Jennicam
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO LUIZ MARTINO Alunas: NAYARA GÜÉRCIO - 10/03241 CAMILA GARCIA BRUNCA - 09/91198 NATHALE MARTINS - 10/03054
TRABALHO FINAL
“... as tecnologias de informação de última geração podem
mudar as maneiras como vemos a nós mesmo. E como nos relacionamos com o mundo que nos rodeia. Comunicamo-nos principalmente para contar histórias.
Essas histórias refletem e reformam as imagens de nós mesmos e nossos valores comunitários.”
Dizard
Brasília, 09 de Setembro de 2010
1. “The JenniCam é uma página web (www.jennicam.org) não é um filme, nem um programa de televisão”.
a) Por que JenniCam não é um filme, nem um programa de televisão? Aponte as diferenças e dê a especificidade do novo meio.
JenniCam se apropriou de características da linguagem cinematográfica e
televisiva, criando uma nova forma de comunicação e entretenimento, porém não se
enquadra na classificação “filme” ou “programa de televisão”.
Os três produtos possuem suportes de exibição diferentes, mas são igualmente
direcionados ao público. Um programa de televisão1 é assim classificado por passar
justamente na televisão. O Jennicam se assemelha superficialmente a esse, mas o fato de
estar hospedado na internet muda a sua utilização. O site seria como um “canal de TV”
ligado 24 horas por dia no mesmo programa, mas o espectador poderia influir e
comentar no mesmo espaço (a internet) em que se dá a ação. O fato de JenniCam se
encontrar na mídia virtual facilita e induz a interatividade com o público. “O emissor
não emite mais no sentido que se entende habitualmente. (...) O receptor não está mais
em posição de recepção clássica.(...) Ele se torna, de certa maneira, criador. (...), nós nos
encontramos em uma situação de comunicação nova que os conceitos clássicos não
permitem mais descrever de maneira pertinente”. 2
Portanto, a Internet é um instrumento revolucionário. A sua característica
descentralizadora trás benefícios e prejuízos à difusão da informação. Em comparação
com a televisão e com o filme ela possui inúmeros ganhos, uma vez que é: interativa,
dinâmica e suporta diversos formatos de mensagens visuais e sonoras. Supera assim, a
característica da passividade que é tão criticada no que se refere à televisão, por
exemplo. É possível dizer que “ela também tem o potencial de aumentar a
democratização, mesmo que em grau menor que o afirmado por seus partidários”. 3
A partir da técnica de Streaming4, o JenniCam simula as características da
televisão e faz uso dessas para facilitar a assimilação do conteúdo pelo público, uma vez
1 O programa de televisão é um produto que possui espaço na grade horária de uma emissora de TV. Sites podem se apropriar da linguagem televisiva e transmitir vídeos via internet, porém essas produções não se enquadram como programas de televisão, uma vez que passam na internet. Um exemplo disso é a “TV UOL”, um canal “televisivo” online. 2 SILVA, p. 1. 3 DUSEK, p. 135 4 “Processo técnico que torna possível, recebimento e execução, em tempo real, de áudio e vídeo na tela do computador. A informação chega em um buffer (memória temporária do PC) e fica disponível para visualização alguns segundos depois...O resultado é um fluxo constante de vídeo ou áudio graças ao contínuo enchimento do buffer”. DIZARD, p.153
que as pessoas já estão acostumados com a linguagem televisiva. Ao mesmo tempo,
JenniCam pode parecer com um filme, mas não é gravado ou filmado, é instantâneo e
pode sofrer uma influência do público que é quase inimaginável quando falamos sobre
assistir filmes em cinema, por exemplo. Mesmo que alguns programas de televisão (de
conteúdo jornalístico ou de entretenimento) ofereçam espaço para a participação do
público, a interação estará sempre condicionada a limitações, como a política editorial e
o tempo do programa.
O intercâmbio mútuo entre emissor e receptor está na reciprocidade, na troca
imediata ou simultânea de informações que estabelecem caminhos pelos quais a
informação será construída, de forma coletiva. Um diálogo informal entre um sujeito 1 e
um sujeito 2 será usado como exemplo na explicação a seguir. Durante a conversa, o
sujeito 1 não pode ter certeza do que será dito pelo sujeito 2. As respostas do sujeito 1
serão formadas a partir do instante em que receber as informações de 2 e, sustentado por
essas, 1 reformulará seu pensamento, unindo os dados primários aos novos dados
oferecidos por 2. A partir daí, 1 constrói sua fala e fornece outras informações a 2. Por
sua vez, 2 não poderia ter já se preparado para a resposta de 1 e, agora, mediante a um
novo grupo de dados, deverá reorganizar-se e repetir o processo pelo qual passou 1.
