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mais vulneráveis de nossa cidade”, defende. Ao todo serão 298 idosos e famílias atendidas, para tanto foram contratados 127 cuidadores de idosos, que passaram por um processo seletivo criterioso, do qual fizeram parte, o Núcleo de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, a Proteção Social Básica, profissionais da Saúde, e representantes da Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais – ACIMG, entidade parceira na execução do projeto. Cláudio Henrique Barbosa é um dos 127 profissionais contratados. Associado há dois anos, à ACIMG, o cuidador ficou entusiasmado em participar de uma iniciativa inovadora como essa. “O Brasil precisa de projetos como esse, que gerem crescimento social, diminuição da violência, que se dediquem aos públicos menos favorecidos como é o caso des-ses. Estou muito feliz em fazer parte!”, disse. Cláudio atende agora a família de Dona Jovita Pereira da Silva, 63 anos e Seu Antônio Batista da Silva, 78 anos, referenciada pelo CRAS Morro das Pedras. Ela conta que o marido foi vítima de um AVC há 12 anos, e desde então sua vida tem se restringido aos cuidados com o companheiro. “Tem 12 anos que meu marido está na cama, já estou fraca, esgotada de tanto lutar. Fiquei sem tempo de cuidar de mim. Passeio, lazer, nem pensar! E agora, graças a Deus, surgiu esse Projeto. Era como se eu tivesse dentro de um poço fundo e não tivesse A atenção qualificada aos idosos mais vulneráveis da Cidade tornou-se uma realidade graças ao Projeto Cuidador, uma iniciativa inédita no Brasil iniciada em março, em todas as regionais de Belo Horizonte. De acordo com o Estatuto do Idoso, em seu artigo 3º: “É obrigação da família, da comu- nidade, da sociedade e do Poder Público asse- gurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimen- tação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. Nesse sentido, o Projeto propõe o cuidado domiciliar de rotina a idosos, moradores de áreas referenciadas pelos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, semi-dependentes e dependentes em situações de vulnerabilidade social. O objetivo é fortalecer os vínculos familiares e comunitários, melhorar a quali- dade de vida do idoso e de sua família e pre- venir situações de risco, a exclusão e o isola- mento. Para a secretária municipal adjunta de Assistência Social, Elizabeth Leitão, o cuidado intensivo garante direitos aos idosos mais fragilizados, o que impacta em sua auto-esti- ma, autonomia e na relação familiar. “O Projeto representa a efetivação do direito ao cuidado, tão caro para nós e tão importante para nossos idosos. A partir dele, Belo Horizonte dará um salto de qualidade na atenção aos idosos dependes e semi-dependentes das regiões quem me tirasse. Agora, já estou conseguindo descansar também. Tem apenas três dias que o Cláudio está aqui,mas já senti que posso respirar... Não que a gente vai deixar ele só, a família é muito importante, mas já não estou mais sozinha cuidando dele. A presença dele está sendo muito boa, até para trocar uma ideia, meu marido me disse que até está se sentindo melhor!”, diz ela. Esse é um dos principais benefícios do projeto, que segundo a representante da SMAAS no GT Idoso, Arlene Mendonça Correa, cuida não apenas do idoso, mas de toda a família. “O que percebemos durante a avalia- ção das famílias que iriam ser contempladas pelo Projeto Cuidador, é que muitas vezes a família também está fragilizada e a pessoa responsável por aquele idoso também precisa de cuidados. Por isso, a nossa intenção é proporcionar uma melhoria geral das condi- ções de vida desse idoso e dessa família. Contribuir para o fortalecimento de seus vínculos, para a melhora da auto-estima de ambos e prevenir situações de risco, a institu- cionalização e o isolamento do idoso”, esclarece. O Projeto Cuidador é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social - SMAAS, com a co-gestão da Secretaria Munici- pal de Saúde – SMSA. Desde 2009, tem sido aprimorado pelo GT Idoso, um grupo de tra- balho intersetorial, constituído em função do Plano Sustentador do Idoso, responsável pela elaboração do Programa de Atenção ao Idoso e coordenado pela Secretaria de Políticas Sociais. O GT agrega profissionais das Secre- tarias de Assistência Social, Políticas Sociais, Saúde, Abastecimento, Esportes, Educação, Fundação Municipal de Cultura, Coordena- doria dos Direitos da Pessoa Idosa e Conselho Municipal do Idoso. Ilca Moreira Morais, gerente do Projeto Sustentador: Programa de Atenção ao Idoso, recentemente batizado de Maior Cuidado, acredita que o Projeto Cuidador tem uma grande importância dentro do contexto geral do Programa de Atenção ao Idoso, que reúne diversas ações nos eixos: promoção do envelhecimento ativo e cuidado. “O Projeto Cuidador representa um símbolo para o GT idoso, estamos muito sensibilizados por podermos cumprir essa meta do cuidado. A PBH deu um passo concreto no sentido de assumir políticas públicas efetivas para esse público que já deu tanto pela cidade”, disse. A gerente explicou ainda que o Projeto será monitorado pelo GT Idoso, que terá também como tarefa criar indicadores para avaliação dos resultados, além é claro, do acom- panhamento e supervisão da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. notícias INFORMATIVO DA SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SE VOCÊ JÁ LEU, CIRCULE O JORNAL PARA OUTRAS PESSOAS Nº 0 / Maio 2011 Cuidado redobrado Projeto Cuidador de Idosos transforma a vida de quase trezentas famílias na Capital Foto: Gladys Rodrigues PÁGINA 1

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Informativo da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social

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mais vulneráveis de nossa cidade”, defende.Ao todo serão 298 idosos e famílias

atendidas, para tanto foram contratados 127 cuidadores de idosos, que passaram por um processo seletivo criterioso, do qual fizeram parte, o Núcleo de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, a Proteção Social Básica, profissionais da Saúde, e representantes da Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais – ACIMG, entidade parceira na execução do projeto. Cláudio Henrique Barbosa é um dos 127 profissionais contratados. Associado há dois anos, à ACIMG, o cuidador ficou entusiasmado em participar de uma iniciativa inovadora como essa. “O Brasil precisa de projetos como esse, que gerem crescimento social, diminuição da violência, que se dediquem aos públicos menos favorecidos como é o caso des-ses. Estou muito feliz em fazer parte!”, disse.

