LABORATRIO DE REDAÇO - FB Vestibular · A partir da leitura dos textos motivadores ... refere-se...

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LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2016 9 PRÉ-VESTIBULAR OSG.: 102407/16 PROPOSTA I (Enem) A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O politicamente correto na sociedade brasileira: uma necessidade?", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto I POLITICAMENTE CORRETO & DIREITOS HUMANOS Barbeiro – O uso da expressão, no sentido de motorista inábil, obviamente é ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar barba. Denegrir – Esse verbo, com o sentido de aviltar, diminuir a pureza, conspurcar, tornou-se ofensivo aos negros e, por essa razão, deve ser evitado. Gilete – Expressão depreciativa das pessoas cuja orientação sexual é dirigida tanto a homens como a mulheres. O termo adequado é bissexual. Inculto – A rigor, qualquer pessoa tem uma cultura ou visão de mundo e, nesse sentido, carece de sentido considerar que alguém possa ser inculto. O termo é utilizado, no entanto, para desqualificar como incapazes, "burras" (ver), as pessoas que não tiveram acesso à educação formal. Judiar – Verbo de conotação pejorativa contra os judeus, originado na leitura dos Evangelhos segundo a qual foram eles, e não os soldados romanos, os que torturaram e assassinaram Jesus Cristo. Louco – Assim como doido, o termo é utilizado para insultar, de forma genérica, os portadores de deficiência mental, que não são, necessariamente, portadores de doença ou distúrbio mental. A palavra é também utilizada para reprimir pessoas que, por razões políticas ou anti-institucionais, manifestam rebeldia. Macumbeiro – Expressão que discrimina o praticante da macumba, culto religioso sincrético de elementos do candomblé, de religiões indígenas e do catolicismo. Por extensão, refere-se aos fiéis das religiões de origem afro-brasileira, como a quimbanda e a umbanda, preconceituosamente chamados de feiticeiros ou bruxos. Menor infrator – Nos meios de comunicação, em geral, a expressão é discriminatória e se refere à criança ou ao adolescente que cometeu ato infracional. É sinônimo de "menor delinquente", forma igualmente riscada do dicionário dos defensores dos direitos das crianças e dos adolescentes. Minorias – Subgrupos sociais que se consideram ou são considerados diferentes do grupo majoritário ou dominante, devido às suas características étnicas, religiosas, políticas, raciais, e que, por esse motivo, gozam de menos direitos ou são alvo de discriminação e preconceito. É o caso das minorias indígenas, dos ciganos e das colônias formadas por estrangeiros. O termo pode confundir quando é utilizado sem se levar em conta o peso demográfico do grupo referido. Até há pouco tempo, os negros e até as mulheres eram chamados de minoria, a despeito de sua relevância estatística. Palhaço – O profissional que vive de fazer as pessoas rirem pode se ofender quando alguém chama de "palhaço" uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade a uma atitude sua. http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a pdf dht/cartilha politicamente correto.pdf Texto II O politicamente correto considera que a simples substituição de palavras marcadas por palavras não marcadas ideologicamente pode acabar com preconceitos. Na verdade, trata-se de uma tese ingênua, falsamente crítica, já que é a existência dos preconceitos que produz os valores pejorativos e não o contrário. Dito em outros termos, o fato de substituirmos o termo prostituta por "profissional do sexo", como sugeria a Cartilha do Politicamente Correto do Governo Federal, em nada mudará a condenação que a sociedade impõe à atividade que essa pessoa realiza. Uma vez que é essa atividade que provoca atitudes de condenação e não o nome prostituta. Se tal atividade continuar sendo significada negativamente pela sociedade, em pouco tempo a nova expressão – profissional do sexo – veiculará exatamente os mesmos valores negativos e efeitos de sentido que veiculam hoje as formas condenadas. BARONAS, Roberto L. "Mitos da militância politicamente correta." Língua. Dezembro/2011. Disponível em: Acesso em: 22 fevereiro de 2016. (Adaptado).

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LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2016 9

PRÉ-VESTIBULAR OSG.: 102407/16

PROPOSTA I (Enem)

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O politicamente correto na sociedade brasileira: uma necessidade?", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

POLITICAMENTE CORRETO & DIREITOS HUMANOS

Barbeiro – O uso da expressão, no sentido de motorista inábil, obviamente é ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar barba.

Denegrir – Esse verbo, com o sentido de aviltar, diminuir a pureza, conspurcar, tornou-se ofensivo aos negros e, por essa razão, deve ser evitado.

Gilete – Expressão depreciativa das pessoas cuja orientação sexual é dirigida tanto a homens como a mulheres. O termo adequado é bissexual.

Inculto – A rigor, qualquer pessoa tem uma cultura ou visão de mundo e, nesse sentido, carece de sentido considerar que alguém possa ser inculto. O termo é utilizado, no entanto, para desqualificar como incapazes, "burras" (ver), as pessoas que não tiveram acesso à educação formal.

