Jornal O Farol - 3º Edição

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São Carlos, 25 de Março de 2016 nº03, Ano 3 Workshop Cases tem auditório lotado em sua primeira edição Evento pioneiro sobre o tema “Steel Frame e Wood Frame”, di- recionado principalmente para os alunos de Engenharia Civil, contou com palestrantes renomados e um auditório cheio. O público presente também aproveitou para esclarecer todas as dúvidas. (página 10) Nivelamento para os ingressantes tem grande adesão As aulas foram ministradas por alunos do próprio grupo PET e tive- ram como objetivo ajudar os calou- ros, que sofrem para se adaptar às matérias do ciclo básico. Os ingres- santes que compareceram apoiam a ideia e acreditam que tal iniciativa pode ajudar muito. (página 7) Grupos de extensão da UFSCar realizam, mais uma vez, o Trote Verde com os calouros A união entre os grupos EDIFICar Jr., Enactus, CACiv e PET Civil resul- tou em uma parceria para a realização do Trote Verde, marcando o encer- ramento das atividades do primeiro semestre e incentivando o desenvol- vimento sustentável dos alunos. A atividade aconteceu no dia 18 de junho de 2015 e promoveu o plantio de 72 mudas de árvores em um local antes degradado, assim contribuindo para a recuperação do mesmo. (página 3) Aula de Introdução à Engenharia Civil ganha participação do grupo PET para apresenta- ção das atividades Na 2ª semana de aula de 2015, o grupo PET Civil da UFSCar esteve à frente da aula de Introdução à En- genharia Civil, ministrada pelo co- ordenador do curso, Prof. Dr. José Neto. Nessa aula, contando com momentos de muita descontração, os novos alunos tiveram a oportu- nidade de conhecer o grupo e suas diversas atividades. O grupo tam- bém aproveitou para incentivar os alunos a participarem de atividades extracurriculares na Universidade. (página 5) Palestra sobre Wood Frame prende a atenção dos espectadores PETianos apresentando o PET Civil Calouro na Aula de Nivelamento

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A terceira edição do Jornal O Farol está repleta de novidades! Desenvolvido pelos integrantes do grupo PET Civil UFSCar, O Farol destaca algumas de nossas atividades principais realizadas durante o ano de 2015 :)

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São Carlos, 25 de Março de 2016 nº03, Ano 3

Workshop Cases tem auditório lotado em sua primeira edição

Evento pioneiro sobre o tema “Steel Frame e Wood Frame”, di-recionado principalmente para os alunos de Engenharia Civil, contou com palestrantes renomados e um auditório cheio. O público presente também aproveitou para esclarecer todas as dúvidas. (página 10)

Nivelamento para os ingressantes tem grande adesão

As aulas foram ministradas por alunos do próprio grupo PET e tive-ram como objetivo ajudar os calou-ros, que sofrem para se adaptar às matérias do ciclo básico. Os ingres-santes que compareceram apoiam a ideia e acreditam que tal iniciativa pode ajudar muito. (página 7)

Grupos de extensão da UFSCar realizam, mais uma vez, o Trote Verde com os calouros

A união entre os grupos EDIFICar Jr., Enactus, CACiv e PET Civil resul-tou em uma parceria para a realização do Trote Verde, marcando o encer-ramento das atividades do primeiro semestre e incentivando o desenvol-vimento sustentável dos alunos. A atividade aconteceu no dia 18 de junho de 2015 e promoveu o plantio de 72 mudas de árvores em um local antes degradado, assim contribuindo para a recuperação do mesmo. (página 3)

Aula de Introdução à Engenharia Civil ganha participação do grupo PET para apresenta-ção das atividades

Na 2ª semana de aula de 2015, o grupo PET Civil da UFSCar esteve à frente da aula de Introdução à En-genharia Civil, ministrada pelo co-ordenador do curso, Prof. Dr. José Neto. Nessa aula, contando com momentos de muita descontração, os novos alunos tiveram a oportu-nidade de conhecer o grupo e suas diversas atividades. O grupo tam-bém aproveitou para incentivar os alunos a participarem de atividades extracurriculares na Universidade.(página 5)

Palestra sobre Wood Frame prende a atenção dos espectadores

PETianos apresentando o PET Civil Calouro na Aula de Nivelamento

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O Farol 2016

Editorial

A terceira edição do Jornal O Farol vem repleta de novidades sobre as atividades desenvolvidas durante todo o ano de 2015 pelo grupo PET Civil UFSCar! O ano começou com as aulas de nivelamento para calouros e a atividade do Trote Solidário, as quais contaram com ampla participação dos alunos ingressantes em 2015. Durante o decorrer do primeiro semes-tre, ocorreu o Roda Viva: Crise Hídrica, tratando desse tema importante que preocupou e ainda preocupa todo o estado de São Paulo. Além disso, tivemos a primeira edição do Workshop Cases, que abordou os assuntos Wood Frame e Steel Frame e se mostrou muito interessante para os alunos, com a exemplificação das novas tecnologias em casos reais. O grupo tam-bém ministrou o curso de Excel Básico, promoveu o Trote Verde e lançou o processo seletivo 2015, por meio do qual 4 novos integrantes passaram a fazer parte do grupo.

No segundo semestre, o grupo realizou uma visita ao novo Posto Graal de São Carlos e à fábrica da empresa Construaço, que tem a respon-sabilidade da obra. Tal atividade procurou aproximar a teoria da prática e ampliar os conhecimentos que os alunos recebem em sala de aula. Outra atividade importante foi a campanha de doação de sangue Engenheiro San-gue Bom, que, após a primeira edição em 2014, ampliou os horizontes atra-vés da parceria com a secretaria acadêmica de Engenharia Civil da USP São Carlos na edição de 2015, o que gerou um aumento no número de bolsas doadas e, consequentemente, no número de pessoas impactadas. O grupo ofereceu, além disso, o curso de FTOOL, voltado principalmente para os alunos da disciplina de Mecânica Aplicada, e realizou a segunda edição do Workshop Cases, desta vez com os temas Painéis Mistos e Paredes de Con-creto.

Por fim, para promover uma relação cada vez mais próxima entre alunos e professores, realizamos entrevistas com os professores Jasson Rodrigues de Figueiredo Filho e Wanderson Fernando Maia, e ambos com-partilharam suas origens e experiências.

Aproveite estas e outras reportagens feitas especialmente para você! Para mais informações, curta nossa página no Facebook e fique por dentro do que acontece no PET Civil UFSCar.

