Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

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JORNAL ESCOLAR – Ano lectivo 2005/2006 Nº 2 Abril 2006 ESCOLA SECUNDÁRIA DO CASTÊLO DA MAIA Internet: Prós e contras @ Prós e contras A Informática na Comunicação Pags. 03 a 09 “Os eventos nesta área passam a uma velocidade exponen- cial, criando-nos um tipo de amnésia muito particular”. Ver mais, pág.3 “O Smart Board é um quadro interactivo multimédia que permite uma dinâmica interactiva em diversos contextos, estando a ser principalmente utiliza- do em contexto educativo. Ver mais, pág.4 “Será que todos saberão utilizar/aproveitar esta novidade para a melhoria do ensino?”; “Terá o rendimento desejado?” ou “Será que, algumas escolas públi- cas e /ou privadas basear-se-ão nela apenas para manobra de pro- paganda?”. Ver mais, pág.4 “Com base em alguns estudos, já se afirma que a Inter- net venha a desaparecer aproximada- mente daqui por dez anos.” Ver mais, pág.5 “Qual o melhor ser- viço de Internet de banda larga? Conheça os trunfos de cada operador e a solução adequada a cada fim”. Ver mais, pág.6 e 7 Notícias breves. Ver mais, pág.13 “– És capaz de nos revelar um objec- tivo ou sonho que tens por realizar? – Ter sempre alguma coisa em que acreditar, algo porque valha a pena lutar. Os sonhos nunca terminam...”, “– O que mais admira ou aprecia nos alunos? – Um sorriso.” Ver mais, pág.14 Diversos textos dos alunos. “O tunning é uma forma de “arte”, e “de vida”… “Não é fácil ter quinze anos. É a altura dos conflitos de gerações, dos fortes senti- mentos e dos desejos.” Ver mais, pág.10 e 11 Escola aderiu ao projecto. Ver mais, pág.15 ESCM: uma Escola de Futuro ESCM com Quadros Interactivos na sala de aula A Internet e a Escola Operadores: escolha o melhor serviço Reciclagem de consumíveis informáticos e telemóveis A nossa Escola Aluno e Professora entrevistados Ler e Escrever

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Jornal da Escola Secundária do Castêlo da Maia

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JORNAL ESCOLAR – Ano lectivo 2005/2006 Nº 2 Abri l 2006

E S C O L A S E C U N D Á R I A D O C A S T Ê L O D A M A I A

Internet: Prós e contras@

Prós e contras

A Informática na ComunicaçãoPags. 03 a 09

“Os eventos nesta área passam a uma velocidade exponen-cial, criando-nos um tipo de amnésia muito particular”.

Ver mais, pág.3

“O Smart Board é um quadro interactivo multimédia que permite uma dinâmica interactiva em diversos contextos, estando a ser principalmente utiliza-do em contexto educativo.

Ver mais, pág.4

“Será que todos saberão utilizar/aproveitar esta novidade para a melhoria do ensino?”; “Terá o rendimento desejado?” ou “Será que, algumas escolas públi-cas e /ou privadas basear-se-ão nela apenas para manobra de pro-paganda?”. Ver mais, pág.4

“Com base em alguns estudos, já se afirma que a Inter-net venha a desaparecer aproximada-mente daqui por dez anos.”

Ver mais, pág.5

“Qual o melhor ser-viço de Internet de banda larga?Conheça os trunfos de cada operador e a solução adequada a cada fim”.

Ver mais, pág.6 e 7

Notícias breves.

Ver mais, pág.13

“– És capaz de nos revelar um objec-tivo ou sonho que tens por realizar?– Ter sempre alguma coisa em que acreditar, algo porque valha a pena

lutar. Os sonhos nunca terminam...”, “– O que mais admira ou aprecia nos alunos?– Um sorriso.” Ver mais, pág.14

Diversos textos dos alunos. “O tunning é uma forma de “arte”, e “de vida”… “Não é fácil ter quinze anos. É a altura dos conflitos de gerações, dos fortes senti-mentos e dos desejos.”

Ver mais, pág.10 e 11

Escola aderiu ao projecto. Ver mais, pág.15

ESCM: umaEscola deFuturo

ESCM comQuadrosInteractivos nasala de aula

A Internet e a Escola Operadores:escolha omelhor serviço

Reciclagem deconsumíveisinformáticos etelemóveis

A nossa Escola Aluno e Professoraentrevistados

Ler e Escrever

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ABR 2006

Pi!Pi!Pi!Pi!Pi! Lá está o des-pertador, o destruidor de sonhos, o pesadelo de todas as manhãs que me obriga a levantar cedo e a ir para a escola. Ai se eu pudesse des-ligar o despertador! Acordar naturalmente, quando ao corpo apetecesse e espre-guiçar-me no quentinho da cama até meio da manhã.

Depois com uma calma extraordinária, levantar-me e tomar um banho longo e relaxante, com aqueles sais de banho perfumados que deixam a casa com um aroma a frutos silvestres, assim como a minha pele suave e delicada. Segue-se um pequeno-almoço com tudo a que tenho direito: primeiro, uma salada de frutas que dá um paladar fresquinho à boca e, depois, uma taça bem grande com leite quentinho e cheia de cereais. Hummmmmmmm! Tão bom!

Enquanto desfruto da minha refeição predilecta com calma, observo o jardim colorido, com rosas, cravos e orquídeas que contrastam com o céu escuro e triste.

Saio de casa para admirar mais de perto a beleza das flores mas o frio percorre rapidamente o meu corpo e deixa-me a pontinha do nariz vermelha. Volto para dentro!

O frio cortante e as raba-nadas de vento vindas do Norte faz apetecer acender a lareira e aconchegar-me juntinho a ela, coberta por mantas e cobertores.

Ainda que enterrada no sofá, viajo pelo mundo guiada pelo romance que tenho nas mãos. Imagino-me no papel da personagem principal, rapariga que vive um amor impossível ou do Homem que se aventura na descoberta de um tesouro, enfim …

De repente Pi!Pi!Pi!Pi!Pi! Lá está ele de novo. Não há como escapar ao som aterra-dor do despertador.

Bem, tenho de ir. O banho apressado, o pequeno-almo-ço rapidamente engolido, o trânsito a caminho da esco-la e a (maldita) campainha que dá o toque de entrada esperam-me.

Mariana, nº15, 10ºB

Entrada de diário (22-01-2006)

Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, Domingo, vai a malta passear, sete dias da semana e um só para descansar.”

Pois é, hoje é Domingo. Dia de descanso, dia de estarmos com a família e principalmente, dia de nos esquecermos de um vírus altamente contagioso chamado rotina. Sim, esse vírus irritante que torna a vida das pessoas completamente monótona, o que não é nada bom, pois a vida é para ser vivi-da com alegria e com muita vontade. Digo vontade, porque não acredito que as pessoas que estejam “infectadas” com o “vírus da rotina” tenham vontade de viver!

No entanto, este Domingo é diferente. É hora de esco-lhermos o nosso representante máximo. É verdade, hoje é dia de elegermos o Presidente da República. Como ainda não posso dar o meu contributo para a sua eleição, espero que os portugueses façam uma escolha racional e cuidada, para que nos próximos cinco anos possamos viver numa sociedade estável.

Bruno Tomé, nº8, 10ºH

Tem-se espalhado a ideia de que os tunners “desen-volvem” máquinas letais. Ponto prévio: até à data ainda não houve um único tunner (praticante do tunning) que tenha vitimado alguém num acidente de viação.

Tunning significa afinação, e em termos de carros tem a mesma significação, mas muito para além disso, significa personalização, modificação para termos uma máquina que possamos afirmar que é única, desenhada para nós.

O verdadeiro tunner não faz apostas nem corri-das ilegais durante a noite, pelo simples motivo de que tem gosto naquilo em que despendeu dinheiro, tempo e suor. Estas corridas são um risco que os tunners não querem correr.

O tunning é uma forma “de arte”, e podemos considerar “de vida”…

“De arte”, na medida em que vemos carros pre-parados por pessoas especializadas neste ramo, que deixam para trás muito dos modelos originais.

“De vida”, pois o tunning concentra vários tipos de pessoas (aquando das concentrações) a pulsarem pelo mesmo motivo… As suas lindas e magníficas máquinas!

Por fim, uma breve nota aos street racers. Isto é que é condenável. Estes sim, “desenvolvem má-quinas letais”, estes apostam para quem morre primeiro e não para quem ganha. Os street racers alteram de facto os carros (daí a confusão com o tunning), mas as alterações efectuadas nunca pas-sam pela segurança e estética. Limitam-se única e exclusivamente ao aumento da potência de um carro, o que origina os lamentáveis desastres que nos chegam pelos media.

Hugo Campos, nº 9, 10.ºB

O maldito despertador

Tunning não é crime

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ABR 2006

Não é fácil ter quinze anos. É a altura dos conflitos de gerações, dos fortes sentimentos e dos desejos. Começamos a ter a nossa vida social, a ter um grupo de ami-gos para convivermos e divertimo-nos. É a fase dos namoricos!!! Tam-bém é tempo de levar mais a sério os estudos e começar a pensar no nosso futuro. Temos que ter consciência de que precisamos de estudar para alargar os nossos horizontes.

Em relação aos nossos pais, estes tratam-nos como se ainda fôsse-mos crianças, mas nós pensamos que já somos

adultos. É nesta fase que precisamos mais da ajuda deles; dos seus conselhos, das suas experiências, do seu carinho, apoio e com-preensão. É a idade dos

perigos e tentações.É um facto que, aos

quinze anos ainda não somos adultos, mas estes já nos responsabilizam pelos nossos actos. É esta a fase de preparação para a nossa vida. Andamos sempre ocupados; são os trabalhos de casa, é a revisão para o teste de Geologia, o trabalho de grupo de Inglês,...e tam-bém aqueles problemas (que para os adultos não são importantes!) com a amiga ou o namorado que não ligou, a festa importantíssima que vai haver na sexta-feira e não podemos faltar.

Ana Luísa, nº2, 10ºB

O nosso futuro

14 de Janeiro, 2038 Nos meus tempo de jovem era Inverno nesta al-tura... Hoje estão 32ºC! O efeito de estufa é agora confirmado, dizem os cientistas.

Estou envelhecido... A minha pele arde de tão queimada, os meus olhos perderam a cor da espe-rança há muito, os meus pulmões demonstram agora todo o seu sofrimento, o cabelo é já quase uma lenda... A vida já não é um dom, como outro-ra ouvira... As florestas cessaram... Amazónia? Perguntei a uma criança. Não sabia o que era... Elefantes? Pinguins? Quase me esquecera... Rios e lagos? A água é agora mais valiosa que o ouro, depois de tão abundante outrora...

Percorro o corredor... Ouço as reclamações na lista de espera... Outra vez... Notícias: “Novo foco de cancro da pele”; “Os países juntam-se em apoio às famílias”; “A ONU pede apoio monetário”; “Água precisa-se, poupar é fundamental”... Sus-piro... Como foi tal acontecer? Falta de informação, desculpam-se os governos. Hidrogénio? Comecei a ouvir na juventude... Não dava lucro, queixavam-se as petrolíferas, os governos... Estava só agora a ser posto em prática.

Continuo até à sala de recuperação... As con-sequências da quimioterapia são desastrosas! Antes a morte, ouvi já dizer... Tanto paciente já me passou pelas mãos, e poucos ainda aqui es-tão... Não era isto que eu imaginava como futuro, lembro-me... Uma moradia confortável, com um quintal espaçoso. Dois cães, dizia eu em memória dos meus primeiros dois amigos de quatro patas. Assim como nessa altura, ainda agora não passa de um sonho. Inconcretizável, pois claro.

O que será do Mundo? O que será da Humanida-de? O que me acontecerá? Às vezes pergunto-me. Seremos assim tão superiores e inteligentes ao ponto de controlarmos o nosso próprio futuro? E toda a maldade já cometida?! Será remediada? Terei sido enganado durante este tempo todo? Estou confuso... Tanta questão..! Já quase uma vida passada, e desde a minha tenra idade nunca vi nada semelhante!

Sinto-me estranho... Sento-me... As vozes e os barulhos afastam-se... Sinto-me longe, as mãos tremem... As luzes apagam-se...

