Berlim para conhec
“gigantesca obra de reconstrução nacional” da Alemanha quando o embarque foi abortado. As divi
Panzer de Hitler acabavam de cruzar a fronteira da Polônia, dando início à Segunda Grande Guerra. Um
oficiais da comitiva que perdeu a instrutiva viagem foi um capitão chamado Ernesto Geisel, qu
confessava um admirador do líder fascista italiano Benito Mussolini. No Brasil, a afeição de Geiselreservada ao chefe de Leônidas, coronel Álcio Souto, que chegou ao generalato como chefe do gabi
militar do presidente Dutra, o simpatizante nazista que se rejubilou com o desfile das tropas hitleristas s
Arco do Triunfo parisiense.
Leônidas e Herzog: “Um homem assustado faz qualquer coisa. Até se
mata”
Susto e chocolate
Foi neste festivo entorno nacional-socialista que o futuro cidadão de uniforme Leônidas Pires Gonç
forjou o seu cívico espírito da violência. “Na hora de dar chocolate, não se dá tiro. E, na hora de dar tiro,
se dá chocolate”, filosofou o general Leônidas na Globo News. Debochado, o ex-ministro do Exé
desdenha das vítimas da repressão: “Quem começa guerra não pode lamentar morte”. Ironiza as denú
(“Hoje todo mundo diz que foi torturado para receber a bolsa-ditadura”) e duvida do assassinato do jorn
Vladimir Herzog sob torturas no DOI-CODI de São Paulo, em 1975: “Eu não tenho convicção de que He
tenha sido morto… um homem não preparado e assustado faz qualquer coisa. Até se mata”, explic
Geneton Moraes Neto.
Prestes, João Goulart, Leonel Brizola: “Saíram porque quiseram. São fugitivos, não
exilados”
O Leônidas que bate em Dilma e na Comissão da Verdade com espartana disciplina desenvolveu a ex
teoria de que os maiores líderes do regime deposto — Jango, Brizola, Prestes, Arraes — não foram exila
“Eles saíram do Brasil porque quiseram. Eram fugitivos”, zombou o general, que tem a absurda certeza justos no regime injusto da ditadura: “Nós nunca prendemos ninguém que não tenha feito nada. De tod
pessoas presas, ninguém era inocente. Todos eles tinham alguma coisa que estavam cometendo de err
Na lógica cartesiana de Leônidas, a simples prisão já era, por si só, a condenação, líquida e certa. Os í
nazistas dos velhos comandantes de Leônidas ficariam or ulhosos do rovecto eneral, ainda ri o na
http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/Prestes-Jo%C3%A3o-Goulart-Leonel-Brizola-%E2%80%9CSa%C3%ADram-porque-quiseram.-S%C3%A3o-fugitivos-n%C3%A3o-exilados%E2%80%9D.jpghttp://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/Le%C3%B4nidas-e-Herzog-%E2%80%9CUm-homem-assustado-faz-qualquer-coisa.-At%C3%A9-se-mata%E2%80%9D.jpghttp://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/Benito-Mussolini-e-um-admirador-o-ex-capit%C3%A3o-Ernesto-Geisel.jpg
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Desafio aos desaparecidos
Durante quase três anos da fase mais turbulenta da ditadura, de abril de 1974 a fevereiro de 1977, Leô
foi o chefe do Estado-Maior do I Exército, sediado no Rio de Janeiro. Como tal, era o comandante ime
do DOI-CODI baseado no quartel da Polícia do Exército na afamada rua Barão de Mesquita, um
endereços mais sinistros da repressão no Brasil.
Quando o quartel general do I Exército esteve sob o comando do general linha-dura Sylvio Frota, entrede 1972 e março de 1974, conforme apurou o jornal O Globo, o DOI-CODI carioca era um centro de m
Naquele espaço de 21 meses, contou o jornal, morreram 29 presos nas suas masmorras, então s
administração do notório major Adyr Fiuza de Castro, um dos radicais mais temidos do regime. Pois ba
que ele chegasse ali em abril de 1974, diz o general Leônidas, e a paz celestial dos anjos se instalou naq
antro de terror e violência. “Não houve tortura na minha área”, jurou ele na Globo News. Na se
passada, n’O Estado de S.Paulo, o general voltou a desafiar: “Nunca apareceu nada, nem ninguém,
tivesse alegado ter sido torturado. Eu já desafiei que alguém se apresentasse na TV e nunca apar
nada”.
