LAPLANTINE, F. O campo e a abordagem antropológicos

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.R 6a o estudo do homem inteiro; --.L!!> b) o estudo do homem em todas as sociedades, sob todas as latitudes em todos os seus estados e em todas as pocas.

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ESTUDO DO HOMEM INTEIRO

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S pode ser considerada como antropolgica uma abordagem Integrativa que objetive levar em considerao as mltiplas dimenses do ser humano em sociedade. Certamente, o acmulo dos dados colhidos a partir de observaes diretas, bem como o aperfeioamento das tcnicas de investigao, conduzem necessariamente a uma especializao do saber. .Porm, uma das vocaes maiores de nossa "abordagem consiste em no parcelar o homem mas, ao contrrio, em tentar relacionar campos de investi entemente separados. Ora, existem . co' reas rincipais antropologia, que nenhum pesquisador pode, evidentemente, dominar hoje em dia, mas s quais ele deve estar sensibili- f1.nhando-ee em explorar exclusivamente (mas de uma forma magistral) as tradies populares camponesas, a distncia social e cultural que separa o objeto do sujeito, substituindo nesse caso a distncia geogrfica da antroexti~:. -.. .. --

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antropologia biol6gi~esignada antigamente sob o nom~tIpologia fsica) consiste no estudo das variaes dos caracteres biolgicos do homem no espao e no tempo. Sua problemtica a das relaes entre o patrimnio gentico e o meio (geogrfico, ecolgico, social), ela analisa as particularidades morfolgicas e fisiolgicas ligadas a um meio ambiente, bem como a evoluo destas particularidades. O que deve, especialmente, a cultura a este patrimnio, mas tambm, o que esse patrimnio (que se transforma) deve cultura? Assim, o antroplogo biologista levar em considerao os fatores culturais que influenciam o cerscimento e a maturao do indivduo. Ele se perguntar, por exemplo: por que o. desenvolvimento psicomotor da criana africana mais adiantado do que o da criana europia? Essa parte da antropologia, longe' de consistir apenas no estudo das formas de crnios, mensuraes do esqueleto, tamanho, peso, cor da pele, anatomia comparada as raas e dos sexos, interessa-se em especialdesde os anos .50 pela gentica das populaes, que permite discernir o que diz respeito ao inato e ao adquirido, sendo que um e outro esto interagindo continuamente. Ela tem, a meu ver, um papel particularmente importante -)1 exercer para que no sejam. r~..as.-relaes entre as pesquisas das cincias da,vi~~ antropologia pr-hist6ri . e o estudo do homem atravs dosvestgos mareriai enterrados no solo (ossadas, mas tambm quaisquer marcas da atividade humana). Seu projeto, que se liga arqueologia, visa reconstituir as sociedades' desaparecidas, tanto em suas tcnicas e organizaes sociais, quanto em suas produes culturais e artsticas. Notamos que esse ramo da antropologia trabalha com uma abordagem idntica s da antropologia histrica e da antro- ...0

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pologia social e cultural de que trataremos mais adiante. O jlistodador ant m historigrafo, isto . um 'pesguisador que trabalha a partir do acesso direto aQ.s~s. O especialista em pr-histria recolhe, pessoalmente, objetos no solo. Ele realiza um trabalho de campo. como o realizado na antropologia social na qual se beneficia de depoimentos vivos." --antropologia lingstica. linguagem , com toda idncia, parte do patri cultural de uma sociedade. ~Qda--que os indivduos que compem uma sociedade se expressam e expressam seus valores, suas preocupaes, seus pensamentos. Apenas o estudo da lngua permite compreender: como os homens pensam o que vivem e o que sentem, isto , suas categorias psicoafetivas e psicocognitivas (etnolingstica) ; como eles expressam o universo e o social (estudo da literatura, no apenas escrita, mas tambm de tradio oral); como, finalmente. eles interpretam seus prprios saber e saber-fazer (rea das chamadas etnocincias). A antropologia .linglstica, que uma disciplina, que se situa no encontro de vrias outras.' no diz respeito apenas. e de longe. ao. estudo dos dialetos (dialetologia). Ela..:-. - A'

