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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012 60.000 links enviados mensalmente ANO XVI - EDIÇÃO 165 DE 25/04 A 25/05 DE 2012 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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REVISTA DE ENTRETENIMENTO, MÚSICA E INSTRUMENTOS MUSICAIS.

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ANO XVI - EDIÇÃO 165DE 25/04 A 25/05 DE 2012DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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EXPEDIENTE

EditoresAntonio Bragae Jorge Piloto

ColaboradoresNido Pedrosa, VivianeMarins, Elias Nogueira,Alberto Guimarães Már-cio Paschoal, Robson

Candêo e Inga Oliveira.

Rio de JaneiroViviane Marins:(22) 8828-0041(21) [email protected]

Bahia

Os artigos assinados são deresponsabilidade de seus au-tores.

Jorge PIloto(71) [email protected]

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Heavy Sepultura Metal [email protected] Nogueira

Sepultura, banda de thrashmetal formada em 1984,em Belo Horizonte, tornou-se mais popular nosEstados Unidos do que noBrasil, cantando em inglês.Teve seu primeiro discocom o nome de "BestialDevastation", dividido comoutra banda mineira, aOverdose, lançado em1985 por um selo inde-pendente, seguido poroutro disco, o "MorbidVisions", em 1986.Com a saída de Jairo T. e aentrada do guitarristaAndreas Kisser, gravaram"Schizophrenia", que osprojetaram internacional-mente. No ano seguinteassinaram contrato com agravadora americanaRoadrunner e começarama conquistar o mercadointernacional.O disco "Beneath theRemains", lançado em1989, foi muito elogiadopela crítica especializada efez com que a banda setornasse mais conhecidano Brasil e no resto domundo, fora dos EstadosUnidos.Em 1996, no Brasil, o grupopesquisou e gravou sons eritmos das tribos indígenaspara lançar "Roots", o queseria o último com o entãovocalista Max Cavalera quedeixou a banda e causoucontratempos, a história da

banda continuaria com osremanescentes...Atualmente o Sepultura éformado por Derrick Green(voz), Andréas Kisser (gui-tarra), Paulo Jr. (baixo) e nabateria Eloy Casagrandeque lançaram o 12º álbumde estúdio intitulado Kairos.O Sepultura voltou! É aconclusão que se temdepois de escutar o discointeiro "Kairos", lançadooficialmente no dia 24 deJunho de 2011.Na realidade, o que chamaa atenção em vários pontosdeste ótimo disco são osriffs marcantes, a bateriabem trabalhada, passandopela voz possante, os solosmagníficos e o baixo pul-sante.Kairos é o primeirotrabalho da bandapela gravadora Nu-clear Blast, a maiordo mundo no gê-nero heavy metal.Aqui o disco é dis-tribuído por LaserCompany (São Pau-lo), distribuidoraexclusiva da Nu-clear Blast Recordsno Brasil.Estúdio Trama, emSão Paulo, foi o es-colhido e Kairos foigerado entre osmeses de fevereiroe março de 2011,com produção deRoy Z (Judas Priest,Halford, BruceDickinson, Hello-

ween). A capa do álbum foicriada pelo artista ame-ricano Erich Sayers.O ano de 2011 foi ótimopara a banda e acabaramlevando a turnê para osEstados Unidos. Em abriltocaram na Virada Cultural,em São Paulo, em um showúnico com a OrquestraExperimental de Repertório(corpo artístico do TeatroMunicipal de São Paulo), naEstação da Luz. O show tevecomo tema principal ápreservação do pau-brasil,material usado para afabricação dos arcos dosviolinos. Como forma devisualização do tema, milmudas da árvore foramdoadas pelo Instituto Verde

Brasil especialmente para oconcerto e foram replan-tadas em áreas de preser-vação ambiental.O engajamento da bandapara a preservação da ár-vore típica do Brasil acon-teceu porque a InterfaceFilmes e North Produções,encarregada de fazer o do-cumentário sobre a banda(ainda sem data de estréia),é a mesma que produziu opremiado documentário "AÁrvore da Música".No dia 13 de Novembro de2011, o paulistano EloyCasagrande assumiu asbaquetas do Sepultura nolugar de Jean Dolabella,após cinco anos comobaterista da banda.

Sepultura, Kairos, em maio, no Brasil

Redação:Rua Soldado ErnestoCoutinho, 10 - Saquarema /RJ - CEP. 28990-000

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012Heavy Sepultura Metal

"Quando recebi o convitepara entrar no Sepultura, fi-quei em choque", contaEloy."Sou fã do grupo há anos,será uma honra tocar comeles". completa.Eloy tem vinte anos deidade, é o vencedor doprêmio Modern Drummer'sUndiscovered DrummersContest (maior festival debateristas do mundo) em2006."Eu tenho certeza que o Eloyvai fazer um grande tra-balho com o Sepultura, eleé um músico que demons-tra muita segurança etécnica, apesar de serjovem", declarou AndreasKisser. "Fizemos um ensaiocom ele e a casa caiu, foifantástico, tocou o materialantigo e o novo como setivesse na banda há muitotempo. O Sepultura mostra

ao mundo mais um monstrobrasileiro da bateria".Em 2012, o Sepultura passapela Ásia, Oceania, Europae Estados Unidos. O Brasilfica com os meses de Maioe Setembro para a conti-nuidade da tour "Kairos".Um documentário sobre abanda também está sendoproduzido.No fechamento destaedição recebi a informaçãoque o Sepultura se apre-sentará no Rock in Rio-Lisboa 2012 com os percus-sionistas franceses Tam-

bours duBronx, grupocriado em1987, forma-do por 17m e m b r o sque mistu-ram o somdas latas gi-gantes com

hardcore e per-cussão eletrô-nica. Espera-seque neste show, o Sepul-tura apresente algunstemas do novo disco.

Faixas de Kairos1."Spectrum" (4:03)

2."Kairos" (3:7)

3."Relentless" (3:36)

4."2011" (0:30)

5."Just One Fix (Ministrycover)" (3:33)

6."Dialog" (4:57)

7."Mask" (4:31)

8."1433" (0:31)

9."Seethe" (2:27)

10."Born Strong" (4:40)

11."Embrace the Storm"(3:32)

12."5772" (0:29)

13."No One Will Stand" (3:17)

14."Structure Violence(Azzes)" (5:39)

15.“4648” (00:29)

16.“Firestarter” (TheProdigy Cover) (04:30)

17.”Point Of No Return”(03:24)

"Kairos é um conceito detempo não cronológico,que vem da mitologia

grega. É um momento deoportunidade e

mudança", explicaAndreas Kisser.

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COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL

DICAS DE LANÇAMENTOS ESPECIAISMárcio Paschoal

[email protected]

É sempre com renovadoprazer e curiosidade que

recebo umn o v otrabalho deS i m o n eGuimarães.Desta vezcom a par-ceira Cristi-na Saraiva eum time demúsicos derespeito, noexc e l e n te

"Chão de Aquarela".Algumas releituras, outrasvelhas conhecidas, como asbelíssimas "Estrela do meubem querer", gravada no CD"Cirandeiro" (1997) e"Relento", do CD "Aguapé"(1999). Como sempre, amusicalidade, a voz e exube-rância autoral desta paulistade Santa Rosa de Viterbopredominam. Na esteira doselementos e sutilezas dasletras de Cristina, no seumelhor universo poético, odisco mantém coerência ehomogeneidade estéticas .De início, "Desafios" mostraa urgência, na exata com-binação de melodia e letra,de todos os abismos enfren-tados e a valentia neces-sária para enfrentá-los. Eantecipa a força que virá aseguir. Mais singela, "Ésaudade" respira um amorinesquecível, em ótima violaa cargo de Julio Santin. Olamento de "Estrela daNoite" revela o real signi-ficado de uma entrega deamor, amparada em ilusõestão prementes. O convite aum novo amor, chegado emdoçuras de maracangalhas,"Fábula do riacho" (já

gravada no CD "Virada praLua", 2001) encanta com oacerto do arranjo de corneinglês (Lia Gandelman) eflauta (Franklin). Uma dasmais belas do disco, "Olhosde fogo" é oportuna regra-vação de "Aguapé", emarranjo certeiro de MaurícioMaestro. (teus olhos são defogo, ardendo em ventania,queimando a noite fria, flordo cravo que alumia aescuridão...". Adiante,"Fronteira" e "Beijo" sãocomposições cheias de vigore classe. A primeiradescreve a linha tênue quesepara o amor verdadeiro dafraude; e a segundaenaltece o que há de melhornum beijo possível, asso-ciando sua força à do vento.Maravilha. Em "Canção paraum pianista 2 (no primeiroas duas haviam homena-geado Leandro Braga), opiloto agora é André Meh-mari. Enfim, um disco paraquem quiser conhecer aarte de Simone e a poesiade Cristina, e se deliciar comtoda a delicadeza e formadas canções.

