JornalESAS_abril_2011
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Publicação Trimestral I A B R I L 2011 I Número XXIX
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1,00 €
Ginástica Acrobática O resultado do trabalho à
prova na 2ªcompetição Página 23
Associação de Estudantes Disposta a contribuir para a
dinâmica da ESAS Página 5
Alexandra Um bom exemplo de
persistência e confiança Página 4
O escultor Zulmiro de Carvalho Páginas 6, 7 e 9
Reforço da Língua Portuguesa 2006-2011 Um percurso ─ Uma história
José Fernando Ribeiro (prof.)
A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X • Página 2
Preâmbulo A disciplina de Reforço da Língua Portuguesa, com a duração de quarenta e cinco minutos semanais, surgiu no ano lectivo de 2006/2007, na sequência do parecer de uma Comissão Arbitral, constituída pelas docentes Lucília Lira, Manuela Montenegro e Zaida Braga, que atribuiu ao grupo de professores de Português esses quarenta e cin-co minutos do tempo de escola para o desenvolvimento de um género de Oficina de Escrita e de Leitura, com vis-ta a suprir dificuldades evidenciadas naqueles domínios pelos alunos que frequentam o sétimo ano de escolarida-de.
Trabalho desenvolvido (2006-2011)
A disciplina de Reforço da Língua Portuguesa assumiu-se sempre como um meio privilegiado de aprendizagem da língua materna, porquanto:
Promoveu a aprendizagem/ consolidação da língua materna por meio de actividades lúdicas diversificadas; Desenvolveu estratégias de comunicação, nas vertentes oral e escrita, que contribuem para a formação do aluno e do cidadão interveniente e crítico; Proporcionou situações de comunicação, visando o alar-gamento vocabular e seu emprego contextualizado em produção oral e escrita correcta; Possibilitou a comparação consciente entre a realidade circundante e a esfera do sonho; Criou situações de produção textual para medir a criativi-dade de cada aluno; Desenvolveu uma prática reflexiva visando ultrapassar estereótipos culturais e preconceitos raciais, entre outros.
Semana das Línguas 2011
A disciplina de Reforço da Língua Portuguesa esteve representada nesta actividade com a exposição de traba-lhos produzidos pelos alunos durante os anos lectivos da sua existência, que poderá já terminar este ano, por força de reajustamento curricular.
O JORNALESAS errou
Na edição XXVIII de Dezembro de 2010, na página 9, onde se
lê Texto de Tiago Afonso Macedo do
8ºA, deve ler-se 8ºB. Pelo erro, pedimos
desculpa.
Equipa vencedora do Torneio de Voleibol do Ensino Secundário Turma E do 10ºano
As “PAPS” do Marketing
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A s Provas de Aptidão Profissio-nal no Curso Profissional de
Técnico de Marketing em funciona-mento na ESAS têm por objectivo o desenvolvimento de projectos que permitam aos alunos mobilizar as competências adquiridas ao longo do curso. Estes projectos reflectem as motiva-ções dos diferentes alunos conjuga-das com critérios de oportunidade e de pertinência com as actuais conjun-turas económicas, sociais e demográ-ficas. Assim, durante o ano lectivo transacto os alunos “apontaram” os temas, rea-lizando um estudo das diferentes variáveis ao nível macroeconómico e do comportamento do consumidor, para que no presente ano lectivo a concentração do trabalho incidisse no plano de marketing. Dois dos projectos – Aldeia do Bô e Clube Senior Activ 60+ - visam a apli-cação do marketing a questões sociais como a segurança e o isolamento dos idosos/ “seniores”, apostando no con-ceito de envelhecimento produtivo aplicado às dinâmicas das “residências assistidas” ou dos “clubes sénior”, já existentes em Por-tugal, mas vocacionados para os seg-mentos da classe média e média- -baixa. Outro projecto a apresentar - Génio Canhoto - propõe a criação de um negócio vocacionado para o nicho de mercado dos canhotos/ esquerdi-nos. Para além da dimensão de esta-belecimento especializado, prevê igualmente a distribuição ao nível da força de vendas e do comércio elec-trónico aprofundando o conceito de blended marketing, não esquecendo um posicionamento de “movimento pela causa esquerdina”. Um quarto projecto TIP – Time in Por-to aponta para a criação de uma empresa que concebe itinerários
a
“movida” nocturna do Porto e arre-dores, seccionada nos segmentos casual, executivo e cerimónia, enquadrando-se neste estilo de vida e nos diferentes eventos a ele asso-ciados – espectáculos/concertos, jantares, lançamentos de livros ou produtos, inaugurações, etc. A apresentação destes projectos perante um júri está prevista para o dia 18 de Julho de 2011 e será o cul-minar do trabalho desenvolvido ao longo de três anos.
Projectos finais a apresentar pelos alunos do Curso Profissional de Técnico de Marketing da ESAS no final do ano lectivo 2010/11
José Soares – Director do Curso de Marketing da ESAS
Os logótipos dos projectos em desenvolvimento
turísticos na zona do Grande Porto, tendo por público-alvo os clientes de Hóteis e Agência de Viagens e dife-renciando-se da concorrência pela conjugação dos referidos itinerários com “experiências” que despertam a vertente emocional do consumidor. Os dois últimos projectos Deuses do
Ringue e Oporto’s Night Fashion desenvolvem respectivamente, o conceito de Academia de Combate, com modalidades de Fitness, funcio-nando 24/7 (24 horas /por dia em 7 dias da semana) destinado a um público masculino e um estabeleci-mento de moda vocacionado para
“sinto-me integrada e livre” Entrevista de Ana Rita , Alexandra Pereira e Cíntia da turma E do 7ºano.
Tratamento da informação JornalESAS
Como te sentes aqui na ESAS? Sinto-me muito bem. Aqui na escola sin-to-me integrada e livre. Em termos arqui-tectónicos a escola está muito, muito bem. Utilizo o elevador para a comunica-ção entre os pisos com a ajuda das fun-cionárias ou das minhas colegas, mas se tiver de o fazer autonomamente também consigo. Tenho uma directora de turma fantásti-ca, a professora Isabel Araújo, que me tem apoiado em tudo. Os professores também têm feito o que podem e o que sabem para eu me integrar. Agradeço às funcionárias a forma tão carinhosa, tão amiga e também tão profissional com que me cuidam, com que me tratam. Da Direcção da ESAS tive contacto com a professora Manuela Violas que é uma pessoa excepcional.
Algum reparo? Faz falta um coberto no acesso das tra-seiras pelo infantário. Venho muitas vezes com chuva e não há condições para o carro entrar, nem para eu sair abriga-da. Faz muita falta mesmo. E a nível do aproveitamento escolar? Acho que as minhas notas têm sido jus-tas, mas eu consigo mais e melhor. Con-tudo, há momentos em que me sinto sem saber o que fazer, como quando regressei de uma visita ao médico, em Espanha, onde se colocou a possibilidade de eu vir a andar. Nessa altura, fiquei completamente à nora e achei que não ia aguentar mais. Quando o médico me disse “ Tu vais andar”. Fiquei…até chorei! Agora, penso, vai-se andando e vai-se vendo. Este ano não vou mexer em nada.
O que te perturbou foi que a possibilida-de de vires a andar te levaria a afastar dos teus colegas da tua actual turma? Mas não te esqueças que pode ser uma oportunidade de fazeres mais e mais amigos… Eu sempre me senti pouco estimada pelos meus colegas… Aqui estou muito feliz. Entrei no grupo de dança com a professora Catarina Cachapuz. Já tive a primeira aula e estou a gostar, sinto-me bem e isso ajuda-me.
Qual a sensação de teres conseguido andar? Eu sempre me pergunto como será andar sem apoio, correr, brincar, jogar à bola, saltar às cordas… Desde o 5ª ano que tenho algum controlo sobre o meu cor-po, mas preciso do apoio de alguém.
Que dificuldades sentes no teu dia-a-dia? Mais do que as barreiras arquitectónicas, sinto que as pessoas têm dificuldade em lidar com a diferença. A sociedade não está preparada. Por exemplo: há pessoas que se aproximam de mim e dizem – “Oh, coitadinha o que é que ela tem?” e eu fico furiosa! Um dos meus principais objectivos é fazer ver às pessoas que é possível andar de cadeira de rodas, ou ter um outro problema qualquer, e estar integrado na sociedade e ter sucesso na vida. Não me refiro à escola: Aliás, quan-do aqui entrei fiquei espantada pelo aco-lhimento.
Com quem vives? Vivo com a minha madrinha e com a minha avó. A minha mãe morreu quando eu tinha quatro anos. Há muitas pessoas que dizem, “tens aqui uma madrinha que substitui a tua mãe”, mas ninguém subs-titui ninguém. Não me lembro da voz da minha mãe… O que gostas de fazer nos teus tem-pos livres? Tenho poucos, mas… gosto de ver televisão e estar no computador. Tenho terapias, fisio e hidroterapia. Neste momento, estão a apostar na marcha. Até agora, não havia certezas, mas eu sempre confiei que ia caminhar, mesmo quando me diziam que não. Eu sou crente e sempre acreditei. Sou terceira sobrinha da irmã Lúcia.
Que carreira queres seguir? Psicologia.
Que conselhos podes dar às pessoas que têm paralisia cerebral? Que nunca desistam do que querem, lutem pelos seus sonhos mesmo que os outros digam que não vão conseguir. Sinto-me orgulhosa pelas pessoas que lutaram por mim.