Cláudio atende agora a família de Dona Jovita Pereira da Silva, 63 anos e Seu Antônio Batista da Silva, 78 anos, referenciada pelo CRAS Morro das Pedras. Ela conta que o marido foi vítima de um AVC há 12 anos, e desde então sua vida tem se restringido aos cuidados com o companheiro. “Tem 12 anos que meu marido está na cama, já estou fraca, esgotada de tanto lutar. Fiquei sem tempo de cuidar de mim. Passeio, lazer, nem pensar! E agora, graças a Deus, surgiu esse Projeto. Era como se eu tivesse dentro de um poço fundo e não tivesse

A atenção qualificada aos idosos mais vulneráveis da Cidade tornou-se uma realidade graças ao Projeto Cuidador, uma iniciativa inédita no Brasil iniciada em março, em todas as regionais de Belo Horizonte.

De acordo com o Estatuto do Idoso, em seu artigo 3º: “É obrigação da família, da comu-nidade, da sociedade e do Poder Público asse-gurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimen-tação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. Nesse sentido, o Projeto propõe o cuidado domiciliar de rotina a idosos, moradores de áreas referenciadas pelos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, semi-dependentes e dependentes em situações de vulnerabilidade social.

O objetivo é fortalecer os vínculos familiares e comunitários, melhorar a quali-dade de vida do idoso e de sua família e pre-venir situações de risco, a exclusão e o isola-mento. Para a secretária municipal adjunta de Assistência Social, Elizabeth Leitão, o cuidado intensivo garante direitos aos idosos mais fragilizados, o que impacta em sua auto-esti-ma, autonomia e na relação familiar. “O Projeto representa a efetivação do direito ao cuidado, tão caro para nós e tão importante para nossos idosos. A partir dele, Belo Horizonte dará um salto de qualidade na atenção aos idosos dependes e semi-dependentes das regiões

quem me tirasse. Agora, já estou conseguindo descansar também. Tem apenas três dias que o Cláudio está aqui,mas já senti que posso respirar... Não que a gente vai deixar ele só, a família é muito importante, mas já não estou mais sozinha cuidando dele. A presença dele está sendo muito boa, até para trocar uma ideia, meu marido me disse que até está se sentindo melhor!”, diz ela.

Esse é um dos principais benefícios do projeto, que segundo a representante da SMAAS no GT Idoso, Arlene Mendonça Correa, cuida não apenas do idoso, mas de toda a família. “O que percebemos durante a avalia-ção das famílias que iriam ser contempladas pelo Projeto Cuidador, é que muitas vezes a família também está fragilizada e a pessoa responsável por aquele idoso também precisa de cuidados. Por isso, a nossa intenção é proporcionar uma melhoria geral das condi-ções de vida desse idoso e dessa família. Contribuir para o fortalecimento de seus vínculos, para a melhora da auto-estima de ambos e prevenir situações de risco, a institu-cionalização e o isolamento do idoso”, esclarece.

O Projeto Cuidador é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social - SMAAS, com a co-gestão da Secretaria Munici-pal de Saúde – SMSA. Desde 2009, tem sido aprimorado pelo GT Idoso, um grupo de tra-balho intersetorial, constituído em função do Plano Sustentador do Idoso, responsável pela elaboração do Programa de Atenção ao Idoso e coordenado pela Secretaria de Políticas Sociais. O GT agrega profissionais das Secre-tarias de Assistência Social, Políticas Sociais, Saúde, Abastecimento, Esportes, Educação, Fundação Municipal de Cultura, Coordena-doria dos Direitos da Pessoa Idosa e Conselho Municipal do Idoso.

Ilca Moreira Morais, gerente do Projeto Sustentador: Programa de Atenção ao Idoso, recentemente batizado de Maior Cuidado, acredita que o Projeto Cuidador tem uma grande importância dentro do contexto geral do Programa de Atenção ao Idoso, que reúne diversas ações nos eixos: promoção do envelhecimento ativo e cuidado. “O Projeto Cuidador representa um símbolo para o GT idoso, estamos muito sensibilizados por podermos cumprir essa meta do cuidado. A PBH deu um passo concreto no sentido de assumir políticas públicas efetivas para esse público que já deu tanto pela cidade”, disse. A gerente explicou ainda que o Projeto será monitorado pelo GT Idoso, que terá também como tarefa criar indicadores para avaliação dos resultados, além é claro, do acom-panhamento e supervisão da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social.

notícias INFORMATIVO DA SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

SE VOCÊ JÁ LEU,

CIRCULE O JORNAL

PARA OUTRAS

PESSOAS

Nº 0 / Maio 2011

Cuidado redobrado Projeto Cuidador de Idosos transforma a vida

de quase trezentas famílias na Capital

Foto: Gladys Rodrigues

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Promover o diálogo entre o saber originário da experiência cotidiana do aten-dimento aos usuários e o conhecimento formal, sistematizado tanto nas metodologias dos serviços quanto em diferentes campos do saber, a partir dessa prática a Gerência de Proteção Social Especial de Média Comple-xidade tem aprimorado e qualificado sua atuação no Sistema Único de Assistência Social – SUAS-BH.