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Sumário

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Por Cristiane de Farias

Editora-chefe: Cristiane de Farias

Editores: Gustavo Travalini Rosolem Maira Neves do Vale

Revisoras: Luíza C. Candal Moreira Marina Prudente Guiotti

Redatores: Alex Sander Clemente Ana Carolina F. de Oliveira Cristiane Murakawa Letícia Ramos Matheus Felipe Fantin Thayná Verger Paulino

Trote Verde.............................................3Visita técnica ........................................3 Curso de Excel Básico............................4Introdução à Engenharia Civil............5Roda Viva: Crise Hídrica................5Trote Solidário........................................6Palestra em escola..................................6Aula de Nivelamento..............................7Engenheiro Sangue Bom.......................8Minicurso de FTOOL.............................917ª Universidade Aberta.........................9Wood Frame e Steel Frame..................10Processo seletivo..................................10Painéis Mistos e Paredes de Concreto..11Minicurso de oratória...........................12Curso de Análise Estrutural.................12PETianos egressos................................12Entrevista Prof. Jasson........................13Entrevista Prof. Wanderson...............15

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Como forma de festejar o encerramento das ati-vidades do 1º semestre de 2015, aconteceu no dia 18 de junho o tradicional Trote Verde, envolvendo os calou-ros do curso de Engenharia Civil da UFSCar.

Organizado pelo grupo PET Civil, juntamente com os grupos Enactus UFSCar, EDIFICar Jr. e Cen-tro Acadêmico da Engenharia Civil (CACiv), o evento proporcionou o plantio de 72 mudas de árvore em um bairro da periferia de São Carlos/SP. Tais mudas foram plantadas com o intuito de restaurar e implantar uma cerca viva em um terreno bastante degradado, onde se fazia comum o despejo de lixo e entulho.

O evento teve como principal objetivo enfati-zar a importância do meio ambiente para o desenvol-vimento sustentável. Consequentemente, assegurar que os futuros engenheiros, ao atuarem como agentes modificadores da paisagem natural, tenham uma cons-ciência crítica a respeito do assunto, visando sempre à qualidade de vida das pessoas.

O grupo PET agradece ao Departamento de En-genharia Civil da UFSCar e aos grupos já citados pelo apoio na organização do evento. Gostaríamos de agra-decer também a colaboração do Horto Municipal Na-varro de Andrade de São Carlos/SP, responsável pela doação das mudas para o plantio, e à empresa de trans-porte coletivo da cidade – Athenas Paulista – por dispo-nibilizar um ônibus gratuito para o deslocamento dos alunos da Universidade até o local do plantio.

Por Matheus Felipe Fantin

Alunos do 1º período participam do Trote Verde 2015

O que aconteceu em 2015Trote Verde encerra as atividades do primeiro semestre

Grupo PET e alunos são convidados para visita técnicaPor Alex Sander Clemente

O curso de Engenharia Civil, ao mesmo tempo em que exige uma formação teórica sólida e consisten-te, necessita de habilidades práticas para tomada de decisões rápidas. Uma forma de incrementar essa vivência da prática da Engenharia Civil é ir a obras, onde se observa o projeto saindo do papel e todas as implicações e dificuldades ineren-tes a esse processo. Pensando nisso, o Grupo PET Civil procura organi-

zar visitas técnicas para estreitar a distância entre teoria e prática; ou melhor, para mostrar que ambas são necessárias para o bom desenvolvi-mento das atividades do Engenhei-ro Civil.

Este ano, a visita técnica foi a uma obra realizada em estruturas metálicas: o novo Posto Graal na cidade de São Carlos. Nesta obra, o projeto, a fabricação e a montagem da estrutura foram de responsabili-dade da Construaço, empresa espe-cializada em construções metálicas,

sediada na cidade de São Carlos. A visitação começou pela fábrica da Construaço, mais precisamente pe-las salas de projetos, onde o enge-nheiro Roney Marcos M. Cordeiro apresentou para os participantes todo o processo de projeto, desde a concepção e análise, ao dimensio-namento e detalhamento para fabri-cação, apresentando os softwares que são utilizados e destacando a importância da iteração entre o pro-jeto de detalhamento e a fabricação. A visita teve continuidade na área

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O que aconteceu em 2015

O Curso de Excel Básico, realizado nos dias 11 e 12 de maio, foi aplicado pela primeira vez pela equipe do PET Civil e ministrado pela PETiana Ana Carolina Fávero de Oliveira. Com duração total de 6 horas, distribuídas em dois dias, o principal objetivo do curso foi fazer com que os participantes assimilassem os recursos básicos do programa e os utilizassem no desenvolvimento de planilhas eletrônicas com funções, a fim de ajudá-los no de-senvolvimento de cálculos, assim facilitando a realização de diversas atividades ao longo do curso de Engenharia Civil.

Alunos realizando uma atividade em sala

Por Ana Carolina F. de Oliveira

Curso de Excel Básico

de execução da fábrica e, além do engenheiro Roney Cordeiro, acompanhou-nos também o proprietário da empresa, o engenheiro Ernesto César Giantomassi. Na ocasião, foram apresentados, de forma bastante di-dática, os principais processos para fabricação de uma estrutura, bem como os equipamentos e materiais mais utilizados - tendo inclusive demonstração de fu-ração e soldagens de peças. Pôde-se observar também a produção de parte da estrutura do Posto Graal, que foi a próxima parada da visita.

Na obra, percebeu-se claramente o sistema es-trutural que havia sido apresentado nos desenhos de projeto pelo engenheiro Roney Cordeiro. Além disso, foram explicados os procedimentos de montagem e

como são as interações entre a estrutura metá-lica e os demais elementos da edificação. A obra do Posto Graal é um projeto simples e sem gran-des complicações, no entanto, a visita foi con-duzida de forma a proporcionar resultados bas-tante positivos para os participantes. Notou-se a dinâmica de todo o processo envolvido nesta obra de forma bastante detalhada, desde a fase de projeto, passando pela produção e culmi-nando com a montagem. O grupo PET agradece imensamente à empresa Construaço e aos en-genheiros Roney Marcos M. Cordeiro e Ernesto César Giantomassi.

Alunos atentos à explicação dos projetos

Alunos na visita ao Posto Graal em construção

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Aula de Introdução à Engenharia Civil com os calourosPor Matheus Felipe Fantin

No último dia 12 de março, o grupo PET Civil UFSCar, repre-sentado pelos membros Cristiane de Farias, Gabriel Ayabe Ninomiya e Matheus Felipe Fantin, esteve à frente da aula de Introdução à Enge-nharia Civil, disciplina obrigatória e destinada aos calouros. Tratou-se de uma aula diferente, envolvendo momentos de descontração e de apresentação do grupo aos novos alunos de graduação da Engenharia Civil.

