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JGNEWS NOVEMBRO 2012 Foto Rubens Cerqueira

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MAGAZINE OF THE MUSIC

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Foto Ru

bens C

erqueira

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JGNEWSNOVEMBRO 2012

EXPEDIENTE

EditoresAntonio Bragae Jorge Piloto

ColaboradoresNido Pedrosa, VivianeMarins, Elias Nogueira,Alberto Guimarães, Már-cio Paschoal, Robson

Candêo.

Rio de JaneiroViviane Marins:(22) 8828-0041(21) [email protected]

Bahia

Os artigos assinados são deresponsabilidade de seus au-tores.

Jorge PIloto(71) 8299-5219 claro / 9171-8911 TIM / 8647-7625 [email protected]

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Redação:Rua Soldado ErnestoCoutinho, 10 - Saquarema /RJ - CEP. 28.990-000

ROCK DO BOM, DE VOLTA AOS PALCOS

A estreia da turnê "+ 1 Dose" na FundiçãoProgresso marca o retorno da banda BarãoVermelho que comemora 30 anos doprimeiro disco!A Fundição Progresso ficou pequena,no sábado, 20/10. A platéia foi aodelírio quando Frejat (guitarra e voz),Guto Goffi (bateria), Rodrigo Santos(baixo), Fernando Magalhães (guitar-ra), Maurício Barros (teclados) ePeninha (percussão) pisaram no palco- a terra tremeu! Eram por volta das 2horas da manhã, já no horário deverão, quando Frejat e sua turmaderam início ao show com "Por que agente é assim?", seguida e seminterrupção, de "Ponto Fraco" e "Pensee Dance". Sucessos não faltaram:"Cuidado", "Bete Balanço", "Maior

Abandonado", "Puro Êxtase", "Pro DiaNascer Feliz", "Por Você", "O poeta EstáVivo", "Na Calada da Noite", dentreoutras marcaram presença. O Barãofez um passeio tocando seus clássicosemblemáticos. Também, três músicassolo de Cazuza estavam no repertório:"O Tempo Não Para", "Codinome BeijaFlor" e "Todo amor que houver nessavida". A Surpresa da noite ficou porconta da entrada de Dé Palmeira(primeiro baixista da banda) para fazeras músicas "Bilhetinho Azul" e "TodoAmor Que Houver Nessa Vida",empunhando um violão ao lado deFrejat. Dé retornou no final, comguitarra, em "Pro Dia Nascer Feliz".Para encerrar, o Barão Vermelhoarrebentou com "Satisfaction", The

Rolling Stones - isso lá para as 4 horasda manhã de domingo!Antes de isso tudo acontecer: OsAutoramas: Gabriel Thomaz - naguitarra e voz, Flávia Couri - no baixoe voz e Bacalhau - na bateria, abriramcom muito rock - show do mais novoCD "Música Crocante". Pena o som nãoestar devidamente equalizado.Mesmo com uma performanceimpecável do trio, foi possível perceberesse detalhe técnico.Os fãs do Barão poderão reviver ecelebrar com o lançamento do CD quevai para as prateleiras em ediçãocomemorativa.A turnê, "+ 1 Dose" passará pelasprincipais capitais do país até marçodo ano que vem.

+ 1 Dose de Barão+ 1 Dose de BarãoElias Nogueira

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Robson Caffé, é umguerreiro que usa sua artepara melhorar a vida daspessoas. Nessa pauta, re-vela sua trajetória e recordaos pormenores de suacarreira:

Caffé, como foi que acon-teceu de você se interessarpela bateria?Sempre soube que um diaseria músico. Desde criançagostava de ver videoclipesde bandas e ficava cantandonum inglês que eu inven-tava, as letras. Sentia queeste envolvimento com aarte falaria mais alto, só nãosabia como. Comecei aestudar violino no Conser-vatório de Artes de Brasília,ligado à Escola de Músicada UnB. Estudei por trêsanos, sendo um ano decurso teórico, um ano desolfejo, onde conheci instru-mentos como flauta doce etransversal e depois oviolino. Minha carreira comomúsico erudito terminouneste ano, quando tivecontato com o violão e des-de então um novo universose abriu para mim. Este erao instrumento que faria umaconexão com toda a parterítmica com a qual meenvolveria. Assim, vindo deuma descendência demúsicos, aos poucos fui medescobrindo até que a

curiosidade pela música setransformasse em umagrande paixão, percebidapor todos, quando partici-pava de diversos gruposinfantis e corais na escola ena igreja, onde já me des-tacava entre todos pelafacilidade em aprender atocar vários instrumentos.Gostava muito de cantar ede acordo com os regentesdos corais que participei,tinha uma percepção mu-sical e trabalhava com adivisão de vozes que eraincomum nas crianças daminha idade, mas meumaior destaque era a criati-vidade rítmica, que no futuroseria fundamental na esco-lha de meu instrumentodefinitivo - a bateria.O envolvimento com a ba-teria aconteceu após umacontecimento que se tor-naria um marco em minhavida: Ainda em Brasília,morava no mesmo prédioonde também funcionava oestúdio de ensaio de umabanda de grande projeçãona época. Os músicos destabanda me viram carregandoo violino durante muito tem-po, e daí nasceu uma ami-zade. Comecei a frequentaros ensaios da banda. Ofascínio pela bateria erainegável, logo comecei aaprender os primeirosritmos, passados pelo bate-

rista através de cópias deantigas partituras e de seusmomentos de estudo. Gra-ças ao meu conhecimentoteórico adquirido durante oestudo da música erudita,tudo se tornou mais fácil.Algum tempo depois, memudei para Goiânia e co-mecei a tocar nas equipesde música da igreja e em1986 surgiu o dilema queseria o divisor de águas emminha carreira musical: Queinstrumento seria definitivoem minha vida? Um demeus tios, baixista naequipe de música da igreja,me incentivou a estudarbateria. Minha tia, regentede coral e minha mãe,apaixonada por música, meincentivavam a estudarviolão (instrumento quenunca abanonei).Mas a insistência do meu tiobaixista, irmão caçula daminha mãe falou mais alto:Nos tornamos a "cozinha"mais requisitada entre asequipes de música da igrejae com isso, participamos devárias equipes de louvor, oque me motivou a aperfei-çoar meu aprendizado. Foiquando me matriculei no'Stúdio - Centro de Música',ligado ao Clube do Choro,onde tive a oportunidade de

estudar ritmos brasileiros elatinos, além de aperfeiçoarminha leitura musical, agoratotalmente direcionada àbateria.

E como foi sua trajetória nocenário gospel ?Com o passar do tempo, par-ticipando de várias equipesde música ligadas à igreja,senti a necessidade de ir embusca de maiores oportu-nidades no meio musical.Com isso, em 1991, formeicom outros dois amigos abanda gospel "MatériaPrima", com quem graveiseis discos durante os oitoanos de existência dabanda. Na trajetória da"Matéria Prima", pude cons-

Na batida forte de Robson Caffé

Foto Deco Hamoui

Foto Eduardo Luderer

Foto Bruno Rebelo Polengo

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truir bons relacionamentose tive excelentes referênciasque me permitiram parti-cipar de inúmeros trabalhosacompanhando vários artis-tas de renome nacional einternacional como GrupoMILAD, Quarteto VIDA,Expresso Luz, CarlinhosVeiga, Alda Célia, KléberLucas, Ministério Comu-nidade Cristã, Asaph Borba,Brother Simeon, NádiaSantolli, Orquestra Cristã deBrasília...O envolvimento com estesartistas me trouxe a felizoportunidade de gravarvários discos e a participarde turnês por, praticamente,todos os Estados brasileiros,alguns países da América doSul e também nos EstadosUnidos.

