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TRÊS LEGADOS NA OPINIÃO DO BILL 307 O círculo e o triângulo. Acima de nós, a Convenção Internacional, em St. Louis, em 1955, flutuava uma bandeira com a inscrição do novo símbolo de A.A., um círculo contendo um triângulo. O círculo simboliza A.A. no mundo inteiro, e o triângulo simboliza os Três Legados de A.A.: Recuperação, Unidade e Serviço. Talvez não seja por acaso que os sacerdotes e os profetas da antiguidade consideravam esse símbolo como uma forma de afastar os espíritos maus. *** Quando em 1955, nós, os membros mais antigos, entregamos nossos Três Legados a todo o movimento, senti saudades dos velhos dias e ao mesmo tempo me senti grato pelo grande dia que estava vivendo agora. Eu não mais atuaria, nem decidiria, nem protegeria A.A. Por um momento, tive medo, da mudança que se realizava. Mas essa sensação logo passou. Podíamos depender da consciência de A.A., movida pela orientação de Deus, para assegurar o futuro de A.A. Meu trabalho daqui para frente ia ser "soltar-me e entregar-me a Deus". 1 - A.A. Atinge a Maioridade 2 - A.A. Atinge a Maioridade xxxxxxxxxx Circular JUNAAB fevereiro/2004 Estaremos por meio desta, procurando esclarecer sobre dúvidas que nos têm chegado a respeito do Símbolo do A.A.: Um círculo com um triângulo eqüilátero ao centro. Também usado com as letras AA dentro do círculo. Em outra versão aparecem pelo lado de fora dos lados do triângulo, as palavras RECUPERAÇÃO, UNIDADE E SERVIÇO, evidenciando os Três Legados de A.A. 1

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  • TRS LEGADOS

    NA OPINIO DO BILL 307O crculo e o tringulo.Acima de ns, a Conveno Internacional, em St. Louis, em 1955, flutuava uma bandeira com a inscrio do novo smbolo de A.A., um crculo contendo um tringulo. O crculo simboliza A.A. no mundo inteiro, e o tringulo simboliza os Trs Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio. Talvez no seja por acaso que os sacerdotes e os profetas da antiguidade consideravam esse smbolo como uma forma de afastar os espritos maus. ***Quando em 1955, ns, os membros mais antigos, entregamos nossos Trs Legados a todo o movimento, senti saudades dos velhos dias e ao mesmo tempo me senti grato pelo grande dia que estava vivendo agora. Eu no mais atuaria, nem decidiria, nem protegeria A.A.Por um momento, tive medo, da mudana que se realizava. Mas essa sensao logo passou. Podamos depender da conscincia de A.A., movida pela orientao de Deus, para assegurar o futuro de A.A. Meu trabalho daqui para frente ia ser "soltar-me e entregar-me a Deus".1 - A.A. Atinge a Maioridade2 - A.A. Atinge a Maioridadexxxxxxxxxx

    Circular JUNAAB fevereiro/2004Estaremos por meio desta, procurando esclarecer sobre dvidas que nos tm

    chegado a respeito do Smbolo do A.A.:Um crculo com um tringulo eqiltero ao centro. Tambm usado com as letras AA

    dentro do crculo. Em outra verso aparecem pelo lado de fora dos lados do tringulo, as palavras RECUPERAO, UNIDADE E SERVIO, evidenciando os Trs Legados de A.A.

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  • Recuperao est na base do tringulo, Unidade no lado esquerdo em sentido ascendente e Servio na face direita, sentido descendente.

    Em 1988 o GSO dos Estados Unidos e Canad fez uma ampla pesquisa constatando que o smbolo estava sendo usado por centenas de empresas, como logomarca, chegando concluso de que deveria propor um nmero muito grande de aes judiciais, cerca de 1.000, para defender os seus direitos de marca.

    A praticidade indicava, como caminho lgico, abandonar o smbolo para que o mesmo passasse ao domnio pblico. E foi o que fizeram. Quando o prazo do registro venceu, deixaram de renov-lo, comunicando esse fato a todos os Escritrios de Servios Gerais existentes no mundo.

    Toda a literatura oficial editada nos Estados Unidos trazia o circulo e o tringulo como logomarca. Dessa poca em diante no aparece mais o logo.

    No h, entretanto, qualquer proibio de uso. Quem quer, usa. Estaremos verificando a vigncia do nosso registro e voltaremos a inform-los em

    breve, para que os nossos organismos de servios tomem conhecimento do assunto e possam, assim, prestarem informaes quando solicitadas sobre o Smbolo do A.A.

    Xxxxxxxxxxxx

    Abaixo nosso 11 passo e nossa 11 tradio:11. Procuramos, atravs da prece e da meditao, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relao a ns, e foras para realizar essa vontade.11. Nossas relaes com o pblico baseiam-se na atrao em vez da promoo; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no rdio e em filmes. Um de meus padrinhos sempre fazia um link com nossos trs legados, vou tentar como ele segundo meu entendimento atual.Nosso 11 passo pedido e conhecimento de vontade de Deus na minha vida, e com esse conhecimento adquirido atravs da prece e da meditao vivo em verdadeira harmonia sendo agora uma nova atrao, mantendo minha humildade dentro dos seus verdadeiros limites, procurando anonimamente realizar minhas tarefas em prol dos que necessitam como prev nossa 11 tradio e no conceito 11 aprendo a praticar, delegar, deixar os encargos nos sistema de rotatividade com viso de uma grande cooperao entre todos os envolvidos nas atividades revigoradoras que AA me proporciona.Xxxxxxxxxxx

    O conceito primitivo de grupo de A.A. descrito na Terceira Tradio, na sua "Forma Integral" pressupe um grupo ainda no includo na Estrutura de Servios. Entretanto, medida que ele se estrutura, tende integrar-se Estrutura de Servios. Em linhas gerais, precisa o conhecimento do conjunto de princpios que formam os "Trs Legados de A.A." - RECUPERAO, UNIDADE E SERVIO. Com isso, o funcionamento do grupo deveria estar sempre pautado no conhecimento e na aplicao de todos os princpios da Irmandade.Xxxxxxxx

    III CONCEITO

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  • Gosto de lembrar-me, que os 36 princpios dos Trs Legados de Alcolicos Annimos so harmnicos entre si, e sempre visam atingir o equilbrio; ao interpretar um desses itens isoladamente posso desavisadamente esquecer que sempre outro ou outros princpios se contrapem quele que estou vendo, e se completam entre si para levar ordem e ao equilbrio o resultado de minhas aes, portanto no devo ter medo de que nossos Lderes e Servidores de Confiana se utilizem da delegao recebida ao serem eleitos, pois os prprios Legados tem o corretivo para possveis desvios na conduta desses servidores.xxxxxxxO Pai Celestial nos fala atravs de Bill.Vamos trabalhar Gente!... mas as palavras dele no foram essas... so as que esto abaixo. Acima de ns, a Conveno Internacional, em St. Louis, em 1955, flutuava uma bandeira com a inscrio do novo smbolo de A.A., um crculo contendo um tringulo. O crculo simbolizava A.A. no mundo inteiro, e o tringulo simbolizava os Trs Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio. Talvez no seja por acaso que os sacerdotes e os profetas da Antigidade consideravam esse smbolo como uma forma de afastar os espritos maus.* * *Quando em 1955, ns, os membros mais antigos, entregamos nossos Trs Legados a todo o movimento, senti saudades dos velhos dias e ao mesmo tempo me senti grato pelo grande dia que estava vivendo agora. Eu no mais atuaria, nem decidiria, nem protegeria A.A. Por um momento, tive medo, da mudana que se realizava. Mas essa sensao logo passou. Podamos depender da conscincia de A.A., movida pela orientao de Deus, para assegurar o futuro de A.A. Meu trabalho daqui para frente ia ser "soltar-me e entregar-me a Deus".

    xxxxxxxxxxxA vivncia da espiritualidade, dos 36 princpios de A.A., nos levar a uma participao harmnica de cooperao.Quando analisei a espiritualidade nas Tradies, eu cheguei concluso de que elas me forjam como um soldado, onde devo visar a camaradagem, a bondade, a honra, a doao de mim em prol do outro, a aceitao, e todas as demais virtudes necessrias formao do meu carter. O meu servio em A.A., deve ser em prol da minha sobrevivncia e a sobrevivncia daqueles que esto por vir. Acho que, para levar a mensagem de A.A., ao alcolico que sofre, eu devo conhecer o que esta mensagem me oferece. Eu no posso dar aquilo que no tenho. S tomei gosto pela Irmandade, aps conhecer o que realmente so os Trs Legados. Um completa o outro: Recuperao atravs dos Passos, (me ensinam como devo levar a minha vida pessoal), Unidade atravs das Tradies, (me informa de como conviver com tantas pessoas "estranhas" e de diferentes ideologias, instruo e nveis sociais), o Servio, atravs dos Conceitos, (me do a idia de como exercer os meus deveres e direitos diante da Irmandade como um todo).

    xxxxxxxxxxCONCEITO VII Este o Conceito que, embora aparentemente, seja apenas uma afirmao prtica, na verdade tem profunda conotao espiritual, eis que, para o exerccio de conscincia coletiva de AA, precisaremos confiar; sem confiana e delegao de autoridade e responsabilidades no ter nenhum efeito prtico.Dessa forma, o sistema de delegao ou representao tinha continuidade, pois a Conferncia transferia parte de sua responsabilidade aos membros da Fundao

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  • Alcolica, que passaram a ser denominados "custdios", contudo, seus atos continuariam a ser apreciados pelo rgo mximo deliberativo, quando reunido.Naturalmente, para que seus atos fossem apreciados, precisava-se assegurar aos custdios direitos iguais aos dos delegados: de participao, de deciso, de apelao e de petio, a fim de que a desejada harmonia entre os responsveis fosse mantida.Adicionava-se a esses direitos, o de veto, pois os custdios a qualquer momento poderiam perceber que o rgo administrativo corria riscos de prejuzos se cumprissem determinadas recomendaes da Conferncia, cujo resultado recairia sobre suas prprias responsabilidades de bem gerir as atividades de A.A.Esta dicotomia explicada no prprio texto final do Conceito, ao mesmo tempo em que deve prevalecer ao documento legal (Ata de Constituio) a fora da tradio de A.A., responsabilidade da Conferncia, como guardi das Tradies e princpios da Irmandade; tambm o poder da bolsa A.A., atribudo Junta de Custdios, pode prevalecer em casos como o acima exemplificado.Disso se conclui que, em A.A., nenhum documento legal poder se sobrepor ao que temos de mais precioso: nossa experincia, nossa tradio, nossos servidores e seus encargos; em suma: conscincia coletiva da Irmandade. Podem-se escrever estatutos, regulamentos, regimentos ou similares, porm nenhum deles ter valor se no estiverem em sintonia com nossos maiores princpios espirituais.Ento, levantamos nova questo: nosso modelo de estrutura precisa ser idntico ao de nossos co-irmos norte-americanos? O estatuto da Junta dos Estados Unidos e Canad tm de ser o padro para todas as demais juntas nacionais?Eles mesmos nos informam que no; cada pas pode ter sua estrutura, seus manuais, seus estatutos e, se for o caso, sua carta constitutiva da Conferncia de Servios Gerais. O que pedem a preservao de nossos princpios bsicos, expressos nos Doze Passos, Doze Tradies e nas Garantias Gerais da Conferncia.Ora, o que so as Garantias Gerais? No meu entendimento o coroamento de tudo o que nos ensinam os Conceitos. Elas surgiram antes, quando a Conferncia de Servios Gerais assumiu a responsabilidade como expresso da conscincia coletiva de AA. Bill, a partir delas, redigiu o texto bsico dos Conceitos para melhor exercitarmos tais garantias.Assim, podemos concluir que os princpios bsicos de A.A. so os Trs Legados: Os Doze Passos, as Doze Tradies e os Doze Conceitos, considerando-se estes ltimos como conseqncia e disciplina das Garantias Gerais da Conferncia.Voltemos, ento, questo da estrutura para melhor entendermos a aplicao do Conceito Vll nossa realidade:A estrutura de servios gerais dos Estados Unidos e Canad est definida na denominada "Ata de Constituio da Conferncia".Trata-se do documento legal oriundo da experincia histrica norte-americana e canadense, redigido de acordo com as leis daqueles dois pases.Para que se interprete e coloque em prtica o Conceito VII, necessrio que cada pas elabore sua prpria "Carta constitutiva", ou seu Manual de Servios, que pode assimilar modelos dos Unidos e Canad, mas no necessariamente copiar todos os que l foram adotados.Historicamente, no Brasil, nossa estrutura foi iniciada com uma Conferncia de Servios Gerais composta apenas por Delegados Estaduais, que transformaram o antigo Conselho Diretor do CLAAB na nossa primeira Junta de Servios Gerais.At nossos primeiros representantes junto Reunio de Servios Mundiais, ento denominados Delegados Nacionais, antecederam aos Custdios.

