Jornal Letras & Tretas - nº5

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival Escola Secundária/3 Santa Maria do Olival Ano letivo 2011/2012 Edição Nº 5 Letras Tretas Lançamento do Ano Letivo Projetos Atividades Comemorações Entrevista Associação de Estudantes 8ª Edição da Biodiversodade Reflexões Sugestões Prosa e Poesia Notícias Outras Curiosidades Jantar Lusitano Feira do Livro da ESSMO “Basket” na Escola

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Edição nº5 do jornal da ESSMO Dezembro de 2011

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Escola Secundária/3 Santa Maria do Olival

Ano letivo 2011/2012

Edição Nº 5

L e t r a s

Tr e t a s

Lançamento do

Ano Letivo

Projetos

Atividades

Comemorações

Entrevista

Associação de

Estudantes

8ª Edição da

Biodiversodade

Reflexões

Sugestões

Prosa e Poesia

Notícias

Outras

Curiosidades

Jantar Lusitano

Feira do Livro da ESSMO “Basket” na Escola

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Um início de ano letivo amargo e doce…

Um novo ano se inicia e a nossa escola prepa-

ra-se para mais uma caminhada. Este ano, contamos com cerca de noventa professores, vinte e dois assis-tentes operacionais, seis assistentes técnicos e uma psicóloga escolar. Temos setecentos e cinquenta alunos, distribuídos por trinta e uma turmas.

No dia 14 de setembro, efetuou-se o lança-mento de ano letivo com várias reuniões, que decor-reram ao longo do dia, com os alunos e respetivos encarregados de educação. Logo pela manhã, os alu-nos e encarregados de educação do 10º ano foram recebidos na sala Polivalente pela nossa diretora, a Drª Maria Celeste Sousa, que, mais uma vez, apresen-tou a organização da escola, os diferentes projetos e atividades de reforço das aprendizagens. Este ano, a nossa diretora contou com a presença de ilustres convidados: o Dr. Rui Lourenço, em representação do Dire-tor Regional de Educa-ção de Lisboa, o Dr. Jorge Oliveira, repre-sentante da Direção Geral de Recursos Humanos da Educação e o Dr. Correia Leal, um grande amigo da esco-la.

Foi com grande emoção que recordá-mos os ex-alunos desta escola, Carlos Andrade e Cris-tiano Lopes que faleceram recentemente num aci-dente de viação. Em sua homenagem um grupo de alunos e professores cantaram “Tears in heaven” de Eric Clapton (este músico dedicou-a ao seu filho, de quatro anos, após a sua queda fatal de um 53º andar de um prédio de Nova YorK). Tal como ouvimos “I must be strong/ And carry on” (tenho de ser forte/E prosseguir), sabemos que a vida tem de continuar mas, quem amamos, nunca esquecemos e esta escola sabe que todos os que aqui passaram deixaram uma marca indelével na nossa memória.

Visivelmente emocionada, a nossa diretora prosseguiu a mensagem de boas vindas aos alunos e pais, reforçando que esta escola tudo fará para criar as melhores condições de trabalho aos seus discen-tes, mas sem facilitismos, o que fermenta os bons resultados é um trabalho árduo, bastante esforço,

muita disciplina e alguns sacrifícios. Temos de ser exigentes porque os nossos alunos merecem o melhor, mas estes sabem, ou irão aperceber-se, que há regras a cumprir, para que seja possível um salutar e profícuo ambiente de ensino/aprendizagem.

Também o Representante da Associações de Pais, Luís Morais, reiterou esta postura e frisou a importância crucial dos pais no acompanhamento dos seus filhos, em casa e acompanhando de perto a vida escolar dos seus educandos. Não há receitas padronizadas, porque cada aluno é singular, cada pai/mãe o são igualmente, por isso, urge encontrar as melhores estratégias para cada um, com o melhor método de estudo e estarem sempre atentos às necessidades dos seus maiores “tesouros”, que

necessitam de muita orientação para pros-seguirem confiantes o seu próprio caminho. Lembrou ainda que “temos sempre tempo, para aquilo que colo-camos em 1.º lugar...“.

Concluindo, a nossa diretora dirigiu-se aos nossos alunos, dizendo-lhes que nem os pais, nem os profes-sores mais dedicados, nem as melhores esco-las de mundo conse-

guem o que quer que seja se eles não assumirem as suas responsabilidades.

Só na conjugação de esforços entre ESCOLA, PAIS e ALUNOS é possível prepararmos com SUCES-SO os nossos jovens para a exigente sociedade do Século XXI.

No ano letivo anterior, muitos dos alunos aceitaram este desafio e foram de seguida homena-geados pelos excelentes desempenhos. Assim, foram entregues os diplomas por Mérito Académico (no secundário para alunos com média superior a 17 valores e no básico com média final superior a 4,5) e/ou menções honrosas, situações louváveis. 52 alu-nos do ensino básico receberam os seus diplomas de mérito académico e 3 por situações louváveis. Os mais novos, que iniciam o sétimo ano, estiveram pre-

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Dia do Diploma

Alunos do Ensino Básico Alunos do Ensino Secundário

sentes nesta cerimónia e puderam constatar que com persistência e muito empenho não há impossíveis!

No secundário, 74 alunos tiveram excelente aproveitamento escolar e 9 receberam o diploma por situações louváveis.

Emoções fortes neste início de ano escolar - tristezas e alegrias… partidas e chegadas… mas sem-pre com vontade de continuar, fazendo mais e melhor!

Prof. Margarida Mela

30 de setembro. Quis o Ministério da Educação, que este fosse o Dia do Diploma, con-sagrado à entrega dos diplomas a todos os alu-nos que concluíram o ensino secundário. Na Escola Secundária/3 Santa Maria do Olival, pelas 17h 30, na Sala do Aluno, também se assinalou este dia.

Foi um momento privilegiado para reen-contrar os finalistas do ano letivo 2010/2011, bem como os respetivos professores! Os alunos não deixaram de estar presentes e de partilhar este marcante momento. Entre a nostalgia do passado vivido nesta escola e a vontade de entrar no futuro - que há de certamente ser promissor! - sentiu-se a intensidade emotiva deste encontro. Esta foi também a ocasião para destacar os alunos que se distinguiram pelos seus bons resultados académicos, nos Cursos Científico Humanísticos e nos Cursos Profissio-nais, respetivamente, a Catarina Lourenço Nogueira (12ºB) do Curso de Ciências e Tecnolo-gias e o Rúben Xavier Oliveira Garcia (12ºH) do Curso Profissional de Técnico de Multimédia. Para presentear estes alunos, nada melhor do que desenhos alusivos à nossa cidade, criados

por alunos do Curso Artes Visuais da nossa esco-la.

Com rumos diferentes - o prosseguimen-to de estudos ou a inserção na vida ativa - aos alunos colocam-se agora novos desafios, para os quais a ESSMO procurou prepará-los, ensinando-os a crescer livres, solidários e responsáveis, no sentido de construírem a sua forma de vida con-ducente ao sucesso.

Orgulhosa dos seus alunos, a ESSMO feli-cita todos e deseja que continuem o seu cami-nho para a concretização dos seus objetivos pes-soais.

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Dia do Animal

No passado dia 4 de outubro de 2011, dia do animal, na Escola Secun-dária Santa Maria do Olival dinamizou-se uma atividade com o intuito de se angariarem fundos, alimentos, medicamentos, agasalhos e pro-dutos de higiene para ajudar a Associação Protetora dos Animais do Ribatejo Norte (APARN). Considerando que era o dia do animal, a intenção das alunas que dinamizaram esta recolha era ajudar o canil da proteção dos animais de Tomar, incentivar as pessoas para a adoção e mostrar que no canil existem cães lindos. Por isso, foi trazido à escola um cachorro que estava no canil à espera de ser adotado e que era carinhosamente tratado por Farófias.

Apesar do nosso apelo e da nossa divulgação, grande parte da comunidade escolar não aderiu a esta iniciativa, com muita pena nossa. Mas, apesar disso, tudo o que se conseguiu juntar foi ótimo e foi-nos muito agradecido pela D. Fátima, presidente da APARN. Agradecemos à direção da escola, a todos os professores e alunos por nos terem apoiado nesta iniciativa, não esquecendo também o apoio do super-mercado primavera que nos cedeu um carrinho de compras durante uma semana.