Quanto ao aperfeiçoamen-to e cursos de extensão

musical...Nunca me considerei eainda hoje não meconsidero um bom músico.Mesmo sendo reconhecidono cenário da música cristãcomo multi-instrumentista ecantor, senti a necessidadede ir mais além em minhatrajetória musical e comeceia trabalhar compondo egravando trilhas sonoras,jingles e spots publicitários.Nesta época, cheguei aparticipar de algumas cam-panhas publicitárias premia-das com o título "Profissio-nais do Ano" da Rede Globo,além de outros prêmios dapublicidade local.Tudo isso me deixava muitofeliz e orgulhoso, por fazerda minha arte, também meumeio de sustento. Por isso,decidi investir em adquirirmais conhecimentos. Foiquando tive a oportunidade

de participar de algu-mas edições do "CursoInternacional de Ve-rão" promovido pelaEscola de Música deBrasília, onde tive afelicidade de ter con-tato com músicos co-mo Zé Eduardo Nazá-rio, Kiko Freitas, AlexAcuña, dentre outros.Com o conhecimentodidático adquirido e a

paixão pelo instrumentoainda maior, me senti moti-vado a começar a lecionarbateria e teoria musical emalgumas escolas de músicade Goiânia, onde em umadelas, aceitei o desafio detrabalhar com alunos porta-dores de necessidades es-peciais. Tive a oportunidadede trabalhar com métodosque envolviam psicomotri-cidade e inicialização mu-sical, visando a inclusãosocial destes alunos atravésde oportunidades de desta-que e reconhecimento deseus talentos musicais emespaços que transcendes-sem as paredes da escola.Toda a carga emocional ebagagem técnica adquiridosdurante este período memotivaram a trabalhar comovoluntário em atividadesligadas ao projeto "Amigosda Escola", onde fizworkshops e oficinas demúsica para crianças e pré-adolescentes em escolas darede pública de ensino.

Como foi sua experiênciacom as gravadoras...Em 1997, formei com umamigo da época dos primei-ros grupos musicais da igre-ja, a banda pop "Laia Vunje",que devido ao sucesso deseus singles de rádio, foicontratada pela Abril Music.Foram sem dúvida grandesmomentos de minha carrei-ra, quando a música "Sexta-

Feira" foi tema da novela"Tiro e Queda" da RedeRecord e seu videoclipeincluído na programação decanais como MTV eMultishow.Com a Laia Vunje pudenovamente viajar por todo oBrasil, chegando a abrirshows de bandas comoTitãs, Pato Fu e Gabriel, oPensador. Na Laia Vunje,tive a oportunidade de tra-balhar ao lado de FernandoPalau, então tecladista dabanda de Reggae "Natiruts",com quem criei fortes laçosde amizade e com quemassinei a co-produção devários outros projetos emestúdio.No final de 1999, meu tem-po com a "Laia" chegaria aofim, mas não a amizade como Fernando Palau, comquem continuei gravando eproduzindo trabalhos. Tran-sitando nos corredores deestúdios de gravação conhe-cemos os irmãos Max eRegis Bennett e recebemoso convite para integrar o"EX4 - Exatamente qu4tro",onde permaneço há 9 anos(a banda tem 12). Participeide 3 dos 5 álbuns lançadose pude novamente experi-mentar o que é fazer partede uma banda com uma gra-vadora. Foi assim durante arápida passagem da bandapor grandes gravadorascomo Sony Music, SEVEN/Universal Music e passagenspor programas de TV como"Caldeirão do Huck" e "MaisVocê" da Rede Globo, "RaulGil", "Pra Você" além devários outros programas ememissoras em todo o Brasil.Mantemos média anual de100 shows e tivemos oprivilégio de ter videoclipecomo o que mais tempopermaneceu entre os 5 maisvistos no site da MTV.Em 2008, devido à expe-

Foto Deco Hamoui

Foto Deco Hamoui

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riência com o projeto "Ami-gos da Escola", formatei oprojeto "EX4 nas Escolas".Já estamos no quarto anodeste projeto e já rece-bemos por dois anos conse-cutivos o "Certificado deMérito Cultural" da Secre-taria de Cultura do Estadode São Paulo e um Certifi-cado de Honra ao Mérito da

Polícia Militar do Estado deSão Paulo.

Como aconteceu seu en-volvimento com marcas,endorsements etc?Fui convidado a participarde alguns testes de pro-dutos da Orion Cymbals,que depois de alguns anosme convidou a fazer parte

de seu cas-ting de en-dorsees. Issoabriu portase hoje tenhoo prazer deatuar comoc o n s u l t o rtécnico dasB a q u e t a sALBA, Caixasde AcrílicoHUTCH, Tri-xom (Caixasde bateria

customizadas), além de serendorsee das peles EVANSe das baterias PDP by DW -Sendo estas duas últimas,marcas internacionais.

E a história com a DW DaysBrasil ?Como fã do grande bate-rista Chester Thompson(Frank Zappa, Genesis, Phil

Collins, Ron Kenoly), fiqueiem êxtase ao saber da rea-lização do evento de aniver-sário dos 40 anos da DW.Como já tinha uma parceriacom a importadora, me ofe-reci para trabalhar comotradutor, com a condição depoder passar uns minutosao lado do meu ídolo. Po-rém, com a greve nos con-sulados brasileiros no mun-do todo, um dos partici-pantes do evento teve pro-blemas na entrega de seupassaporte e sua vinda parao Brasil ficou inviável. Comoo formato do evento erasempre com três bateristas,fui convidado para ser umdos três, recebendo estepresente como uma dádiva:Olhar para o lado e ver obaterista do Phil Collinsrindo e curtindo o meu som,não teve preço.

Chester Thompson, Marco Minnemann, e Robson Caffé.