A lexandra Sousa acabou de fazer 13 anos e frequenta a nossa escola desde o início do presente ano lectivo. Porta-dora de paralisia cerebral, desloca-se em cadeira de rodas. Fomos saber como tem sido a sua adaptação e impres-sionou-nos a fluên-cia e a maturidade do seu discurso.
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A palavra aos dirigentes da A. E. Entrevista e foto de Patrícia Costa e Pedro Gomes do 11ºG
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Por que se candidataram à AE? Foi uma ideia que surgiu na turma. Inicialmente, estáva-mos envolvidos numa outra lista, mas resolvemos desistir e fazer uma lista da turma. A partir daí, amadurecemos a ideia, integrámos colegas de outras turmas. Aproveitámos o programa do ano passado, pois já nos tínhamos candida-tado. Melhorámos algumas coisas e assim nasceu a lista M. Concorremos com o intuito de ajudar os alunos no que for possível. Correu o boato de que a lista terá cometido irregularida-des na angariação de votos. Que tens a dizer sobre isso? Na lista que lidero tenho a certeza que não houve irregula-ridades. Durante a votação estive sempre presente. Tanto eu como o presidente da outra lista. Houve muito cuidado, muita atenção, porque o ano passado as coisas não corre-ram assim. Mas é um boato que corre sempre. Na tua opinião o que convenceu os eleitores a votarem na Lista que apresentaram? Talvez a organização e forma como apresentámos as pro-postas. Quais as propostas fundamentais? Que têm feito? A AE não pode fazer milagres. Sozinhos não poderemos concretizar todas as propostas e nem tudo depende só de nós, precisamos do aval da Direcção. Os torneios inter-turmas de futebol e de basket já se realizaram e a viagem de finalistas também já está agendada, vamos para Calpe, no sul de Espanha. Pensámos num baile para os finalistas do 3ºciclo e do secundário. Há envolvimento de toda a equipa na concretização das iniciativas? Cerca 10/12 pessoas da turma, pois como referi de início este foi um projecto que nasceu da vontade de todos. Quase todos têm cargos, mas os outros também ajudam. Têm conseguido a mobilização dos vossos colegas do Básico e do Secundário? Curiosamente, a mensagem passa a partir dos alunos do básico, que são os mais numerosos. São eles que difundem as informações aos mais velhos.
Como são as vossas relações com a Direcção da Escola? Temos uma boa relação com a Direcção, mas devido à doença da Drª Carmo Rola, que era o elemento com que tratávamos os assuntos, as negociações não têm decorrido ao ritmo que gostaríamos. Sentes que a experiência está a valer a pena? Porquê? Vale sempre a pena. As pessoas estão a aderir às nossas actividades. Tanto quanto sabemos, este foi o primeiro ano em que venceu uma associação proposta por alunos do 11ºano. Aliás, a nossa ideia é ganhar maturidade e dar seguimento ao projecto para o ano, ou seja, apresentarmo-nos de novo para disputar as eleições em 2011/2012. O cargo tem-te ocupado muito tempo? O cargo ocupa o seu tempo. Planear os torneios, envolver as turmas todas da escola. Nem todos os jogadores são da mesma turma, é preciso fazer coincidir os horários, mas é um trabalho que fazemos com gosto.
Mensagem aos alunos/comunidade escolar da ESAS Devem continuar a acreditar na nossa lista e agradecemos a
confiança que têm depositado em nós. Pretendemos, entre outras iniciativas, criar novos espaços
para ocupação dos tempos livres.
H á sempre uma grande expectativa quando se inicia um mandato e, por isso a equipa do JornalESAS entrevistou o Diogo Bonifácio (Presidente da AE) e o Francisco Castro (Vice-Presidente da AE), ambos da turma J do 11ºano do curso de Turismo.
Francisco Castro (Vice-Presidente da AE) e Diogo Bonifácio (Presidente da AE)
F inalmente chegou o tão aguardado dia DN à Escola
Secundária Aurélia de Sousa, no Porto. O auditório já estava prepa-rado e pronto a receber as turmas que iriam assistir à entrevista. Só faltavam alguns retoques finais . A ansiedade era grande entre os alunos organizadores. Um último treino é feito e os entre-vistadores, Juliana, Patrícia, Pedro e Rita, da turma G do 11ºano, sen-tem a pressão de ter sucesso e também de envolver o público e o entrevistado, de forma que todos pudessem retirar real proveito des-ta actividade. Já com o auditório repleto de alu-nos e de professores e o stress ao rubro é iniciada a entrevista, não sem uma prévia e curta contextua-lização da iniciativa.
Ao público, constituído essencial-mente por alunos das Artes, Huma-nidades e Marketing é explicado que a presença do escultor, Zulmiro de Carvalho, resultou da candida-tura de um grupo de alunos do Jor-nalESAS a um concurso promovido pelo DN (Jornal Diário de Notícias). Nesta altura, já na 2ª fase, os alu-nos teriam de mostrar o seu valor na realização de uma entrevista a uma personalidade do mundo das Artes. A Juliana apresentou uma breve nota biográfica do nosso convidado e fluíram naturalmente as questões que, de tão ensaiadas, surpreende-ram pela sua aparente naturalida-de. Os pormenores da vida e da obra do escultor suscitaram a curiosida-de da plateia que se manteve sem-pre absorvida e muito atenta, neste
que foi um momento inédito. A vontade de saber mais sobre uma vida dedicada ao trabalho artístico fez com que a entrevista se prolon-gasse para que fosse possível o diálogo directo entre o escultor os alunos e professores presentes, testemunhando o interesse de todos. No final, a equipa do jornal da escola estava confiante relativa-mente à sua prestação. O esforço de preparação tinha valido a pena, sentiram-se compensados pela oportunidade de contactar com uma figura incontornável da arte contemporânea portuense . À nobreza da sua personalidade, Zul-miro somou palavras simples e enterneceu todos os presentes. Sem nunca procurar a exposição pública, o escultor é reconhecido pelo valor das suas obras. As fotografias e vídeos vão servir para mais tarde recordar este gran-de momento em que a escola teve a honra de participar. A comunidade escolar considerou esta experiência muito proveitosa e culturalmente enriquecedora. Res-ta agradecer pela admirável opor-tunidade e pela disponibilidade aos membros da equipa do nescolas.
A ESAS e o Dia DN Pedro Gomes, Patrícia Costa, Juliana Almeida e Rita Fonseca da turma G do 11ºano
Fotos de António Carvalhal (prof.)
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Escola Secundária Aurélia de Sousa - Porto
14 de Março de 2011
www.nescolas.dn.pt
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Macau, aspecto
geral da escultura no momento da inauguração, em
1996
Quando descobriu que a sua vocação era a escultura? Fiz a minha formação do secundário na Escola Soares dos Reis, que na época se situava na rua Firmeza, e nos últi-mos anos frequentei um curso nocturno. Havia dificulda-des familiares e eu tive um professor que, tinha tido uma experiência familiar idêntica à minha e que me aconse-lhou a não ficar por ali, isto em 1958. Foi então que pen-sei que podia acrescentar mais à minha formação tentan-do fazer um curso de escultura. Eu digo que me defini nessa altura como escultor. Nunca fiz nenhum teste para ver se havia alguma inaptidão à parte cromática porque não me levou a pensar em pintura. Sabemos que as obras que produz são projectadas por si e posteriormente são entregues a técnicos especializa-dos, mas o escultor não é aquele que projecta e execu-ta? Isso é verdade, mas quando entramos em esculturas da dimensão das que eu tenho feito ultimamente em que chegam a ser precisas duas e três gruas, é impossível. Por exemplo na escultura de Macau fiz estudos para ven-tos como se estivesse na Europa e foi preciso repensar, reformular tudo porque se trata de uma região de tufões. Eu vou buscar os melhores operários para me executa-rem as obras. Qual o significado desta obra/ a título de exemplo? Esse trabalho foi uma encomenda da câmara municipal de Matosinhos em 1993 e só foi realizado em 2006. Eu fiz alterações pontuais. A concepção plástica é idêntica da que eu tinha pensado na altura. É uma peça de uma gran-de dimensão e é uma homenagem ao mar e ao sol pois está colocada, em Leça da Palmeira. Preocupa-se com a interpretação que os outros possam fazer das suas obras? Pois com certeza. A escultura é a minha maneira de eu dialogar com os outros. As suas obras são todas de grandes dimensões? Podem ter as dimensões de um elemento decorativo para um apartamento comum?