Dessa forma, é possível perceber que a Internet incorpora a possível influência
das duas partes. Em algumas instâncias, são notadas manifestações de interações
reativas, através de enquetes e sistemas de participação muito pouco sofisticados.
Como, por exemplo, em sites que não aproveitam as especificidades da web. Em outros
casos, o conteúdo informacional está cada vez mais aberto à participação, como provam
sítios eletrônicos como Oh My News International (OMNI) e Centro de Mídia
Independente (CMI).
Em geral, os programas de televisão e as produções cinematográficas possuem um
guia de realização chamado roteiro5, ou seja, são construídos no modelo aristotélico de
começo, meio e fim, mesmo que isso não fique claro no produto final. Jennicam, apesar
de não adotar a prática do roteiro, possui uma sequência cronológica dos fatos, sem a
preocupação em pré-estabelecer o que será dito ou feito, no intuito de ser o mais natural
possível. A criação de Jennifer Ringley não adota a prática do ensaio, técnica
frequentemente usada no cinema e na televisão.
5 De acordo com Syd Field, autor de O Manual do Roteiro, “O roteiro é como um substantivo – é sobre uma pessoa, ou pessoas, ou pessoas, num lugar, ou lugares, vivendo sua ‘coisa’. Todos os roteiros cumprem essa premissa básica. A pessoa é o personagem, e viver sua coisa é a ação”. p.2
2. “Esta convergência, a perda de distinção entre varias formas de comunicação está transformando o ambiente mediático.”
a) Como autor identifica a convergência mediática
O texto identifica a convergência mediática no que tange a apropriação de
características de um determinado meio por outro. Essa convergência ocorre com o
intuito de facilitar o uso dos novos meios, uma vez que os usuários estão adaptados às
características dos meios já existentes. O caminho inverso também pode acontecer, pois
os novos meios também influenciam os anteriores.
A convergência mediática ocorre porque há a necessidade de suprir uma demanda
por determinada função exercida por um meio e, nesse ponto, ocorre a fusão de funções
de meios anteriores em meios que sejam mais amplos e atendam às demandas da
sociedade. Como resultado, há a perda de distinção entre as propriedades características
de cada meio de comunicação. “No processo, a mídia tradicional está sendo integrada
em um setor maior, enormemente ampliado: o da rede avançada de informações
eletrônicas”6 “As duas próximas décadas verão a consolidação de uma infra-estrutura
única de informação...”7
b) A “perda de distinção” entre os meios significa o fim deles? O que
significa a impossibilidade de distinguir os meios entre eles?
A “perda de distinção” entre os meios não implica o fim dos mesmos. Uma vez
que o aparecimento de novos meios suscita na constante evolução dos mais antigos. A
publicidade segue exemplificando como o surgimento de novas mídias acrescenta novas
significações às antigas sem destruí-las. A adesão, sem fronteira de distinção definida,
ente mídias é um recurso inteligente de estratégia de marketing. Essa colagem provoca a
mais eficaz disseminação da informação e, no caso específico da publicidade, uma
maior exposição de um determinado produto. “(...) o comércio eletrônico na Internet
chegou para ficar e as indústrias de mídias terão um importante papel em sua expansão.
(...) A sinergia entre os produtos é a fórmula do sucesso das empresas. Cada um dos
produtos das diversas mídias – filmes, livros, programas de televisão e assim por diante
– passa a fazer parte de uma cadeia de distribuição e comercialização que pode começar
6 DIZARD, p.256 7 DIZARD, p. 255
como um artigo de revisita que mais tarde se transforma em um livro e então vai servir
de tema inicial para uma série de televisão ou um filme, que, por fim, será vendido na
forma de vídeo, (...) A idéia é ganhar vantagem mercadológica sobre os competidores
que utilizam apenas uma mídia. (...) Os defensores da sinergia total entre mídias
sustentam que ela não será alcançada até que os recursos da mídia e os canais de
telecomunicação estejam totalmente integrados”.8
A convergência é um processo infinito que desencadeia outros processos, isso
significa que a e chamada “perda de distinção” é, na verdade, o início de uma etapa de
reconceituação da mídia da amplificação de possibilidades de comunicação. No entanto,
isso não se atém apenas à questão tecnológica, mas, é como vimos acima, uma
transformação cultural. A convergência estabelece uma mudança de paradigmas nas
relações entre as pessoas e no modo como elas utilizam as novas tecnologias.
O fato de podermos acessar as informações em diversos meios diferentes não é
mais suficiente para suprir a demanda das pessoas. A tendência é unir o máximo de
fontes de informação e possibilidades de comunicação em um menor número de
suportes. Isso se torna claro ao observamos os telefones celulares, por exemplo, eles são
uma apropriação da função do telefone residencial, primeiramente, mas partir de
inovações tecnológicas ele passa ser um “teletudo”. Os celulares conseguem ser um
instrumento para a realização de várias tarefas, pois expressam a radicalização da
convergência digital enquanto centros de comunicação pessoal e móvel. 9
c) Como isto impacta o estudo da comunicação? Considerando que a convergência tecnológica traz mudanças não só nas funções e
no uso da mídia, mas, também, nas estruturas da sociedade na qual está inserida: o
estudo da comunicação precisa se adaptar a essas mudanças e questionar quais serão as
conseqüências das mesmas.