Por cerca de duas horas, os calouros tiveram a oportunidade de conhecer o grupo PET Civil e o seu papel dentro do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar. Além disso, foi passada uma percepção geral sobre a trajetória ao longo do curso de Engenharia Civil, o que os alunos irão enfrentar e quais as

principais dificuldades que serão encontradas nos próximos anos.

Inicialmente, foi desenvol-vida a dinâmica do Pirulito, cujo ob-jetivo foi transmitir uma mensagem sobre o trabalho em equipe e a im-portância de ajudar o próximo. Ao longo da aula, o grupo PET foi apre-

sentado abordando sua definição, seus integrantes e objetivos. Além disso, foi explicado e detalhado o tripé que envolve as atividades do grupo: Pesquisa, Ensino e Extensão. Apresentou-se, também, todas as atividades realizadas pelo grupo no ano de 2014 (para saber mais, con-sulte a 2º edição do Jornal O Farol) e os requisitos para se tornar um membro do grupo PET. Ao final da apresentação, um espaço foi aberto para eventuais dúvidas que envol-vessem tanto o grupo PET, quanto o curso de Engenharia Civil ou a Uni-versidade como um todo.

O grupo PET Civil agradece ao Departamento de Engenharia Ci-vil da UFSCar e ao Prof. Dr. José da Costa Marques Neto pela oportuni-dade de desenvolver essa atividade com os novos alunos do curso.

Alunos do primeiro semestre na aula mi-nistrada pelos petianos

A polêmica crise hídrica de 2015 gera discussões Por Thayná Paulino Aconteceu no dia 12 de Junho mais uma edição do tradicional Roda Viva que trouxe como tema, desta vez,

o “Panorama dos Recursos Hídricos e sua relação com o Engenheiro Civil”. O evento contou com a presença de profissionais da área, sendo eles a Profa. Dra. Luisa Fernanda Ribei-

ro Reis, o Prof. Dr. João Sérgio Cordeiro e a Profa. Dra. Kátia Sakihama Ventura. Os professores abordaram na palestra o atual cenário hídrico do País (com foco no Estado de São Paulo), correlacionando-no com a crise do último ano, suas causas e consequências. Além disso, foram apontadas as possíveis soluções para tais problemas

tendo em vista o papel do Engenheiro Civil nessas mudanças.

O Roda Viva: Cri-se Hídrica foi uma gran-de oportunidade para os participantes se atualiza-rem e sanarem suas dú-vidas acerca deste tema que envolve grandes de-safios, principalmente para os profissionais de engenharia, na tentativa de melhorar as perspec-tivas do setor para o futu-ro.Membros do grupo PET Civil e os palestrantes do Roda Viva

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O que aconteceu em 2015

Trote Solidário reúne calouros para ação social em escolaPor Thayná Paulino

Ocorrido no dia 03 de mar-ço, o Trote Solidário promoveu, mais uma vez, a integração entre os calouros da Engenharia Civil, além de ressaltar a responsabilidade so-cial e levar um colorido mais do que especial para as crianças da Associa-ção Espírita Francisco Thiesen.

Organizado pelos grupos de extensão: EDIFICar Jr, PET Civil e Centro Acadêmico, o evento tam-bém contou com a participação do grupo Enactus UFSCar no preparo do ambiente que foi, posteriormen-te, dominado pela imaginação dos calouros. Pinturas de artes e brinca-

Palestra na escola Conde do PinhalPor Cristiane Murakawa Até o primeiro semestre de

2015, o PET contava com um grupo cuja linha de pesquisa se baseava no tema da sustentabilidade. Nesse contexto, no dia 10 de abril, o gru-po realizou uma palestra na escola Conde do Pinhal para alunos do pri-meiro ao terceiro ano do ensino mé-dio, com idades entre 14 e 17 anos, que cursavam uma matéria eletiva sobre carreiras profissionais.

Inicialmente, o grupo PET foi apresentado aos alunos, seguido de uma explicação sobre as áreas de atuação da Engenharia Civil. Tam-

deiras infantis, por exemplo a “ama-relinha”, foram realizadas por todo o chão da instituição.

O apoio do Departamento de Engenharia Civil foi fundamental para a realização da campanha, bem como a contribuição das empresas Athenas Paulista e São Geraldo Tin-tas que forneceram, respectivamen-te, o transporte dos participantes e o o material de pintura necessário.

Assim, como manda a tradição, a Civil UFSCar começou mais um ano letivo com um dia de muita des-contração e alegria fazendo o bem a quem precisa!

bém foram abordados assuntos re-lacionados à Sustentabilidade, des-de atitudes sustentáveis no dia a dia, até a Sustentabilidade no âmbito da Engenharia Civil, no qual foram le-vantados aspectos dos resíduos na construção civil, das construções sustentáveis e da reciclagem dos re-síduos gerados na construção e de-molição. No final da apresentação, os alunos puderam sanar suas dú-vidas e perguntar sobre curiosida-des para os membros do PET e para o professor Alex Clemente Souza, que acompanhou o grupo durante a

apresentação. A palestra teve início às

12h55 e duração de aproximadamen-te 1h30. Estavam presentes por vol-ta de 30 alunos, os quais apresentam interesse nos cursos de veterinária, direito, medicina e engenharia.

O grupo PET agradece a Es-cola Conde do Pinhal pela parceria e confiança e também a professora Teresinha Aparecida Soares Brito, por meio da qual foi feito o contato para realização dessa apresentação.

Calouros pintando “amarelinha” no chão da Associação Espírita Francisco Thiesen

Grupo PET Civil apresentando-se na escola Conde do Pinhal6

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Após o ingresso na universidade, ainda nas pri-meiras aulas, a dificuldade encontrada pela maior parte dos alunos de todas as engenharias é certa: disciplinas dos departamentos de Matemática e Física. De acordo com a pesquisa realizada no ano anterior, publicada na 2º edição de O Farol, concluiu-se que cerca de 45% dos ingressantes reprovam no 1º semestre, estando as re-provações concentradas essencialmente nas discipli-nas de Cálculo 1, Física 1 e Geometria Analítica (91%). Por intermédio de tais dados, que desanimam tanto os calouros quanto o Departamento de Engenharia Civil, o PET Civil desenvolveu um esquema de Aulas de Nive-lamento, e o projeto piloto foi levado à prática no início desse ano, com os ingressantes em 2015.