O pantaneiro por vocação emétodo, violonista e intér-prete de suas composições,Guilherme Rondon, vemcom seu novo disco (Madein Pantanal). Nascido pau-lista e criado em Corumbá,nesse seu novo trabalhoautoral, desfila cançõesinspiradas, como na parce-ria com Zé Edu Camargo,

onde o aviso é um sinal ( voatabuiaiá, avisa que eu jávou, tem peixe pro jantar,pinga no garrafão...) ou nalembrança à Mercedes Sosa(La Negra). Em "Vida real",com Alexandre Lemos, umaode ao pé no chão e umadeus nostálgico às nega-ções de algumas viagens emvão. Com a luxuosa ajuda deseus parceiros chalaneros egeniais, Simões e CelitoEspíndola, Rondon mostraem "Espelho deslizante" osdevaneios e a dissidênciainteligente perante o que seapresenta de mais incô-modo no final de uma rela-ção (... a lua do nosso amorentrou em quarto min-guante, restou a sombra doque foi antes). No fim, emtapas de pelica, avisa que,no caso, de ninguém ceder,o melhor é se retirar e ir pes-car, que, além de mais ele-gante, ainda é o melhorcalmante. Irrefutável.

Outro CD que chama aten-ção pela ousadia e inven-tividade é o "Caravana Se-reia Bloom", que vem confir-mar o talento da paulistaMaria do Céu Whitaker Po-ças, mais conhecida porCéu. Intérprete vivaz e comtimbre intimista, já sedestacara no segundo cd"Vagarosa". Neste, agora,

arrasa em canções como"Falta de ar" (Gui Amabis") ena ótima autoral "Amor deAntigos". Não há como nãose render com a firmeza dacantora na versão "You won'tregret it", com Nahor Gomessublime no trompete eflugelhorn, ou na releiturado "Palhaço", de NelsonCavaquinho, em arranjoirresistível. Uma delícia.

Para os amantes de verdadedos Beatles, um alento: umdisco instrumental que nãose deixa dominar pelasobviedades e repetições tãocomuns, quando se trata detocar Lennon, McCartney eHarrison. O impressionanteDuoFel desmente essapossibilidade com o "DuoFelplays The Beatles". Aabertura já mostra o quepoderemos esperar: um"Eleonor Rigby" de matar(show de Melo no arco derebeca), numa interpretaçãoà altura de Helio Delmiro.Em "Across the Universe" oduo cria um ambiente meiomístico, e em "Here, There& Everywhere", uma dasmelhores intervenções dadupla (Heraldo do Monteassinaria embaixo), assimcomo em "NorwegianWood", com destaque paraa viola de dez . "In my life"

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traz todo o requinte doviolão de nylon. Juntos hámais de 30 anos, o paulis-tano Luiz Bueno e o ala-goano de Arapiraca, Fernan-do Melo, autodidatas, im-pressionam pelo talento eimprovisação. Onze clássi-cos, com direito a um finalapoteótico em "A Day in theLife". Imperdível.

Para finalizar, uma mere-cidíssima homenagem àdiva do soul Etta James, ("AtLast"- the Best of EttaJames) em coletânea de 25sucessos da cantora. In-cluindo, é claro, "At Last",além das sublimes "I WouldRather Go Blind" e "A SundayKind of Love". Como curio-sidade a gravação antoló-gica de "I just want to makelove to you", hino de Dixon,já gravado com sucesso peloStones em início de carreira.Outra pérola é o famoso hitde Sonny Bono, "I Got YouBabe", gravado por Cher, naépoca casada e apanhandodo autor, e revivida aqui peladivina (com permissão danossa Elizete) Etta. Umbanho de soul para quemgosta do estilo e de umaintérprete rascante, comalma e coração em conluiosupremo. (Márcio Paschoal)

Série MPBebê trazcoletânea de RenatoRussoSérie com sucessos deícones da música brasileiraem versões que lembram asantigas caixinhas de músi-ca, a "MPBebê" é umanovidade da gravadora Per-formance Music.O carro-chefe da coleção de12 discos é o lançamentocom Renato Russo, trazen-do os hits "Que país é esse","Monte Castelo", "Índios","Eduardo e Monica" e "Tem-po perdido", entre outros. Osarranjos do CD são assina-dos pelo experiente músicoGian Fabra. Se vivo Renatocompletaria 52 anos.

James McCartney,Sean Lennon e DhaniHarrison, podem for-mar bandaEm entrevista à BBC, JamesMcCartney, filho de Paul,afirmou que tem conver-sado com outros filhos deintegrantes dos Beatles pa-ra montar uma banda. Seacontecer, juntaria SeanLennon e Dhani Harrison, osmais interessados no pro-jeto."Não acho que é algo queZak [Starkey, filho de Ringo]gostaria de fazer. TalvezJason [outro filho de Ringo]queira". "Eu toparia. Seanparece ter gostado da ideiae Dhani ficaria feliz de fazê-lo."Segundo James, o assuntojá foi discutido e é possívelque aconteça um dia.

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JGNEWSABRIL/MAIO 2012 ASSUNTOS IMPORTANTES PARA A CLASSE MUSICALViviane Marins

Novamente

Contato para Shows: 21 [email protected]

O novo CD dacantora e

compositora

Célia Silva

Já a venda

LANÇAMENTO WORLD MUSIC

http://www.youtube.com/watch?v=ZcnWY7uiWWohttp://www.youtube.com/watch?v=Hpw9ShtUsAc&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=qD9AbIQGBJg&feature=related

Assessoria de Imprensa:Eulália Figueiredo

Rua Oswaldo Cruz, 170/São Caetano do Sul/SPCep 09541-270 / Tel: 11 4224-6743(11) 7389-8905 - [email protected]

Temos boas noticias paratodos. A primeira delas éjustamente a LEI Nº.12.514 que a PresidentaDilma Rousseff promul-gou no dia 28 de outubrode 2011 e publicada noDOU no dia 31 do mesmomês e que, em boa hora,vem REVIGORAR a LEI3.857 sancionada peloPresidente JuscelinoKubitschek que criou aORDEM DOS MÚSICOS DOBRASIL. É bom que todossaibam e divulguem quena nova LEI da nossaPresidenta Dilma Rousseff

Da ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL para os Profissionais daMúsica: Maestros, Compositores, Instrumentistas, Cantores

Líricos e Populares e Professoresestá claramente desta-cada a obrigatoriedade dopagamento das respec-tivas anuidades às únicasduas Ordens no Brasil:OMB e OAB; e aos Con-selhos de Engenharia,Economia, Farmácia eProfessores de entidadespúblicas ou privadas, eoutros. As formas de co-brança poderão ser inclu-sive Judiciais. Assim ficamdefinidos todas as dúvi-das e pendências emtorno dessas contribui-ções devidas pelos profis-sionais às suas res-pectivas autarquias

criadas e mantidas porestas Leis Federais para ar e g u l a m e n t a ç ã o ,coordenação e fisca-lização dessas atividades.O Músico Profissional estáinserido numa atividadeeconômica de nível mun-dial. Portanto é bom nãoouvir mais a músicadesafinada daqueles quetentam denegrir a imagemda OMB.As empresas públicas eprivadas serão informa-das a respeito do cum-primento destas LEIS.Outra LEI, esta Estadual,sancionada pelo nosso

Governador Sergio Ca-bral Filho de autoria doDeputado Luiz Martins,que aguarda apenas aregulamentação da Se-cretaria de Fazenda, criauma linha de créditoespecial com juros re-duzidos e prazo bemlongos para que o Músicopossa adquirir um ins-trumento de excelência,nacional ou importado,desde que abonado pelaOMB.Comente e Divulgue.

João Batista ViannaPresidente da OMB/CF

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Paul McCartneyThe Love We MakeST2 Music

Aline Barros & Cia 3InfantilMK Music

MadonnaBox com 5 discosWarner Music

FlordelisQuestiona ou AdoraMK Music

MadredeusEssênciaPortugal

Robson NascimentoIgreja PrimitivaIndependente Gospel

Andrea FontesDo Outro LadoMK Music

Linkin ParkLiving ThingsWarner Music

SepulturaKairosLaser Company

Sérgio Marques & MarquinhosBoas NotíciasMK Muisc

Regina SpecktorWhat We Saw From the...Warner Music

Marcus SallesAo Vivo Na IgrejaSony Music Gospel

Mãe Eu Te AmoColetâneaMK Music

B.O.B.Stranger CloudsGamer Music

Fred HammondGod, Love & RomanceSony Music Gospel

Taking Back SundayColetâneaGamer Music

PUBLIQUE GRATUITAMENTE OS LANÇAMENTOS DE SUAGRAVADORA, ENVIE SEUS DISCOS PARA: RUA SOLDADOERNESTO COUTINHO, 10 - SAQUAREMA/RJ/CEP 28990-000

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LANÇAMENTOS ABRIL / MAIOJGNEWS ABRIL/MAIO 2012

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MUSICANDOMUSICANDOCDS, DVDS E BLU-RAYS

M u i t a snov idadesno mercadofonográficoestão sendocolocadas avenda paraalegrias dosfãs. Vou co-meçar falan-do de um

show realizado em 2009 noMarco Zero de Recife, equem estava lá era a NaçãoZumbi, que finalmentelança seu DVD (Ao Vivo noRecife) onde apresentaramhits inesquecíveis de ChicoScience junto com outrossucessos que vieram aolongo da trajetória. O showtem boas participações e aótima batida do tamborpara um público de mais de80.000 pessoas. Outroslançamentos nacionaisinteressantes são quatroDVDs de uma série de Bos-sa Nova com Os Cariocas,Leny Andrade, Pery Ribeiroe Maria Creuza - quatro no-mes importantes da nossamúsica cantando cançõesclássicas conhecidas portodos.