O objeto de estudo da Comunicação é oscilante entre o estudo dos meios de
comunicação e a cultura de massa. Os processos comunicativos que ocorrem no interior
de uma cultura de massa são constituintes do objeto da Comunicação, mas o diferencial
reside na interpretação específica desses processos através de um quadro teórico dos
meios de comunicação. Sendo assim, faz-se uma leitura social da realidade a partir
8 DIZARD, p. 32 9 LEMOS, p. 6
desses meios. O segundo aspecto analisado recai sobre a significação desses processos
comunicativos ao longo da história.
Após diversas mudanças sociais ocorridas no século XVIII, houve uma inversão
da organização social e a quebra das tradições que constituíam o contrato social da
época. A Sociedade como é vista hoje começa a se delinear. E a identidade do indivíduo
não é mais garantida através do seu nascimento. Nesse ponto da história o indivíduo
precisa interagir em diversas comunidades (universidade, trabalho, vizinhança,
comunidade religiosa) buscando formar e confirmar o seu papel social e sua identidade.
Assim, para que essa interação seja possível é preciso que existam processos
comunicativos mais específicos.
Assim, a comunicação deixa de ser tratada somente como fundamento da
consciência humana, mas também adquire um papel essencial ao ser analisada como
estratégia racional de inserção do individuo na coletividade. E é nesse aspecto coletivo
que começamos a desenhar um campo que pertença apenas a Comunicação. Torna-se
possível estudar os meios de comunicação dentro da perspectiva coletiva da formação
do espaço público ou do uso da comunicação como forma racional de engajamento
dentro das diversas comunidades. Conclui-se, então, que o estudo da Comunicação está
intrinsecamente ligado ao conceito e ao desenvolvimento da Sociedade. Conforme a
sociedade evolui e se organiza, a comunicação adquire novos significados e utilizações,
adaptando-se à necessidade humana e criando novos meios de comunicação.
A partir do surgimento de novas tecnologias e da convergência dos meios de
comunicação surge o questionamento de como a sociedade deve proceder frente a esse
fato, assim, as Teorias dos Meios de Comunicação buscam entender como as chamada
Novas Tenologias de Comunicação ampliam as possibilidades anteriores de interação
dos seres humanos. Antes os mass media eram responsáveis por difundir a informação
de forma centalizada e hierarquizada, mas a partir das NTC há a possibilidade de
transformar todos em potenciais produtores de informação e criar um rizoma de todos-
todos, uma rede de interação.
Martino ressalta que o saber comunicacional não definiu exatamente o que seriam
os meios de comunicação, ficando apenas no âmbito de: “aqueles instrumentos que
servem para se comunicar”10. A convergência reforça para essa imprecisão no conceito
dos meios, isso causa um impacto no estudo da comunicação que pode ser observado
10 MARTINO, em “De qual comunicação estamos falando?”
nas várias e recentes pesquisas que analisam as formas com que a sociedade está se
relacionando com a interatividade característica dessas novas mídias.
Henry Jenkins, um dos maiores pensadores sobre o impacto das novas medias no
cotidiano, é um exemplo de estudiosos do tema. Em seu livro “Cultura da
Convergência” ele procura delimitar a relação da cultura popular com o fluxo de
conteúdo dessa rede midiática única: analisando alguns exemplos concretos da
atualidade, como a franquia Matrix, o fanatismo causado por Star Wars e os reality
show Survivor e American Idol. Jenkins utiliza como base para fundamentar seus
argumentos o tripé: convergência midiática, inteligência coletiva e cultura participativa.
Sendo que os dois últimos conceitos se referem, respectivamente, ao consumo da mídia
dos indivíduos que é influenciado pelo coletivo e ao papel cada vez mais ativo dos
consumidores.