Foto Eduardo Luderer

MATÉRIA DE CAPA

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Seguindo o vitorioso projetode gravar clássicos dosStones mundo afora, osaxofonista Tim Ries vemcom a segunda parte doseu Stones World Project.Os quatro remanescentesdo grupo, Mick, Keith,Ronnie e Charlie, mantêmparticipações especiais nosdois cd's: Keith solou noJapão, com Bernard Fowlernos vocais na ótima "Babybreak it down"; Mick tocouharmônica e Ronnie gui-tarra lap steel em "HeyNegrita"; Charlie fez acozinha com Anna Mouraem Lisboa com "BrownSugar", entre outras meno-res inclusões.O show começa com acitada "Baby Break it down",depois a clássica "Under mythumb" com pegada rum-bística: ("bajo mi control lamujer qui me dominó"), muyesquisito, hermano. Grava-da em Porto Rico, destaca-se o trompete de BrianLynch e os vocais de Her-man Olivera. O AfricanTuareg dá um show em "HeyNegrita". A faixa "No

AS PEDRAS ROLAM PELO MUNDOexpectations" traz a guitarraportuguesa de CustodioCastelo e a acústica deJorge Fernando sombre-ando os vocais de AnnaMoura. "Take me to thestation and put me on atrain" dá lugar a ("o frio quese esconde em mim..prenda-me em teus braços,levanta-me ao céu, aperta-me os laços...) ficou bárbarona versão lusitana. O sax deTim em contraponto com asguitarras são de uma belezaà parte. "Miss you" vem como piano jazzístico bem tem-perado de Franck Amsalleme os solos rápidos daguitarra de Frederick Fa-varell. Já "Fool to cry" tem avoz de Fowler em perfeitacombinação com o saxsoprano de Tim Ries. Sen-sacional. Ambasgravadas em Pa-ris. A seguir, agravação nova-iorquina de"You can't al-ways get whatyou want", com direito àbateria de Jack Dejohnette.Também gravado em Nova

York, o primeiro CD encerracom a grandiosa festa "Saltof the Earth", numa come-moração de sons e estilos:Lisa Fischer em inglês,Magos Herrera em espanhole português e Fatma ElShibli em árabe e francês.Uma babel ecumênica.O segundo CD abre com afase espanhola, defla-grando um "Jumpin'Jack Flash" aosabor da guitarraflamenca de Ma-rio Montoya, paracompletar com osuave jazz de"Angie", ao fun-do o indianoBadal Roy nastablas. Nat r a v e s s i ajaponesa,

LANÇAMENTOS COMENTADOS DE MÁRCIO PASCHOAL NOVEMBRO 2012

www.iatec.com.br

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"A Funky number" traz impro-visações de Ries, ao lado deKazumi Watababe e Keith nasguitarras. O disco encerra noBrasil com participação discre-ta de Milton Nascimento, vo-cais de Marina Machado, eKiko Continentino no piano, naclássica "Lady Jane" .O que pode querer mais umadmirador dos Stones? Umprato cheio, onde os hits deJagger & Richards ganhammais uma diferente roupagem,

com uma toada direcio-nada ao jazz e im-

proviso. Provan-do, assim,que o mun-do ainda éuma aldeia

stoneana. Ep o d eh a v e rc o i s amelhorq u e

o u v i rA n n a

Moura eC u s tod io

C a s t e l onum "Brown

Sugar" que se meta-morfoseia em um "estranhoaçúcar, por que me sobesbem?". Não tem preço.

NOVEMBRO 2012

Outro projeto bem interessante nasceu deum livro sobre as viagens para o interior deMinas, do poeta e letrista Felipe Cerquize.Impressões recolhidas, a atmosfera dascidades, o jeito simples e encantado, tudoisso transposto para as letras, musicadaspor Tavito e Heitor Branquinho, ou emparcerias com Marcio Borges, FernandoBrant, Murilo Antunes e Célio Mattos. O CD"Minas Real" tem a produção de CláudioNucci e Giovanni Bizzotto. Cerquize optoupor convidar um intérprete diferente paracada canção (5 no total). Assim, RenatoBraz, Dea Trancoso, Mauricio Maestro,Paula Santoro e o próprio Nucci dão voz àideia do poeta. Para adquirir o CD é sóentrar no facebook e procurar pelo nome de Cerquize, que ele garante ser oúnico.

Ainda na esfera das improvisações certeiras destaco também o CD"CosmeDamião", de Fernando Moura e Ary Dias. O título quase diz tudo. A duplaencara o desafio das harmonias arriscadas e das divisões rítmicas, e o resultadoé ímpar. O carioca Fernando é pianista de formação erudita e "desencaminhou-se" para o popular. Ary é baiano e tocou com a Cor do Som. Os dois emprestamclasse e suíngue nas 13 faixas dodisco. Uma rumba de Chick Corea e"Água de beber" de Tom e Viníciusestão excelentes. As autorais deFernando Moura caem super bem,notadamente a melodia de "Pedra doLeme", a levada em "Tudo piano" e apercussão em "CosmeDamião". Aúnica parceria da dupla, "Afro bebê",livremente inspirada num ponto decandomblé, tem um bônus de faixaextra. Vale conferir. Vendas tambématravés do site www.tratore.com.br.

www.gope.net

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A Editora Nonoar tem um catálogo diverso apostando na qualidade e na originalidade de seus títulos e projetos.Andrei Mikhail empresário e dono da Nonoar é um jovem talento que com 25 anos de idade já começa adespontar no mercado das artes como um dos mais bem sucedido da nova geração. Desde muito novo Andreibuscou em tudo que fazia, a poesia, as letras... Tudo sempre foi vivo no escritor que recentemente lançou olivro "Sintaxe do Desaprendizado ou A Volúpia da Rosa".Nascido em Brasília e radicado no Rio de Janeiro, desde a infância, recebeu a revista JG News em suaresidência, na Zona Sul do Rio de Janeiro para um bate papo.

Por Elias Nogueira

Ideia de fazer uma EditoraAconteceu quando fui pu-blicar meu primeiro livro enão achava uma editorainteressada. Livro de poe-mas, "O Tocador de Lira".Resolvi fazer uma ediçãoindependente, mas quandofui tirar o ISBN poderiacadastrar-me como autor oueditor. A primeira opção medava o direito de publicarlivros apenas de minhaautoria e a segunda opçãocorrespondia a um cadastrode editor. Nesse impasse,conversando com o amigoFrancisco Cerqueira, donode indústria gráfica, abri aeditora.

Livros lançados"Entre quartos ruas e cafés:

Imagens da poesia homoer-ótica de Kaváfis", esta foi àpublicação da tese de dou-torado da professora Fer-nanda Lemos de Lima.Editei o livro de poemas "Es-paço Poesia" de BeethovenAlvarez, professor de Latimna UERJ. Depois lançamosa tese de doutorado doGuilherme Zarvos "Brancosobre branco" contando ahistória do CEP 20.000. Aícomecei a aprender algumacoisa sobre livros e poesiamarginal, com o bruxo,Guilherme Zarvos! Esselivro, em co-edição com oAteliê Editorial, do PlínioMartins Filho, editor daEdUSP, nos rendeu umamatéria de duas páginas nosegundo caderno do jornalO Globo, também em oca-sião dos 20 anos de CEP

20.000. Em 2010 lanceimeu segundo livro, tambémde poemas, "Sintaxe do de-saprendizado, ou a volúpiada rosa". Depois vieram"Memórias de Abacate", livrode contos de Danilo Crespo,estudante de letras da UFFe "Não tarda a sua vez:rorídulas" do poeta RodBritto. Este último foi lança-do no mesmo dia que o livro"Lições educacionais paraTintum", último livro depoemas de Gui-lherme Zarvos esegundo publi-cado em nossacasa editorial. Oúltimo título é ocarro-chefe daeditora, "A influ-ência da culturahispânica no Bra-sil", com entre-

vistas inéditas de AntônioHouaiss, João Cabral deMelo Neto, Darcy Ribeiro,Eduardo Portela e outros. Aedição é bilíngue e contacom o prólogo do nossoamigo, primo da entre-vistadora Conchita Domin-go, o ex-presidente daUNESCO, Federico MayorZaragoza.A editora é uma parte daNossa Nova Arte, que é aempresa que fundei em