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  • No obstante nossas imperfeies, e relativa imaturidade, conseguimos estruturar nosso A.A. e, em poucos anos, os reflexos desse trabalho alcanou todos os recnditos de nosso imenso pas.Anos depois que criamos nossa Junta de Custdios e elegemos nossos primeiros administradores no-alcolicos, diretamente na Conferncia. Nessa ocasio, por uma tendncia a copiar tudo, ou mesmo interpretao equivocada dos Conceitos, transferimos o processo eletivo dos custdios a eles mesmos, segundo o modelo norte-americano.Como sabemos, nos Estados Unidos a histria foi bem diferente, primeiro vieram os custdios, homens de confiana de nossos co-fundadores, que administravam a Fundao Alcolica. Na verdade Bill (confessava em depoimentos pessoais a amigos) no confiava nos alcolatras para gerir nossos negcios e sempre relutou, como ele mesmo afirma, na idia da eleio direta, sob os mais variados argumentos.Tanto verdade que, durante anos, a maioria dos Custdios eram no alcolicos. Somente em 1966, aconselhados por estes ltimos, que a Conferncia dos Estados Unidos e Canad aprovam a maioria de dois teros de custdios alcolicos, consolidando a figura do Custdio Regional (oito membros) que, at 1963, eram eleitos como Custdios de reas, pelas prprias reas!O exemplo da eleio indireta dos custdios aqui inserido apenas para ilustrar a melhor interpretao deste Conceito, pois, no direito legal de nossos administradores, ora definidos, no est contemplado o sistema de auto-eleio. Por outro lado, a Carta constitutiva ("Ata") para atingir suas finalidades depende da fora da tradio de A.A., no sendo, por si s, um documento legal.Isto significa que ela pode mudar, e tem mudado no decorrer do tempo, adaptando-se s mudanas na estrutura, s leis dos pases e experincia vivificada e consagrada (tradio). A prpria Carta da Conferncia norte-americana foi atualizada uma dezena de vezes, desde 1955, ano de sua promulgao.Assim, para que possamos exercitar o Stimo Conceito, precisaramos redefinir nossos documentos legais, levando em conta e fora da tradio e da bolsa do A.A. brasileiro, valendo-nos de nossas prprias experincias em estrutura, de modo a alcanar o propsito primordial de A.A.: levar a mensagem. xxxxxxxxxxConceito IX"Bons lderes de servio, bem como mtodos slidos e adequados para a sua escolha, so em todos os nveis indispensveis para o nosso funcionamento e segurana no futuro. A liderana principal dos servios mundiais, antes exercida pelos fundadores de A.A., deve necessariamente ser assumida pelos custdios da Junta de Servios Gerais de Alcolicos Annimos."A necessidade de bons lderes em nossa estrutura de servios se torna evidente, j que em A.A. no existe autoridade humana ou autoridade absoluta. A nossa 2 Tradio diz claramente que somente uma autoridade preside entre ns, que a de um Deus amantssimo. Portanto, precisamos de membros que se destacam sem imposio, mas atravs de sua conduta. Na prtica so chamados por ns, de velhos mentores. So companheiros que alm do entusiasmo e da dedicao aos demais, eles parecem ter um dom para entenderem e desenvolverem tarefas em A.A. com mais facilidade. So membros que se dirigem aos companheiros com um vocabulrio alicerado em valores espirituais, tais como: humildade, tolerncia, compreenso, etc. A histria de A.A., nos mostra que Bill W., Dr. Bob, outros membros mais antigos e colaboradores, so exemplos de liderana.

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  • Em 1951, Bill e os mais antigos, transferiram para os grupos de A.A., toda a autoridade e a responsabilidade pelos nossos Trs Legados. Portanto, a nossa estrutura de servios comea nos grupos com os RSGs (Representantes de Servios Gerais), passando pelos Distritos com os MCDs (Membros Coordenadores de Distrito) chegando aos comits de rea e aos Delegados. Esta a base de nossa estrutura de servios; estes servidores so os agentes diretos dos grupos de A.A. Indispensveis para aligao da Irmandade a nvel mundial. Os grupos deveriam pensar bem na nossa segurana e futuro, ao elegerem seus RSGs (Representantes de Servios Gerais), pois eles podem chegar ao final de nossa estrutura formativa. Ou seja, so os eleitores dos MCDs (Membros Coordenadores de Distrito), Coordenador e Delegados de rea. Entre 1938 e 1951, a responsabilidade dos nosso primeiros lderes custdios foi muito grande e sua autoridade aparentemente absoluta, o que no deve existir em A.A.Essa autoridade deixou de caminhar para o absoluto a partir da criao da Conferncia de Servios Gerais em 1951, quando os Delegados, nela atuando, tem poderes pa dissolver at a Junta de Custdios. Ns no podemos distorcer a idia tradicional dos "princpios acima das personalidades" a tal ponto de no haver personalidade alguma na liderana. Isso levaria a liderana a ser autmato impessoal, tentando agradar a todos. Por outro lado no podemos exigir de nossos lderes um requintado julgamento, grandes realizaes e atuao infalvel. A verdadeira liderana tem que funcionar no entremeio desses plos imaginrios de superioridade esperada. Nenhum lder perfeito! "Um lder em A.A., um homem ou mulher que pode pessoalmente colocar princpios, planos e normas em ao de maneira to delicada e efetiva que leva o resto de ns a querer apoi-lo e ajud-lo na sua tarefa. Quando um lder nos guia pela fora excessiva, ns nos revoltamos, mas quando ele se torna um submisso cumpridor de ordens e no usa critrio prprio, ento ele realmente no um lder...boa liderana consultar amplamente, antes de tomar decises e atitudes. Boa liderana tambm saber que um exelente plano ou idia pode vir de qualquer um, de qualquer lugar. Consequentemente, uma boa liderana muitas vezes substituir os seus planos por outros que so melhores e dar crdito aos seus autores. A boa liderana nunca se esquiva. Desde que tem ou pode obster apoio suficiente, ela toma decises e as colocaem ao naturalmente, dentro do esquema de sua autoridade e responsabilidade definidas. Nossos lderes devem ter cautela com oposio e, ao mesmo tempo, saber escut-la, porque, s vezes as pessoas mais orgulhosas ou raivosas podem estar totalmente certas, enquanto as mais calmas e humildes podem estar enganadas."Nossas 12 Tradies de A.A. foram inicialmente questes de estimativa e viso de futuro. Portanto, de nossos lderes precisamos constantemente de tolerncia, responsabilidade, flexibilidade e viso. Ao mesmo tempo precisamos alert-los sempre para que 'ATUEM POR NS, MAS NO MANDEM EM NS".

    xxxxxxxxxxxA.A. EM INSTITUIES DE TRATAMENTO

    7. Amplo conhecimento de A.A.Os membros que no freqentam assiduamente as reunies ou visitam os vrios

    Grupos da comunidade, nem se interessam em conhecer a programao de A.A. contida em nossa literatura dificilmente possuiro um conhecimento amplo da Irmandade.

    Para ser o melhor mensageiro possvel convm conhecer todos os Grupos locais e membros diferentes, de diversos tipos. A familiaridade com as diversas formas de abordagem do programa de A.A. aumenta nossa utilidade para com os recm-chegados.

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  • Alm disso, um perfeito conhecimento da literatura de A.A. muito proveitoso. bom saber qual material de A.A. ser mais til para um membro em potencial que poder ser muito diferente de voc mesmo.

    Uma viso limitada e estreita de A.A. uma sria desvantagem. Quanto mais profunda e ampla for a compreenso de todos os aspectos da Irmandade (inclusive os Trs Legados: Recuperao, Unidade e Servio), tanto mais teremos a oferecer ao principiante conturbado.

    xxxxxxxO GRUPO DE A.A. ... Onde tudo comeaInventrio do grupo

    Muitos grupos realizam periodicamente uma "reunio de inventrio do grupo" para avaliar como esto cumprindo com o propsito primordial: ajudar alcolicos a se recuperarem atravs dos Doze Passos sugeridos por A.A. Alguns grupos fazem o inventrio examinando as Doze Tradies, uma de cada vez, para determinar o quanto esto vivendo de acordo com esses princpios.

    Os grupos interessados em realizar inventrios regulares acharo til uma reviso do Dcimo Passo. As perguntas a seguir, recolhidas a partir da experincia compartilhada de A.A., podero ser teis para se chegar a uma conscincia de grupo esclarecida. Os grupos provavelmente vo querer acrescentar suas prprias perguntas a esta lista:1. Qual o propsito bsico do grupo?2. Que mais o grupo pode fazer para transmitir a mensagem? 3. O grupo est atraindo alcolicos de diferentes origens? Estamos vendo no grupo uma amostra representativa da nossa comunidade?

    4. Os novos membros permanecem conosco, ou est havendo uma excessiva rotatividade? Se assim for, qual a razo? O que podemos fazer a respeito como grupo?

    5. Estamos enfatizando a importncia do apadrinhamento? Com que eficincia? Como podemos melhorar?

    6. Temos o cuidado de preservar o anonimato dos membros de nosso grupo e de outros AAs fora das salas de reunio? Deixamos na sala as confidncias compartilhadas nas reunies?

    7. Dedicamos algum tempo a explicar a todos os membros do grupo a importncia de realizar as tarefas de cozinha, arrumao e outros servios essenciais que so parte integrante do nosso trabalho de Dcimo Segundo Passo?

    8. Todos os membros esto tendo oportunidade de falar nas reunies e de participar das demais atividades do grupo?

    9. Tendo em mente que o preenchimento dos cargos uma grande responsabilidade, e que no deve ser encarado como o resultado de um concurso de popularidade, estamos escolhendo cuidadosamente quem ocupa esses cargos?

    10. Estamos fazendo todo o possvel para proporcionar um local de reunio agradvel?

    11. O grupo cumpre com sua justa parcela na realizao dos propsitos de A.A., como descritos nos nossos Trs Legados Recuperao, Unidade e Servio?

    12. O que o grupo tem feito ultimamente para divulgar a mensagem de A.A. junto a profissionais da comunidade mdicos, sacerdotes, autoridades legais, educadores e outros, que freqentemente so os primeiros a entrar em contato com alcolicos que precisam de ajuda?