Recentemente, recebemos uma notícia que nos fez sorrir: soubemos que o Farófias fora adotado. Como o Farófias existem centenas de animais que esperam que alguém os adote para que tenham uma segunda oportunidade. Não se esqueça, não compre, adote!...

Andreia Freire 11ºD

O Grupo de Recruta-mento 520 (Biologia e Geologia), juntamente com a Biblioteca Esco-lar/ Centro de Recur-sos Educativos, está a dinamizar o projeto

“Pilhão vai à escola”, uma ação de sensibilização ambiental promovida pela Ecopilhas - Sociedade Ges-tora de Resíduos de Pilhas e Acumuladores, Lda. O referido projeto, tem por objetivo sensibilizar os jovens para a importância das questões ambientais e fomentar a adoção de boas práticas, promovendo a separação seletiva de pilhas e baterias portáteis usa-das dos outros resíduos, para que seja possível enca-minhar as mesmas para reciclagem. Assim, pretende-se recolher todas as pilhas e baterias portáteis, de uso corrente, normalmente utilizadas em aparelhos elétricos e eletrónicos, cuja utilização não seja industrial, como por exemplo: Brinquedos, lanternas, rádios, comandos à distân-

cia, consolas de jogos, relógios (ex. pulso, parede, mesa), máquinas de calcular, esquentador, etc.

Telemóveis, computadores portáteis, teclados, ratos, máquinas fotográficas, câmaras de vídeo, GPS, ferramentas elétricas sem fios, etc.

A ação irá decorrer ao longo do ano letivo, com início no dia 1 de outubro de 2011 e fim a 31 de maio de 2012. Na escola, encontram-se pilhões na Sala de Professo-res, Biblioteca Escolar, Secre-taria e Papelaria. Por questões de segurança, todas as pilhas que apresen-tem um aspeto corroído ou "babado" não devem ser incluídas na campanha. Não devem ser colocadas no pilhão todas as Pilhas e Baterias que não são de uso corrente, nomeadamen-te as Pilhas e Baterias de utilização industrial e de automóvel. Contamos com a participação de todos!

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16 de outubro - «Dia Mundial da Alimentação»

O Dia Mundial da Alimentação foi instituído em novembro de 1979 na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura. Em 1981 celebrou-se pela primeira vez e desde então mais de 150 países reconhecem esta data - 16 de outubro - como a mais importante para alertar e consciencializar a opinião pública para questões globais relacionadas com a nutrição e alimentação. A ESSMO comemorou este Dia numa iniciativa do Projeto Educação para a Saúde (PES) e do Grupo de Recruta-mento 520 (Biologia e Geologia), com a colaboração de alunos do 10º C, 11ºB e 11º C. Dirigido à Comunidade escolar, o evento pretendeu chamar a atenção para problemas relacionados com a alimentação - desde a obesi-dade à anorexia e bulimia. Num cartaz podiam ler-se números do flagelo da fome no mundo; lembrava-se que em cada 3,5 segundos morre um ser humano à fome e que 815 milhões de pessoas no mundo são vítimas de grave subnutrição. Pretendendo alertar para a necessidade de criar hábitos alimentares saudáveis, ofereceu-se fruta e iogurtes a toda a comunidade escolar. Os promotores do evento agradecem o apoio de Costa e Pimpão Produtos Lácteos, Lda.; Horto Marques, Comércio de Hortofrutícola, Lda. e Frubaça.

No dia 25 de outubro, a ESSMO comemorou o seu 40º aniversário. No intervalo das 10h, com toda a gente reunida na sala polivalente, cantámos os parabéns e provou-se o bolo.

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O «Letras e Tretas» esteve «À conversa com…» a Dr.ª Júlia Morgado, professora do Grupo de Recrutamento de Física e Química e presidente do Conselho Geral.

“Hoje, há mais liberdade de

arriscar, mas ainda estamos

longe de ter a Escola que desen-

volve verdadeiramente o espírito

crítico e nos ensina a rir de nós

próprios.”

Letras & Tretas - Os seus pais foram determinantes na pessoa que é hoje? Júlia Quadros - Foram determi-nantes, pois recebi deles os princí-pios com que tenho regido toda a minha vida pessoal e profissional. Tive sempre um ambiente familiar saudável.

L&T – Qual é a sua função enquan-to presidente do Conselho Geral? JQ – Coordeno uma equipa de 21 elementos que aprova, analisa e aprecia criticamente todo o traba-lho que a escola faz, enquanto organização que pretende dar o melhor de si em benefício dos alunos.

L&T – Das duas funções que desempenha na escola, Presiden-te do Conselho Geral e Docente, qual é para si, a mais gratificante? JQ – São funções muito diferen-tes, ambas importantes. Mas poderia viver sem a primeira, nun-ca sem a segunda. Ensinar já era o

meu grande sonho quando o ten-tava fazer às minhas bonecas. L&T – A paixão pela Física e pela Química começou quando? JQ – A paixão pela Química come-çou na farmácia da minha mãe, quando aprendi a fazer “bombi-nhas de mau cheiro” num Carna-val, para afastar os clientes da farmácia. A paixão pela Física começou no Liceu da Figueira da Foz, quando tive a sorte de ter uma excelente professora de Física que me marcou para sempre.

L&T – Sendo uma pessoa tão dinâmica, que projetos/atividades mais gosta de realizar? JQ – Gosto de realizar projetos em que os alunos se envolvam e eu seja apenas orientadora. Eles devem ser parte ativa. Adoro vê-los correr atrás de sonhos e gosto de os ver angustiados por perce-berem que há obstáculos a trans-por. Gosto de ver os alunos errar. Só errando aprendem e eu adoro vê-los aprender. Experiências gra-tificantes: ser professora da sau-dosa área de projeto do 12º ano e realizar pequenos projetos de âmbito cultural com alunos e ami-gos.

L&T – Considera a ESSMO uma escola especial? Porquê?

JQ – Claro. É especial, pois tenho-lhe dedicado grande parte da minha vida. E tudo a que me dedi-co é especial para mim. Porquê? Não sei explicar. Aqui estão os meus alunos e eles são especiais, aqui tenho tido a família que é especial (tive cá os meus filhos até ao ano passado). Aqui tenho os amigos com quem convivo todos os dias, e eles são também espe-ciais.

L&T – Já lecionou noutras escolas? JQ – Já. Lecionei em Coimbra, em Leiria e em Portalegre. Adorei todas as escolas.

L&T – O que é que a ESSMO lhe trouxe de novo? JQ – No início, trouxe o ambiente e a camaradagem; depois, o traba-lhar perto de casa e da família; mais tarde, os desafios da profis-são, a liberdade de agir; agora, a grande vantagem de poder ser professora numa organização que já tem bastante maturidade.

L&T – Por vezes, ao assistir a algumas situações que se verificam na escola, vêm-lhe à memória os seus tempos de aluna? O que mudou verdadeiramente, desde

então? JQ – Confesso que não me recordo muito dos meus tempos de aluna, a não ser das aulas de física e de matemática que nunca esquecerei. Mas muita coisa mudou: a relação entre alu-nos e professores é hoje mui-

to mais aberta e saudável. Hoje, há mais liberdade de arriscar, mas ainda estamos longe de ter a Esco-la que desenvolve verdadeiramen-

À conversa com…

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“Gosto de ver os alunos errar. Só

errando aprendem e eu adoro vê-

los aprender.”

2º Encontro de Antigos Alunos junta uma centena num grande almoço

te o espírito crítico e nos ensina a rir de nós próprios. L&T – Sei que além das suas fun-ções na escola, ainda canta na Tuna Sabes Cantar. Acha que de algum modo a música é importan-te para a formação dos jovens? JQ – Eu acho mesmo que todos os jovens deviam ser obrigados a aprender a cantar até mais tarde. A formação musical termina muito cedo na escola e por isso não é levada muito a sério pelas pessoas. Devia ser como a Educação física, até ao 12º ano. Faz-me muita impressão ver tanta gente a assu-mir que não sabe cantar. Cantar, liberta, educa para a sensibilidade.

Num país que tem o “fado” como património da Humanidade, cantar devia ser tarefa diária obrigatória. Talvez com mais cantorias, fosse-mos menos cinzentos.

L&T – “O que importa e tem valor é a pessoa que há em nós’’, este é um excerto da música ‘’À Escola’’, escrita por si e pelo professor José Morgado e cantada pela Tuna Sabes Cantar. Que significado tem esta frase, nos dias em que vive-mos e, em especial, para os jovens? JQ – Essa escola, que asas dá a quem tem voz e valoriza a pessoa que há em nós, é a minha escola. É a escola da verdadeira liberdade.