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2. Foi notadamente graas a pesquisadores como Paul Rivet e Andr Leroi-Gourhan (1964) que a articulao entre as reas da antropologia fsica. biolgica e scio-cultural nunca foi rompida na Frana. Mas continua sempre ameaada de ruptura devido a um movimento de especializao facilmente compreensvel. Assim. colocando-se do' ponto de vista da antropologia social. Edmund Leach (1980) fala da "desagradvel obrigao de fazer mnage trois com os representantes da arqueologia pr-histrica e da antropologia fsica", c.omparando-a coabitao dos .psiclogos e dos especialistas da observao de ratos em laboratrio. 3. Foi o antroplogo Edward Sapir (1967) quem, alrrr de introduzir o estudo da linguagem entre os materiais antropolgicos, comeou tambm a mostrar que um estudo antropolgico da lngua (a lngua como objeto de pesquisa inscrevendo-se na cultura) conduzia a um estudo Iingstico da cultura (a lngua como modelo de conhecimento da cultura).'--=c'-'

se interessa tambm pelas imensas .reas abertas pelas novas tcnicas modert}_~.~ e comunicao (mass media e cultura d UdTovisual). ~ :4 antropologia psicolgica. A, s trs primeiros plos esquisa que foram menc' , os, e que so habitualmente os umcos considerados como constitutivos (com a antropologia social e a cultural, .das quais falaremos a seguir) do campo global da antropologia, fazemos questo pessoalmente de acrescentar um quinto plo: o da antropologia psicolgica, que consiste no estudo .dos pr~c~ funcionamento do psiguismo humano. De fato, o antrop~go em primeira instnciCnrntado no a conjuntos sociais, e sim a indivduos. Ou .seja, somente atravs dos comportamentos - conscientes e' inconscientes - dos seres humanos particulares podemos apreender essa totalidade sem a qual no antropologia. J! a razo pela qual a dimenso psicolgica (e tambm psicopatolgica) absolutamente indissocivel do campo do ual rocuramos . ar conta. Ela' . egrante dele. -ro 01 ia social e cultural (ou e .. nos deter por muito mis tempo. Apenas nessa rea temos alguma competncia, e este livro tratar essencialmente dela. Assim sendo, toda vez que utilizarmos a partir de agora o termo antropologia mais genericamente, estaremos nos referindo antropologia social e cultural, (ou etnologia), masprocuraremos nuncaesquecer que ela apenas um dos aspectos' da antropologia. Um dos aspectos cuja abrangncia considervel. j que diz \respeito a tudo-que constitui uma sociedade: seus modos de p'roduo, econmica, suas tcni~, sua organizao polt~ca e jurdica, seus sistem~ntesco, seus SlS emas e con eCllilln o, suas cre~ sas, ~ ~ suas criaes artsticas. Isso posto, esclareamos desde j ~logia consiste menos no levantamento sistemtico desses aspectos do que em mostrar a maneira particular com a qual esto relacionados entre si e atravs da qual aparece a especifici-

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ciedade. E precisamente esse ponto de vista o fato de que o antroplogo procura com~OOIw.c;~eoJfhO diz Lvi-Strauss, aquilo "no pensam habitualmente em fixar na no a~l" (nosso~gestos, nossasjrQcas simblicas, os...menor.es-detal~. nossos comportamentos), que faz dessa abordagem um tratamento fUndamentalmente diferente dos utilizados setorialmente pelos gegrafos, economistas, juristas, socilogos, psi- // clogos. . . ///

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ESTUDO DO HOMEM EM SUA DIVERSIDADE

A antropologia no apenas o estudo de tudo que compe uma sociedade. Ela o estudo de todas as sociedades ~(a nossa inclusive'), ou seja, das culturas da humanidade como um todo em SUas diversidades histricas e geogrficas. 'V'isand&constituir os "arquivos" da humanidade em suas diferenas significativas, ela, inicialmente privilegiou claramente as reas de civilizao exteriores nossa. Mas a antropologia no poderia ser definida por um objeto emprico qualquer (e, em especial, pelo tipo de sociedade ao qual ela a princpio se dedicou preferencialmente ou mesmo exclusivamente). Se seu campo de observao consistisse no estudo das sociedades preservadas do contato com o Ocidente, ela se encontraria hoje, como j comentamos, sem objeto. . Oorre, porm, que se a especifcidade da contribuio dos antroplogos em relao aos outros pesquisadores em cincias. humanas no pode ser confundida com a natureza .4. Os antroplogos comearam a se dedicar ao estudo das sociedades . industriais avanadas apenas muito recentemente. As primeiras pesquisas trataram primeiro. como vimos, dos aspectos' tradicicnais" das 'sociedades 'no tradconas" (as comunidades camponesas europias), em seguida. dos grupos marginais. e finalmente. h alguns anos apenas na Frana, do setor urbano.