Diogo, nº4, 10ºA

Provavelmente é a melhor fase da vida e nós temos a sorte de a estar a viver!

É claro que a adoles-cência também traz pro-blemas mas, não trocava estes anos da minha vida por nada. Tenho a certeza que vão ser os melhores anos da minha vida!

Aliás, ninguém esquece a adolescência…é sempre marcante de mais para ficar escondida da nossa memória!

Mal começa a adoles-cência começa a diversão e a festa!

Acabaram as noites em que queríamos que a nossa mãe dormisse connosco e começaram as noites em que quere-mos sair com amigos em vez de ficarmos em casa a

aturar os pais!Começaram as paixões

e os desgostos amorosos…sim…começou a maldita adoração por aquelas cria-turas que também vivem no mesmo mundo do que o nosso mas, ao mesmo tempo num meio comple-tamente à parte! Mas, ape-sar de tudo…adorámo-los! Enfim…não conseguimos viver com eles mas tam-bém não conseguimos viver sem eles!

Começou a ida às com-pras com as amigas para estar sempre na moda… começaram as festas até às tantas e acabou-se a tradicional noite no sofá com os pais a ver televisão em família!

É claro que continu-amos a adorá-los, são

nossos pais, e também gostamos muito de ir às compras com eles, princi-palmente quando são eles a pagar! Estou a brincar, nós não somos assim tão mazinhas!

Esta fase é muito impor-tante pois é nesta altura que fazemos as verdadei-ras amigas que ficam para toda a vida!

Quando temos o nosso próprio grupo fazemos praticamente tudo juntas: compras, a tradicional ida à casa de banho, vamos juntas para as festas, às vezes até a ida ao cabelei-reiro é em conjunto…en-fim…amigas para tudo!

Mas isto não é sempre um mar de rosas…nós as raparigas temos um de-feito enorme…dizemos mal umas das outras…é genético!

Apesar de tudo, somos sempre muito unidas e estamos sempre prontas a ajudar!

Ah…e claro como não poderia deixar de ser somos muito fofoquei-ras…lol…!

Enfim…gostamos de ser como somos e não trocávamos estes anos por nada!

Cátia Ferreira, nº6, 10ºB

A adolescência feminina

Ter quinze anos

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C R Ó N I C A

ABR 2006

A integração dos cursos tecnoló-

gicos nesta escola, na minha opi-

nião, foi um bom investimento.

Estes, para além de serem mais

acessíveis, dão mais oportunida-

des aos alunos, principalmente

àqueles que não querem prosse-

guir os estudos, mas desejam ter

uma posição na sociedade, ter

um emprego decente, e ganhar

um salário que garanta uma vi-

da digna. Todos nós nascemos

iguais e, perante a lei, temos

todos os mesmos direitos, por

isso, mesmo os alunos que não

sejam portadores de grandes

capacidades intelectuais, tam-

bém pensam no seu futuro, e,

tal como os outros, que têm

mais conhecimentos, têm direi-

to a uma oportunidade e a ser

alguém na vida.

Baseando-me na minha

experiência pessoal, o Curso

Tecnológico de Acção Social

foi uma grande vantagem e

ajudou-me muito na decisão do

meu futuro, para além de me

enriquecer como cidadã.

Como ainda não terminei

o curso, não posso dizer se a

minha escolha foi a melhor,

mas se o escolhi é porque tenho

muita fé e esperança em poder

ter emprego e poder aplicar tudo

o que estou a aprender ao longo

destes três anos.

Mónica Ferreira, n.º14, 11ºH

Na Escola Secundária do Cas-

têlo da Maia existem alguns

cursos tecnológicos.

Um deles é o curso tecnológi-

co de Acção Social, frequentado

somente por uma turma nesta

escola, ou seja, pelo 11ºH, uma

turma de 20 jovens do sexo fe-

minino. Este curso é composto

por três anos lectivos, 10º, 11º e

12º anos. No 12º ano terão uma

disciplina de especificação, prá-

ticas de animação sociocultural

ou práticas de apoio social, pro-

jecto tecnológico e o estágio.

Acabado o curso, as alunas

poderão trabalhar em sectores

como o de Animação Sociocultu-

ral e o de Apoio Social, exercendo

as profissões de Técnico de Ani-

mação Sociocultural/Animador

Sociocultural ou de Técnico de

Apoio Social.

O curso de Acção Social é

um curso que algumas pessoas

admiram e acham interessante,

pois é um belo curso que ajuda as

alunas a serem bastante solidá-

rias com os problemas do próxi-

mo, e até as ajuda a serem mais

simpáticas e menos egoístas em

certas situações e com algumas

das disciplinas acima referidas

aprendem também a serem mais

criativas e imaginativas.

Verónica Gomes, n.º20, 11ºH

Nas cidades contemporâneas o conhecimento constitui um princípio de hierarquização social tão importante como a propriedade, pelo que o poder de informar representa um poder enorme. Os jornalistas e as suas fontes contribuem, conjuntamente, para articu-lar e definir os contornos da sociedade do conhecimento.

Quantos aos media são um meio que têm como finalidade informar e diante deste concei-to provocar discussões que acontecem sobre o universo do fazer jornalismo, ou seja, orientar a opinião pública e estabelecer a agenda dos consumidores de notícias. O público fala dos assuntos de que falam os media. As notícias são versões da

realidade baseada, em grande parte, em normas e convenções profissionais dos jornalistas.

Em suma, a actividade pro-fissional do jornalista produz uma interpretação da reali-dade, porque há liberdade, a razão de haver informação. No jornalismo não há distin-ção de classes, pois tanto em países pobres como em países ricos se trabalha para levar à sociedade um bem precioso: a informação.

Florisa Sousa, n.º7, 11ºH

ÁGUA PROCURA-SE!

Perdeu-se “Água Potável” no Planeta terra com determinadas características: potável, inodo-ra, incolor e sem sabor.

Se alguém a encontrar, é fa-vor contactar o Jornal da escola: “SomoS Jornal”.

Hoje em dia, o principal re-curso do planeta está a ser des-perdiçado, poluído, e começa a escassear em algumas partes do mundo, devido ao crescimento demográfico, à melhoria da qua-lidade de vida e à diversificação das actividades.

Apesar da água ser um recur-so abundante no nosso planeta, apenas uma pequena parte está disponível para consumo.

No entanto, esta pequena percentagem vê-se ameaçada

pela poluição. Poluição essa que afecta as pessoas de todo o mundo, de diversas maneiras, e que é consequência das activida-des humanas. Sobretudo devido às descargas das indústrias em cursos de água, em lagos e em áreas costeiras.

Esta poluição põe em risco todo o ambiente do nosso pla-neta.

As estatísticas da ÁGUA apontam para: 1,1milhões de pessoas em todo o mundo não têm água potável; 2,4 milhões de pessoas não são servidos por saneamento básico; 11 países sofrem de stress hídrico (Fon-te: Assimetrias - Ambiente e Sociedade; FERNANDES, Ana Luísa B.; CRUZ, Ermelinda Vile-la; BALTAZAR, Maria Edite)

Alunos do 9.ºC

Cursos Tecnológicos I

Cursos Tecnológicos II

O Jornalismo

Água... um recurso molhado

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ABR 2006

WC sem sanitaNo dia 21 de Fevereiro ar-

rancaram uma sanita na

casa de banho dos rapazes no

pavilhão D.

A funcionária deste pavilhão,

a D. Luísa, ouvida sobre este

incidente, declarou que “os

alunos responsáveis por estes

actos deviam pagar o prejuízo

e receber um castigo”.

Marco Fonseca, nº16 e Tiago Afonso, nº23, 8.ºB

Notícias da BibliotecaAo longo deste período, o tra-

balho na Biblioteca não tem

esmorecido! Continuamos a

registar um grande número

de utilizadores, quer na leitura

presencial quer nas requisições

para leitura domiciliária.

A divulgação de efemérides e

de acontecimentos culturais

tem sido sempre actualizada

nos painéis da entrada, em-

bora, por vezes, os leitores

sejam um pouco apressados e

distraídos… Prosseguimos o

tratamento preliminar (verifica-

ção, carimbagem e registo) das

obras adquiridas, seguido do seu

tratamento técnico (catalogação,

classificação e indexação).

A acrescentar à compra de do-

cumentos, no 1.º Período, com

o reforço de verba da Rede de

Bibliotecas Escolares, e à ofer-

ta de obras de apoio curricular

feita pela Associação de Pais

e Encarregados de Educação

– das quais já tínhamos dado

conta no número anterior do

SomosJornal – chegou-nos há

dias um importante conjunto

de obras compradas pela A.S.E.;

em breve serão disponibilizadas

para consulta. Também a en-

carregada de educação de uma

aluna da Escola ofereceu (de

novo) livros muito interessan-

tes e úteis. Alguns professores

disponibilizaram igualmente

manuais para utilização pelos

alunos.

No âmbito do Concurso de

Apoio a Bibliotecas Escolares/

Centros de Recursos – 2006, da

Fundação Calouste Gulbenkian,

apresentámos em Março a nos-

sa candidatura com o projecto

Novas Leituras, que propõe

a aquisição de obras de ficção

científica, literatura policial e

literatura juvenil.

Maria Artur (PQND - Coordenadora

da Biblioteca Escolar)

Escola FechadaNo passado dia 20 de Fevereiro,

a Escola Secundária do Castêlo

da Maia fechou devido ao re-

bentamento de uma conduta de

abastecimento de água, numa

rua junto deste estabelecimento

de ensino.

Devido à falta de água, a escola

ficou com insuficientes condições

de higiene, tendo-se optado pelo

seu encerramento a partir das

15 horas. Resolvido o problema,

as aulas foram retomadas no dia

seguinte.Vasco Branco nº 25 8ºB

Intercâmbio EscolarA turma do 8º A da Escola Se-

cundária do Castêlo da Maia

está a organizar um intercâm-

bio com um colégio em França,

mais concretamente, em St.

Étienne.

Com este intercâmbio pretende-

mos apresentar-lhes as cidades

do Porto e da Maia, e receber

informações sobre o contexto

deles.

Vão estando atentos à página na

Internet, da nossa escola!

Os alunos da turma 8º A

Aqui temos um papel ao contrário! Sabe-se lá quem o terá colocado…

Vendo melhor, em pormenor…

“La Chandeleur” Celebrou-se a 2 de Fevereiro, na

nossa escola, o dia de Nossa Senhora

das Candeias “La Chandeleur”, or-

ganizado pelo Clube de Línguas.

Tratando-se de uma festa tão popu-

lar em França, o Clube de Línguas

pediu, como é habitual, aos alunos

que colaborassem, fazendo crepes

para festejar. Assim, no dia 2 de

Fevereiro, tanto os crepes como as

bebidas foram oferecidos e distri-

buídos por todos os alunos que os

quiseram provar, demonstrando,

assim, existir solidariedade entre

os colegas, o que só por si, justifica

que “La Chandeleur”continue a ser

festejada na escola.

“La Chandeleur” provém da pala-

vra Chandelle (candeia) e é uma das

mais interessantes tradições france-

sas. Nesta data os franceses pedem

a Jesus saúde, sorte, prosperidade

para a família e recordam um pouco

da crença celta fazendo crepes. Os

deliciosos crepes simbolizam o disco

solar e sua luz. Num desses crepes,

colocam uma moeda, guardam-no

em cima de um armário durante

um ano e no ano seguinte entre-

gam a moeda ao primeiro mendigo

que aparecer, na crença de assim

obterem prosperidade.