L&T – Que projetos futuros tem na forja? JQ – Tenho sempre muitas coisas para fazer, mas, de momento,

além de cumprir a minha missão com os meus alunos, estou a colaborar num proje-to de elaboração de um manual de física e continuo a

trabalhar num projeto de investi-gação sobre o ensino da física.

L&T – Que mensagem daria aos jovens alunos da nossa escola, que veem um futuro tão incerto? JQ – Não podem ser pessimistas nem dar ouvidos às lamúrias dos mais velhos. Trabalhar, é a palavra de ordem. Investir com determi-nação! Quem tira um curso e não tem trabalho vai continuar a estu-dar e, quando a crise passar, have-rá muitos graduados (mestrados, doutorados) para “encher” o mer-cado de trabalho. Quem não inves-tir vai ficar para trás. E livrem-se de invocar a crise e a falta de perspetiva de futuro para descul-par a preguiça. Isso é batota! «Bora» ao trabalho, malta!

Entrevista realizada por

Manuel Faria, 9ºC

Uma centena de antigos alunos do Liceu Nacional de Tomar / Escola Secundária Santa Maria do Olival, marca-ram presença no 2º Encontro, que decorreu nas instalações da Escola. Este foi o segundo encontro de antigos alunos, organizado pela Associação constituída em 2009 e que também

organizou em abril deste ano o Baile da primavera. Muitos dos presentes, que já não residem em Tomar, fize-ram centenas de quilómetros para estarem presentes, como foi o caso de José Farinha, fina-lista em 74/75, último ano do Liceu de Tomar, que veio de Faro onde leciona Filosofia na Universidade do Algarve, de propósito para almoçar e reen-contrar os antigos colegas.

Após o excelente almoço, este ano confecionado pela cozinheira da Escola Secundária Santa Maria do Olival, do qual constou um Bacalhau com natas e gambas e um Lombo de Porco recheado com farinheira, simplesmente divinais, seguiu-se o “Convívio Musical” com o DJ Graça, no seu melhor. O aniversário do Presidente da Associação, Luís Boavida, ocorrido no dia anterior, foi assinalado com um bolo e confettis, que surpreenderam o aniversariante.

António Miguel, Associação dos Antigos Alunos (in “Entroncamento Online”, outubro 23, 2011 - 14:19)

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BIOMAS FLORESTAIS E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

No dia 18 de novembro de 2011 decorreu a 8ª edição da Biodiversidade que teve início pelas 18:30h com uma Palestra realizada pelo Prof. Doutor Jorge Paiva, subordinada ao tema “Biomas florestais e alterações climáticas”

Entre as plantas, há enormes diferenças na quantidade de biomassa que produzem e no volume de gás carbónico (CO2) que retiram da atmosfera e o de oxigénio (O2) que produzem. As árvores são as que maior volume de CO2 absorvem e maior volume de O2 libertam e, entre elas, as que maiores valores con-seguem, são as árvores da flores-ta tropical de chuva (pluvisilva), por se encontrarem nas zonas equatoriais, com o Sol pratica-mente na vertical e luminosidade diária uniforme durante todo o ano. É, pois, nestas florestas que não só se encontram os maiores seres vivos terrestres (árvores até cerca de 6000 toneladas), como também são as florestas de maior biomassa vegetal. Por-tanto, são as florestas que podem alimentar não só os maiores herbívoros terrestres (elefantes), como grandes manadas de outros herbívoros e uma enorme diver-sidade de organismos. As florestas tropicais são, pois, os ecossistemas terrestres de maior biodiversidade;

são o maior “pulmão” do Globo, por ser aí que se produz o maior volume de O2; e são a região com maior ação “purificadora” do ar, por ser aí que as plantas absorvem o maior volume de CO2.

Há países que sabem viver da floresta, man-tendo sempre a mesma área global de floresta, mas a

enorme maioria deles, tal como Portugal, não sabe. Atualmente, é impressionante a velocidade de des-truição das florestas do Globo. Devido à enorme

quantidade de madeira que a pluvi-silva possui, este tipo de floresta (Amazónia, África Equatorial, Malá-sia, Filipinas e Papuásia) está a ser incendiada e derrubada, muitas vezes de maneira indiscriminada e estúpida, a uma velocidade “diabó-lica”, desaparecendo, em cada segundo, uma área correspondente à superfície do relvado de um cam-po de futebol, calculando-se que, a continuar este ritmo, não haverá pluvisilva no Globo quando se atin-gir a segunda metade deste século. Assim, estamos a diminuir drasti-camente a absorção de CO2, numa contribuição para o “Aquecimento Global” muito mais relevante do que a industrial e veículos motori-zados, e a diminuir o volume de oxigénio na atmosfera, o que é um

elevado risco para a sobrevivência das gerações futu-ras.

Praticamente toda a gente tem alguma cons-ciência do que está a acontecer no Globo Terrestre, com o consequente risco de sobrevivência da nossa espécie, mas, a maioria das pessoas, não só não tem a educação ambiental necessária para enten-der o que se está a passar, como também não per-cebe que tem, forçosamente, de mudar a sua maneira de estar na Terra.

É fundamental parar ou regulamentar para que este desastre não continue. Isso é possível. Apenas são necessários políticos conscientes, assim como vontade política.

É necessário que todos reflitam no problema, pois a continuar esta “inconsciência global”, a

catástrofe é mais do que certa.

Jorge Paiva – Biólogo Centro de Ecologia Funcional.

Universidade de Coimbra

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Na passada sexta-feira, dia 18, teve lugar, na Esco-

la Secundária/3, Santa Maria do Olival, um “Jantar

Lusitano”, integrado na 8.ª Edição da Biodiversidade.

Foi precedido de uma conferência sob o título “Bio-

mas Florestais e Alterações Climáticas”, proferida

pelo Professor Doutor Jorge Paiva, um fenómeno de

comunicação, pelo saber, pelo saber explicar e pela

muita afabilidade com que o faz. Um cidadão do

mundo, um humanista cosmopolita com saberes de

“experiência feitos”.

Já aconchegado pelo que ouvi e vimos nas imagens

que apresentou, acabei por me empanturrar nos

sólidos e líquidos que se perfi-

lavam nas mesas. Quem quiser

saber mais em pormenor, con-

sulte a ementa.

Antes da “ordem de ata-

que”, atuou uma muito bem

conseguida e original coreogra-

fia de alunos da escola. E no

espaço que pisei, pela primeira

vez em 1977, quando me efe-

tivei como professor do ensino

secundário, convivi com gente amiga que não encon-

trava há anos e acabei por comer como “um puro-

sangue lusitano”! Como se publicitava, aquela era a

8.ª edição desta iniciativa, este ano comemorando o

Ano Internacional das Florestas. Com uma fatia de

pão de castanha na mão, por lá andou, com a sua

careca reluzente, o dr. Francisco Ferreira, da Quercus,

a colher imagens certamente para um dos programas

Minuto Verde, da televisão.

Para além da

originalíssima

“salada Jorge Pai-

va” (13 espécies de

plantas nativas de

Portugal) saúde-se

a iniciativa,

enquanto muito original e bem conseguida abertura

à comunidade. Sem alaridos ou palermices de oca-

sião, a escola de Santa Maria soube, assim, disponibi-

lizar-se à comunidade tomarense, tão precisada de

quem dela cuide, com serviço dedicado.

Julgo eu, nas minhas cares-

tias, que um dos problemas

do concelho, é falta de ali-

mentação adequada. Passea-

tas, comidas de farta-brutos,

garrafões de carrascão, é

toldar os espíritos ingénuos,

dando-lhes, falsamente, a

sensação de felicidade des-

cuidada. Mas são comidas

que entopem veias e outras

capilaridades essenciais, todavia frequentes nos pro-

gramas eleitorais, na versão “carneiro com batatas”,

à moda do senhor Joãozinho das Perdizes, dado a

conhecer pelo escritor Júlio Dinis.

Esteve muito bem a escola, com esta alimentação.

Uma nova edição está já marcada para o ano. Um

meio que não aproveita estas iniciativas e gasta mui-

to dinheiro em publicitar a arte efémera,

deveria atentar mais nestas generosida-

des. Tínhamos comida e proveito garan-

tido!

