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1 Revista Arquidiocese A Revista da ANO 2 - EDIÇÃO NÚMERO 18 - JANEIRO DE 2013 rquidiocese de Aparecida

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Revista Arquidiocese de Aparecida

Transcript of Janeiro 2013

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1 Revista Arquidiocese

ARevista da

Ano 2 - Edição númEro 18 - JAnEiro dE 2013rquidiocese

de Aparecida

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ArquidioceseRevista da

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Editorialmatéria de CapaCF 2013 - Fraternidade e Juventude

ministério Extraordinário da Sagrada ComunhãoEucaristia, encontro pessoal com Jesus Cristo

Seminário Bom JesusRecomeçar de um Ano Novo...

Escola da FéAs características da Fé

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Expediente

Revista da Arquidiocese de AparecidaAno 2 - Edição número 18Janeiro de 2013

Arcebispo: Dom Raymundo Damasceno AssisEditora: Andréa Moroni – MTB 026616 SPProjeto Gráfico: Editora ExpediçõesRevisão: Jaqueline PereiraImpressão e Fotolito: Resolução GráficaTiragem desta edição: 5 mil exemplares

Arquidiocese de AparecidaR. Barão do Rio Branco, 412 – centro – AparecidaAssessoria de Imprensa: (12) 3104-2623www.arquidioceseaparecida.org.br

Para anunciar ligue: (12) 3133-2449

A Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Críticas e sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected]

13 EspiritualidadeSob a proteção de Maria Mãe de Deus, ini-ciamos um novo tempo, tempo de paz

Com o abraço e a bênção deDom Raymundo Cardeal Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida, SP

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notíciaAparecida sedia o10º Encontro Nacional de Folia de Reis

Formação LitúrgicaCriatividade na Liturgia

14 Aconteceu

ANO NOVO, VIDA NOVA

No fim e no início de cada ano, devemos lançar um olhar de grati-dão para o passado e para o futuro. Agradecer tudo que já recebemos de Deus e agradecer a oportunidade que Ele nos dá de começar um novo ano e, com isso, a chance de endireitar o que, talvez, fizemos mal no passado. Começar, enfim, uma vida nova.

Poder começar um ano novo – e quantos o teriam desejado se lhes ti-

vesse sido possível – é dom, é graça de Deus.Refletindo sobre o mistério do tempo na passagem do ano, desejo par-

tilhar com você um dos capítulos do livro, “A Alegria do Momento Presente”.Santa Teresa do Menino Jesus, carmelita e padroeira das missões,

afirmava que cada momento presente é um tesouro e para amar a Deus na terra só há o hoje.

A tão amada Beata Thereza de Calcutá dizia que não é o número de nossas atividades que é importante, mas sim a intensidade do amor que nelas colocamos.

E Jesus, no evangelho nos diz que devemos viver bem cada mi-nuto porque santo é aquele que é fiel nas pequenas coisas (Lc 16,10).

Não é fácil viver bem o presente. É necessário disciplina, esfor-ço, e sobretudo a graça de Deus. Não é fácil agradar sempre a Deus, nem é fácil sorrir para todos e amar a todos a cada momento, mas se vivermos sempre o amor no presente, estamos, sem perceber, esva-ziando-nos de nosso egoísmo e proclamando bem alto, com a vida, a soberania e o amor de Deus.

A nossa vida é formada de milhões de minutos; se vivermos bem cada minuto, estamos nos santificando. Cada momento é graça que devemos aproveitar; cada momento é dom que devemos multiplicar; cada momento é decisivo, que devemos valorizar; cada momento é novo para podermos recomeçar sempre; cada momento é diferente para despertar nossa criatividade e imaginação.

Peçamos a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa, para que nos ajude a viver cada momento de nossa vida, con-forme os Seus ensinamentos, procurando sempre amar e fazer o bem ao próximo, fazendo do nosso dia-a-dia uma oferta a Deus.

Que os bons desejos que temos em nosso coração e os que ex-pressamos aos outros se tornem realidade.

A todos vocês um Feliz 2013, repleto de bênçãos, saúde e paz!