A LITERATURA É A ALMA DA CULTURALITERATURA

www.astralmusic.com.br

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JGNEWSNOVEMBRO 2012 LITERATURA

2007 e que além de editorafunciona como produtora deeventos e de audiovisual ecomo escritório de arte.Tenho uma coleção aindainsipiente, mas que contacom obras de artistas jovensque estão se valorizando eque começa a desenvolver-se como uma coleçãoampla e interessante: http:// w w w . n o n o a r . c o m /index.php/galeria/por t-folio/Sou o editor e responsávelpelo desenvolvimento doramo editorial, Pedro Sa-lazar e Filipe Tomassini sãoos diretores de audiovisuale Tahian Bhering e JonasAisengart são os respon-sáveis pelo escritório dearte Nonoar, fazendoavaliações, montagens deexposição, investigando aautenticidade de obras enegociando trabalhos dearte.

Lançaremos emMarço o livro "Ospoemas da ausên-cia" tradução dolivro de poemas deEdouard Valdman,na Maison de Fran-ce. A tradução foirealizada por mim eé minha primeiratradução e nossaprimeira publicaçãode um autor estran-geiro.Estou preparandotambém o livro"Uma história fantástica dodesejo", o terceiro autoral,também de poemas. En-tretanto ultimamente tenhome dedicado muito à atua-ção. No dia 06 de Outubro,estreou o primeiro longa-metragem de ficção no qualparticipei como ator, noFestival Internacional decinema do Rio de Janeiro,"Estado de Exceção" de Juan

Posada. Em Novembroestreia no Cine Jóia, odocumentário ficcional "LaNada", do diretor argentinoEloy González, gravado em2010, em Mar del Sur, Bue-nos Aires, quando estreei nocinema. Participei de umseriado terrível do mul-tishow, como diria o diretor(por recomendações ex-pressas da direção damultishow): o programa era

70% peito e bunda. Malíciaé o nome do delito quedeliciosamente cometi, emCaravelas no Sul da Bahia,em abril deste ano de 2012.Desde 2010 participo dociclo de arte Necrodrama,que este ano ocorrerá simul-taneamente em BuenosAires, Rio de Janeiro e SãoPaulo, sob direção do mes-mo Eloy González.(fotos Elias Nogueira)

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JGNEWS NOVEMBRO 2012/ Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINONido Pedrosa

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A 'Coluna MMN' nestaedição de novembro trazinformações importantessobre os trabalhos deguitarristas pernambuca-nos que fazem um trabalhoexcepcional, mostrandoque a 'Música Instrumental'tem influenciado geraçõesao longo do tempo. Além deproduzirem, dirigirem,arranjarem ou acompa-nharem grandes artistas,também se lançaram emcarreiras solos, criaramcomposições de qualidade,produziram álbuns impe-cáveis com arregimen-tações e arranjos deextremo bom gosto.

PAULO RAFAEL, nasceu emCaruaru-PE, é produtormusical, exímio violeiro eexcelente guitarrista. Tem aessência nordestina, masfoi influenciado pela 'Mú-sica Oriental, pelo Blues epelo Rock'. Tornou-se umdos grandes responsáveispela introdução das guitar-

A Música Brasileira dosGUITARRISTAS NORDESTINOS

ras e violas nordestinas naMúsica Popular Brasileira.Superou preconceitos,atravessou obstáculos einovou com seus sons,timbres e fraseados cria-tivos, característicos de suaguitarra - com destaquepara as músicas do cantore compositor Alceu Valen-ça. Paulo fez dezenas degravações e produçõespara vários artistas da MPB,além de quatro discos soloslançados: Caruá - 1976;Orange - 1992; Vagalume -

1995; Alado - 2010. PauloRafael tinha como compa-nheiros musicais Zé Ra-malho, Lula Côrtes, Zé daFlauta, entre outros. Isto erao início conceitual de umarevolução musical quesurgiu na década de 70,com a formação do 'AveSangria', uma lendária ban-da pernambucana (MarcoPolo, Almir de Oliveira,Agrício Noya, Ivson Wan-derley (Ivinho), Israel Se-mente Proibida e PauloRafael). Apesar do enormesucesso local, o 'Ave San-gria' viu sua curta e cul-tuada carreira chegar aofim, depois do baque so-frido com a censura eapreensão do primeiro eúnico LP, por conta damúsica 'Seu Valdir'. O show'Perfumes y Baratchos'realizado no Teatro SantaIsabel, em Recife-PE, teveapenas duas apresen-tações. O sucesso foi tãogrande, que ficou umamultidão do lado de fora do

teatro. Da metade de cadashow, o vocalista MarcoPólo mandava que osportões fossem abertos. Atéhoje, esta banda é um cultna internet. Mas foi em1975, quando a música'Vou Danado Pra Catende'estourou nacionalmente no'Festival Abertura', da TVGlobo, abrindo os caminhospara o show 'VIVO!' de AlceuValença, com participaçõesde expoentes da músicaunderground do nordeste(Zé Ramalho, Lula Côrtes,Zé da Flauta e Paulo Rafael)registrado num cultuado LP,que o trabalho se tornou ummarco da 'Música PopularBrasileira' moderna. Valefrisar, que o trabalho desteartista com Alceu Valença -onde coloca guitarras nomaracatu - foi pedra funda-mental para o surgimentode artistas como 'ChicoScience' e tantos expoentesda música nordestina. Aolado de Alceu, Paulo Rafaelse tornou uma das maiores

PAULO RAFAEL

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referências entre os gui-tarristas brasileiros. A duplaestá junta desde o início dacarreira e em shows histó-ricos, tais como as ediçõesI e II do Rock In Rio. Alémde Alceu, Paulo tambémtrabalha com vários outrosartistas brasileiros, a lista éextensa e vai de Zé Rama-lho a Lobão, de MarinaLima a Cássia Eller. Paulo édetentor de vários prêmios:Melhor Trilha Sonora na'19ª Jornada de Cinema daBahia'; como produtormusical, ganhou com Alceuo '8º Prêmio Sharp deMúsica Brasileira - Ano ElisRegina - 1994' e o '18ºPrêmio TIM de MusicaBrasileira - Ano Zé Ketti -2007'. Recentemente foihomenageado na edição2012 do festival Pré-Amprealizado pela Prefeitura doRecife. Seu currículo temvasta relação de trabalhos

realizados como músico eprodutor: Ave Sangria -1973 à 1975; Zé Ramalhoe Lula Cortez - 1974; AlceuValença - 1975 à 2010.Festival Abertura - 1975;Projeto Pixinguinha, TurnêNacional (Alceu e Jacksondo Pandeiro) - 1977; Fes-tival Montreux - 1982/1998/ 2000/2007. Trilhaspara cinema: O Crime daImagem - Lirio Ferreira -1992; Pátria Amada - TizukaYamazaki - 1984; BailePerfumado - Lirio Ferreira ePaulo Caldas - 1997. Discose turnês: Geraldo Azevedo -Ao Vivo - 1994; O GrandeEncontro - 1996; Futura-mérica - 1996; O Brasilexiste em mim - 2007.Lampirônicos (BA); RútilaMaquina (RJ); Eletroflu-minas (RJ); MPB-4 - ViraVirou - 1980; Kleiton eKledir - Kleiton & Kledir -1980 e 1981; Marina Lima