    13. Como o grupo est cumprindo sua responsabilidade em relao Stima Tradio?

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  • O que so os Trs Legados de A.A.?Os Trs Legados originam-se da experincia acumulada pelos primeiros membros

    de A.A., transmitida e compartilhada conosco, e consiste em:(1) sugestes para a recuperao Os Doze Passos;(2) sugestes para atingir a Unidade As Doze Tradies; e(3) o Servio de A.A. descrito no Manual de Servios de A.A., nos Doze Conceitos para o Servio Mundial, no Manual do CTO e no livro A.A. Atinge a Maioridade.

    xxxxxxxxxxxP&R SOBRE APADRINHAMENTOO que faz um padrinho?Um padrinho faz o possvel, dentro dos limites de seu conhecimento e experincia pessoal, para ajudar o novato a alcanar e manter a sobriedade atravs do programa de A.A.: *Mostra, atravs do exemplo atual e da sua histria de alcoolismo, o que A.A. significou na sua vida.* Estimula e ajuda o novato a freqentar diversas reunies de A.A. para conhecer vrios pontos de vista e interpretaes do programa de A.A.* Sugere manter a mente aberta em relao a A.A., caso o novato no esteja seguro, no comeo, quanto a ser ou no um alcolico. * Nunca faz o inventrio moral do novato, a no ser quando este lhe pede. * Apresenta o novato a outros membros, especialmente queles que podem partilhar os interesses profissionais ou sociais dele. - * Providencia para que o novato tome conhecimento da literatura de A.A., em particular o "Livro Azul", "Os Doze Passos e As Doze Tradies", "Na Opinio do Bill", "Viver Sbrio", "Revista Vivncia" e outras publicaes indicadas no final deste livreto. * Coloca-se disposio do novato, quando este enfrenta problemas especficos. * Explica o significado dos Doze Passos e enfatiza a sua importncia.* Nunca tenta impor opinies pessoais ao novato. Um bom padrinho, se for ateu, no tenta persuadir o novato religioso a abandonar sua f, nem um padrinho religioso discute assuntos de teologia com um novato agnstico. * Insiste para que o novato participe o quanto antes possvel das atividades do Grupo.* Incute no novato a importncia de todas as nossas Tradies.* No finge saber todas as respostas nem tem a pretenso de estar certo o tempo todo.* Tenta dar ao novato uma idia da esfera de ao de A.A., alm do Grupo, e chama a ateno para a literatura de A.A. sobre a histria da Irmandade, os Trs Legados, a estrutura de servios e a disponibilidade de A.A. em todas as partes do mundo, onde quer que o novato possa ir* Explica o programa aos parentes do alcolico, se isso lhe parecer til, e fala sobre o programa nos Grupos Familiares Al-Anon e Alateen.* No hesita em ajudar o novato a conseguir ajuda profissional (mdica, legal, vocacional), caso seja necessria uma assistncia fora do mbito de A.A.* Admite rapidamente, "no sei", quando for o caso, e ajuda o novato a encontrar uma boa fonte de informao.* Finalmente, o padrinho estimula o novato a trabalhar com outros alcolicos, assim que isso for possvel, comeando algumas vezes por lev-lo consigo nas visitas de abordagem do Dcimo Segundo Passo.

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  • Em todo o trabalho com o novato, o padrinho sublinha o fato de que o importante o programa de recuperao de A.A. e no a personalidade ou a posio do padrinho. Assim o novato aprende a se apoiar no programa e no no padrinho. Um padrinho que verdadeiramente coloca o programa em primeiro lugar, no tomar como ofensa o fato de o recm-chegado decidir trocar de padrinho ou se dirigir a outros AAs para conseguir orientao adicional.

    Apadrinhamento de Servios

    O apadrinhamento em A.A. basicamente o mesmo, seja ao ajudar a recuperao de uma pessoa ou prestar servio ao Grupo. Pode-se defini-lo como um alcolico que fez um determinado avano na recuperao e/ou desempenho a um servio e partilha essas experincias com outro alcolico iniciando a jornada. Ambos os tipos de servio surgem dos aspectos espirituais do programa. Os indivduos talvez sintam ter mais a oferecer em uma rea que em outra. da responsabilidade do padrinho apresentar os vrios aspectos dos servios: providenciar uma reunio, trabalho em comunidades, participao em Conferncias, etc. Nesse assunto, importante que o padrinho de servios ajude os indivduos a compreender a diferena entre servir s necessidades da Irmandade e atender s necessidades pessoais de outro membro do Grupo.O padrinho de servios comea estimulando o membro a se tornar ativo em seu Grupo: caf, literatura, limpeza, presena nas reunies de servios ou intergrupais, etc. O padrinho de servios deve ter em mente que nem todos os membros tm o desejo ou as qualificaes para ir alm de certos nveis e, assim, ele pode ajudar a encontrar tarefas adequadas s habilidades e interesses de cada um. Todos os servios tm a mesma finalidade compartilhar as responsabilidades gerais de Alcolicos Annimos. Eventualmente, o padrinho de servios estimula os companheiros interessados nessas atividades a freqentar reunies de Distrito e ler a respeito da histria e estrutura de Alcolicos Annimos. A essa altura, o indivduo que se inicia nesse trabalho comea a compreender as responsabilidades dos servios, bem como a sentir a satisfao proporcionada por outra forma de trabalho do Dcimo Segundo Passo. Essas pessoas so estimuladas a participar ativamente das atividades distritais e a considerar a sua eleio para cargos alternativos no Distrito, de maneira que possam aprender sobre as responsabilidades das diversas atividades na estrutura de servios.Durante esse processo, importante para a pessoa continuar a aprender sobre os Trs Legados Recuperao, Unidade e Servio e compreender que o princpio de rotatividade no s permite mudar a atividade de servio, como tambm concede aos membros mais novos o privilgio de servir. A rotatividade tambm permite entender que ningum deve se apegar durante muito tempo a um cargo de confiana, a ponto de sentir um interesse possessivo e, portanto, desencorajar os novatos quanto a prestar servios. Agora, atravs do conhecimento e da experincia, o membro mais novo estar ciente de que os servios so o nosso produto mais importante, depois da sobriedade. Munido desse conhecimento, o indivduo capaz de compartilhar a sua viso com os outros e garantir o futuro de Alcolicos Annimos.

    xxxxxNOSSO DCIMO SEGUNDO PASSO - Tema para discusso em grupo"Transmitir a mensagem o servio bsico que a Irmandade de A.A. faz; este o nosso principal objetivo e a principal razo de nossa existncia. Agradeo a Deus por aqueles

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  • que vieram antes de mim, aqueles que me falaram para no esquecer os Trs Legados: Recuperao, Unidade, Servio." Tome um banco de trs pernas, tente equilibr-lo somente em uma perna ou em duas. Nossos Trs Legados devem manter-se intactos. Na Recuperao ns conseguimos ficar sbrios juntos; na Unidade trabalhamos juntos para o bem de nossos Passos e Tradies; e atravs do Servio ns damos aos outros, de graa, o que nos foi dado". Uma das principais ddivas em minha vida tem sido saber que eu no terei mensagem para dar a menos que me recupere em Unidade com os princpios de AA." *N.T: A Linguagem do Corao (ainda no traduzido).

    xxxxxxxxxxNo Quarto Passo comecei a identificao das emoes e sentimentos indesejveis e da deturpao dos meus instintos naturais ocasionada pela vida de Insanidade do alcoolismo ativo.

    Segundo diziam alguns companheiros de AA, o grande problema do Quarto Passo o Quinto Passo. E, digo eu, o grande problema dos Quarto e Quinto Passos, so os passos seis e sete, vale dizer, atravessar o Grande Arco que "separa os AA adolescentes dos AA adultos (Pe. Ed.)".

    No Quinto Passo admiti e confessei para Deus e para outro semelhante a natureza exata dessas coisas indesejveis que havia em mim. O roubo perdeu seu apelido de malandragem e chamei-o mesmo pelo seu nome prprio, a sua natureza exata: a desonestidade. Identifiquei o mal agudo, a corrupo e lhe dei seu nome correto, a insegurana e o temor de no conseguir sobreviver: meu inventrio de temores revelou meu despreparo diante da vida. O grande mal causado pelos meus desvios sexuais que culminaram por derrubar de vez o meu lar, foi indigitado: a luxria e a lascvia da amoralidade; meu inventrio de desvios sexuais foi um espanto para meu companheiro de Quinto Passo e tambm para mim: como pude fazer aquelas coisas? Minha fria cega e exaltada dos terrveis momentos de insanidade foi denominada Ira e minhas revoltas e raivas repetidamente sentidas agora na sobriedade de chamei bebedeiras secas: meu inventrio de ressentimentos foi longo e dolorido. Restava ainda algo que eu no quisesse soltar?

    Deus no pode me ajudar, se eu no estiver pronto. O Livre Arbtrio me foi dado por Deus para que sempre eu possa escolher entre um e outro modo de vida. Essa a chave do Passo Seis.

    Refleti demoradamente sobre os acontecimentos daquele dia. Havia solicitado a um companheiro de AA para ajudar-me no Quinto Passo. Enquanto transcorria a reunio de AA, em outra sala eu e o companheiro escolhido debruamo-nos sobre os papeis onde eu escrevera meus ressentimentos, meus temores, meu comportamento sexual anormal, minha desonestidade, minha falta de f e de amor, ao mesmo tempo em que eu falava sobre minha vida at aquele momento. Nossa conversa durou todo o tempo em que transcorreu a reunio e quando terminamos o companheiro abenoou-me e disse que meus pecados estavam perdoados. Pde fazer isto por eu ser Catlico e ele um Padre. Eu contava ento com oito anos de AA e a preparao para o Sexto Passo fora mesmo muito demorada.

    No quarto do hotel em Curitiba, relembrei as palavras de um outro Velho Companheiro de AA do RJ, que me ajudou a elaborar meu Quarto Passo e a identificar com segurana meus defeitos de carter, meus Instintos Deturpados como dizia em seus depoimentos no Grupo V. Prudente.

    Li a Orao do Stimo Passo buscando identificar qual seria afinal o ltimo defeito de carter remanescente aps todos aqueles anos de Sobriedade e de busca.

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  • Refleti cuidadosamente sobre a Lista dos Pecados Capitais, ou defeitos de carter, que gravara na memria graas a um acrstico: S.A.L.I.G.I.A. (Superbia, Avaritia, Luxuria, Invidia, Gula, Ira e Acidia) e que usara para fazer meus inventrios de Ressentimentos, de Desvios Sexuais, de Temores e outros danos, conforme sugesto do Livro Os Doze Passos. Gostaria de ter um modo de vida norteado por esses sentimentos negativos ou gostaria de troca-los por sentimentos nobres? Viveria com a Soberbia, que o excesso de orgulho, ou gostaria de apenas sentir satisfao pessoal pelas minhas realizaes em AA ou em minha vida profissional, que o orgulho sadio? Manteria qualquer tipo de Avareza, especialmente guardando para meu uso pessoal minha experincia, fora e esperana adquiridas em AA, ou, ao contrrio, gostaria de viver um modo de vida com desprendimento e amor ao meu semelhante como antdoto da avareza, compartilhando alegremente o que possuo, seja dinheiro, sentimentos ou experincias? Preferiria eu manter meus desvios sexuais deturpados da Luxuria, utilizando-me do sexo como um fator alimentador de minha insanidade, ou gostaria de ter um modo de vida sexual saudvel, com amor e verdadeiro sentimento de respeito pela parceira? Viveria com a Inveja permanente da realizao financeira e pessoal de outrem, ou dedicar-me-ia busca de minhas prprias realizaes, especialmente ao meu progresso espiritual em AA, aceitando com alegria a vida que o PS me destinasse? Gostaria de Ter a Gula me mantendo constantemente insatisfeito com a quantidade de meus bens, alimentos e vestimentas, Poder e Prestigio, ou preferia de viver agradecido ao PS pelo que me fosse concedido em troca de meu trabalho honesto? Gostaria de adotar o modo de vida alegre e feliz da prtica dos Passos, com Serenidade e Equilbrio, ou ao contrrio, encontraria prazer em viver na Ira, cheio de dio e rancores, mesmo sabendo que os ressentimentos matam inexoravelmente os alcolicos e a raiva um luxo das pessoas ditas normais, que eu no posso ter? O que seria melhor, viver acabrunhado, sem disposio para agir, revoltado com minhas emoes doentias ou alegremente buscar a Deus, viver e praticar os princpios espirituais dos Passos, no Amor e no Servio de AA?