Luís Maria P. S. Graça (in jornal Cidade de Tomar, 25 nov 2011)

JANTAR LUSITANO

A fome do saber e a comida apropriada

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Professores e funcionários da Essmo de «acordo»

Será que palavras que são proferi-das em vão, podem ser considera-das palavras à mesma? Será que quando dizemos palavras, sem lhes proporcionar qualquer tipo de signi-ficado, as podemos denominar como palavras? Será que se forem declaradas palavras maliciosas e traiçoeiras, apenas para iludir a mente de alguém, estas são desig-nadas por palavras, ainda assim? Afinal de contas, o que significa falar? Articular palavras de modo a formar uma frase? Agrupar letras de modo a formar palavras? Pronun-ciar sons que, segundo uma ordem, transmitam uma ideia?

Será então, que as palavras merecem ser tratadas com despre-zo, como se fossem um bem adqui-rido, que não importa nem deixa de importar?

Não concordo com o uso banal e inadequado que é dado às

palavras, hoje em dia. Como podía-mos nós falar com alguém, se não tivéssemos palavras para o fazer? Como é que as ações poderiam ser interpretadas, se não houvesse uma palavra para descrever tal gesto? Como é que as pessoas podiam saber o que estão a sentir: medo, amor, raiva, desprezo, frustração, saudade, carinho, ternura, se cada uma destas sensações não estivesse empregue a uma palavra? Como poderia eu escrever este texto, se não tivesse palavras para o fazer?

É verdade que os gestos podem, muitas vezes, representar aquilo que tentamos expressar, de uma maneira mais profunda e mais concreta; no entanto, são também comuns as vezes em que as palavras valeriam muito mais que os gestos, caso as pessoas as tivessem ao seu alcance. O problema, está exata-mente aí! A grande maioria das pessoas aprende, então, a comuni-car. "Então, e não é para isso que as palavras servem?" Ora, claro que sim! As palavras servem, obviamen-te, para conseguirmos comunicar uns com os outros e transmitir ideias, a questão é que as palavras deveriam - quase tão importante como a comunicação - servir para as

pessoas se exprimirem, a nível emocional e psicológico: ter as palavras exatas para ser capaz de dizer, com todo o rigor, aquilo que se pretende transmitir. Caso alguém conseguisse, através das palavras, explicar com exatidão o que é, por exemplo, a saudade, toda a gente seria capaz de sentir realmente o que é a saudade, apenas por conse-guir compreender as palavras de uma forma tão profunda quanto foi dita. Compreender? Exatamente. Aí está outro problema: muitas vezes, há até pessoas que, apesar de não conseguirem exprimir tudo o que gostavam, conseguem atingir as pessoas através da fala com uma outra profundeza, ou pelo menos conseguiriam, se os recetores da informação tivessem as mesmas capacidades que eles.

Pergunto-me então: O que é ser ignorante? Não são considera-dos ignorantes aqueles que não sabem algo, aos quais falta sabedo-ria? Não somos todos ignorantes, então? Aliás, os que são considera-dos génios, não serão ignorantes também? É algo que me faz pensar.

Patrícia Andrade, 10º E

Numa organização conjunta da Escola Secundária Santa Maria do Olival e do Centro de Formação Templários, decorreu, no passado dia 19, no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar, uma ação de formação aberta à comu-nidade, subordinada ao novo Acordo Ortográfico, ministrada pela professora doutora Margarita Correia, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que integra o grupo responsável pela implementação do referido acordo.

Ao longo de cerca de duas horas, a preletora, que possui fortes vínculos a Tomar (recorde-se que, para além de aluna do antigo Colégio Nun’ Álvares, contraiu matrimónio com um tomarense, o saudoso militar António Maria), profe-riu, sempre num tom de grande simpatia, uma comunicação muito lúcida e interessante, cuja proficuidade foi reconheci-da pela numerosa plateia. Prof. Rui Machado

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O Despertar dos Filósofos

Em 2002 a Unesco instituiu o Dia Internacional da Filosofia: a terceira quinta feira do mês de novembro. Desde há cinco anos que a ESSMO, através do Grupo de Filosofia, se associa a esta efeméride. Este ano os professores lançaram um desafio aos alunos de todas as turmas do 10º ano: deviam escolher uma música e tratá-la filosofi-camente em contexto de sala de aula. Depois, em cada turma, um grupo de alunos iria apresentar o resultado dessa reflexão no auditório da Biblioteca Municipal. E foi o que se fez na tarde do dia 17 de novembro durante cerca de 90 minutos. Com dois apresentadores (alunos) a garantir que a sessão decorresse num ritmo adequa-do, alunos e professores ouviram música e foram provocados a pensar. Chamou-se à atividade «O Despertar dos Filósofos», pois os alunos que a protagonizaram estão agora a «despertar» para a consciência de que são capa-zes de filosofar. Na nossa Biblioteca/Centro de Recursos estiveram expostos alguns livros de interesse filosófico - desde obras que são referência na história da filosofia ( a «República» de Platão ou a «Crítica da Razão Pura» de Kant, por exemplo) até obras recentes e dedicadas aos mais jovens («As perguntas da vida» de Fernando Savater ou «Que quer dizer tudo isto?» de Thomas Nagel). Agradecemos à professora Carmen Vitorino a disponibilidade para colaborar connosco - mais uma vez - na cria-ção do cartaz. Agradecemos também à Andreia Rocha e ao João Torrejais, respetivamente, alunos do 11º e do 12º anos do curso Profissional de Multimédia que tiveram a seu cargo a reportagem de imagem (fotografia e vídeo). Deixamos a lista das músicas escolhidas pelas turmas e os problemas que colocam. Vale a pena ouvir…e pensar.

«What do you got?» - Bon

Jovi - Vale a pena o amor? (10º A)

«This is War» - 30 seconds

to Mars - Será que a guerra tem

sentido? (10º B)

«Alguém me ouviu» -

Mariza e Boss AC - É possível a

esperança? (10º C)

«Pedra Filosofal» -

Manuel Freire (poema de Antó-

nio Gedeão) - O sonho é impor-

tante? (10º D)

«One of us» - Joan Osborne

- E se Deus fosse um de nós? (10ºE)

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Caminho

Zeus partiu para uma longa caçada

no sopé do olimpo. Quando o sol se

partiu no horizonte e a terra rodou

no eixo invisível que aristarco dizia

ver em samos, zeus cruzou as mãos

e esperou que o sol viesse acordá-lo.

E pensou longamente na escuridão,

enquanto a esfera gigante dançava

à volta da luz celestial, que o sábio

da ilha insano para uns, bem podia

estar à frente do tempo e ter razão.

Prof. José Sobral

De que vale andar em passo apressado para ver o que virá a seguir? Que interessa o que ficou para trás? Valerá a pena dar mais um passo em frente, rumando ao futuro? Ou será preferível ficar no mesmo sítio? Lembra-te: voltar para trás não é opção. Um caminho, assim como a nossa vida, é constante-mente alvo de decisões e são muitas as escolhas que podemos fazer. Por vezes, tentamos correr à máxima velocidade pos-sível tentando assim sair do sítio onde estamos, de tão lamentável que é. Tentamos escapar e fugir aos problemas, mas como o tempo não é nosso, acaba-mos por perceber que teremos de aguentar mais um pouco até o dito caminho estar disponível para

seguirmos a nossa viagem, e só mesmo o tempo terá poder para o tornar possível. Outras vezes, estamos tão bem que daríamos tudo, mas mesmo tudo, para ficar onde estamos, com as pessoas que estão ao nosso lado e os caminhos inter-cetados a permanecerem para sempre, mas infeliz-mente, os ponteiros do relógio avançam e, nos cru-zamentos seguintes, alguns saem, e parte de nós vai com eles. Aí, queríamos voltar ao passado. Temos saudades dos sentimentos, dos momentos, de tudo o que nos envolvia, de tudo o que fomos. Mas, lembramo-nos: voltar para trás não é opção. E, neste momento, pergunto-me: porque não perce-bemos de uma vez o óbvio? Porque é que o nosso coração não interioriza que, embora o relógio nunca pare, não anda assim tão depressa e que, embora não possamos simplesmente parar de caminhar, podemos sempre melhorar o panorama. Um simples sorriso basta. Não devemos ter pressa para lhe ver o fim, mas sim aproveitar cada paisagem, cada pessoa, cada olhar, cada palavra, cada sensação. Serão únicas, todas únicas, à sua maneira. Teremos de aprender um dia, que o realmente relevante é o presente, e iremos saboreá-lo muito melhor se, em cada passo que der-mos, o fizermos de cabeça erguida, determinação e um sorriso nos lábios. E, independentemente da intensidade do andamento ou da maneira como o encaramos, lembra-te: cada passo é importante na construção de um caminho.