Nos títulos internacionaistem muita coisa boa, comoo registro em DVD da edi-ção de 2005 do festival derock texano Austin CityLimits Music Festival que,se falta em bandas co-nhecidas, sobra em gente

com talento eótimas can-ções. Já oscanadensesda bandaRush, lança-ram o títuloTime Machine

- Live in Cleveland 2011(Blu-ray e DVD) com maisum grande espetáculo ondeeles comemoram os 30anos do lançamento doálbum Moving Picturestocando as sete canções namesma sequência e muitosoutros hits da carreiradeles. Já Car-los Santana,um dos me-lhores guitar-ristas do mun-do, está com oDVD dupo daapresentaçãoque ele fez noFestival deMontreux de 2011, comvários hits da carreira deleem um show imperdível.

Nos CDs, um dos destaquesvai para o Erasure com oálbum Tomorrow's World,14º álbum da dupla comótimas canções que reme-tem ao períodode maior suces-so deles no finaldos anos 80 ecomeço da déca-da de 90. Outrotítulo muito bomé o pack que tem3 CDs e 1 DVDdo The Jeff Healey Band(Full Circle - The Live Antho-logy), com o melhor dorock'n'roll em três diferen-tes shows da carreira dofalecido cantor e guitarristaJeff Healey.Já para os que aindasuspiram de saudades dorock dos anos 80, nãodeixem de conferir o boxDisco - The Greatest DiscoAnthology Ever - com 3 CDscom uma seleção imper-dível de clássicas da era

Disco.O RPM está de volta com aformação original dosQuatro Coiotes, e desta vezcom um álbum muito bomchamado Elektra, quesegue a linha musical quelevaram eles a um grandesucesso no início da

carreira.

Para os fãs de músicaeletrônica, vale con-ferir os títulos MaisonIbiza - Beach House eMaison Ibiza - ChillOut. São dois CDsduplos onde a batidaeletrônica é mais

suave que a tra-dicional, comcanções agradá-veis de se ouvir ea maioria comum bom vocal.

Para quem gostade documentário

musical, foi lan-çado o título doPaul McCartney -The Love We Make- onde o ex-beatleconta como orga-nizou um dosshows beneficen-tes mais rápidos

da história, em prol dosbombeiros e policiais víti-mas dos atentados do 11de setembro em Nova York.Os fãs dacantora Ade-le, vão poderconferir o tí-tulo Adele -The History -Fire and Rain,que contémtrês entrevis-tas (não re-centes) com

a cantora que fala umpouco da intimidade e dosucesso.

Nos Blu-rays, acaba de sairo primeiro Blu-ray doScorpions - Get our Sting &Blackout Live (lançadosomente lá fora porenquanto) com grandesclássicos da banda como"Still Loving You", "Wind ofChange" e "Loving YouSunday Morning" com umdiferencial que é um Blu-ray3D, mas que também podeser visto em Blu-ray normal.E vai uma dica de um showque não é novo, mas que

merece estar nacoleção de quemgosta do Police. OBlu-ray Police -Certifiable traz umshow imperdível queo grupo realizou em2008 em BuenosAires, durante a

turnê de reunião do PowerTrio formado por Sting, AndySummers e StewartCopeland. Todos os grandeshits da banda estão ali,incluindo "Don't Stand SoClose to Me", "Every LittleThing She Does is Magic","De Do Do Do, De Da DaDa", "Every Breath You Take"e "Roxanne". E só mesmoassistindo para entendertoda a magia desses caras.

Robson Candêo éresponsável pelasresenhas musi-cais do sitewww.dvd-magazi-ne.com.br e es-creve para o blogwww.blurayedvdmu-sical.blogspot.com

Robson Candêo

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Diz a metafísica que aessência de uma coisa seconstitui das suas proprie-dades imutáveis, daquiloque permanece e que nada,nem o tempo, altera. Terácertamente sido com estanoção que Pedro AyesMagalhães escolheu a pala-vra Essência para título donovo álbum do Madredeus- uma coleção de 13canções selecionadas deum cancioneiro de quaseduas centenas que o grupoconstruiu ao longo de umquarto de século.O sucesso do Madredeus,no entanto, não se podemedir apenas em números:nem de discos vendidos,nem de países arrebatadosem incontáveis digressões,nem de ovações de pé ouaté de prêmios que procu-raram distinguir o caráterprofundamente único damúsica que o grupo foi ofe-recendo ao mundo. Osucesso pode também sermensurável com outrarégua, a que mede o alcan-

A MÚSICA PORTUGUESA DO MADREDEUS

MADREDEUS: NOVO ÁLBUM 'ESSÊNCIA'Celebração de 25.º aniversário com novo CD e nova formação

ce da música, a perma-nência na memória, a voca-ção universalista.Jorge Varrecoso, violinistada Orquestra do São Carlosque agora integra tambéma nova formação do Madre-deus, terá dado o primeiropasso na direção destaEssência quando propôs aPedro Ayres que se vestisseo repertório clássico desteensemble com novos arran-jos. Primeiramente para umnovo espetáculo, que de-pois desembocou natural-mente neste novo registro.A guitarra clássica de PedroAyres de Magalhães e ossintetizadores de CarlosMaria Trindade juntam-seentão às cordas de Varre-coso e ainda António Figuei-redo e Luís Clode. A voz deBeatriz Nunes foi a derra-deira peça nesta nova equa-ção de câmara propostapara a música do Madre-deus. Trata-se, explicaPedro Ayres, de "recriar atra-vés de um novo ensemble:a melodia fica muito mais

apoiada, mas preservamosmuito, a melodia, o ritmo,as passagens harmônicas,ou seja, a essência”.As treze músicas eleitaspercorrem os registros: OsDias da Madredeus (1987),Existir (1990), Espírito daPaz (1994), O Paraíso(1997), Movimento (2001)e Metafonia (2008) deten-do-se sobretudo na primeiradécada dos Madredeus. Aseleção, que é afinal umaamostra da nova vida dosMadredeus em palco, re-caiu sobre clássicos abso-lutos e tesouros um poucomais secretos como "AoLonge o Mar", "O Pomar dasLaranjeiras", "Palpitação","A Sombra", "A Confissão","O Navio", "Coisas Peque-nas" ou, entre outros temas,"Adeus e Nem Voltei". Sãocanções que representam omelhor do Madredeus, aessência profunda da suamagia singular que conquis-tou o mundo. "As palavras",garante ainda Pedro Ayres,"não perdem nada e a Bea-

triz respeita a 'mise enscène' original das frases".Porque há de fato marcasimutáveis nesta música. Ofundador e líder dos Madre-deus tem o cuidado desublinhar o palco como"habitat natural" destascomposições que foramsendo aperfeiçoadas aovivo, através da sua exe-cução. Pedro Ayres fala damodernidade do repertório,de como todas as músicasse foram "tornando peçasda nossa nave". Peças dife-rentes que cumprem dife-rentes papéis nesse dramaessencial que a música doMadredeus contém, entre oapelo universal, o âmagoportuguês, as melodias e opasso que cada tema exige.De todos esses cruza-mentos, emerge uma novaideia para o Madredeus,que aqui revisita com umanova alma um repertórioque todos vão poder reen-contrar sob outra luz e comum novo alento.(de Portugal, Inga Oliveira)

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012Nido Pedrosa/Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINO

A HISTÓRIA... Segundopesquisadores, desde aépoca das cavernas quandoo homem aprendeu a caçare as peles dos animaispassaram a ser utilizadasna fabricação de roupas eoutros objetos, percebeu-seque ao esticar uma pele (deréptil ou couro de peixe)sobre um tronco oco, o somproduzido era muito maispoderoso. Estima-se quenossos antepassados jápercutiam tambores (cria-dos a partir dos troncos dasárvores, cobertos com pelesde animais), em rituaissagrados quando queriamfazer seus pedidos ouoferecer algo aos deuses -Os tambores são utilizadosdesde as mais remotas erasda humanidade, são doperíodo Neolítico e comoexemplo, podemos citar o'tambor' encontrado nasescavações arqueológicasna 'Região da Moravia -República Tcheca', datadosde '6000 anos antes deCristo'. Nossos ancestraiscomeçaram a usar pelesmais resistentes e com a