Prova disso, foram dois importantes eventos realizados pela Gerência no final de 2010: a 1° Jornada de Trabalho da Média Complexidade, que apresentou e debateu trabalhos de técnicos do Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS e Bolsa Moradia, e o Seminário “A Metodo-logia do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos/PAEF”, voltado para a análise metodológica do próprio Serviço.

Devido ao sucesso junto aos profissionais envolvidos, eventos como esses deverão ser incorporados como metodologia de qualifi-cação permanente, conforme destaca Lúcio Luiz Tolentino, referência de apoio e asses-soria da Média Complexidade/GEINE. “As políticas públicas se organizam com meto-dologias e normativas, necessárias para a oferta de serviços à sociedade. Entretanto, na dinâmica de execução do trabalho, os profissionais se deparam com um conjunto de situações em que esse enquadre normativo é insuficiente. No particular, cada caso apre-senta demandas de manejos diferenciados, sempre em diálogo com as metodologias prescritas. É esse diálogo entre os saberes decorrentes do trabalho real, ou seja, aqueles que surgem a partir da prática, e os saberes prescritos, que são aqueles sistematizados no enquadre normativo dos serviços, que os técnicos trazem nessa jornada. Essa metodologia da jornada de trabalhos nos permite implementar um processo de atualização e de qualificação constante da política pública”, esclarece.

A 1° Jornada de Trabalho da Média Complexidade apresentou trabalhos elabora-dos pelos profissionais que atuam nos três

Troca de conhecimentos

A palavra comunicação deriva de communicare que, em latim, significa “tornar comum, compartilhar, repartir, associar, trocar opiniões”. Nesse sen-tido, é possível entender a comunicação como um processo social dinâmico que pressupõe interação. Dizemos então que comunicação é via de mão dupla!

No contexto das políticas públicas como é o caso da Política de Assistência Social, a comunicação tem um papel fundamental, mais que um processo ela é um dever do Estado, com foco no interesse público em prol da formação de uma sociedade cidadã e demo-crática.

Com a finalidade de cumprir esse dever público e fortalecer o SUAS em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social – SMAAS tem adequado seus meios de comuni-cação às necessidades comunica-cionais contemporâneas de seus traba-lhadores, da rede socioassistencial e dos Órgãos de Defesa de Garantia de Direitos com os quais nos relacionamos, além é claro do usuário, nosso público prioritário.

Temos a grata satisfação de apre-sentar o jornal Notícias SUAS, um jornal de circulação mensal, que pretende seguir os preceitos da verdadeira comu-nicação, compartilhar e trocar opiniões com seus leitores sobre a Política de Assistência Social em todos os âmbitos com destaque para a cidade de Belo Horizonte.

Para que essa troca aconteça contamos com a sua interlocução.

serviços que constituem o CREAS: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos - PAEFI; Serviço de Abordagem Social nas Ruas e Serviço Espe-cializado de Acompanhamento a Adoles-centes em Medidas Socioeducativas, e do Serviço Bolsa Moradia, e contou em sua dinâmica com a apresentação dos trabalhos e com debates entre convidados e os demais profissionais dos serviços.

O evento foi dividido em dois momentos: Diálogos sobre a Prática: Abordagem do PAEFI e Bolsa Moradia e O adolescente, a cidade e as Práticas Socioeducativas. O primeiro com apresentação de doze trabalhos de técnicos do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indi-víduos - PAEFI, Bolsa Moradia e Abordagem Social; que discutiram questões como: femini-lidade, abuso sexual, contribuições do traba-lho em grupo, rede social, relação com a rede socioassistencial, protagonismo, posição do usuário na política de Assistência Social, dife-renças culturais no atendimento à população de rua, a relação entre os serviços de abor-dagem social e abordagem centrada na pes-soa, dentre outros.

Os trabalhos foram debatidos pelas professoras Maria Lúcia Miranda Afonso, dou-tora em educação e professora aposentada pela UFMG, Débora Maria David, assistente social, professora do curso de Serviço Social da PUC Minas, Maria Thereza, mestre em administração pública e professora de cursos de especialização, e Maria do Carmo Villa-marim, gerente do abrigo Pompéia e mestre em psicologia.

No segundo momento, a Jornada expôs produções sobre o acompanhamento e orientação a adolescentes autores de atos in-fracionais. Foram apresentados 20 trabalhos pelos técnicos do Serviço de Proteçâo Social a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas que abordaram temas relacionados a prática do acompanhamento, o tempo da medida e o princípio da brevidade, a experiência com os orientadores sociais voluntários e educadores de referência, o território e suas incidências, a educação dos

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editORIAL

Boa leitura!

CONTINUA

EXPEDIENTE

PRODUÇÃO E EDIÇÃO Núcleo de Com. e Mobilização SocialRua Tupis, 149 / 15.º - 3277-4570

EQUIPEBrígida Andrade, Dayse Rodrigues, Eliezer Sabino, Fernanda Araújo, Gladys Rodrigues, Janaina Starling, Lucas Ferreira, Mariana Costa, Rodrigo Furtini

JORNALISTA RESPONSÁVELMariana Costa

PROJETO GRÁFICORodrigo Furtini

FOTOGRAFIASArquivo ASCOM e Núcleo de Comunicação e Mobilização Social

COLABORADORESDeka Brant / Renata Assis

SUPERVISÃO EDITORIALAssessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM

Reflexão sobre a prática

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jovens, ao trabalho protegido e seus efeitos no cumprimento da medida socioeducativa, família, vulneralilidade e política pública, a proteção dos adolescentes ameaçados de morte e, a relação com a rede socio-assistencial.Destacamos a presença dos operadores jurídicos no evento , em especial da Dra Nívea Mônica , Promotora de justiça e com a colaboração de debatedores de diversas áreas de conhecimento .