Laura Antunes Manteigas, 10ºE

Z E U S E A R I S T A R C O

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

E porque não ler?...

Luísa Batista, 9ºC

«20 000 Léguas Submarinas», de Júlio Verne

O livro fala-nos de três personagens, um professor, o seu criado e um arpoador, que partem numa viagem emocionante à procura de um monstro terrível que habita os oceanos. Porém, acabam por naufragar e ser salvos pelo monstro que, na realidade, é apenas um submarino. O seu maior misté-rio é o seu capitão, este homem é obcecado por Ciência e vive exclusiva-mente no mar, isolado do mundo. É uma impressionante aventura para as três personagens principais e um estímulo para a nossa imaginação. Este livro prende-nos e cativa-nos imenso até à última página.

Lina Damásio, professora de Português

«Por Este Mundo Acima», de Patrícia Reis

Por Este Mundo Acima coloca-nos num cenário de um terrível desastre que assolou Lisboa. Nada ficou no mesmo sítio. Entre os sobreviventes, encon-tra-se um velho editor que perde amigos e amores. No entanto, encontra um rapaz e um manuscrito que lhe vão dar acesso a uma outra dimensão da vida, por ele, nunca imaginada. Esta história é um pretexto para mostrar a importância da amizade e dos livros, particularmente dos que falam dela e que o narrador carateriza como “livros luminosos que (…) nos revelavam a vasta matéria dos sentimentos que definem a condição humana.” Uma leitura “luminosa” e imperdível!

Isabel Conceição, professora de Direito

«Casadas com o Poder», de Antje Windgassen

Este é um livro muito interessante e com suspense que, com uma perspetiva diferente da história mundial, nos prende e nos dá a conhecer o “século dos ditadores”. «Carismáticas, discretas, submissas, lutadoras, cruéis ou simplesmente leais ao homem que amavam, as mulheres dos ditadores do século XX são as pro-tagonistas deste livro. Num impressionante relato das ditaduras deste sécu-lo, a jornalista alemã Antje Windgassen dedicou-se a uma singular pesquisa histórica. Em vez de falar dos ditadores procura as mulheres por detrás deles. O que as mantinha ao lado de um ditador? O amor? O poder? Quem eram essas mulheres? E o que sabiam elas? Qual o seu verdadeiro papel na ascensão e queda dos ditadores? Mantiveram-se na sombra ou tiveram um papel ativo na ditadura? Sabiam dos crimes cometidos pelos maridos? Numa narrativa escorreita e factual, a autora faz revelações surpreenden-tes.»

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

O Besingulo

Quando se é pequeno as coisas parecem maiores, as pessoas parecem mais velhas e as palavras têm por vezes significados misteriosos e incompreensíveis. Lembro-me de uma ameaça muito particular da minha irmã. Quando estava farta dos barulhinhos, das brincadei-ras, dos empurrões, das pegas, das lutas, dos arrufos que frequentemente aconteciam entre mim e os meus sobrinhos, agigantava-se sobre nós, mostrava-se grande, enorme, capaz de ter aí dois metros de altura e disparava dos olhos muito abertos uma ameaça aterradora: — Eu até besingulo! E aquele nome - "besingulo" - ecoava dentro da minha imaginação como nome de bicho. Um animal qualquer de garras e dentes afiados, coberto de pelo cheio de choquelhas, a cheirar a podre e olhos raia-dos de vermelho que corria atrás de mim, pronto a agarrar-me e a arrancar-me bocados de carne e san-gue. Outras vezes parecia-me ser um velho gigante, de dentes amarelos e podres, com mãos grandes, caleja-das e unhas compridas e sujas, que seria capaz de me

agarrar, de me apertar e quase esganar de uma só vez. Não sabia com rigor o que era um besingulo, mas se não fosse um bicho ou um gigante, era, de certeza, um monstro ou um réptil que de pele escamosa e verde, coberta de baba peganhosa e elástica me envolvia e me devorava de uma só dentada. E outra vez a ameaça: — Eu até besingulo! A brincadeira ou a pega parava e eu olhava discreta-mente para trás à procura do besingulo! O Marco e a Paula paravam. Era sinal que também eles estavam receosos de serem possuídos pelo terrífico ente que controlava a nossa infância. Maldito besingulo! Vim a descobrir mais tarde o que era o assustador “besingulo”. Certo dia a minha irmã passou por nossa casa e, no meio de risos brilhantes, contou à minha mãe: — Fartei-me de rir, hoje. Um dos miúdos – a minha irmã foi professora – chegou ao pé de mim e pergun-tou-me: “Ó minha senhora, o que é um besingulo?”. Primeiro não percebi, mas só depois compreendi que ele se referia a uma expressão que uso quando os quero ameaçar: “até vos engulo!”. A minha mãe riu-se e partilhou com a filha o cómico daqueles miúdos ingénuos que tinham ouvido uma ameaça terrível onde só havia uma expressão hiper-bólica. E divertidas, riam-se, imaginavam os sustos sentidos pelos gaiatos. Eu afastei-me sem nada de importante para dizer. Na outra sala sorri ligeiramente. Não por achar diver-tido a confusão dos miúdos, mas porque acabara de matar um monstro da minha infância. A partir desse dia, a minha irmã nunca mais mediu dois metros…

Um professor

Constituição da equipa de Mediação Escolar Alunos Mediadores

Adriana Silva; Beatriz Valentim; Edgar Costa; João Adrião; José Ferreira; Laura Antunes; Mariana Correia; Mariana Marques; Marisa Rufino; Rodrigo Viana; Tiago Marques; Vânia Santos

Psicóloga escolar Paula Filipe Professores

Ana Célia Costa; Ana Isabel Bernardo; Fernando Santos; Maria do Céu Baião; Natália Nogueira

Contacto [email protected]

O Gabinete de Mediação da ESSMO visa proporcionar uma saída construtiva para os conflitos, favorecer o crescimento pessoal, a participação ativa e responsá-vel, a coesão dentro da diversidade e a melhoria do ambiente da escola. A Equipa de Mediação, constituída por alunos, pais, psicóloga e professores, está na escola para te ajudar! Pede mais informações ao teu Diretor de Turma!

HISTÓRIAS…

Gabinete de Media-

ção Escolar

2011/2012

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Os alunos do 12ºI – Profissional de Design, criaram e realizaram uns “miminhos” na disciplina de design.

Na elaboração dos conceitos contaram com a ajuda do professor de Português. O dinheiro conseguido com a venda dos “miminhos” reverte a favor de uma campanha de solidariedade para as famílias necessitadas da nos-sa escola. Agradecemos a colaboração de todos!

Prof. Cidália Neves

Hoje vou partilhar um assunto da escola, uma opor-tunidade dos alunos crescerem e professores tam-bém …, se estiverem dispostos a serem “eternos aprendizes”. Era uma vez um professor que, não tendo como dever nada mais que cumprir o currículo obrigatório, é teimoso e ainda acredita que pode fazer a diferença com os seus alunos, apostando na cumplicidade dos colegas que com ele sentem que o ensino tem de partir consciências, criar seres pensantes e ativos, mais arrojados que a mesmice da indiferença dos programas programados e cheios de competências que não “tocam” na diferença dos alunos. Lembrou-se ele de criar, com as suas artes informá-ticas, um Blog de turma, que mais não faz do que recriar as aulas que acontecem na sua aula quando

um professor, aluno, encarregado de educação, ami-go ou simplesmente um de muitos… vai, entra na sala e partilha com a turma um livro…ou somente um poema que ao ser lido, deixa um cheiro a maresia preso nos cabelos imaginários de quem, da outra margem, sorriu ao ver, ouvir, e recriou a mensagem.

É neste registo de Descoberta e busca da Utopia, que fica o exemplo de coisas simples que vão para além das evidências e da papelada onde nós, adultos, nos afundamos e acinzentamos. Como aque-le outro professor, cansado duma “Escola” também ela grisalha, que aguarda para finalmente soltar todas as borboletas acorrentadas…Ele sabe que dias melho-res acontecem quando partilhados com os nossos alunos, sonhos que nunca se acabam…

Moral da história: afinal é possível sobreviver!