A escultura é uma arte democrática, pública que está nos espaços, que não é preciso pagar para se ver, é fruída. Para mim, essa é a verdadeira finalidade da escultura. Normalmente, as peças começam por ser pequenas, um jogo formal. A dimensão e a grandiosidade advêm muito do local onde vão ser implantadas . Também tenho peças com uma escala mais reduzida. Dá para viver da arte em Portugal, neste caso da escul-tura? Quais são os seus principais clientes? Nacionais/estrangeiros – entidades públicas/privadas? Recordo-me que, quando acabei o curso em Belas Artes, as esculturas que fiz não se vendiam…Claro que havia uma convicção forte na minha formação, o que me levou a continuar o meu percurso e os resultados apareceram mais tarde, mas acho que só um ou dois escultores, um do Porto e outro do Sul, é que viviam da escultura por-que tinham uma estrutura familiar que os podiam apoiar. O meu curso foi todo feito com a bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e com os apoios que recebi enquan-to estive em Inglaterra. Acha que vale a pela sonhar com uma carreira artística em Portugal? Com certeza, acho que tudo depende da força de cada um enveredar por um curso ou por outro, porque pode demorar, mas se houver uma convicção muito grande … Sabemos que é um dos artistas fundadores do “Lugar do Desenho” , qual o significado desse projecto? Tenho muito gosto em falar-vos do Lugar do Desenho. Lugar do Desenho chama-se assim porque é um espaço que reúne cerca de 2 mil desenhos do mestre Resende (pintor Júlio de Resende). Ao longo da vida as suas pintu-ras foram vendidas e aquelas primeiras impressões do trabalho ele foi guardando. E como foi morar para Val-bom em 1965, tornámos - nos amigos e achámos que era uma pena desperdiçarmos esses desenhos e criámos uma exposição permanente. _______________________________________________ O escultor Zulmiro ofereceu à ESAS/Biblioteca um exem-plar do livro sobre a sua escultura de Macau.
falando sobre escultura Entrevista ao escultor Zulmiro de Carvalho ver caixa página 9
A ESAS e o Dia JN Medialab—workshops pelo mundo jornalístico
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Viver a experiência de trabalhar numa redacção de jornal nem que por umas horas apenas
ESAS no Jornal de Notícias Turma G do 11ºano
30 de Março de 2011
ESAS no Jornal de Notícias Turma H do 11ºano
22 de Março de 2011
OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Mª Luísa Mascarenhas Saraiva
profª responsável pela Biblioteca
A BE elegeu como objectivo geral da sua
acção o incentivo ao conhecimento e
bom uso da língua portuguesa e ao
desenvolvimento de hábitos de leitura,
considerados num sentido amplo que
engloba a diversidade de suportes e a
cultura científica, humanística e literária.
Para ir ao encontro do primeiro objectivo
a Biblioteca promoveu, no ano passado,
o concurso “Dar…à Língua” que, sema-
nalmente, proporcionou uma revisão e
um esclarecimento de muitas questões
de ordem linguística.
Este ano, entre outras actividades que
integram o Projecto “A MINHA PÁTRIA É
A LÍNGUA PORTUGUESA”, a Biblioteca e
os Professores de Português decidiram
lançar as Olimpíadas de Língua Portugue-
sa, colmatando internamente aquilo que
consideram uma falta em termos nacio-
nais.
Desta forma, ao apelarmos para o gosto,
curiosidade e conhecimento nesta maté-
ria estruturante e de importância trans-
versal a todos os currículos, pretende-
mos dar um contributo para o sucesso
educativo dos alunos.
As Olimpíadas constarão de duas provas,
uma para o 3º ciclo e outra para o Secun-
dário, e terão lugar na segunda semana
do terceiro período.
A entrega dos prémios aos vencedores
de cada categoria deverá ocorrer na fes-
ta de fim de ano, momento alto de conví-
vio da nossa comunidade.
Contamos com o entusiasmo e a adesão
dos nossos alunos e dos nossos professo-
res para o sucesso desta iniciativa.
Gonçalo Cadilhe
“O que a gente leva da vida é a vida que se leva”
A convite da Biblioteca e no âmbito do projecto da C.M.P.—Porto do Futu-
ro, a ESAS teve o prazer de receber Gonçalo Cadilhe - um escritor verdadei-
ramente aventureiro .
Alunos e professores tiveram a oportunidade de ouvir algumas peripécias
das viagens que tem feito pelo Mundo. O escritor e jornalista brincou com a
valorização dos bens materiais das sociedades de consumo e mostrou-nos
as "suas" casas espalhadas pelo planeta, assim como os amigos que fez na
sua última viagem que durou
cerca de dezanove meses
(sem apanhar um único trans-
porte aéreo). Durante a con-
ferência, fez questão de man-
ter diálogo constante com o
público presente, estando
sempre, o seu discurso, aliado
a um grande sentido de
humor.
Gonçalo Cadilhe é um exem-
plo para qualquer um de nós
no sentido em que nos enco-
raja a viajar, fascinando-nos
com relatos dos lugares mais
belos do planeta, a usufruir
da vida de uma forma intensa
e a arriscar tudo numa via-
gem inteiramente enriquecedora a nível cultural.
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Patrícia Costa e Pedro Gomes do 11ºG
Q uem é Zulmiro de Carvalho ? Não é fácil sintetizar o percurso de um artista com 45 anos de carreira, tanta obra feita e tanto reconhecimento a nível nacional e internacional. Escultor português, Zulmiro de Carvalho nasceu em 1940, em Valbom, Gondomar. Efectuou os estudos no Curso de Escultura na Escola Superior de Belas-Artes entre 1963 e 1968.
Foi docente da Escola de Belas-Artes do Porto, a partir de 1969. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou a St.
Martin's School of Art em Londres de 1971 a 1973. Expõe regularmente desde 1964. Participou em dezenas de expo-
sições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Distinguido com diversos prémios nacionais: Prémio de Escultura
da Fundação Calouste Gulbenkian de 1986, entre muitos outros. É autor de diversas realizações de arte pública na região do Porto,
Braga e Macau, entre outros. No Porto, podem ser vistas esculturas do autor no Jardim de S.
Lázaro, no Cemitério do Prado Repouso, no BCP, no Mercado Abastecedor ou na Prelada.
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“Flor do deserto” de Waris Dirie
Vanessa D’Orey da turma F do 11ºano
Flor do Deserto é o relato verídico da vida de Waris Dirie e tudo o que é descrito é baseado na memória da autora. Este magnífico livro revela-nos a história de vida de Waris que nasceu numa família tradicional da Somália. Com apenas cinco anos de idade conheceria a tortura através de um antigo cos-tume imposto à maioria das raparigas somalis: a mutilação genital. Quando, já com 12 anos, o seu pai tentou negociar o seu casamento com um desconhecido de 60 anos em troca de 5 camelos, Waris desapareceu. Após uma extraordinária fuga pelo deserto, consegue chegar a Londres, onde virá a ser des-coberta por um fotógrafo da moda. Após todas as batalhas que a vida lhe impôs, Waris conseguiu brilhar na vida com a sua força de vontade permanente. Trata-se de um livro apaixonante em que temas sérios e refle-xivos são abordados e revela-nos uma parte do mundo que não conhecemos.
É o relato da vida de Esteban Trueba, da sua esposa, dos
seus filhos, legítimos e ilegítimos, e dos seus netos. A nar-
rativa leva-nos desde o começo do século XX até a actuali-
dade, revelando grandes acontecimentos históricos, políti-
cos e sociais. Cada personagem vive no seu próprio mun-
do e o romance está repleto de dramas, extravagância e
surpreendentes conclusões.
Isabel Allende cria uma narrativa fantástica que oscila
entre vários acontecimentos e sentimentos opostos: guer-
ra e paz; crime e virtude; amor e ódio; corpo e alma.
“Jesusalém” de Mia Couto
Ana Rita e Juliana do 11ºG
“A casa dos espíritos” de Isabel Allende
Ana Rita e Juliana do 11ºG
É uma obra que descreve um lugar remoto, onde se refugiam Silvestre Vitalício, os seus filhos e um militar, com o objectivo de os proteger do mundo exterior, criando novas regras e novos nomes. Mia Couto constrói um mundo para-
lelo, onde há referência à religiosida-de, às guerras e ao amor familiar.
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“O Velho e o Mar” é um livro bastante comovente que fala da vida de um velho e pobre pescador, San-tiago, que vivia numa humilde choupana. Porém, este há já oitenta dias que voltava no seu esquife sem um único peixe. Nos primeiros quarenta dias um rapaz foi com ele, Manolin, mas, após esse período de tempo sem um único peixe, este fora por ordem dos pais para outro barco que logo na primei-ra semana apanhou três belos peixes. Fazia tristeza ao rapaz ver o velho voltar todos os dias com as redes vazias e, por isso, ajudava-o sempre nas lides de um verdadeiro pescador: trazer as linhas arruma-das ou o croque, o arpão e a vela enrolada no mas-tro. Passados oitenta dias de insucesso, o velho decidiu pescar mais para o largo, na tentativa de conseguir apanhar algum peixe. Na madrugada seguinte, bem cedo, o velho partiu e, tal como pensado, dirigiu-se para um local diferente. As primeiras horas foram de completa miséria. Todavia, a espera compensou. Do nada, uma força inacreditável puxou uma das linhas do barco. Era um peixe enorme que media mais dois pés do que o esquife! Vendo isto ficou em êxtase e, de imediato, começou a puxar a linha. No entanto, o peixe era forte, poderoso e a tentativa fora em vão. Não desistiu, voltou a tentar mas, mais uma vez todos os seus esforços foram um completo insuces-so. Com toda a sua experiência acalmou-se e deixou o peixe navegar, sempre preso ao anzol. O tempo ia passando e, o peixe não desistia, conti-nuava a puxar o barco com toda a sua força. Os dias foram-se sucedendo e o velho começava a ficar desesperado porque o peixe continuava a ser o ven-cedor. Até que, num ápice, o peixe começou a apro-ximar-se do barco. Ao ver isto Santiago não hesitou, pegou no arpão e, acertou-lhe na cabeça. O peixe estava morto. Um pouco excitado, amarrou-o à proa do esquife. Respirou fundo e afirmou que agora vinha a parte mais difícil: lutar contra os inúmeros tubarões que, de certeza absoluta, iriam atacar a carne suculenta do seu peixe. Não passara uma hora quando o primeiro tubarão mordeu. Rapidamente se deu a luta. O tubarão foi vencido mas, levou cerca de vinte quilos de carne. Mais calmo, o velho prosse-guiu a sua viagem. Velejou durante mais duas horas quando viu o primeiro par de tubarões. Mais uma vez, o velho saiu vitorioso. Desta vez, perdeu cerca de metade do peixe. Foi já ao pôr-do-sol que se deu a incursão final. Era um cardume infindável. Perante isto, o velho desistiu. O peixe fora completamente devorado. Era já de madrugada quando chegou à praia, bem sabia que todos dormiam já. Apenas o
esqueleto restava. Não havia quem o ajudasse e arrastou o barco para terra. Depois de tudo isto, dirigiu-se para a sua cabana. Na manhã seguinte, o rapaz foi à choupana, como todos os dias fazia. Viu o velho a dormir e, por isso, saiu silenciosa-mente para preparar o pequeno-almoço do seu ami-go. Vários pescadores rodeavam o esquife olhando para o que lá estava amarrado: um enorme esquele-to com mais de seis metros. O rapaz levou-lhe um café até à cabana e esperou que Santiago acordasse. Depois de um sono prolongado, acordou e os dois iniciaram uma longa conversa. A partir daí decidiram que nada os iria impedir de pescarem juntos porque o rapaz queria aprender muito com a experiência do velho. Manolin também deu ânimo a Santiago subli-nhando que a sorte havia de estar do lado deles. Na minha opinião, esta é uma obra muito interes-sante apela à união e à amizade entre as pessoas, como forma de vencer e ultrapassar as dificuldades da vida. É uma prova de que os jovens podem criar laços com os mais velhos e usufruir da sua experiên-cia. Por sua vez, os mais velhos beneficiam da espe-rança e do entusiasmo dos mais novos.