    Ento finalmente compreendi que o ultimo de meus defeitos era mesmo o ultimo dos Pecados Capitais: a Acedia, que no significa preguia, mas sim frouxido, ou abatimento do corpo e do esprito, o pior dos pecados capitais pois paralisa minhas aes em direo ao modo de viver em AA consubstanciado pelos Trs Legados, impede minha busca da espiritualidade do programa dos Passos inibindo fortemente quaisquer aes direcionadas prtica dos passos restantes e assim poder finalmente trilhar a Grande Estrada de mos dadas com o Esprito do Universo.

    Conclui dai estar pronto para transpor o Grande Arco, que separa os AA adolescentes dos AA adultos, como dizia o Pe. Ed, um dos melhores amigos de AA e padrinho espiritual de Bill W. Vale dizer, com disposio e honestidade suficientes para, repetidamente, estar disposto a permitir que Deus me liberte sempre de qualquer defeito de carter que aparea em mim ao longo do tempo, em absoluto e sem qualquer reserva, ciente que a Perfeio a ser perseguida uma meta to somente. Mas que uma meta foi feita para ser alcanada, atravs de minhas aes corretas em direo ao crescimento espiritual e f em que Deus pode realmente me liberar de meus defeitos, sempre e quando eu estiver disposto a deixar que sua presena esteja em mim e no somente em redor de mim.

    No por acaso, ao a palavra mgica. E a f sem obras morta.Este depoimento no meu, de um companheiro de AA. Abraos

    xxxxxxxxxx10 Tradio - GARANTINDO O FUTURO.

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  • GARANTINDO O FUTUROBill nos deixou vrias colocaes bem claras, por isto eu no devo para salvar, ou estar pensando salvar algum ou alguns, transgredir as Tradies, pois a obedincia a estas garante a sobrevivncia de A.A., e conseqentemente a vida de milhes pelos sculos afora, mesmo que pela minha atitude de obedecer s Tradies, em algum momento alguns morram, e que certamente iriam morrer pela bebida de qualquer maneira, vejam o que Bill escreveu: "GARANTINDO O FUTURO - Bill desenvolve as Tradies de AA. Quando a revista Time quis publicar uma capa com Bill - isto , estampar o lado de trs da cabea dele na capa da revista - Bill recusou a oferta e recusou igualmente a publicao de uma histria de capa. Ele explicou: "Tanto quanto saibamos, uma coisa desse tipo poderia ter trazido mil membros para A.A. - Talvez mais." " Conseqentemente, quando descartei a publicao desse artigo, impedi a recuperao de um monto de alcolicos - alguns deles podem at estar mortos. E praticamente todos que sobraram, lcito supor, ainda esto doentes e sofrendo. Conseqentemente minha deciso representou em certo sentido uma sentena de morte para alguns bbados e condenou outros a um perodo muito mais prolongado da doena." " Mas fui muito alm sob o aspecto conservador, porque as exigncias do artigo tenderiam a criar uma imagem pblica ntida e colorida de mim como pessoa. Isto teria criado para o futuro, tenho certeza, uma tentao de nosso pessoal para conseguir artigos semelhantes - na realidade com nomes completos e fotos. Por essa razo, avaliei que seria melhor que alguns morressem e outros sofressem, do que estabelecer um precedente to perigoso. Declinei, portanto da publicidade e devo confessar que essa deciso no foi fcil." Levar Adiante. Pg. 342.Este trecho do livro citado me deu resposta a uma dvida que j com quase vinte e sete anos em AA, eu ainda tinha, at que ponto poderia transgredir algum item das tradies para salvar um ou alguns doentes; ou pensar que salvaria, hoje sei que eu estava equivocado com minhas dvidas. Bill mostrou bem claro, que o desrespeito s tradies, aqui, ali e acol, por vrios membros e grupos de AA, poderia por em perigo a vida de nossa Irmandade, e como tal de todos os doentes alcoolistas do futuro. Ficou claro para mim ento, que para que AA perdure enquanto Deus quiser, devo obedecer risca suas tradies. Hoje cumpro as tradies, observando o anonimato, no recebendo auxlios de fora, no vinculando A.A. a nada, respeitando os companheiros(as), no me utilizando de A.A. para tirar vantagens, usando em nossas reunies somente os trs legados e as literaturas de A.A., mantendo a sua unicidade de propsito, no definindo a doena o que para autoridades mdicas, no tratando de questes teolgicas, no dando conselhos e somente falando de minhas experincias, mesmo que isto desagrade alguns, pois a experincia tem demonstrado que o melhor caminho, e sei aonde minha bela e sbia cabea me levou no passado, as interpretaes coletivos dos membros de AA das Tradies, tem sido meu norte na Irmandade. Neste campo j no me dou o direito de interpretar sozinho ou com poucos, ou usar minhas prprias concluses. No desenvolver das Doze Tradies ocorreram equvocos procedidos pelo prprio Bill W., erros esses que ele corrigiu, ao consolidar as Tradies como esto. A.A. foi forjado pela experimentao, erros e acertos e isto est registrado nas Tradies de nossa Irmandade. Abraos fraternos, paz, luz e mais 24 h sbrias.

    xxxxxxxxAssunto: TS 12 Tradio12 Tradio - Devemos colocar os princpios acima das personalidades. O que so princpios? (So os trs legados) O que personalismo ( aquela convico de que sei

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  • mais, sou melhor e estou sempre certo e por isso questiono tudo e no me conformo, com a deciso da conscincia coletiva, estou sempre fazendo um conchavo ou um conluio para ferir ou destituir algum de um cargo ou de sua liderana, eu tenho que estar em evidncia, quase sempre um processo inconsciente, o indivduo no se da conta disso. O desprezo Tradio do anonimato, expresso de personalismo. O personalista, quanto maior e mais qualificado for o pblico, ele estar sempre l para falar, se ele prepara-se para isso, bem, isto no importa, o que importa para ele que ele est l, falando para um pblico grande e importante, falando bem, e entendendo de tudo em A.A.). Nunca deveremos aceitar ou prestar homenagens de qualquer grau, ou dar trofus, quer seja entre ns, ou para indivduos de fora de A.A., respectivamente. Nunca devo dar meu nome completo, aparecer na mdia, nem dizer que outro indivduo membro de A.A., nem a meus amigos e parentes. O meu prprio anonimato devo resguardar, se isso no ajudar a algum ou no servir para divulgar A.A. em setor particular e discreto.

    xxxxx2 TRADIO. "Somente uma autoridade preside, em ltima anlise, ao nosso propsito comum - um Deus amantssimo que Se manifesta em nossa conscincia coletiva. Nossos lideres so apenas servidores de confiana; no tm poderes para governar. " Essa manifestao Divina s ocorrer se houver uma conscincia coletiva esclarecida, e no haver como ser esclarecida essa conscincia sem uma boa recuperao de seus membros, porque uma fraca recuperao obscurece a capacidade de discernimento e anlise, pela ausncia da clareza e independncia nos julgamentos. Tendo por base uma boa recuperao, o que permite e exige um estudo acurado dos Trs Legados de A. A. , e com a participao de muitos companheiros e companheiras, certamente teremos nas decises desse grupamento humano uma manifestao da vontade Divina. Lder aquele que brota da vontade coletiva pelo seu exemplo, conhecimento, maneira bondosa, clara e firme com que coloca os princpios, e por isso seguido pela maioria; ele no surge da vontade prpria, nem de conchavos. O importante, que a boa liderana no manda, no determina, mas seguida e obedecida em suas solicitaes com boa vontade. Em A. A. sempre h um sbio paradoxo, os lideres no mandam, no se impem, eles servem e so obedecidos, eles no exercem autoridade, mas ela lhes delegada, e muitas vezes precisam dela se utilizar, sem se caracterizar atitude autoritria, e isto aceito. Na maioria das vezes os lderes no ocupam os encargos, sendo que servidor no sinnimo de liderana. Abraos fraternos, paz, luz e mais 24 h sbrias.

    xxxxxxxQuinta Tradio:Levar a mensagem salvadora de AA. melhor fazer uma coisa bem feita do que muitas mal feitas. Precisamos ser humildes e no pretendemos fazer algo para o qual no estejamos preparados ou no tenhamos habilidade para faz-lo. Para isso fundamental conhecer bem os Trs Legados de AA, os livros: Alcolicos Annimos, AA Atingiu a Maioridade, Falando em reunio no AA, Como se Desenvolveu as Tradies, 44 Perguntas e Respostas, e participar das atividades de AA em mbito mais amplo, etc. Sempre verificar primeiro o que desejam de ns, se for sobre alcoolismo doena, no conosco, com a classe mdica, isso devemos informar aos interessados e at sugerir um mdico se isso for solicitado. S devemos falar de AA como um todo (aqui vem a

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  • definio de doena segundo AA, no a definio cientifica), seus princpios, seu funcionamento, nossa experincia e onde ele est. A experincia nos mostra, que as palestras simuladas para ns mesmos, d bom resultado. Depoimentos ns j sabemos fazer e bem demais, j para falar de AA precisamos estudar seus princpios e treinar para faz-lo bem, pois o importante no o AA que esta ali, mas a IRMANDADE de AA que est sendo apresentada. Levar a mensagem para ns no uma virtude, uma necessidade para nossa prpria sobriedade.Este texto que acabei de digitar foi retirado de um trabalho sobre as Tradies realizado aqui no Rio Grande do Sul. Em algum Encontro do qual me fiz presente.Seu autor se no me engano e nosso companheiro do Grupo AABR Chilon. Chilon se for seu por favor desculpe utiliz-lo mais sei que vc no se importa e tb sei que tenho esta liberdade junto a sua pessoa velho cuadilho. Obrigado.E vamos que vamos? E dele que dele!! Mas que tal? E no podemos nos entregar para os homens mais de jeito nem um amigo(a) e companheiro(a)...

    xxxxxxxAssunto: TS Nona Tradio.Nona Tradio Sempre deve prevalecer nossos trs legados para nossos fruns internos. Nossos estatutos so para os rgos pblicos onde deveremos estar inscritos por lei e servios bancrios por questes de responsabilidade legal perante queles estabelecimentos. Em conseqncia os servios contbeis devem ser legais e fiscalizados por um conselho fiscal, que apenas fiscaliza e expem o resultado de seu trabalho s assemblias, mas no administra nem decide. Em nossas reunies de recuperao no devem existir atas onde se registrem nomes, casos e endereos de companheiros ou assinaturas dos presentes. Se existir atas, registrem-se somente quantos estiveram presentes, quantos falaram e qual a receita do dia, com a rubrica do coordenador e secretrio. Teremos atas dos nossos trabalhos do Comit de Servios e das reunies administrativas ou de servio, somente para o consumo Interno. As nossas receitas e despesas devem ser escrituradas e apresentadas em balancetes financeiros mensalmente em nossos grupos.O programa de recuperao deve ser simples, nossas atividades como entidade precisam de alguma organizao, para poder funcionar satisfatoriamente e atingir seus objetivos.

    xxxxxxxxxEu sou doente do alcoolismo hoje eu posso beber mais no bebo porque sou doente.Eu pergunto na minha meditao da manh que posso fazer por uma pessoa que esteja sofrendo dessa doena terrvel. Tenho em meu poder um carto do grupo, um livreto das 12 pergunta e reposta que o jornal o globo publicou ontem no jornal da famlia e o AA na comunidade. Deixei de beber j esto resolvido todos os meus problemas ? Fao os trs legados para fechar o triangulo. Recuperao,Unidade e Servio. E como vai meu grupo ele caminha para Autonomia e Auto-suficiente ou estou recebendo doao de fora fazendo reunies de favor na Igreja ou na Escola.Estou preocupado se meu grupo esta mandando contribuio para ESL. Para que nosso escritorio no passe a ser um camelodromo vendendo camisa. botam etc e passando a ignorncia para os membros novos e atrapalhando sua recuperao. No estou acusando ningum mais se voc entrou nessa sai e tenta fazer uma programao para que possa ser til, Feliz e Integro. Deus no esta nos pedindo xito Ele quer que Tentemos. S por hoje.

