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JGNEWS OUTUBRO 2012 LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS CDS, DVDS, BLU RAYS ENTREVISTAS, COMENTÁRIOS MATÉRIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS SAXOFONISTAS IMPORTANTES A FORÇA DOS METAIS NOS GRANDES SHOWS ARTISTA ASSOCIADO SBACEM ANO 16 - EDIÇÃO 170 / OUTUBRO DE 2012 INSTRUMENTOS MUSICAIS FABRICANTES, LOJISTAS, INSTRUMENTISTAS Enfim,CD de inéditas de Djavan Vander Lee, Lucia Menezes, Anna Torres, Dá O Tom, Robertinho De Paula. Euclides Amaral, Beto Saroldi, Mário PC, Ivete Sangalo Marcelo Caldi Trio Colunistas: Márcio Paschoal, Nido Pedrosa, Alberto Guimarães, Elias Nogueira, Viviane Marins e Robson Candeo

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REVISTA/MAGAZINE DE MÚSICA

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LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOSCDS, DVDS, BLU RAYS

ENTREVISTAS, COMENTÁRIOSMATÉRIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

SAXOFONISTAS IMPORTANTESA FORÇA DOS METAIS NOS GRANDES SHOWS

ARTISTA ASSOCIADO SBACEM

ANO 16 - EDIÇÃO 170 / OUTUBRO DE 2012

INSTRUMENTOS MUSICAISFABRICANTES, LOJISTAS, INSTRUMENTISTAS

Enfim,CD deinéditas de

Djavan

Vander Lee,Lucia Menezes,

Anna Torres,Dá O Tom,

Robertinho De Paula.Euclides Amaral,

Beto Saroldi,Mário PC,

Ivete SangaloMarcelo Caldi TrioColunistas: Márcio Paschoal, NidoPedrosa, Alberto Guimarães, Elias

Nogueira, Viviane Marins eRobson Candeo

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EXPEDIENTE

EditoresAntonio Bragae Jorge Piloto

ColaboradoresNido Pedrosa, VivianeMarins, Elias Nogueira,Alberto Guimarães, Már-cio Paschoal, Robson

Candêo.

Rio de JaneiroViviane Marins:(22) 8828-0041(21) [email protected]

Bahia

Os artigos assinados são deresponsabilidade de seus au-tores.

Jorge PIloto(71) 8299-5219 claro / 9171-8911 TIM / 8647-7625 [email protected]

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Redação:Rua Soldado ErnestoCoutinho, 10 - Saquarema /RJ - CEP. 28.990-000

Antonio Braga MATÉRIA DE CAPA

Jorgynho Chinna é um showman, daqueles quecontagia e prende o público na palma da suamão. No show realizado dia 27 de setembro (diade Cosme e Damião) o artista espalhou sua alegriae talento, mostrando que a carreira solo está maisdo que pronta para o estrelato. Primeiro disco,Aprendiz, é um prato temperado com o que háde melhor do samba. Repertório escolhido àunha... não tem faixa morna, todas de igualvalor, feitas pelos mais cobiçadoscompositores do momento. Não adiantafalar, tem que ouvir para conferir!!Em entrevista exclusiva, Jorgynhoconta como foi essa estrada atéaqui:

JGNEWS

Jorgynho ChinnaChegou, convenceu e já ocupaum lugar de destaque...

Como foi que você apareceuna Música Popular Brasilei-ra?Ah! Isso já está fazendo duasdécadas e meia. Vim deNova Iguaçu, da Escola deSamba Leão do Iguaçu.Quem me levou para lá foi oAnésio do Cavaco que meapresentou ao Paulo Tenente, queera o presidente da escola e tinha acabado de montar umgrupo de pagode, o Grupo Pirraça. Souberam que tinhanas redondezas um camarada que tocava Banjo... fiz oteste e passei. Ou seja, estou nessa caminhada desde1986. Fiquei no Pirraça 2 anos, fiz 2 discos. Depois, saido Pirraça e fui rodar o mundo fazendo um Samba Showcom o pessoal da Imperatriz Leopoldinense (México,Estados Unidos etc). Quando acabou a turnê, montei umgrupo chamado Samba Pra Gente. Esse grupo está aí,fazendo um trabalho super bacana. Mas a proposta dogrupo mudou e aí resolvi sair e fazer minha carreira solo.Esse CD, Aprendiz, inaugura essa nova estrada.

http://www.youtube.com/watch?v=d9GoWUMnT8M&feature=plcp

CAPA DO CD

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Antes de mais nada, te desejo muito sucesso!! Porémexiste uma lacuna que a gente ainda não tocou... você éum compositor de grandes sucessos... Fale dessa faceta.Tive a oportunidade de compor com Cleber Augusto.Fizemos um samba, juntos com Djalma Falcão, que foigravado por Jorginho do Império, 'Luz Neon'. Depois graveicom Luiz Ayrão a faixa 'Tempo de Espera' e aí peguei gostopor esse negócio de compor. Na sequência veio o grupoFundo De Quintal que gravou 'Fera No Cio', parceria comCleber e Djalma; depois o Grupo Raça gravou, 'Dito PeloNão Dito'; e agora, o Péricles (ex Exaltasamba), gravou 'Me Leva Pra Casa', que fiz juntamente com Claudemir e oDinei. continuo compondo... vamos ver né!

Em casa de ferreiro o espeto é de pau... No seu primeirodisco solo, você, compositor de sucessos, só assina umafaixa!! Por quê?Porque sei o quanto é difícil colocar uma música no discodos outros. Esse é o lance... temos que dar oportunidadepara os amigos que estão aí compondo.

Na sua trajetória, deve ter esbarrado com muita genteque hoje faz sucesso. No show do Teatro Rival, você incluiudepoimentos de vários artistas... Como foi seu primeirocontato com eles?

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São amigos de muito tempo. O Almir Guineto, o Júnior - onosso capacete maestro; o Anderson Leonardo, do Molejo;o Diogo Nogueira, que ainda era garoto quando eufrequentava as rodas de samba da mãe dele (a Ângela), noSeveryna (em Laranjeiras/RJ). Nessa época o Diogo aindaestava dando os primeiros passos para ser cantor. Quandoresolvi pegar alguns depoimentos todos foram solidários.Zeca Pagodinho, com quem passei várias madrugadas emSão Paulo; Xande (Revelação) meu parceiro... enfim, sãotodos amigos de longa data.

Essa concepção diferente... uma verdadeira orquestrano palco... contei 4 percussionistas, teclado, violão,cavaco, metais, bateria, 3 backing vocals, bailarinos,baixo... não vai ser em qualquer palquinho que você vaise apresentar... tem que ser de Teatro Rival para cima...Isso eu devo a minha empresária, Ana Cláudia. Não fosseela não conseguiria reunir tanta gente boa. Ela acreditaem tudo que faço e peço. Essa concepção de espetáculo enão de apenas um show de samba, aprendi vendo os outrosritmos, como o Axé e o Sertanejo que fazem esseespetáculo também. Muito metal no repertório, trombone...Nas minhas rodas de samba têm trombone. Enriquecenosso trabalho. E a finalidade é mesmo fazer em palcosque possam comportar esse pessoal todo.