“O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway
André Almeida do 8ºC
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PUBLICIDADE
N o Dia dos Namorados, o NIPES promoveu a
actividade “A Saúde do Nosso Coração”, com
a colaboração das turmas A e B do 11º ano de escolari-
dade. Foram pendurados corações no espaço de res-
tauração da escola e solicitada a colocação de uma
mensagem de amor em cada um deles por parte dos
alunos que assim o desejassem. As funcionárias da can-
tina contribuíram com a oferta de bolachinhas em for-
ma de coração que foram distribuídas aos alunos nos
intervalos das 10:00 e das 15:10.
A par desta actividade, que se prolongou por toda a
semana, foram expostas duas cartolinas com alguns
artigos da Carta Europeia para a Saúde do Coração.
Com o apoio da Comissão Europeia e da OMS, a Rede
Europeia do Coração e a Sociedade Europeia de Cardio-
logia elaboraram a Carta Europeia para a Saúde do
Coração. Este documento tem como objectivo, não só
lutar contra a doença cardiovascular (DCV), mas tam-
bém lutar a favor da sua prevenção.
A DCV é a primeira causa de morte entre as mulheres e
os homens europeus, sendo responsável por cerca de
4,35 milhões de mortes, por ano nos 52 estados mem-
bros da região europeia da OMS e mais de 1,9 milhões
de mortes na União Europeia.
A DCV é, também, umas das principais causas de inca-
pacidade e má qualidade de vida; esta doença pode, no
entanto, ser evitada. Segundo a OMS, a incidência das
DCV pode ser reduzida com uma diminuição em toda a
população da pressão arterial, da obesidade, do coles-
terol e do consumo de tabaco. Estes factores estão
directamente ligados ao estilo de vida, aos hábitos ali-
mentares e aos níveis de actividade física de cada um.
É IMPORTANTE AGIR AO NÍVEL DA POPULAÇÃO EM GERAL E
DO PÚBLICO ESCOLAR EM PARTICULAR.
“A Saúde do Nosso Coração” Marina Gonçalves (prof.ª responsável pelo NIPES)
14 de
Fevereiro de
2011
A Filosofia na Cidade Espaço público e Espaço privado
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A pós reflexão em grupo e análise de diferentes perspectivações filosóficas foi-nos possível chegar a algumas conclusões referentes ao tema “Filosofia na Cidade”. Aristóteles defendia que a vida em sociedade era condição inerente ao Homem e que só assim ele poderia desenvolver-se. Aquele que não sentisse essa necessidade seria como um animal. Já John Locke considerava que o Homem era natural-mente livre mas abdicava da sua liberdade pessoal em nome da segurança que só a vida em sociedade lhe podia proporcionar. Mas até que ponto será o Homem capaz de viver em sociedade? Quanto a esta questão somos levados a concordar com Kant quando afirma que a nossa natureza nos conduz a viver em sociedade mas o nosso egoísmo condiciona as relações inter-pessoais. De facto, a convivência nem sempre é possível uma vez que o Homem tende a satisfazer as suas necessidades pes-soais antes mesmo de se preocupar com as dos demais. É por natureza um ser egoísta, o que a em dada altura torna incomportável a coexistência, pois cada um tende a modificar o mundo em favor dos seus gostos e sentimentos. Há, pois, uma sobreposi-ção da vontade à razão, do preferível individual ao que é melhor para todos. Esta questão é assim ponte para a reflexão sobre a relação entre espaço público e privado e até que ponto estas duas esferas podem ser indissociáveis.
Espaço público e privado não têm hoje o mesmo valor relativo que tinham na Grécia Antiga, onde o espaço público era a base da felicidade humana e se sobrepunha ao espaço privado já que era o primeiro que permitia aos homens desenvolverem-se enquan-to cidadãos, tomando parte activa na vida da Pólis. Hoje o espaço privado assume maior importância na vida do Homem, que não deve desenvolver-se isola-damente mas necessita de igual modo da sua integri-dade e espaço pessoal que não deve ser violado por ninguém. Sendo assim, podemos concluir que a into-lerância pela liberdade do outro e o egoísmo do homem que o leva a interferir com a felicidade dos que o rodeiam, ainda que involuntariamente, são os principais factores responsáveis por uma não - har-monia na vida em sociedade. Isto decorre de uma má relação entre o espaço público e privado. Individual-mente formamo-nos como indivíduos mas só nos tornamos realmente pessoas pela convivência com os outros. Quando não há um doseamento na rela-ção entre estas duas esferas, quando essa individua-lidade se torna individualismo ou a esfera pública desrespeita a privada invadindo a intimidade, o nos-so crescimento enquanto pessoa fica condicionado. Podemos concluir que as principais causas da inso-ciabilidade humana (cf. Kant) são o desrespeito e intolerância face à diferença do Outro e a necessida-de que cada um tem de ver satisfeita a sua vontade acima da dos outros, sendo cada um de nós, mesmo que involuntariamente, um ‘tirano’ da sua própria vontade.
Continua na página 16
"A democracia fundada sobre a igualdade absoluta é a mais absoluta tirania." Cesare Cantú
Etienne Étter, Bárbara Almeida, Núria Fonseca, Bárbara Teixeira e Ana Filipa Duarte do 11º B
Wassily Kandinsky Um artista, teórico e professor
António Carvalhal (prof.)
Página 14 • Página 14 A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
W assily Kandinsky foi um pintor de origem Rus-
sa, considerado, em 1912, o pre-cursor do Abstraccionismo ou Expressionismo Abstracto, ou seja, da pintura não figurativa. Kandinsky nasceu em Moscovo, a
4 de Dezembro de 1866, filho de uma família burguesa, numa época de florescimento económico e cul-tural. Era filho único e o seu pai sustentava a família com rendi-mentos de negócios do chá. Em 1874 começa a receber as pri-
meiras aulas de desenho e música e aprende piano e violoncelo. Em 1886, ingressou na Universida-
de de Moscovo onde estudou Direi-to e Economia mas manteve sem-pre o contacto com a pintura e a música. Em 1889, integrado numa missão
etnográfica encarregada de estudar os costumes dos camponeses no norte da Rússia, descobre a riqueza da decoração e das cores do inte-
rior das habitações e apercebe-se da beleza da atmosfera campestre, o que se reflectiu na sua obra e é visível nas sólidas paisagens colori-das que pintou. Kandinsky vê-se obrigado a optar
entre a carreira universitária e a vida de artista. Segundo palavras do próprio, dois
acontecimentos foram decisivos para a sua opção pela arte: o primeiro, a exposição dos Expressionistas em Moscovo, em cuja visita ficou fascina-do por uma obra do pintor Impressio-nista Claude Monet; o segundo foi uma ópera de Wagner encenada no teatro de Moscovo. Kandinsky considerava muito impor-
tantes as relações entre as cores e os sons. A música e a pintura fascinavam-no de tal forma, que constituíram a base da sua convicção artística e o ponto de partida de toda sua obra. Aos 30 anos deixa Moscovo, muda
-se para Munique na Alemanha, que na época era considerada uma cidade artística, aberta ao mundo e à vanguarda artística e ideológica.
Kandinsky foi dos artistas plásticos mais importantes do Século XX por ter um papel deter-minante na intro-dução da pintura abstracta funda-mentada em importantes estu-dos teóricos e pelos seus aprofundados estudos estéticos que conduziram a novas relações entre a cor e a for-ma.