Colega de jornada

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Cursos Profissionais… e depois? Fui aluna da ESSMO desde o 7º ano até ao 12ºano. Lembro-

me de não querer vir para aqui, e ter sido obrigada por causa da minha irmã mais velha estar cá a estudar. Hoje digo que foi a melhor coisa que me aconteceu, e que é sem dúvida a melhor escola secundária de sempre, com os melhores pro-fessores de sempre, que antes de serem professores são grandes amigos. Frequentei o curso profissional de Animador Sociocultural - que concluí em julho de 2011 - e foram os melhores três anos da minha vida até agora. Foi este curso que me fez crescer e me tornou naquilo que sou hoje. Quem me conheceu antes de entrar em Animação sabe que eu era bem diferente. Passei de «odiar estudar» para «adorar». Tenho que agradecer aos meus GRANDES professores, pois cresci imenso com eles: com os «ralhetes» saudáveis para fazer de nós «responsáveis» (jamais irei esquecer os momen-tos de nervosismo antes dos espetáculos!); com a chamada de atenção para a importância do «outro» e do «animus-anima»; quando, nas aulas, nos chamavam «criaturas» (filhos de Deus, entenda-se); com uma famosa conversa no refeitó-rio que me fez não hesitar na escolha do meu percurso uni-versitário… E tantas, tantas outras experiências. Aqui ensina-ram-me a ser pontual, trabalhadora e a mostrar que não

existem oportunidades já feitas, pois somos nós que temos de as criar. Tive também a sorte de fazer a formação em contexto de trabalho (para quem não sabe, dos cursos profissionais, faz parte uma formação em contexto de trabalho, no 11º e 12º anos, que consiste num estágio realizado numa instituição) em mundos diferentes daqueles que conhecemos no dia a dia: estagiei com pessoas com deficiência, com idosos e com crianças órfãs. Essa vivência ajudou-me a compreender que não damos importância ao essencial porque estamos preocupados com o consumismo e com futilidades. Hoje frequento o Curso Superior de Psicologia no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada). O desejo de entrar num curso superior nasceu com a minha paixão pela psicologia, que me fascina desde pequena. Explicar? Não consigo. Talvez seja por causa de ter na família exemplos de compor-tamentos que deviam ser modificados, de depressões. É uma hipótese. Fascina-me saber como isso tudo fun-ciona e como se pode curar e modificar o comportamento das pessoas. Depois do 9º ano, pensei seguir Huma-nidades ou Multimédia. Quando reparei que em Animação havia muitas horas de Psicologia, nem pensei duas vezes. Agora na universidade há matérias que já conheço.

Sem o exame nacional do 12º ano não conseguiria ter entrado no ensino superior. Foi uma etapa muito difícil mas nada que com muitas horas de estudo e a «chatear» o professor Vasconcelos não se resolvesse. Visto os meus pais não terem posses para me pagar o Curso, recorri ao empréstimo de garantia mútua, que agora, com a situação do país, está a ser negado aos estudantes. Eu ainda fui a tempo e penso que não há risco de mo tirarem, pois tenho recebido as tranches todos os meses. Se isso algum dia acontecer, terei que ir trabalhar e mudar para o turno da noite. Deixar de estudar no ISPA? NUNCA. Nem que vá arrumar carros.

Uma palavrinha especial aos alunos dos cursos Profissionais: se quiserem seguir para o superior, força! É uma tarefa dura mas possível. Acreditem que o esforço vale a pena e que aprender é muito bom. O meu lema: “Querer é Poder”. Reparem que vim de um curso profissional… Há pessoas que, por preconceito, dizem que é mais fácil. Não é verdade que seja mais fácil, são apenas dificuldades diferentes. Fiz o exame nacional e conse-gui. Entrei na escola que desejava, neste momento estou a tirar as notas que quero e a ajudar grandes profis-sionais da minha área a fazer investigação. Isto tudo foi-me dado? NÃO! Mas lutei por isto e olhem que deu muito trabalho, mas os frutos são tão bons... Por isso colegas, lutem, estejam em que curso estiverem, estudem que chegam longe. Há tempo para tudo. Gosto de matar as saudades das pessoas que adoro, por isso visito e visitarei muitas vezes esta escola. Afinal, era a minha segunda casa.

Telma Sousa, ex aluna do Curso Profissional de Animador Sociocultural

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Funcionamento da Secção Europeia de Língua Francesa

"La conscience d'appartenir à une communauté ne se décrète pas, mais elle peut s'enseigner".

in Émilangues

Enquadramento legal

O Projeto insere-se no âmbito do Protocolo de Cooperação Educativa assinado, em 10 de abril de 2006, em Paris, entre o Ministério da Educação da República Portuguesa e o Ministério da Educação Nacional, do Ensino Superior e da Investigação da República Francesa.

Aprender para a vida exige uma conscienciali-zação crescente por parte de todos da importância da ligação constante entre a escola e o meio que a envol-ve. O contexto em que se vive e se aprende determina uma visão mais ou menos estreita do mundo que nos rodeia. Se a escola ampliar essa visão do mundo for-mará cidadãos capazes de ser interventivos, criativos, empreendedores e capazes de tomar decisões para a vida.

in Projeto Educativo da ESSMO

A nossa escola foi selecionada para abraçar mais este projeto. Contámos, logo de início, com o apoio dos encarre-gados de educação dos alunos da turma B do sétimo ano, que viram neste projeto uma mais-valia para os seus educandos. Estes têm correspondido muito bem nesta primeira fase, ainda muito incipiente, mas que revela já trabalho feito: uma pesquisa, em português e francês, sobre alguns dos principais biomas ou ecos-sistemas e consequente apresentação dos resultados.

Com a aprendizagem reforçada da disciplina de Fran-cês (45 minutos) ao longo do 3º Ciclo, pretende-se desenvolver e reforçar competências linguísticas, culturais e civilizacionais e induzir a lecionação pro-gressiva de conteúdos da disciplina não linguística (DNL), Ciências Naturais, em língua francesa. Os alunos obterão um certificado específico, no final do ciclo, com avaliação qualitativa (Suficiente, Bom e Muito Bom).

VANTAGENS: Formar uma consciência plurilingue

Maior facilidade em aprender a língua quando utilizada noutras disciplinas

Maior domínio de uma segunda língua estrangeira

Promoção da autoconfiança do aluno

Intercâmbio com outras escolas

Acesso facilitado a estudos no estrangeiro

Mais-valia no acesso ao mundo do trabalho

Prof. Ana Célia Costa

Gabinete de Comunicação A ESSMO já tem um Gabinete de Comunicação (GCESSMO) que organiza a comunicação interna e externa nas seguintes áreas: a) Planeamento e Gestão da Comunicação Interna; b) Planeamento e Gestão da Comunicação Externa; c) Divulgação das atividades do Plano Anual de

Atividades; d) Gestão dos conteúdos do website da ESSMO; e) Produção de Imagem (fotografia e vídeo); f) Conceção gráfica de suportes de comunicação,

físicos e digitais; g) Produção de conteúdos.

Disponibiliza a todos, informação sobre as ativida-des da Escola e para isso os organizado-res/dinamizadores devem enviar ao GCESSMO com dois dias de antecedência as informações a divul-gar, para:

[email protected]

A equipa do Gabinete de Comunicação

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

A Biblioteca Escolar é um centro de recursos educati-vos ao dispor de toda a comunidade escolar, nomea-damente alunos, professores, funcionários e encarre-gados de educação. É um núcleo de organização pedagógica da escola, vocacionado para as atividades culturais e para a informação.(Regulamento da BE/CRE, 2009)

Foram estes os princípios que nortearam a reali-zação de visitas de reconhecimento à biblioteca (forma-ção de utilizado-res), por parte das turmas de 7º e 10ºs anos que aceitaram o desa-fio. Depois de uma breve apre-sentação teórica, foi distribuído aos alunos um guião de “bibliopaper” que animou

durante cerca de 45 minutos a permanência das tur-mas na BE. Acreditamos que, a par da satisfação demonstrada, os alunos ficaram mais cientes das potencialidades da nossa biblioteca. Ao longo deste primeiro período, foram várias as exposições patentes ao público. Assinalou-se a Implantação da República, o 40º Aniversário da escola e o Dia Mundial da Filosofia, entre outras datas. Está

ainda em exibição a exposição evocativa do Centenário Natalí-cio de Nini Ferreira, farmacêutico e figura destacada da socie-dade tomarense, entretanto já falecido.