Tudo terá começado com os Ro-

manos que adoravam o deus da

fecundidade. O povo celta agra-

decia a purificação da água para

tornar férteis os seus campos. Já

os católicos celebram nesta data

o dia da Purificação de Maria e da

apresentação de Jesus ao Senhor

no Templo. Como esta festa é co-

memorada no dia 2 de Fevereiro, o

Papa Gélase I instituiu um solene

cortejo nocturno em homenagem à

Maria Santíssima, convidando o po-

vo a comparecer com círios, velas

e candeias acesas, cantando hinos

de louvor. Em Portugal a devoção à

Virgem das candeias existe desde o

séc. XIII, sendo muito festejado na

paróquia de S. Julião em Lisboa.Marco Santos nº 17

e Vasco Branco nº 25, 8ºB

I N S Ó L I T O

Professora e ArtistaComo participamos na edição anterior do “Somos Jornal” decidimos continuar a investi-gar certos professores e des-cobrir os talentos que ocultam.Este artigo é sobre a profes-sora Fátima Fradinho, porque decidimos de certa forma “homenagear” o trabalho que esta faz no clube “Faça Você Mesmo”. Entrevistámo-la e descobrimos que o clube foi criado no início do ano juntamente com a pro-fessora Alexandra Graveto. O clube tem tido uma forte adesão por parte de todos, visto que a professora afirma que à terça-feira, nem tem hora de almoço. Para os que não sabem, no “FVM” as pessoas interessa-das podem fazer tabuleiros, bordar quadros e pintar peças de barro. Todo este trabalho foi exposto na escola, no dia 1 de Abril, onde pais, alunos, professores e funcionários puderam com-prar peças.Este clube também faz parte dos locais onde os alunos podem ir nas OEA’s.

E já agora, porque não ir até ao clube “FVM”?Experimentem….vão gostar!

Ana Vinhas, nº 2 e

Emiliana Silva, nº7, 8ºA

Page 6: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Devido à sua sabedoria e aplicação na vida escolar, a turma do 8.ºA decidiu entrevistar o aluno Paulo Alcino do 12.º A, um dos melhores da nossa Escola.

Por que razão escolheste a área científico -natural?– Porque é a área com que mais me iden-tifico. Sempre gostei dos temas aborda-dos nesta área e, para além disso, é a que permite seguir o curso universitário em que estou interessado.Qual a sensação de seres visto na escola como um dos melhores alunos?– Não faço ideia. Sin-to-me perfeitamente normal.O que te levou a con-correr às Olimpíadas de Matemática e de Química?– O gosto pela com-petição, o desafio, a divulgação feita pelos professores, mas, acima de tudo, uma atitude desportiva.Que lugares obtiveste nas Olimpíadas?– Ganhei a medalha de ouro nas Olimpí-adas de Química e uma de bronze nas de Matemática nacionais. Nas Olimpíadas Paulistas de Matemática ganhei uma medalha de prata.O que mais admiras ou aprecias nos professores?– O profissionalismo, serem capazes de ao mesmo tempo ensinarem bem e terem um bom relacionamento com os alunos.O que fazes nos tempos livres?– Ouço música, jogo computador, na-vego na Internet, leio, vou ao cinema, estou com os amigos…Qual o acontecimento que mais marcou a tua vida?– Ter nascido, senão não podia cá estar.És capaz de nos revelar um objectivo ou sonho que tens por realizar?– Ter sempre alguma coisa em que acre-

ditar, algo porque valha a pena lutar. Os sonhos nunca terminam, é o que dá sentido à vida e a faz avançar.Qual o teu relacionamento com os teus colegas da turma e da escola?– Bom.O que é que mais te preocupa na escola?– A nível mais geral, o facto de não conseguir motivar toda a gente. A nível mais concreto, a falta de equipamento laboratorial.Qual é a tua atitude face às drogas e ao álcool?

– Para começar, pen-so que são coisas dife-rentes. No entanto, se por álcool se entender alcoolismo, doença, então a questão mu-da de figura. Ambas são coisas que tento evitar. Apesar disso, penso que as pessoas que sofrem de alcoo-lismo ou consomem drogas devem ser ajudadas e não ex-cluídas.

Questões rápidas– Qual o teu país de sonho?– Provavelmente um Portugal com o que

este tem de bom e sem o que este tem de mau. Uma hipótese mais realista, talvez Inglaterra.Qual é o livro que mais gostaste de ler até este momento?– “O Senhor dos Anéis”.Qual é o teu filme preferido?– Se tenho mesmo que escolher um em particular, então talvez a saga “Star Wars”.Qual o teu grupo de música ou can-tor preferido?– São muitos. Mas penso que alguns dos que gosto mais sejam os U2, Green Day, Coldplay Pearl Jam e Linkin Park.Costumas sair à noite?– Às vezes, mas não muito.Tens cadastro na polícia?– Não, nunca me apanharam a assaltar bancos…

Ao aluno Paulo Alcino...

ABR 2006

... e à professora de História, Cidália MartinsPor que razão escolheu esta profissão?– Por gostar de aprender.Por que escolheu a área de História?– Por curiosidade científica em relação ao passado.Qual foi o acontecimento que mais a irritou nas aulas?– Já houve alguns, mas foram resolvidos na hora perdendo qualquer importância.O que mais admira ou aprecia nos alunos?– Um sorriso.É muito difícil conciliar a profissão com a vida familiar?–Não.É capaz de nos revelar um objectivo ou sonho que tem por realizar?– Uma viagem no Expresso do Oriente.Com a profissão e a família, que tempo sobra para os amigos?–Todo o tempo do mundo.O que pensa do exercício de cidadania nesta escola?– Existe algum.O que é que mais a preocupa em Portugal?– A falta de respeito pelo próximo.

Questões rápidasQual o seu país de sonho?– O meu.Qual o livro que mais gostou de ler até este momento?– Já foram tantos que me é impossível citar apenas um.Qual é o seu filme preferido?– “Cinema Paraíso”Qual o seu grupo de música ou cantor preferido?– Jamie Cullum; Queen; U2; Doors; Michael Bublé; Jack Johnson …Qual a sua comida preferida?– ItalianaTem cadastro na polícia?– Só se for de multas por excesso de velocidade!

E N T R E V I S TA S

Page 7: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

I N S Ó L I T O

Calinadas

ABR 2006

A Escola Secundária do Castêlo da Maia aderiu ao projecto de reciclagem de consumíveis informáticos e telemóveis.

A Fundação de Assistência Médica Internacional, adiante designada por AMI, encontra-se a desenvolver um projecto de reciclagem de consumíveis informáticos - tinteiros e to-ners - e telemóveis - avariados ou em desuso. Este projecto permite defender o ambiente - já que estes materiais contêm resíduos poluentes - ao mesmo tempo que é uma fonte de finan-ciamento para as acções huma-nitárias, médicas e sociais que a AMI desenvolve em Portugal e no Mundo.

Ainda pouco divulgada em Portugal, a reciclagem de consumíveis informáticos e

telemóveis é já há muito prati-cada noutros países europeus, no entanto, e porque estamos na Europa, qualquer membro des-ta comunidade educativa que deseje participar neste projecto da AMI, poderá entregar os seus tinteiros, toners e telemóveis nos contentores de recolha dis-poníveis nesta Escola Secundá-ria ou, em alternativa, nas lojas PT Comunicações e TV Cabo, nos cinemas Lusomundo, nas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia aderentes.

A AMI entregará recibos de donativo - de acordo com a valorização dos materiais reco-lhidos - dedutíveis nos impostos e majorados em 40%.

Para ver esclarecidas quais-quer dúvidas, pode ainda contactar através do endereço de correio electrónico [email protected].

O seu operador em:

CaféChocolate quenteCappuccino

Bebidas friasSnacks

… e muito mais…

Procure qualidade e profissionalismo

Ligue e solicite a nossa visita

ValBru-Vending, Lda.

Tel./Fax: 229 690 177 Telm: 919 233 928 - 916 950 [email protected] * www.valbru.pt

Vários alunos recorreram ao Conselho Executivo da Escola Secundária do Castêlo da Maia, durante os 1.º e 2.º períodos, para entregar objectos e dinheiro perdidos.“SomoS Jornal” salienta estes actos de responsabilidade e civismo, comprometendo-se a publicitar o nome dos alunos que no futuro procedam de igual modo.

Estes são outros que tal… nem sequer sabem que “diariamente” não leva acento…

(isto na parte exterior de um restaurante)

Olá a todos! Foi com surpresa e muito agrado que encontrei o site da escola do castêlo. Fui aluno aí durante 4 anos e ago-ra ao rever alguns dos locais (através deste site) não pude deixar de enviar um email para vocês. Passei aí anos excelentes da minha vida com amigos, com funcionários, com professores... que deixam mui-tas, muitas saudades dos locais,

dos cheiros... de tantos rituais. Como vos disse vi o site e na verdade não vi nenhum item que abordasse os ex-alunos, acho que seria muito interes-sante terem algumas palavras/iniciativas dedicadas a nós! Fi-ca aqui a sugestão... Um abraço a todos!!

Nuno André Silva Gomes

Projecto de Reciclagem

Esta gente de hoje em dia… já não é o que era… Vejam lá que já nem sabem português!...

(isto à porta de um café)

Saudades da Escola

B E M F E I T O

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Page 8: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

ABR 2006

http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspxDicionário on-line indicado para verificar a definição de mais de 95.000 palavras, assim como esclarecer qualquer dúvida linguís-tica ou gramatical.

http://www.infopedia.pt/A maior enciclopédia multimédia on-line em língua portuguesa.

http://www.bn.pt/Site com informação diversa sobre a Biblioteca Nacional e os seus serviços

http://www.educare.pt/Portal da Porto Editora dedicado à educação e dirigido a professores, educadores e pais. Inclui também legislação.

http://www.escolavirtual.pt/Site com muitas informações e uti-lidades para alunos, professores e pais. Apresenta ainda aulas dinâ-micas com todos os conteúdos programáticos de cada uma das disciplinas nucleares.

http://www.netprof.pt/Portal para os professores de todas as disciplinas. Inclui mate-riais curriculares, dossiês temáti-cos e muito mais.

http://www.dgidc.min-edu.pt/Site onde se pode encontrar informações sobre “a vida esco-lar”, como por exemplo, manuais escolares, informações sobre ava-liações, etc.

http://dre.pt/Diário da República Electrónico que permite aceder a publicações anteriores, consultar anúncios, avisos públicos e outra legislação publicada.

http://www.guiado estudante.pt/Guia do Estudante para todos aqueles que frequentam ou pre-tendem frequentar a universidade. Inclui exames de acesso ao ensino superior de anos anteriores, bem como informação sobre faculda-des, cursos, etc.

http://www.mbnet.pt/Através do site do MBNet é possível realizar operações de autorização e de liquidação de compras na Internet, em sites nacionais ou estrangeiros, utilizando cartões virtuais temporários gerados pelo mesmo.

http://www.deco.pt/Site da DECO muito útil sobre con-sumo, informação e testes aos mais variados serviços, máquinas e dúvi-das do cidadão.

http://expressoemprego.pt/Portal para pesquisa e oferta de emprego. Inclui sugestões de como formular um curriculum vitae, se com-portar em entrevistas e outros assun-tos relacionados com a gestão de carreiras e de Recursos Humanos.

http://www.abc-tecnologia.com.pt/Site com noticias, actualidade, manu-ais e consultório sobre as novas tecnologias.

http://www.gildot.org/Site onde a comunidade Linux pode trocar ideias e opiniões.

http://www.pcguia.xl.pt/Site da Revista PC Guia.

http://exameinformatica.clix.pt/Site da Revista Exame Informática.

http://www.vitorm.webhs.org/blog/Blog sobre as novidades no mundo da informática.

http://www.118.pt/Motor de busca on-line que permite a pesquisa por números de telefone.

http://www.pai.pt/Páginas Amarelas on-line que permite procurar qualquer entidade por nome, número de telefone, actividade ou proximidade.

Algumas páginas do interesse da comunidade escolar

Continua na última página

Por: Carlos Moreira e Rui Couto (Assistentes Administrativos)Dalila Fonseca (PQND)

Page 9: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Tudo parece um sonhoDo qual não quero acordar…Não vou desistir de ti.Vou lutar!Sinto-me insegura.Tenho medo de te perder.Vamos ser felizes,e ficar juntos até morrer.Eu amo-te!Acredita em mim!Não acabes mais comigo.Não acabes com a nossa

história assim.Tu és a minha vida.Tu és o meu ser.Tu és tudo para mim.A minha razão de viver!Não paro de pensar em ti,nem um segundo.Eu amo-te!És o meu mundo.Estou feliz,porque estou contigo.És tudo o que eu quero.És o meu porto de abrigo.

C O R R E I O S E N T I M E N T A LValerá a pena?