Murnau – 1908
improvisation 31, sea battle – 1913
Página 15 • A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
A partir desse momento a arte deixa de ser para ele apenas um meio de escapar às tensões e converte-se numa verdadeira ciência universal relacionada com as emoções, com as estruturas mentais e com a natureza. Nessa época trava conhecimento com o pintor suíço Paul Klee e ambos se tornam grandes amigos, não obstante os “mundos” substancialmente dife-rentes que cada um pintava. Munique tornou-se o centro da arte vanguardista. Kandinsky pinta a “Composição II” que foi considerada a sua obra inicial mais importante. Em 1910, o artista une teoria e práti-ca, escreve o livro “Do Espiritual na Arte” e pinta a sua primeira obra não figurativa, uma aguarela abstracta. Este livro, que corporiza uma tentati-va de análise dos elementos-cor, foi recebido com entusiasmo no meio artístico e tornou-se assaz represen-tativo para os jovens artistas, que buscavam avidamente uma nova fonte de conhecimento. Esta obra é, ainda hoje, um marco na teoria das artes plásticas. Em 1912 Kandinsky fundou o grupo “Der Blaue Reiter “ (O Cavaleiro Azul) com Gabriele Münter e Franz Marc. Tanto o artista como os seus companheiros viam o “Der Blaue Reiter “ não só como uma manifesta-ção de uma nova pintura na Alema-nha, mas como um apelo a uma renovação em todos os domínios da arte e da cultura, que deveria ocor-rer como produto de uma reflexão. A primeira exposição colectiva de Kandinsky teve lugar em Dezembro de 1911. O artista fez-se representar por três obras: “Impressão – Mosco-vo”, “Improvisação 22“ e a polémica e contestada “ Composição V.” Em Outubro de 1912, Kandinsky organiza a sua primeira grande expo-sição individual. As exposições e o almanaque/catálogo com o mesmo título são um ponto de partida para a arte do século XX, ponto de partida esse que acaba por conduzir o artista à pintura abstracta. Em 1914, em virtude do início da 1ª Guerra Mundial, Kandinsky volta a Moscovo. As suas pinturas abstractas são mar-cadas por uma tendência crescente da geometrização de cada um dos elementos, devida, por um lado, à
sua própria evolução como pintor e, por outro lado, ao clima vanguardis-ta que reinava em Moscovo. Depois da Revolução de 1917, Kan-dinsky participa activamente em muitos projectos artísticos da nova sociedade e funda a Academia Rus-sa, onde foi professor. Mas depressa entra em desacordo com os maiores protagonistas do Construtivismo (corrente artística abstracta fundada por Malevich) e regressa à Alemanha em 1921. Nesse mesmo ano, Walter Gropius convida-o para leccionar na Bauhaus, em Weimar. Nesta importante Escola que tinha como objectivo unir as artes plásticas com as artes aplica-das, deu aulas na disciplina de “Pintura Mural”. Nesta fase o artista dedica-se intensivamente ao estudo e exploração de materiais próprios da pintura. Também apresentou mui-tas conferências e publicou ensaios sobre questões fundamentais relati-vas à pintura. Em 1923 tem lugar a sua 1ª exposição individual em Nova Iorque na “Sociedade Anónima”. Em 1926, em Munique, é publicado o segundo trabalho teórico importante de Kandinsky, “Ponto e linha sobre o plano” (Punkt und Linie zu Fläche), com arranjo gráfico de Herbert Bayer, importante arquitecto, designer e tam-bém professor na Bauhaus. “Ponto e linha sobre o plano” é dedicado à aná-lise de dois elementos fundamentais da forma: o ponto, elemento a partir do qual decorrem todas as outras for-
mas, e a linha, analisada em abstracto enquanto elemento geométrico e na sua relação com a superfície material. “... Assim, o ponto geométrico é, (...) a última e única união do silêncio e da palavra.” (in Ponto, linha, Plano) O primeiro número da revista da Bau-haus é dedicado a Kandinsky por oca-sião de seu 60º aniversário. Em 1933 a Bauhaus é encerrada pelos nazis que não gostavam de escolas com pedagogias ousadas e vanguardis-tas e a maioria dos seus professores é obrigada a fugir da Alemanha e leva a sua sabedoria e conhecimentos para outras partes da Europa e para os Esta-dos Unidos.
In the blue - 1925
Composição 9 - 1936
Continua na página 16
Squares with Concentric Rings -1913
Kandinsky
Continuação da página 15 Em Julho de 1933 muda-se com a esposa para Paris, mas os anos de Guerra não pouparam Kandinsky, que sofreu muitas privações. Apesar das dificuldades. não perdeu o entusiasmo pelo trabalho e continuou a escrever diversos artigos em defesa da arte abstracta. No ano de 1939 o casal Kandinsky adopta a nacionali-dade Francesa. Kandinsky também escreveu poemas abstractos, que fazem referência a cores e linhas, tal como estes ele-mentos surgiam na percepção do artista. Em 1940 termina sua última grande obra (“À Volta do Círculo”). Até o fim da vida, Kandinsky continuou a pintar sobre pequenos cartões, apesar de incapacitado por uma arteriosclerose. O artista veio a falecer aos 78 anos de idade, no dia 13 de Dezembro de 1944, em Neuilly-sur-Seine. Kandinsky deixou-nos como legado uma nova arte e uma nova ciência universal que procurou encontrar as grandes leis comuns aos domínios da arte e da nature-za.
Bibliografia e Cibergrafia: O livro da Arte - Texto Editora Ponto, linha, Plano - Wassily Kandinsky – Ed. 70 Guia da História de Arte - SandroSprocati - Editorial Presença Dictionaire des Grands Peintres - Michel Laclotte - Larousse http://www.kandinsky.hpg.ig.com.br/ www.germanexpressionism.com/ printgallery/kandinsky/
A Filosofia na Cidade Continuação da página 13
Página 16 A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
Professores da Bauhaus. Kandinsky é o nono a partir da esquerda ao lado de Paul klee, imediatamente a
seguir
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Foi da procura de uma forma de governo pelo povo, com o objectivo de fazer impor a vontade dos cidadãos e não de um homem apenas que surgiu na Antiga Grécia o primeiro estado democrático, tendo como finalidade uma sociedade não totalitarista, onde a resolução dos problemas e ques-tões sociais era discutida por todos os cidadãos. No entanto, a democracia na Grécia era restrita, isto é, não era um direito de todos os indivíduos mas apenas dos cida-dãos (homens adultos e nascidos em Atenas). Para todos os outros (escravos, mulheres, estrangeiros…) a sociedade era governada por um regime totalitarista que não lhes confiava quaisquer direitos, com a particularidade de ser orientada por uma entidade colectiva. Hoje em dia, apesar de termos presentes as fragilidades do regime democrático da Grécia Antiga, sabemos que a demo-cracia é o melhor e mais viável sistema de organização polí-tica uma vez que se baseia na liberdade e igualdade entre todos os membros de uma sociedade independentemente do género e condição social. Esta é a ideia partilhada pelos filósofos ocidentais da actualidade, que crêem ser possível uma convivência pelo diálogo, como caminho para uma sociedade Justa.
É pois este diálogo e partilha de conhecimentos baseada no princípio da justiça social (defendido por Rawls), a base de uma sociedade democrática, em que todos têm os mes-mos direitos e os mesmos deveres. Devemo-nos basear não só no princípio de igualdade mas também de equida-de, segundo o qual, as leis humanas se adequam a cada situação particular. O combate das gerações futuras deve, portanto, ser dirigi-do contra todos aqueles que por diversos meios põem em causa o verdadeiro significado de democracia, condicio-nando assim a possibilidade de uma coexistência em socie-dade e impossibilitando o diálogo. Constituem o expoente máximo desta repressão os regimes totalitaristas. Tudo isto nos leva a concluir que a democracia é o único regime que responde às necessidades de todos, em senti-do prático, sendo apenas possível por uma noção comum de justiça e responsabilidade, baseadas no Bem, Liberdade e Igualdade, por parte de todos os cidadãos, que só se alcança pelo diálogo dado que na qualidade de valores, estes são conceitos de carácter subjectivo. Não se fala, no entanto, de uma Igualdade Absoluta; deve-se fomentar liberdade do direito à diferença bem como a tolerância como chave da engrenagem de uma cidadania livre de des-respeito e corrupção, em que ocorre a permanente inva-são do espaço de um indivíduo pela vontade mais forte de outro. Em suma, devemos promover acima de tudo, uma socieda-de mais equitativa.
Página 17 • A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
A ctualmente, grande é a variedade de meios de comu-
nicação social desde os telefones, computadores,
internet, televisão, hipermédia ( NTICs, CD-ROM, TV digital ),
entre muitos outros. O termo meio de comunicação refere-se
ao instrumento ou à forma de conteúdo utilizados para a reali-
zação do processo comunicacional.
É notória a influência destes meios de comunicação no nosso
dia-a-dia. A revolução tecnológica e informática generalizou, à
escala planetária, o acesso das populações a meios de comuni-
cação de informação que, não há muito tempo ainda, estavam
reservados a uma pequena parcela da humanidade. Ainda que,
mesmo agora, uma significativa quantidade de seres humanos
se encontrem excluídos do sistema global da circulação da
informação, a verdade é que, cada dia que passa, mais e mais
grupos de indivíduos se integram nessa imensa rede de comuni-
cação e no respectivo caudal de informação que ela veicula,
mas também produz.
Todo esse fluxo de conhecimento de notícias, de programas de
entretenimento, produziu, sem dúvida, uma maior aproximação
entre indivíduos e sociedades e colaborou para superar as tradi-
cionais fronteiras que, em muitos casos, isolavam as sociedades,
as classes e as culturas. Deste modo, tornou-se um factor decisi-
vo de desenvolvimento material e de expansão da liberdade
para as comunidades em geral assim como para os seus mem-
bros individuais.