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  • xxxxxxxxxxVIVENCIANDO A VIVNCIA (Grupo Unidos do Parque/PE)

    O Grupo tem uma reunio semanal dedicada VIVNCIA. J foram abordados trinta e oito temas com base na Revista.

    Em 1985 foi fundada a Revista Brasileira de A.A. de nmero zero e, posteriormente, a revista nmero um chamada VIVNCIA, que retrata em seu significado literrio, o "fato de viver".

    Esta revista para ns um retrato bimestral do modo de viver dos AAs brasileiros e, porque no dizer tambm, de muitos amigos de A.A.

    o fruto de muito sacrifcio, noites mal-dormidas, dificuldades financeiras, muitos atropelos. So sugestes no s de membros, como tambm de muitos no-AAs: mdicos, religiosos... os profissionais, enriquecendo nossos conhecimentos.

    Hoje temos uma coletnea progressiva, propiciando-nos meios prticos de compreendermos a filosofia de A.A.

    Temos mais que vivenci-los, transmiti-los, no s para os que buscam A.A., como para aqueles que no sabem ou no gostam de ler. Quando vivenciamos essa literatura, ficamos mais informados e, consequentemente, poderemos transmitir melhor a filosofia de A.A.

    Por isso, convidamos todos os Grupos e membros, para que explorem o mximo seu contedo, no deixando as revistas apenas como enfeites de nossas estantes.

    Um dos meios mais viveis de vivenci-las atravs de temticas, estudos. Quanto mais informado estiver um grupo, mais feliz e completo o seu desempenho. S se aprende a ler, lendo!

    Foi pensando nisso que o Grupo Unidos do Parque de A.A. resolveu fazer uso adequado desta Revista. Em reunio de servio realizada no final de 1994, por unanimidade, decidiu-se transformar a "Reunio de Novos", que ocorre aos domingos (com exceo do ltimo, pois, este dedicado reunio de servio), para estudar e debater alguns artigos da VIVNCIA, para o exerccio de 1995. O ttulo aprovado para este maravilhoso trabalho foi o ttulo deste artigo: "Vivenciando a Vivncia".

    Comeamos em primeiro de janeiro, com a revista de nmero 24 e o tema foi "Anonimato". Por sinal, tema abordado nessa edio. Foi de suma importncia, pois havia em nosso Grupo contraditria interpretao. "De priori", foi salutar.

    Cada vez que adentrvamos em suas pginas, mais conhecimento adquiramos .No perodo de 95, abordamos atravs da revista os "Trs Legados de A.A.:Primeiro Legado (Recuperao) - analisamos, discutmos e apreciamos vinte e dois

    diferentes tpicos e diversos pontos dos nossos Doze Passos.Segundo Legado (Unidade) - foram oito tpicos, os mais promissores possveis,

    para mantermos a Unidade dentro do Grupo, com os Grupos vizinhos, com o pblico em geral - sem afiliao, claro! - e com A.A. no seu todo.

    Terceiro Legado (Servio) - assim como o Segundo Legado, tambm foram oito os temas abordados, despertando o interesse dos membros para o servio, colocando os princpios acima das personalidades.

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  • Ao todo foram trinta e oito temas abordados. Muito pouco para a quantidade de exemplares trabalhados, doze ao todo. Porm, foi o pontap inicial para que possamos dar continuidade, no s em 96, como por todo o tempo, pois cada vez surgiro mais exemplares, mais artigos e, conseqentemente, aumentar em ns o desejo do saber.

    Esperamos, com esse exemplo, despertar o interesse de Grupos e membros, para que seja feito um minucioso exame desta maravilhosa Revista.

    Em nossa comunidade est havendo um verdadeiro despertar, o nmero de assinantes est crescendo e as divergncias esto se atenuando.

    Obrigado, VIVNCIA!(Vivncia n 41 maio/junho 96)

    xxxxxxxxxxxxAA ATINGE A MAIORIDADE. Esta a resoluo: PGINA 201?

    Ns, os membros da Conveno do Vigsimo Aniversrio de Alcolicos Annimos, aqui reunidos em S1. Louis, em julho do ano de 1955, consideramos que nossa Irmandade atingiu a maioridade e est capacitada para tomar posse completa e permanente dos Trs Legados de nossa herana de A.A. - os Legados de Recuperao, Unidade e Servio. Ns acreditamos que a Conferncia de Servios Gerais de Alcolicos Annimos, criada em 1951 pelos nossos co-fundadores, Dr. Bob S. e Bill W., e autorizada pelos Custdios da Fundao do Alcolico, tornou-se agora inteiramente capaz de assumir a proteo das Doze Tradies de A.A., tomando para si a completa orientao e controle dos servios mundiais da nossa Sociedade, conforme estipulado no "Third Legacy Manual of World Service" (agora chamado "O Manual de Servios de A.A."), recentemente revisado pelo nosso co-fundador vivo, Bill W., e pela Junta de Servios Gerais de Alcolicos Annimos. Ns tambm temos ouvido, com aprovao da proposta de Bill W., que a Conferncia de Servios Gerais deveria tornar-se a sucessora permanente dos fundadores de Alcolicos Annimos, herdando deles todos os seus deveres anteriores e responsabilidades especiais, evitando assim, no futuro, toda a possibilidade de empenho em prestgio individual ou poder pessoal e, tambm, proporcionando nossa Sociedade os meios para funcionar numa base permanente. FICA ASSIM RESOL VIDa: que a Conferncia de Servios Gerais de Alcolicos Annimos deveria tornar-se, a partir da data de 3 de julho de 1955, a protetora das Tradies de Alcolicos Annimos, a perpetuadora dos servios mundiais de nossa Irmandade, a voz da conscincia de grupo de nossa Irmandade inteira e a nica sucessora de seus co-fundadores, Dr. Bob e Bill. FICA ENTENDIDO: que nem as Doze Tradies de Alcolicos Annimos e nem as garantias do Artigo xn da Ata de Constituio da Conferncia sero modificadas ou emendadas pela Conferncia de Servios Gerais, seno mediante o prvio consentimento de todos os grupos de A.A. registrados do mundo. Esses grupos sero devidamente notificados sobre qualquer proposta de mudana e tero um prazo mnimo de seis meses para examinar a proposta de mesma. E antes que a Conferncia tome qualquer deciso, ela dever ter recebido, por escrito, dentro do prazo estipulado, o consentimento de pelo menos trs-quartos de todos os grupos registrados, que responderam tal proposio. FICA ENTENDIDO AINDA MAIS: que, como previsto no Artigo XII da Ata de Constituio da Conferncia, est se compromete com a sociedade de Alcolicos Annimos, pelos seguintes meios:

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  • Que em todos os seus procedimentos, a Conferncia de Servios Gerais observar o esprito das Tradies de A.A., tomando grande cuidado para que a Conferncia nunca se torne sede de riqueza ou poder perigosos; que suficientes fundos para as operaes mais uma ampla reserva sejam seu prudente princpio financeiro; que nenhum dos membros da Conferncia nunca seja colocado em posio de autoridade absoluta sobre qualquer um dos outros; que todas as decises importantes sejam tomadas atravs de discusso, votao e, sempre que possvel, por substancial unanimidade; que nenhuma ao da Conferncia seja jamais pessoalmente punitiva ou uma incitao controvrsia pblica; que, embora a Conferncia preste servio a Alcolicos Annimos e, tradicionalmente, possa dirigir seus servios mundiais, nunca promulgar leis ou regulamentos que comprometam A.A como um todo, ou a qualquer grupo de AA. ou a um de seus membros, nem desempenhar qualquer ato de governo e que, da mesma forma que a Sociedade de Alcolicos Annimos a que serve, a Conferncia permanea sempre democrtica em pensamento e ao.

    Contedo

    ACONTECIMENTOS SIFNIFICATVOS NA HISTRIA DE A.A.

    PREFCIOI. Quando A.A. atingiu a maioridade, por Bill W., co-fundador de Alcolicos AnnimosII. Os Trs Legados de Alcolicos Annimos: Recuperao (pg. 47), Unidade (pg. 72), Servio (pg. 125)III. Domingo s dezesseis horasIV. Como a medicina v Alcolicos Annimos, pelo Dr. W. W. Bauer e Dr. Harry M. TieboutV. Como a religio v Alcolicos Annimos, por Edward Dowling, S.J. e o Ver. Samuel ShoemakerVI. Como um amigo v Alcolicos Annimos, por Bernard B. Smith

    APNDICESApndice A: Como entrar em contato com Alcolicos Annimos e com os Grupos Familiares Al-AnonApndice B: Por que Alcolicos Annimos annimo, por BillApndice C: A Ata de Constituio da ConfernciaApndice D: Texto do Prmio LaskerApndice E: Pareceres sobre A.A.a. Um novo mtodo de psicoterapia em alcoolismo crnico, pelo Dr William D. Silkworthb. Mecanismo teraputico de Alcolicos Annimos, pelo Dr Harry M. Tieboutc. Discusso perante a Sociedade Mdica do Estado de New York, pelo Dr. Foster Kennedyd. Critica do livro Alcolicos Annimos, de 1939, pelo Dr. Harry Emerson Fosdick; tambm uma citao de sua autobiografiaApndice F: Lista das publicaes de A.A. no Brasil

    NDICEAs ilustraes sero encontradas a partir da pgina

    A conferncia de Servios Gerais de Alcolicos Annimos estava disposta a assumir a custdia das Doze Tradies de A.A. e a proteo de seus servios mundiais. Ela estava

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  • para ser nomeada como sucessora permanente dos fundadores de A.A. Falando em nome do co-fundador Dr. Bob e de membros mais antigos de A.A., de todas as partes, fiz a entrega dos Trs Legados de Alcolicos Annimos para nossa sociedade toda e sua Conferncia representativa. Desde aquele momento A.A. caminhou com seus prprios recursos, para servir aos propsitos de Deus por tanto tempo quanto fosse destinado, sob sua providncia.

    Estamos aqui reunidos para as ltimas horas da comemorao do vigsimo aniversrio de A.A. Acima de ns est hasteada uma bandeira com a inscrio do novo smbolo de A.A., um crculo contendo um tringulo. O crculo simboliza A.A. no mundo inteiro, e o tringulo simboliza os Trs Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio. Dentro do nosso novo mundo maravilhoso, encontramos a libertao de nossa obsesso fatal. Talvez no seja por acaso que escolhemos esse smbolo. Os sacerdotes e os profetas da antiguidade viam o crculo contendo o tringulo como uma forma de afastar os espritos maus; o crculo de A.A. e o tringulo de Recuperao, Unidade e Servio, na verdade, tm significado tudo isso para ns e muito mais.Ao nos reunir, em nossa primeira noite aqui em St. Louis, olhamos para a base de nosso tringulo, o Primeiro Legado de A.A. - Recuperao, onde tudo se baseia e da qual tudo depende. Durante nossa segunda noite refletimos sobre a Unidade, o Segundo Legado de A.A., e todo o seu enorme significado para nosso futuro. Agora queremos pensar acerca do terceiro lado de nosso tringulo, o Terceiro Legado de Servio de A.A., o qual nesta hora de encerramento ser passado s suas mos para sempre. Ento nosso smbolo estar completo, e possam a Recuperao, Unidade e Servio, razo pela qual foi criada nossa irmandade com a proteo de Deus, estar sempre sob Seu comando por tanto tempo quanto Ele queira usar essa sociedade.

    XXXXXXXXNOVO MANUAL DE SERVIO DE A.A.CTO DO DISTRITO

    o rgo encarregado da execuo das atividades do CTO no Distrito. Contar com o servio da secretaria e tesouraria do Distrito.

    formado pelo Coordenador do CTO do Distrito (eleito com mandato de dois anos), pelas Comisses (CCCP, CIP, CIT e CIC) e os RCTOs dos Grupos.

    Procedimentos: o coordenador do CTO do Distrito rene-se com os coordenadores das comisses e RCTOs dos Grupos e presta relatrio na reunio do Distrito; relaciona membros interessados em participar, contendo nome e endereo; faz um planejamento com cronograma de trabalho a ser realizado.