Judiar – Verbo de conotação pejorativa contra os judeus, originado na leitura dos Evangelhos segundo a qual foram eles, e não os soldados romanos, os que torturaram e assassinaram Jesus Cristo.

Louco – Assim como doido, o termo é utilizado para insultar, de forma genérica, os portadores de deficiência mental, que não são, necessariamente, portadores de doença ou distúrbio mental. A palavra é também utilizada para reprimir pessoas que, por razões políticas ou anti-institucionais, manifestam rebeldia.

Macumbeiro – Expressão que discrimina o praticante da macumba, culto religioso sincrético de elementos do candomblé, de religiões indígenas e do catolicismo. Por extensão, refere-se aos fiéis das religiões de origem afro-brasileira, como a quimbanda e a umbanda, preconceituosamente chamados de feiticeiros ou bruxos.

Menor infrator – Nos meios de comunicação, em geral, a expressão é discriminatória e se refere à criança ou ao adolescente que cometeu ato infracional. É sinônimo de "menor delinquente", forma igualmente riscada do dicionário dos defensores dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Minorias – Subgrupos sociais que se consideram ou são considerados diferentes do grupo majoritário ou dominante, devido às suas características étnicas, religiosas, políticas, raciais, e que, por esse motivo, gozam de menos direitos ou são alvo de discriminação e preconceito. É o caso das minorias indígenas, dos ciganos e das colônias formadas por estrangeiros. O termo pode confundir quando é utilizado sem se levar em conta o peso demográfico do grupo referido. Até há pouco tempo, os negros e até as mulheres eram chamados de minoria, a despeito de sua relevância estatística.

Palhaço – O profissional que vive de fazer as pessoas rirem pode se ofender quando alguém chama de "palhaço" uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade a uma atitude sua.

http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a pdf dht/cartilha politicamente correto.pdf

Texto II

O politicamente correto considera que a simples substituição de palavras marcadas por palavras não marcadas ideologicamente pode acabar com preconceitos. Na verdade, trata-se de uma tese ingênua, falsamente crítica, já que é a existência dos preconceitos que produz os valores pejorativos e não o contrário. Dito em outros termos, o fato de substituirmos o termo prostituta por "profissional do sexo", como sugeria a Cartilha do Politicamente Correto do Governo Federal, em nada mudará a condenação que a sociedade impõe à atividade que essa pessoa realiza. Uma vez que é essa atividade que provoca atitudes de condenação e não o nome prostituta. Se tal atividade continuar sendo significada negativamente pela sociedade, em pouco tempo a nova expressão – profissional do sexo – veiculará exatamente os mesmos valores negativos e efeitos de sentido que veiculam hoje as formas condenadas.

BARONAS, Roberto L. "Mitos da militância politicamente correta." Língua. Dezembro/2011. Disponível em: Acesso em: 22 fevereiro de 2016. (Adaptado).

2 PRÉ-VESTIBULAR

OSG.: 102407/16

LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2016

Texto III

Em agosto estive em Paraty, muito bem instalado em pousada com nome que engana: a Pousada Pardieiro. Durante o café da manhã, um dos empregados passava com um exemplar da Folha. Eu: "por gentileza, o senhor seria capaz de me dizer onde posso encontrar uma cópia do jornal?" o homem ficou a olhar para mim como se eu tivesse vindo de Marte. E a minha senhora, com um esgar de impaciência, atirou apenas: "Pode deixar o jornal?". O empregado sorriu como se alguém o tivesse salvo de um naufrágio. Disse "com certeza", deixou o jornal e foi. Então ela explicou-me: os brasileiros não me entendem porque, oralmente falando, o meu discurso é redondo e até excessivamente bem educado. Isso é particularmente verdadeiro com empregados: eu faço pedidos; mas reparo que todo mundo utiliza comandos. "Faça isso", "traga aquilo". E eles fazem e eles trazem.

COUTINHO, J. P. "Coisas do outro mundo." Folha de S. Paulo. 16 set. 2014. Ilustrada. E6. (Adaptado).

Texto IV

LINGUAGEMALTERADA

Cantigas de roda

Universo GLSAntes

Homossexualismo

Homossexualidade(porque o surfixo”ismo”

remete a doença

Depois

Antes

Depois

Atirei o pau no gato/ mas o gato/não morreu/ Dona Chica/

Admirou-se/Do berro/ Que o gato deu

Não atire o pau no gato/porque issonão se faz/O gatinho é nosso amigo/

Não devemos maltrataros animais

Pessoas commais de 60 anos

VelhoAntes

DepoisIdoso, terceira idade,

melhor idade,maturidade

INSTRUÇÕES:. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

OUTROS VESTIBULARESEscreva um artigo de opinião, para ser publicado em um jornal de circulação nacional, em que você se posiciona sobre a

necessidade de informação, principalmente em um país em desenvolvimento, como o Brasil.