Todavia, este processo de massificação e de globalização dos
meios de comunicação gerou um conjunto de problemas que
põem em risco os direitos e as liberdades tanto para as socieda-
des no seu conjunto, como para os cidadãos em particular,
constituindo um instrumento de poder não só mental e espiri-
tual mas também material. Esse tentacular sistema de comuni-
cação pode, paradoxalmente (e em certa escala isto já aconte-
ce), num mesmo movimento, suprimir a privacidade e reduzir o
espaço e o tempo de convivência entre as pessoas, assim como,
ao mesmo tempo que promove o contacto com maiores diversi-
dades, normalizar, de acordo com interesses pouco claros, os
comportamentos e as opiniões.
A influência dos meios de comunicação social.
Ricardo Pinto da turma B do 10ºano
Foto de António Carvalhal (prof.)
• Página 18
PÕE-TE A ANDAR ROBÔ
Realizou-se uma apresentação de trabalhos desenvolvidos por
alunos do 7º e do 9º ano no âmbito do projecto Põe-te a andar
robô, um projecto de actividades extracurriculares que visa a
iniciação dos estudantes da escola à robótica. Estiveram pre-
sentes alunos da turma E do 7º ano que questionaram os seus
colegas no fim da sessão. Durante cerca de hora e meia foram
descritas pelos intervenientes os resultados do seu trabalho de
construção, programação e teste, num ambiente de coopera-
ção e de comunicação, de análise de erros, de tomada de deci-
sões e de aplicação de conceitos escolares. Os três grupos de
alunos envolvidos no início do ano empenharam-se na apresen-
tação dos seus trabalhos a colegas do 7º ano. Durante essa
sessão foram exibidas as construções e a concretização dos
seus projectos ligados ao movimento e ao controlo de sensores.
Em Abril será concretizada uma vista de estudo ao XI Festival
Nacional de Robótica – Robótica 2011 que este ano se realiza
em Lisboa, no Instituto Superior Técnico, para aprendermos
com o trabalho desenvolvido por outras escolas e prepararmos
a participação da escola no Festival do próximo ano.
AQUAURÉLIA
Aquaurélia é um projecto de aquariofilia que foi iniciado no
ano lectivo 2009/10. Nesta data, o aquário montado no Labora-
tório Polivalente já foi submetido a testes de resistência, foram
colocadas as areias e as plantas assim como outros elementos
decorativos. Procede-se agora à monitorização da temperatura
da água e aguarda-se o povoamento do aquário, com diferentes
espécies de peixes de água fria. Estão a ser preparadas activida-
des em volta da vida no aquário, a serem concretizadas no pró-
ximo ano lectivo.
JOGOS MATEMÁTICOS
Foram desenvolvidas acções de concretização do projecto de
envolvimento da comunidade escolar na prática de Jogos Mate-
máticos. Durante o mês de Janeiro, o Lugar da Ciência foi a
todas as turmas de todos os anos do 3º Ciclo para promover a
divulgação de alguns jogos matemáticos como o Hex e o Ras-
tros. Como são jogos em que são necessários poucos meios
(basta uma fotocópia do tabuleiro e, por exemplo, feijões em
vez das peças) e as regras são simples e em número reduzido,
foi grande o entusiasmo e a vontade de jogar.
Foi uma acção de divulgação dos jogos que incluiu a apresenta-
ção das respectivas regras e a prática desses jogos. Abriu-se
assim possibilidade de qualquer interessado poder requisitar os
jogos na Biblioteca/CR, de os poderem jogar na sala do Lugar
da Ciência e também de obter fotocópia dos tabuleiros.
Ainda não foi possível organizar qualquer torneio, esperando-
se no entanto que tal venha a acontecer num futuro próximo.
28 de Fevereiro 2011
Da esquerda para a direita: Fernando Tavares (7ºA), David Cunha (7ºE), João Nunes (7ºE), Miguel Ramalho (9ºA), Pedro Xavier (9ºC) e Mafalda Teixeira (9ºA)
A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X Página 19•
GENÉTICA NO LABORATÓRIO
Este projecto Laboratorial pretende, por
exemplo, promover a prática de técnicas
laboratoriais de Genética Molecular.
Pretende-se que alunos do 12º ano repli-
quem a formação recebida junto de
colegas do 11º ano (formação por
pares).
Durante o primeiro período foi apre-
sentada a proposta para a elaboração do
projecto, estabelecidos os primeiros
contactos com o IPATIMUP para uma
eventual parceria, e realizada a selecção,
organização e planificação dos conteú-
dos a integrar nas sessões práticas. Nes-
te segundo período, a 12 de Janeiro, foi
elaborada, com o apoio do Dr. Luís Cir-
nes (IPATIMUP), a versão final do proce-
dimento experimental e o levantamento
do material e equipamento de laborató-
rio necessário para as sessões.
Durante o encerramento das actividades
do projecto estará presente o Dr. Luís
Cirnes que acompanhará a apresentação
e apreciação dos diferentes trabalhos
realizados pelos grupos de alunos de 12º
ano A e B e que dará a conhecer os
nomes dos dois alunos que estagiarão no
IPATIMUP durante as férias de verão.
DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
Os expositores Lugar da Ciência estão
situados em todos os corredores das
salas de aulas. Neles são afixadas infor-
mações e textos relativos ao Lugar da
Ciência e à difusão da cultura científica e
tecnológica. As perguntas semanais, as
notícias, as propostas de leitura, o Bole-
tim Lugar da Ciência, os avisos.
LER CIÊNCIA
Projecto de promoção da leitura do livro científico e de livros de divulgação e
ficção científica, tem dado continuidade ao trabalho desenvolvido no ano
anterior. Periodicamente são afixadas, nos expositores Lugar da Ciência de
cada corredor, propostas de leitura de livros, na sua maioria livros existentes
na Biblioteca/CRE.
Na disciplina de Português, mais especificamente no âmbito dos Contratos de
Leitura, têm sido lidas obras de divulgação e de ficção científica. Após a leitu-
ra individual, as obras são apresentadas à turma através de uma exposição
oral, sendo também elaborado um portefólio de leitura, que é apresentado à
comunidade escolar numa exposição realizada na Biblioteca/CRE. Esta activi-
dade tem privilegiado as turmas dos cursos de Ciências e Tecnologias.
Até esta data já foram afixadas doze propostas. Além do já referido Perigo
Vegetal, sugerimos Ao volante com Mr. Albert, Uma Pequena História do
Mundo, O Pequeno Livro da Desma-
temática, Uma Pequena História do
Mundo, O Nosso Corpo, As ciências
contadas à minha neta, Eu, robot, O
10 Magnífico, A Grande Viagem dos
Homens, A Chave Secreta para o
Universo, Nunca me Deixes, Caça ao
Tesouro no Universo.
Em volta da obra Perigo Vegetal, de
Ramón Caride, trabalhado nas aulas
de reforço da Língua Portuguesa,
proporcionou-se um encontro de
leitores do livro e a vinda do autor à
escola para conversar com os seus
leitores, num trabalho conjunto com
a Biblioteca/CRE.
Tendo nove maçãs e quatro sacos de papel, como é que seconsegue colocar um número
ímpar de maçãs em cada saco?
Ilustração de Teresa Viegas (profª) para LdC
Pro
cura a so
lução
na sala d
o LdC
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ESAS no Seminário JRA - Sertã
Daniela Cunha do 10º C
• Página 20 A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
R ealizou-se mais um Seminário Nacional dos Jovens Repórteres para o Ambiente, desta
vez na Sertã. Como sempre, os JRA cumpriram o grande objectivo da troca de pontos de vista entre jovens repórteres de todo o país. Durante os dois dias do seminário, houve tempo para nos conhe-cermos, para trabalharmos em conjunto, para par-tilharmos ideias uns com os outros, aprofundar-mos conhecimentos com workshops interessantes e palestras didácticas, para desenvolvermos as actividades do evento, para reflectir sobre assun-tos com uma intensidade crítica e para manter o espírito de preocupação com o ambiente, assim como a sua ligação com as actividades humanas. O primeiro dia destinou-se à recepção pelas enti-dades envolvidas no projecto dos JRA, numa ceri-mónia de abertura, onde foi apresentado todo o programa do seminário de 2010/2011 e ao “trabalho de campo“, com a divisão dos JRA em vários grupos, atendendo aos 4 temas de trabalho (que, no segundo dia, foi apresentado a todos os presentes no seminário). Após o “trabalho de cam-po” desenvolvido durante a tarde, que incluiu a visita guiada e cada JRA desempenha o seu papel de questionar, tirar fotografias e registar aponta-mentos no seu bloco, todos os grupos se juntaram e assentaram ideias, desenvolveram um artigo e prepararam as suas apresentações para o dia seguinte com a ajuda dos respectivos monitores. Como verdadeiros JRA, todos tinham presente um espírito de aventura e de curiosidade. No segundo dia, assistimos a várias palestras e workshops, que abordavam desde temas relacio-
nados com o ambiente como com o jornalismo e várias técnicas e conselhos para que todos nós pudéssemos aprofundar os nossos conhecimentos como repórteres e tivéssemos a oportunidade de, futuramente, desempenhar cada vez melhor esse papel. Durante o seminário houve ainda a possibi-lidade de concorrer a um concurso de painéis representantes dos projectos das Escolas JRA e das melhores fotografias (alunos e professores) . Relativamente ao local do seminário, a Sertã é uma vila que se situa no Pinhal Interior Sul, desta-cada pelo seu património arquitectónico, as suas condições económicas e sociais, a sua gastronomia bastante típica e o seu artesanato. É um óptimo exemplo de um local que se encontra em harmo-nia com a Natureza e tinha um bom ambiente aco-lher o seminário, visto que é um sítio tranquilo, em concordância com o objectivo da sustentabili-dade e que nos oferece várias paisagens naturais que servem de inspiração ao espírito de um verda-deiro JRA
.