- Olhos Felizes - 1980; ZiziPossi - Cantos e Contos -2010; Luiza Possi; CassiaEller - O Marginal - 1992;Zélia Duncan - Zélia Duncan- 1994; Gal Costa - Profana- 1984; Elba Ramalho - Qualo assunto que mais lheinteressa? - 2007. AlceuValença - Vivo - 1976; Espe-lho Cristalino - 1977; Sau-dade de Pernambuco -1979; Coração Bobo -1980; Cinco Sentidos -1981; Cavalo de Pau -1982; Anjo Avesso - 1983;Mágico - 1984; Estação daLuz - 1985; Ao Vivo - 1986;Rubi - 1986; Leque Mole-que - 1987; Óropa, Françae Bahia - 1988; Andar,Andar - 1990; 7 Desejos -1991; Maracatus, Batu-ques e Ladeiras - 1994; OGrande Encontro - 1996;Sol e Chuva - 1997; Forróde Todos os Tempos -1998;Todos os Cantos - 1999;

Forró Lunar - 2001; DeJaneiro a Janeiro - 2002; AoVivo em Todos os Sentidos- 2003; Na Embolada doTempo - 2004; Marco Zero- 2006; Ciranda Mourisca -2008. As parcerias sãovárias, os sucessos inú-meros, muitos mais do quecabem nesta matéria. PauloRafael saiu do Recife-PE,para ser consagrado comoum dos maiores instru-mentistas de sua geração eum verdadeiro mestre daguitarra brasileira.C o n t a t o s :[email protected]

RIVA LE BOSS, músico,compositor, arranjador eprodutor musical, nasceuno Recife-PE e vem de-senvolvendo trabalho in-fluenciado pelos RitmosNordestinos, Bossa Nova,Jazz e Blues. Paralelo aotrabalho solo, este grande

Colaboraram com fotos: Fã-clubes, Riva Le Boss, Paulo Rafael, Ricardo Marques, Júnior Xanfer,Breno Lira e Isabela de Holanda

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www.lourenco.art.br

músico, possui uma sériede atividades culturaisligadas ao contexto artís-tico, tais como: criação dejingles, trilha sonora parapeças teatrais, produção edireção musical em estú-dios e shows, a exemplo dastrilhas sonoras para aspeças teatrais: 'Canção doMomento - Festival de In-verno da Unicap - 1984';Jogo das Farsas - 1985'; 'OCasamento de Catirina -Obra de Joaquim Cardoso -Prêmio de Melhor TrilhaSonora no Festival de Teatrodo Rio de Janeiro - 1985';Reinações De Um Rei -1987'; 'Contos de Taperoá- baseado na obra de Aria-no Suassuna'. Ganhou prê-mios em festivais, a exem-plo do '1° Lugar e MelhorArranjo - Festival Nacionalde Música da VARIG - 1987';'1° Lugar e Melhor Arranjo- Festival de Música da UNI-CAP - PE'; '1° Lugar Showde Talentos - Pousada doRio Quente. Recebeu con-vites para turnê na ITÁLIA,em 2003 e também paracompor a 'Orquestra da'Rede Globo Nordeste', no'Festival Canta Nordeste'.Riva foi guitarrista, de di-versos artistas como:Robertinho do Recife; Do-minguinhos, Eduardo Du-sek, Claúdio Zoli, PauloRicardo (RPM); Nasi, SérgioLorozza, Fernanda Abreu,Fábio Alman, Pedro Quen-tal, Paulo Diniz, NandoCordel, Tony Veras, IsraelFilho, Marciel Melo, GiseleTigre (cantora e atriz globo- Novela Malhação), Ilana

Hazan (cantora e atrizGlobal), Eliane (apresen-tadora Record); André Rio,Marco Pólo (cantor e com-positor do grupo Ave San-gria), Lula Côrtes, Zeh Ro-cha, Natural Roots ( bandade reggae da Guiana Fran-cesa) entre [email protected]

BRENO LIRA, guitarrista,violeiro, arranjador e pro-dutor musical, têm forma-ção erudita, mas vem atu-ando como músico populardesenvolvendo nessa áreatrabalhos com guitarra,violão, viola de dez e dozecordas. Ingressou no 'CPM-Conservatório Pernambuca-no de Música' em 1998. Noano seguinte começou acursar licenciatura em mú-sica na UFPE e concluiu ocurso em 2003. A partir de2001, passou a frequentaro curso de bacharelado emviolão. Também é formadopela 'Companhia dos Músi-cos' nos cursos de harmo-nia e arranjo. Trabalhoucom diversos artistas emshows e gravações, a exem-plo de Yamandu Costa (vio-lão), Maestro Spok, CarlosMalta dentre outros. Vemse apresentando em diver-sos eventos: 'Festival Jazz'em Cascavel - PR (2002);'Instituto de Guitarra eTecnologia' (IG&T-SP), alémdas feiras de música emtodo o Brasil, dividindo

palco com grandes nomesda música, a exemplo deFátima Guedes, Nelson Fa-ria, Hermeto Pascoal, Quin-teto Violado, entre outros.Atualmente vem se dedican-do ao seu grupo 'Treminhão'(de música Instrumental),ao 'CEMO-Centro de Edu-cação Musical de Olinda' e'CPM-Conservatório Per-nambucano de Música',onde é professor de guitar-ra. [email protected]

RICARDO MARQUES, nas-ceu em Pernambuco - auto-didata, começou sua carrei-ra no final dos anos 70quando participou de al-guns festivais de músicaestudantil na cidade dePaulista-PE. Em 1980,participou de excursão deseis meses a São Paulo eMinas Gerais, com o grupo'A Banda Do Tempo' e aoretornar para o Recife, foiconvidado para participardo evento produzido epromovido pela Rede GloboNordeste 'Vamos Abraçar OSol', na praia de Boa Viagemem Recife-PE. Em 1982formou o grupo 'AlgodãoDoce' e produziu o musical'Presença', no Teatro PauloFreire, em Paulista-PE.Também participou dogrupo 'Olho Da Rua'. Nestemesmo ano, esteve no 3ºFestival de Música Estu-dantil da cidade de Paulista-PE, ficando em segundo

lugar com a música 'Cora-ções de Aço', de sua autoriae a partir daí, Ricardo viracompositor. Em 1984 foiconvidado para participardo grupo de Rock 'CãesMortos', lendária bandaPernambucana, com a qualfez turnê de lançamento docompacto. Em 1985, for-mou o grupo 'DistúrbioMetal', participando do '8ºFestival de Inverno da UNI-CAP'; 'Show República Me-tálica' no Teatro MunicipalPaulo Freire-Paulista-PE;show, no Forte de PauAmarelo-Olinda-PE; no Tea-tro Valdemar de Oliveira-Recife-PE e no Forte dasCinco Pontas-Recife-PE.Nessa época Ricardo Mar-ques começou a tocar tam-bém, com algumas bandasde baile, a exemplo da ban-da 'Os Tártaros' e participoude gravações em estúdiosprofissionais. A partir dosanos 90, passa a acom-panhar artista nacionais einternacionais: Catia deFrança, Erastos Vascon-celos, Azulão do Nordeste,Cristina Amaral, Nono Ger-mano e o grande percus-sionista Naná Vasconcelos.Em meados de 1992 cria abanda Kastarrara com obaterista Jaú Melo, comquem divide todo o reper-torio do 1º CD do grupo,lançado naquele ano onderapidamente se esgotaramas 1000 cópias produzidas