Para a Técnica do Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, Marina Pompeu, "a jornada possibilitou que o trabalho dos técnicos fossem apresentados a partir do que é a condução de cada um em sua prática. Isso torna possível darmos continuidade à reflexões acerca da metodologia e prática do dia-a-dia. Dar continuidade a esses mo-mentos é fundamental para a prática de qualidade . A escrita resgata o histórico do trabalho e levanta questões atuais”, disse.

Segundo sua colega Gleice Santos Rocha, também técnica do Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, a reflexão é capaz de iluminar a prática no cotidiano de trabalho. "Espaços onde a nossa prática pode ser exposta são sempre bem vindos. A troca de informação nos permite pensar um fazer, ou melhor , desenvolver as nossas atividades com mais clareza de ações ".

O Seminário “A Metodologia do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos/PAEFI/ CREAS” buscou analisar o primeiro ano da implementação da metodologia do PAEFI-CREAS e apresentou novos instrumentos de trabalho aos técnicos do Serviço, coordenadores de CREAS e gerentes do nível central e regional.

Para a gerente do PAEFI, Katia Rochael, “a análise da implementação descentralizada do PAEFI mostrou a inse-parabilidade existente entre a meto-dologia e as condições de estrutura e de gestão para o bom funcionamento do ser-viço. O PAEFI trabalha buscando a supe-ração das violações de direitos de indiví-duos e famílias, mas a sua re-solutividade dependente, na maioria dos casos acompanhados, de uma estreita relação

Avanços metodológicos

com as outras políticas públicas e com os Órgãos de Defesa de Direitos. Embora as condições de estrutura e de gestão ainda estejam sendo construídas, o com-promisso dos técnicos, coordenadores e gerentes do nível regional e do nível central vem possibilitando a realização de uma metodologia de atendimento abrangente de todos segmentos e viola-ções. Ainda, segundo Katia “a construção dessa metodologia coloca em perma-nente trabalho vários saberes: os saberes legitimados institucionalmente e os saberes nascidos das práticas que, inces-santemente, interpelam a metodologia prescrita mostrando as suas insufi-ciências e possibilidades. Isso exige uma gestão do conhecimento, onde os técnicos do serviço comparecem como atores centrais”.

Olá pessoal, eu sou Renata Ribeiro, a repórter teen do jornal Notícias Suas, atualmente estou no 1º ano do ensino médio, tenho 17 anos e estou muito animada em escrever para o NS. Na estreia dessa coluna quem manda o recado é o meu colega Marcelo Augusto Ferreira, que trabalha na Gerência de Informação Monitoramento e Avaliação - Geima, estuda e no fim de semana joga bola.

RT O que você mais gosta de fazer aqui na SMAAS?M Esse trabalho esta sendo muito bom para mim, estou aprendendo muita coisa aqui dentro. Aprendo a me comunicar melhor e a ter responsabilidade. Ajudo em tudo aqui, atendo telefone, troco a água, levo docu-mentos importantes...RT Como é a sua relação com os colegas de trabalho? M Ótima, tenho um pouco de vergonha, mas aos poucos vou me abrindo RT O que você aprendeu na SMAAS?

M Aprendi a conviver com as pessoas, entendi que nossas mentes são diferentes. Também aprendo com os meus próprios erros. RT O que foi mais importante para você na GEIMA?M Estou aprendendo muita coisa que nem passava pela minha cabeça, tenho que agradecer a Deus pela oportunidade deste trabalho, com ele posso ajudar minha família.RT Marcelo, o que significa esse trabalho para você?M Significa que eu posso sair daqui com profissão e encontrar um bom emprego. RT O que você mais gosta de estudar?M Português. RT Qual a profissão você quer seguir? M Ciência da computação RT Mudando um pouco de assunto, o que é juventude para você? M Sair, curtir etc. RT Qual o lugar onde você mais gosta de ir?M No bar Balaio de Gato, na Savassi.RT Eu comecei a falar sobre drogas, só pra ver suas respostas... O quer você acha das drogas? M Acho que a droga pode relaxar o jovem que está estressado RT E a guerra como fica?

M A guerra vem dos jovens mesmo.RT Mais a guerra vêm pela a droga ou porque a droga já e uma guerra? M Sim, mais quem tem que acabar com isso é o Governo. Não só o Governo a comunidade também.RT Ele falou uma coisa muito importante: que os jovens precisam muito do apoio da família.É o que pensa Marcelo! Agora que você já o conhece aproveite para trocar uma ideia e saber mais sobre ele.

A gente se vê na próxima edição da coluna Repórter Teen!

TeenRepórter

Caros leitores, O Notícias Suas apresenta a coluna: Repórter Teen, um espaço feito por adolescentes que por meio do seu trabalho ajudam a construir e consolidar o Sistema Único de Assistência Social em Belo Horizonte do qual são usuários. O que eles pensam? Como vivem? o que curtem? Como participam da Política? Renata Ribeiro, estagiária da AMAS, no Núcleo de Comunicação e Mobilização, aceitou o desafio de contar, de forma descontraída, como ela e seus colegas encaram as dores e os sabores da adolescência e suas experiências no primeiro trabalho e na vida. Confira as entrevistas da nossa Repórter Teen!