PROPOSTA II (Outros vestibulares)

O gênero notícia consiste em um texto jornalístico, de cunho informativo, que tende a relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, de modo exato e imparcial. Diariamente, interagimos com notícias relacionadas aos mais variados temas: política, esporte, economia, etc. Dessa forma, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades de ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor, por isso a predominância da 3ª pessoa no relato dos fatos.

Assim, a partir dessas informações e de seus conhecimentos sobre esse gênero, elabore uma notícia em que o fato central esteja relacionado ao meio ambiente. Abaixo seguem alguns textos de apoio que poderão auxiliá-lo no desenvolvimento do tema.

3 PRÉ-VESTIBULAR

OSG.: 102407/16

LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2016

Texto I 04/08/2011

Notícia velha: o Brasil continua detonando a Amazônia. De acordo com a última medição, até junho 2.429,5 quilômetros quadrados de florestas deixaram de existir. Viraram lenha ou móveis de grifes na sala de algum bacana no exterior. O Governo Dilma ensaiou que iria enfrentar este problema lançando um gabinete de crise, mas foi só balão de ensaio mesmo. As motosserras continuam a todo vapor, derrubando árvores de espécies preciosas. Algumas delas podem conter a cura de muitas doenças e até a cura do câncer, mas nunca vamos saber. Porque a leniência de governos (isto inclui todos eles, inclusive os militares) e a ganância e o atraso de nossas elites, permitem que este tesouro seja dilapidado sem dó nem piedade. O que vamos dizer às futuras gerações? Desculpas? Não serve! No meu ponto de vista a situação na Amazônia se resolve de forma simples: Relocar todos os moradores que não forem indígenas da região; implantar postos avançados da Marinha, Exército e Aeronáutica e determinar o desmatamento zero; instalar um centro de estudos de última geração para abrigar cientistas brasileiros em projeto vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia para mapear espécies, com ênfase a identificar o estudo do potencial medicinal da fauna, bem como a sua exploração racional e sustentada. Só isso já salvaria uma das regiões de biodiversidade mais rica do planeta da ignorância das motosserras.

Afonso Mascarenhas, "A ignorância das motosserras" In: http://esportepr.orangotoe.com.br

Texto II

06/07/2011

Mais uma vez pagaram com a própria vida os Ativistas, Ecologistas Jose Cláudio Ribeiro e sua esposa Maria do Espírito Santo, brutalmente assassinados na região de Marabá, leste do Pará, ao defenderem a floresta não só para si, mas para as gerações futuras, principalmente. As milenares castanheiras que pelo extrativismo uma só castanheira rendia produzindo castanhas e óleo para as indústrias cosméticas R$ 900,00 por cada safra colhida. O mais trágico é que com a árvore derrubada e enviada para as madeireiras clandestinas valem no máximo R$ 200,00 para os que derrubam a floresta. Como se não bastasse toda essa devastação, em lugar das Árvores que davam Vida à Biodiversidade são plantadas hoje Soja e Pastagem. Assim é a Marcha da Insensatez contra a Natureza e a Vida. Poucos sabem, mas o Geógrafo Jared Diamond no seu Livro O Colapso, citou que a civilização Maia desapareceu porque esgotou seus recursos naturais. Nós já utilizamos 125% daquilo que a natureza pode produzir, ela não consegue mais sua regeneração. Algo de trágico está por vir, pelas leis da causa e efeito, não teremos uma segunda chance, pelo que fazemos contra a natureza e a vida.

José Pedro Naisser, "A marcha da insensatez na Amazônia," In:http://173.192.214.83/política/notícias

Texto III

AS INDÚSTRIAS E O MEIO AMBIENTE

Desde meados do século XIX, quando a Revolução Industrial surgiu, o meio ambiente sofreu impactos incalculáveis gerados pela poluição das indústrias. Hoje o estrago ambiental ainda é enorme, mas as empresas podem minimizar a poluição gerada pela produção de suas fábricas. As empresas hoje podem investir em empregos que respeitem os princípios do desenvolvimento sustentável. A compensação ambiental também ajuda a reduzir impactos ambientais causados pela execução de empreendimentos. Atualmente, estudos apontam que automóveis causam mais estragos no meio ambiente do que as indústrias. Mesmo assim, governo e sociedade devem estar atentos para fiscalizar a produção industrial. A mudança climática é uma realidade e não existe solução simples. Devemos todos trabalhar em conjunto para devolver ao planeta a sua saúde. Que assim seja!

Marco Pozzana In: www.meioambienteurgente.blogger.com.b

Texto IV

www.google.com/aprendizesdanatureza.blogsoot.com

ANDERSON– Rev.: MHC