3. Em relação ao uso inicial que Rigley faz de sua webcam. a) Faça uma análise desse uso
Assim como Jennifer Ringley o fez, pessoas comuns e famosos estão, há mais de
uma década, se utilizando do fênomeno “webcam” e divulgando-o na internet. Muito se
discute a respeito do real intuito que esses usuários de webcam têm em expor suas
imagens a outros navegadores do cyberespaço. A concepção de que trata-se apenas de
uma forma de voyeurismo, de exibicionismo e/ou de narcicismo é frequentemente
defendida. No entanto, é evidente o fator limitante dessa idéia geral de que a auto
exibição pública, feita por esses usuários, não é nada além de uma forma de auto-
vigilância, com o intuito de promover o divertimento banal. “Trata-se de reconhecer
que, com webcams e ciberiários, o desejo de se conectar aos outros e de expressar sua
vida comum e banal como “arte” (sites, diários literários, exposição de fotos, filmes,
etc.) pode revelar uma resposta ao enfraquecimento da dimensão social do espaço
público”.11
Jennicam é apenas um exemplo do fênomeno social a qual está inserido. A
necessidade de auto expressão e de estabelcer conexões, não só de Jennifer Ringley,
mas de quase a totalidade dos usuários de webcams que expõe sua vida particular na
esfera pública, trouxe para a superfície uma reflexão a respeito do esvaziamento do
11 LEMOS, Diários pessoais e webcams na Internet
espaço público. Essa nova forma de sociabilização e de expressão individual, os diários
online via imagens cibernéticas, mostram uma forma de luta contra a desespacialização
e o enfraquecimento da esfera pública. "A passagem da industrialização para a
globalização destruiu os ideais comuns, e o mundo ficou ‘desbussolado’. Na euforia
depressiva, as pessoas sentem necessidade de escrever -ou seja, firmar um novo contrato
com a língua, o mais forte instrumento de identificação do ser humano como humano. E
quando o ser humano se reinventa, isso, como toda a invenção, só faz sentido, só existe,
se é conhecido pelo outro, independentemente de quem seja esse outro." 12
Não se pode afirmar com certeza se Jennifer criou seu site pessoal como válvula
de escape do cenário real. No entanto, com efeito, a ciberiária está inserida no
contexto. "A Internet traz Jenni a meu desktop, mas isso não me dá acesso aos seus
sonhos. E esse é o paradoxo da Jennicam. As suas imagens são íntimas, mas não
reveladoras. Elas mostram-me tudo, mas nada me dizem. Ela não faz nada de especial
para seu público. Nada sobre sua vida é incomum, exceto o fato de que ela a abriu para
o público.” 13
Ser espectador do espetáculo virtual de Jennicam faz com que as pessoas sintam-
se conectadas, religadas, pertencentes a um contexto social, mesmo que esse seja
considerado fútil ou banal. “Com as webcams e os diários pessoais não estamos
sozinhos quando olhos estranhos nos espreitam.” 14Compartilhar uma outra realidade é
um alívio a existência real, tanto do espectador, como do emissor das imagens, uma vez
que ser visto também significa estar próximo. Jennicam nada mais é do que uma luta
contra a solidão. A sociedade “conectada virtualmente”, pertencente do contexto de
esvaziamento do espaço público, busca apenas uma outra alternativa, uma nova fórmula
contra a estranheza e o desencontro.
b) Situe suas observações em relação ao problema discutido em aula sobre a
corrente teórica sobre os usos da tecnologia como determinação do sentido dos meios.
A tecnologia não é a mesma ao longo da história, ela muda de acordo com o
desenvolvimento humano e as suas necessidades. Apesar de ser composta por objetos
dos quais nos servimos, ela não se limita a isso. Ela trabalha em duas dimensões: a da
ação e a da representação. A dimensão da ação se relaciona com objetos mecânicos que
12 VERSIGNASSI, Weblogs reinventam o uso da Internet 13 SHAVIRO, Jennicam, in New Media Notes 14 LEMOS, A arte da vida – Diários pessoais e webcams na internet
permitem determinados tipos de ações humanas no que tange a modificação do mundo.
A representação, ou seja, modo como nos vemos através dos meios de comunicação,
altera a nossa capacidade de pensar e decidir, pois tomamos decisões a partir da
quantidade e qualidade de informações que temos acerca das situações que vivemos.
Com isso, a representação muda a forma como vemos o mundo e, por consequência,
como agimos em relação a ele.