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Como está a agenda?Estaremos em outubroestreando em Campinas(SP), Jundiaí e Sorocaba.Isso, de vir para São Paulo,começou na Vila Madalena,Pinheiros... Empresários delá, me acharam na internete me convidaram para fazeruma roda de samba nointerior de São Paulo. Aca-bou sendo um documen-tário sobre o partideiroJorgynho Chinna. Foi um diainteiro. Me pegaram noaeroporto e passamos o diatodo conhecendo os luga-res onde iam rolar osshows. Isso antes de eugravar esse disco. Aí pronto,fiquei conhecido em SãoPaulo. Agora com a estreiado disco e com o showpronto, nossa caminhadapor São Paulo está sócomeçando.Também estive dia 11 deoutubro, no Imperator (RJ),com Dudu Nobre e TiaSurita. Em novembro, dias10 e 17, estaremos noRecreativo Caxiense, enesse mesmo dia (17) nosapresentaremos tambémem Macaé. É o início deuma caminhada. 2013 éano ímpar, gosto muito!

O CD "Aprendiz"

Em "Aprendiz", os compo-sitores e suas pérolas:

"Sinuca de Bico" autoria deClaudemir e Serginho Meriti(Grammy Latino de Músicacom "Deixa A Vida MeLevar"); "Xangô", Claudemirem parceira com PaulinhoSwing; Claudemir nova-mente ao lado de GilsonBernini - o compositor domomento - em "Frango ComFarofa"; A faixa "O Teu AmorMe Contamina" é assinadapor Almirzinho Serra; ZéLuiz do Império Serrano eArlindo Cruz comparecemna faixa “Aí Que Quebra ARocha”; “Aprendiz”, que dánome ao CD, tem aassinatura de Xande dePilares e Gilson Bernini;"Olhar Maldoso" vem com aassinatura de MarquinhosPQD, em parceria comCarlito Cavalcante; "MinhaDireção" é uma parceria dopoeta do samba CarlosCaetano com Xande dePilares e Cisco; GilsonBernini, Xande de Pilares eClaudemir assinam, ao ladode Leandro Fab, a faixa"Encontro do Amor"; "Por

Querer, Sem Querer" temautoria de Serginho Meriti eAcyr Marques; JorgynhoChinna mostra seu ladocompositor ao lado deClaudemir e Moisés San-tiago na música "Lá VaiMadeira"; e, por último, o hit"Mega-Hair" com mais umacontribuição de Claudemir,junto com Marquinho Índioe Gusttavo Clarão.A produção de "Aprendiz" éde Milton Manhães.Também participam do CDnomes como: o maestroIvan Paulo; o cavaquinistaMárcio Hulk; Vítor Buldoiano violão; Márcio Wanderleycom seu banjo; Dudu Diasno contrabaixo; GlautonCampello no teclado eefeitos; Heber Poggi naflauta e no trompete; Gil-sinho Oliveira também notrompete; Santiago na ba-teria; Alisson Maninho, nosurdo; Marcos Esguleba, norepique de mão; Beloba, notantan; Diogo Cepacol, nopandeiro; Binho (PiqueNovo), no repique de anel,batã, agogô e caixa; MiltonManhães no tamborim e noganzá e Jorge Santana,Kátia Prietto, Paulo Santanae Andreah Beat no coro.

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www.shockmusic.com.br

MATÉRIA DE CAPA

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JGNEWS OUTUBRO 2012LANÇAMENTOS COMENTADOS DE MÁRCIO PASCHOAL

Desde "Balanço doBalaio"(1999), o mineirocom jeito carioca, VanderLee, vem comprovando seuenorme talento como com-positor. Nesse seu sétimotrabalho (Sambarroco), comprodução do violonista earranjador Thiago Delega-do, vemos uma fusão dalevada de samba comarranjos mais calmos eharmonias trabalhadas.Joias como na parceria comDudu Nicácio e que dánome ao disco, ou na ótima"Lado Bamba", suaveharmonia, em Maxixe deSalão e letra certeira namineirice de pegar pelobraço e sair dançando e,quando menos se espera, éfeito o par. "Estrela" (grava-do por Bethânia no CD"Encanteria") lembra suasmelhores melodias. Belareferência a Cálix Bento. Aironia de "Beleza fria" traz adivertida letra, irresistívelquando pede que abeldade tenha ao menosuma estria ou diga umpalavrão. "Sambado" éregravação, mas mantêmo conjunto da obra, destavez mais sincopada, numritmo sambão, bem aogosto do velho carro quenão deixa na mão.Literalmente um samba

de breque. Vander Lee vemconfirmar todo seu ladoautoral e criativo, re-presentante digno do que se

tenta fazer demelhor na músicamineira atual.

A maranhenseradicada na Fran-ça, Anna Torres,faz uma homena-gem às divas dojazz em CD comrepertório eclé-tico, em releiturasjazzísticas nas

quais mescla o samba e oritmo nordestino a clássicose standards. Pode soar meioherético, misturar "Summer-time" com Berimbau, ou"Night And Day" com cuíca,mas o resultado temeráriocai bem e surpreende. Emque pesem os finais apo-teóticos, razão do disco sergravado ao vivo em show,Anna mostra boa técnicavocal e extensão paraemprestar criatividade emcanções algo batidas, como"Fever" ou "Je Ne RegretteRien". Esta última, consa-grada por Piaff e revitalizadapor Cássia Eller, traz umainterpretação à altura comAnna. Outro bom momentoé o velho hit de MammaCass, "Dream A Liltle Dreamof me", com levada jazzísticaoriginal. As brasileiras, "BalaCom Bala" (Bosco), "Triste"(Jobim) e "Upa, Neguinho"(Edu Lobo) são mais parainglês (no caso, francês) vere ouvir, embora a cantora

mantenha a musicalidadecerta, sem exageros tãocomuns ao gênero. Em"Solitude" (Duke Ellington), aintérprete demonstra toda asua categoria e progressomusicais. Enfim, um beloexemplo de risco e mérito,ousando fundir algo como obumba meu boi com jazz esoul. Como Anna mesmodiz, uma espécie de "bumbameu soul".

Em seu terceiro disco(Lucinha), Lucia Menezespode mostrar um repertórioque amalgama o bomclássico com novidades e,de quebra, sua voz suave efirme. Desde os tempos deItapipoca, no Ceará, aartista se viu envolvida coma música. Intérprete da puragema nordestina, vem cominéditas (como a ótima"Sanfoneiro, Toque", de Joãoe Joana Lyra) e releituras dequalidade, como em "Inju-riado"de Chico Buarque.Algumas canções merecemdestaque, como "Moer acana", de Chico César (muitoboa a guitarra de ArturMenezes). Em "Amor ÉVelho” e “Menina” (Tom Zé)com vagar e em "Casaco DeCouro" de Rui de Moraes eSilva, forrozeando, Luciadeita e rola na cantoria,

repetindo a dose do discoanterior com José Milton naprodução e Cristóvão Bastoe João Lyra nos arranjos.Minha preferida é "EstacaZero" (Ednardo e Climério),onde o Ceará não poderiaestar melhor representado.