Aula de NivelamentoPor Cristiane de Farias

As aulas aconteceram duas vezes por semana, às terças e quartas, de 17 de março a 1 de abril. Os assuntos abordados foram: Funções, Geometria Analítica Bási-ca, Limites, Derivadas e Integrais. Os “professores” fo-ram os membros do PET e, a cada dia, um grupo era res-ponsável por organizar o conteúdo e apresentá-lo de forma acessível aos alunos para que compreendessem o significado aplicável da matéria através da resolução de exercícios e exemplos.

Durante a realização das atividades, 56 alunos passaram pela sala de aula. Com um público de cerca de 25 pessoas por dia, foi possível conhecer cada uma delas e trazê-las para perto dos veteranos do PET, que auxiliaram com dicas a respeito da metodologia das disciplinas e como obter melhores resultados em cada uma delas.

A Bibliotequinha do PET também foi divulgada durante as aulas, de forma que grande parte dos exem-plares das disciplinas de Física 1, GA e Cálculo 1 foram

Primeira aula do projeto piloto de Aulas de Nivelamento

emprestados. Isso foi de essencial ajuda para os “bixos” durante todo o semestre, principalmente no período de greve em que a BCo (Biblioteca Comunitária UFSCar) esteve fechada.

A cada aula, foram entregues formulários aos alunos para que resultados ainda melhores sejam atin-gidos no ano que vem, de modo que a atividade seja re-pensada e atualizada frente às realidades que os alunos vivenciam. Além disso, também neste ano, foi realizado o Questionário para obtenção de novos dados referen-tes aos alunos 2015.

Obrigada a todos os alunos 015 que participa-ram da atividade e nos deram os feedbacks necessários para melhorar a cada dia! Para a próxima edição, serão novos desafios, aulas mais aprofundadas, mais conte-údo de Geometria Analítica e um curso reformulado para que os ingressantes em 2016 se sintam bem aco-lhidos pela Federal mais bonita do Brasil!

Calouros atentos à aula de nivelamento

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O que aconteceu em 2015

Durante os dias 18 e 19 de agosto, o grupo PET Civil realizou a campanha “Engenheiro Sangue Bom”, que teve como objetivo reu-nir alunos da Engenharia Civil da UFSCar e da USP para doarem san-gue na Santa Casa de São Carlos. A campanha contou com auxílio de transporte cedido pela Athenas Paulista com saída da UFSCar em dois horários diferentes em cada dia, nos períodos da manhã e da tarde. A campanha contou com 50 participantes, sendo coletadas 40 bolsas de sangue.

A princípio, os alvos eram os estudantes de Engenharia Civil, mas a campanha contou com a pre-sença de alunos das Engenharias de Produção e Química da UFSCar e da Mecatrônica da USP. Heloise, aluna de Engenharia Mecatrônica da USP, gostou da iniciativa, pois sempre quis doar e só precisava de oportu-nidade. Já Cristiane e Ana Carolina, que fizeram parte da organização da campanha, foram contagiadas pelos participantes e também doa-ram em prol do próximo. O estoque

Engenheiros inseridos na manutenção da vidaPor Ana Carolina F. de Oliveira e Bruna C. Marola

de bolsas sanguíneas da Santa Casa registrou déficit de doadores nos seis primeiros meses do ano, sendo a meta de janeiro a junho 10% abai-xo da planejada. Embora a projeção fosse a de atingir 4.500 doadores nesse período, o número não pas-sou de 3.791, sendo validadas apenas 2.171 bolsas deste montante de acor-do com as especificações da Organi-zação Mundial de Saúde (OMS). Em contrapartida, a Santa Casa regis-trou um aumento de 11% no número de transfusões e 12% no número de atendimentos no hospital. Outros fatores que influenciaram a dimi-nuição do estoque de bolsas sanguí-neas foram o surto de dengue na re-gião, a vacinação contra gripe, além de férias e feriados prolongados no período. Na avaliação do gerente do Banco de Sangue, Cesar José Creste Martins da Costa, o projeto neces-sita da ampliação de doadores, que atualmente possui uma média de 10 a 15 por dia, sendo que, para manter um estoque estável, seriam necessá-rias de 30 a 35 bolsas por dia.

Em agosto, mês em que foi

realizada a campanha Engenheiro Sangue Bom, o maior número de bolsas sanguíneas disponíveis no banco de sangue referiam-se ao tipo sanguíneo A+, o qual se mantém em uma média de 50 bolsas por dia. Isso se deve a sua ocorrência na popu-lação, que hoje é por volta de 34%, ficando atrás apenas do tipo sanguí-neo O+, com 36%.

Após a validação, as bolsas de sangue são submetidas a um pro-cesso de divisão que as fraciona em três componentes: plasma, hemá-cias e plaquetas. Dessa forma, uma única bolsa de sangue pode benefi-ciar até três pessoas diferentes.

A campanha foi considera-da um sucesso pelos organizado-res e responsáveis pela coleta das doações na Santa Casa, que foram muito prestativos e atenciosos com os participantes. No fim da cam-panha, a imagem de estudantes de engenharia preocupados com a ma-nutenção da vida foi elogiada por César, fazendo justiça ao nome da campanha.

Voluntários na campanha “Engenheiro Sangue Bom”

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17ª Universidade AbertaPor Ana Carolina F. de Oliveira

A 17ª edição da “Universida-de Aberta”, realizada nos dias 15 e 16 de setembro de 2015, foi um suces-so! O objetivo do evento é divulgar as atividades realizadas na UFSCar aos estudantes de ensino médio e pré-vestibular, buscando aumentar o interesse destes jovens por conhe-cimento, ciência e tecnologia, de modo a incentivar a continuidade dos estudos e dar início à carreira profissional.

Assim como nas outras edi-ções, em cada dia do evento, o curso de Engenharia Civil foi apresenta-do em uma palestra e um stand foi montado para maiores informações e para sanar as dúvidas e curiosida-des do público. A organização foi realizada conjuntamente pela coor-denação, pelos alunos voluntários e pelos grupos de extensão PET Civil, Empresa Jr. e Centro Acadêmico.

O stand contou com: ban-

ners autoexplicativos sobre a En-genharia Civil na UFSCar e as pos-sibilidades no mercado de trabalho após a graduação; maquetes de es-truturas metálicas; e projetos tanto antigos (feitos à mão), quanto atu-ais (feitos com o auxílio de softwa-res) a fim de comparação.