Portanto, os meios de comunicações são formas de representação coletiva, isto é,
simulam/fornecem maneiras de se explicar o mundo. Sendo assim, ao codificar e
decodificar o signo virtual, o individuo põe em prática um ato de consciência baseado
na representação do real. “...a atividade de comunicação estabelece uma relação de
identidade entre o órgão do corpo e aquilo que é efetivamente entendido. Ou seja, todos
os fatores do circuito funcional, então, o órgão do corpo, o efeito que é almejado
(reações afetivas), a função que é recortada da realidade (o referente enquanto símbolo)
e aquela que é estendida (a linguagem), enfim todos os fatores da equação simbólica
que exprimem o problema dos meios de comunicação reenviam à atividade da
consciência. Codificar e decodificar uma mensagem são atos de consciência assim como
a mensagem estocada sobre um suporte: o processo, o resultado e os elementos em jogo
(signos) no circuito funcional dos meios de comunicação são invariavelmente
manifestações da consciência.”15
Nesse ponto surge a questão: a tecnologia determina o social ou vice-versa? Isso
irá depender de cada caso. Não precisa haver uma oposição entre essas duas visões, em
geral, essa influência é mútua. O resultado é que o artificial criado pela tecnologia se
incorpora ao humano, e acabamos vendo nela algo de nós mesmo. É um sentimento
narcisista que surge a partir de seu uso contínuo. O desenvolvimento humano se dá pela
externalização do que pensamos através das linguagens e técnicas que criamos para
isso, ou seja, existe um ciclo que se influencia internamente, pois o uso social
resignifica o sentido da tecnologia. Existe uma substituição das habilidades humanas
naturais por objetos técnicos através do compartilhamento de uma realidade simbólica
no que tange os modos de expressão. Então, quando falamos de Comunicação, os
objetos tecnológicos, que poderiam ser apenas suportes para determinados casos de
comunicação, acabam adquirindo novas funções. O significado simbólico da função não
está limitado a um objeto específico, mas sim ao modo como a sociedade o utiliza,
15 MARTINO, 111
descobrindo possibilidades através do equacionamento simbólico da realidade. O que
significa que não é o objeto o importante, mas o uso que se faz dele, para determinar o
seu papel dentro da estrutura social. É o uso o responsável pela incursão da necessidade
daquele objeto, ou seja, as pessoas aprendem a usar uma determinada função e sentem
falta dela, não necessariamente do objeto que servia de suporte para realizá-la. A partir
disso, também é possível concluir que o surgimento de um objeto pode despertar nos
indivíduos uma necessidade que nunca pensou em ter.
Quando Ringley utilizou a sua webcam para esse novo fim, houve uma mudança
no significado original da webcam enquanto suporte para a comunicação. Ela retirou a
webcam do âmbito privado e a transformou em um meio de comunicação de massa ao
postar suas imagens na Internet, assim, altera-se o uso simbólico da webcam.
4. Aponte uma passagem que o autor expressa um ponto de vista próximo
do determinismo tecnológico.
“Mas como o ambiente mediático se transforma, então também se transforma, os
indivíduos e as sociedade que usam estes meios. (...) Éramos forçados a acomodar
nossas necessidades a aquilo que as antigas tecnologias podiam oferecer. (...) Estamos
apenas começando a compreender o potencial que os meios alternativos têm para
atender necessidades que não sabíamos ter.”
“Segundo o determinismo tecnológico, à medida que a tecnologia se desenvolve
e muda, as instituições no resto da sociedade mudam.” 16 Dusek afirma que teóricos da
Comunicação como McLuhan, Adorno e outros tentam explicar, não sem discordâncias,
através da perspectiva determinista tecnológica como os meios de comunicação e suas
mudanças atingem a sociedade.
McLuhan, por exemplo, divide seu estudo em três estágios da sociedade de acordo
com o desenvolvimento dos meios de comunicação e faz a análise de como foi transição
da sociedade a partir do desenvolvimento dos meios. A sociedade arcaica é oral e todas
as informações devem ser memorizadas. Já a escrita retira as informações do âmbito
coletivo, uma vez que a leitura é uma atividade individual, e o leitor não tem mais
contato com aquele que produz a história.
No caso dos novos meios eletrônicos de comunicação, eles mudaram a
experiência e a cultura humana novamente. McLuhan considera a televisão um 16 DUSEK, p. 117
instrumento de salvação que instrui e informa a todos em âmbito global. Enquanto os
pesquisadores da Teoria Crítica, como Adorno, a consideram um instrumento de
alienação, um aparelho que torna as pessoas inconscientes e infantis. “Seja como for
que avaliemos os resultados de ver a televisão, a afirmação de que a tecnologia da
televisão afetou a psicologia e a cultura dos que a vêem não pode ser colocada em
dúvida.” 17
Sendo assim, afirmação acima pode ser enquadrada como próxima ao pensamento
do Determinismo Tecnológico devido ao fato de explicitar como a tecnologia criou
necessidades nos seres humanos. Ou seja, os autores conferem à tecnologia a
responsabilidade por modificar o modo como as pessoas se relacionam e entendem a
sociedade. Existe na afirmação uma noção da perda de liberdade por parte dos
indivíduos, uma vez que o autor coloca que as pessoas estavam presas dentro da lógica
dos meios antigos e os meios novos foram responsáveis por libertá-las e ainda incutir
novas formas de comunicação. Sendo assim, o autor parece expressar que o ser humano
deixa de ser sujeito da ação e age, na verdade, de acordo com a influência exercida pela
existência das tecnologias.