    Nas reunies mensais, o CTO do Distrito poder tambm padronizar a mensagem a ser divulgada no seu mbito, evitando assim choque de informaes e realizar reunies de treinamento. Os Coordenadores dos CTOs dos Distritos integraro o Comit de Distrito e o CTO sediado no ESL.

    A manuteno financeira ser de responsabilidade da tesouraria do Distrito.Para participar de uma comisso, desejvel que o servidor tenha uma sobriedade

    continua e que esteja vivenciando os trs legados de A.A.;XXXXXXREFLEXO DIRIA REFLEXO DIRIA 30 DE MARO

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  • NOSSA CONSCINCIA DE GRUPO "... o bom , s vezes, inimigo do melhor". A.A. ATINGE A MAIORIDADE, p. 92Penso que estas palavras se aplicam todos os aspectos dos Trs Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio! Quero-os gravados em minha mente e em minha vida quando passar "pelo caminho do Destino Feliz". ALCOLICOS ANNIMOS, P. 177Estas palavras, freqentemente pronunciadas pelo co-fundador Bill W., foram apropriadamente ditas a ele como resultado da conscincia de Grupo. Elas trouxeram para Bill W. a essncia de nossa Segunda Tradio: "Nossos lderes so apenas servidores de confiana, eles no governam".Como Bill W. uma vez foi levado a se lembrar, penso que em nossas discusses no Grupo nunca deveramos ficar no "bom", mas esforar-nos para alcanar "o melhor". Esses esforos mtuos so outro exemplo de um Deus amoroso, como ns O entendemos, expressando-Se atravs da conscincia de Grupo. Experincias como estas me mantm na estrada certa para a recuperao. Aprendo a combinar iniciativa com humildade, responsabilidade com agradecimento e, assim, a saborear as alegrias de viver meu programa de vinte-e-quatro horas.

    REFLEXO DIRIA - 30 DE SETEMBROO CRCULO E O TRINGULOO crculo simboliza A.A. no mundo inteiro e o tringulo simboliza os Trs Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio. Dentro do nosso novo mundo maravilhoso, encontramos a libertao de nossa obsesso fatal. A.A. ATINGE A MAIORIDADE, p. 125 No inicio de minha vida em A.A., me empenhei em participar dos seus servios e achei que a explanao sobre o logotipo de nossa sociedade era muito apropriado. Primeiro, um crculo de amor e servio com um bem equilibrado tringulo em seu interior, cuja base representa nossa Recuperao atravs dos Doze Passos; os outros dois lados, que representam Unidade e Servio, respectivamente. Os trs lados do tringulo so iguais. Quando fui crescendo em A.A., logo me identifiquei com este smbolo. Eu sou o crculo e os lados do tringulo representam trs aspectos de minha personalidade: fsica, sanidade emocional e espiritualidade, esta ltima a base do smbolo. Juntos, os trs aspectos de minha personalidade se traduzem em uma vida sbria e feliz.

    REFLEXO DIRIA - 23 DE DEZEMBRORECUPERAO, UNIDADE, SERVIONosso Dcimo Segundo Passo - transmitir a mensagem - o servio bsico que a irmandade de A.A. faz; este o nosso principal objetivo e a principal razo de nossa existncia. *A LINGUAGEM DO CORAO, p. 160Agradeo a Deus por aqueles que vieram antes de mim, aqueles que me falaram para no esquecer os Trs Legados: Recuperao, Unidade, Servio. No meu grupo base, os Trs Legados esto descritos num letreiro que diz: "Tome um banco de trs pernas, tente equilibr-lo somente em uma perna ou em duas. Nossos Trs Legados devem manter-se intactos. Na Recuperao ns conseguimos ficar sbrios juntos; na Unidade trabalhamos juntos para o bem de nossos Passos e Tradies; e atravs do Servio ns damos aos outros, de graa, o que nos foi dado".

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  • Uma das principais ddivas em minha vida tem sido saber que eu no terei mensagem para dar a menos que me recupere em Unidade com os princpios de A.A.* N.T.: Ainda no traduzido

    XXXXXXXXXVIVER SBRIOREUNIES DE PASSOS. Muitos Grupos de A.A. mantm reunies semanais nas quais um dos Os Doze Passos do programa do A.A. escolhido, em rodzio, para base da discusso. As Doze Tradies do A.A., os Trs Legados do A.A., os lemas do A.A. e os tpicos para discusso sugeridos pela Revista Vivncia, revista bimestral do A.A., quase nunca so excludos, principalmente se alguma pessoa presente sente urgente necessidade de ajuda para um problema pessoal imediato e inadivel. Juntamente com os livros "Alcolicos Annimos", "Os Doze Passos" e "As Doze Tradies", as reunies de Passos proporcionam, os discernimentos mais acessveis e a compreenso dos princpios fundamentais da recuperao no A.A. As sesses fornecem ainda uma riqueza de interpretaes originais e aplicaes no programa bsico do A.A. mostrando como podemos us-lo no s para permanecermos sbrios, mas tambm para enriquecer nossas vidas.

    XXX3 LEGADOLegado servio.Partilha. Viso individual com alguns trechos do livro; MAIOR IDADE. Domingo s 16 horas. Pagina 121.Conveno realizada em 1955.Neste encontro nosso comp. Bill W. passou p/ ns a responsabilidades de cuidarmos de nossos trs legados. Recuperao, unidade e servio.Recuperao; onde qual tudo se baseia e tudo depende.Unidade; enorme significado p/ nosso futuro.SERVIO; nosso comp Bill W. deixou como exemplo o dcimo segundo-passo. o servio bsico que nossa irmandade oferece, o principal objetivo e a razo primordial de nossa existncia. A.A. mais que um conjunto de princpios; uma sociedade de alcolicos em "ao", essa palavra uma palavra mgica. Muitos de ns ficamos um pouco confusos a respeito do 3 legado. s vezes nos perguntamos: o que exatamente? At onde vai a ao de servio? A resposta simples. Um servio de A.A. qualquer coisa que realmente nos ajuda a levar a mensagem aos companheiros que ainda sofrem. 12 passo maior que todos os servios. O que nos mantm em unidade so as tradies, se ns temos as mesmas, precisamos nos organizar (trabalhar) para que unidos possamos melhor representar nosso programa que tem salvado e continua salvando vidas. Quem coordena essa unidade? (Era Bill W.)Certamente precisamos de algum, este se prontificando e sendo aprovado por uma conscincia coletiva "esclarecida", ser nosso lder, um servidor de confiana, sem poderes p/ governar. Em ao com a humildade de servir. (antes eu no servia para nada, hoje tenho nome de "servidor", obrigado aos meus iguais).Logo no comeo fazia se uso das casas de companheiros p/ as reunies, conforme foi crescendo, foi preciso alugar algum lugar que pudesse acomodar os que estavam chegando. Quem iria pagar este aluguel? Certamente o grupo devera pagar. Lembramos que quando a mensagem chegou ao comp. Bill, por Ebby, (qual entrou em ao), este

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  • precisou gastar algum "dinheiro", tel. passagem e mais, seu tempo. Comeamos a perceber que espiritualidade e "dinheiro" podiam se misturar. Portanto c/ o tempo foi preciso formar nossos rgos de servios, este que hoje pela graa de Deus, muitos de nossos iguais esto fazendo parte.Alguns de nossos servidores no chegaram nem a se candidatar, por fora da necessidade, foram convocados, alguns pensaram em se recuar, logo sentiram (gratido) que podiam fazer alguma coisa em prol de seu grupo, hoje com muitas lutas, chegam a pensar em at mesmo renunciar. Derrepentemente se encontra c/ suas foras renovadas atravs dos novos que chegam para ajudar a manter nosso terceiro legado em ao. Ainda hoje c/ um grande n de membros, somos carentes de humanos, acredito que se ns melhorarmos nossos conhecimentos e nos abastecermos de serenidade e humildade, essa carncia poder diminuir. Sabemos que nossos lideres no tem poder p/ governar, porm desde que o grupo o elegeu, ou, convocou, dever ouvi-lo com carinho, respeita-lo e ajuda-lo atravs de cooperao, no encargo de servidor. Este se for um bom lder, certamente colocar sugestes para melhorar o trabalho do 12 passo do grupo. Muitas das vezes lideres se perguntam: como podemos fazer para que o grupo cresa? Existe uma resposta, com toda a certeza; os grupos s crescem na mesma proporo que seus membros, se os membros no se interessam em crescer, "dever" ento o lder se interessar. Ele deve ser atuante participativo de todas as convocaes p/ melhor andamento de seu grupo de origem e A.A. num todo.J ouvi este lema: dar exemplo no a melhor maneira. a nica. sugerido que os membros, principalmente os que fazem parte dos comits, procurem conhecer um pouquinho mais de nossas literaturas, sabemos que no iremos tirar diploma, nem seremos professores, conselheiros, missionrios e menos ainda, chefes.Porm com melhores informaes, teremos menores chances de errar.RECUPERAR muito bom.Com AO estou ajudando mais um na recuperao.

    XXXXXXXXPolmicasPolmicas, Divergncias, Controvrsias, Polmicas, Divergncias, Controvrsias. Sem direcionamento, nem pretendendo criticar quem quer que seja, mas sim falar de minha experincia sobre esse tema na recuperao, que escrevo.1 Na Recuperao, sobre os assuntos que nossas Tradies dizem que no s A.A. no trata deles, mas nem sequer devemos tratar deles entre ns, e to bem expressos no Prembulo de A.A., seu uso em nossas reunies de Recuperao, bem como o uso nela dos assuntos de servio. sempre negativo para a nossa Unidade e portanto indesejveis entre ns. 2 No h divergncia, polmica, discusses praticadas por um s membro de nossa Irmandade, para que isso ocorra ser sempre necessrio no mnimo dois interlocutores. 3 - Como vemos, a polmica e feita por ns que participamos dela, e nunca s por um que lanou na lista algo no compatvel com os Trs Legados de A.A. e portanto prejudicial a ns todos. No havendo resposta, ou retruque, morre ai.4 No grupo presencial do qual participo adotamos a mais de 22 anos o aviso sempre no princpio da reunio, pedindo aos depoentes que no critiquem outros grupos, membros de A.A. ou seus depoimentos. 5 Em conseqncia desse aviso hoje s ocorre alguma crtica com algum que vem de outro grupo e como ningum responde nem se refere ao assunto, ele morre ali; o que confirma que ningum faz polmica sozinho, e na recuperao precisamos nos utilizarmos

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  • do amor, do respeito, da tolerncia, da pacincia, e da prudncia, afinal som somos um grupo fraterno de alcoolistas doentes que tem o mesmo objetivo, recuperar-nos, e no competir, vencer, ser melhor ou o primeiro. 6 Sem analogia a nada, muito menos a algum pelo amor de nosso Deus, li uma vez que quando eu passo num estbulo e um burro me d um coice, e eu viro para ele e o chuto, eu se ainda no sou um, estou me torno um igual a ele.7 A.A. tendo me ensinado a no ofender ningum em nenhuma hiptese, se algum me ofende o que devo fazer? Nada. Este membro ainda no entendeu a vida em A.A., e ele precisa do meu silncio para com o tempo aprender. O tempo e o silncio no sendo o suficiente, a dor vir dar o ltimo retoque e ele saber ento porque. No precisamos portanto dizer nem fazer nada, a no ser em casos que so rarssimos e em que o grupo todo perturbado por dizeres disparatados, ofensivos e em torrentes, j temos experincia disso tambm.8 Crendo ou no em um Ser Superior, que cada um escolha seu caminho e respeite o caminho do outro, somos irmos e irms de doena que precisamos uns dos outros. Vivamos em paz e levemos a mensagem a quem ainda sofre.Abraos fraternos, paz, luz e mais 24 h sbrias.