Durante o evento, todas as atividades e visitas foram gratui-tas e monitoradas pelos alunos da UFSCar.

Minicurso de FTOOLPor Cristiane Murakawa

No dia 25 de agosto, foi rea-lizado o minicurso de Ftool no De-partamento de Engenharia Civil da UFSCar (DECiv). Aplicado pela pri-meira vez pelo PET Civil UFSCar e ministrado pelo membro Matheus Felipe Fantin, o minicurso teve du-ração de cerca de 3 horas.

O FTOOL é um programa destinado ao ensino do compor-tamento estrutural de estruturas planas (2D). Tal comportamento é obtido por meio de uma análise de primeira ordem de estruturas típi-cas da Engenharia Civil. Trata-se, pois, de uma ferramenta simples, unindo em sua interface recursos para criação e manipulação de mo-delos estruturais.

Ao longo de todo o minicur-so, buscou-se explicar, de maneira clara e objetiva, as principais ferra-mentas do programa Ftool. Foram realizadas três aplicações de mode-los estruturais usuais na Engenha-ria Civil – treliça, viga hiperestática e pórtico. Em todas elas, buscou-se analisar a estrutura com a influ-

ência de carregamentos típicos e, assim, saber como tal estrutura se comporta com a aplicação de cargas e carregamentos permanentes e va-riáveis.

Estiveram presentes no mi-nicurso 25 estudantes de graduação de Engenharia Civil, distribuídos nos mais diversos períodos – 2º, 4º, 6º e 8º. A organização do minicurso contou com a participação de ou-tros quatro petianos que auxiliaram e desenvolveram atividades de di-vulgação e monitoria. São eles: Gus-tavo Rosolem, Luíza Candal, Maira Neves e Thayná Paulino.

Foram obtidos alguns re-latos dos estudantes que partici-param do curso por meio de um questionário online, aplicado após o término deste. O seguinte relato foi obtido de Lucas Sartori: “Achei um curso muito interessante, muito bem elaborado e explicado. Abor-dou de forma concreta as utilidades e usou muitos exemplos que ajuda-ram na fixação do conteúdo”. Luiza Moreira, outra estudante que par-

ticipou do curso, também achou o curso muito interessante e afirmou: “Pude aprender essa ferramenta que ajuda tanto na resolução de exercícios. Simples e de fácil utili-zação, tenho certeza que virará uma ferramenta do dia a dia para mim no curso de engenharia”.

Quando questionados a res-peito da viabilização do curso pelo PET, Fernanda de Souza afirmou: “Foi muito bom. É ótimo quando o PET traz cursos para complemen-tarem a graduação”. Bianca Tahara também deu sua opinião: “Achei muito bacana, pois proporcionou um ensinamento e auxílio àqueles que estão tendo contato com ma-térias que utilizam dessa ferramen-ta pela primeira vez”. E, segundo Deidson Velloso: “Achei muito im-portante, pois é pertinente às neces-sidades dos estudantes de Engenha-ria (Civil)”.

Agradecemos a participação e confiança de todos que compare-ceram ao evento! Até o próximo mi-nicurso de Ftool!

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O que aconteceu em 2015

Workshop Cases: Wood Frame e Steel FramePor Letícia Ramos

Atualmente, sustentabilidade é a palavra em destaque nas universidades, lugar onde a cultura sus-tentável é criada, e nas grandes construtoras, princi-pais causadoras dos maiores impactos ambientais. Assim, no atual contexto de busca pela preservação, têm-se os sistemas de construção seca e sustentável, que abrangem o Steel Frame e Wood Frame. Mas o que caracteriza essa modalidade de construção tão abor-dada hoje em dia?

O termo construção seca é caracterizado pela não utilização de água na execução da obra. Um exem-plo é o sistema CES – Construção Energitérmica Sus-tentável –, que compreende os sistemas construtivos Wood Frame e Steel Frame. O CES é amplamente uti-lizado em países desenvolvidos como os Estados Uni-dos e o Canadá, onde 90% das casas são construídas neste sistema. Sua principal característica é o uso de uma estrutura de perfis leves de aço ou de madeira que, juntamente com placas OSB (painel estrutural de tiras de madeira), permitem construções leves e igual-mente resistentes às feitas de concreto. Adiante estão as especificações de um dos sistemas construtivos abordados no evento

WOOD FRAME A tecnologia wood frame é uma forma mais efi-

ciente, industrializada, rápida e sustentável de cons-trução. Através desse método, todas as paredes, lajes e coberturas podem ser produzidas em fábrica, com controle industrial de produção.

As paredes são formadas por materiais com alta tecnologia e garantia de durabilidade e qualidade. Dentro da parede fica a estrutura em madeira autocla-vada para proteção total contra cupim e umidade. Esta estrutura recebe o preenchimento com isolamento térmico e acústico. Em ambas as faces são fixadas cha-pas estruturais de OSB. Na face externa são fixadas chapas de cimento e sobre elas qualquer tipo de reves-timento: tijolinhos, pintura, texturas, cerâmicas, etc. As paredes internas recebem gesso sobre as chapas de OSB, dando um acabamento muito fino e oferecendo uma grande resistência e solidez as paredes.

As lajes e coberturas também são produzidas em fábrica na tecnologia wood frame. Todos estes elementos recebem isolamento térmico e acústico integral. Após as lajes serem montadas na obra, ainda recebem uma camada de concreto, eliminando todo e qualquer efeito de piso de madeira.

Processo seletivo PET Civil UFSCar 2015Por Cristiane Murakawa

O processo seletivo do PET Civil foi realizado no primeiro semestre de 2015 e teve como seleciona-dos os alunos: Gustavo Travalini Rosolem, Luíza da Costa Candal Moreira, Maira Neves do Vale e Marina Prudente Guiotti. A divulgação dos aprovados ocorreu no dia 7 de maio e, após alguns dias, os novos integran-tes já tiveram a oportunidade de entrar em contato e conhecer mais a fundo as atividades desempenhadas pelo grupo. Dentre estas o minicurso de MS Project, ministrado para os membros do PET; a visita técnica à Construaço, empresa de estruturas metálicas locali-zada em São Carlos e também à nova unidade do posto Graal em construção, situada na Rodovia Washington Luís – Km 238. Acompanharam ainda a realização do evento Roda Viva - Crise Hídrica, que ocorreu no dia 16 de junho no auditório do CCET. Dessa forma, a par-tir do segundo semestre, os novos petianos deram iní-cio à realização das atividades e ao planejamento das tarefas do PET juntamente com os antigos membros. Divulgação dos aprovados no processo seletivo

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Workshop Cases: Painéis Mistos e Paredes de ConcretoPor Matheus Felipe Fantin

No último dia 28 de outubro, aconteceu o Workshop Cases - Painéis Mistos e Paredes de Con-creto, no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET), localizado na área norte da Universidade Fe-deral de São Carlos. O evento contou com a participa-ção de dois engenheiros convidados: Otávio Pedreira de Freitas, representante da Pedreira de Freitas Enge-nharia, e Marcelo Teixeira, representante da JetCasa.