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das primeiras sociedades estudadas (as sociedades extra-europias), ela a meu ver indissociavelmente ligada ao modo 0!(f de conhecimento que foi elaborado a partir do estudo dessas ,4 '\ 'soc~~~ades: a observao direta, r impregnao lenta e . l() l cont~rupos h~anos mmscu m os quais manlefiOs'uma re~oal. ~/ -lm disso, apenas a distancia em relao a nossa sociedade (mas uma distncia que faz com que nos tomemos extremamente prximos daquilo que longnquo) nos permite fazer esta descoberta: ~. uilo ue tomvamos por natural ns mesmos , de fato, cultural; aqui o ra evidente infinitamente problemtlco. Disso decorr necessidade, na orma ca, aquilo que no hesitarei em chamar LJ 6 de 'estranhamento" depaysement), a perplexidade provo2 ' 1/1 (v cada pe o das culturas que so para n~ais : distantes, e cujo encontro vai levar a utna mode: do olhar que 'se tinha sobre si mesmo. De fato, presos a uma ~ n.icacultura, somos no apenas_e.,.gos~__Q.. d s, mas ~7JtWndo se trata da noss.a. A experi cia da alteridade (e a ~aborao dessa experincia) leva-nos a Ul o teramos conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa ateno no que nos habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos "evidente". Aos poucos, notamos que o menor dos nossos comportamentos (gestos, mmicas, posturas, reaes afetivas) no tem realmente nada, de "natural". Comeamos, ento, a nos surpreender com aquilo que diz respeito a' ns mesmos, a' nos espiar. O co' nhecimento (antropolgico) da nossa cultura passa ~a.: J velm~nte pelo conhecimento das outr~1t,!ras; e deve~os . especlaIriente reconIec~r que somos uma cultura possvel , entre tantas outras, mas no a nica. ' . Aquilo que, de fato, caracteriza a unidade do homem, de que a antropologia, como j o dissemos e voltaremos a dizer,. faz tanta questo, ~~tidO prat~am,ent: infin~ta p~nventar~odos de VI a eform~4.e .organu:acao socIal; extremamente diversos. E, a meu ver., apenas a nossa disci......

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plina permite notar. com a maior proximidade possvel, que essas formas de comportamento e de vid iedade que tomvamos todos' espontaneamente inatas ( ossas dQJmir;;S:~=J1t~ar, nos_ emociona: > ar os eventos de r_~ade. o produto de s -culturais u seja, aquil"que os seres humanos em co sua capacidade para se di uns dos outros, para elaborar costumes, lnguas. modos de conhecimento, instituies, jogos profundamente diversos: pois se h algo natural nessa espcie particular que a espcie humana. sua aptido variao ~ar>

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uma mutao de si mesmo, Como escreve Roger Bastide em sua Anatomia de Andr Gie: "Eu sou mil possveis em mim; mas no posso querer apenas um deles".

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O projeto antropolgico consiste, portanto, no reconhecimento, conhecimento, juntamente com a compreenso de uma humanidade plural. Isso supe ao mesmo tempo a ruptura com a figura da monotonia do duplo, do igual do ~ idntico, e com a excluso num irredutvel "alhures~ sociedades mais diferentes da nossa, que consideramos espontaneamente como indiferenciadas , so na realidade to diferentes entre si quantoo so da nossa. E, mais ainda, elas so para cada uma delas muito raramente homogneas (como seria de se esperar) mas, pelo contrrio, extremamente diversificadas, participando ao mesmo tempo de uma comum humanidade.

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v- ,/ Ou seja, a participao do antroplogo naquilo que hoje a vanguarda do anticolonialismo e da luta para os direitos humanos e das minorias tnicas , a meu ver, uma conseqncia de nossa profisso. mas no a nossa profisso propriamente dita. Somos, por outro lado, diretamente confrontados a uma-'!-

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loc~. meaadC!! (e a respeito disso a etnologia es sde o seu nascimento lutando contra o tempo para que a transcrio dos arquivos orais e visuais possa ser realizada a tempo, enquanto os ltimos depositrios das tradies ainda esto vivos) e, sobretudo, de restituio aos habitantes das diversas regies nas quais trabalhamos, de seu prprio saber e saber-fazer. Isso supe uma ruptura com aconcepo assimtrica da pesquisa, baseada na captao di~informaes. 'No h, de fato, antropologia 'sein "troca, isto ~ sem itinerrio no decorrer do qual as parfeSenvolvias chegam a ~.- _-'~.:- ... se..