    XXXXXXXXXXXMANUAL DO CTOCCCP COMISSO DE COOPERAOCOM A COMUNIDADE PROFISSIONAL

    A CCCP responsvel pelo bom relacionamento entre Alcolicos Annimos e aquela imensa gama de profissionais muitos com responsabilidade hierrquica de gerncia que, em razo das funes que exercem, acabam tendo contato com portadores da doena do alcoolismo e/ou com seus familiares, podendo funcionar como ligao entre aqueles e nossa Irmandade.

    So, na realidade, verdadeiros amigos de A.A., muitos com contribuies inestimveis para o crescimento e consolidao de nossos Grupos nas comunidades em que atuam. E tornaram-se nossos amigos justamente porque algum da Irmandade lhes mostrou de forma clara e precisa aquilo que somos, o que no fazemos e o que podemos fazer, juntos, para salvar vidas e famlias da runa que o alcoolismo certamente provoca se no for detido.

    Conquistar novos amigos entre as classes profissionais, estabelecer com eles trabalho conjunto de informao da doena, manter as portas de A.A. sempre abertas para cooperar com suas aes no campo do alcoolismo dentro dos limites de nossas Tradies essa a misso da CCCP, base de um relacionamento que pode ser extremamente frutfero e duradouro.

    O trabalho de CCCP exige alguns cuidados especiais que, se no forem considerados, podero atrapalhar, e muito, seu funcionamento eficaz.

    Isto porque os profissionais, em geral, tm sua prpria viso do que competncia e eficincia, e se no sentirem nos membros que os visitam firmeza e conhecimento de causa, dificilmente podero compreender nosso informalismo e aparente falta de organizao.

    Em conseqncia, vo nos achar ineficientes e pouco responsveis, indignos de confiana em questes to srias e difceis como conscientizar um doente alcolico. Por isso, os integrantes da CCCP devero ser AAs com uma razovel capacidade de comunicao e um slido contato com o nosso programa no que se refere aos Trs

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  • Legados de A.A.: Recuperao, Unidade e Servio. necessrio que estejam preparados e sabendo o que significam e como funcionam os Doze Passos, as Doze Tradies e os Doze Conceitos.

    MEMBROS DAS COMISSESPara ser membro das Comisses, uma slida sobriedade desejvel aqui, como

    em qualquer outro servio de A.A., uma vez que estaro freqentemente em contato com no-AAs. necessrio que estejam preparados e sabendo o que significam e como funcionam os Trs Legados de Alcolicos Annimos: Recuperao, Unidade e Servio. Um profundo conhecimento das Tradies de vital importncia.

    XXXXXXXXAPADRINHANDO O RECM-CHEGADO PARA O SERVIO - (AKIKO M. - JAPO)Recebi um amvel convite de John Grant, Coordenador da Dcima-Terceira Reunio Mundial de Servios, no qual me pedia para fazer uma palestra sobre "Apadrinhando o recm-chegado para o servio". Lendo-o, imediatamente lembrei-me de minha experincia pessoal quando fui amadrinhada para o servio.Minha madrinha no servio encorajou-me a permanecer disponvel para ajudar os alcolicos que ainda sofrem e gui-los para o servio. As palavras que eu ouvia dela freqentemente eram: "por aqueles que esto sofrendo agora". Pelo seu exemplo, em suas atividades dirias, ela mostrou-me, tanto quanto possvel, a atitude responsvel de "servio". Gostaria, todavia, de comear minha palestra, a qual baseia-se em minha experincia de apadrinhamento de recm-chegados, falando sobre minha idia de servio.Foi h oito anos, eu acredito, que o conceito de nosso Terceiro Legado de Servio tornou-se conhecido pela primeira vez pelos membros de A.A. do meu pas. Naquela poca, o Japo j tinha mandado delegados Reunio Mundial de Servios. Desde os primeiros dias, datando do estabelecimento de A.A. no Japo, h 19 anos, nossos membros, mesmo desconhecendo a definio de "servio", adotaram uma atitude de servio.O programa de A.A. foi introduzido no Japo por um membro de A.A. americano. O primeiro grupo foi um grupo de lngua inglesa, na base americana de Tquio, para residentes de lngua inglesa da cidade. Durante os primeiros anos, alguns membros que tinham facilidade de fazer tradues, em bases voluntrias, traduziram o "Livro Grande" e "Doze Passos e Doze Tradies" para o japons; outros membros, com talento e equipamento para impresso e encardenao, transformaram os manuscritos em livros. Alguns membros de A.A. de lngua inglesa visitaram nosso grupo e nos ajudaram a compreender alguns termos pouco familiares usados naqueles textos. No posso, nesta oportunidade, deixar de mencionar que somos profundamente agradecidos pela assistncia que o G.S.O, de Nova York, nos deu na publicao do "Livro Grande", "Doze Passos e Doze Tradies" em japons. Nossos membros pioneiros eram muito ativos em levar a mensagem aos alcolicos sofredores confinados em hospitais de tratamento. Minha madrinha me disse que no primeiro dia em que assistiu uma reunio, ela foi mandada para levar a mensagem a um hospital (hoje recomendamos que os membros encarregados de levar mensagem aos centros de tratamento e hospitais tenham pelo menos trs meses de sobriedade). Os antigos membros eram, tambm, ativos em contribuir para a ento pequena Irmandade (os membros de hoje parecem ser mais cautelosos em fazer contribuies para o A.A.). De qualquer forma, os primeiros membros eram muita ativos no servio. Minha madrinha me levou a mensagem enquanto eu estava num hospital. Quando assisti minha primeira reunio de A.A., fui recebida calorosamente. Os membros chamavam-me pelo nome, o que me fez muito feliz. Senti

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  • estar sendo tratada como um ser humano, no como uma bbada irresponsvel. E, felizmente, dois meses depois de minha chegada ao A.A., um grupo de N.A. foi fundado em Tquio. Minha madrinha sugeriu-me assistir, tambm, s reunies de N.A. para me libertar do meu problema de drogas. Poderia, ento, saborear uma vida sbria em A.A. e uma vida limpa em N.A Em ambos os grupos, participei ativamente no servio, o que me mantm ocupada, mas tambm feliz.Naquela poca passei por duas experincias dolorosas. Uma foi a morte de minha me e outra foi o divrcio e conseqente separao de minha famlia. Duvido que poderia ter sobrevivido a estas dificuldades sem a ajuda de minha madrinha. Ainda que me comportasse alegremente nas reunies, noite, quando estava s, ficava profundamente deprimida e chorava ao telefonar para minha madrinha. Ela era sempre paciente, ouvindo-me por longas horas, altas horas da noite, at que me acalmasse. Ela me deu um tremendo apoio.Um dia ela pediu-me para visitar e levar a mensagem aos alcolicos em um hospital onde eu estive internada para tratamento durante vrios meses. Enquanto compartilhava minha experincia com eles, comecei a me sentir muito orgulhosa de mim, superior a eles, impressionando-me com minhas prprias palavras. Minha madrinha disse-me para no me embriagar com palavras. Naquela noite tivemos uma reunio de passos e lembrei-me da palavra HUMILDADE.Minha primeira tarefa foi coordenar uma reunio. Quando minha madrinha pediu-me para ser coordenadora, imediatamente respondi: "No! Eu no posso faz-lo". Ela respondeu: "Se voc no quiser, no obrigada a aceitar. Procurarei outro". Ento respondi: "Sim. Eu quero. Gostaria de tentar". Naquela poca, eu simplesmente no podia expressar meus sentimentos de alegria por ser capaz de ajudar outras pessoas.A estrutura de servio de nosso pas comeou a organizar-se naquela poca. Em Tquio, os grupos foram divididos em Distritos e cada Distrito formou seu prprio comit. Minha madrinha era ativa nos comits. Eu a segui e envolvi-me em vrios tipos de servio. Primeiro fui eleita RSG e depois tornei-me membro do Comit de Hospitais e Instituies, ento Coordenadora do Comit de Informao ao Pblico e, posteriormente, Delegada nossa Reunio de Servios Gerais. Agora sirvo como Delegada Reunio de Servios Mundiais. O Tema da XII RSM - "Servio - Privilgio de cada um" - lembrou-me um importante princpio.Minha madrinha mostrou-me como ser uma boa coordenadora. Aprendi a respeitar cada membro e suas opinies. Como coordenadora, poderia apenas sintetizar suas opinies e express-las em nome deles. Mas no tinha poderes para govern-los. Isto, implicitamente, requeria a prtica da Segunda Tradio e do Dcimo Conceito. Foi uma lio extremamente significativa para mim, um ensinamento que fui capaz de aplicar em todas as minhas posteriores tarefas no servio.Naquele tempo, nosso Comit de Informao ao Pblico publicou um boletim do A.A. japons, patrocinando reunies pblicas, levando a mensagem de recuperao para reas locais e engajando-se em muitas outras atividades. Felizmente, nosso comit pode contar com a assistncia de muitos membros individualmente, com habilidades em campos especficos e relacionadas com aquela publicao. No princpio acreditei que aquele servio era algo especial, tarefa a ser realizada por um seleto grupo de pessoas. Desde ento, mudei de idia. O mais importante trabalhar juntos, ajudar uns aos outros, unir-se para alcanar o objetivo nico. Isto, eu acredito, o objetivo bsico do programa.Este nosso trabalho e nenhum outro - nossa preocupao que devemos partilhar calorosa e apaixonadamente com nossos companheiros sofredores. No difcil. No

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  • requer tcnicas especiais. Simplesmente compartilhamos nossa prpria experincia, trabalhando juntos na esperana e no amor.Agora quando amadrinho um recm-chegado para o servio, sempre relembro das preciosas ddivas que me foram presenteadas por minha madrinha e por muitas outras pessoas. Quero compartilh-las com outrem. um grande prazer para mim, ser capaz de prestar servio ao A.A., com base no verdadeiro amor, e percebo dever isto minha sobriedade de hoje.Por causa dos Trs Legados de A.A., cada um de ns torna-se uma pessoa til e leva uma vida significativa. Muitos outros recm-chegados aparecero s portas do A.A. e eu gostaria de continuar assistindo-os, compartilhando minhas experincias e a alegria de ser uma boa madrinha. Quero ser humilde e grata, aceitando e abenoando a oportunidade de servir ao alcolico que ainda sofre.Assim como o A.A. salvou minha vida, quero compartilhar estas experincias com a prxima pessoa que estender a mo recuperao, respeitando e enriquecendo novas vidas de meus companheiros, ajudando-os a se prepararem para um futuro brilhante.(Vivncia - Julho/Agosto 95)

    XXXXXXXVIVENCIANDO A VIVNCIA 41 (Grupo Unidos do Parque/PE)O Grupo tem uma reunio semanal dedicada VIVNCIA. J foram abordados trinta e oito temas com base na Revista.Em 1985 foi fundada a Revista Brasileira de A.A. de nmero zero e, posteriormente, a revista nmero um chamada VIVNCIA, que retrata em seu significado literrio, o "fato de viver".Esta revista para ns um retrato bimestral do modo de viver dos AAs brasileiros e, porque no dizer tambm, de muitos amigos de A.A. o fruto de muito sacrifcio, noites mal-dormidas, dificuldades financeiras, muitos atropelos. So sugestes no s de membros, como tambm de muitos no-AAs: mdicos, religiosos... os profissionais, enriquecendo nossos conhecimentos.Hoje temos uma coletnea progressiva, propiciando-nos meios prticos de compreendermos a filosofia de A.A.Temos mais que vivenci-los, transmiti-los, no s para os que buscam A.A., como para aqueles que no sabem ou no gostam de ler. Quando vivenciamos essa literatura, ficamos mais informados e, conseqentemente, poderemos transmitir melhor a filosofia de A.A.Por isso, convidamos todos os Grupos e membros, para que explorem o mximo seu contedo, no deixando as revistas apenas como enfeites de nossas estantes.Um dos meios mais viveis de vivenci-las atravs de temticas, estudos. Quanto mais informado estiver um grupo, mais feliz e completo o seu desempenho. S se aprende a ler, lendo!Foi pensando nisso que o Grupo Unidos do Parque de A.A. resolveu fazer uso adequado desta Revista. Em reunio de servio realizada no final de 1994, por unanimidade, decidiu-se transformar a "Reunio de Novos", que ocorre aos domingos (com exceo do ltimo, pois, este dedicado reunio de servio), para estudar e debater alguns artigos da VIVNCIA, para o exerccio de 1995. O ttulo aprovado para este maravilhoso trabalho foi o ttulo deste artigo: "Vivenciando a Vivncia".Comeamos em primeiro de janeiro, com a revista de nmero 24 e o tema foi "Anonimato". Por sinal, tema abordado nessa edio. Foi de suma importncia, pois havia em nosso Grupo contraditria interpretao. "De priori", foi salutar.