RIVA COM ROBERTINHO DE RECIFE

BRENO LIRA RICARDO MARQUES

GUITARRISTAS DO NORDESTE

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de forma independente.Algumas músicas deste 1ºCD entraram em trilhassonoras de aberturas deprogramas e continuamtocando até hoje (AutoMotor e Auto MotorShopping - Canal 9 - TvBandeirantes; Na TV Clubee em especiais da Tv JornalSBT). Entre 1999 e 2003,Ricardo participou ao ladode Naná Vasconcelos deshows, trilhas sonoras defilmes e do disco decomemoração dos 500anos do Descobrimento doBrasil - CD que conta comas participações de ZecaPagodinho, Fagner, ChicoCésar, entre outros. Dividiucom Naná Vasconcelos, adireção musical do referidoCD e ainda, participou comomúsico integrante da bandade Naná no filme 'Nzinga -

A Rainha Africana', estre-lado pela atriz global ThaisAraújo. Ricardo ainda nestemesmo ano, participou co-mo guitarrista convidado do1º CD da Banda Razama-naz. Em 2006, lançou se-gundo CD com sua 'BandaKastarrara - InstrumentalMusic Fusion' e as músicasde sua autoria 'Ultra Leve'e 'Sangue Quente' foramexecutadas na Transamé-rica - programa RocksStage. No ano de 2009,além dos trabalhos solo,com sua banda, RicardoMarques foi convidado paraparticipa da 'Criação, Pro-dução Executiva e Guitar-rista' da Banda Caetano.Atualmente, além dos tra-balhos com sua bandaKastarrara, este grandeguitarrista também partici-pa da 'Banda Dá No Couro,

do multi-instrumentistapercussivo Nido Pedrosa erecentemente, lançou umnovo CD, comemorando os20 anos da 'BandaKastarrara'. Contatos:[email protected]

JÚNIOR XANFER é de Recife-PE, guitarrista, músicoprofissional de estúdio,compositor e arranjador, uminstrumentista autodidata,canhoto, que sempre viveuda música e para a música.Tem em seu currículo maisde 350 CDS e 5 DVDsgravados. Iniciou seusestudos musicais aos 5anos de idade, quandocomeçou a tocar em igrejase bandinhas de escola. Aos15 anos se profissionalizoue aos 25 anos fez seminárioteológico de música sacra.

Atua l -mente,Xanfertrabalhac o mváriosartistas e é concursado da'Orquestra Sinfônica' dacidade de 'Jaboatão dosG u a r a r a p e s - P E ' [email protected]

Prezados amigos e com-panheiros de muitas jor-nadas musicais, parabénspelos seus trabalhos econtribuição para abri-lhantar e manter a qua-lidade excepcional da nossamúsica. Desejo-lhes muitosoutros sucessos. Forteabraço!

XANFERCOMLENY

ANDRADE

'Nido Pedrosa é músico- produtor. E-mails: [email protected] / [email protected]

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MUSICANDOMUSICANDORobson Candêo CDS, DVDS E BLU-RAYS JGNEWS

Começando a colunafalando de Blu-raysnacionais, o destaque vaipara o lançamento (agorano Brasil) do show doCream, gravado no RoyalAlbert Hall em 2005, ondeEric Clapton se reuniu comos antigos companheirospara refazerem a magia doprimeiro Power Trio dahistória musical. O show éincrível, com vários solos eótimas canções.Já nos Blu-raysi n t e r n a c i o n a i s ,encontramos títulos queainda nem saíram aqui noBrasil e nem tem previsãode lançamento, como o dafamosa banda Chicago,com o título Chicago inChicago, em que elesapresentaram seus grandeshits (a maioria das décadasde 70 e 80), em meio a umnaipe de metais caprichadoe ainda com a participaçãodo grupo Doobie Brothersnas 3 músicas finais.Nos lançamentos em DVDsde artistas nacionais, tem oKid Abelha - Multishow aoVivo - 30 Anos, onde PaulaToller, Geoge Israel e BrunoFortunato, nos brindamcom grandes hits dacarreira deles em um showimperdível. Também tem onovo show do Lobão -elétrico - lino, sexy & brutal(DVD e CD), com grandeshits de sua carreira e comexcelentes arranjosvoltados para a guitarra.Para quem tem bebês,também tem novidadeseste mês, com o título Erauma Vez um Bebê commúsicas de Hyldon comuma história cheia de

músicas voltadas para estaidade.Já nos DVDs de artistasinternacionais, tem o showdo espanhol Pablo Alborán- En Acústico, com ótimascanções românticas emespanhol, e que foi lançadotambém em CD. E agorasaiu em DVD aqui no Brasilo clássico show doSupertramp - Live in Paris'79 filmado em Parisdurante a turnê Breakfast inAmerica.Aproveito para indicartambém um bomdocumentário em DVD -Produced by GeorgeMartin - onde esse grandeprodutor conta a história desua vida e fala sobre osartistas com quemtrabalhou, incluindo osBeatles. Indico para todosque gostam de aprenderum pouco de história damúsica moderna.Agora falando em CDs, valea dica do novo álbum daKaren Souza - Hotel Souza,com um jazz moderno eminglês e ótimas canções.Para os fãs da saudosaClara Nunes, foi lançado oálbum duplo Um Ser de Luz- Saudação a Clara Nunescom regravações dosgrandes sucessos dabaiana nas vozes decantores da nossa MPB, eaproveitem também paraouvir o álbum da RenataJambeiro - Sambaluayêcom ótimas músicas bemno estilo que tinha ClaraNunes. E quem gosta deJorge Benjor, ouça o álbumdo grupo formado porintegrantes da NaçãoZumbi - Los Sebosos

Postizos interpretam JorgeBem Jor, com músicas bemantigas do cantor.Ainda nos CDs, tem doislançamentos para os quegostam de um somalternativo. Um deles é dacantora Amanda Palmerque agora está junto com aThe Grand Theft Orchestrafazendo um som bastanteinteressante. E temtambém o novo álbum doDirty Projectors - Swing toMagellan, que também fazuma mescla de indie rockcom rock experimental e émuito bom.Robson Candêo também éresponsável pelas resenhasmusicais do blog http://goo.gl/vLnlh

