LÁGRIMAS DE MAMUTE
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FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer
expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o
pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve
ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode
ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a
produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar,
expressar e sentir! Viva a livre poesia!! CITE A FONTE!
Contatos: http://putoeta.blogspot.com/
ODE A NÃO-HUMANX
As palavras voam na evolução com o tempo;
As drogas deveriam voltar a serem livres
E as palavras a serem perigosas.
O tempo voa como tem que ser. Finito.
Finito és;
Finito sou, como tudo és;
Finito somos e assim és;
E nesse infinito de finitos
És finito também
Prazer, somos terrákexs.
(Avles – Não tenha filhxs)
ZARAGATEIROS-ÁRABES
Peidei quando estava a caminho do álcool;
O vento me presenteou com cheiro do mesmo;
Cérebro me fez pensar no antes da agricultura a
caminho do urbano jardim
E sendo assim
Fiz-me solilóquio.
Nas asas ke tenho e tento esconder,
Pois voar é proibido
Ou quase tudo é proibido.
Deixe-me ficar em silêncio
Para não acordar a proibição.
(Avles - Não importa onde você mora, é impossível
escapar da globalização. A única saída é aprender a
escolher com consciência antes de comprar.)
SOLILÓQUIO DE TODO FIM É UM COMEÇO
No finito da flor Resta humana
Onde o vazio se traveste de Resta Flor
Onde no jardim urbano
Eis que surge das cinzas
A fagulha
A centelha
A vontade de revoltar-se;
Eis ke surge no urbano jardim;
Onde as palavras voltaram a ser perigosas.
A fênix anárquica ressurge no concreto.
(Avles - O sistema capitalista em sua louca procura
por lucros e acumulação de capital divide a
humanidade em duas classes sociais existentes. Uma
classe é a trabalhadora e a outra é a classe burguesa.)
ODE A DITADURA CIENTÍFICA
Na realidade de cifrão
Irmão contra irmão
Em busca de mais cifrão
A receita do dia.
(Avles – Aspartame (fezes de uma bactéria
geneticamente modificada))
LÁGRIMAS DE MAMUTE
AVLES (Amante da cannabis sativa)
ABRAÇOS DE RINOCERONTE.
La...
Bem lá no fundo...
La no fundo...
Das paginas da bíblia
A pequena traça
Aperta seu segundo baseado
Baseado
Na verdade é uma grande mentira!
(Sevla - “... a abundancia de dinheiro geralmente
encarece as coisas, e a escassez de dinheiro, da mesma
forma, faz que as coisas em geral se tornem baratas.
De acordo, portanto, com a escassez ou a plenitude do
dinheiro, as coisas em geral se tornam mais caras ou
baratas, e por isso a grande abundancia de dinheiro ou
metal em barras que nos últimos anos tem vindo das
Índias Ocidentais para a Cristandade encareceu tudo” –
Gerrard de Malynes“)
MONÓLOGO DA REVOLUÇÃO DOS PREÇOS
A mais valia
Valeu-se de tornar-se
Realidade a miséria humana.
(Anigav – “A velha idéia de ke a terra era importante
em relação ao total de trabalho sobre ela executado
desapareceu. O desenvolvimento do comércio e
indústria, e a revolução dos preços, tornaram o
dinheiro mais importante do ke os homens, e a terra
passou a ser considerada como fonte de renda. As
pessoas haviam aprendido a tratá-la como tratam a
propriedade em geral- tornou-se um brinquedos de
especuladores que compravam e vendiam pela
oportunidade de fazer dinheiro.” – Leo Huberman)
ODE AO LAGO BAIKAL
Em um mergulho ilusório
Regado a diamba
Dedico essa putoesia
E minhas farpas
A essa grande pintura
Em ke és vida
Nesse finito humano és
Oh! Ser
Quem me dera banhar em vossos braços
Poder transar com vos mice
Sentir vosso cheiro
E voar em vosso deserto de seres.