Seguindo a boa linha docoro cênico, mantendo umatradição vocal que vemdesde o MPB4, passandopelo Arranco de Varsóvia,Buenos Aires 8 e outros,com regência e preparaçãoa cargo de Dalton Coelho, ogrupo vocal "Dá O Tom"comemora dez anos decarreira com interessanteindependente, em reper-tório bem selecionado:"Paula e Bebeto" (Milton eCaetano), "Feijoada Com-pleta" (Chico Buarque),"Caminho Das Águas" (Ro-drigo Maranhão), "Qui Nem"Jiló" (Gonzaga e HumbertoTeixeira), "Segue o Seco"(Carlinhos Brown) e "ComQue Roupa" (Noel). Todasbem elaboradas e tecnica-mente resolvidas. Em "Baio-que" (Chico Buarque) umaoportunidade perdida docontraponto com "Deus Da-rá", do mesmo autor. Valeressaltar também o acertodo elegante projeto gráficoassinado por Sandro Barret-to. O "Dá O Tom" é formadopor 16 vozes, divididas emcontraltos, sopranos, teno-res e barítonos em exce-lente sincronia e evidenteentrosamento. Vale a penaconferir.

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www.fabricareisbrasil.com

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www.gope.net

Virtuoso da guitarra e doviolão, filho do reconhecidoguitarrista Irio de Paula,inicia sua atividade profis-sional como músico naItália, aos 14 anos, Em1990 começa a tocar emclubes de jazz e é conside-rado como uma das revela-ções na Itália. No Brasil, játocou com Marcio Bahia,Luis Carlos Batera, VítorSantos, Carlos Negreiros,Bnegão, Teresa Cristina, SeuJorge, Marcos Suzano, GenilCastro, Ademir Junior, HenryLentino, Wagner Tiso, CarlosMalta, Paulo Russo, IvanLins , Moacyr Luz, PedroLuiz, Soweto Kinsh (saxo-fonista inglês), Leila Maria eRobertinho Silva. Na Itália,se apresenta em reco-nhecidos festivais de jazzinternacionais (Jazz Castel-buono Jazz Festival, JazzAriano Irpino, SeravezzaJazz, Jazz Teggiano, PadovaJazz Festival Centro Porsche,Jazz Pantelleria). Em 2004,lançou primeiro CD "BatePapo", considerado por

críticos como um dosmelhores do ano. Entre2004 e 2005 fez turnê delançamento do disco portoda a Itália: Verona, Turim,Nápoles, Palermo, AnconaCevignano di Friuli, BorgoValsugana, San Donà diPiave, Vilminore di Scalve,Bolzano e Veneza.Em 2007, apresentou-secom Robertinho Silva noFestival Percpan. Em 2008,fêz vários shows solo(Messina, Faro dei Corsari diSparta, Stromboli, Ancona),trio (Padova) e outrasformações sempre nacondição de convidadoespecial. No mesmo ano foiespecialmente convidadopara realizar concerto como grupo "Nossa Alma Canta",em Veneza. Seus showsseguem no inverno de 2009na Europa, com diferentesformações, tocando emalguns dos clubes de jazzmais importantes de Roma(Alexanderplatz, Music Inn,Bebop Jazz Club, 28DivinoJazz). No primeirosemestre de 2010, gravou oCD Robertinho De Paula e

"Vertere String Quatet", umdos mais respeitados quar-teto de cordas europeu daatualidade. Atualmente noBrasil, ensina música no"Projeto Batucadas Brasi-leiras", Orquestra de Per-cussão Robertinho Silva erealiza regularmente showscom seu trio, com quemgravou o CD "Natural".O instrumental "Natural",primeiro CD brasileiro, temraízes brasileiras e italianas,um trabalho respeitável e degrande valor artístico.Autodidata com técnicaaprimorada, tanto no violão,quanto na guitarra, Rober-tinho nasceu em Bangu,subúrbio do Rio de Janeiro,e foi levado para a Itália pelopai, Irio, radicado lá há trêsdécadas. Irio conta com 75discos gravados."Natural" inicia com violãosolo ("Saudade do Chori-nho", "Natureza" e "Nordes-te") e duo de violões("BI.GI."), com seu pai -parte camerística. Emseguida, ainda ao violão, éacompanhado pelo baixoacústico de Marcos Mila-

gres, executado com arco, epela bateria de LucianoCallado. As duas faixasfinais ("Samba Jazz" e"Samba Blues"), tem aguitarra de Robertinho, obaixo elétrico de MarcioAndrene, acrescentado dabateria de Regis Gonçalves.Oito faixas com compo-sições de seu pai, incluindoduas próprias ("Pra Rita" e"Adeus Tios"). Destaquepara "Saudade do Chori-nho", que remete ao melhordo choro contemporâneo. Odisco independente produ-zido e idealizado por MauroCleverson tem também adireção musical de Rober-tinho De Paula.

Robertinho De Paula In Concert

www.myspace.com/robertinhodepaula1

Concerto dia 6/12/201219 h. Paço Imperial/RJ

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www.bauerpercussion.com.br

Elias Nogueira

Poeta lança disco recheado deconvidados ilustres!Amaral é compositor, poeta,produtor, pesquisador da MPB.Carioca de Brás de Pina (R J).Entre 1973 e 1978 publicoupoemas em várias antologias,periódicos e fanzines. Játrabalhou como diagramadore arte-finalista de jornais elivros - escreveu artigos paradiversos jornais e revistas,trabalhou em emissora derádio AM escrevendo roteirospara programas. É formadoem Comunicação Socialpublicou vários livros depoesias, tem suas letrasgravadas por uma infinidadede artistas. Atualmente Amaralestá lançando o CD "QuintalBrasil".

Quando surgiu a idéia de fazer o CD?Em 1999, quando fiz acoletânea musical "Conexão

O "Quintal Brasil" de Euclides AmaralCarioca 1", com vários amigoscompositores e intérpretes, daqual pincei a faixa "Choro depassarinho" (c/ Renato Piau eRubens Cardoso) cantada porElza Maria. Depois produzi"Conexão Carioca 2" (2000) e"Conexão Carioca 3" (2002),das quais aproveitei algumasmúsicas como "Por um triz" (c/Rubens Cardoso, Boris Garaye Olten Jorge), interpretada porAnna Pessoa; "Parapouco" (c/Rubens Cardoso), "Noturna-mente" (c/ Marko Andrade),"Mulequim" (c/ Big Otaviano),"Moinhos de vento" (c/ MarkoAndrade e Xico Chaves), "Feitosemente" (c/ Marko Andradee Cacaso) e "Considerações"(c/ Carlos Dafé e Lúcio Sher-man). Outras faixas foramretiradas de discos de parcei-ros, além de gravações deinéditas como "Festa no céu"(c/ Paulo Renato), cantada porPecê Ribeiro, e regravações,

tais como "Lua comparsa" (c/Marko Andrade e Rubens Car-doso) interpretada por NamayMendes e ainda "Lua do meuser" (c/ Milton Sívans), regra-vada por Renato Piau, HeloisaHelena, Victor Biglione e Re-ppolho, perfazendo o total de17 faixas com vários parceirose intérpretes.

Foi difícil escolher os convida-dos?O disco só foi possível porcausa deles. Eu não canto, nãocomponho melodia e nemtoco, eles são imprescindíveis.Difícil foi selecionar as faixase os participantes, muito tive-ram de ficar de fora, às vezespor causa do roteiro e a temá-tica, em outras, por causa dasgravações das músicas, algu-mas com duas, três ou cincoregravações.

Fale da seleção de repertório?

A ideia do disco é mostraralgumas composições nasquais falo um pouco do Brasil:flora; faunas marítima e terres-tre; culinária; danças; frutas;instrumentos e gêneros musi-cais; personalidades e clás-sicos da música e da literatura;religião; brincadeiras brasilei-ras; festas populares de nortea sul; a miscigenação das etni-as e em três músicas, temasuniversais como o amor (Con-siderações), o ciúme (Por umtriz) e a morte (Feito semente),tudo isso fazendo uso de gê-neros musicais como samba,toada, xotes, choro e baião,valsa, balada e black music.