Todos vós adolescentes de hoje e adultos de manhã, tendes já uma noção enraizada de que a escola é o principal veículo que vos levará até ao mundo adulto e o vosso passa-porte para uma integração social e profissio-nal. Porém e apesar do motor deste veículo serem todos os intervenientes da estrutura escolar desde vós alunos, a nós professores, a todos os responsáveis da acção educativa, sem excepção, a vossa concepção do mundo vem, por vezes, tornar este caminho mais difícil de percorrer.

O que ainda não enraizaram e devem começar a fazer, é perceber que a Escola é hoje, e cada vez mais o principal e mais completo estágio para a socialização. Assim, não basta ser adulto, é também necessário que se pareça ser adulto, para que possais ser reconhecidos como tal. O que se passa hoje, não só nesta escola, como em todas as escolas no nosso país, é que os alunos querem ser tratados como adultos, sem sentirem necessidade de o ser, quanto mais de o parecer!

Esta questão talvez seja a grande cruza-da que tendes pela frente, ser e parecer ser adultos. Para tal bastará fazer um esforço no sentido de se comportarem de uma forma consciente e equilibrada, não só no que diz respeito à postura, mas principalmente à linguagem utilizada, que serão, no futuro o vosso bilhete de identidade não só social, como também profissional!

Então porque não começar quanto antes? Pois para além da transição para o mundo adulto já não tardar, ser-vos-á possível fazer esta passagem de uma forma mais prepara-da e, por isso, mais fácil.

Para além desta vantagem óbvia, tendes ainda o importante e incondicional apoio de todos aqueles que vos rodeiam no espaço escolar, pois o vosso sucesso será também o nosso sucesso. Uma vez este conseguido, todos, sem excepção, poderemos acreditar que valeu a pena … que vale a pena!

Fernanda Varela (PQND, Presidente da Assembleia de Escola)

PEDIMOS DESCULPA

Errar é humano e “SomoS Jornal” humanus est.Na 1.ª edição, em Janeiro de 2006, dois artigos foram publicados com falhas que assumimos. Que grande gaffe! Os textos eram os das Presidentes do Conselho Executivo e da Assembleia de Escola.No primeiro, “Criatividade com sentido / A nossa resposta”, da professora Paula Romão, na página 03, o lapso consistiu numa incorrecta colocação de um parágrafo. O local correcto do parágrafo que inicia a 2ª coluna era nota de rodapé da primeria tabela que acompanhava o artigo.Quanto ao segundo, “Valerá a pena?”, da professora Fernanda Varela, na página 17, devido aos lapsus linguae existentes aquando da primeira publicação, decidimos publicá-lo novamente.

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De: Joana Silva 11º HPara: Daniel Oliveira

ABR 2006

Amo-te

Page 10: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Papelaria

Via Diagonal

D. Dinis, filho de D. Duarte duque de Bragança, preten-dente ao trono de Portugal, dirigiu-se ao pai e disse.- Paizinho, sou gay.- Não, meu filho - respondeu D. Duarte. EU é que sou Guei, a mãezinha é gainha e tu és pguincipe.

Certo dia, um professor per-guntou a um aluno:- Quem põe os ovos?- Uma galinha, senhor profes-sor.- E quem põe um ovo cozido?- É o cozinheiro, senhor pro-fessor.- Não é nada! É uma galinha com febre.

P A R A R I R

ABR 2006

se é jovem, não tem experiênciase é velho, está superadose não tem carro, é um coitadose tem carro, chora de “barriga cheia”se fala em voz alta, gritase fala em tom normal, ninguém o ouvese não falta às aulas, é um tontinhose falta, é um “turista”se conversa com outros professores, está a falar mal dos alunosse não conversa, é um desligadose dá a matéria toda, não tem dó dos alunosse não dá a matéria, não prepara os alunosse brinca com a turma, arma-se em engraçadose não brinca, é um chatose chama à atenção é um autoritáriose não chama, não sabe se imporse o teste de avaliação é longo, não dá tempose o teste de avaliação é curto, tira as chances dos alunosse escreve muito, não explicase explica muito, o caderno não tem nadase fala correctamente, ninguém entendese fala a “língua” do aluno, não tem vocabuláriose o aluno é reprovado, foi perseguiçãose o aluno é aprovado, o professor facilitou.

É verdade, o professor está sempre errado!Mas se você conseguiu ler até aqui, agradeça-lhe a ele!

O Professor está sempre errado!

XI Olimpíadas do AmbienteAs XI Olimpíadas do Ambiente

destinam-se a todos os alunos

do 3º ciclo do Ensino Básico e do

Ensino Secundário do território

nacional e visam promover o

conhecimento e interesse pela

temática ambiental nas suas

múltiplas vertentes.

As OA englobam duas categorias

distintas (A e B) dirigidas a estu-

dantes dos seguintes níveis: na

categoria A para alunos do 7º ao

9º ano; na categoria B para alunos

do 10º ao12º ano.

A temática ambiental está distri-

buída por sete grandes vertentes:

conservação da natureza; recursos

naturais; poluição; estilos de vida;

ameaças globais; política ambien-

tal; e realidade nacional.

A final nacional ocorre de 12 a

14 de Maio de 2006, podendo

obter mais informações em http://

www.esb.ucp.pt/twt/olimpiadas/.

Encontro Internacional O “ENCONTRO INTERNACIO-

NAL - PATRIMÓNIO MUNDIAL

DE ORIGEM PORTUGUESA”,

promovido pela Universidade de

Coimbra, vai realizar-se nos dias

27, 28 e 29 de Abril de 2006.

Toda a informação adjacente a

este evento, bem como, as inscri-

ções poderão ser efectuadas em:

www.uc.pt/whpo.

Pirilampo Mágico 2006A FENACERCI (Federação Na-

cional de Cooperativas de Solida-

riedade Social) vai dinamizar

a Campanha do Pirilampo

Mágico, no período de 6

a 28 de Maio do ano em

curso.

O objectivo desta cam-

panha é sensibilizar

e informar o público

em geral relativa-

mente à problemá-

tica da pessoa com

deficiência mental.

Page 11: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

AG E N DA C U LT U R A L

ABR 2006

O Concurso “Jovens Cientistas e

Investigadores” - 2006 destina-

se a premiar, a nível nacional,

trabalhos desenvolvidos nas se-

guintes áreas de estudo: Biologia,

Química, Ciências da Terra, Eco-

nomia, Engenharia, Ciências do

Ambiente, Informática/Ciências

da Computação, Matemática, Ci-

ências Médicas, Física, e Ciências

Sociais.

Os trabalhos deverão ser reali-

zados por jovens estudantes com

idades compreendidas entre os

15 e os 20 anos. Os concorrentes

devem frequentar os Ensinos

Básico ou Secundário, ou ainda

o 1º ano do Ensino Superior, e po-

dem concorrer individualmente

ou em grupo, no máximo de 3

elementos.

Serão atribuídos 4 Grandes Pré-

mios, no valor de 1.750, 1.500,

1.000 e 750 Euros, em material ou

equipamento científico, de acor-

do com os interesses dos jovens.

Serão ainda atribuídas Menções

Honrosas, não pecuniárias, aos

trabalhos que manifestamente

apresentem índices de inovação

e oportunidade relevantes.

O prazo limite de entrega de

trabalhos termina a 28 de Abril

de 2006, devendo os mesmos

ser entregues ou enviados pa-

ra a Fundação da Juventude,

nas moradas que constam no

Regulamento, que se pode con-

sultar em www.fjuventude.pt/

jcientistas2006.

Concurso nacional destinado

a alunos e professores de fran-

cês de Portugal

O Serviço de Cooperação Linguís-

tica e Educativa da Embaixada de

França pretende organizar este

ano um grande concurso nacional

destinado aos alunos e aos profes-

sores de francês de Portugal.

Este concurso visa promover um

melhor conhecimento dos recur-

sos proporcionados pelo cinema

francófono no âmbito do ensino

do francês. Os prémios, oferecidos

pela Embaixada de França, consis-

tem em viagens a França, DVD’s,

CD’s e livros em francês. A partir

de 22/05/2006 os estabelecimentos

de ensino receberão mais infor-

mações, no entanto, os resultados

estarão disponíveis em: www.ifp-

lisboa.com e www.appf.pt

Lista de sites na Internet

relativos ao concurso:

www.allocine.fr (tous les films

sortis en France)

www.cine3monde.com

www.fespaco.bf (festival de cinéma)

www.festival-cannes.org (festival)

www.afrik.com (tout sur

l’Afrique)

Lista de alguns filmes men-

cionados no concurso:

Les triplettes de Belleville,

Sylvain Chomet, 2003

Le Déclin de l’empire américain,

Denys Arcand, 1986

La Lettre, Manuel de Oliveira, 1999

Astérix et Obélix: mission

Cléopâtre, Alain Chabat, 2001

Le Fils, 2002

L’Enfant, 2005

Este CERTAMEN destina -se

a estudantes do 11ª e 12ª anos,

sendo as despesas a cargo do

Centro de Estudos Humanís-

ticos Marco Tullio Cicerone de

Arpino, e realizar-se-á de 5 a 7

de Maio em Arpino - Frosinone

(Itália).

Poderá obter toda a informação

sobre este programa (Regula-

mento e programa) no site:

www.certamenciceronianum.it

<http://www.certamenciceroni

anum.it/>; ou através do e-mail

ritroviamoci@certamencicero

nianum.it <mailto:ritroviam

[email protected]

t>, [email protected]

<mailto:[email protected]

ov.it> à atenção do Prof. Va-

lentino Gabriele.

“La Francophonie fait son cinéma !”

Jovens Cientistas e Investigadores

CERTAMEN em Itália

O “Alardinas” estava escondido, mas alguém leu o historial do nosso jornal e descobriu o primeiro Jornal da Escola Secundária do Castêlo da Maia, que foi publicado em Junho de 1995.“Alardinas” foi o primeiro, tendo surgido em 1998 o “Com Tacto”, com duas edições. Em 2001 saiu o primeiro “SomoS Jornal” e no ano lectivo 2003/2004 conseguiram-se 3 edições.Neste ano lectivo vamos na segunda edição de “SomoS Jornal”, a caminho da terceira.

Afinal, havia outro...

Page 12: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Perante o fenómeno da globalização, a informação on-line é

uma companheira assídua no nosso dia--a-dia e faz com que as fronteiras geográfi cas tendam a desaparecer. Mau grado, a tendência individualista de nos centrarmos nos nossos interesses particulares, fazendo do nosso mundo um referencial único, a verdade é que a relação eu / outro se impõe de sobremaneira. É importante superar a tentação provinciana de viver em comunidade dominados pelas barreiras das nossas ideias pré-estabelecidas, em detrimento de uma verdadeira inter-relação

crítica que supere os nossos meros interesses pessoais e mesquinhos.A aposta editorial na informática - Internet / Computadores – surtiu um efeito notável, tendo em conta a motivação e a participação dos alunos nesta edição, o que permitiu um número signifi cativo de páginas de destaque.Para o próximo, a aposta editorial recairá no Consumismo, podendo ser abordadas determinadas vertentes, tais como: ambiente, alimentação, economia, relações humanas.

Margarida Santos,Marinela Guimarães,José Nuno Araújo.