Marcelo

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O Espalha Fatos perguntou a alguns trabalhadores da SMAAS sobre os desafios

apresentados pelo SUAS, em 2011, em sua área de atuação. O que você responderia?

Veja a opinião dos colegas!

Rosangela Aparecida da Silva Fagundes é múltipla! Além do trabalho de serviços gerais que exerce há mais de um ano na SMAAS, faz bordados de peças infantis, quadros de ponto cruz, cabelo e maquiagem de noivas e damas, artesanatos em geral e ainda tem ânimo para o inglês aos sábados.Rosangela diz gostar muito do seu trabalho

na Secretaria, onde se relaciona com pessoas diferentes o tempo todo. “Tenho grande facilidade de convivência, ser cordial e alegre me faz viver melhor!”, empolga-se.Além de todo trabalho que desenvolve, Rosangela tem dois filhos e diz que concilia tudo muito bem. Segundo ela o bordado alivia o stress, “bordo não pelo dinheiro, mas principalmente para relaxar, é um hobbie”. Rosangela já trabalhou em tempo integral com bordado e artesanato, mas hoje se diz mais diversificada, faz um pouco de tudo, ate voltou a estudar. Em relação à criação das peças de artesanato ela conta que, “cada trabalho é único, faço as minhas peças com muito carinho, nenhuma é igual a outra, sou muito dinâmica”, conclui.

Rosangela está bordando o poema PARCERIAS!

FATOSespalha

Tenho Dito

“O desafio é ampliar e melhorar a rede de acolhimento

institucional, como também a sua supervisão, mas para isso,

faz-se necessário mais recursos humanos”.

Wiliam Gomes Auxiliar Administrativo da

Proteção Social de Alta Complexidade

“O principal desafio é a capacitação,

tanto dos servidores, como da

rede socioassistencial”.

Emilia de Freitas, gerente de

prestação de contas

“O aprimoramento da gestão dos processos

de trabalho, com vistas à consolidação do

comando único local”.

Frederico Travassos, assistente social da Gerência de

Regulação da Política de Assistência Social - GEREG

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“O desafio que percebo é a tipificação da qualificação profissional

dentro do SUAS. Uma vez que a mesma, hoje, cumpre a

função de retaguarda para a Proteção Social Básica e Especial.

Ricardo Mário Rodrigues, técnico da supervisão de convênios do serviço de

formação socioprofissional da Gerência de Inclusão Produtiva - Geinp.

Dupla jornada

“Retrato de mulher” da colega de trabalho e poetiza Cláudia Maria Ferreira Silva, técnica da Gerência de Proteção Social Especial.Aguardem o resultado...

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efetivação. O gol de placa é conseguir regulá-las de forma que sejam aplicadas com eficácia nas ações dos serviços da Política.

GRANDE CAMPEONATO:

As partidas jogadas pelo time da GERREG são muito importantes, que na verdade fazem parte de um grande campeonato, no qual devem ser escalados, a sociedade, o Estado, e o Sistema de Garantia de Direitos, todos buscando a intersetorialidade, com vistas a realizar o objetivo maior da SMAAS: minimizar as vulnerabilidades sociais. O grande regulador deste campeonato, assim como a CBF no Futsal, é o MDS, na SMAAS.

PARTIDAS:

GANHASO time vem batendo um bolão e já

finalizou a 2º edição do Dicionário de Termos Técnicos usado no SUAS BH, que logo será publicado, facilitando o trabalho dos profis-sionais da SMAAS.

A SEREM JOGADASA equipe apresentou ao gabinete algumas

propostas de regulação do sistema, e estão em treino para mais essa partida!

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GERREG - Gerência de Regulação

Time SMAASESCALAÇÃO:

A capitã é a gerente Deborah Lobo, que já está no time há quatro anos, e é formada em Psicologia. Deborah comanda os jogadores: Maria Nazaré Pereira, que está há três anos no time, Frederico Travassos, joga na Gerreg há um ano e sete meses, Renata Caldeira, há cinco meses, e a mais nova jogadora, Mara Albano, há um mês no time, todos formados em Serviço Social.

Na quadra, os jogadores entram engajados, eles objetivam com seu trabalho regular e regulamentar a Política de Assistência Social em Belo Horizonte, contribuindo assim com o fortalecimento do comando único das ações socioassistenciais, com vistas a consolidar o SUAS, no Município.

Da esquerda para direita: Renata, Mara, Nazaré, Deborah e Frederico

ciam a tática de jogo de uma equipe destaca-se a atenção com o adversário. No início no Futsal, as regras não eram muito claras, e times de até 11 atletas enfrentavam-se em qualquer quadra, somente em 1959 veio à definição final, quando a antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) regulamentou a modalidade.

ADVERSÁRIO:

Assim como no Futsal o time GERREG da SMAAS já joga há muito tempo, esforçando-se para emplacar o gol e amenizar as desigual-dades sociais no município de Belo Horizonte, mas em 2004 o jogo mudou e o Sistema Único de Assistência Social passou a ser implan-tado. A GERREG foi escalada para regular e regulamentar as ações dos serviços do SUAS, um desafio, no entanto é trabalhar agora de forma sistêmica. Dessa forma, o adversário é a não regulação e a não regulamentação do SUAS, que faz com que o jogo não seja oficial e não gere pontos para o campeonato.