PELES: Couro X Sintéticoevolução humana, foicriada uma variedade detamanhos de tambores,também tambores comduas peles, com cordas quepassam por furos feitos naprópria pele para esticá-las,método esse, usado atéhoje na fabricação de tam-bores primitivos. Nos tam-bores de uma só pele,muitos métodos foramutilizados para fixá-las.Eram usados pregos,grampos, tachas, cola, etc.Nos tambores europeusmais modernos, geralmentea pele é presa pela pressãode aros, um contra o outroe a pele no meio. Atual-mente, além das peles deanimais que continuam aserem usadas nos tambo-res primitivos e tradicionais,utilizam-se também pelessintéticas ou membranasplásticas, que têm a vanta-gem de serem menos su-jeitas às variações de tem-peratura e precisam de me-nos tensão para produzirsons com bastante qualida-de.Os tambores exerciam eexercem nas civilizaçõesprimitivas, diversos papéis,além da produção demúsica para rituais reli-giosos, também são usadosnas festas e para comu-nicação à distância. Nacivilização moderna, ostambores estão presentesem todos os estilos musi-cais... Na música Erudita,Música Popular, no Rock,Blues, Jazz, no Samba, noForró, são os instrumentosrítmicos, que contribuempara a marcação do tempoda música e estão pre-sentes também no conjunto

de instrumentos popular-mente conhecido comobateria.

A PELE... Conhecida como'Drumhead', é uma mem-brana que cobre as partessuperiores e inferiores dosinstrumentos musicais depercussão: Caixa, tambor,tamborim, bumbo, tumba-dora, pandeiro, conga, al-faia, bateria e vários outrosinstrumentos. A pele é flexí-vel para emissão da res-sonância do som e resis-tente o suficiente, paraaguentar as baquetadassem se deteriorar e perdera elasticidade. Original-mente as peles são prove-nientes de animais, mas em1956, um baterista profis-sional chamado Marion"Chick" Evans usou umapeça de filme de poliésterpara construir a primeirapele sintética, sendo estamais durável, mais flexível,com afinação mais simples,além de poupar vidas ani-mais. Em 1957, Remo Bellidesenvolveu peles com ou-tros materiais sintéticospara a companhia RemoDrumhead Company. A par-tir daí, foram criados váriostipos, tamanhos e mode-los... Pele porosa, leitosa,hidráulica e por aí vai.Depois de algumas décadastambém apareceram váriosfabricantes no Brasil, aexemplo da Gope Instru-mentos Musicais; RMVInstrumentos Musicais;Bauer Percussion Ind. eComércio e Luen Instru-mentos Musicais. Mas,como não abri o espaço da'Coluna MMN' para mostrarum trabalho antropológico,

a seguir enveredamos pelosrelatos sobre o trabalho detrês grandes bateristasbrasileiros e interna-cionais... Cláudio Infante;Cássio Cunha e WilsonMeireles e assim sendo,transcrevo também suasrespectivas opiniões epreferências de peles utili-zadas em seus instru-mentos, gravações e shows.O Gigante baterista CLAU-DIO INFANTE, nasceu noRio de Janeiro, começou atocar bateria e percussãoaos 7 anos de idade e aos10, foi convidado paraingressar num conjunto deMPB numa tournê pelos'EUA e América do Sul' aolado de Cláudio Nucci e ZéRenato. Já acompanhouartistas a exemplo de LéoGandelman, Ivan Lins ,Djavan, Lulu Santos , EdMotta , Marisa Monte , B.B.King , Sheila E. , BillyCobham entre outros.Cláudio foi citado entre os100 bateristas de maiordestaque no mundo e,como o baterista mais com-pleto do Brasil pelas revis-tas norte americana'Zildjian Time' de 2002 etambém pela revista'Modern Drummer' de2006. Neste atual momen-to, está envolvido na divul-gação dos seus CDs inti-tulados 'Tempo', 'Infante' eo 'Play Along' multimídia,excursionando pelo Brasil eexterior. Vem se apresen-tando também com a ban-da da cantora TarynSzpilman. Paralelo a estestrabalhos integra a bandado cantor e compositorJorge Vercillo e também,ministra cursos de bateria

Claudio Infantefoto Rodrigo

Castro

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e percussão por todo opaís... O cara não para...Mas entre tantos trabalhos,deu sua opinião sobre aspeles: 'A substituição dastradicionais peles de couroanimal, pelas de nylon,acabou trazendo umasonoridade distinta e jámuito familiar aos instru-mentos de percussão ebaterias. Desde tamborins,pandeiros, Derbaks, até asbaterias de escola de sam-ba ou de Jazz, Rockprogressivo, Bossa novaetc... Nossos ouvidosassimilaram esses timbresque viraram referências nasmãos de nossos mestres.Alguns instrumentos aindaresistem e acho que nuncapoderão se render a essatecnologia, ao meu ver o'Pandeirão' do Bumba-meu-Boi do Maranhão, os'Alfaias' do Maracatu per-nambucano, as 'Tumba-doras e Congas' cubanas, o'Talking Drum' africano e asTablas indianas, que têmem sua natureza a ne-cessidade da pele deanimais, que muitas vezesnos serviram em vida eserão perpetuados, vibran-

do ondas sonoras paraencantar as almas. Deve-mos muito respeito nessautilização. - Eu uso nosmeus sets de bateria aspeles de nylon que nosmodelos com camada sim-ples têm mais ressonânciae harmônicos. Mas tambémtem o recurso de 2 cama-das sobrepostas, queproporcionam um amor-tecimento das vibraçõesgerando um som maisencorpado, controlado,com maior resistência emenor desgaste. O critériode escolha vai muito dotimbre que se espera doinstrumento’.

O grande Batera CÁSSIOCUNHA... Nasceu no Recife-PE, começou tocando caixana banda marcial doColégio Salesiano, de Reci-fe. Em 1986, iniciou seusestudos no ConservatórioPernambucano de Música,aonde ficou até 1991. Lá,estudou com os professoresJosé Gomes , Severino Re-vorêdo, Geraldo Leite,Maestro Duda, MaurícioChiappeta e Jediel Filho.Ainda durante seus estu-dos, começou sua carreiraprofissional tocando emgrupos de música instru-mental e acompanhandodiversos artistas da região.Em 1992 mudou-se para oRio de Janeiro onde lecio-nou na escola de música InConcert, por mais de dezanos. No Rio começoutambém suas pesquisassobre música brasileira.Atualmente é coordenadordo curso de bateria daescola de música Fábrikade Sons, onde vem desen-volvendo trabalhos pró-prios, aulas, workshops, a-lém de acompanhar diver-sos artistas, entre os quaispodemos citar: Quinteto Vio-

lado, Nilton Rangel, Maes-tro Duda, Maracatu NaçãoPernambuco, Maestro Ed-son Rodrigues, MaestroSpok, Nana Caymmi, Blitz,Sandra de Sá, DanielGonzaga, João Donato,Geraldo Azevedo, EduardoDusek,Oswaldinho do Acor-deon, Sivuca, Boca Livre,Kadu Lambach, DéliaFischer, Ivan Lins, Djavan,Moraes Moreira, FlávioVenturini, Almir Chediak, LuiCoimbra, Quito Pedrosa,Alceu Valença, Leila Pinhei-ro, Ney Matogrosso e ElzaSoares. Cássio lançou doislivros: 'O IPC' (Indepen-dência Polirrítmica Coorde-nada) voltado para bateris-tas e percussionistas queadaptam instrumentos aospés (tipo percuteria) e 'OARB' (Acentos RítmicosBrasileiros) livro que apre-senta diversos padrõesrítmicos característicos doBrasil. Aqui vai a opiniãodeste super baterista eamigo-conterrâneo:'Antes as peles usadas empercussão e bateria eramexclusivamente animais. Ogrande problema das pelesanimais era sua sensi-bilidade a variações detemperatura que afetavamdrasticamente a afinaçãodas mesmas, tanto que onome da primeira pelecomercial fabricada pela

Remo chamava-se e conti-nua a se chamar "RemoWeather King" que pode setraduzir como Rei do Tempoou Rei da Temperatura, emoutras palavras, era e éimune às variações de tem-peratura. No entanto, nocaso da percussão, as pelesanimais ainda são as pre-feridas quando se trata, porexemplo, de instrumentoscomo pandeiro, conga eoutros instrumentos quetêm características sonorasque combinam muito maiscom peles de animais. Umanova revolução das peles foia criação de peles sintéticasque simulam a textura e ascaracterísticas das pelesanimais sem perderem acapacidade de manter aafinação independente dascondições de temperatura.Entre elas destaco a "FiberSkin", que como o nome jádiz é uma espécie de Fibrade Pele ou Fibra de Courosintética. Na verdade nãouso uma só marca de peles,depende muito da situaçãoe da sonoridade que otrabalho exigir, mas no geraltenho preferência por pelesporosas de filme duplo.