Foto José Chen Xu
online
http://www.issuu.com(pesquisa: jornalesas)
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Página 21 •
Marraquexe CIDADE COR-DE-ROSA
Pedro Gomes do 11ºG
A B R I L 2 0 1 1 I N Ú M E R O X X I X
M arraquexe, pelas cores e pelo brilho do sol, é uma cidade única. Envolvida nas
cores e nas formas, é um local deslumbrante. As ruas estreitas e confusas da Medina, um espaço magnífico por dentro das antigas muralhas da cida-de, enchem o olhar de qualquer turista pela diferen-te forma de ver a vida, a que os nativos nos acabam por habituar. É dentro da Medina, a principal área de comércio, os originais “souks” (primeira foto), onde regatear preços é uma rotina, para os mais astutos os produtos “berberes” são, muitas vezes, adquiridos por um quarto do preço original. A praça principal Jemaa el-Fna é um centro de grande enchente, tanto de dia como de noite. As activida-des vão variando ao longo do dia: podemos encon-trar encantadores de serpentes, marroquinos que tiram os dentes “sem dor”, vendedores ambulantes, bancas de sumos naturais e a tradicional zona de restauração nocturna, com as especialidades gastro-nómicas, como o khubz (pão redondo), as famosas tagines (carne/peixe cozidos com frutas e vegetais), a bstilla (uma torta de massa fina) e o meshwee (carneiro assado). Bem perto desta praça mágica encontra-se a mesquita Kutubia (segunda foto), um monumento representativo da cidade, sendo o edifí-cio de maior altura. A madressah, onde os jovens marroquinos se dedicavam a decorar o alcorão e a estudar o Islamismo, bem como os túmulos sádidas, onde a arquitectura e a decoração estilo andaluz são imponentes, são imperdíveis. Os jardins exóticos de Menara e Majorelle—propriedade do criador Yves Saint Lauren—são marcados pela serenidade e bele-za (terceira foto). Marraquexe, uma cidade sempre em movimento, onde as cores e as luzes se unem dando vida às mais pequenas e escondidas ruas.
Obrigatório:
Comprar umas babuchas
Jantar na praça principal
Beber um típico chá verde com menta
A mesquita Kutubia
A principal área de comércio— os originais “souks”
Os jardins exóticos de Menara e Majorelle—propriedade do criador Yves Saint Lauren
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Prova de Orientação no Porto Liberal
João Barbosa da turma G do 10ºano
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Prova de Orientação
1 de Março de 2011
Fomos turistas na nossa cidade. Houve oportunidade para descontrair, brincar, explorar mas, sobretudo onde aprender bastante e testar os nossos conhecimentos .Uma experiência a recordar e repetir. Legenda por Inês
Q ue belo dia para se fazer uma prova de
orientação, caros leitores, e eu que o
diga! Esta prova fez-me lembrar aquele progra-
ma “Sobrevivência” em que o homem é deixado
no meio da selva com meia dúzia de coisas e tem
que sobreviver. Com a turma G, do 10º ano,
sucedeu o mesmo. Isto porque fomos todos ter à
escola como combinado, caminhámos ardua-
mente até à Praça da República e lá, já divididos
em grupos de três, foi-nos dado o nosso “Kit de
sobrevivência” que incluía um mapa da cidade
do Porto com os 13 pontos que teríamos de per-
correr, uma folha com perguntas relativas a
monumentos, edifícios ou placas toponímicas
(sim, também não fazia ideia do que isso era) e
uma folha de respostas.
Andámos cerca de duas horas e pouco às voltas
pela Invicta e vou contar-vos, caros leitores, as
principais dificuldades do meu grupo: 1º Ler o
mapa - parece uma coisa simples de se fazer,
mas o que é certo é que nos enganámos umas
três vezes na direcção; 2º O tempo - foi-nos dito
que era suposto chegarmos ao final da prova por
volta das cinco, eram cinco menos dez e ainda
nos faltavam 4 pontos; 3º Placas toponímicas -
para quem não sabe são as plaquinhas verdes
que indicam o nome da rua e por vezes têm
informações históricas adicionais (descobrimos
isto na esquadra da polícia!).
Em suma, gostava de agradecer às professoras
Maria João Cerqueira e Catarina Cachapuz pela
fantástica tarde que nos proporcionaram. Penso
que não podia ter corrido melhor. Foi de facto
muito interessante e diferente e espero que ini-
ciativas como estas se voltem a repetir.
Clu
be d
e D
esp
orto
Esc
ola
r
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O dia em que a ESAS foi ao Cerco Lourenço França - Prof. Responsável pelo Grupo de Ginástica Acrobática da ESAS
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F oi o dia da 2ª competição de Ginástica
Acrobática. Disputou-se na Escola do Cerco
do Porto, possivelmente, a melhor escola do país
nesta modalidade - quer em infra-estruturas quer
em quantidade e qualidade de ginastas.
Os “9 magníficos” da ESAS chegaram bem cedo ao
Cerco. Às 9.00 já tinham o aquecimento completo
e aguardavam o início da competição.
Em prova estiveram 10 Escolas e 80 pares / trios!!
Foram mais de 200 ginastas reunidos para a 2ª
competição que servirá para encontrar quais os
apurados para os Campeonatos Regionais.
Nestas alturas, não interessa o quanto treinámos
ou evoluímos: é impossível deixar de sentir um
“nervoso miudinho” apoderar-se de nós antes de
entrar no praticável enquanto aguardamos pela
nossa vez...
“Será que treinámos o suficiente?”; “Será que pre-
cisamos de repetir mais alguma figura?”; “Como
serão os nossos adversários?”.
Facto importante para este Grupo do Desporto
Escolar: apesar de ser o 1º ano da Ginástica Acro-
bática integrada no Desporto Escolar aqui na ESAS,
TODOS os grupos competem no nível mais eleva-
do e, por conseguinte, mais difícil e exigente -
Nível 3.
O nosso Par Feminino foi o primeiro a entrar em
acção. Ana Pacheco (12ºH) e Inês Abrunhosa (7ºA)
estiveram muito bem no seu exercício e consegui-
ram o 11º lugar com 9,25 pontos. Nesta prova, os
3 primeiros lugares do pódio foram arrebatados
pelo Cerco.
Seguiu-se o Trio na Mariana Franco / Carolina Cos-
ta / Filipa Figueiredo (12ºH). Foi um dos melhores
esquemas que fizeram onde introduziram, inclusi-
vamente, uma figura facultativa , fruto do trabalho
e da evolução das ginastas desde a 1ª competição.
Infelizmente, uma queda na figura final - que lhes
custou 2,0 pontos - arredou-as para o 12º lugar.
Era chegada a vez dos Pares Mistos: o primeiro a
participar foi o Par Márcio Cardinal / Barbara Tei-
xeira (11ºB). Muito bom exercício com uma figura
opcional e o 8º lugar - 9,5 pontos - não lhes esca-
pou.
Para finalizar a participação da ESAS estava desti-
nada uma das melhores prestações. José Chen
(11ºB) e Sofia Abrunhosa excederam-se no prati-
cável e mostraram enormes progressos desde a
primeira competição. Venceram o seus colegas de
equipa e alcançaram o 7º lugar - melhor prestação
da nossa Escola nesta prova.
Foi um magnífico dia para a ESAS. O apoio de
muitos dos nossos alunos que se deslocaram ao
Cerco para torcer por nós foi determinante para
sentirmos que não estávamos sozinhos e para
superarmos todas as nossas expectativas. A
todos eles: MUITO OBRIGADO!
2ª competição
da Ginástica
Acrobática
19 de Março de
Márcio e Bárbara do turma B do 11ºano
José Chen (11ºB) e Sofia Abrunhosa (7ªA)
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U m Cometa? Sim, é uma coisa normal e
comum. Mas… o que é que um cometa
tem a ver com a República Portuguesa? Bem, foi
isso que os alunos do 12ºI que corresponde ao Cur-
so Profissional de Técnico de Turismo 2010/11,
foram descobrir. Para isso reuniram-se à porta da
Biblioteca Municipal do Porto e foram assistir a uma
palestra acerca do conhecimento científico e senso
comum, assim como foram ver a exposição acerca
das influências do cometa.
A exposição ocupa um claustro e meio, onde são
mostrados os nexos e fortuitas relações - acasos e
coincidências inscritos na história da Astronomia -
entre ambos os acontecimentos ocorridos nesse
mesmo ano: cerca de cinco meses depois da sua
passagem próxima da Terra, em Maio, o cometa
Halley viria a ser lembrado como uma espécie de
mensageiro, anunciador da primeira mudança de
regime político em Portugal desde a fundação da
nacionalidade. Por tal motivo, o mais popular come-
ta da História humana pode ser etiquetado pelo
inconsciente colectivo nacional como "o cometa da
República".Muitos dos temas que emergiram na
sociedade portuguesa, a pretexto da aproximação
do tão temido cometa, foram usados como arma
ideológica pelos republicanos contra os suportes
sociais, mentais e religiosos da Monarquia. As fragi-
lidades mentais do Portugal profundo, inseguro e
supersticioso, vieram ao de cima, em todo o seu
esplendor trágico e cómico. Como nos grandes dra-
mas clássicos ou da antecipação científica, a socie-
dade portuguesa viveu, de facto, o transe de uma
noite de "fim do mundo" !