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BRANDYTWO ELEVENSONY MUSIC

KELLY CLARKSONCOLETÂNEASONY MUSIC

REVELAÇÃO360 AO VIVOUNIVERSAL MUSIC

SUSAN BOYLESTANDING OVATIONSONY MUSIC

OSWALDINHO DO ACORDEONFORRÓ CHORADOGUARUBA PRODUÇÕES

FERNANDO LIMAMINHAS CANÇÕESGRAÇA MUSIC

CRISTINA MELCLUBE 2MK MUSIC

THALLESRAÍZESGRAÇA MUSIC

SANDRINHAMINHAS CANÇÕESGRAÇA MUSIC

JAMBRAFOLHA DE LARANJEIRAGUARUBA PRODUÇÕES

ALEX & ALEXCÓDIGO SECRETOMK MUSIC

LANÇAMENTOS NOVEMBRO

AC/DCLIVE AT RIVER PLATESONY MUSIC

JGNEWS OUTUBRO 2012

THE RACONTEURSLIVE AT MONTREAUXST2 MUSIC

REVELAÇÃO360 AO VIVOUNIVERSAL MUSIC

VELVET REVOLVERLET IT ROLL...ST2 MUSIC

KLEO DIBAH & RAFAELÉ DUS MAIS BÃOUNIVERSAL MUSIC

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JGNEWS NOVEMBRO 2012Viviane Marins DICAS IRRESISTÍVEIS PARA GUITARRISTAS

Ponte Floyd Rose GOTOH GE 1996T / GHL2 C - completacom trava de 43mm Cor: Cromada e Gold. Sistemacompleto com Ponte, Trava, Haste, Molas, Pivôs eacessórios para instalação: R$ 528,00(Izzo Musical)

Trio de Captadores FenderHot Noiseless (ref.3828880). Captadorcerâmico com duasbobinas sobrepostas emformato de single. Ocaptador do braço e domeio oferecem sonoridadequente e ataque blueseiro,o captador da ponteoferece ganho alto e saídaforte: R$ 789,00

iRig, pedal ou pedaleira notelefoneDá-lhe iPhone! Um novoaplicativo vai deixarmúsicos felizes e fabri-cantes de pedal tristes: oAmpliTube iRig - gadgetadaptador que pode co-nectar guitarras ao iPhonee ao amplificador.O smartphone vira pedal

de efeitos parainstrumentos de verdade

O iRig se liga à saída deáudio do iPhone, iPad ouiPod Touch. Outras duasentradas permitem conexãoda guitarra ou baixo, e doamplificador ou fone deouvido. É baixar o aplicativoAmpliTube, que, em sua

versão gratuita, tem trêsefeitos (delay, filtro de ruídoe distorção), e começar atocar. Outras versões pagasno app têm mais efeitoscomo o "wah wah" ou o"overdrive". O aplicativotambém tem funções derádio e de metrônomo etoca músicas de fundoenquanto você faz seussolos de guitarra. O preço doiRig é de 30 dólares, no siteda AmpliTube. Vale a penacomprar a versão completado aplicativo, que sai pormais 15 dólares. Bom paraqualquer momento.

www.youtube.com/watch?v=0Nod69aTzsM&feature=player_embedded

O VoiceLive 2, processadorvocal baseado na linha deTC Helicon facilita conduziro seu próprio grupo deharmonias e vocal, rico eautenticamente humano.Um violão, teclado MIDI, oua aux-entrada controla oalgoritmo de harmoniavocal com quatro inter-valos, cada um do qualpode ser dobrado, ou 08vozes discretas controladaspelo seu jogo de teclado deMIDI ou violão / guitarra.E quando você quiser explo-rar sua alma vocal, o Voi-ceLive 2, pedal de efeitos,dá aos cantores umalgoritmo de Coral que criao som de vozes de grupo demulti-voz maciço, ou seja,aqueles coros clássicos.R$ 3.628,00

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Vale a pena conferir ademonstração

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www.st2.com.br

Novamente

[email protected]

O novo CDda cantora ecompositora

Célia Silva

LANÇAMENTO WORLD MUSIC http://www.youtube.com/watch?v=ZcnWY7uiWWohttp://www.youtube.com/watch?v=Hpw9ShtUsAc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=qD9AbIQGBJg&feature=related

Assessoria de Imprensa:Eulália Figueiredo

WORLD MUSICRua Oswaldo Cruz, 170/SãoCaetano do Sul/SPCep 09541-270 /Tel: 11 4224-6743(11) [email protected]

Contato para Shows:21 7899-6542

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JGNEWS NOVEMBRO 2012PORTUGALAlberto Guimarães (correspondente em Portugal) [email protected]

A ovacionada passagem deHamilton de Holanda peloPorto, incluída na progra-mação musical do AnoBrasil em Portugal, é omotivo que nos faz trazer aestas páginas o consagradobandolinista brasileiro.Hamilton e o seu Quintetoestiveram em cinco deoutubro na Casa da Músicapara o que são sempre assuas apresentações: mo-mentos de grande vigorcriativo, de virtuosismo esensibilidade.O Quinteto, além de Hamil-ton de Holanda, é consti-tuído por André Vascon-cellos (contrabaixo), GabrielGrossi (harmônica), Daniel

Santiago (violão) e MarcioBahia (bateria). Na base doshow portuense esteve o CDBrasilianos 3, disco queconta com duas nomeaçõespara o Grammy Latino nascategorias melhor álbuminstrumental e melhorengenharia de som.Brasilianos 3 é um discomaduro, fruto do ricotrabalho que Hamilton eseus companheiros têmvindo a desenvolver, e quenos presenteia ainda com aparticipação de MiltonNascimento em Guerra ePaz I. Ouvir Milton nesseCD, faz lembrar a frase deElis Regina: "Se Deuscantasse, cantaria com avoz de Milton Nascimento".Guerra e Paz I e Guerra ePaz II, são dois temasexpressivos e emocionantescompostos por Hamiltonpara a inauguração daexposição, que aconteceuem fevereiro em São Paulo,dos murais Guerra e Paz dopintor Candido Portinari. Hátambém a adptação para o

Quinteto de quatro temascom origem na SinfoniaMonumental, peça sinfônicaescrita por Hamilton, con-juntamente com Daniel San-tiago, para celebrar Brasíliana passagem do cinquen-tenário da cidade, em 2010.Duas músicas que abrem oCD, Saudades de Brasília eSaudades do Rio, são refe-rências a cidades a queHamilton está ligado viven-cialmente.Hamilton de Holanda temtrinta e cinco anos, e contacom trinta dedicados àmúsica. Nascido no Rio deJaneiro em 1976, filho doguitarrista José Américo dosSantos, muito pequeno setransferiu com a família paraBrasíla. Sua primeira apre-sentação musical foi logoem 1981, no Clube do Cho-ro de Brasília, tocando esca-leta, com o seu irmão Fer-nando César - companheirode música e vida - ao cava-quinho, e com seu pai - seumestre então - ao violão.Tendo cinco anos, ganhou

de presente de Natal de seuavô materno, um bandolim.A primeira música queaprendeu a tocar no novoinstrumento foi Flor Amo-rosa, de Joaquim Calado.Em 1982 formou com oirmão Fernando César oduo Dois de Ouro, tendodado os primeiros passosartísticos nesse duo. Ochoro preencheu a sua in-fância e a sua adolescên-cia. Depois, essa forte refe-rência se juntou à bossa, aojazz, ao rock, a um universomusical diversificado. Umasólida formação, de que fezparte o Curso de Compo-sição da Universidade deBrasília, o conduziu a umaelevada exigência músical.Sobre isso, ele enfatiza numtexto publicado no seu blog,"sempre quando toco,quero a profundidade, mastambém a coisa despre-tenciosa, só pela diversão,com humor, como contaruma piada".Quando se ouve o bandolimtocado por Hamilton cla-