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con encer reciprocamente da necessidade de no deixar se pe er ormas de pensamento e atividade nicas. b Urgncia de anlise das mutaes culturais impostas p o esenvolvimento extremamente rpido de todas as sociedades contemporneas, que no so mais "sociedades tradicionais", e sim sociedades que esto passando por um desenvolvimento tecnolgico absolutamente indito, por mutaes de suas relaes sociais, por movimentos de migrao interna, e por um processo de urbanizao acelerado. Atravs da especificidade de sua abordagem, noss disciplina deve. no fornecer respostas no lugar do~ interessados, e sim formular questes com ,eles, elaborar com eles uma reflexo racional (e no mai / , ica s colocann-..--~ pela crise mundial u --m-'~~u ris . entidade -' ou sobre lurarismo cultural, to , o e onn-t.-~- de li tcnicas, ta idades. Em a, a pesquisa an.tropolgica, que no e m uma, como podemos notar, uma atividade de luxo, sem ,nunca se substituir aos projetos e s decises dos prprios atores sociais, tem hoje como vocao maior a de propor no solues mas instrumentos de investigao que podero ser utilizados em especial para reagir ao choque da aculturao, isto , ao risco de um desenvolvimento conflituoso levando violncia negadora das particularidades econ~cas, sociais, culturais de um povo. 5) Uma quinta dificuldade diz- rspeito,~finalmen{,. natureza desta obra que deve apresentar, em uin nmero de. pginasreduzido, 'uni"campo de pesquisa imenso, cujo desenvolvimento recente extremamente especializado; No final do sculo XIX, um nico pesquisador podia, no limite, dominar o campo global da antropologia (Boas fez pesquisas em antropologia social, cultural, lingstica, pr-histrica, e tambm mais recentemente o caso de Ktoeber, provavelmente o ltimo antroplogo que explorou - com sucesso .uma rea to extensa). No , evidentemente, o caso hoje em dia. O antroplogo considera agora - com razo - que

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competente apenas dentro de uma rea restrita

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13 de sua uma rea geogrfica delimitada.

Era-me portanto impossvel, dentro de um texto de dimenses to restritas, dar conta, mesmo de uma forma parcial, do alcance e da riqueza dos campos abertos pela antropologia. Muito mais modestamente, tentei colocar um certo nmero de referncias, definir alguns conceitos a partir dos quais o leitor poder, espero, interessar-se em ir mais adiante. Ver-se- que este livro caminha em espiral. As preocupaes que esto no centro de qualquer abordagem antropolgica e que acabam de ser mencionadas sero retomadas, mas de diversos pontos de vista. Eu lembrarei em primeiro lugar quais foram as principais etapas da constituio de nossa disciplina e como, atravs dessa histria da antropologia, foram se colocando progressivamente as questes que continuam nos interessando at hoje.' Em seguida, esboarei os plos tericos - a meu ver cinco -" em volta dos "quis oscilamo pensamento e a prtica antropolgica. Teria sido, de fato, surpreendente, se, procurando dar conta da pluraridade, a antropologia permanecesse monoltica. Ela ao contrrio claramente pluraL Veremos no decorrer deste livro .que existein perspectivas complementares, mas tambm mutuamente exclusivas, entre as quais preciso .escolher. E, em vez de fingir ter adotado o ponto de vistade Sirius, em vez de pretender uma neutralidade, que nas cncias humanas um engodo. esforando-me ao mesmo tempo para apresentar. com o mximo de objetividade o pensamento dos outros, no dissimularei as minhas' prprias opes. Finalmente, em uma ltima parte. os principais eixos anteriormente examinados sero, em um movimento por assim dizer retroativo, reavaliados com o objetivo de definir aquilo que constitui, a meu ver, a especificidade da antropologia.13. A antropologia das tcnicas, a antropologia econmica, poltica, a antropologia do parentesco, das organizaes sociais, a antropologia religiosa, artstjca, a antropologia dos sistemas de comunicaes...

.Eu queria finalmente acrescentar que este livro dirige-se ao mais amplo pblico possvel. No queles que tm por profisso a antropologia - duvido que encontrem nele um grande:' interesse - mas a todos que, em algum momento de sua vida (profissional, mas tambm pessoal), possam ser levados a utilizar o modo de conhecimento to caracterstico da antropologia. Esta a razo pela qual, entre o inconve.niente de utilizar uma linguagem tcnica e o de adotar uma linguagem menos especializada, optei voluntariamente pela segunda. Pois a antropologia, que a cincia do homem por excelncia, pertence a todo o mundo. Ela diz respeito a todos ns.

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