O evento obteve um público de 31 pessoas, dentre eles alunos da graduação e da pós-graduação. Para o aluno Marcos Paulo Rodrigues Castello Bran-co, do quarto ano da graduação de Engenharia Civil, o evento foi muito interessante, uma vez que possibi-litou abranger assuntos pouco abordados em sala de aula, trazendo uma visão mais ampla sobre os siste-mas construtivos inovadores.

Inicialmente, o engenheiro Otávio apresentou o sis-tema construtivo de painéis portantes de concreto, retratando fundamentos teóricos sobre este tipo de estrutura e os seus procedimentos de produção e exe-cução. Tal sistema é caracterizado pela sua racionali-zação, minimizando significativamente as perdas nos canteiros de obras. Ao final, apresentou dois cases de diferentes cidades brasileiras. O primeiro deles refe-re-se ao Condomínio “Piemonte”, localizado em Belo

Grupo PET Civil com os engenheiros convidados

Horizonte/MG, onde foram construídas três torres de dez andares cada em aproximadamente 14 meses, comprovando a eficiência desse tipo de sistema no que se refere ao prazo de construção. O segundo case refe-re-se ao Condomínio “Viver Ananindeua”, localizado em Ananindeua/PA, um empreendimento financiado pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), no qual foram construídas 115 torres de quatro andares cada uma.

Em seguida, o engenheiro Marcelo deu conti-nuidade ao evento abordando o sistema construtivo de painéis mistos de tijolo cerâmico com concreto. Assim como Otávio, Marcelo retratou os procedimen-tos de produção e execução dos painéis mistos, des-tacando sua principal vantagem frente aos sistemas construtivos tradicionais: a diminuição do prazo de execução da obra.

Ao final do evento, foi aberto um tempo no qual o público pôde sanar suas dúvidas com os enge-nheiros convidados. Rafael Lepori Martinez, aluno do segundo ano da graduação de Engenharia Civil, acredita que eventos como esse são muito proveito-sos, pois auxiliam o aluno a escolher a carreira a seguir após o término da faculdade, além de trazer assuntos pouco vistos em sala de aula.

Alunos assistindo à apresentação da JetCasa

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O que aconteceu em 2015

Minicurso: Oratória e a arte de influenciar pessoasPor Thayná Paulino

Em parceria com o Institu-to Empreendedores Universitários, no dia 17 de setembro, foi realizado o minicurso “Oratória e a Arte de in-fluenciar pessoas” no auditório do Centro de Ciências Exatas e de Tec-nologia (CCET) da UFSCar.

O evento foi conduzido por Felipe Guedes que compartilhou al-gumas dicas de como elaborar uma boa apresentação pessoal e adquirir confiança ao falar em público, mos-trando como um bom discurso se torna uma importante ferramenta

tanto no meio profissional como pessoal. Para isso, algumas ativi-dades de interação com o público foram propostas a fim de transmi-tir de forma mais prática conceitos para manter a concentração e ga-rantir o sucesso na oratória.

Curso de Análise EstruturalPor Luíza Candal Durante o segundo semes-

tre desse ano, o Prof. Dr. Alex S. Cle-mente de Souza ministrou um curso de análise estrutural para os alunos do PET Civil, assim como para os seus alunos de iniciação científica. O curso teve início em agosto e foi concluído em novembro de 2015.

Tal atividade teve como objetivo aprimorar os conhecimentos dos alunos no que diz respeito a análises estruturais e, consequentemente, deixá-los familiarizados com a fer-ramenta utilizada, que foi o progra-ma computacional SAP 2000, por meio do qual as análises das estrutu-

ras foram feitas. Ao longo do curso, foram estudados os diversos fatores que influenciam nas estruturas, das quais foram feitas análises de defor-mação e esforços. Um exemplo de estrutura analisada foi um edifício de cinco pavimentos em aço.

Ensino, pesquisa e extensão são os três principais objetivos do programa. Eles não somente con-tribuíram para a melhora do meu conhecimento técnico no campo da engenharia através de cursos, trei-namento e eventos, mas eu também diria que, principalmente, melhora-ram minha habilidade de lidar com problemas reais e com pessoas den-tro e fora do grupo. Eu acredito que esta seja uma das habilidades mais importantes para os profissionais da atualidade. O PET me deu a opor-tunidade de desenvolver um pro-jeto de pesquisa em um campo de meu interesse, escrever um artigo sobre ele e apresentá-lo no congres-

PETianos egressos: Gabriela MoraesPor Gabriela Moraes

so científico da universidade. Isto com certeza vai me ajudar a desen-volver e apresentar meu futuro tra-balho de conclusão de curso (TCC) com muito mais confiança. Como se essas contribuições não fossem suficientes, o PET também me deu a chance de conhecer e fazer conta-to com profissionais e, o mais im-portante, me trouxe novos amigos! Depois de um tempo, eu me sentia em casa quando estava em nossas reuniões.

Eu definitivamente reco-mendaria o programa de intercâm-bio para todos os estudantes que tenham a oportunidade, para seu desenvolvimento pessoal e profis-

sional. Aqui nos Estados Unidos, uma experiência ótima que tive foi o projeto “Fall Clean UP” (ou “limpe-za do outono”, em português). Um grupo de estudantes universitários organiza a limpeza de calhas e jar-dins, cheios de folhas, para pessoas que não podem fazê-lo por questões físicas ou financeiras. Claro, nós não temos um problema com fo-lhas no Outono no Brasil, mas este projeto me fez pensar sobre muitos outros que poderiam fortalecer o relacionamento que a universidade tem com a comunidade no seu en-torno e impactá-la positivamente. Algo com que, diga-se de passagem, o grupo PET poderia contribuir.

Alunos atentos ao curso de oratória

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EntrevistasProfessor Jasson Rodrigues de Figueiredo Filho

Por Ana Carolina F. de Oliveira, Gustavo Travalini Rosolem e Maira Neves do Vale

PET: Quais são as suas origens? Como foi sua infância?