LANÇAMENTO NACIONAL

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JGNEWS OUTUBRO 2012/ Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINONido Pedrosa

Nesta edição, tenho o enor-me prazer de trazer emprimeira-mão para vocês,prezados leitores, algunsrelatos sobre os novostrabalhos de dois excepci-onais saxofonistas da nossamúsica, Beto Saroldi eMário PC. Sobre o Beto,farei uma abordagem doseu novo álbum, 'Rio SugarLoaf', um trabalho requin-tado de bom gosto, queterminou de ser produzido,tem participações especiaisde grandes feras da músicabrasileira, será lançado embreve e logo estará nasprateleiras das melhoreslojas. Quanto ao PC, abroeste espaço para mostrarum relato sobre seu livro, 'OSaxofone Pop dos Anos 80'que acabou de ser lançadopela Editora Sonoro, temabas (orelhas) da capaescrita por Lulu Santos e oprefácio, escrito pelo DoutorEduardo Lakschevitz, pro-fessor e chefe do Depar-tamento de Composição e

Grandes Saxofonistas da Música Brasileira

Beto Saroldi & Mário PCRegência da UNIRIO. Masantes de falar dos respec-tivos trabalhos, vou fazerum breve comentário sobrea carreira destes dois gran-des artistas, porque, paramim, é sempre uma felici-dade falar de grandes mú-sicos, compositores, instru-mentistas, de excelentestrabalhos, principalmentenuma época de banalizaçãoda maravilhosa MúsicaPopular Brasileira, por parteda 'Indústria Fonográfica' eprincipalmente, da mídia.São vários os exemplosdessa banalização, é um talde 'Rebola a Bundinha PraCá... Da Uma ReboladinhaPra Lá', 'Thcê... Thcê,Thcêrerethcêthcê' e por aívai. Mas, o exemplo maisrecente é o ‘Gammy Bear -Oregami’. Os caras que cria-ram, produziram e lançaramessas coisas, musiquinhaspiegas, sucessinhos demomento, sem a mínimaqualidade musical e auto-ral... Pensam que nós

brasileiros somostapados, que nossosouvidos são pinicose não sabemos oque é qualidademusical. Esquece-ram que o Brasil éum celeiro de boamúsica, de grandescompositores, decelebres músicos,maestros, de gran-des instrumentistas,arranjadores, produ-tores musicais, quetemos excepcionalqualidade autoral...Que a Música Popu-lar Brasileira figura

num lugar de destaque nomundo da música interna-cional. Para nós, que leva-mos música a sério, isso éuma afronta! Então, é porestas e outras, que abro oespaço da Coluna MMN,para mostrar os trabalhosmaravilhosos de dois gigan-tes instrumentistas, traba-lhos estes, que dão rele-vância e vieram para abri-lhantar a música brasileira.BETO SAROLDI, é saxo-fonista, compositor, arran-jador e produtor musical.Com um estilo peculiar,marcante e influências doJazz, do Rock, da MPB, doSoul, do Blues e da músicaclássica, emprestou seutalento para vários tra-balhos de grandes artistascomo, Gilberto Gil, Toqui-nho, Barão Vermelho, LuluSantos, Wagner Tiso,Erasmo Carlos, Fagner, LôBorges, Fafá de Belém, ZiziPossi, Capital Inicial, Joana,Jim Capaldi do legendáriogrupo inglês ‘TRAFFIC’ e amuitos outros artistas.Participou do ‘Prêmio Shell’em homenagem ao Roberto& Erasmo pelo conjunto daobra e gravou o especial defim de ano do Rei RobertoCarlos.Em 1988, Beto gravou seuprimeiro álbum solo, sob otítulo 'Metrô' e teve uma dasmúsicas desse disco natrilha sonora da novela‘Bebê a Bordo’, da TVGlobo. O segundo CD'Charm', foi lançado em1994 e indicado ao 'PrêmioSharp de Música' na ca-tegoria de melhor discoinstrumental, tendo em seu

repertório a música 'Baladado Otto', composta porSaroldi, especialmente parao personagem de FranciscoCuoco na novela 'Deus nosAcuda', também da RedeGlobo. Este extraordinárioinstrumentista participouainda, da trilha sonorainternacional da novela'Despedida de Solteiro', TVGlobo, na faixa 'ItalianMission' - 'DJ Memêfeaturing Beto Saroldi'. Em2000, lançou o álbum'Visões de Você' com textode apresentação de ErasmoCarlos. Participou do DVD'Erasmo ao Vivo' e também,do DVD 'Concertos MPBR'com Maria Bethânia, ZéliaDuncan, Wanderléa eErasmo Carlos. Em 2009,lançou o CD 'Segredos doCoração'... Um sucesso depúblico e crítica e suasapresentações sempre comcasas lotadas. Agora, nesteatual momento, BetoSaroldi acaba de finalizar aprodução do novo álbum,sob o titulo 'Rio Sugar Loaf',quinto de sua carreira solo.Uma homenagem ao Rio deJaneiro sua cidade natal.Perguntei ao Beto como foiconcebida a ideia destenovo trabalho... E ele merespondeu: 'Na verdade,Rio Sugar Loaf nasceu comuma ideia de juntar asbelíssimas paisagens do Riode Janeiro, com os ritmoscontagiantes dessa cidademaravilhosa.' - Saroldiimprimiu sua marca e oresultado é uma músicariquíssima com a sofis-ticação do Jazz, com o ba-lanço da Soul Music, da

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gravadora Motown. Elecontinua... 'Para isso, con-voquei o grande compositorBombom, que é ligado aSoul Music e fundou aConexão Japeri, primeirabanda que tinha Ed Mottacomo cantor e compositor'.- Com Bombom, Beto com-pôs três músicas: 'OlhosNus', uma linda baladaromântica, que tem umclima incrível e uma belezamelódica impressionante;'Pura Sedução', com apegada carioca estabele-cida pela batida da bateriae o baixo pulsante deBombom, mas com um sen-tido melódico em que BetoSaroldi é especialista e,'Debaixo da Superfície', um'Groove' mandando todaenergia, com o balanço dasareias de Copacabana, dofim de tarde do Leblon, comas noites enfumaçadas daLapa... Toda essa plastici-dade está nesta música.Nosso artista ainda mediz... 'A faixa Rio Sugar Loaffoi uma música compostapor mim e além do SaxTenor, toquei as baterias eo piano Fender Rhodes, é afaixa título do disco, em quese destaca o verdadeiroritmo Funk. Só a faixa Eva,que é a única música dodisco que não foi compostapor mim, é um Hit do magoLincoln Olivetti, RobsonJorge e de seu tambémparceiro, Ronaldo Bar-cellos'. - Na maioria dasmúsicas, Saroldi conta comas guitarras de FernandoVidal, guitarrista que tem aSoul Music nas veias,profundo conhecedor daobra de Jimi Hendrix. Vidaljá trabalhou com MarinaLima, Fernanda Abreu, ehoje toca com Seu Jorge.Veja o que diz Beto Saroldisobre essa parceria: 'Eu