Direcção: Margarida Santos, Marinela Guimarães, José Nuno Araújo Edição: Marinela Guimarães e José Nuno Araújo. Arranjo Gráfico: Margarida Santos. Redacção e repórteres de imagem: Ana Margarida Antunes 1, Ana Regina Sá 2, Carlos Araújo 3, Diana Freitas 6, Guilherme Rebelo 8, Helena Corado 9, Inês Santos 10, Marco Fonseca 16, Marco Santos 17, Rita Azevedo 20, Sara Jesus 22, Tiago Afonso 23, Tiago Bandeira 24, Vasco Branco 25 (8.ºB), Marinela Guimarães e José Nuno Araújo. Colaboração: Alunos - 8.ºAno: Ana Vinhas 2, Emiliana Silva 7 (8.ºA); alunos do 8.ºA; 9.ºAno: alunos do 9.ºC; 10.º Ano: Diogo 4 (10.ºA); Ana Luísa 2, Cátia Ferreira 6, Hugo Campos 9, Mariana 15 (10.ºB); Bruno Tomé 8 (10.ºH); 11.ºAno: Fábio Ribeiro 5, João Oliveira 9, Paulo Silva (11.ºG); Florisa Sousa 7, Joana Silva 9, Mónica Ferreira 14, Verónica Gomes 20 (11.ºH); 12.ºAno: Paulo Alcino (12.ºA); Ana Sofia Dias 3, Cláudia Moreira 5, Diana Santos 8, Mário Moreira 18, Rui Loureiro19 (12.ºB); Ana Luísa Cunha 1, Gabriela 9, Sara Ramos, Vanessa 28 (12.ºF); Assistentes Administrativos – Carlos Moreira e Rui Couto; Professores – Catarina Cardoso, Cidália Martins, Dalila Fonseca, Daniel Prata, Fernanda Varela, Margarida Miranda, Maria Artur Barros, Paula Romão, Paulo Mon-teiro, Rosa Amaral e Rosa Gomes; Ex-aluno - Nuno André Silva Gomes. Tiragem: 500 exemplares. Endereço: [email protected].

Urge Mudar

F I C H A T É C N I C A

E D I TO R I A L

ABR 2006

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ComunicaçãoA Assembleia da Escola Secundária do Castêlo da Maia vem, por este meio, comunicar que se congratula com a expressão do sucesso que, pela análise comparativa dos resultados dos exames nacionais dos 9º e 12º anos se pode concluir.Verifi ca-se que a Escola ocupa um lugar bem posicionado no panorama nacional.A verdadeira expressão da sua afi rmação está no empenho e na determinação dos professores e dos alunos que contribuíram para a obtenção destes resultados e é também visível no esforço de modernidade e de inovação de toda a comunidade escolar.

A Presidente da AssembleiaFernanda Varela (PQND)

A edição número um de “SomoS Jornal”, deste ano lectivo, saída no dia 1 de Fevereiro, obteve o 2º lugar no “I Concurso de Jornais de Escola e Blogues” e bateu o recorde de vendas. Num total de 500, foram vendidos 465 exemplares.Cada jornal foi numerado e após o período de venda, no último dia 8 de Março, realizou-se um sorteio, com o intuito de atribuir um prémio - uma pen disk, que será entregue a quem apresentar o jornal com o número sorteado: 303.Estiveram envolvidos na venda do jornal, 19 Alunos (3 do 7ºE, 5 do 8ºA, 5 do 8ºB, 3 do 8ºE e 3 do 11ºE), a direcção da Associação de Pais e a equipa de professores responsável pelo jornal. Foi atribuído um prémio – um saco desportivo - ao aluno Carlos Moutinho, do 8ºE, por ter sido o aluno que vendeu mais jornais, tendo atingido o bonito número de quarenta exemplares. Em segundo lugar ficou o aluno Tiago Sousa do 11ºE, com vinte e nove exemplares. Agradece-se a todos os alunos que connosco colaboraram o seu empenho e dedicação. Sem eles, de facto, não havia razão de ser jornal.Muito agradecidos, [email protected]

P

Recorde de vendas

Sorteio do jornal

Prémio de vendas

Page 13: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Plano de Actividades – 3º Período

E S C O L A S E C U N D Á R I A D O C A S T Ê L O D A M A I A

http://pt.wikipedia.org/wiki/http://en.wikipedia.org/wiki/Enciclopédia livre e gratuita on-line que dis-ponibiliza informação em várias línguas.

http://www.gave.pt/Site com exames de acesso ao ensino superior de anos anteriores com a respecti-va correcção, assim como matrizes para os exames que irão decorrer em cada ano.

http://www.min-edu.pt/Site do ministério da educação, onde se pode entre outras coisas consultar a legisla-ção em vigor.

http://www.acessoensinosuperior.pt/Site com informações úteis sobre a candi-datura de estudantes ao ensino superior.

http://www.iefp.pt/Site do Instituto do Emprego e Formação Profissional que permite a pesquisa de ofer-tas de emprego a nível nacional e europeu, acções de formação e informações relativas a certificação profissional.

“Lipor”Alunos do 8º anoDepartamento de Ciências Experimentais3º Período

Museu de GeologiaAlunos do 11º e 12º anosDepartamento de Ciências Experimentais3º Período

A uma EmpresaAlunos do 10º ano de EconomiaDepartamento das Ciências Sociais e HumanasA definir

Museu de ImprensaAlunos de SociologiaDepartamento das Ciências Sociais e Humanas

Visita ao estrangeiroAlunos do 8º ano ao 12ºanoClube de Línguas

Dia da Grã- Bretanha (exposição, concurso de cultura, culinária)Toda a comunidade escolarDepartamento de Línguas17 a 21Abril

Dia do LivroToda a comunidade escolarDepartamento de Línguas21 de Abril

25 Abril e 1 MaioToda a comunidade escolarDepartamento de Línguas25 de Abril a 1 de Maio

Intercâmbio com a A.P.P.A.C.D.M. (instituição de apoio a crianças com deficiência mental) Alunos do Clube CívicoClube CívicoAbril

Promoção de um dia de eventosDia Mundial da Criança: apoio à A.P.P.A.C.D.M.Toda a comunidade escolarClube CívicoMaio / Junho

Palestra alusiva à problemática da adolescênciaDepartamento das Ciências Sociais e Humanas-Grupo de Filosofia(a definir)

Dia do CoraçãoAlunos de todos os anos de escolaridadeDepartamento de Expressão e MotricidadeAlunos do curso tecnológicode desporto do 10º anoÚltima semana de aulas

Concurso de Leitura3ª eliminatóriaAlunos do Ensino Básico e do Ensino SecundárioDepartamento de LínguasJunho (a indicar)

Dia Aberto na FEP12º ano de EconomiaDepartamento das Ciências Sociais e HumanasDepende do plano de actividades da Faculdade

Torneio Basquetebol da Compal AirTodos os alunosDesporto Escolar(a definir)

ACTIVIDADES ESCOLARES

VISITAS DE ESTUDO

Algumas páginas do interesse da comunidade escolar (continuação da pág 16)

http://www.lojadocidadao.pt/Loja do Cidadão on-line que permite aceder a informações referentes às diversas enti-dades que lá se situem, permitindo ainda a consulta do estado das filas de espera de uma determinada Loja.

http://www.google.com/language_toolsO Google Translator é uma forma fácil de traduzir, para diversas línguas, palavras e textos.

http://www.dicio.net/Site com o dicionário de Internetês em língua portuguesa. Se a Internet tivesse um dialecto próprio, esse dialecto seria o Inter-netês. Neste site, poderá encontrar o signi-ficado de centenas de termos e expressões utilizados não só na Internet, mas também noutras áreas tecnológicas.

http://www.educacao.te.pt/Outro portal sobre educação com infor-mações direccionadas para professores, alunos, pais e educadores.

Page 14: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

Nesta viragem do século, a inovação e as novas tec-nologias estão a transfor-mar a realidade da nossa escola e a fomentar novos mecanismos de acesso e de partilha do conheci-mento e da informação junto de toda a comuni-dade.

Na Educação, a tecno-logia traz novos formatos de ensino, mecanismos de partilha do conhecimento mais universais e omnipresentes, eficiên-cia de processos administrativos e melhores ferramentas de interacção entre instituições, alunos, professores e funcionários.

Neste sentido, a iniciativa “Portal da Educação”, levada a cabo com o apoio da nossa autarquia, é um excelente exemplo no que respeita à implementação de infra-estruturas sem fios, aplicações, serviços e con-teúdos que possam vir a contribuir para esta interacção e, assim, para a melhoria da qualidade do ensino.Começamos, na nossa escola, a dar os primeiros passos na definição de estra-tégias inovadoras e na selecção e im-plementação de soluções tecnológicas que fazem a diferença. Assim, somos catapultados para a certeza de que esta “invasão tecnológica comunicacional digital” é irreversível e reveste-se de inúmeras mais valias para a educa-ção em geral e para a nossa escola em particular.

Sempre conscientes de que nada na vida se constitui na íntegra apenas por aspectos positivos, revela-se im-prescindível assumir também uma perspectiva crítica, tentando focar-nos com lucidez sobre as mais valias que esta nova forma de “comunicar” traz para a humanidade, bem como o que é que também poderemos estar a pôr em risco com o seu uso “exclusivo”.

Nós somos notícia:Ultimamente a nossa escola tem sido contactada por vários órgãos de co-municação social (imprensa escrita, rádio e televisão) a fim de partilharmos a nossa experiência de utilização dos quadros interactivos.

Curiosamente a tónica é quase sem-pre colocada ao nível dos recursos monetários, ou seja, todos pretendem saber se a escola “assaltou um banco”. Efectivamente, sinto-me na obrigação de esclarecer que os mesmos foram adquiridos com verbas próprias da es-cola, tendo sido imprescindível levar a cabo uma gestão muito equilibrada

a nível de todos os gastos da escola.

Limitámo-nos para isso a gerir a escola como se da nossa casa se tratasse, fazendo um controlo criterioso de to-das as despesas diárias e negociando ao pormenor cada compra que fazemos (os quadros interactivos foram um exemplo disso tendo sido a escola que os

conseguiu comprar mais baratos). Também é relevante o facto de

dinamizarmos determinadas inicia-tivas de angariação de verbas ou de material. O exemplo mais recente foi o de conseguirmos ao abrigo da Lei do Mecenato, fazer obras no valor de aproximadamente dois mil euros.

Por fim parece-me que o facto de a escola, ao longo dos anos, praticar uma política de auto-conservação também se tem revelado uma forma inteligente de poupar dinheiro: quando se avaria ou parte ou degrada alguma coisa, de imediato tentamos resolver a situação pois passado algum tempo já fica por (X+Y) €.

No que respeita a verbas a situação parece-me esclarecida; mas, dizia eu mais acima que o foco de atenção e de maior curiosidade dos jornalistas se centra na capacidade financeira para aquisição dos quadros; no entanto, o mais relevante e preponderante em todo este processo, quanto a mim, cen-tra-se muito mais a nível dos recursos humanos, na qualidade da preparação dos nossos professores e da sua abertu-ra, disponibilidade e aptência para o uso das novas tecnologias. Esse é, sem dúvida, o maior capital que a escola tem vindo a acumular e que não há dinhei-ro que pague. Esta “febre de quadros interactivos” que tanta curiosidade tem despertado constitui a parte da engrenagem mais fácil de resolver; o nosso orgulho, o nosso capital, a nossa força, enfim a nossa grande vantagem é possuirmos um corpo docente e não docente já muito desenvolvido, treinado e receptivo ao uso das novas tecnologias a nível comunicacional e a evoluir a passos largos para o seu uso em contexto de sala de aula.

A gestão gere recursos materiais e humanos e os primeiros só são optimi-zados quando usados com sabedoria, empenho e dedicação pelos segundos, por isso os meus parabéns vão, sem dúvida alguma, para todos os colegas professores e funcionários.