Jasson: Nasci em Londrina, no Paraná, em família humilde, unida, pais e irmãos fantásticos. Meu pai trabalhava no escritório da compa-nhia que colonizou a região e minha mãe, ainda viva, com quase 90 anos, era “do lar”. Entretanto, minha in-fância foi toda em Maringá, na mes-ma região. Somos quatro irmãos (duas e dois) e foi uma infância boa e agradável, bem diferente das atuais, e também da que meu único filho teve. Carrinho de rolimã, bolinha de gude, papagaio, subir em árvores, brincar na rua dentro de bueiros, no mato, soltar bombas (isso não acon-selho para ninguém, mas fazíamos), pega-pega, esconde-esconde, pique etc. Além, é claro, de frequentar a igreja e escolas (todas públicas e de ótima qualidade, eram as melho-res da cidade, o que talvez também seja bem diferente de hoje). Enfim, foram infância e adolescência mui-to felizes. A lamentar apenas o fato de ter de sair ainda muito jovem de casa, pois em Maringá, naquela épo-ca, não havia qu¬se nenhum curso superior, muito menos de engenha-ria civil.

PET: Por que decidiu cursar En-genharia Civil? Quais foram os ca-minhos que o levaram ao cargo de docente na UFSCar?

Jasson: Não sei exatamente. Foi algo natural, sempre gostei. Eu lem-bro que, quando íamos à praia de férias, sempre ficava construindo na areia pontes, viadutos, casas etc. Como tinha uma tia que morava em São Paulo, a uma quadra do Anglo Latino, fui para lá fazer cursinho e acabei entrando na EESC-USP aqui em São Carlos, onde me gra-duei, fiz o mestrado e o doutorado. Logo após, minha família se mudou para Curitiba, mas decidi ficar por aqui mesmo. Talvez uma das deci-sões mais importantes e certas da minha vida (aqui estudei, conheci minha mulher, tive meu único fi-lho, fiz pós-graduação e entrei na UFSCar). Como comecei na área da pesquisa ainda na graduação, com monitoria e Iniciação Científica, percebi que a carreira docente e de pesquisa me atraía e, como minha esposa havia sido contratada como docente na USP (Física), eu tinha que ficar por aqui. Depois de um tempo dando aulas em Alfenas-MG, fiquei sabendo que estavam ini-ciando o curso de Engenharia Civil na UFSCar e, mesmo sem acredi-tar que daria certo, pois não tinha mestrado e não conhecia ninguém para dar uma indicação (na época não havia concurso formal), trouxe meu currículo (uma única folha) para o coordenador do curso. Para minha surpresa e imensa alegria, fui contratado como auxiliar de ensino, degrau inicial da carreira, que hoje praticamente nem existe mais. Foi

uma longa e ótima careira (36 anos), com alegrias (muitas), dissabores (poucos), e agora, depois de tudo, aposentado.

PET: Quais são as característi-cas que você considera desejáveis para os engenheiros civis que têm interesse em entrar no mercado de trabalho nos próximos anos? E no meio acadêmico?

Jasson: Creio que é importante gostar do que se faz caso não seja possível fazer o que se gosta. No cenário atual do país, é cada vez mais importante atuar sempre com ética e transparência. Além disso, duas coisas importantes, embora pareçam antagônicas, são: ter uma profunda base dos conceitos fun-damentais, que não mudam, e es-tar sempre atualizado, conhecendo as mudanças, novidades, normas, etc. Faça sempre o melhor possível, mesmo que menos. Acho importan-te fazer sempre bem feito.

Na área acadêmica, deve-se gostar de estudar sempre o antigo e o novo, gostar de conviver com as pessoas, tratá-las bem, sempre como iguais, e nunca se achar melhor ou mais im-portante. Você só é superior a elas por ser mais velho, ter estudado e aprendido mais; nada além disso. Dar aula é muito gratificante, e é preciso gostar muito.

Na parte da pesquisa, deve-se ser curioso, “abelhudo”, insistente, persistente, competente, determi-nado, estudioso, e fazer as coisas porque entende que são importan-tes e necessárias (se não são, não faça), sem esperar lauréis, poder, reconhecimento, carreira etc. Es-

Prof. Jasson em sua infância13

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Entrevistas

sas coisas devem acontecer como resultado de um trabalho honesto e bem feito.

Completando: em qualquer área e em qualquer situação, nunca pas-se por cima das pessoas para atin-gir seus objetivos e nunca progrida às custas da regressão de alguém! Conquiste as coisas apenas por seus méritos!

PET: O que você gosta de fazer em seu tempo livre? Quais seus hob-bies?

Jasson: Não tenho hobbies espe-cíficos, mas gosto de música, cine¬-ma, ler, caminhar, viajar, andar de bicicleta (interrompido desde um acidente em que me ralei bastante. Alguns de vocês devem ter me visto nessa época), entre outros.

PET: Quem ou o que o inspira pro-fissional e pessoalmente?

Jasson: Profissionalmente, não sei dizer de maneira específica. Sempre gostei de engenharia e tive como exemplos professores, orientado-res, colegas e alunos.

Pessoalmente, as maiores inspi-rações vieram da família, como os meus pais, e de amigos. E, como sou presbiteriano, tive influência de pastores, missionários e muitas pessoas envolvidas nesses aspectos.

PET: Existe algum momento mar-

cante em sua vida? Se sim, qual foi? Jasson: A vida é feita de fases e o

que acontece em cada uma delas é, naquele momento, o mais impor-tante e marcante. Pode-se citar: sair de casa no interior do Paraná com destino a São Paulo estudar; passar no vestibular e vir para São Carlos; casamento; nascimento do filho; mestrado e doutorado. Sem contar as várias alegrias com o filho: pri-meira fala, primeiro caminhar, pri-meira leitura... Além disso, entrar em uma universidade pública, fazer o curso que queria e agora trabalhar em uma boa empresa. Falta um neti-

nho e, pelo andar da carruagem, vai demorar.

PET: Como foi trabalhar tantos anos na UFSCar? Houve alguma mudança significativa na faculdade e no curso desde seu ingresso até o momento atual?

Jasson: Foi muito bom. Gosto da Universidade e aqui vivenciei as mais importantes etapas da minha vida. Construí aqui toda minha car-reira e, como já disse, tive alegrias, satisfações, tristezas, mas certa-mente sentirei falta daqui, embora ainda não consiga dimensionar o quanto sentirei. Acho que muito, mas só saberei quando me ausen-tar definitivamente. A mudança na UFSCar foi total, pois passou de uma pequena universidade (quan-do entrei estava começando a área norte) para essa grande universi-dade que é hoje, com quatro campi. O curso mudou muito e ainda está mudando para melhor. Tenho certe-za que é um dos melhores cursos do país e, em muitos aspectos, muito melhor daquele em que me graduei.