5. Em sua opinião, o autor tende a corrente dos usos da tecnologia ou do determinismo tecnológico?
O texto trabalha bastante atrelado tanto à corrente dos usos da tecnologia como à
corrente do determinismo tecnológico. Ele reconhece o uso como forma de
resignificação dos objetos técnico, mas parece tender a considerar a perspectiva do
determinismo tecnológico como a mais apropriada para descrever as ações de Jennifer
Ringley e a relação dos indivíduos com os meios de comunicação. No trecho citado
também na questão acima: “Mas como o ambiente meditático se transforma, então,
também se transformam os indivíduos e as sociedade que usam estes meios.”, essa
relação de influência parece acontecer de uma forma bastante direta, como se o fato de
existir a webcam e o fator condicionante de Ringley já ser acostumada a usar os meios
antigos pudesse criar uma necessidade de interação que antes não existia.
Os valores sociais, como a privacidade, são modificados pela inserção de um meio
de comunicação que possibilita novas formas de interação, uma vez que ele altera o
modo como nos percebemos dentro da sociedade. Sendo assim, certos valores são
17 DUSEK, p. 134
perdidos ou modificados e o meio acaba entrando na dinâmica de relação das pessoas e
diluindo-se nas ações do dia-a-dia.
É verdade que o autor explica como Ringley utilizou a webcan de um modo
inovador e, assim, deu novo significado a ela. Ou seja, a webcan não ficou limitada a
seu uso original, mas seu alcance foi ampliado a partir do uso e da liberdade que
Ringley teve para isso. No entanto, essa iniciativa, nas palavras do autor, parece ter
surgido de uma conjuntura condicionada pelo desenvolvimento da tecnologia dos meios
de comunicação e não da vontade pessoal propriamente dita: “Estamos apenas
começando a compreender o potencial que os meios alternativos têm para atender
necessidades que não sabíamos ter”, ou seja, os meios podem proporcionar experiência
de interação que nós ainda não achamos que precisamos, mas que, pela sua existência,
passamos a ter e a sentir necessidade. É o caso do Twitter, há pouco tempo ninguém
sentia necessidade de postar suas atividades para demais pessoas verem, mas com o
surgimento da ferramenta, milhões de pessoas começaram a utilizá-la. No entanto, nem
tudo é determinismo tecnológico, uma vez que os usuários expandiram o significado
original do Twitter e o usam para mais funções do que as originais, tais como:
divulgação de eventos, concursos de micro-contos, comunicação institucional de
empresas, propaganda eleitoral, contato com amigos. Ou seja, o uso é que dá o
significado da ferramenta, apesar da existência da mesma ter gerado a modificação
inicial de necessidades dos indivíduos.
6. “A definição de ‘amigo’ foi alargada” o que significa isso? A evolução da tecnologia leva à resignificação do uso dos objetos técnicos. O
meio de comunicação, por exemplo, adquire mais funções além das que originalmente
possue e, assim, consegue criar novas possibilidades de interação. Isso gera uma
expansão da capacidade de interação oferecida pelos meios e atenua o significado dos
obstáculos ambientais através da simulação de contato com as outras pessoas. Estar no
mesmo espaço passa a não ser mais premissa básica para que haja comunicação e, por
conseqüência, relações de amizade. “A Internet é um dos mais bem sucedidos exemplos
de infra-estrutura da informação. A Internet é, de uma vez e ao mesmo tempo, um
mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio para
colaborações e interações entre indivíduos e seus computadores, independentemente de
suas localizações geográficas.” 18
É possível fazer uma analogia com o que Benjamin, no texto “A Obra de Arte na
Era de sua Reprodutibilidade Técnica” explicita acerca do efeito das inovações
tecnológicas em relação à arte. O autor coloca que a reprodutibilidade técnica permite a
expansão da arte. A exposição a desmistifica e a retira do âmbito do culto, assim, tudo
contribui para que a arte se aproxime das massas. A relação de amizade segue a mesma
lógica.
No caso de JenniCam, Jennifer Ringley consegue alcançar pessoas que ela
possivelmente não teria conhecido se estivesse limitada ao espaço geográfico. A relação
afetiva acabou se estabelecendo em um ambiente virtual através do uso da imagem
como forma de interação. Isso exemplifica como as pessoas conseguem se sentir
próximas mesmo sem ter estado juntas fisicamente. E toda essa conjuntura gera uma
expansão do termo amigo, pois Jennifer compartilha momentos de sua intimidade e isso
gera a possibilidade de estabelecer laços. No entanto, assim como Benjamim coloca em
relação arte, há a perda da aura da amizade como a conhecemos originalmente.
O Big Brother, programa de reality show mundialmente famoso, é um exemplo de
como a pessoas conseguem se identificar com outras sem haver contato físico. Milhares
de espectadores comentam e sentem que conhecem aquelas pessoas que assistem
diariamente e, muitas vezes, não conseguem nem separar até que ponto a pessoa é
realmente aquilo que se vê. A imagem transmitida substitui a pessoa no estado físico. O
meio de comunicação não é um corpo estranho, mas permeia as relações e a interação
ao servir como extensão do corpo, ou seja, sua existência é diluída com o decorrer do
tempo e do uso contínuo.