Foram igualmente assinalados o Mês e o Dia Interna-cional das Bibliotecas Escolares, o Centenário de Manuel da Fonseca e o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa, com projeção de apre-sentações PPT e mostras bibliográ-ficas. Está em andamento a participação da escola em mais

um Concurso Nacional de Leitura, promovido a nível nacional pelo Plano Nacional de Leitura (PNL). A eliminatória a nível de escola (1ª fase) está a ser rigorosamente pre-parada, tendo sido escolhidas as

seguintes obras para os alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico: O Assassino Leitor, de Álvaro Magalhães e o conto Os Reis-Mandados, de José Cardoso Pires e que se encontra no livro O Burro-em-Pé. Já para os parti-cipantes do Ensino Secundário, a escolha recaiu sobre o Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, e o conto O Leitor, de Teolinda Gersão, inserido no livro de contos Histórias de Ver e Andar. Estamos muito expectantes relativamente à adesão a este concurso. Fernando Pessoa, na “pessoa” dos seus heterónimos,

também já nos visitou. Foi no passa-do dia 22 de novembro, e veio dire-tamente da turma F do12º ano (cur-so profissional- Técnico de Multimé-dia).

Encontram-se na forja outras atividades como, por exemplo, o Dia Internacional da Pessoa com Defi-ciência, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Feira do Livro e Leituras de Natal. Antes de terminarmos este “boletim noticioso”, que-remos publicamente congratular-nos com o facto de, no presente ano letivo, termos dois alunos colabora-dores da BE, o Daniel Godinho e o Paulo Vasconcelos, do 8º ano, turma C, e de contarmos com a colabora-ção de dois alunos do curso multimédia, a Andreia Rocha e o Ruben Gomes, do 11º G , na preparação do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Contamos ter muitas mais atividades. De promoção do livro e da leitura, da literacia da informação e de apoio ao currículo. No entanto, tal só será possível consigo, contigo, connosco, com todos. Votos de Boas Festas com Bons Livros e Melhores Leituras!

A Equipa da Biblioteca

Notícias da

Biblioteca

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

Desporto Escolar

O Desporto Escolar na ESSMO reveste-se de atividades de caráter opcional que pretendem pro-mover uma prática desportiva regular, com competi-ção entre os alunos da nossa escola e os de outras escolas e que se desenvolvem num clima de boas relações interpessoais, respeitando sempre as normas do espírito desportivo entre todos os elementos envolvidos.

O Desporto Escolar na nossa escola visa espe-cificamente, para além da promoção da saúde e da aptidão física, a aquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento do desporto como fator de cultura, estimulando sentimentos de solidarieda-de, cooperação, responsabilidade, autonomia e criati-vidade.

O desporto escolar para o ano letivo 2011-2012, teve início com a participação dos grupos equi-pa de Basquetebol - Prof. Jorge Evaristo, Desportos Gímnicos - Prof. Paulo Lopes, Futsal - Prof. Samuel Neto, Ténis- Prof. Paula Barrela, Ténis de Mesa - Prof. Marta Lopes, Voleibol Feminino - Prof. Paulo Lopes, Voleibol Masculino - Prof. Carlos Laranjeira e Xadrez - Prof. Eduardo Vaz. Para as modalidades de Desportos Gímnicos, Xadrez, Ténis e Ténis de Mesa, estes grupos equipa estão abertos para ambos os sexos e para qualquer escalão etário. Para a modalidade de Volei-bol quer masculino, quer feminino, apenas para o escalão júnior. Todos estes grupos estão a trabalhar na sua plenitude com vista a uma participação honro-sa nos campeonatos que se avizinham.

Estes grupos equipa abrangem os dois ciclos de ensino que a nossa escola possui, fornecendo assim, um leque de atividades que possibilita alguma escolha para todos os alunos. Com isto, o desporto escolar na nossa escola tem tido uma boa adesão o que reflete o compromisso que se estabeleceu entre a escola e os seus alunos.

É de salientar, que já decorreu na nossa esco-la o curso de Juiz árbitro para as modalidades inseri-das no nosso projeto com uma participação conside-rável, bem como, a participação dos que se apuraram nesta ação para a frequência do curso a nível da Lezí-ria e Médio Tejo, que decorreu no dia 16-11-2011.

Prof. Paulo Lopes Coordenador do Desporto Escolar

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Associação de Estudantes

Representantes da Lista L Representantes da Lista M

No dia 24 de outubro, os alunos da ESSMO escolheram os novos dirigentes da Associação de Estudantes. Às eleições concorreram duas listas - L (presidente da direção - António Cardoso) e M (presidente da direção - Francisca Lousada). As irregularidades verificadas, das quais a Direção esclareceu devidamente a comunidade educativa, obrigaram à repetição do ato eleitoral tendo saído vencedora a lista M.

A nova Presidente da Associação de Estudantes, Francisca Lousada. Letras &Tretas - Esta vitória foi inesperada? Francisca - Assim que vimos a cam-panha da lista L soubemos de ime-diato que não seria fácil. Tínhamos

noção que a concorrência era forte. Foi algo inespe-rado pelo facto da diferença ter sido apenas de um voto. Esperávamos um resultado renhido, mas nunca pensámos ganhar por um voto, claro. L&T - As eleições tiveram de ser repetidas... Tiveram receio de perder ou mantiveram uma postura con-fiante? F - Tivemos algum receio, sim. Isto porque na altura, devido às irregularidades da mesa eleitoral, correram alguns boatos. Ouvimos muitos comentários que diziam que a fraude tinha sido por parte da lista M e de certa forma isso provocou uma certa insegurança. Contudo, ficámos bastante satisfeitos quando a Dire-ção fez passar um comunicado que esclarecia o suce-dido. A partir daí notou-se uma mudança na postura dos elementos da lista, sabíamos que tínhamos mais hipóteses e isso deixou-nos muito contentes e mais confiantes, claro. L&T - Como te sentes ao assumir um cargo de tanta responsabilidade? F - É uma enorme responsabilidade, sei que tenho que desempenhar as minhas funções de forma corre-ta. Acabamos por nos habituar. No início senti alguma pressão, sem dúvida, mas com o tempo fui-me habi-tuando e apesar de ter noção da responsabilidade

que o meu cargo acarreta, penso que consigo levar as coisas de forma tranquila. L&T - Quais são as atividades previstas para este ano letivo? F - Ao nível de atividade física, pretendemos fazer torneios de futsal, de ping-pong e de voleibol. Para além disso, iremos organizar jogos de professores vs alunos, bem como de alunos vs ex-alunos. Queremos ainda organizar um concurso de fotografia e outro de curtas-metragens. Se há iniciativas que não podem faltar são as campanhas de solidariedade e claro, o “Miss e Mister Liceu”. Pretendemos, também, organi-zar algumas “festas temáticas” como por exemplo, uma noite de Fados e a Festa do Estudante. L&T - Quais os aspetos positivos/negativos que con-sideras mais relevantes na nossa escola? F - Acho que a nossa escola é ótima ao nível de pro-fessores. Penso que é sem dúvida o aspeto positivo que mais se destaca. O ponto negativo mais relevante talvez seja a existência de filas. Sei que é algo difícil de controlar, mas acho que as constantes filas acabam de certa forma por prejudicar o “acesso” aos serviços escolares, como o bar e a papelaria, por exemplo. L&T - Ser presidente do sexo feminino é uma des-vantagem? F - Não, de todo. Na minha opinião não há qualquer desvantagem.

Entrevista realizada por Inês Gonçalves, 10ºC

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Alunos participantes do 7º ano

OFICINA DE MATEMÁTICA

NOTÍCIAS DA MATEMÁTICA

XXX OLIMPÍADAS PORTUGUESAS

DE MATEMÁTICA

Mais um ano letivo, mais uma participação da Escola nas XXX Olimpíadas Portuguesas de Matemática, organizada pela Sociedade Portuguesa de Matemática e dinamizada pelos professores de Matemática da escola. No dia 9 de novembro realizou-se a 1ª eliminatória. Os alunos do 7º ano concorreram na Categoria Júnior, os alunos do 8º e 9º anos, na Categoria A e os alunos do ensino secundário, na Categoria B.

Os alunos apurados nesta fase participarão na 2ª eli-minatória, a realizar no dia 11 janeiro, numa das escolas da nossa cidade, e poderão vir a participar na Final Nacional que terá lugar na Escola Secundária Domingues Sequeira, em Leiria, de 22 a 25 de março.