tinha essa enorme vontadede trabalhar com Vidal, hámuito tempo. Foram diasincríveis aqui no estúdio, ena verdade foi muito fácil,porque quando você temum músico desse calibretrabalhando com você,dançando e curtindo en-quanto gravava, fica tudomais fácil. Ele entendeuexatamente o que eu queriapara minha música. Umaimpressão bem Motownpara o disco com suas gui-tarras suingadas e com seuWah-Wah.' - A faixa 'Luar dePrimavera' foi composta apartir do ‘Groove’ da ba-teria, que por muitas vezes,acaba seguindo por um de-terminado caminho. Foi aprimeira música deste tra-balho a ser composta porSaroldi, depois da mudançade seu estúdio: 'Fiqueimuito abalado com a perdade minha mãe, que medeixou em Março de 2010,e com isso, o apartamentoprecisou entrar em refor-mas', o apartamento queele fala é onde estava seuestúdio, e continua... 'De-pois das obras prontas, memudei com minha famíliapara o lugar que está oestúdio, em uma das salas,no confortável apartamen-to. Comecei a compor, sempensar no disco, apenas umtrabalho de criação e Luarde Primavera foi feita assim,com uma melodia belíssimacom batida forte e com asimagens que vinham dasflores que a Primavera traz.Cada música tem umsentido, um ponto departida. São músicas feitascom o coração'. - Aindafazem parte do repertóriodeste novo álbum, asmúsicas 'Não Olhe ParaTrás, Baby' que é tema doprograma 'Gente em Evi-

dência'; 'Sax Deluxe'que tem um charmetodo especial - com-posições de Beto Sa-roldi. 'Essa música,Sax Deluxe começoua ser feita num almo-ço em família, empleno sábado. A melodiacomeçou ainda na mesa,assim que terminou o almo-ço fui para o Piano e come-cei a fazer a música. Quan-do a tarde foi caindo, a mú-sica estava totalmente pron-ta', diz o saxofonista. Asfaixas '8 Minutos' e 'Roma'são as únicas duas compo-sições de Beto que já esta-vam prontas... 'Essas duasmúsicas, em especial, con-tam com a participação dosuper tecladista CleberRennó, com quem trabalheina época em que eu eraintegrante da banda doFagner e hoje, Rennó é umdos integrantes da minhabanda, há algum tempo, éum tremendo Sound Desig-ner, além de grande mú-sico! - A faixa 'Slippery Road'é uma super balada dodisco, já a música 'Eu NemSei o Seu Nome' fecha orepertório - composições deBeto Saroldi em parceriacom Carlos Duba. Este tra-balho tem um requinte mu-sical incrível e o estiloinconfundível de Beto Sa-roldi, tem a força, o talento

e união de grandes mú-sicos. Além do time já cita-do, o álbum 'Rio Sugar Loaf'conta com o guitarrista RickFerreira, músico experiente,responsável pelos grandessucessos de Raul Seixas,amigo do Saroldi desde ostempos da banda do Eras-mo Carlos e João Bosco,quando tocaram juntos; temo pianista da Banda VitóriaRégia de Tim Maia, FlávioPereira no baixo elétrico; ogrande percussionistaReppolho, amigo de Betodesde os tempos em quedividiam os palcos na ban-da de Gilberto Gil, além deLulu Martin no Piano,Alfredo Lima na Guitarra eo Sérgio Naciffe na bateria.O grande diferencial nestetrabalho são os vocais, queBeto Saroldi comenta como maior orgulho: 'Eu usoVocal há muito tempo.Como sou um músico muitorequisitado em estúdio eum bom colecionador dediscos, acho que os vocaistrazem um lado humanomuito bom em meu tra-balho, e na verdade, nãovejo ninguém usar vocal em

Colaboraram com fotos: Frederico Mendes, Fã-clubes, Beto Saroldi e Mário PC.

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JGNEWS OUTUBRO 2012

www.lourenco.art.br

www.iatec.com.br

m ú s i c ainstrumentalno Brasil.C o m i g oestão nosv o c a i s ,

Bettina Graziani, Jurema deCândia, cantora que integraa banda de Roberto Carlos,Claudia Boltelho, e o grandeAntônio Quintella. A equipedeste disco conta tambémcom Paulo "Head" Soares namixagem e Álvaro Motta namasterização. A capa foicriada por Frederico Men-des, um super fotógrafo quefez a capa do meu primeiroálbum 'Metrô' e que agoravolta a trabalhar comigo.Um discaço com músicaslindas, criadas e produzidascom muita emoção, muitobalanço, com o coração, emque a prioridade foi buscara beleza e a sofisticaçãodas melodias.' Finaliza oartista. O álbum 'Rio SugarLoaf' tem um verdadeirotime de super músicos, sãograndes craques queabrilhantam este trabalho ea música brasileira. BetoSaroldi, agora começa asnegociações com as grava-doras. Um super disco, comesta magnitude, merece

uma estratégia de Marke-ting pesada. Aguardem, queeste magnífico álbum logoestará nas melhores lojasdo ramo.

MÁRIO PC, instrumentista,cantor, vocalista, arranjadore compositor. Natural deBelo Horizonte-MG, iniciouseus estudos musicais na'Fundação Clóvis Salgado'em BH. Na década de 80,mudou-se para o Rio deJaneiro onde reside atéhoje. Estudou na UNIRIO egraduou-se no curso deLicenciatura em Música.PC, como nós amigos,carinhosamente o chama-mos, ao longo dessas déca-das, vêm atuando nos tra-balhos de grandes artistasda Música Popular Brasilei-ra, tanto em shows, quantonas gravações em estúdioe entre várias feras da MPB,podemos citar: Lulu Santos,Marina Lima, Ed Motta,Paralamas do Sucesso,Midnight Blues Band...Encontrei Mário PC duranteo Carnaval 2012, nobackstage do palco doMarco Zero em Recife-PE,quando ele tinha acabadode se apresentar com Lulu

Santos. Nesta ocasião,tivemos a oportunidade decolocar o papo em dia e ele,me confidenciou que estavatotalmente empenhado emum novo trabalho: terminarde revisar e lançar o refe-rido livro. Falou-me sobrealguns aspectos da obra,então, de bate-pronto faleipara o PC... 'No momentoem que for concluído todoo processo de produção eeditoração do seu livro,mande alguns relatos paraque eu possa publicar edivulgar na Coluna MMN daJGNEWS', e aqui está:'O Saxofone Pop dos Anos80' tão importante livropara o entendimento dosaxofone na música brasi-leira. Seguem na integra, aspalavras do autor:'Minha experiência profis-sional de mais de 30 anosme trouxe a esta pesquisano intuito de estudar o usodo saxofone - sua ascensãoe declínio - no estilo pop-rock na década de 1980. Asimplicações deste fenô-meno, relevantes à peda-gogia no ensino da música,são também tratadas nestapesquisa, visando à cogni-ção das novas exigências

do mercado de trabalho esuas variáveis no aprendi-zado da música. O presenteestudo de aspectos rela-tivos às oportunidades deemprego para quaisquerinstrumentistas no mercadode trabalho da músicapopular brasileira mostra-serelevante na medida emque instiga uma reflexãomais aprofundada acercada formação do instru-mentista e de sua eficiênciadiante das possibilidadesde atuação profissional noBrasil contemporâneo. Falarde Saxofone não é maisapenas se ater ao fenô-meno do jazz dos Anos1940 - A Era do Bebop -quando o saxofone serevelou como solista proe-

Mário PC

Nido Pedrosa / Músico e Produtor / [email protected] / [email protected]