7. "Estamos no meio de uma revolução na tecnologia da comunicação que
está transformando a cultura e a ordem social em torno do mundo"
a) Que elementos do texto são evocados para sustentar a idéia de uma revolução? Baran e Davis ao observarem que “anos depois Jennifer Ringley, como outros,
não parece compartilhar os valores de Truman”, sustentam a existência de uma
revolução em andamento. Pois a mudança de valores é consequência inerente de uma
18 LEINER, p.1
revolução. E se consideramos que Truman, como personagem cinematográfico, tem
como papel e objetivo representar as idéias, valores e comportamentos da própria
sociedade, então, se pode confirmar que transformações sociais estão ocorrendo, sendo
a relação com a privacidade uma delas
No terceiro parágrafo do texto, quando Baran e Davis dizem que “... como o
ambiente mediático se transforma, então, também se transformam os indivíduos e as
sociedades que usam estes meios. O relacionamento entre Ringley e seus amigos foi
alterado”, mais uma vez comprovam o desenrolar da atual revolução já que evidenciam
transformações na dinâmica das relações sociais causadas pelo uso dos meios de
comunicação.
c) A qual revolução se refere o autor e como situá-la no quadro de uma historia da comunicação, ou seja, como podemos compará-la com as anteriores?
Baran e Davis estavam se referindo a uma revolução da informação. Uma
revolução informacional se caracteriza por mudanças, sutis ou não, das estruturas da
sociedade e do comportamento dos indivíduos assim como de seus valores, ou seja, da
própria dinâmica da sociedade realizadas por meio da convergência de mais de um
instrumento/objeto da comunicação. Essas ferramentas só originam algum tipo de
transformação profunda na sociedade caso sejam usados ou estejam integrados em
movimentos sociais já existentes.
Irving Fang em seu livro, “A History of Mass Communication -Six Information
Revolutions” identifica seis revoluções da informação. A primeira, a Revolução Escrita,
se iniciou na Grécia no ano Oito A.C. A partir desta,o conhecimento, por meio da
escrita, passou a ser armazenado em papiros. A seguinte revolução, a da Imprensa,
ocorreu na metade do século XV na Europa, aprimorou a capacidade de propagação das
informações ao combinar o papel e o invento de Gutemberg.
Já a Revolução das Mass Media, da metade do século 19, permitiu a massificação
da informação ao levar notícias e conhecimento dos mais diversos locais do planeta aos
indivíduos comuns. A Revolução do Entretenimento, do final do século 19, se
caracterizou pela reprodução e distribuição em grande escala dos produtos do
entretenimento, que se tornariam o hobby preferido da sociedade.
A quinta revolução, da metade do século XX, se distingue pela criação do
“Communication Toolshed Home.Esse último significa o intercâmbio da casa para o
local central de recebimento de informação e entretenimento. Isso acontece em função
da variedade e quantidade de suportes que ela hospeda. Conseqüentemente, há uma
supervalorização dos meios de comunicação no cotidiano dos indivíduos. A forte
presença dos meios pode ser evidenciada pela posição de destaque da TV nas casas,
também pela atual revolução, denominada de “Information Highway”, que é causada
pela convergência do computador, do “broadcasting”, do satélite, etc.
A “Information Highway” inova ao disponibilizar novas mídias e ao aumentar as
opções comunicacionais, sendo a perda da predominância dos grandes meios pelo uso
da mídia alternativa a exemplificação da conseqüência desta alta variabilidade de
opções. Ao mesmo tempo em que oferece a possibilidade de conectar pessoas
independentemente da distância, ameaça a convivência física nas famílias e em outros
grupos sociais, o que pode ser observado no trecho do texto de Baran e Davis: “as
pessoas optam por esta ‘vida real’ as expensas de outras atividades da vida real e outras
formas de comunicação mediatizada”.
Essa revolução também aumenta a interatividade dos usuários em relação ao
controle sobre as informações, a comunicação todos-todos substituindo a unilateralidade
original dos canais de transmissão de informação. Outra mudança trazida pela atual
revolução é a possibilidade de realizar atividades, antes necessariamente realizadas em
ambientes para tanto construídos, sem sair de casa, o que pode ocasionar alterações no
espaço real e na organização das próprias cidades. Outra característica dessa revolução é
a desmassificação, isto é, a tendência de produzir conteúdos para grupos específicos,
considerando a variedade dos gostos pessoais.
Desse modo, a atual revolução preza uma comunicação mais interativa e
convergente. Os canais tendem a bidirecionalidade do fluxo de informação e a
democratização da produção de informação, essa nova alternativa de se comunicar vem
causando modificações cujos resultados são ainda incertos na mídia e na sociedade, mas
irreversíveis, uma vez que as estruturas da sociedade estão profundamente alteradas.