A Presidente do Conselho Executivo Paula Romão

Secundária do Castêlo, capital humano acumulado no uso das Novas Tecnologias

ABR 2006

Vivemos numa Sociedade das Tecnologias de Informa-ção. Já acompanhamos esta evolução há pelo menos uma década. No entanto, os even-tos nesta área passam a uma velocidade exponencial, crian-do-nos um tipo de amnésia muito particular. Temos ade-rido tão rápido a novos con-ceitos e equipamentos que parece que “eles estiveram sempre aqui”. É neste contex-to que as escolas devem ter um papel activo e encontrar soluções para entrar neste “choque tecnológico”.A nossa escola tem tentado de certa forma entrar nesta “batalha”, mas é necessário criar condições para que tudo isto desague a bom porto.Com o SIGE (Sistema de Gestão Integrada de Escolas) tem-se em vista simplificar e integrar a gestão escolar, a segurança dos seus utilizado-res e aumentar a rapidez das tarefas. Por sua vez, o cartão magnético serve de identifi-cação, pois contém o nome, o número e a fotografia dos seus utilizadores. Para além disto, serve também para efectuar compras nos postos de venda e realizar outras operações nos quiosques.Com os quadros interactivos MagicBoard passou a existir uma maior interactividade entre o professor e o aluno, permitindo a exposição dos conteúdos programáticos de forma mais fácil e intui-tiva. Tudo o que é escrito e projectado na sua superfície pode ser alterado, guardado e impresso. Estes quadros associados a computadores, projectores de vídeo, a uma rede local e à Internet, permi-tem a sua utilização em modo de teleconferência. E em breve? O que chegará? O Infoponto. Sim, o livro de ponto electrónico! Nesta aplicação o professor passará a registar na própria aula os

sumários, as faltas dos alunos e a marcação dos testes de avaliação, tudo isto em pou-cos “cliques” no rato. Desta forma, o Encarregado de Edu-cação pode ter conhecimento da situação do seu educan-do, bastando consultar na internet o Portal da Educação e aceder à sua área privada.Mas não é tudo! Para que tudo isto funcione em con-formidade, será necessário efectuar uma optimização da rede informática existente na Escola. Os recursos que os utilizadores vão ter acesso serão obtidos mediante a autenticação destes na rede com um “login” e uma “password”. Serão criados grupos de utilizadores, tendo cada um deles o seu perfil próprio. Será também criado um servidor proxy, que con-juntamente com a firewall, manterá a segurança no acesso da rede à Internet e vice-versa. No entanto, muito mais será necessário implementar como mecanismos de ges-tão de cotas de impressão, ferramentas de monitorização e desenho lógico da rede, ferramentas de apoio peda-gógico (conteúdos, testes, submissão de trabalhos, fóruns de discussão) on-line, entre outros.Por fim, não devemos esque-cer que se deve acrescentar um conjunto de obras e instalações já realizado como infra-estruturas de rede entre pavilhões, através de fibra óptica, bastidores e equipa-mentos activos.Em suma, tudo isto é um pequeno passo nesta grande “auto-estrada” da informação, mas estamos cientes que devem ser criadas condições para se alcançar a “Escola do Futuro”.

Carlos Moreira e Rui Couto (Assistentes Administrativos)

Dalila Fonseca (PQND)

A caminho da escola do futuro

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ABR 2006

Quadros Interactivos na sala de aula

IO Smart Board é um quadro inte-ractivo multimédia que permite uma dinâmica interactiva em di-versos contextos, estando a ser principalmente utilizado em contexto educativo. A sua utiliza-ção traz inúmeros benefícios ao processo de ensino e aprendiza-gem, dada a sua interactividade. Este software permite a criação de diapositivos onde podere-mos expor conteúdos, associar imagens, animações, vídeos, hiperligações, entre outras fun-cionalidades que permitem uma interactividade surpreendente.

O quadro interactivo promo-ve o sucesso escolar, através do aumento da concentração e atenção, motivação, participação e comunicação interpessoal, in-crementando competências essenciais ao desenvolvimento socioemocional, académico e pessoal.

Os alunos tendem a perder algum tempo durante a aula a pas-sar as anotações do professor no quadro, o que impede que estes focalizem a sua aten-ção no que o professor está a transmitir. Com o Smart Board, o pro-fessor poderá distribuir em formato electrónico o que entender, o que permitirá aos alunos estarem com toda a atenção ao que o professor expõe.

Sara Ramos 12ºF

IIO projecto “InterAct-Quadros Interactivos na sala de aula” consiste num programa de ape-trechamento de salas de aula com quadros interactivos, uma realidade em países como Espa-nha, França, Inglaterra, Suíça ou Suécia. Pretende-se modernizar os espaços de ensino e promover com sucesso a motivação dos alu-nos e dos professores. Ou seja, utilizar as ferramentas virtuais, também com a ajuda na Internet, envolvendo alunos e professores no processo de aprendizagem. São as tecnologias de informa-ção e comunicação a substituir, por exemplo, o velho quadro da escola.

Gabriela, nº9, e Vanessa, nº28 (12º F)

Nos dias de hoje as nossas escolas foram submetidas a progressos com as suas respec-tivas tecnologias. Um projecto em pleno desenvolvimento é a relação entre o computador, mais especificamente a Inter-net, e a escola. Uma novidade que tem por objectivo mudar radicalmente a lógica do ensino e por consequência o modo de aprendizagem. É um projecto que a meu ver cativa muito todos os estudantes e respecti-vos encarregados, até porque hoje em dia uma escola, como outras coisas, não é nada sem um computador.

No entanto levantam-se ques-tões tais como: ”Será que todos saberão utilizar/aproveitar es-ta novidade para a melhoria do ensino?”; ”Terá o rendimento desejado?” ou “Será que algu-mas escolas públicas e /ou pri-

A moda dos

“blogs”Os “blogs” são a última moda da Internet. O nome “blog” de-riva de “weblog” (web = rede; log = registo/diário de bordo). São, basicamente, endereços na Web com uma página actuali-zada regularmente (carácter dinâmico), por uma pessoa ou um grupo, onde se escreve de tudo, desde pensamentos pesso-ais até à exposição de notícias; contém regularmente links a artigos noutras páginas da Web disponibilizando fre-quentemente comentários por parte dos leitores (designados “posts”), geralmente de curta extensão.

O sucesso do movimento

Internet: O que muda na escola?vadas basear-se-ão nela apenas para manobra de propaganda?”. Estas são inúmeras questões que só com o tempo e a devida expe-riência darão respostas.

São vários os professores que admitem algum receio. Por sua vez, os jovens encontram-se todos entusiasmados com a possibilida-de de descobrir novos mundos e desenvolver o raciocínio através de um simples “ecran”. Sendo as-sim, o papel do professor passa de informador a formador, ou seja, auxilia os alunos a pesquisar no mundo da informação. É impor-tante referir que um computador não muda a ineficiência de um professor / escola, ou seja, se o

professor se limitar a ensinar o que é o e-mail ou a manusear de-terminados programas de texto, por exemplo, será tão “secante” como um professor que ensina a fazer as subtracções. O computa-dor / Internet tem a capacidade de melhorar certos aspectos, mas não tudo como é óbvio, devendo ser um trabalho partilhado.

Em suma, o computador é um auxílio tanto para o aluno como para para o professor, por ajudar a estimular a aprendizagem e a captar uma maior atenção e pro-gresso para o desenvolvimento.

Cláudia Moreira, nº5, 12ºB

muito dificilmente será reco-nhecida.

A realidade é que é ainda demasiado prematuro avaliar a extensão das alterações que a explosão dos “blogs” veio trazer a nível da comunicação.

A “comunidade blog” é bas-tante diversificada, desde blogs particulares até associações, colectividades locais, escolas e empresas, permitindo uma multiplicidade de variantes como blogs pessoais, políticos, jornalísticos, gestão de projec-tos e partilha de conhecimentos, beneficiando de características como a mobilidade, o espírito comunitário, a instantaneidade e os meios multimédia. Centrados sobretudo em conteúdos textuais, os blogs têm inúmeras potenciali-dades a explorar nomeadamente as já bastante utilizadas fotos, conteúdos áudio, chegando ao vídeo e partilha de aplicações.

O futuro passará provavel-mente pela dinamização dos “moblogs” (actualização dos blogs a partir de terminais móveis, para além do acesso wireless), do audioblogging e do videoblogging.

Mário Moreira, nº 18, 12ºB

“blog” vive da disponibilização de algumas ferramentas que facilitam a criação e alojamento dos “blogs”. Existem “sites” que se dedicam exclusivamente a fornecer as ferramentas neces-sárias à criação de um “blog” como é o caso de “Blogger.com” e “Blogspot.com”, apresentando apenas como condição de criação a permissão para publicar publi-cidade nos blogs.

A simplicidade da criação dos “blogs”, a sua autonomia (autor e editor fundem-se num único indivíduo), a funcionalidade e rapidez de edição torna os “blo-gs” uma ferramenta de comuni-cação pessoal ímpar, um meio de expressão pessoal sem paralelo na História.

Apesar de tudo é necessário ter em conta que este sistema de comentário que permite debate e troca de ideias pode também ter os seus aspectos negativos na medida em que nem todos os visitantes do blog contribuem para a discussão saudável pois, se o desejarem, a sua identidade

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Ao longo destes novos tempos, em que vivemos muito dependentes das novas tecnologias, temos sentido muitas mudanças desde a divulgação da Internet.

A maior parte da população a ní-vel mundial, já entrou, de um certo modo, em contacto com a Internet, pois, hoje em dia, é muito fácil aceder a este tipo de comunicação. O que leva a população a aderir à Internet é a grande variedade de informação que contém e o seu acesso fácil e muito rápido.

Apesar destas vantagens e desta grande evolução a Internet não é um meio de comunicação perfei-to, pois também existe a dúvida da sua segurança. À medida que a Internet evolui, os ataques in-formáticos também têm vindo a aumentar, porque infelizmente existem programadores que se servem da Internet para obter lucros e para infectar ou invadir a privacidade de outros utiliza-dores ligados na rede. É por essas

ABR 2006

Uma das novas tecnologias, saída recentemente, mas que já voltou a evoluir é o MP3, utilizado principalmente pelos jovens.As iniciais MP3 têm um significado, ou seja, é uma abreviatura de MPEG1, nível 3, também chamado MPEG1 Layer III, entre outros nomes. (…) Trata-se de um pequeno aparelho que contém formatos de arquivo que permitem armazenar músicas em arquivos de áudio no computador, ocupando assim um espaço relativamente pequeno e mantendo a qualidade inicial de som. Deste modo, e pelo facto de se tratarem de arquivos, deixam a drive de CD livre para outro uso e não apenas para ouvir música.

Ana Luísa Cunha, nº1, 12ºF

Ainda MelhorChegou a altura de o melhor leitor de música subir ao palco para mais um encore. Nos modelos de 30GB e 60GB que transportam até 15 000 músicas, capas de álbuns a cores e até 25 000 fotografias, o novo iPod tira o máximo pro-veito da sua música e não só. É verdade, já ouviu essa músi-ca, mas agora também pode ver. Com suporte para até 150 horas de imagem e um ecran a cores de 5 cm, o novo iPod permite-lhe levar videoclips e programas de televisão consi-go, para onde for.

Mais e MenosO novo iPod suporta até 20 horas de autonomia da bate-ria, mais cinco horas do que antes. Para além disso, apre-senta um ecrã maior e mais uma cor iPod — negro brilhan-te. Mas agora vem a melhor: por menos de 2 cm, o novo iPod de 30GB ocupa cerca de 45 por cento de espaço do que o iPod original. Mesmo o novo modelo de 60GB é 10 por cento mais estreito do que a quarta geração de iPod de 20GB. Mais carac-terísticas em menos espaço? Parece um iPod.

Tenha Tudo à MãoAgora pode levar toda a sua música no bolso e ainda ter espaço para, bem, pratica-mente tudo o resto. Ponha a sua leitura em dia com livros áudio. Vá ao encontro das suas memórias com slidesho-ws de fotografias ao som de música. Veja podcasts de imagem, videoclips e os seus programas de televisão prefe-

ridos. Consulte o seu calendá-rio ou procure endereços de e-mail. Veja como está o tem-po noutra cidade ou controle o tempo da sua corrida. O novo iPod tem tudo à mão.

Dê uma Volta à sua MúsicaA Click Wheel proporciona-lhe acesso a toda a sua músi-ca, fotografias e biblioteca de imagens — com um polegar. Controle o volume e pesqui-se utilizando uma superfície sensível ao toque. Reproduza, páre, avance e retroceda. Classifique os seus favoritos. Crie listas de reprodução em movimento. Aceda a slidesho-ws de fotografias. A Click Wheel coloca tudo na ponta dos seus dedos, para que possa manter os seus olhos e ouvidos na música.

Sincronize, Veja e OuçaReproduzir música no seu iPod é apenas metade da diversão. Tente preenchê-lo com downloads da iTunes Music Store. Escolha as suas músicas preferidas entre 2 milhões de canções, 20 000 podcasts, 2000 videoclips ou os seus programas de tele-visão da ABC e Disney, des-carregue-os para o seu PC e sincronize-os para o seu iPod (serviço não disponível para Portugal). Adicione um cabo áudio opcional para reproduzir música do iPod para a sua aparelhagem ou use um cabo S-vídeo opcional com o iPod para reproduzir VJ na sua televisão. Pode recorrer a esta característica com os slide-sehows do iPod. Ah, e pode fazer tudo do lado oposto da sala, utilizando a opcional Dock Universal e o novo con-trolo remoto da Apple.