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JGNEWSOUTUBRO 2012 SAXOFONISTAS IMPORTANTES

www.astralmusic.com.br

minente, tampouco do rockdos Anos 1960 - A Era doRock'n roll -, quando o saxo-fone começou a dividir oespaço de solista na cenamusical com a guitarra elé-trica. A década de 1980,por meio da cena musicaldo pop-rock, inseriu o saxo-fone em outro contexto. Adécada de 1990 retirou oinstrumento da cena artís-tica, dado o desgaste pro-movido pela divulgação ex-cessiva da utilização desteinstrumento musical com afinalidade de promoçõescomerciais, e por seu usoexcessivo em uma lingua-gem musical consideradaequivocada por alguns. Nãofoi pouco o uso que se fezda imagem e do som desteinstrumento como mecanis-mo para promover vendas.O saxofone esteve presenteem filmes, vendendo hábi-tos; em comerciais, venden-do os mais diversos pro-dutos; num emaranhado dequestões e definições sub-jetivas ao instrumento e àprópria música. Tambémnão foi pouca a exploraçãopromocional que se fez,aliada ao erotismo em proldo saxofone, no intuito de

perpetuar a sua projeçãona mídia na qualidade deinstrumento supostamentedotado de requinte, sen-sualidade, e sublimação.Tendo a música estadu-nidense pop-rock comoveículo, o saxofone se pro-pagou na década de 1980pelo Brasil e pelo mundocomo uma mania. O "rocknacional", movimento musi-cal que ocorreu no país nadécada de 1980, deu aosaxofone o suporte restantenecessário para a suasustentação junto à cenamusical nacional. Emborasolos de saxofone fossemmarca registrada de muitoscantores, compositores, egrupos musicais em seusregistros fonográficos, damesma forma que sur-giram, se foram, gerandodesemprego para saxofo-nistas. Na apuração defatos e especulações,enfatizam-se pontos pro-váveis que teriam levado osaxofone à ascensão e aodeclínio, calcados não sóna música, mas napsicologia do comporta-mento e das motivaçõeshumanas.' - Realmente umtrabalho muito importante

e necessário para bi-bliotecas, escolas e univer-sidades de música, para osmúsicos, maestros, arran-jadores, pesquisadores,produtores musicais, para opúblico em geral e para osamantes da Música Bra-sileira. Como falei ante-riormente, uma obra neces-sária para se entendermelhor a inserção e uti-

lização do saxofone namúsica nacional. O livro 'OSaxofone Pop dos Anos 80'já está disponível nas me-lhores livrarias.Prezados amigos BetoSaroldi e Mário PC, sou fãdo trabalho de vocês,desejo-lhes tudo de bom edo melhor... Muito sucessocom os novos projetos.Parabéns e forte abraço.

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MUSICANDOMUSICANDORobson Candêo CDS, DVDS E BLU-RAYS JGNEWS

Quem aí é fã do Super-tramp, levanta a mão! Poisé essa galera que está felizda vida pois foi lançado láfora o Blu-ray Supertramp- Live in Paris '79 que trazo famoso show filmado emParis durante a turnêBreakfast in America. Nãoé um lançamento, mas que-ria comentar um outro bomBlu-ray disponível lá foraque é o do Tom Petty andThe Heartbreakers - Live,um show de 2005 que éexcelente.Nos DVD de artistas inter-nacionais tem muitas novi-dades, começando com oexcelente Kasabian - Liveat the O2 onde esta bandabritânica apresenta umfantástico show e é vendidocomo DVD+CD. Outro títuloinesperado é Muddy Wa-ters - The Rolling Stonesque mostra um encontro dogrande guitarrista com osRolling Stones em 1981,quando os Stones foram as-sistir a um show de MuddyWaters, e acabaram sendoconvidados a participar doespetáculo. E se você achaque o cantor Peter Gabrielé careca desde que nasceu,precisa assistir o showSecret World Live com oshits antigos de Gabriel etoda a produção, onde ve-mos que ele já sabia montargrandes espetácu-los lá em1993 e ele não era careca.E para quem gosta de umbom rock tem o DVD dabanda Velvet Revolver -Let it Roll - Live inGermany, com um hardrock de primeira e nãomuito pesado; também oDVD do Stone TemplePilots - Alive in the Windy

City que também é ótimo;e o DVD da banda TheRaconteurs - Live atMontreux 2008, onde JackWhite e Brendan Bensonapresentam um excelenterock'n'roll.Ainda falando de DVDsTambém tem o grupo Re-turn to Forever lideradopor Chick Corea, queexecuta um jazz/fusion ins-trumental de altíssimo nívellançado em um pack com2 CDs e um DVD. E os fãsde Ozzy Osbourne podemcurtir o show Speak of theDevil da turnê de 1982.Também tivemos um bomdocumentário lançado emDVD - Pink Floyd - TheStory of Wish You WereHere com depoimentos dosex-integrantes do grupocontando todos os detalhesdeste famoso álbum dabanda.Nos CDs de artistas inter-nacionais tem o do grupo derock metal Alcatrazz - NoParole From Rock'n'Rollque é o primeiro álbum dabanda, relançado em umaedição especial com asmúsicas originais e tambémas versões instrumentaisgravadas durante os en-saios da gravação. Tambémtem o novo CD do italianoTiziano Ferro - L'amore ÈUna Cosa Semplice comum pop/romântico muitobom e ainda a participaçãode John Legend cantandoa única música em inglês.Já o grupo The A B C & Dof Boogie Woogie lançouo primeiro álbum - Live inParis onde esses quatrograndes músicos (AxelZwingebberger, Ben Wa-ters, Charlie Watts e Dave

Green - anotaram as iniciaisdos nomes A, B, C & D?) ese reuniram para este beloshow registrado ao vivo. Epor falar em BoogieWoogie, tem o novo CDimperdível do Ari Borger eseu quarteto - Back to theBlues - com um blues damelhor qualidade. Daparceria inusitada de AndySummers (guitarrista doThe Police) e FernandaTakai (Pato Fu), nasceu oálbum Fundamental ondemesclam a Bossa Nova como Jazz e tem metade dasmúsicas em inglês e meta-de em português.Robson Candêo é responsá-vel pelas resenhas musicaisdo site www.dvdmagazine.-com.br e escreve para oblog www.blurayedvdmu-sical.blogspot.com/

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JGNEWSOUTUBRO 2012

JUDAS PRIESTSCREAMING FOR VENGEANCESONY MUSIC

KESHAWARRIORSONY MUSIC

LED ZEPPELLINCELEBRATION DAYWARNER MUSIC

IVETE SANGALOREAL FANTASIAUNIVERSAL MUSIC

DJAVANRUA DOS AMORESUNIVERSAL MUSIC

DANIEL BOAVENTURAAO VIVOSONY MUSIC

BRUNO E MARRONEPELA PORTA DA FRENTESONY MUSIC

ALEJANDRO SANZLA MÚSICA NO SE TOCAUNIVERSAL MUSIC

ALICIA KEYSGIRL ON FIRESONY MUSIC

ARLINDO CRUZBATUQUES DO MEU LUGARSONY MUSIC

CHRISTINA AGUILERAYOUR BODYSONY MUSIC

LANÇAMENTOS OUTUBRO

MUMUZINHODOM DE SONHARUNIVERSAL MUSIC

JGNEWS OUTUBRO 2012

BLACK LABEL SOCIETYSKULLOGEST2 MUSIC

PETER GABRIELSECRET WORLD LIVEST2 MUSIC

THE ROLLING STONESMUDDY WATERSST2 MUSIC

PINK FLOYDDOCUMENTÁRIOST2 MUSIC

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JGNEWS OUTUBRO 2012Viviane Marins NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Djavan,de voltaDepois de quatro longosanos sem lançar um discocom músicas inéditas, eisque Djavan apresenta aopúblico ‘Rua dos Amores’,com 13 faixas autorais,letras, melodias e, inclusiveos arranjos.Um bom retorno tambémaos companheiros deestrada, músicos que oacompanham há 15 anos.Não é um disco que trazsurpresas, longe daquelaDjavan que fez Meu BemQuerer, o registro musicalfica mais perto do autor deLilás. O tema ‘amor’, comoo próprio título entrega,permeia todo o repertóriomas deixa a impressão deuma tristeza embutida euma alegria que não sesente. De qualquer forma éDjavan. Bom tê-lonovamente, ativo, atento.Vale conferir de perto, mastem que ouvir algumasvezes para sacar o lance...