O mestre WILSON MEIRE-LES, baterista que saiu dosbailes do subúrbio do Riode Janeiro no fim dos anos60, criou a banda Bantú, de

Cássio Cunhafoto RenatoBandeira

Wilson Meirelesfoto Thiago Esposito

e-mail: [email protected]

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012MERCADO MUSICAL NORDESTINO

música instrumental (Funk& Soul Jazz) com a qual seapresentou em vários fes-tivais de música. Integrou ogrupo Índex com MarcosRezende e Oberdan Maga-lhães. O Índex foi convidadopara abrir o show do DexterGordon no Festival de Jazzde Cascais. Wilson morouem Lisboa e Barcelona,onde trabalhou numa casade música brasileira eoutras casas de Jazz. Antesde ir para a Europa, tocoucom Edu Lobo, NannaCaymmi e Alceu Valença.Em 1981 integrou a bandade Gilberto Gil numa turnêcom Jimmy Clif f. Ficoutrabalhando com GilbertoGil no inicio dos anos 80.Em seguida, fez a turnê dodisco Luar, do Gil, onde foifeito o filme ‘Corações aMil’, com Regina Casé e JoelBarcellos. Depois montoua banda Umbanda Um paraGilberto Gil, gravou o disco‘Umbanda Um’ e saiu emturnê mundial: EstadosUnidos, Europa, OrienteMédio e Brasil. Em seguida,gravou o disco ‘Extra’, tam-bém de Gilberto Gil, e saiuem outra turnê mundial

(Europa, Estados Unidos,Oriente Médio e América doSul). Depois, em 1985,tocou com Luiz Melodia,Elza Soares, e integrou abanda de Zizi Possi, na qualgravou um LP e fez turnê portodo Brasil. Paralelamente,montou o ‘Wilson MeirelesTrio’, com Ney Conceição, eHamleto Stamato. Por ne-cessidade de aumentar abanda, chamou o saxofo-nista Widor Santiago: nas-cia o ‘Wilson Meireles Quar-teto’. Por este quartetopassaram várias partici-pações importantes comoRaul Mascarenhas, MárcioMontarroyos, Barrosinho,Ricardo Silveira etc. A partirdos anos 90, Meirelesseguiu com o ‘Quarteto’ até2007. Em 2008 montou o‘Quarteto Carta Na Mesa’com os seguintes músicos:Danilo Andrade, piano;Pablo Arruda, contrabaixoacústico; Rafael Brito,saxofone, e as partici-pações dos trompetistasAltair Martins e GuilhermeDias Gomes. Tem se apre-sentado em vários festivaise casas noturnas do Rio eSão Paulo. Wilson Meireles

acabou de gravar o disco‘Gafieira Lounge’, projetosolo, junto com Chico Cha-gas e está se preparandopara entrar em estúdio como grupo ‘Carta Na Mesa’.Aqui seguem suas dicas eopinião: 'Eu costumo usar,Original Drumheads , WhiteCoated Made by Gope,Remo Wether King, Empe-ror Bather, Gope OriginalDrumshead, Dudu PortesSignature!!!!E eu, Nido Pedrosa, como

percussionista, fico muitofeliz de poder levar infor-mações e descrever aquipara os leitores da JGNEWS,as opiniões destas trêsferas da música brasileira einternacional. Obrigadoamigos por contribuir comnosso artigo. Sou fã devocês e sabem que não éde hoje. Valeu! E, um forteabraço para todos.

Nido PedrosaMúsico / Produtor Musicaljgnews .mmn@gmai l . com

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Lady Gaga ganha US$ 30 milhões com o TwitterUma reportagem do Wall Street Journal afirmou que Lady Gaga ganha cerca de US$30 milhões por ano com sua conta de Twitter - ela tem mais de 20 milhões deseguidores e foi considerada a celebridade que mais lucra com a rede social.Segundo os analistas, a publicidade que Lady Gaga consegue pelo Twitter equivale aum terço de seu faturamento total, estimado em US$ 90 milhões pela revista Forbes.

O conteúdo da cantora no Twitter ainda é repassado para sua página do Facebook, na qual elatem mais de 49 milhões de fãs.Lady Gaga se tornou a primeira pessoa no mundo a ultrapassar a marca de 20 milhões deseguidores.

A cantora country Taylor Swift, de 22 anos, foi a artista que maisganhou dinheiro em 2011, superando o U2, Lady Gaga e Adele,chegando a mais de 35 milhões de dólares.A cantora de "Love Story" ganhou mais dinheiro com as vendas de seu álbum e sua

turnê mundial que os roqueiros britânicos do U2, o veterano do country Kenny Chesney,a estrela do pop Lady Gaga e o rapper Lil Wayne, que completaram os cinco primeiroslugares da lista anual publicada na Billboard dos 40 músicos que mais arrecadaram.Sade, Bon Jovi, a cantora canadense Celine Dion, o intérprete de country Jason Aldean

e a atual favorita do pop Adele completaram a lista dos 10 principais, comarrecadações de 32 milhões a 13 milhões de dólares.Taylor, nativa de Wyomissing, na Pensilvânia, começou carreira quando adolescente,cujo álbum com seu nome incluía o primeiro single "Tim McGraw". Em 2011, elavendeu mais de 1,8 milhão de cópias de seus discos, com destaque para "SpeakNow", que vendeu 967 mil cópias. A cantora também dominou os downloads, coma venda de 7,8 milhões de canções digitais.

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012ARTISTA/INSTRUMENTISTA/BATERISTA/PERCUSSIONISTA

Airto Moreira nasceu em1941, no interior deSanta Catarina - e viveuos seus primeiros anosem Curitiba. Antes mes-mo de andar já batucavano chão cada vez queouvia uma música maisritmada. Se isso preocu-pava sua mãe, o mesmonão acontecia com a avóque reconheceu seupotencial. Aos seis anosjá recebia rasgadoselogios pelo seu modo decantar e tocar percussão.Aos treze anos tornou-semúsico profissional to-cando percussão, bateriae cantando em bandasde baile. Aos dezesseismudou-se para São Paulopassando a apresentar-se regularmente em ca-sas noturnas e progra-mas de televisão como

percussionista, bateristae cantor.Em 1965, no Rio deJaneiro, conheceu a can-tora Flora Purim. Flora foipara os Estados Unidosem 1967 e, logo depois,Airto a seguiu. Uma vezem Nova Iorque, Airto co-meçou a tocar com músi-cos importantes comoReggie Workman, JJJohnson, Cedar Walton eo baixista Walter Booker.Foi através de Booker quenosso instrumentistacomeçou a tocar comCannonball Adderley, LeeMorgan, Paul Desmond eJoe Zawignul. Em 1970,Zawignul indicou Airtopara uma sessão de gra-vação com Miles Davis,para o álbum "BitchesBrew". Depois disso, Da-vis o convidou para jun-

tar-se ao seu grupo quena época era compostopor alguns ícones do jazz,tais como Wayne Shorter,Dave Holland, Jack DeJohnette, Chick Corea e,mais tarde, John McLau-ghlin e Keith Jarrett. Airtointegrou a grupo de MilesDavis por dois anos apa-recendo em "Live/Evil","Live at the Fillmore", "Onthe Cor-ner", "The Isle ofWight", "Bitches Brew" e,mais tarde, nas apre-sentações de Fillmore.Airto foi convidado paraintegrar a formação origi-nal do Weather Reportcom Wayne Shorter, JoeZavignul, Miroslav Vitouse Alphonse Mouzon, ten-do gravado com eles oálbum "The WeatherReport". Logo em seguidajuntou-se ao grupo origi-

nal Return to Forever deChick Corea com FloraPurim, Joe Farell e Stan-ley Clarke com o qualgravou os álbuns: "Returnto Forever" e "Light as aFeather". Em 1974 for-mou, com Flora Purim, asua primeira banda nosEstados Unidos: Fingers.Ficou conhecido duranteos anos 70 e 80, comoum dos percussionistasmais populares do mun-do. Seu domínio sobre osinstrumentos, aliado àsua habilidade em tirar osom certo no momentoexato, fez dele o númeroum na lista dos produ-tores e bandleaders. Seutrabalho com Quincy Jo-nes, Herbie Hancock,George Duke e PaulSimon, Carlos Santana,Gil Evans, Gato Barbieri,Michael Brecker, The Cru-saders, Chicago e muitos

O som brasileiro no exteriortem nome: Airto Moreira

Nascido em Itaiópolis, Sta. Catarina, a família mudou-se para Guarapuava depoispara Ponta Grossa, onde Airto aprendeu canto, piano, violino, bandolim e teoria

musical; em 1956, mudou-se para Curitiba. Em 1962 integrou o Sambalanço Trio,juntamente com César Camargo Mariano e Humberto Cláiber, entre 1966 a 1969

integrou o Quarteto Novo, com Theo de Barros, Heraldo do Monte e HermetoPascoal, e no fim dos anos 1960 vai morar nos Estados Unidos. Lá participou dagravação do álbum 'Bitches Brew', de Miles Davis na faixa "Feio" que o colocou

definitivamente no cenário da música internacional. Junto de sua esposa, a cantoraFlora Purim, gravou vários álbuns e co-produziu diversos trabalhos.