Brevemente serão afixados, na sala Polivalente, os resultados desta prova.

A Matemática tem um caráter lúdico e educativo e pode até … ser divertida! É, deste modo, que procu-ramos incentivar os nossos alunos para os desafios matemáticos. Não desperdicem o vosso precioso tempo, sejam persistentes e … atrevam-se a partici-par!

Este ano letivo os alunos dispõem de mais um espaço, na escola, onde podem aprender mais Matemática:

esclarecer dúvidas;

preparar-se para os testes e exames;

recordar conteúdos programáticos de anos ante-riores;

preparar-se para a participação em diversas com-petições: Olimpíadas de Matemática, SuperTma-tic, Canguru Sem Fronteiras e Jogo do 24.

Este novo espaço é a Oficina de Matemática onde, no horário de funcionamento, se encontra um profes-sor sempre disponível para apoiar os alunos em qual-quer das atividades acima referidas. É importante obter um bom desempenho em Matemá-tica nos testes e nos exames e é divertido participar em concursos e, quem sabe, representar a escola a nível nacional e… até mesmo no estrangeiro!

O Grupo de Matemática

Horário de funcionamento Sala B10/B15

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Escola Secundária /3 Santa Maria do Olival

No dia treze de outubro, no âmbito dos conteúdos lecionados na disciplina de Área de Integração, os alunos do Curso Profissio-nal Renovação de Energias, 12º H, desloca-ram-se com a Diretora de Turma à rádio “Cidade de Tomar”. A visita, guiada por um dos funcionários, José António, deu a conhecer aos alunos a história desta rádio regional, generalista, a comemorar o seu vigésimo segundo ano. No percurso pelas várias salas – estúdios, foi possível observar o arquivo musical, a biblioteca discográfica, local que mereceu grandes elogios por parte dos alunos, o museu da rádio, com os primeiros compu-tadores da geração informática, alguns com

mais de quinze anos, e todo o material técnico necessário a uma boa emissão. Os alunos trocaram impressões com os jornalistas, no momento ao serviço, esclareceram dúvidas e, muito timi-damente, revelaram em direto aos ouvintes as suas opiniões acerca do papel da rádio na atualidade.

No dia dezoito de novembro,

acompanhada pelas professoras Fátima Martins e Inês Oliveira, a turma visitou o Convento de Cristo, monumento que desempenha um papel de destaque na identificação da região, classificado pela UNESCO como Património Mundial. O objetivo da visita guiada centrou-se nos conteúdos lecionados nas disciplinas de Área de Integração (Identidade

Regional – Património Construído e Cultural) e Matemática (Progressões geométricas e Sucessões de Fibonacci). O serviço educativo do Conven-to, recetivo à deslocação, disponibilizou um guião orientador, a distri-buir aos alunos antecipadamente, de forma a prepará-los para os acon-tecimentos históricos que iriam ser objeto de análise, explicação e ava-liação. O grupo foi sempre acompanhado por três elementos. De desta-car a colaboração indispensável da Técnica Superior, Maria da Luz, que muito contribuiu para o interesse e o entusiasmo demonstrado por todos os alunos. A Charola, a Janela do Capítulo, o Claustro da Hospeda-ria e o Refeitório estiveram no centro dos elogios tecidos pelos alunos aos nossos antepassados. Os alunos conheceram, alguns pela primeira vez, o património da área onde vivem, compreenderam as característi-cas particulares que individualizam o meio envolvente, perceberam o valor histórico do património regional e consequente significado para as gerações futuras. Prof. Fátima Martins e Prof. Inês Oliveira

Curso Profissional de Energias Renováveis em viagem por Tomar

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Sítio web do Ano Europeu: http://ec.europa.eu/social/ey2012main.jsp?catId=970&langId=pt

O Parlamento Europeu, o Conselho de Ministros e a Comissão Europeia aprovaram 2012 como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações.

Preocupa-o envelhecer? Preocupa-o o seu papel na sociedade quando tiver 60, 70 ou 80 anos? Os europeus vivem agora mais tempo e com mais saúde do que nunca, o que não só afeta cada pes-soa individualmente, mas também a sociedade no seu conjunto.

Há muito para viver depois dos 60, e a sociedade está a valorizar cada vez mais a contribuição das pessoas idosas. É isso que significa envelhecimento ativo: tirar mais partido da vida à medida que se envelhece, tanto no trabalho como em casa ou na comunidade.

O envelhecimento ativo pode dar às pessoas mais velhas a oportunidade de continuarem a trabalhar e partilharem as suas experiências, de continuarem a desempenhar um papel ativo na sociedade e de viverem as suas vidas da maneira mais saudável, independente e preenchida possível.

O Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Soli-dariedade entre Gerações vai sensibilizar os cida-dãos sobre formas de responder aos desafios do envelhecimento, bem como sobre a partilha das melhores práticas.

Assim, apela-se ao desenvolvimento de ações em domínios muito diferentes: emprego, proteção social, educação e formação, saúde e serviços sociais, alojamento e infraestruturas públicas.

Pretende-se suscitar o apoio público e político para incentivar todos os responsáveis políticos e partes interessadas a fixarem objetivos e a tomarem medidas concretas.

Espaço Europa 2012 – Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações

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Ficha Técnica

Coordenação, Redação e Arranjo Gráfico: Isabel Conceição, Isabel Gamelas, Cidália Neves

Colaboraram nesta edição: prof. Margarida Mela, Andreia Freire -11º D, prof. Lourdes Durana, prof. Júlia Morgado, Manuel Faria -9º Ç, António

Miguel - Associação dos Antigos Alunos, professor doutor Jorge Paiva, Luís Maria P. S. Graça, Patrícia Andrade - 10º E, prof. Rui Machado, profs.do Grupo

de Filosofia, prof. José Sobral, Laura Manteiga s- 10º E, Luísa Batista - 9º C, prof. Lina Damásio, alunos do Curso Profissional de Design, Telma Sousa - ex

aluna do Curso Profissional de Animador Sociocultural, prof. Ana Célia Costa, equipa do Gabinete de Comunicação da ESSMO, profs. do Departamento de

Ciências Socias e Humanas, profs. do Departamento de Línguas, equipa da Biblioteca/Centro de Recursos, prof. Paulo Lopes, Inês Gonçalves - 10ºC, pro-

fessores do Grupo de Matemática, prof. Fátima Martins, prof. Inês Oliveira, alunos do Curso Profissional de Energias Renováveis , prof. Natália Noguei-

ra,prof. Maria celeste Sousa.

Um símbolo da vida, a Árvore de Natal é uma tradi-ção muito mais antiga do que o cristianismo e não é um costume exclusivo de nenhuma religião em par-ticular. Muito antes da tradição de comemorar o Natal, os egípcios já levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em dezem-bro, simbolizando A triunfo da vida sobre a morte. Os romanos já enfeitavam suas casas com pinheiros durante a Saturnália, um festival de inverno em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. Nesta época, religiosos também enfeitavam carvalhos com maçãs douradas para as festividades do Solstí-cio de inverno. A Árvore de Natal foi também conhecida como a Árvore do Paraíso, uma vez que era o símbolo da festa de Adão e Eva, que acontecia no dia 24 de dezembro, muito antes da tradição cristã do Natal. Hoje, a árvore não só representa o Paraíso como no início da tradição, mas também a salvação. A lenda conta que o pinheiro foi escolhido como símbolo do Natal por causa da sua forma triangular, que de acordo com a tradição cristã, representa a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito San-to. O dia de montar a ornamentação de Natal varia de país para país. Em muitas cidades dos Estados Uni-dos, por exemplo, só se monta a árvore na véspera de Natal, em muitos países da Europa já no dia 25 de novembro, um mês antes, monta-se o presépio e a árvore. No Brasil, o costume manda montar a ornamentação no dia 6 de dezembro, Dia de São Nicolau, o Pai Natal. Entre nós, a tradição manda retirar os ornamentos, impreterivelmente, até a meia-noite do dia 6 de janeiro, Dia de Reis, a razão disso é que, segundo a História, os reis avisaram Maria e José do perigo representado por Herodes e desmonta-se tudo para que os soldados do rei não encontrem sequer pista do Menino Deus!

ÁRVORE DE NATAL

A Árvore de Natal e o Presépio da nossa escola

foram criados e montados pelos alunos do 12º I

(Profissional de Design), orientados pelos profes-

sores Antónia Rodrigues e Henrique Oliveira.