Carlinhos LyraLançado pela gravadora Continentalem 1974, o álbum "Carlos Lyra" acabade ser reeditado (pela primeira vezem CD) pela Warner Music, comomais um título da série Discobertas.Produzido pelo próprio Lyra e por Hugo Bellard, o álbumtraz diversas composições autorais, incluindo uma parceriado artista com o ator Gianfrancesco Guarnieri em "Feionão é Bonito". Destaque ainda para "Lanterna", "Amar éViver" e o grande sucesso "Quando Chegares" (cançãogravada originalmente ainda na década de 50).

Ivete SangaloNovo disco de Ivete Sangalo,"Real Fantasia" chegou às lojas."Este disco é feliz. Feliz comoeu. Tive vontade de criar umnovo repertório, em umaexperiência no estúdio, comum tempo maior para maturarmais a música. Isso também é uma gostosura de fazer",comenta a cantora, que tem duas composições no disco,uma delas "Só num sonho", em parceria com o maestroRadamés Venâncio e o baixista Gigi. A foto da capa é deGui Paganini, e o projeto gráfico é de Giovanni Bianco,diretor de arte. "Real Fantasia" tem direção musical deAlexandre Lins e foi gravado entre Salvador e Rio deJaneiro. A Universal espera vendas cavalares desseproduto... vamos ver, né?

Batizado de Whammy-01, o produto oferece aosguitarristas todas as características clássicas de efeito,com duas novidades: Chordal pitch-shifting e True Bypass.Criado pela Digitech há 23 anos com o exclusivo efeitoWhammy. os usuários do pedal foram premiados comGrammy, distinção máxima da indústria musicalinternacional. Além disso, mais de 700 milhões de álbunsjá foram gravados com o uso do equipamento, como osda banda americana The White Stripes. O vocal/piano/guitarra Jack White utiliza um Digitech Whammy para criar,entre outras coisas, uma oitava inferior ao que é jogadona guitarra, efeito que ele usa muito, especialmente nascanções "Seven Nation Army" e "The Hardest Button paraButton". Do pedal: Som Whammy clássico, ChordalWhammy, pitch-shifting,True Bypass, 10 confi-gurações Whammy, 9configurações de harmo-nia, 2 configurações deDe tune, MIDI, input,Fonte 9V DC (incluída)(ASS)

Pedal Whammy

Pde. Fábio de Melo lança'Estou Aqui', seu 16º álbum‘Estou Aqui’, 16º disco do Padre Fábio de Melo que marcao retorno do evangelizador, só com canções religiosas.Dentre as 13 faixas estão "Espírito Santo Repousa", "FaçoNova Todas as Coisas" e outros clássicos da músicacatólica. Além disso, a canção que dá nome ao disco,"Estou Aqui", é regravação da faixa composta por Robertoe Erasmo Carlos na década de 1970. Pde. Fabio de Melosoma 15 CDs e 3 DVDs totalizando três milhões de cópiasvendidas.

Eros Ramazzotti, 'Noi'Depois de 3 anos de ausência, cantoritaliano lançará mundialmente novo álbum"Noi" em 13 de novembro, primeiro pelaUniversal Music, em italiano e espanhol.

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www.st2.com.br

Novamente

[email protected]

O novo CDda cantora ecompositora

Célia Silva

LANÇAMENTO WORLD MUSIC http://www.youtube.com/watch?v=ZcnWY7uiWWohttp://www.youtube.com/watch?v=Hpw9ShtUsAc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=qD9AbIQGBJg&feature=related

Assessoria de Imprensa:Eulália Figueiredo

WORLD MUSICRua Oswaldo Cruz, 170/SãoCaetano do Sul/SPCep 09541-270 /Tel: 11 4224-6743(11) [email protected]

Contato para Shows:21 7899-6542

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JGNEWS OUTUBRO 2012PORTUGALAlberto Guimarães (correspondente em Portugal) [email protected]

No ano em que secomemora o centenário donascimento de Luís Gon-zaga, um grupo brasileirotrouxe a Portugal show emhomenagem ao Rei doBaião. Lisboa, Torres Novase Porto tiveram oportuni-dade de conhecer ouretomar contato com a obradesse empolgante perso-nagem da música popularbrasileira: Marcelo CaldiTrio. O show foi um dos se-lecionados do Prêmio Fu-narte Centenário de LuizGonzaga - 2012.A revista JG NEWS foi aoencontro do Marcelo CaldiTrio, na Casa da Música, noPorto, dia 16 de setembro,onde uma quantidade con-siderável de público aco-lheu com agrado a evoca-ção do criador de AsaBranca. Marcelo Caldi (voze acordeão), Fábio Luna(bateria, flauta e voz) eNando Duarte (violão),mostraram num bem con-seguido diálogo entre pas-sado e presente, algumasdas criações de Gonzagão,e deixaram espaço aindapara a evocação de Sivucae Dominguinhos, outrosdois marcantes sanfoneiros.Conversamos com MarceloCaldi, Fábio e Nando paratrazer a estas páginas, umavisão sobre esse trabalho.

Marcelo, de que formavocê entra na música?A música sempre estevepresente na minha família.Minha mãe, Estela Caldi,musicista e professoraargentina - foi morar no Riode Janeiro e se casou como meu pai, também pianistade música clássica, bas-

tante conhecido: Homerode Magalhães. Eu sou osexto filho de uma geraçãode irmãos músicos. Soupianista desde criança, porinfluência dos meus pais,estudei com minha mãe ea sanfona é que apareceuum pouco mais tarde,acabou aparecendo lá parao final da adolescência,quando comecei a tocarmais música popular, a irmais para o lado do forró,do choro e também a tocarmais o tango, pela herançaargentina de minha mãe. Aícomecei a fazer todas essasmisturas entre a músicaclássica que estudava, e apopular que fui apren-dendo, praticamente, comoautodidata.

Da música clássica para apopular…Música bem popular. A deLuiz Gonzaga, principal-mente, que é um dos ar-tistas mais populares doBrasil, com uns quarenta/cinquenta sucessos que aspessoas conhecem. Foi oprimeiro grande sanfoneiro,influenciou todas as gera-ções posteriores de acor-deonistas em todo o Brasil

e quiçá no mundo. Paramim, só o piano e o mundoda música clássica, erampouco, queria interagir comos amigos, fazer música narua, ir para a noite tocar,aprender. Precisava dessaliberdade.