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outros, incluindo a partici-pação em trilhas sonoraspara o cinema, como em"The Exorcist", "Last Tan-go in Paris", "King of theGypsies" e "ApocalypseNow", representa apenasuma pequena parte dacontribuição de Airto paraa música nas últimas trêsdécadas.O impacto do seu tra-balho foi tamanho que arevista Downbeat passoua considerar a categoria'percussão' na votaçãodos seus leitores e críti-cos, na qual Airto foi ovencedor absoluto pormais de vinte vezesdesde 1973. Nos últimosanos, foi considerado o'percussionista númeroum' pela Jazz Time,Modern Drummer, DrumMagazine, Jazziz Maga-zine, Jazz Central Sta-tion's Global Jazz Pool naInternet, do mesmo modoque por várias publica-ções Europeias, Latino-Americanas e Asiáticas.Airto vem promovendo a

causa da música percus-siva em todo o mundo,como membro do "PlanetDrum Percussion Ensem-ble", juntamente comMickey Hart, baterista do"The Grateful Dead" queinclui também o grandeespecialista em tocarconga Giovanni Hidalgo eo virtuoso tablista ZakirHussein, do mesmo mo-do que Flora Purim, Baba-tunde Olatunji, Sikiru eViku Vinakrian, com oqual receberam o Gram-my em 1991, na cate-goria 'World Music'.Airto contribuiu aindapara o Grammy recebidopela Dizzy Gillespie'sUnited Nations Orchestrana categoria 'melhorálbum de jazz gravado aovivo'.O amor de Air to pelamúsica e pelo povobrasileiro o traz de voltaao Brasil todos os anospara visitar velhos ami-gos e parentes bem comopara render homenagemaos seus guias espirituais

e antepas-sados. Ain-da muito jo-vem envol-veu-se como espiritis-mo e costu-mava fre-quentar assessões com seu pai JoséRosa Moreira que foimédium espírita durantetoda sua vida. Seuinteresse vitalício noespiritismo levou-o agravar "The Other Side ofThis", uma exploraçãodos poderes de cura pelamúsica no mundo espiri-tual. Airto também com-pôs e tocou a sua "Bra-zilian Spiritual Mass" emum especial de duashoras para a TelevisãoAlemã, com a WDRPhilharmonic Orchestraem Colônia. Essa rarís-sima performance foiregistrada em vinil para oselo Harmonia Mundi elicenciada em vídeodistribuído em todo omundo.

Nosso artista atuou comomúsico convidado daBoston Pops Philhar-monic Orchestra em umespecial para a PSB TV etambém com o SmashingPumpkins no "Unplug-ged" da MTV, com ogrupo japonês de percus-são Kodo e no último CD"Exciter" do grupo Depe-che Mode.O disco de Airto Moreira"Killer Bees" para o seloMelt2000 que tem comoconvidados: Herbie Han-cock, Stanley Clarke,Chick Corea, Mark Egane Hiram Bullock foi umdos álbuns mais aclama-dos pela crítica no mer-cado europeu. Seu discosolo "Homeless", lançadoem 2000, é considerado

www.gope.net

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um álbum de alta energiacom ritmos tribais e con-tinua balançando o chãodas casas de dança emtodo o mundo. Outros lan-çamentos nesse seloincluem o grupo FourthWorld com José Neto eFlora Purim.Sua canção 'CelebrationSuite' foi remixada pelogrupo DJ Bellini Brotherse recebeu o título 'Sambade Janeiro'. Essa faixa fi-cou por muito tempo emprimeiro lugar na catego-ria ‘Dance Music’ em 26países da Europa, Ásia eAmérica Latina.Airto gravou um álbumcom o grupo japonês depercussão Kodo, no qualforam incluídas duas desuas composições: 'Mara-catu' e 'Berimbau Jam'.Maracatu foi escolhida

por ser uma das músicasoficiais da copa do Mun-do de 2002 e serviu co-mo tema da cerimônia deabertura do evento noJapão.Airto Moreira e Flora Pu-rim recebem, no Consula-do Brasileiro em LosAngeles (CA) no dia 06 desetembro de 2002, prê-mio do governo brasileiro- a Comenda do Rio Bran-co - como reconhecimen-to da sua importância pa-ra a comunidade musicalem todo o mundo e pelamaneira como vêm divul-gando o Brasil internacio-nalmente desde 1967.O artista brasileiro traba-lha com vários artistas egrupos que remixam assuas músicas, tais comoFrederic Galliano, GilesPeterson, Endemic Void,

Justice, Ashley Beedle,Circadian Rhythms,Jimpster, Amon Tobin,and Max Breenen, entreoutros.Por três anos Airto foi pro-fessor no Departamentode Etnomusicologia daUCLA, onde abriu novoshorizontes em termos deconceitos musicais eenergia criativa. O disco"Life After That" foi lan-çado pela gravadora Na-rada Records em 30 desetembro de 2003.Hoje, Air to divide seutempo entre gravações,workshops e shows,criando novos projetosbem como pesquisandonovos materiais parafuturas performances nosEstados Unidos, Europa,Ásia e América Latina.(Assessoria/internet)

ARTISTA/INSTRUMENTISTA/BATERISTA/PERCUSSIONISTA

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012PORTUGALAlberto Guimarães(correspondente em Portugal) [email protected]

Vitor Ramil regressou a Por-tugal no final de março, des-ta vez para apresentar oshow "délibáb". Com ele veioo violonista argentino CarlosMoscardini que depois deter gravado o álbum homô-nimo do show com VitorRamil, tem acompanhadoo cantor numa muito aplau-dida série de espetáculosno Brasil e no exterior. A ba-se do trabalho foi a poesia,transportada para a música,do argentino Jorge Luis Bor-ges e do gaúcho João da Cu-nha Vargas.Chegados de Paris, e antesde partirem para Lisboa, ocantor do Rio Grande do Sule o guitarrista portenho,conversaram com JG NEWSapós o show na Casa daMúsica, no Porto.

Vitor Ramil, como foi trazerpara a música o trabalhode dois poetas, que já vemcom toda uma musica-lidade nas palavras?São dois momentos: primei-ro o da composição que fizhá muito tempo, antes deconhecer o Carlos Moscar-dini. Depois o momento deambos vestirmos isso comos violões. O trabalho decomposição para essesmomentos foi muito natural.Jorge Luis Borges e o Joãoda Cunha Vargas são doispoetas muito diferentesentre si, mas muitomusicais. Borges jáescreveu esses poemaschamando-os de milongas.O livro de onde eles sãoextraídos se chama "Paralas seis cuerdas", ou seja,ele já via esses versos comose fossem milongas para

Vitor Ramil e Carlos MoscardiniSemeadura do sul

serem cantadas. Na intro-dução do livro já sugere quese leiam esses poemasimaginando que alguémtoca uma guitarra. Foi muitonatural para mim musicá-los. Comecei a musicarBorges quando eu tinhadezenove anos e aos vintee dois, vinte e três anos,compus para a poesia deCunha Vargas. Depois, nosanos 90 ganhei um livrodele e musiquei toda a obrade Cunha Vargas. Entãovem o momento em que eue o Carlos Moscardini nosencontramos. Porque eutenho uma maneira muitoparticular de tocar violão,de usar a afinação prepa-rada e também uma manei-ra bem brasileira, própria dacanção brasileira, eu acha-va que era importante tercomigo nesse trabalho umespecialista no gênero.Quando escutei o CarlosMoscardini tocando numdisco dele, pensei que seriao cara para me ajudar avestir essas milongas. Porisso a presença dele no"délibáb" é fundamental.

Carlos Moscardini, o quesentiu ao trabalhar comVitor Ramil a poesia deBorges e Cunha Vargas?Para mim foi um descobrir,achar um olhar, uma ma-neira de conceber a milon-ga de forma diferente doque ocorre na Argentina. Amilonga na Argentina tem jáuma estrutura muito tradi-cional e quase não há pro-postas novas para a músicada Llanura, da Pampa. Euescutei na musicalização doVitor uma busca similar à

que faço na guitarra. Elecom a sua forma de encarara canção, a voz, as melo-dias e as harmonias e eucom a guitarra, buscamosum olhar diferente para amilonga. Quando escutei asmúsicas do Vitor para ospoemas de Borges e CunhaVargas, me pareceu quepara o meu trabalho era umdesafio importante meencontrar com um músicodo Brasil para juntos sinte-tizarmos uma busca à voltada milonga.