PET: O que você pretende fazer depois de se aposentar?

Jasson: Ainda não sei. É muito re-cente, mas seja o que for, que eu não me estresse demais. Viajar e passe-ar, ler, ver filmes etc. É muito pro-vável que saia de São Carlos, pois eu e minha esposa não temos família aqui. A minha está toda em Curitiba, a dela espalhada e meu filho mora em Belo Horizonte. É bem possí-vel que me mude para BH ou, quem sabe, Curitiba, mas certamente não esquecerei e deixarei de vir a São Carlos. Praticamente tudo o que te-nho e sou devo a São Carlos, à USP e à UFSCar e, é lógico, a pessoas, ami-gos, igreja, etc.

Bate-bola

Um livro... Um bom drama, poli-cial, romance sempre vão bem.

Minha prioridade número um é... Definir o que farei após todos esses anos aqui em São Carlos e na UFSCar, sem precipitação e preocu-pação. Deixar que as coisas aconte-çam naturalmente.

Meu maior medo é... Talvez o maior seja ficar dependente e ser um peso para os que comigo convi-verem no final da vida.

Um arrependimento... Ter ma-goado pessoas e dito coisas que não teria dito se pensasse melhor. Profissionalmente, não ter feito um pós-doutorado.

O que me incomoda... O que atu-almente está mais me incomodando são atitudes egoístas que as pessoas têm, não se preocupando com nada além de si mesmas, e falta de cidada-nia. Outra coisa é ver que o celular tomou o lugar de pessoas.

Uma qualidade minha... Sou uma pessoa calma, e talvez uma qualida-de seja de conciliador.

Um sonho... Um país mais justo e honesto, no qual todos tenham as mesmas oportunidades, o fim da pobreza e uma distribuição de ren-da mais justa.

Uma frase que me define... Tudo que merece ser feito, deve ser mui-to bem feito, sempre respeitando as pessoas, as leis estabelecidas e as leis da natureza.

Prof. Jasson em sua adolescência

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Professor Wanderson Fernando MaiaPor Ana Carolina F. de Oliveira, Gustavo Travalini Rosolem e Maira Neves do Vale

PET: Quais são as suas origens? Como foi sua infância?

Wanderson: Nasci em Ervália, pe-queno município de Minas Gerais, com aproximadamente 18 mil habi-tantes. Meu pai era agricultor e mi-nha mãe, costureira. Tenho apenas um irmão mais novo. Morei na zona rural até os 13 anos, onde estudei até a sétima série. Para chegar até a escola caminhava cerca de 4 km. Mi-nha família era muito humilde, tive-mos energia elétrica em casa apenas quando eu já tinha 12 anos. Desde cedo, já ajudava meus pais na roça e durante a adolescência trabalhei em várias coisas: costurei bola, traba-lhei em um laticínio e em uma pas-telaria. Aos 13 anos, mudamos para a cidade, onde concluí o segundo grau. Apesar de todas as dificulda-des, foi uma infância bem gostosa.

PET: Por que decidiu cursar En-genharia Civil? Quais foram os ca-minhos que o levaram ao cargo de docente na UFSCar?

Wanderson: Gostava de Matemá-

tica e Física, então pretendia fazer faculdade nessa área. Queria Enge-nharia, mas como a concorrência era alta, meu primeiro vestibular foi para Matemática. Não passei. No ano seguinte, fiz cursinho e fui apro-vado em Engenharia Civil na Uni-versidade Federal de Viçosa. Sem-pre tive curiosidade de saber como os prédios ficavam de pé, queria saber calcular, mas tinha certeza de que não queria trabalhar em obras.

Durante a faculdade, sempre esti-ve envolvido em alguma atividade de pesquisa, tive bolsa de inicia-ção científica e extensão. Fui mui-to incentivado pelos professores a continuar os estudos. Terminando a graduação, fui aprovado no mes-trado em Estruturas na USP, em São Carlos. Ao final, tive a oportunidade de fazer o doutorado. No terceiro ano, comecei a dar aulas em uma faculdade e entrei como professor substituto na UFSCar. Assim que terminei o doutorado, fui aprovado no concurso para docente efetivo da UFSCar.

PET: Quais são as característi-cas que você considera desejáveis para os engenheiros civis que têm interesse em entrar no mercado de trabalho nos próximos anos? E no meio acadêmico?

Wanderson: Independentemente do caminho a ser seguido, o profis-sional deve ter prazer em realizar a atividade escolhida. Agir sempre com ética, responsabilidade e es-tar sempre disposto a buscar novos conhecimentos. No caso de decidir entrar para o meio acadêmico, pre-cisa fazer mestrado e doutorado.

PET: O que você gosta de fazer em seu tempo livre? Quais seus hob-bies?

Wanderson: Gosto muito de ficar em casa e tomar uma cerveja para relaxar. Sempre que possível, visitar meus pais em Minas Gerais.

PET: Quem ou o que o inspira pro-fissional e pessoalmente?

Wanderson: Profissionalmente, a Professora Rita de Cássia da UFV, que foi minha orientadora de ini-ciação científica e que tenho como referência para preparar e ministrar minhas aulas. Pessoalmente, meus pais que, mesmo sem condições, me deram a oportunidade e o incentivo para estudar.

PET: Existe algum momento mar-cante em sua vida? Se sim, qual foi?

Wanderson: Muitos! Alguns bons, outros ruins. Vou citar dois. Um de-les foi quando fui aprovado no ves-tibular e pude ver a alegria dos meus pais. O outro foi quando conheci minha esposa, Silmara. Na primeira vez que a vi já sabia que ela seria mi-nha esposa.

Bate-bola

Um livro... De histórias que ganhei quando criança. Eu me lembro de todos os detalhes!

Minha prioridade número um é... Família.

Meu maior medo é... Perder as pessoas que amo.

Um arrependimento... Não te-nho.

O que me incomoda... Pessoas ar-rogantes.

Uma qualidade minha... Dedica-ção.

Prof. Wanderson em sua infância

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Entrevistas

Um sonho... Poder ajudar as pes-soas.

Uma frase que me define... “Em primeiro lugar vem a dedicação, depois a habilidade.” (Leonardo da Vinci).

Equipe PET Civil UFSCar 2016

Prof. Wanderson Maia

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