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  • Cada vez que adentrvamos em suas pginas, mais conhecimento adquiramos .No perodo de 95, abordamos atravs da revista os "Trs Legados de A.A.:Primeiro Legado (Recuperao) - analisamos, discutimos e apreciamos vinte e dois diferentes tpicos e diversos pontos dos nossos Doze Passos.Segundo Legado (Unidade) - foram oito tpicos, os mais promissores possveis, para mantermos a Unidade dentro do Grupo, com os Grupos vizinhos, com o pblico em geral - sem afiliao, claro! - e com A.A. no seu todo.Terceiro Legado (Servio) - assim como o Segundo Legado, tambm foram oito os temas abordados, despertando o interesse dos membros para o servio, colocando os princpios acima das personalidades.Ao todo foram trinta e oito temas abordados. Muito pouco para a quantidade de exemplares trabalhados, doze ao todo. Porm, foi o pontap inicial para que possamos dar continuidade, no s em 96, como por todo o tempo, pois cada vez surgiro mais exemplares, mais artigos e, conseqentemente, aumentar em ns o desejo do saber.Esperamos, com esse exemplo, despertar o interesse de Grupos e membros, para que seja feito um minucioso exame desta maravilhosa Revista.Em nossa comunidade est havendo um verdadeiro despertar, o nmero de assinantes est crescendo e as divergncias esto se atenuando.Obrigado, VIVNCIA!Vivncia n 41 maio/junho 1996

    XXXXXXXHOMOSSEXUAL E ALCOLICA (AS MINORIAS EM A.A.) 70 Foi preciso aceitar ambas as condies para entrar em recuperao.Sou uma alcolica em recuperao s por hoje, e sou homossexual. O motivo que me leva a escrever sobre minhas experincias acreditar que estou ajudando a mim mesma e poderei estar ajudando mais pessoas como eu.Em 1978, vim para So Paulo com um pensamento na cabea: queria mudar a minha vida. Eu j bebia, mas ainda pouco. Minha me tinha falecido e isso foi muito para eu suportar, a dor era muito grande e eu queria ter morrido junto com ela. Havia tambm uma moa pela qual eu estava apaixonada. Vindo para c, eu acreditava que esqueceria tudo isso e seria outra pessoa.No foi o que aconteceu, minha vida tomou outro rumo. Joguei-me na bebida a pretexto de fugir da solido e de mim mesma. Eu no tinha coragem de assumir que era homossexual. J tinha percebido que o modo como eu bebia era diferente e que s parava quando estava bbada. Eu era muito tmida e a bebida "me dava coragem".Com o passar dos anos, bebendo sempre mais e misturando os meus sentimentos, comecei a gostar de uma patroa que tive. Ela era muito boa comigo e isso me fazia sofrer, pois ela me tratava como uma filha. Eu saa de casa e ia beber nos bares. Sa com o primeiro homem, j que no conseguia me aproximar de uma mulher. Eu me violentei muito e tinha muita bronca de mim mesma, pois tudo que eu tentara fazer no dera certo. Mentir passou a ser a minha verdade e chegou um tempo em que eu mesma j no sabia o que era verdade e o que no era. Sentia-me infeliz e a autopiedade tomou conta de mim. Assim foi durante vinte anos.Quando cheguei em A.A., no tinha convices, s acreditava no lcool! Queria "ver" Deus para acreditar na Sua existncia e por isso as coisas no deram certo para mim - faltou f. Eu s tinha um pensamento, a morte, sempre achava que iria morrer a qualquer momento e que era s uma questo de horas. Hoje, vejo que mudei. Acredito em mim e principalmente, em Deus, como O entendo.

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  • Ao ingressar em A.A., eu no tinha em mente falar sobre a minha vida ntima, pois j tinha sofrido muita discriminao e achei suficiente admitir meu problema com a bebida. Com o passar dos dias, percebi que me enganei, que estava mentindo e dando voltas para comentar um relacionamento homossexual. Apesar de ser alcolica como todos no grupo, eu me sentia diferente por causa da minha condio sexual. Como conseqncia, sofri uma recada.Ento vi que no poderia continuar mentindo. Eu precisava dizer a verdade, para o meu prprio bem. Comecei a freqentar reunies de propsito especial feminino, com a inteno de falar sobre a minha situao, mas a dificuldaee continuou grande, pois no se falava muito em sexualidade e eu sentia preconceito nas outras pessoas quando se falava de homossexualismo.Um dia, participando de um Ciclo de Tradies, ouvi comentrios preconceituosos de alguns companheiros sobre a homosseualidade e surgiu em mim a vontade de estar numa reunio de companheiros(as) homossexuais...E, h pouco tempo, essa idia se tornou realidade. Conversando, um grupo de homens e mulheres que tm em comum ambas as condies e, portanto, passam pelas mesmas dificuldades, resolveu iniciar uma Reunio de Propsitos Especiais para Homossexuais e simpatizantes, que tm acontecido aos sbados tarde, no ESL/SP. Agora no estou mais fazendo a minha recuperao pela metade, mas sim por inteiro, e ajudando outros(as) que gostariam de participar conosco. Seria muito bom contarmos com mais companheiros(as) para fortalecermos essa iniciativa, a fim de que ela tenha continuidade.Falo da importncia dessa reunio porque ela est sendo muito boa para mim.Hoje, sem beber h algumas 24 horas, estou tentando trabalhar meus defeitos e viver bem. Sinto-me bem resolvida em relao minha homossexualidade e ao meu alcoolismo. Eu me encontrei e sou feliz, s por hoje, graas a um Poder Superior. Estou no Servio da Irmandade e gosto muito de participar dos Trs Legados de A.A., pois assim minha recuperao completa. (Annima, So Paulo/SP)Vivncia 70 Mar/Abr 2001

    XXXXXXXXMINHA PRIMEIRA REUNIO 71 A.A. oferece diferentes tipos de reunio, com diferentes finalidades - logo, so muitas as "primeira reunies de cada membro.Na primeira abordagem que um membro da Irmandade me fez, ele disse: "Vamos l, voc vai apenas assistir reunio. Se gostar, voc fica, se no, vai embora." E um dia aps sete anos, lembrei daquelas palavras, telefonei para ele desesperado e pedi que me levasse a uma reunio de A.A.Em 12 de maro de 1993, s 19:30 horas, cheguei na Igreja So Francisco de Paula, onde funcionava o grupo da Tijuca de A.A. Fomos muito bem recebidos logo na entrada e algum nos indicou a primeira fila de cadeiras. Sentamos e, no decorrer da reunio, fiquei admirado com as pessoas que vi - pareciam, na maioria, normais, saudveis e felizes - no pareciam bbados! Contaram em seus depoimentos quase toda a minha vida. Eu fiquei certo de que compreenderiam a fundo como eu me sentia naquele momento. E essa foi a reunio de A.A. em que ingressei. O dia mais feliz de minha vida.Meu primeiro contato com as palavras freqncias s reunies veio logo na segunda reunio da qual participei. Alguns companheiros me disseram que, para evitar o primeiro gole, eu deveria ir assiduamente s diversas espcies de reunies de A.A.

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  • Ainda me lembro muito bem como as reunies de novos foram importantes nos primeiros meses para mim - eram sesses de perguntas e respostas que esclareceram dvidas que eu ainda tinha.No grupo, em alguns dias da semana, as reunies eram abertas, ou seja, qualquer pessoa podia participar, sendo alcolica ou no. Essas reunies eram geralmente de depoimentos em que os membros falavam ao grupo sobre seu alcoolismo, sobre o que lhes aconteceu e como se encontravam na recuperao. Eu podia sentir sinceridade e honestidade no que se ouvia. Cada membro falava somente de si mesmo, ningum falava por A.A. como um todo. Geralmente alguns depoimentos faziam com que eu lembrasse de minha prpria vida.Em um dia especfico da semana, acontecia a reunio fechada, isto , somente para alcolicos ou para pessoas que tentam descobrir se so alcolicos. Nessas reunies havia mais liberdade para compartilhar as coisas que me incomodavam e que s a ns alcolicos poderiam interessar - coisas confidenciais, at.Depois de algumas 24 horas, comecei a me interessar pelas reunies temticas: os Passos, as Tradies, os Trs Legados de A.A. e os lemas de A.A. Essas reunies foram fundamentais pra que eu viesse a ter um crescimento espiritual e entendesse como funciona a Irmandade.No ano do cinqencentenrio de A.A. no Brasil, tive a satisfao de participar da reunio comemorativa e foi muito gratificante.Eu falo do passado, mas o grupo Barra da Tijuca ainda existe, cresceu muito e dele nasceu o Grupo Recreio, do qual hoje fao parte. Desejo a mim e aos companheiros(as), mais vinte e quatro horas, se possvel com "freqncia reunio". (Rogrio, Jacarepagu/RJ)Vivncia 71 Maio/Jun 2001

    XXXXXXXXXXXREUNIES MIL (MINHA PRIMEIRA REUNIO) 71 A.A. oferece diferentes tipos de reunio, com diferentes finalidades - logo, so muitas as "primeiras" reunies de cada membro.Na primeira abordagem que um membro da Irmandade me fez, ele disse: "Vamos l, voc vai apenas assistir reunio. Se gostar, voc fica, se no, vai embora." E um dia aps sete anos, lembrei daquelas palavras, telefonei para ele desesperado e pedi que me levasse a uma reunio de A.A.Em 12 de maro de 1993, s 19:30 horas, cheguei na Igreja So Francisco de Paula, onde funcionava o grupo da Tijuca de A.A. Fomos muito bem recebidos logo na entrada e algum nos indicou a primeira fila de cadeiras. Sentamos e, no decorrer da reunio, fiquei admirado com as pessoas que vi - pareciam, na maioria, normais, saudveis e felizes - no pareciam bbados! Contaram em seus depoimentos quase toda a minha vida. Eu fiquei certo de que compreenderiam a fundo como eu me sentia naquele momento. E essa foi a reunio de A.A. em que ingressei. O dia mais feliz de minha vida.Meu primeiro contato com as palavras freqncias s reunies veio logo na segunda reunio da qual participei. Alguns companheiros me disseram que, para evitar o primeiro gole, eu deveria ir assiduamente s diversas espcies de reunies de A.A.Ainda me lembro muito bem como as reunies de novos foram importantes nos primeiros meses para mim - eram sesses de perguntas e respostas que esclareceram dvidas que eu ainda tinha.No grupo, em alguns dias da semana, as reunies eram abertas, ou seja, qualquer pessoa podia participar, sendo alcolica ou no. Essas reunies eram geralmente de depoimentos

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  • em que os membros falavam ao grupo sobre seu alcoolismo, sobre o que lhes aconteceu e como se encontravam na recuperao. Eu podia sentir sinceridade e honestidade no que se ouvia. Cada membro falava somente de si mesmo, ningum falava por A.A. como um todo. Geralmente alguns depoimentos faziam com que eu lembrasse de minha prpria vida.Em um dia especfico da semana, acontecia a reunio fechada, isto , somente para alcolicos ou para pessoas que tentam descobrir se so alcolicos. Nessas reunies havia mais liberdade para compartilhar as coisas que me incomodavam e que s a ns alcolicos poderiam in