Vitor, essa sua forma deencarar a música daArgentina é algo genera-lizado no Rio Grande doSul, devido à proximadegeográfica, ou é algoparticular seu?Eu acho que o que faço ébem particular mesmo. É aminha maneira de comporque se vem consolidandocom os anos. São algumasobsessões musicais que eutenho desde adolescente.Algo muito pessoal. Temmuita gente fazendo milon-gas lá no sul mas são coisasbem distintas, eu penso.Esse tipo de milonga queapresento no "délibáb", otipo de harmonização, amaneira de cantar, são mui-to pessoais.

Vitor, bem jovem, vocêcompôs Semeadura, umamúsica que mais tardeveio a ser gravada pelaMercedes Sosa. Umamúsica num formatodiferente das suas atuaismilongas, mas virada paraa América Latina, alémBrasil. Que músicas ouviacom 17 anos, quando es-creveu essa canção?Eu estava ouvindo músicalatino-americana, porqueera final da ditadura noBrasil, era o ano da Aber-tura, estavam chegandoAtahulpa Yupanqui, Merce-des Sosa… eu os ouviabastante nesse períodomas minha principal forma-ção era a música popularbrasileira dos anos setenta,quando criança e depoisadolescente: Caetano Velo-so, Chico Buarque, MiltonNascimento, Egberto Gis-monti, Gilberto Gil, essageração incrível. Elis Re-gina, a melhor cantora daépoca, Gal Costa… então foium período muito forte daminha infância e meusirmãos mais velhos eramtambém músicos. Aliás emminha casa éramos todosmúsicos. Meus irmãos leva-ram para casa discos dosBeatles e eu me tornei umbeatle-maníaco. Foi através

CarlosMoscardini

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JGNEWSABRIL/MAIO 2012 PORTUGAL ENTREVISTA

dos meus irmãos que ouvipela primeira vez AstorPiazzolla e "Adios Nonino".Meu pai era uruguaio, euouvia muitos tangos antigose isso ficou marcado naminha musicalidade, naminha maneira de compor.Gosto do formato dessestangos antigos. Mais tardeouvi outras coisas. MuitoMiles Davis, Bach. Tudo sevai misturando mas chegaum momento da vida que agente corre num rio meiosolitário com a nossa pró-pria música e ela mesmo sevai gestando.

Se pode dizer que nesserio reverbera sempre amúsica latino-americana?Sim, Por exemplo o Atahul-pa Yupanqui é um autormuito importante para mim.A postura dele, a relaçãodele com a música, aprofundidade e o carátermeditativo. Aquilo me mar-cou muito. A música paramim teria que ter aqueladimensão. Eu o vi ao vivo eme marcou aquela sensi-bilidade extrema, muitopróxima da poesia e da lite-ratura, um universo que euigualmente frequento jáque também escrevo. Parao Ataulpa Yupanqui averdade estava acima detudo. Aquele homem e oviolão eram uma coisa só.

Carlos Moscardini inter-vém:Para mim Yupanqui foi tam-bém um mestre da música.Desde pequeno que o escu-tava. Também há aí umnexo entre eu e o Vitor. Alémdisso escutamos da mesmaforma outras músicas. Eutambém ouvi Bach, Piaz-zolla, Bill Evans e MilesDavis. A informação, juntocom a música do lugar,

neste caso a milonga, criamuma fusão interior natural.Estas buscas quando seprocessam naturalmenteproduzem estes encontros,afinidades. Há conexõesentre eu e o Vitor que nãotêm só a ver com a regiãomas também com a aber-tura artística.

Vitor Ramil prossegue:Nós dois somos pessoasabertas. Venho mais doterreno da POP do que oCarlos mas ele tambémouviu muito Jethro Tull eoutras coisas do rock. Entrequem toca milongas eoutras músicas tradicionais,é frequente encontrar pes-soas presas a preconceitoscom os demais gêneros. Amilonga, durante muitotempo, esteve vinculada àsquestões do folclore, quasecomo um gênero do passa-do. E, nós estamos a fazera milonga como uma mú-sica contemporânea, tocan-do como quem passa asmãos pelo violão e cantaalgo dos Beatles, com essanaturalidade, sem chegar àmilonga tocada com a sole-nidade de uma peça folcló-rica. Quando fazemos isso,colocamos, então, toda es-sa carga de liberdade artís-tica e musical que se apren-deu ouvindo Miles Davis,John Lennon ou Bach.

Carlos Moscardiniconclui:Resgato o tradicio-nalismo, que consi-dero importante. Mascom uma forma decuidar como na arqui-tetura. Tem de haverquem trate dos edifí-cios antigos para queeles não desapa-reçam mas tambémtem de existir gente

que continue as bases dacultura das construções,acrescentando coisasnovas, caso contrário ascidades tornam-se museus.E a música popular nuncaé um museu, tem de mudarcom as pessoas. É neces-sário isso, senão morre.

Vitor Ramil, depois de"délibáb" o que se segue?Estou gravando um CDduplo, simples e grandeporque são trinta músicas.Vai sair paralelo ao song-book com 60 músicasminhas, mais canções doque milongas já que nãovou gravar material do"délibáb" que é recente.Vou, por exemplo, incluir o"Estrela, Estrela" e irão par-ticipar amigos como o Car-los Moscardini, o SantiagoVazquez e o Marcus Suza-no. O Ney Matogrosso vaicantar uma música comigo,bem como os meus irmãosKleiton e Kledir. Também omeu filho Ian Ramil, queestá gravando seu primeiroCD este ano, vai cantarcomigo.

Sai quando?Será lançado no segundosemestre. O songbook devesair em agosto ou setembro.Eu comecei a gravar o discoem Buenos Aires, agora vol-to para lá, faço a segunda

parte, depois vou ainda aoRio e Porto Alegre continuara gravar.

Vitor, além de se dedicarà música, você tambémescreve…Publiquei dois romances eum ensaio. "Pequod", meuprimeiro livro, foi lançado naFrança, em 2003 e nessemesmo ano dei uma pales-tra em Genebra, na Suiça,chamada "Estética do frio",que depois virou um livrobilingue, e mais recente-mente lancei outro romancechamado "Satolep", anagra-ma de Pelotas, que é minhacidade. E já entreguei à edi-tora um livro novo que nãosei ainda se sai no segundosemestre deste ano ou em2013. Me divido entre amúsica e a literatura. E en-tre dois formatos que vão a-cabar: o livro e o CD. Souum artista fadado a não tersuporte daqui a pouco.(rsrs)

Fica a incógnita emrelação ao que se passaráno futuro quanto aossuportes, quer com Vitor,quer com todos os mú-sicos e escritores, mas nãorestam dúvidas que opúblico português seencantou com a música deVitor Ramil e CarlosMoscardini.

Vitor Ramil

Foto: Ana Ruth

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JGNEWS ABRIL/MAIO 2012ARTISTAS, LANÇAMENTOS Antonio Braga

O empresário, também cantor,compositor e produtor musical,Sorocaba, da dupla Fernando eSorocaba, dirige o escritório FSProduções Artísticas que cuida dacarreira da dupla além das de outrosartistas, tais como: Tania Mara,Inimigos da HP, as duplas: Thaeme &Thiago e Jeann & Julio.O recém lançado CD e DVD "Ao vivona Ópera de Arame" gravado acústico,com músicas inéditas (exceto TeusSegredos, que já fora gravada em outrotrabalho), mostra bem o trabalhodesse incansável artista que não párade compor sucessos, tanto para suadupla quanto para outros artistas.Embora tenha sido divulgado quetrata-se de um produto em 3D (atecnologia usada é a Mappin 3D), ondeefeitos de ilusão de ótica (coisas demágico) forjam o cenário, dando aimpressão de ser 3D, é na verdade umproduto DVD simples porém bembolado, muito bem pensado earquitetado.Conhecido como um autor de grandessucessos, o "Ao vivo na Ópera deArame" foi o trabalho no qual a duplamais gravou músicas de outros

compositores - cinco faixas. Masnão fica por aí a novidade... estetrabalho vem com participaçõesespeciais de Luan Santana quedivide o palco na canção"Everest", depois a dupla Thaeme& Thiago que colabora na faixa"Perdeu" e o grupo Inimigos daHP que entram na faixa "TáTirando Onda". A primeira músicade trabalho do disco é a faixa "ÉTenso", que, segundo consta, jáé hit em várias rádios tocandoem primeiro lugar.O novo DVD de Fernando &Sorocaba é editado pela JKF,editora que Sorocaba abriurecentemente. Anteriormente oautor era editado pela Pantanal,Rede Pura e Universal Publishing. AJKF também edita obras de outroscompositores. É sempre bom lembrarque além dessas empresas, Sorocabatambém tem participação no escritóriode Luan Santana onde acumula aprodução e a escolha do repertório doartista, sempre com hits emplacados.No segundo semestre esses doistalentos pretendem lançar mais umafaixa com participação especial e

Sucesso da duplaFernando e Sorocaba

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vídeo clipe, para incentivar os acessosvia internet.A dupla que mais vende discos noBrasil e mais hits emplaca, descobriusem dúvida o caminho do sucesso.Irreverentes e talentosos, tocam piano,violino, violão; escrevem sobre coisasque o povão gosta de ouvir e fazemum show hollywoodiano, com efeitoscinematográficos.