8. “(...) embora estejamos presos a uma revolução nas comunicações, muito de nossa atenção ainda está presa aos meios dinossauros”. Analise esta frase e situe o problema em relação à matéria discutida em sala de aula.
Todos os meios de comunicação, ao longo da história, vêm trazendo suas
contribuições para a redução do espaço. Em outras palavras, para a agilidade e
eficiência na comunicação entre os indivíduos de localidades diferentes. Segundo
McLuhan, os meios de comunicação atuam como extensões das capacidades naturais
dos seres humanos. A televisão, por exemplo, atua como uma extensão dos olhos do
espectador, exibindo um conteúdo que público normalmente não poderia presenciar de
forma física. O telefone, da mesma forma, permitiu o alcance da voz a longas distâncias,
antes jamais pensadas. O rádio, por sua vez, trouxe as notícias aos ouvintes distantes,
como uma extensão dos ouvidos. No entanto, com a revolução das comunicações, os
mesmos meios comentados por McLuhan são tratados, hoje, como “meios dinossauros”.
Razão para isso é o aparecimento da Internet.
A Internet, ao contrário dos meios antigos, através da comunicação mediada por
computadores, proporcionou a extensão de várias capacidades naturais. Não apenas é
possível ver as coisas que nossos olhos naturalmente não vêem, mas podemos também
interagir com elas, ouvir aquilo que desejamos, tocar em realidade virtual, conversar
com quem não conhecemos. Em suma, a interação é possível de diversas maneiras.
Apesar da avassaladora revolução nas comunicações, a sociedade atual, imersa no
mundo das novas tecnologias, mantém-se ainda presa aos chamados “meios
dinossauros”. “A Revolução é bem-vinda. A sociedade é conservadora por natureza. Na
Internet respiramos revolução. Enquanto no mundo real não queremos mexer em nada,
na Web estamos ansiosos por mudanças, e cada vez com mais velocidade. O medo da
revolução continua habitando fora das fronteiras virtuais”. 19
A transformação de paradigmas e significações que o surgimento da Rede
acarretou no mundo acabou traindo os conceitos da comunidade tradicional. Não há
proximidade geográfica entre os usuários. Não há interação física. A comunidade virtual
estrutura-se essencialmente dentro de um único aspecto: o interesse em comum de seus
19 LEMOS, em Razon y palabra – Primeira Eletrônica en América Latina Especializada em Comunicación
membros. A partir deste interesse, as pessoas alcançam o objetivo de criar entre si
relações sociais independentes do fator físico. Os antigos meios também possuem o
caráter de “não-interação” no que tange a corporeidade. No entanto, os “meios
dinossauros” não causam o efeito de “saciedade” e comodismo que a internet provoca.
Utilizar-se dos meios pouco atuais não cria no indivíduo a sensação de que aquele meio
de comunicação é o bastante. Assistir a um programa de televisão, falar ao telefone ou
ouvir a programação da rádio não é o suficiente para que o indivíduo se comunique com
todas as pessoas que deseja com propriedade e eficácia. A internet, pelo contrário,
acarreta essa “saciedade”, uma vez que ela aparentemente “encurta” os espaços
geográficos com tamanha eficiência, fazendo com que surja a sensação de não serem
necessárias, ao menos de maneira evidente, outras formas de interação ou comunicação.
Assim, o indivíduo que se resumisse à nova mídia, na ilusão de pertencer a uma
coletividade satisfatória, acabaria por isolar-se cada vez mais.
No entanto, a sociedade, como menciona a passagem acima, ainda é conservadora.
Seria uma tarefa de alto teor de dificuldade encontrar um internauta que se limitasse
apenas ao uso da internet. Ainda há o interesse, mesmo que esse esteja decrescendo, em
variar as formas de interação e manter viva a necessidade de procurar por mais. Não
apenas a busca por novos meios e novas mídias, mas também a procura pela
continuidade das relações reais, mantidas pela mútua presença de indivíduos nos
mesmos espaços geográficos. O trecho a seguir exemplifica com propriedade essa
necessidade da sociedade em manter-se viva, apesar dos fios, das telas ou dos
comandos: “A sociedade virtual aceitou os "novos bons sensos" sem um debate
profundo. Estamos rompendo as amarras sem muita discussão. A revolução é um novo
bom senso. Dessa forma, podemos compreender que a Internet não tem nada a ver com
computadores. Tem a ver com pessoas. De nada adiantam programas incríveis,
tecnologia de bolso ou quaisquer outros aplicativos se as pessoas não estiverem
vivendo, convivendo e participando desse lugar feito de cabos, silício e, também, de
tecnologia sem fio.” 20
20 LEMOS, em Razon y palabra – Primeira Eletrônica en América Latina Especializada em Comunicación
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