Rui Loureiro, nº19, 12ºB

iPodSeja testemunha da evolução da revolução. Primeiro reproduzia músicas, depois fotografias, depois podcasts. Agora o iPod reproduz imagem, mudando o modo como vive a sua música e muito mais. Nos modelos leves e finos com 30GB e 60GB, desde 312 €.

O lado obscuro da

InternetCom base em alguns estudos, já se afirma que a

Internet venha a desaparecer aproximadamente daqui por dez anos.

razões que grandes empresas e mesmo bancos já aderiram a um sistema de intranet, que é de um certo modo uma Internet independente e muito controlada para não existir falhas e para que a informação “secreta” não saia para o exterior daquele sistema.

Podemos então considerar que a Internet não está completamente segura e, para além destas desvan-tagens, ainda há a considerar que em Portugal é muito dispendiosa, comparando com outros países da UE. Com base em alguns estudos, já se afirma que a Internet venha a desaparecer aproximadamente daqui por dez anos.

A Internet é um bom meio de comunicação e talvez seja daí que nasce mais uma desvantagem, que é a questão do vício por parte dos utilizadores, este vicio que vem a afectar o espírito de família em algumas casas, os utilizadores desligam-se da realidade para entrar num mundo virtual, este vicio que vem ainda a apelar à intelectualidade e ao desprezo de relações humanas.

A Internet também tem o seu lado obscuro e é por isso que os utilizadores devem moderar a utilização. A sociedade está a construir um mundo mais desenvolvido tecnologicamente, mas não se pode tolerar que essa tecnologia venha a tomar conta da humanidade.

Fábio Ribeiro, nº5; João Oliveira nº9; Paulo Silva, nº13 (11ºG)

Uma nova tecnologia: O MP3

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ABR 2006

Existem actualmente em Por-tugal 40 empresas prestadoras de serviços de Internet, 30 das quais estão ainda em actividade segundo a Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações). Apesar de os números mais recentes apontarem para um total de 5 milhões de clientes de serviço de acesso à Internet, a verdade é que muitos utiliza-dores podem acumular várias contas, da mesma forma que podem ter mais do que um te-lemóvel. Assim, um barómetro mais fiável para averiguar a ta-xa de penetração da Internet em Portugal são as contas de banda larga, que ultrapassaram recen-temente o milhão de ligações. No entanto, a iniciativa Ligar Por-tugal, recentemente apresenta-da pelo Governo, pretende em cinco anos triplicar o número de famílias com acesso à banda larga, garantindo uma penetra-ção da tecnologia na ordem dos 60 por cento (face aos actuais 12 por cento).

Como escolher?Mas quais são os serviços de banda larga actualmente dispo-níveis no nosso País, e quais os critérios em que deve assentar a escolha do operador?

Com o aumentar da largura de banda, a velocidade da ligação à Internet começa a ter menos relevância na escolha do servi-ço, ao mesmo tempo que outras vertentes, como o software de segurança oferecido, a assis-tência técnica ou a agregação de soluções de voz começam a ganhar algum peso na altura de encontrar a melhor relação preço/qualidade.

Velocidade terminalNo ano passado, as ligações ADSL de banda larga superaram as de cabo e já este ano a corri-da à velocidade tem motivado uma concorrência elevada nos serviços oferecidos. Dos 2Mbps (megabits por segundo) alguns operadores passaram a dispo-nibilizar acesso ADSL a 4Mb, 8Mb e 16Mb.

No entanto, para a grande maioria dos utilizadores, a

fasquia da velocidade já supera em muito as suas necessidades (navegação on-line, e-mail, chat, jogos, etc.) pelo que o factor pre-ço e os extras oferecidos ganham importância.

Ao longo das próximas pági-nas serão explicados os diver-

sos serviços da banda larga comercializados em Portugal, tanto para o mercado residen-cial como para as empresas. Consulte sempre a informação detalhada presente nos sites dos operadores, uma vez que o valor da mensalidade está longe

de ser o único encargo de uma adesão ao serviço de Internet de banda larga. Questões como a instalação, assistência téc-nica (deslocações), ou o preço dos equipamentos (modems, routers, etc.) podem implicar uma factura inicial superior aos 100 euros.

Soluções domésticasPara o mer-cado residen-cial, a oferta da Portugal Telecom as-senta funda-mentalmente na NetCabo e

no Sapo ADSL. A gama NetCa-bo abarca sete serviços distin-tos. Para os utilizadores pouco intensivos, os pacotes Zzt! Free e Light facturam apenas o tempo que o cibernauta está on-line, tendo uma velocidade de 256Kbps. As outras quatro soluções Mega obrigam a uma assinatura mensal, cujo valor varia consoante a velocidade de acesso (€22,88 para os 256Kbps até aos €61 para os 8Mbps). Já o Sapo ADSL conta com cinco produtos que vão do pré-pago até aos 8Mbps pelo mesmo pre-ço das soluções NetCabo.

O acesso de banda larga do Clix assenta numa solução de

Operadores

Escolha o melhor serviçoQual o melhor serviço de Internet de banda larga?

Conheça os trunfos de cada operador e a solução adequada a cada fim

(1) A assinatura mensal do serviço da Clix e da Oni inclui a adesão ao serviço de voz

ISP

Serviço

Mensalidade

Activação

Valor do equipamento

N.º de caixas de e-mail

Espaço alojamento Web

Tempo de navegação

Tráfego nacional

Tráfego internacional

Site Web

Contacto

Exemplo de solução 2Mbps

SAPO

Sapo ADSL 2Mb

35,58 €

Gratuita

Gratuito

5

15MB

Ilimitado

20GB

2GB

www.tvcabo.pt

16 200

NETCABO

Mega 2

35,59 €

25,00 €

Gratuito

5

15MB

Ilimitado

20GB

2GB

www.netcabo.pt

808 200 400

CLIX (1)

ADSL 2 Megas

29,90 €

25,00 €

Gratuito

4

100MB

Ilimitado

10GB

10GB

www.clix.pt

800 10 20 30

ONI (1)

OniDuo 2048

31,95 €

25,00 €

Gratuito

10

50MB

Ilimitado

12GB

12GB

www.oninet.pt

16 509

Page 18: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

ABR 2006

Internet + telefone, o que se tra-duz numa oferta extremamente competitiva no segmento dos

2Mbps (€22,50 por mês), só s u p e r a d o pela solução OniDuo de 512Kbps (tam-bém Net +

voz por €19,95 mensais). O Clix também oferece ADSL a 16Mbps, um produto com um limite de tráfego de 80GB e apenas indicado para utiliza-dores muito intensivos. Um dos trunfos que a Sonaecom oferece aos seus assinantes do Clix é a navegação gratuita nos hotspots que a empresa detém em mais de uma dezena de cen-tros comerciais de todo o país (listagem completa em http://wifi.clix.pt/hotspots.html).

A abordagem da Oni à banda larga oferece unicamente uma solução combinada de telefone e acesso à Internet (o modem e o te-lefone são oferta). A vantagem de optar por um serviço de telefone e Internet é, tal como acontece com o serviço do Clix, o OniDuo não inclui a tradicional assinatura mensal do telefone fixo (15 euros), tornando ex-tremamente competitivas as versões de 512Kbps (€19,95) e 2Mbps (€31,95). O cibernauta pode ainda aceder sem limites de tráfego entre a 1h e as 8h, recebendo um espaço generoso (50MB) para criar uma página na Net. Para uma maior mobilidade em casa, o pack OniDuo sem fios (€99) garante a partilha da ligação de banda larga por vários computadores.

Desde Junho que a Via Networks também dispõe de

soluções ADSL dos 512Kbps aos 8Mbps. Para os utilizadores mais intensivos da Internet (que efectuem muitos downloads), existe a solução ADSL Standard, que, por €79, permite aceder à Net sem limite de tráfego.

A Cabovisão dispõe de uma

série de serviços integrados, que associam o serviço de Internet de banda larga com televisão por cabo e telefone sem fios. Uma solução de televisão com 48 canais e ligação de banda larga de 2Mbps resulta numa mensalidade de €57,30. Na ver-tente de acesso à Net via cabo, os valores oscilam entre os €19,83 (para 512Kbps) e os €55,42 (para os 8Mbps). O limite de tráfego de 40GB permite uma utilização intensiva da Net, com alguns downloa-ds, mas o preço do m o d e m acaba por pesar um pouco na primeira factura.

A TVTel é dos poucos opera-dores que oferece soluções resi-denciais baseadas em tecnologia ADSL e cabo, se bem que esta última esteja confinada à re-gião do Porto. O Jetsonic 2Mb (ADSL) apresenta-se como um serviço muito competitivo para utilizadores pouco intensivos da Net (dispõe apenas de 1GB de tráfego mensal), oferecendo por apenas €24,98 mensais uma ligação a 2Mbps com dez contas de e-mail e 100Mb para construir uma página na Web.

Com 8 gamas de produtos no segmento da banda larga ADSL,

não é difícil encontrar a solução adequada junto dos serviços da Cyclopnet. O preço competitivo das assinaturas mensais (€30 no caso dos 2Mbps) acaba por ser penalizado com os custos de aquisição do modem e activa-ção do serviço. Além de acesso à Internet, esta empresa presta ainda uma série de serviços pa-ra os cibernautas que desejam criar e registar a sua página na Internet.

A Simplesnet possui um dos preçários mais flexíveis e com-petitivos no panorama ADSL actual. A primeira factura não é pesada, uma vez que o modem e custo de activação da linha so-mam 25 euros, tendo o cibernau-ta contas de correio electrónico ilimitadas (independentemente da velocidade de ligação escolhi-da) e acesso gratuito e ilimitado entre as 2h e as 7h da manhã.

SOLUÇÕES EMPRESARIAIS

Para pequenas e médias em-presas, os ISP nacionais apre-sentam normalmente produtos que integram o acesso de banda larga sem limite de tráfego, em conjunto com comunicações de voz (através da Internet), ligação de FAX, acesso sem fios para di-versos utilizadores e soluções de segurança mais avançadas (como uma firewall).

A Telepac dividiu a sua oferta empresarial com a apresentação do Kit Monoposto, do Kit Multi-posto e Kit sem Fios – este últi-mo, possui um alcance máximo de 60 metros.

Com 8 soluções distintas de banda larga para as PMEs, a Novis oferece produtos de ADSL até aos 16Mbps, tecnolo-gia para encetar conferências

(1) A assinatura mensal do serviço da Oni inclui a adesão ao serviço de voz(2) Serviço é válido apenas para Clientes de televisão por cabo da Cabovisão.

ISP

Serviço

Mensalidade

Velocidade

Activação

Valor do equipamento

N.º de caixas de e-mail

Espaço alojamento Web

Tempo de navegação

Tráfego nacional

Tráfego internacional

Site Web

Contacto

Exemplo de solução económica (256Kb ou 512Kb)

SAPO

ADSL Light

22,88 €

256 Kbps

Gratuita

Gratuito

5

15MB

15 horas

-

-

www.tvcabo.pt

16 200

NETCABO

Netcabo 256

22,88 €

256 Kbps

25,00 €

Gratuito

5

15MB

Ilimitado

10GB

300MB

www.netcabo.pt

808 200 400

ONI (1)

OniDuo 512

19,95 €

512 Kbps

25,00 €

Gratuito

10

50MB

Ilimitado

4GB

4GB

www.oninet.pt

800 10 20 30

CABOVISÃO (2)

C-ADSL G Lite

19,83 €

512 Kbps

25,42 €

50,84 €

5

15MB

Ilimitado

2GB

2GB

www.cabovisao.pt

16 802

via Internet e espaço on-line para guardar, partilhar e aceder remotamente a documentos.

A Oni conta com uma série de produtos de dados e voz para as empresas, onde se destaca o OniDuo profissional. Este servi-ço abarca ADSL de 2Mbps, sem limite de tráfego e um ou mais canais de voz.