Guilherme ArantesGravações inéditas de vinte grandescantoras brasileiras serão conferidasem "A Voz da Mulher na Obra deGuilherme Arantes", CD que presta

homenagem aum dos maiorescantores e com-positores de nos-sa música. O pro-jeto será lançadoinicialmente nainternet (via iTu-nes), depois naslojas. Lançadopelo selo JoiaModerna, o re-

pertório conta com "Amanhã" (comÂngela RoRo), "Planeta Água" (Fafá deBelém), "Cheia de Charme" (SilviaMachete), "O Melhor Vai Começar"(Marcia Castro), "Locas Horas"(Verônica Sabino), "Meu Mundo eNada Mais" (Zizi Possi), Tiê e DanielaProcópio cantando respectivamente oshits "Pedacinhos" e "Canção de Amor.

Iron Maiden “En Vivo’O CD duplo, DVD e Blu-ray trazem oregistro de um show histórico do IronMaiden no Estádio Nacional, emSantiago, no Chile, realizado em abrilde 2011, durante a "Round The World

In 66 Days", uma perna da turnê "TheFinal Frontier World Tour". O concertoda banda inglesa foi filmado digital-mente por 22 câmeras em alta defi-nição e uma "octocam" (câmera voa-dora que cap-ta cenas aére-as). O disco 2,do DVD, con-tém docu-m e n t á r i o"Behind TheBeast", de 88min., produ-zido pela pró-pria equipe dogrupo.

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A pop star Madonna quebrouo recorde de Elvis Presleynas paradas britânicas comseu novo álbum, "MDNA".A rainha do pop bateu o recordedo rei do rock Elvis quando "MDNA"alcançou o primeiro lugar nasvendas de álbuns, sendo o 12ºálbum da cantora a conseguir estaposição. Agora, Madonna é oartista solo com o maior número deálbuns em primeiro lugar no ReinoUnido, segundo a Official Charts,empresa que contabiliza as vendasde álbuns.

K e l l yClarkson eJ e n n i fe rL o p e zjunto comM i c h e lTelóA presença

da cantora norte-americana KellyClarkson foi confirmada nestasegunda-feira (16) para o PopMusic Festival 2012, atraçãomusical que ocorrerá no dia 23 dejunho em São Paulo e no dia 27 dejunho no Rio de Janeiro. Tambémconfirmados Michel Teló e JenniferLopez, marcando a primeiraapresentação da cantora no Brasil.Além da participação no Pop MusicFestival no Rio de Janeiro e em SãoPaulo, Jennifer Lopez ainda seapresentará em Fortaleza no dia 30de junho e em Recife no dia 1 dejulho.

GAL COSTA "Recanto""Gal é uma das mais emblemáticasfiguras da música popular brasi-leira moderna. Foi 'A' cantora tropi-calista por excelência: lançou"Baby" e defendeu "Divino,maravilhoso" no festival de 1968.Depois que Gil e eu fomos presose exilados, ela segurou a estéticaousada do grupo baiano (que tinhase associado aos paulistas Mutan-tes, Duprat, Medagspana etc.) emespetáculos como 'FaTal', 'Gal aTodo Vapor'. Seu nome batizou otrecho de praia mais badalado deIpanema dos anos 1970. Ela foiconsiderada por Danuza Leão amulher mais elegante do Brasildaquele tempo.Mais tarde, com 'Gal Tropical','Índia', 'Cantar' e uma sucessão dediscos e shows inesquecíveis, elaenriqueceu o imaginário brasileiro.Gal é pessoa colada a mim. Desdeque nos encontramos que nossoculto radical a João Gilberto nosaproximou a ponto de quase nãoprecisarmos (nem conseguirmos)conversar nada. Ela é a voz de "Mi-nha voz, minha vida", a mulher sa-grada de "Vaca profana", o apare-lho vocal de "Meu bem, meu mal".Tom Jobim disse até morrer que elaera sua cantora favorita. E pra mimela é ainda a menina que conheciporque gostávamos de bossa nova.A grande plasticidade de seu estilode cantora se deve ao entendi-

mento instintivo do "cool" que elateve desde o início. É isso que fazcom que ela soe bem com Donato,com Lanny, com o Olodum ou comKassin. Há uns 3 anos que sonhoem fazer um grupo de canções sópara ela gravar. Vi um show seu emLisboa um ano e meio atrás edecidi realizar esse sonho. Compuspensando na voz dela e em progra-mações eletrônicas. Tem até faixa100% acústica neste disco, mas ossons eletrônicos predominam.Senti necessidade de dizer justoessas coisas através dela. Vi queela e eu podíamos fazer soar umobjeto não identificado que tivessea ver com tudo o que essencial-mente somos. Por mim, este discoé dedicado a Maria Bethânia e Gil-berto Gil, por razões que deveriamser óbvias. Moreno, afilhado dela,o fez comigo. Kassin foi o progra-mador mor. Mas também tivemoso Duplexx, o Rabotnik e Zeca Lavig-ne Veloso. É a vida, dolorosa e pra-zerosa como ela é. É a música, quetanto Gal quanto eu tangenciamose adoramos". Caetano Veloso

Hamilton de Holanda eStefano BollaniOs dois jovens artistas da 'worldmusic' se apresentaram no maisnovo espaço multicultural do Rio deJaneiro, o Miranda. A estrela doJazz europeu, o italiano StefanoBollani, amante da música popularbrasileira, depois de lançar seudisco intitulado 'Carioca' encontrouno premiado e inovador bando-linista Hamilton de Holanda seu

par perfeito para se aprofundar namúsica brasileira. Hamilton jádividiu palco com outras ferascomo John Paul Jones (do LedZeppellin), Elias Uchoa, BarbaritoTorres, Chucho Valdez, MariaBethania,Seu Jorge,Diogo No-gueira, en-tre muitosoutros.

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Potência de áudio com design decatálogo do MoMA Além de fazer parteda coleção permanente do Museu deArte Moderna de Nova Iorque (MoMA),o Soundsticks III, da Harman Kardon,conta com subwoofer amplificado de15 cm e 20 watts e oito falantes full-range divididos em duas colunas com10 watts cada. Trata-se de um sistemade computer speakers e compatívelcom outros dispositivos como: mp3players, smartphones e tablets atravésde um cabo p2 incluso.Ícone de umanova concepção estética, este sistema2.1 multimídia oferece reproduçãorealista de som capaz de preencher oambiente com desempenho de gravesfora de série, controles de volumesensíveis ao toque e controle devolume dos subwoofers satélites comângulos ajustáveis. Para conhecer oSoundsticks III, visite o sitewww.harmankardon.com. Mais infor-mações pelo e-mail: [email protected] empresa Harman do Brasil(www.harmandobras i l . com.br )desenvolve, fabrica e comercializauma ampla linha de soluções de áudioe de infotainment para o mercadoautomotivo profissional e consumidor

final. Apoiada por suas marcas líderes,entre elas AKG®, Harman Kardon®,Infinity®, JBL®, Lexicon® e MarkLevinson®, a empresa é admirada poraudiófilos há mais de 50 anos erespeitada por profissionais doshowbusiness pelo desempenho de

Afinal, o que é isso? Umalienígena? Um robô?Ou apenas um belíssimoaparelho de som?

Fred Hammonmd - novo CDLove, God & Romance - FredHammond tem sido um pioneiro em

seus equipamentos. Hoje aproxima-damente 20 milhões de automóveisestão equipados com sistemas deáudio da Harman. No mundo, a em-presa conta com mais de 11 mil cola-boradores distribuídos nos mercadosdas Américas, Europa e Ásia.

toda a sua carreira de 30 anos.Fundou a banda Lendária Commis-sioned, na década de 1980; nos anos90 inaugurou o louvor urbano e ado-ração, abrindo caminho para artistascomo Israel Houghton e Tye Tribbett.O novo álbum, lançado pela SonyMusic, GOD, LOVE & ROMANCE , Ham-mond continua abrir novos caminhospara o gênero Cristão . O CD 1 é umconjunto de canções de amor:namoro, romance e amores perdidos;o CD 2 traz na alma os agitos daGospel Music.

Sony Music lança projeto especialpara rádiosO departamento de marketing da Sony

disponibiliza nova ferramenta paraajudar na divulgação dos seus con-teúdos junto às rádios, trata-se dosistema Promo Tool. A cada lança-mento é possível criar uma "cam-panha" e disponibilizar: vídeo, áudio,releases, fotos e farto material dedivulgação. Ao serem enviadas, essascampanhas chegam através de e-mails personalizados que possuemum link para um "E-card" e outro paradownload, onde poderá baixar todoconteúdo. O Promo Tool é um sistemamoderno, simples e adaptado à reali-dade das gravadoras. Além de fazer atransferência de dados o sistemaidentifica os parceiros interessados.

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