É GOL:

A GERREG Regulamenta, ou seja, estabe-lece regras e normas, para padronizarem as ações da Política, depois de regulamentada é a hora de regular, aplicar as regras com

TÁTICAS:

A equipe joga de uma forma racional e planejada para aplicar no Sistema seus vários esquemas, a fim de intermediar o jogo de ataque e defesa, tirando proveito de todas as circunstâncias favoráveis da partida, com o objetivo de dominar o adversário e conseguir a vitória. A condição técnica dos jogadores, além de outras variáveis psicológicas tais como a motivação, a confiança e a tranqüilidade, que o time GERREG tem de sobra, são essências para o desempenho. A capacidade de observação dos jogadores e principalmente da capitã no decorrer das partidas contribui para gerar mudanças táticas do contexto de jogo, na organização e normatização da Política. Finalmente, as regras e regulamentos melhoram a elabo-ração da tática de qualquer equipe.

CURIOSIDADE:

Dentre os principais fatores que influen-

Até o dia 26 de junho, praças públicas de Belo Horizonte, Mariana e Ouro Preto recebem a 2ª edição do Projeto Quaqua-raquaquá. A iniciativa é da Cia. Circunstância. Ao longo de três meses o Projeto realizará 12 incursões em quatro praças, que se tornarão palco de 24 espetáculos e 12 apresentadores

Diversão para toda a família ao ar livre

Dica Cult

excêntricos. As atrações são gratuitas, sempre aos domingos, a partir das 16 horas.

Confira a programação pelo site:

Ou pelo telefone: 3075-6965 Divirta-se!

www.quaquaraquaqua.com.br

A dica literária é o livro “Mulheres de Minas: Lutas e Conquistas”. Lançado em 2008 para comemorar os 25 anos do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais, a publicação traça uma retrospectiva do feminismo no Brasil e do movimento de mulheres em Belo Horizonte, além das políticas públicas e tratados internacionais conquistados. Organizado por Constância Lima Duarte, Dinorah Carmo e Jalmelice Luz, o livro está disponível para download gratuito no site abaixo:

http://www.conselhos.mg.gov.br/cem/page/publicacoes/livros-do-cem

Mulheres de Minas: Lutas e Conquistas

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Antes mesmo de decidir ser um orientador social voluntário, o servidor público Lindeberg Calixto foi atraído pela proposta de contribuir de alguma maneira com adolescentes em conflito com lei. No ano de 2007 ele viu uma chamada sobre o trabalho em um jornal tablóide de grande circulação, sua primeira reação foi colaborar para a divulgação na internet. “Queria espalhar essa notícia”, lembra-se. Mas para isso precisava de informações sobre o papel desse orientador, como se cadastrar etc. Durante essa busca, Lindeberg resolveu experimentar.

O primeiro adolescente que orientou: Jonathan Mangabeiras tornou-se um motivo de orgulho. O menino que viveu nas ruas de Belo Horizonte com medo de confiar nas pessoas, é hoje um jovem decidido e cheio de planos. “O marco da nossa relação foi quando ele falou que queria voltar para a casa da mãe”, conta Calixto. Jonathan também se lembra com carinho desse dia. “Foi no dia 27 de setembro, era aniversário da minha mãe, eu senti uma vontade enorme de vê-la... tive que trocar de roupa na Secretaria... foi ele quem me levou de volta”.

Essas e outras recordações marcaram a vida de ambos, Lindeberg e Jonathan se encontravam quase todas as semanas durante um ano e meio. O principal ponto de encontro era a Praça da Estação, no centro da Capital. Por meio do seu orientador social, o adolescente conheceu museus, parques, foi a teatros, cinemas, e pôde descobrir uma nova cidade.

Durante o cumprimento da medida socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, executada há 13 anos pela Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social de Belo Horizonte – SMAAS, Jonathan foi acompanhado pela técnica do LA, Rose Ianarelli, que durante o acompanhamento da medida socioeducativa acolheu e estimulou o jovem em suas diversas questões.

Segundo Rose, a orientação de atendi-mento colocada pelo Serviço é buscar novas alternativas para o rompimento com a prática infracional, pela via da responsa-bilização e pela cidadania. “Apostei na mudança possível. Mangabeira experimentou forte-mente o convívio de vários afetos, espaços, questionamentos - continua sua inquietação pelas cidades, ele reconhece seus espaços, percorre e captura algo de novo. Se deixar capturar pelas suas histórias é encontrar com outros espaços possíveis. De outro lado, experiência que se constrói na força da invenção de novas formas cotidianas, de quem vivencia uma certa liberdade para viver. Outras formas cotidianas de arrematar o tempo, os afetos, e por fim poder suportar a experiência de viver. Ele deixa-se guiar pela imaginação e pela inquietude de ser jovem, e

retomou os estudos e atualmente participa de um curso na área de arte em uma ONG. “Eu quero trabalhar com audiovisual, vou continuar me qualificando”, afirma.

Depois de Jonathan, Lindeberg orientou outros dois adolescentes e continua como voluntário do Serviço. “Acredito que todos temos que contribuir, é muito fácil ficar em uma posição confortável reclamando da violência, temos que nos perguntar o que cada um de nós tem com isso”, reflete. Segundo o orientador o que norteia o acompanhamento é a “busca por um caminho novo para eles (os adolescentes)”.

Para a gerente de coordenação das Medidas Socioeducativas, Mônica Brandão, a figura do orientador tem importante contri-buição para o sucesso da medida. “O orientador social voluntário é um colaborador. Ator fundamental para o acompanhamento dos adolescentes em cumprimento da Medida Socioeducativa de Liberdade Assis-tida. Sua participação traz efeitos muito importantes, tanto para o adolescente, que passa a contar com uma nova referência em sua vida, como para a Política Pública. Sua presença desenha nos contornos da cidade a participação da sociedade civil que assim transmite o seu compromisso com a cidadania. Seu fazer amplia horizontes permitindo a cada jovem, a partir deste encontro, um exercício vivo de responsa-bilidade, convivência e solidariedade”, reflete.