As gamas de produtos ADSL Premium e xDS Pro da Via Ne-tworks também não apresen-tam limites de tráfego para os seus utilizadores, podendo uma PME associar a este serviço de banda larga o Via Voice, de forma a reduzir os custos das chamadas realizadas a partir das linhas de telefone fixas. Esta é também uma possibili-dade oferecida pelos produtos

empresariais da Cabovisão, nomeadamente o NetPME e Net Corporate.

LIGAÇÕES REGIONAIS

Com a proliferação das empresas prestadoras de serviços de banda larga surgiram ofertas de soluções de televisão e Internet por cabo extremamente competitivas em determinadas regiões do País. A Bragatel (www.bragatel.pt), por exemplo, criou um serviço de Internet a 1Mbps por €15 para os seus clientes de televisão. Também a Pluricanal (www.pluricanal.pt), sediada no centro do País comer-cializa soluções de televisão e Internet por cabo.

CONCLUSÃO

Depois desta “tentativa” de esclarecimento sobre os diver-sos operadores de serviço de Internet a actuar no mercado, uma das interrogações com que provavelmente o Utilizador se depara é a seguinte: Qual é a melhor opção para mim? Tudo depende das suas necessidades e das próprias preferências. Não há uma resposta tipo para esta pergunta, já que cada tec-nologia oferece um conjunto de vantagens diferente.

Excertos retirados da revista “Exame Informática”.

Paulo Alcino (12º A) e Daniel Prata (Prof. Informática)

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ABR 2006

As pesquisas na Internet não são tão fáceis quanto parecem. Frequente-mente, quem pesquisa na Internet é confrontado com uma vontade súbita de desligar imediatamente o compu-tador quando não consegue encontrar aquilo que procura. Quem pesquisa na Internet deve, em primeiro lugar, estar consciente que não existem receitas milagrosas para ser bem sucedido na pesquisa.

A primeira regra a respeitar por quem pesquisa na Internet é não de-sesperar. Qualquer pesquisa mistura um pouco de treino com uma grande dose de sorte. Na Internet este princí-pio é ainda mais verdadeiro.

Para quem pesquisa na Internet, os nomes dos motores de busca mais conhecidos (Google, Yahoo, AltaVista - ou, em Portugal, o Sapo, o Aeiou, o Cusco ou o Clix) tornaram-se instru-mentos de pesquisa incontornáveis. Estes são alguns dos inúmeros moto-res de busca que ajudam a pesquisar informação na Internet. O êxito de qualquer pesquisa passa por tomar conhecimento que os motores de busca não funcionam todos da mesma maneira. Por isso, torna-se impres-cindível conhecer e compreender as diferenças existentes entre eles, bem como saber avaliar as virtualidades e as limitações de cada um.

Virtualidades e limitações dos motores de busca

Os motores de busca utilizam sof-tware conhecido como ‘’aranhas’’ ou “robots” que percorrem “toda” a Internet em busca da informação (documentos ou endereços de páginas web) que se pretende. Os dados são recolhidos para o index dos motores de busca, que cria uma base de dados com essa informação. A forma como a informação é indexada depende de cada motor de busca, podendo ser feita por palavras, títulos, URL’s ou por directorias. Assim, sempre que se introduz uma palavra ou um conjunto de palavras que se pretende pesquisar, as bases de dados são per-corridas em busca de documentos ou sites que lhe correspondam. O resul-tado da busca é dado em hyperlinks, podendo clicar-se em cada uma das entradas para aceder à informação. Constata-se que a mesma pesquisa efectuada nos diversos motores de

busca terá resultados muito dife-rentes. Mesmo pesquisas efectuadas num mesmo instrumento (motor de busca) poderá dar resultados muito diferentes de um dia para o outro.

Existem dois tipos de motores de busca: os que indexam, por título e URL, toda a informação onde en-contram a palavra ou o conjunto de palavras que pediu, conhecidos como ‘’webcrawlers’’ (como é o caso do Goo-gle) e aqueles que funcionam com ba-se em directorias (o mais conhecido é o Yahoo). Enquanto que os primeiros devem ser utilizados para pesquisas mais específicas, os motores de busca baseados em directorias deverão ser utilizados para encontrar informação mais genérica, dado que os resulta-dos da pesquisa são um conjunto de sites onde se poderá encontrar o que se pretende.

Dicas para uma pesquisa:– Adicionar vários motores de busca

ao menu Favoritos;– Usar preferencialmente operadores

booleanos, como o AND, OR, NOT, ou usar parêntesis;

– Há quem também utilize as aspas e os + que também podem facilitar uma pesquisa igualmente rápida e eficaz;

– Uso de mais que um motor de busca, sendo os mais conhecidos os metapesquisadores que são o MetaCrawler e o Ixquick.

– Uso de palavras-chave;

Desta forma verifica-se que traba-lhar na Internet é algo um pouco difí-cil, mas através da atenção prestada às ajudas dadas pelos motores de bus-ca, já somos capazes de aprender com as pesquisas efectuadas e, sobretudo, não desistir, a encontrar a informa-ção mais exacta e correcta.

Diana Santos, nº8, 12ºB

Pesquisa de Informação na

Internet

Actualmente, qualquer sector da sociedade es-tá fortemente ligado a sistemas informáticos para gerir as suas actividades. Por outro lado, qualquer sistema informático tem como seu va-lor principal a informação e a sua preservação requerer tecnologias e segurança. Estes dois conceitos permitem identificar dois aspectos independentes e indissociáveis, a administra-ção de redes informáticas e a segurança dos dados digitais.

A segurança dos dados digitais está ligada tanto a uma parte essencialmente técnica como humana. Em última análise, é o ser humano que altera e corrompe a informação existente num sistema. Os factores de risco numa orga-nização podem surgir de ataques externos e do mau uso ou abuso interno. O controlo de acessos a dados confidenciais/reservados e os processos de autenticação/autorização podem ser violados por utilizadores da própria rede, mesmo que irreflectidamente.

A segurança dos sistemas de informação nu-ma organização é de tal forma importante, que requer uma forte responsabilização por parte dos todos pela maneira como é assumida e im-plementada. As várias medidas aplicadas às necessidades específicas de cada organização resultam da implementação contínua de uma política de segurança concreta e coerente no que se refere à utilização do sistema informáti-co. Estas políticas constituem uma ferramenta de controlos administrativos e de uma correcta gestão de segurança.

À excepção dos bancos e de alguns orga-nismos e empresas, é notória a inexistência no país de uma cultura efectivamente preo-cupada com a gestão de redes e a segurança da informação. Não existe uma cultura que saiba quantificar os riscos, aplicando muitas vezes soluções de recurso quando os problemas acontecem. Desta forma, os órgãos de decisão de uma organização não sentem a necessida-de de investir nas tecnologias a implementar, em recursos humanos e na formação avança-da para aqueles que lidam com os sistemas de informação.

Carlos Moreira e Rui Couto (Assistentes Administrativos)

Dalila Fonseca (PQND)

A segurança dos sistemas de

informação

Page 20: Jornal ESCM - nº2 - Abril de 2006

ABR 2006

A escrita está acessível a qualquer cego, mesmo que ele desconheça o sistema Braille. Para isso, basta que o cego conheça os princípios básicos da dactilografia. Mas o problema da leitura perma-nece: como uma pessoa cega pode ler o que escreveu à máquina ou em papel? O sistema de escrita e, princi-palmente, de leitura Braille foi o primeiro a resolver essa questão, através de um método lógico de pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos. Para cada símbolo ou letra, uma pessoa cega pode, mediante o tacto, ler o que, com um aparelho especial denomina-do reglete e com uma pulsão, “desenhou” anteriormente ou o que dactilografou com a máquina de escrever Braille. Ou seja, pode ler e escrever com as mãos. No entanto, este método é demasiado específico, restringindo-se aos deficientes visuais.

Essa questão particular foi eliminada a partir de meados dos anos 90 pela introdução dos editores de texto nos computadores. A informá-tica, como o Braille, entrou na vida das pessoas cegas como um vertiginoso meio de integração social, abrin-do um horizonte infinito de informação, educação, cultura, mercado de traba-lho e comunicação. Com os editores de texto, leitores de ecrã e sintetizadores de voz conjugados, o cego pode trocar e-mails com pessoas de qualquer parte do mundo, ler com total independência qual-quer jornal internacional ou nacional, livros passados em scanner, listas de discussão e jogos de entretenimento.

O desenvolvimento da informática veio abrir um novo mundo recheado de possibilidades comunicativas e de acesso à informação. Os softwares existentes (leito-res de ecrã e sintetizadores de voz) podem ler todo o ecrã do computador, uma determi-nada linha seleccionada, uma palavra ou mesmo caracteres, quando temos alguma dúvida

Novas Tecnologias

Sistema Braille

sobre o que está escrito. Mas a informatização do segmento dos cegos depende muito dos recursos financeiros indivi-duais, da actualização das instituições de/para cegos, das faculdades e escolas regu-lares em absorver essas novas necessidades especiais.

Em Portugal, apenas qua-tro Universidades dispõem de um serviço de apoio ao deficiente, neste caso, de apoio ao deficiente visual: a Universidade do Minho, a Universidade do Porto, de Coimbra e de Lisboa. A formação na área das novas tecnologias da informação es-tá ainda muito limitada para a população cega. No Porto, apenas o serviço de Apoio ao Deficiente da Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade do Porto dá formação nesta área.

O cego não utiliza o rato para trabalhar com o com-putador, já que ele exige coordenação visual, mas também não usa um teclado Braille. O teclado comum é a ferramenta de que o deficien-te visual dispõe para fazer operações no computador. Devido a uma norma inter-nacional de dactilografia, a maioria dos teclados possuem na parte inferior, nas letras J e F, um alto-relevo com a forma de um ponto. Assim, com os indicadores nessas letras eles conseguem ter o domínio do teclado. As teclas de atalho, comuns na maioria dos aplicativos, são também muito úteis e são um óptimo substituto do rato.

Além dos softwares como os leitores de ecrã e os sinte-tizadores de voz, que tradu-zem em informação sonora o conteúdo visual do ecrã, existem outros programas como o Openbook e o Jaws

que, conjugados, permitem a leitura sonora de qualquer informação em papel. Com o scanner, o Openbook passa o texto do papel para o ecrã e depois o Jaws encarrega-se de traduzir o conteúdo em infor-mação sonora.

Hoje, um cego não só pode navegar pelas páginas da In-ternet como também produzi-las, participar em, ler jornais e revistas, fazer compras, fazer cursos on-line, ter acesso a ma-nuais, informação em geral, a prestadoras de serviços, enfim, quase tudo que a WEB pode oferecer aos seus utilizadores. António Silva, cego e funcio-nário no serviço de Apoio ao Deficiente da Universidade do Porto, dá aulas de forma-ção na área da informática a deficientes visuais e já pro-duziu algumas páginas para a Internet (www.lerparaver.pt; www.aminharadio.com; blog.aminharadio.com).

Em paralelo com o com-putador, existe também a possibilidade de traduzir a in-formação para suporte papel, isto é, para Braille, através de impressoras Braille. No entanto, elas são bastante dis-pendiosas, para além de o seu processo exigir algum tempo. Há também a possibilidade de trabalhar com o computador e ao mesmo tempo com o sistema Braille, mediante um periférico denominado terminal ou linha Braille. Ligado ao computador, ele permite que o cego se certi-fique do que escreveu, embora este processo de verificação da escrita possa também ser realizado apenas com o com-putador, utilizando o teclado e os softwares já mencionados (leitor de ecrã, sintetizador de voz, Openbook e Jaws).

Para as pessoas de reduzida visão, existe um aparelho, de-signado monitor ampliador, que amplia qualquer texto que seja colocado no aparelho. Com uma pequena câmara de filmar na base, o equipamento capta o texto que se pretende visionar, traduzindo-o para um tamanho superior. Funciona como uma lupa e pode ser calibrado ao ní-vel da cor e da luminosidade.

Ana Sofia Dias, nº 3, 12ºB

Monitor ampliador e impressora Braille

Como uma pessoa cega pode ler o que escreveu à máquina ou em papel?

Além dos softwares como os leitores de ecrã e os sintetizadores de voz, que traduzem em informação sonora o conteúdo visual do ecrã, existem outros programas