Joaquim Pires Cerveira, Rubens Paiva e Eduardo Collier: incinerados, desaparecidos
Não apareceu, talvez, porque os desaparecidos jamais reapareciam, naqueles tempos amargos em que
se dava chocolate na hora de dar tiro. De acordo com o Dossiê Ditadura — Mortos e Desaparecidos Polí
no Brasil 1964-1985 , publicado em 2009, a lista oficial de 138 desaparecidos políticos no país registr
nomes que se evaporaram no Rio de Janeiro entre 1970 e 1978. Desses, seis desapareceram justam
nos anos de 1974 e 1975, quando o DOI-CODI do Rio, que coordenava a repressão na área, estava s
comando direto do general Leônidas. Integram a lista Armando Teixeira Frutuoso, Fernando Augusto S
Cruz Oliveira, Jayme Amorim Miranda, Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior, Thomaz Antônio da
Meirelles Neto e Eduardo Collier Filho, que jamais poderão desmentir o general porque e
irremediavelmente desaparecidos.
Morte no entorno do general
Sabe-se agora o destino final de apenas um deles: o jovem pernambucano Eduardo Collier Filho, 25 a
foi preso pelo DOI-CODI carioca em 23 de fevereiro de 1974, dois meses antes da providencial chegad
general Leônidas ao Rio, e acabou tempos depois virando cinzas num forno de uma usina de açúcaCampos, interior fluminense, usada pela repressão para eliminar vestígios dos desaparecidos. A confissã
feita pelo ex-delegado do DOPS capixaba Cláudio Guerra, que acaba de lançar Memórias de Uma G
Suja, um livro devastador sobreas atrocidades do regime que dava pouco chocolate e muito tiro.
Outros seis militantes da esquerda, da lista carioca de 31 desaparecidos, sumiram em 1973, um ano a
de Leônidas desembarcar no DOI-CODI do Rio. Entre eles, Caiupy Alves de Castro, Ramires Maranhã
Vale, Umberto Albuquerque Câmara Neto, Vitorino Alves Moitinho, Honestino Monteiro Guimarães — e
major do Exército Joaquim Pires Cerveira, 50 anos, sequestrado em Buenos Aires pela ‘Operação Cond
trazido ao Brasil clandestinamente pelo delegado Sérgio Fleury, do DOPS paulista. Cerveira foi visto noCODI da Barão de Mesquita, duramente torturado, e acabou também incinerado no forno da usina, conf
denúncia do delegado Guerra.
“
http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/A-estilista-Zuzu-Angel-e-Stuart-Jones-%E2%80%9Cse-aparecer-morta-obra-dos-assassinos-de-meu-filho%E2%80%9D.1.jpghttp://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/Joaquim-Pires-Cerveira-Rubens-Paiva-e-Eduardo-Collier-incinerados-desaparecidos.jpg
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No ano da graça de 1971, sumiram outros 10 militantes da lista de 31 desaparecidos do Rio, incluin
deputado Rubens Paiva e Stuart Edgar Angel Jones, 26 anos, filho da estilista Zuzu Angel. Ela passo
cinco anos seguintes denunciando ao mundo a responsabilidade direta da ditadura brasileira na tortu
morte do jovem. Fez isso, incansável, até a estranha madrugada de abril de 1976 em que o carro que di
um Karmann-Ghia, capotou no túnel Dois Irmãos e despencou na ladeira da Estrada da Gávea, morrend
hora — um acidente forjado pelo DOI-CODI carioca do achocolatado general Leônidas, conforme dendo ex-delegado Cláudio Guerra. Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa do compositor
Buarque de Holanda um documento em que escreveu:. “Se eu aparecer morta, por acidente ou outro
terá sido obra dos assassinos do meu amado filho”.
A nostalgia de 1964
Quando essas coisas sinistras aconteceram, o general Leônidas era o chefe imediato da centra
repressão mais ativa e bem informada do Rio de Janeiro. Mas as cenas estranhas que atormentav
cidade e a alma brasileira pareciam não dizer respeito ao chefe do Estado-Maior a que se subordinaDOI-CODI, que o general Leônidas garantia estar subitamente domado em sua pacífica administração
desaparecimentos que teimavam em acontecer nas redondezas e nos porões, aparentemente,
quebravam a imaculada mansidão de seu comando: “Desafio, desafiei lá e desafio agora alguém que t
sido torturado, ou tenha sofrido qualquer restrição maior do que as técnicas nos prometiam, que e
isolamento”, repete Leônidas.