O Astrofísico Filipe Pires apresentou-nos o ponto de
vista científico e o professor. Joaquim Fernandes
deu-nos a conhecer o ponto de vista sociológico.
Pela sociologia conseguimos concluir que o povo
era extremamente mal informado, contribuindo
para isso o analfabetismo e que, enquanto uns tre-
miam de medo, outros celebravam (aparentemente
sem problemas com o “final do mundo”) com festas
e champagne.
O Dr. Filipe Pires, abordou-nos com uma explicação
da importância da astrofísica, passando depois a
explicar a evolução do conhecimento científico do
Homem (incluindo as teorias helio e geocêntrica).
Por fim, desenvolveu a questão relativa à formação
dos planetas, cometas e asteróides.
No final das apresentações, ambos se ofereceram
para esclarecer qualquer dúvida e responder às
perguntas que quiséssemos colocar: um dos aspec-
tos debatidos foram as diferenças sócio-políticas e
económicas entre os anos de 1910 e 2011.
À descoberta do “tal” cometa da República Patrícia Cordeiro do 12ºI
Biblioteca
Municipal do Porto
28 de Janeiro de 2011
Museu de Serralves numa perspectiva turística Ana Sousa da turma J do 11ºano
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O 11ºJ foi visitar o
Museu de Fundação
de Serralves, acompanhado
pelos professores António
Catarino e Isabel Trigo no
âmbito das disciplinas de Área de Integração
e Geografia, e também, pela guia Joana Nas-
cimento, que nos orientou durante toda a
visita.
Embora a Fundação de Serralves já existisse
desde 1989, só em 1999 é que foi inaugura-
do este belo Museu, esta representação da
Arte Contemporânea. É um museu onde se
destacam as exposições temporárias.
A exposição que tivemos oportunidade de
ver chamava-se “Às Artes Cidadãos” e
demonstrou-nos de que forma a Arte se
pode comprometer com a Política. Todas as
obras que vimos tinham uma mensagem e
todas essas mensagens levavam-nos a acon-
tecimentos históricos que marcaram a Terra
pelos grandes conflitos.
Mal a visita começou, deparámo-nos com
uma espécie de separatória em arame o que
nos levou até aos anos 60/70/80, mais preci-
samente, ao Muro de Berlim, o famoso
muro que dividiu a Europa em duas partes,
duas diferentes ideologias. A seguir, vimos
alguns quadros onde nos mostravam uma
época em que a ideia de partilha era, prati-
camente, impossível. Na mesma sala estava
também um vídeo onde constatámos algu-
ma ironia em relação ao poder, uma crítica
social e política.
Estivemos, depois, diante de uns escudos da
PSP (com muitas marcas de violência) e uma
frase que nos chamou à atenção: “NÃO
TENHO PALAVRAS PARA DIZER QUANTO
ODEIO A POLÍCIA”, a imagem de um enorme
desagrado contra esta instituição.
Por fim, para acabar a visita, vimos algumas
obras de um artista francês. A França foi “a
mãe” de muitos movimentos e, com Gil J.
Wolman, observámos o “Corte” (interesse
pela ideia de separatismo/intenção de fragi-
lizar algo) e o “Letrismo” que foi um movi-
mento que levou a radicalidade a um ponto
de tentar corromper os valores instituídos.
Serralves 9 de Fevereiro de 2011
Músi
ca
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Poesi
a
O Erro da Matemática
Inês Trigo da turma G do 12ºano
Nesta secreta viagem, só minha e tua
Neste deserto árido e vazio de som
Somos todos anónimos, incógnitos,
Desconhecidos uns dos outros.
Lutadores sem causa, relógios sem ponteiros,
Ruas sem sentido, vidros partidos.
Somos quadrados de cinco lados, fracções inteiras,
livros despidos de palavras, vozes caladas.
É neste deserto que corremos,
vazios, sozinhos entre milhares.
É neste deserto que os números se fazem horas
e as letras se fazem relatórios.
Presente, ausente,
chegou, faltou.
Nesta secreta viagem, só minha e tua,
o tempo tornou-se infinito.
Viajaremos por todo o sempre.
Somos partículas, e temos um Universo para conhecer.
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B each House são uma banda originária dos Estados Uni-dos, formando-se em 2004. Os seus membros são a france-sa Victoria Legrand (vocais e órgão) e o americano Alex Scally (teclado e guitarra). O estilo dos Beach House abrange indie rock, dream pop, electronic, shoegaze e baroque pop. O seu álbum de estreia auto-intitulado, Beach House, foi intensamente aclamado pela crítica. Também foram lançados mais dois álbuns até à data: Devotion, em 2008, e Teen Dream, em 2010. O gru-po apresenta músicas de ritmo lento e suave em diversas das suas canções, acompanhado por letras atmosféricas. A vocalista, Victoria, é com-parada à vocalista de rock psicadélico Kendra Smith (Opal). As influências da banda incluem Minimum Chips, Galaxie 500, The Zombies, Brian Wilson, Françoise Hardy, Neil Young, Big Star and Chris Bell. Apesar de esta banda não ser muito reconhecida em Portugal, a qualidade da sua música e melodia é notória, tal como a sua crescente fama nos meios internacionais.
Beach House Ana Rita Fonseca do 11ºG
MO
DA
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moda
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Branco
O branco é sempre uma grande cor para a prima-vera e para o verão. O bran-co transmite tranquilidade e paz de espírito. Calças, tops, vestidos, casa-cos, entre as mais variadas peças!
Tendências Primavera -Verão 2011
Diana Morgado do 11ºH Patrícia e Pedro do 11ºG
A nova temporada Primavera -Verão traz consigo as cores ricas e vibrantes que alegram o ambiente.
Nesta Primavera – Verão 2011 , usa e abusa de cores como os vários tons de azul, de castanho e ainda amarelo.
Rosa
Mas não é um cor de rosa qualquer. O rosa madressilva (brilhante, um tanto avermelha-do) foi escolhido como cor do ano e, no que diz respeito à moda, esteve presente nos desfiles de Primavera 2011 de designers de moda como Jill Sander e DKNY. Faz especial furor quando conjuga-do com cores diferen-tes, e em que esteja presente um forte contraste!
FICHA TÉCNICA
Coordenadores: António Catarino (Prof.) Julieta Viegas (Profª)
Redacção e Tratamento da Informação: António Catarino (Prof.)
Paginação e Maquetagem: Julieta Viegas (Profª )
Equipa de alunos: Pedro Gomes 11ºG Patrícia Costa 11ºG Ana Rita Fonseca 11ºG Juliana Almeida 11ºG Inês Trigo 12ºG José Chen 11ºB Vanessa d’Orey 11ºF Alexandra Pereira 7ºE Cíntia Males 7ºE Ana Rita 7ºE Diana Castro 11ºG
Financiamento :
Nota+: centro de estudos Não + pêlo: centro de estética Oxigénio: fitness club Olmar: artigos de papelaria Estrela Branca: confeitaria
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Editorial
Último dia do 2º Período
Em 2011, 8 de Abril
Noite de Teatro ESAS 2011 O Conto da Ilha Desconhecida (José Saramago)
e Interrogações (Criação colectiva do 9.ºB)
Prof. José Fernando Ribeiro
A Noite de Teatro ESAS 2011 contará este ano com duas peças, cuja representação está prevista para o dia 3 de Junho do corrente ano, no espaço da Cantina, pelas 21 horas e 30 minutos:
O Conto da Ilha Desconhecida (José Saramago) integra alunos do 8.º D, em número de sete, que têm como opção a disciplina de Expressão Dramática; Interrogações (Criação colectiva do 9.ºB) reúne quinze alunos do 9.ºB, no seu último ano de frequência da disciplina de Expressão Dramática.
A noite de teatro será ainda o momento oportuno para a entrega de lembranças a alunos participantes noutras actividades.
ESCOLA SECUNDÁRIA AURÉLIA DE SOUSA/3— Rua Aurélia de Sousa—4000-099 Porto Telf. 225021773—[email protected]
Percebemos, pelas notícias que vão saindo nos media, a
dimensão quase exacta (e cremos que muito ainda haverá
por revelar) dos cortes exercidos nas áreas da Ciência e da
Cultura no nosso país. Sabemos igualmente que, embora
sejam áreas onde a capacidade de reivindicação é claramente
sentida pelo mediatismo dos seus principais agentes, não
deixam de ser áreas «surdas» porque não são acompanhadas
pela grande maioria da população. Quem já ouviu nos trans-
portes públicos ou na rua, a chamada vox populi queixar-se
dos cortes orçamentais na Cultura e na Ciência? Numa situa-
ção de crise como aquela que estamos a viver, este facto
pode estar relacionado com um fenómeno que ditará uma
diminuição da frequência de espectáculos teatrais e de dan-
ça, exposições, música, acesso a livros e espaços científicos
por parte dos nossos alunos. De facto, os cortes orçamentais
na Educação podem diminuir drasticamente o número de
visitas de estudo que os nossos alunos poderão efectuar,
assim como a oferta cultural e científica poderá ser objecto
de um empobrecimento significativo nos próximos anos. Os
professores, mais uma vez, tentam cumprir o seu papel de
educadores e colmatar o défice de conhecimento nestas
áreas, até porque sabem o quanto é importante que um país
não se autocensure e perca a sua identidade ou matriz cultu-
ral. Mas até quando?