Aí entrou a sanfona?A sanfona foi o principalagente. É muito difícil levarum piano para algum lugar.No Rio de Janeiro não temmuitas casas com piano.Sentia necessidade deestar tocando e o tecladonão é a mesma coisa paraquem toca piano desdecriança. Nunca fiqueisatisfeito com teclado, oacordeão supriu esse lado.

Em que tipo de casas vocêtocava?Tocava muito pela Lapa enoutros lugares. Na épocahavia uma moda de forró,no final dos anos 90, iníciodos anos 2000. Malagueta,em São Cristovão, TheBallroom, no Humaitá. Es-sas casas foram berço debandas de forró no Rio deJaneiro e recebiam bandasde fora, artistas conhe-

cidos. Esses tipos de lu-gares, mudaram o perfilquando terminou a modado forró que declinou coma ascenção do samba naLapa. O samba e o choro,vieram muito fortes, muitosforrozeiros migraram para osamba.

Vocês três trabalharamsempre juntos?Sim, há muitos anos. OFábio teve grupo de forró, oNando teve grupo de sam-ba, a gente fez trabalhoscom Elza Soares, com Ro-drigo Maranhão, com quemtocamos aqui na Casa daMúsica. Com o Fábio, quejá conheço desde criança,tocamos imensas vezes.Tocamos com músicos nor-destinos, fomos ao Nordes-te juntos com a Amelinha etemos um disco juntos, oFábio e eu. Não somos tãojovens nem tão velhos, masjá contamos com anos deexperiência, tanto comoutros artistas, como comos nossos trabalhos. Jálançamos discos autorais efizemos shows pelo Brasil.E nos mais variados estilos.Nunca nos prendemos em

Marcelo Caldi Trio uma vontade de música

Marcelo

Fábio

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www.marquesmusical.com.br

www.tiaflex.com.br

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ser só dosamba, doforró, dam ú s i c ac l á s s i c a ,do tangoou de al-gum gêne-

ro de música específico. Agente gosta é da mistura.

Falou no tango. Como vocêprocessa sua ligação coma música argentina?Tenho paixão pela músicaargentina. Minha mãe,pianista clássica, tocavaAstor Piazzolla, que fez aponte entre o popular e oclássico, então já tenho issona história, na essência.Tenho um grupo de tangocom a minha mãe e commeu irmão Alexandre Caldi,que toca sax e flauta -Libertango, com três CDsgravados.

Como surgiu o trabalhocom Elza Soares?Surgiu através do NandoDuarte que fazia parte dabanda da Elza Soares equando assumiu a direçãomusical do trabalho meconvidou para entrar. Aca-bou que a gente fez umtrabalho lindo de três anose gravamos o primeiro DVDda carreira da Elza que é o"Bêba-me ".

No CD "Cantado", de 2009,você aparece cantando…Estou me arriscando maiscomo cantor solista. Graveiesse CD que foi um marco.É o único em que atuo comosolista até o momento. Mascomo eu fazia parte degrupos vocais, o canto tam-bém estava presente. OGarganta Profunda foi oprimeiro grupo que integrei.Entrei como pianista, come-cei a me arriscar cantandoe fiquei sete anos nesse

grupo e ao mesmo tempono BR6, outro grupo vocal.No Garganta Profunda gra-vei dois discos, mas o gru-po acabou. Continuo noBR6, que está se apresen-tando no CCBB/RJ e nou-tros lugares. Já estamos noquarto CD com atuações noexterior. O BR6 é música àcapella contemporânea.

E os arranjos de orquestra?Por conta das comemo-rações do centenário doGonzagão, fui convocado afazer muitos trabalhos. Umdeles foram esses oitoarranjos para a OrquestraSinfônica de Barra Mansa(RJ) para Elba Ramalho seapresentar com a Orques-tra. Isso aconteceu noFestival do Vale do Café;Acabei sendo convidadopara tocar com a OrquestraPetrobras Sinfônica ondevou executar dois concertosdo Sivuca, e os arranjos quefiz para a Orquestra Sinfô-nica de Barra Mansa.

Vem disco novo por aí?Acabamos de gravar essedisco dedicado ao LuizGonzaga, que vai acom-panhar um livro de par-tituras que vou lançar comChoros de Lua, que é umaobra que até agora ninguémeditou. Transcrevi os chorosdessa fase do Gonzagão,anterior ao ciclo do baião.O songbook vai ser lançadoaté ao final deste ano -choros dos anos 40, quan-do ainda era sanfoneiro dasrádios e gravava com osartistas da época, o Fran-cisco Alves, Bob Nelson einstrumentais que compu-nha para regionais dasrádios.

Qual é o projeto em quevocê mais investe?Esse ano estou focado na

minha carreira de acor-deonista, pianista, cantor ecompositor. Entrei para afaculdade de música parafazer Composição, chegueia fazer a UNIRIO. Lanceialguns discos, uns traba-lhos que considero meus,mas paralelo à experiênciacomo músico em outrostrabalhos. AcompanheiElza Soares, gravei comChico Buarque, com ZéliaDuncan, Gilberto Gil, fizshows, nunca deixei de sermúsico na essência. Maseste ano está sendodiferente, pois estou conse-guindo realizar muito maisshows do meu trabalho.Estou deixando de sermúsico dos outros para mededicar ao meu trabalhoautoral.

Fábio Luna, e suas ativi-dades como têm sido?Em 2009 gravamos eu e oMarcelo, um CD chamadoForró e Choro Vol. 1, que foinomeado para o Prêmio deMúsica Brasileira. Chega-mos entre os três finalistas.Esse disco tem compo-sições nossas e clássicosdo Forró e do Choro. Tenhoum trabalho com samba,minhas composições, gra-vei disco instrumental em2002 e estou gravando umdisco novo, onde estão osmeus lados compositor,instrumentista e cantor.Estou gostando muito defazer esse disco em queparticipa Delcio Carvalho,e que tem uma parceriacom Eloi Vicente, que fazparte de Os Cariocas,grupo que integro e ondesou segunda voz, flautistae baterista. O disco tem aparticipação de Marce-

linho. Estou buscando omesmo que ele, espaçopara um trabalho solo.

Marcelo Caldi intervém:Fábio Luna é um polvo: seele tivesse oito braços toca-va com todos eles. Multiins-trumentista: baixo, cava-quinho, flautas, bateria, per-cussões, canta. Ele tocouoito anos com Sivuva, queo amava.

E você Nando Duarte?Tenho feito trilha paratelevisão e cinema. Fiz comMarcelo a trilha sonora dofilme, ‘B1 - Tenório emPequim’, um longa comdireção de Felipe Braga eEduardo Hunter Moura. Jáfiz direção musical e arranjopara umas seis peças deteatro, fiz a produção, dire-ção musical num disco so-bre Wilson Baptista, com aElza Soares, Zelia Duncan,Rosa Passos, Wilson dasNeves, dentre outros.

Ficam por assinalar muitospormenores da carreiradestes três músicos queestiveram em Portugal paracelebrarem Luiz Gonzaga.Terminando a entrevista,Fábio Luna afirmou:É execuível fazer váriascoisas ao mesmo tempodesde que tenha critério ecuidado, e que todas elassejam bem feitas. Quantomais referências a gentetem, mais vivência namúsica.

PORTUGAL

Nando

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JGNEWSOUTUBRO 2012 LAUDIR DE OLIVEIRA

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JGNEWS OUTUBRO 2012

www.fuhrmann.com.br