HAMILTON DE HOLANDA,O PRÍNCIPE DO BANDOLIM

Hamilton (bandolim), André Vasconcellos (contrabaixo), Gabriel Grossi (harmônica), Daniel Santiago (violão) e Marcio Bahia (bateria)

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www.tiaflex.com.br

ramente se denota cons-tância e paixão pelo ins-trumento, de que é umineludível virtuoso.Desde há doze anos que oouvimos dedilhar um ban-dolim de dez cordas. Arevista JG NEWS quis saberdo próprio Hamilton deHolanda, como aconteceu ecomo ele decidiu sua migra-ção para o bandolim de dezcordas. Ele prontamentenos respondeu: "Aconteceude uma maneira muitonatural. Veio de umavontade de expor minhasideias polifônicas com esteinstrumento que gostotanto. Veio da vontade de

tocar a melo-dia, o ritmo eos acordes,tudo ao mes-mo tempo, só

com o bandolim. Um par decordas a mais me dá maisnotas, me dá um comple-mento de som grave, medá um colorido maior detimbres. Essa foi a moti-vação para fazer a migra-ção. Foi uma questão decriar intimidade e cada vezmais perceber que sempretem algo novo a sedescobrir".O trabalho de Hamilton sereparte entre o Brasil e osquatros cantos do mundo,tendo da imprensa francesarecebido o título Príncipe doBandolim. Aludir aos maisimportantes nomes damúsica a que ele já esteve

associado, é referir umaimensa e radiante lista:Buena Vista Social Club,Cesária Evora, Djavan, JohnPaul Jones, João Bosco,Zélia Duncan, Mike Marhall,Stanley Jordan, RichardGalliano, Melody Gardot…A sua dedicação à músicaestá alicerçada numa fortebrasilidade. Recentemen-te, na 1ª Mostra Inter-nacional de Música, emOuro Preto, MG, ele efetuounum show uma abordagemà música de Pixinguinha,passo inicial para umadinâmica que projetadesenvolver internacional-mente em torno da obra docriador de Carinhoso.Indagamos Hamilton deHolanda sobre a impor-tância que ele atribui aPixinguinha na música bra-

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sileira e que legado deixouna música que ele própriofaz. Hamilton nos disse:"Pixinguinha, junto comVilla-Lobos, é o pilar damúsica brasileira. Da ditapopular, que nasce dopovo. Ele cristalizou demaneira genial o quechamamos hoje de choro,que é o primeiro gênerogenuinamente brasileiro.Foi um instrumentista bri-lhante e como compositor,moldou nossa personali-dade com músicas comoCarinhoso, Rosa e 1 x 0.Acho que o que mais meinfluenciou no Pixinguinhafoi a visão da improvisaçãoe do fraseado, as melodias.Criar uma melodia que jáexplica o que é o rítmo e aharmonia, tendo o frasea-do e as nuances que lem-bram as paisagens e aspessoas do Brasil, essa éuma característica que meencanta na música dePixinguinha".Falando de Pixinguinha, éaltura de remeter quem noslê para a tela de um compu-tador e através do youtubeprocurar a reunião dos no-mes de Hamilton de Holan-da e Paquito D`Rivera.Facilmente se encontraráum video em que o bandol-inista brasileiro e o músicocubano com o seu clarinete,interpretam magistralmen-te, com espontaneidade eenvoltos de alegria, 1x0 dePixinguinha, nos bastidores

do português FestivalMatosinhos em Jazz, no anode 2008. António Ferro,músico de jazz e diretorartístico do Festival nos dizporque então levou aliHamilton: "A escolha doHamilton, foi apenas por-que ele é um grande músi-co, o melhor bandolinistado mundo, que se estendeem diferentes estilos mu-sicais, desde o choro aojazz, da bossa nova aoclássico. O Festival de Ma-tosinhos, tem por normaartística, não se fechar nojazz clássico e tradicio-nal,e sim abrir-se a outrasmúsicas que pela rítmicae ousada harmonia, nuncadeixam o lado fundamen-tal do jazz: a improvisação.O encontro de Hamiltoncom Paquito D`Rivera, foifantástico. Embora já seconhecendo de nome, nun-ca tinham tocado juntos.No camarim, cada um comos seus instrumentos,abordaram um chorinho,como se tivessem previa-mente ensaiado, e ao ter-minar, ouviram-se caloro-sas palavras dos músicose dos produtores. Foiirreversível tocarem juntosno palco". António Ferroprossegue com entusiasmo:"No final do concerto doPaquito D'Rivera, ele cha-ma ao palco o Hamilton ejuntos tocam o chorinhoque tinham aflorado nocamarim e terminam como tema "Estamos Aí", coma assistência ao rubro eem pé, a exigir mais umbis.O Hamilton, ainda tentoutocar numa guitarra portu-guesa, mas o intervalo de"segunda", torna a dedilha-ção muito difícil, paraquem costuma tocar nasafinações normais, porquartas (terceiras)" .

Foi também no Matosinhosem Jazz que Gileno San-tana, jovem músico brasilei-ro de jazz, radicado emPortugal e de quem jáfalamos anteriormente,conheceu Hamilton deHolanda. Gileno nos contacomo obteve o contributodo bandolinista para o seuCD de estreia, Inicial: " Aminha experiência detrabalho com Hamilton deHolanda foi muito natural.Ele veio tocar no FestivalMatosinhos em Jazz, euestava com o processo degravação do meu CD Inicialquase pronto e tive a ideiade o convidar a participarno disco, depois do showdele que assisti. O facto desermos brasileiros e de eujá ter tocado com o Her-meto Pascoal ajudou atudo fluir. Hamilton aceitoua gravar e o processo foi oseguinte: eu enviei para eleno Brasil o tema proposto,e ele gravou depois no seuestúdio. Me mandou trêssolos e eu tive a difíciltarefa de escolher apenasum. Penso que foi a cerejano topo do bolo".A aventura musical deHamilton de Holanda,decorre entre a tradição ea experimentação, no queele determinou "uma buscaconstante pela excelência,beleza, música de arte,música de coração". O

show do Hamilton deHolanda na Casa da Músicafoi um magnífico resultadodessa demanda, e o CDBrasilianos 3 aí está comoseu sinal perdurável.

António Ferro

Gileno Santana

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JGNEWSNOVEMBRO 2012 LAUDIR DE OLIVEIRA

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www.bauerpercussion.com.br