O general e a ‘Chacina da Lapa’: “Pagamos pela delação da cúpula do PCdoB”
O general não nega, com a vaidade previsível, a responsabilidade direta pela chamada “Chacina da Lap
morte da cúpula do PCdoB numa casa do bairro paulistano onde o partido se reunia em dezembro de
para avaliar a guerrilha do Araguaia. A revelação nasceu no comando de Leônidas, que admitiu ter pag
150 mil à filha de um ex-dirigente da organização, Manoel Jover Telles, para delatar o dia e o loc
encontro. A operação de cerco e extermínio foi planejada na central de repressão da rua Barão de Mes
pelo coronel Freddie Perdigão, chefe da Agência Rio do SNI e braço executor ( lato sensu) do DOI-C
conforme denuncia o ex-delegado Guerra. “Pagamos aos presos para eles delatarem os outros”, explico
o general Leônidas, com a convicção do soldado dedicado ao exercício cívico da violência. Ele nã
arrepende do que enfrentou: “Guerra é guerra”, disse na Globo News. “Guerra não tem nada de bonitoa vitória. E nós tivemos. A vitória foi nossa. Porque este país caiu na democracia que nós queríamos”.
Agora, assustado com a aparição da Comissão da Verdade que ameaça dissecar a ‘democracia’ e o cicl
violência em que caiu o país que queriam os militares em 1964, o general Leônidas ameaça resi
pressão da verdade com o surrado tacape do ‘poder moderador’. Alguém precisa avisar ao veterano gol
dos idos de 64 que a democracia brasileira já não teme cara feia, nem se assusta com fantasma
passado.
Mais consolador ainda seria ouvir dele um educado e cabal pedido de desculpas ao país pela grosserisua idade, o velho e imoderado chefe militar não merece nada mais do que um chocolate. Por favor, ge
Leônidas, volte às pantufas!
* Luiz Cláudio Cunha é jorn
http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/05/O-general-e-a-%E2%80%98Chacina-da-Lapa%E2%80%99-%E2%80%9CPagamos-pela-dela%C3%A7%C3%A3o-da-c%C3%BApula-do-PCdoB%E2%80%9D.jpg
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A lista dos 31 desaparecidos no Rio de Janeiro, segundo o Dossiê Ditadura — Mortos e Desapare
Políticos no Brasil 1964-1985 , publicado em 2009:
Antônio Joaquim Machado, 31 anos, desaparecido em 1971 Armando Teixeira Frutuoso, 54, desaparecido em 30/8/1975Boanerges de Souza Massa, 34, desaparecido em 1972Caiupy Alves de Castro, 45, desaparecido em 21/11/1973Carlos Alberto Soares de Freitas, 32, desaparecido em 1971Celso Gilberto de Oliveira, 25, desaparecido em 10/12/1970
Eduardo Collier Filho, 26, desaparecido em 23/2/1974Félix Escobar Sobrinho, 47, desaparecido em agosto de 1971Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, desaparecido em 1974Heleny Telles Ferreira Guariba, 30, desaparecida em 1971Honestino Monteiro Guimarães, 26, desaparecido em 1973Ísis Dias de Oliveira, 30, desaparecida em 1972Ivan Mota Dias, 28, desaparecido em 1971Jayme Amorim Miranda, 48, desaparecido em 1975Joaquim Pires Cerveira, 50, desaparecido em 1973Joel Vasconcelos Santos, 23, desaparecido em 1971Jorge Leal Gonçalves Pereira, 31, desaparecido em 1970Mariano Joaquim da Silva, 41, desaparecido em 1971Norberto Armando Habeger, 29, desaparecido em 1978Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior, 60, desaparecido em 1975Paulo César Botelho Massa, 26, desaparecido em 1972
Paulo Costa Ribeiro Bastos, 27, desaparecido em 1972Paulo de Tarso Celestino da Silva, 27, desaparecido em 1971Ramires Maranhão do Vale, 22, desaparecido em 1973Rubens Beirodt Paiva, 41, desaparecido em 1971Sérgio Landulfo Furtado, 21, desaparecido em 1972Stuart Edgar Angel Jones, 26, desaparecido em 1971Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto, 36, desaparecido em 1974Umberto Albuquerque Câmara Neto, 26, desaparecido em 1973Vitorino Alves Moitinho, 24, desaparecido em 1973Walter Ribeiro Novaes, 31, desaparecido em 1971