A técnica de referência da Central para Orientadores Sociais, Angela Churchil, explica que em nenhuma circunstância o voluntário substitui o técnico do serviço, mas que agrega de forma substancial como no caso de Jonathan. “O acompanhamento do adoles-cente pelo orientador social voluntário complementa os atendimentos realizados pelos técnicos assistentes sociais ou psicólogos nas Regionais”, explica.

Belo Horizonte conta hoje com 153 orientadores sociais voluntários. Para se cadastrar para o trabalho os interessados precisam ter mais de 21 anos, ser morador de Belo Horizonte, se disponibilizar a ser uma referência na vida do adolescente e a acompanhá-lo por aproximadamente duas horas semanais.

O atendimento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto compõe o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, e acontece nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social – CREAS, nas nove Regionais Administrativas do Município. Atualmente, 952 adolescentes cumprem a medida de Liberdade Assistida.

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Campanha para um novo caminho

“O orientador social

voluntário é um colaborador.

Ator fundamental para o

acompanhamento dos

adolescentes em cumprimento

da Medida Socioeducativa

de Liberdade Assistida.”

vai.... as palavras vão delimitando um pouco de tudo das experiências, dando um certo tratamento ao insuportável”, conta.

Jonathan participou de projetos como o Arte Livre, executado em parceria com a Fundação Municipal de Cultura, fez oficinas de artes plásticas, audiovisual e até escreveu dois livros, um de poesias e outro com mais três autores. Hoje aos 21 anos, o rapaz

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freqüentar o CRAS possibilitou o fortale-cimento de vínculos comunitários. “Para minha família foi ótimo, maravilhoso, hoje somos integrados e envolvidos na comu-nidade”, afirma Ângela. Ela sugere ainda que o CRAS poderia oferecer mais aulas de informática e de reforço escolar.

Sugestões como a de Ângela são fundamentais para que o poder público possa conhecer as demandas da comuni-dade. Segundo a coordenadora do CRAS, Sandra Lambertucci, a Mostra potencializou o trabalho conjunto em prol das famílias. “Espero que haja uma troca de conheci-

O CRAS Morro das Pedras comemora o resultado de um verdadeiro trabalho em rede. No dia nove de abril, aconteceu a I Mostra Local de Serviços, na Escola Estadual Nossa Senhora do Belo Ramos. Durante o evento foram exibidos stands dos diversos serviços sociais locais, e foi lan-çado um catálogo, produzido pelo Núcleo de Prevenção à Criminalidade, em parceria com a rede local, sobre todos esses serviços. A Mostra contou também com uma vasta programação cultural, com apresentações de grupos e artistas da comunidade e com a peça Nós a Família, do Grupo Arte e Mobilização da SMAAS.

Fruto de um diagnóstico realizado pela rede local, que compreende ONG's locais, grupos como o Araltos do Gueto, a Polícia Militar, o SERVAM, a Escola Municipal Hugo Werneck, o Centro de Saúde e o CRAS Morro das Pedras, responsável pela coorde-nação; o catálogo apontou as principais demandas e os desafios para a melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Para a família da trabalhadora domés-tica, de 34 anos, Ângela da Conceição Vieira,

Mostra reflete trabalho coletivo

Giro pelo CRAS

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espaço Adriana Varejão, artista contem-porânea que possui um espaço próprio em Inhotim. O texto levou os adolescentes a refletirem a respeito das drogas e de como a arte pode nos fazer sonhar sóbrios. Para a adolescente Angla Fabíola, de 15 anos, que participa do programa há mais de um ano, “o passeio foi maravilhoso, o melhor de todos até agora!”, afirmou animada.

Segundo Leonardo Silva, coordenador do CRAS Apolônia, “o Programa tem possibilitado aos jovens uma significativa ampliação do horizonte informacional, cultural, esportivo e profissional. Na medida em que mantêm uma regularidade na participação semanal, os jovens têm acesso a conteúdos extra-classes e discussões sobre várias temáticas. Além disso, através de visitas a museus, teatros, clubes, centros de convenção e outros, os jovens desenvolvem um olhar crítico sobre as diversas manifestações culturais, sobre o acesso aos bens culturais e sobre sua própria inserção sociocultural no seu bairro, sua cidade, seu país.

O Projovem Adolescente é um pro-grama da Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o MDS (Ministério de Desenvolvimento Social e com organi-zações não governamentais), executado

Adolescentes do programa Projovem Adolescente, do CRAS Apolônia fizeram um passeio no Museu de Arte Contem-porânea Inhotim no dia 15 de abril. O ônibus saiu do CRAS às 13H, com cerca de 30 ado-lescente que estavam muito empolgados com o passeio. Lá eles puderam conhecer de perto instalações, intervenções artís-ticas contemporâneas, e esculturas de todos os tipos, do Museu que mais se parece, segundo os próprios adolescentes, um lindo jardim.

Algumas obras convidam ao toque, ao cheiro, a sensações e a imaginação, num misto de curiosidade e encantamento. Um dos adolescentes leu para os colegas o poema que referenciava uma obra do

Diversão e conhecimento

por meio da SMAAS (Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social), atende jovens de 15 a 17 anos, moradores de regiões referenciadas pelos CRAS. O Programa contribui para a formação dos adolescentes e para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, viabiliza a volta ou a permanência dos mesmos a escola, possui foco na formação cidadã e na preparação para o mercado de trabalho.

Os adolescentes têm oficinas de arte, cultura, lazer e esportes, além de infor-mática.