(Avles - Para este psicólogo a “inteligência não é
inata” (mesmo porque os cromossomos e genes não
poderiam transmitir funções imogéticas e semióticas,
tanto ke, até 18 meses, não se consegue encontrar
representação mental, na criança, apesar das
afirmações dos psicanalistas sobre “arquétipo de Jung”
– Jean Piaget )
MONÓLOGO A LA RAVACHOL
Na Flor Resta urbana
A informação é marginal
Pergunte aos abutres e porcos-espinhos,
E também ao gavião-real.
E no meio do jardim
A erva-daninha
Cantava assim:
“Ravachol, Ravachol... vamos detonar a bomba...”
De la banda...
Menstruation
(Avles – Os estudantes, têm muito a aprender, com
toda certeza, não com os professores, mas com os
“marginais das cidades” cuja lucidez é maior.)
SOLILÓQUIO DA SANTA CEIA
Debaixo da mesa
Masturbava-se Maria
E enviava a foto para sua amiga
Saciar apenas a fome.
(Avles H.N.R.I. - Talvez o fato mais traumático da
história da igreja romana esteja na instituição da
inquisição, no século XIV. Numa sociedade européia
de características ainda feudais, mas em processo
constante de transformação, a superposição da fé cristã
às religiões pragmáticas de centenas de povoações
camponesas iletradas deve ter tido por consequência a
mistura de ritos. Não se pode negar que, a pretexto de
explicar o inexplicável – a criação do mundo por um
único deus, a existência de um paraíso terrestre do qual
o primeiro homem é expulso, enfim, toda uma
teogonia absurda – a igreja teve de sofisticar ao
infinito a sua teologia, o que a tornou uma das mais
complexas teologias da história dos homens, baseada
em mil sofismas desde os filósofos gregos até os
exegetas mais modernos, como Tomás de Aquino e
Agostinho, canonizados santos por suas teorias e por
darem à fé católica um arremedo filosófico. )
SOLILÓQUIO DA CAMINHADA
Fagulho-me em farpas
NA BUSCA DE TERREMOTOS e black block.
Onde em meus pés leva-me a flor resta do vazio
E nessa caminhada em busca de um só objetivo
Assassinar o finito
E sugerir o fim da padronização;
E nessa caminhada em busca de um só objetivo
Assassinar o ter
E sugerir o ser;
E nessa caminhada em busca flor resta
Flor bela espanca;
E nessa caminhada em busca da tão sonhada feliz
idade
Sugiro a anarquia
Assim ke somxs.
(Avles - Nestlé e seu enorme manto de crimes contra o
homem e a natureza, como o desmatamento maciço em
Bornéu – o habitat do orangotango criticamente em
perigo – para produzir óleo de palma, e comprar o leite
das fazendas confiscadas ilegalmente por um déspota
no Zimbabwe.)
SOLILÓQUIO DA LAPIDAÇÃO DA POESIA
Foi assim... De repente.
Encontrei-a num bar
Toda prosa consigo mesma
E bêbada no desequilíbrio da noite.
Oh! Como dançava...
Parecia uma condor.
Dançava na revolução que la fora acontecia!
Poetas, punk, vagabundxs, anarquistas, vândalxs...
Todxs na busca da liberdade!
Onde tudo fosse de todxs!
Onde a evolução era pensado para todxs!
Todxs xs seres del Inficosmos.
A porta se abre bruscamente
Cambaleando e atordoado pela realidade.
Ker um lugar pra se esconder, pois a Doom
“police bastard” avançava.
Barricadas noisecore por toda cidade gritavam:
“Boicote a padronização de tudo”
Assim como entrou... Também entrou bomba de
efeito moral e gais.
Poesia e poeta
Esconderam-se num pekeno banheiro junto com
outrxs!
E num coito onde todos os sentidos estavam
presentes
Nasceu putoesia
Putoeta!
(Avles - As drogas devem voltar a ser livres.)