Cátia Cilene, orientadora social do Projovem Adolescente que acompanhou os jovens ao Museu, fala da importância do programa e do passeio: “Os adolescentes do Pró-Jovem possuem um perfil vulne-rável, o programa visa diminuir essa vulne-rabilidade, ele acrescenta muito na vida desses meninos e meninas, contribui para a aprendizagem e socialização. Os passeios são momentos de lazer e cultura, auxiliando no desenvolvimento de cada um deles”. A mais nova integrante do programa, Estela Sales, que está para completar 15 anos, relatou que, “antes ficava apenas dentro de casa, hoje, com o Pró-Jovem, posso sair e aprender. O passeio foi ótimo, gostamos muito, e ficamos querendo mais...”

Adolescentes do ProjovemAdolescente aprendem sobre arte contemporânea em passeio no Museu Inhotim

mento entre a comunidade e a rede, que as pessoas se conheçam e se conscientizem da importância desse trabalho conjunto e integrado para a promoção das famílias”, disse.

Ana Paula de Souza, de 39 anos, frequenta o CRAS Morro das Pedras há sete anos, o Serviço já se tornou uma ver-dadeira referência na vida de sua família. “O Serviço do CRAS é muito importante. Eles nos aten-dem com respeito e atenção, encaminham e nos auxiliam para vagas em escolas e em oficinas. Contamos com o CRAS para tudo o que precisamos”, conta.

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iniciativas estatais e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos, o que supõe a articulação entre todas estas unidades de provisão de proteção social, sob a hierarquia de básica e especial e ainda por níveis de complexidade.

>A rede intersetorial que busca articular o conjunto das organizações governa-mentais e não governamentais de dife-rentes redes setoriais, com o objetivo de priorizar o atendimento integral às neces-sidades dos segmentos vulnerabilizados socialmente.

Muitas redes, muitos atores, complexa realidade, diferentes saberes e “fazeres”, valores compartilhados, objetivos comuns, convergência de procedimentos tecnoló-gicos, normativos e processuais... cada qual com suas linhas e agulhas contri-buindo para um bordado cheio de intencio-nalidades.

Essa é a nossa intenção...Explicitar o potencial das redes como

alternativa inequívoca na reconstrução das relações entre Estado e sociedade, em

busca de novas formas de democracia e gestão pública, reconhecendo a incom-pletude e necessária complementaridade entre serviços e atores sociais; desenhando políticas e programas pelo prisma da multisetorialidade e interdisciplinaridade, suoerando os tradicionais recortes setoriais e especializações estanques...

E assim, seguiremos “bordando”... fundamentados no interesse público, na partilha valores, cultura, expectativas, objetivos e recursos entre essa diversidade de sujeitos e, fundamentalmente..em rede.

A cada mês uma temática relacionada à articulação do trabalho em rede no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS/BH estará circulando por aqui.

Como num delicado bordado, vamos unir pontos, fazer laços, fortalecer tramas, fortalecer nós... sob pontos de vistas de diferentes atores, inspirados no paradigma da universalização do direito à proteção social.

Para começar a nossa “rede de conver-sação”, algumas ideias básicas que devem nos acompanhar a cada edição:

> A ideia de redes enquanto um conjunto de nós interconectados;

> A especificidade da proteção social de Assistência Social enquanto um conjunto de cuidados, atenções, benefícios e proteções ofertados pelo Sistema Único da Assistência Social para redução e pre-venção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo da vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional.

> A rede socioassistencial concebida como um conjunto integrado de ações de

Sobre nós e redes por Deka Brant

A Rede é SUAS

Esse texto foi produzido a partir da versão preliminar da NOB/SUAS 2010 disponível no www.mds.gov.br

Fique por dentro dos eventos e acontecimentos do SUAS no mês de maio

Agenda SUAS

Dia cinco de maio, a partir das 8H, o para trabalhadores do Centro de Refe- oficina será ministrada por Jussara Núcleo de Gestão de Pessoas – NUGEP rência do Migrante – CREM, na Rua Con- Pachoalino, trabalhadora da Secretaria promove a oficina: Bem Estar no Trabalho selheiro Rocha, nº 351, bairro Floresta. A de Recursos Humanos da PBH.

A Gerência de Assistência Social da sionais para debater sobre questões Polícia Militar, em frente ao Restaurante Regional Barreiro realiza, no dia seis de relacionadas ao trabalho. A reunião Popular do Barreiro.maio, um encontro com seus profis- acontece a partir das 9H, no auditório da

No dia nove de maio, às 14H, o Fórum (Rua Tupis, nº 149, 13º andar), durante o Sistema de Regulação do SUAS-BH.de Geras se reúne no auditório da SMAAS encontro será apresentada a proposta do

Dia seis de maio, acontece em Belo Gestores Municipais da Assistência Horizonte, a reunião do Colegiado de Social – COGEMAS.

A reunião ordinária do Conselho no mês de maio no dia 11, às 14H.Municipal de Assistência Social acontece

Dia 18 de maio é o dia Internacional Sexual de Crianças e Adolescentes. Informe-se pelo Jornal Mural e pelo Em de Combate ao Abuso e a Exploração Participe das ações do PAIR. dia com o SUAS-BH

O Núcleo de Gestão de Pessoas - maio, o Treinamento Introdutório voltado Municipal Adjunta de Assistência Social.NUGEP realiza também, no dia 24 de aos novos profissionais da Secretaria

Sistema Único de Assistência SocialMinha

cabeça tá cheia de ideias e

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Janaina Starling

Deka é assistênte social, analista de Políticas Públicas da SMAAS, mestre em

Administração Pública e colaboradoradessa coluna

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