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atéria de CapaMCF 2013

Fraternidade e Juventude

Aberto para visitação todos os dias das 8h às 11h30 e das 14h às 18h

Distribuição das “Pílulas Devocionais” de Frei Galvão

Avenida Integração, 151 - Bairro São BentoCep: 12.522-030 - Guaratinguetá - SP

Tel.: (12) 3132-6233www.seminariofreigalvao.org.brfreigalvao@franciscanos.org.br

SEMINÁRIO

FRANCISCANO

FREI GALVÃO

Será lançada em fevereiro, na quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade. Esse ano o tema será: “Fraternidade e Juventu-de”, e o lema: “Eis-me aqui, envia-me Senhor”

Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF de 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma te-mática. A acolhida do tema “Fraternidade e Juventude” tem como objetivo ser mais um elemento, além da Jornada Mundial da Juventude, para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.

O presidente da Comissão para Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pi-nheiro, explicou uma das metas principais da CF 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e pro-postas, como também, os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jo-vens e aos adultos.

O objetivo geral da Campanha é acolher os jovens no contexto de mudan-ça de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz. “Dentro do sentido da palavra “acolher” está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão para Juventude da CNBB.

Dom Eduardo Pinheiro comentou o impacto da mudança de época no con-texto atual. “A mudança de época altera paradigmas, critérios, maneiras de interpretar a vida, é algo que mexe à fundo com as pessoas. A maneira de se relacionar, de viver, de enxergar, de interpretar, de julgar é diferente. Há aspectos negativos da mudança de época como a substituição do papel dos pais e da escola pelos Meios de Comunicação de Massa e a imposição de uma cultura homogênea pela mídia. Há também aspectos positivos como a valorização da pessoa, o reconhecimento da diversidade cultural e o avanço tecnológico e a expansão das relações”, informou.

O bispo afirmou que os jovens são os novos agentes de comunicação, pois nasceram na era digital e detêm o conhecimento técnico. “Tem-se que

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reconhecer que o mundo digital está nas mãos da juventude. O novo jeito de o jo-vem ser e interagir tem suas raízes nessa comunicação em rede. Ele respira e vive na chamada ambiência midiática, uma teia de novas tecnologias em que se pode ser ouvido, visto, considerado. Comunicar não é, portanto, apenas uma questão instrumental, mecânica, unidirecional, é inter-relacional, é vida”, explicou.

A cultura midiática reforça a questão da interatividade, fazendo com que as novas gerações diante da Igreja queiram participar. “Os jovens querem ter voz e vez, querem dar opinião. E a contribuição dos jovens é muito importante para a missão da Igreja”, comentou.

O presidente da Comissão para Juventude da CNBB destacou a necessi-dade de acompanhamento dos jovens por adultos e mostrou-se preocupado com a situação atual. “Faltam líderes adultos que acompanhem a juventude. Precisamos buscar mais esse elemento”.

JMJ - O debate do universo do jovem durante a CF 2013 também coincide com a realização da Jornada Mundial da juventude, em julho, no Rio de Janei-ro. De 23 a 28 de julho são esperados milhares de jovens, vindos de vários países para participar do evento.

O lema da jornada será “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). O anúncio do lema foi feito pelo Papa Bento XVI no dia 24 de agosto de 2011.

São muitas as atividades às quais os jovens são convidados a participar, como: as catequeses, eventos culturais, momentos de partilha e vida comum. Mas existem aquelas que estão previstas para a Jornada, como os atos cen-trais (cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a Via-Sacra, a Vigília dos jo-vens com o Papa e a missa de encerramento) e os atos extraordinários.

Lançamento na Arquidiocese – O Lançamento da Campanha da Fra-ternidade na Arquidiocese de Aparecida será no dia 31 de janeiro, em Gua-ratinguetá, às 19h30. A abertura será feita pelo Cardeal Arcebispo de Apa-recida, Dom Raymundo Damasceno Assis, com as presenças dos padres Leandro, assessor da CF na Diocese de Taubaté e o Padre Evaldo César, do Comitê Local da Jornada Mundial da Juventude.

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Notícia

apareCida sedia o 10º enContro naCional de Folia de reis

“Senhor e dono da casa, vai chegando a folia / Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria /Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria ai ai ai!” O primeiro verso da música Folia de Reis de André e Andrade retrata a fé e a tradição de um povo, que todo os anos é revivi-da na terra da Padroeira do Brasil

De 17 a 20 de janeiro, Aparecida sedia o 10º Encontro Nacional de Folia de Reis. Cerca de 80 folias dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás devem participar do evento que já se tornou tradicional na cidade.

A prefeitura fica responsável por toda a infraestrutura da festa, o alojamento dos foliões, alimentação e a programação do evento, que inclui procissões, missas, visitas às paróquias e shows.

O Encontro começa na quinta-feira, com a visita das folias às comu-nidades das paróquias de Aparecida: São Roque, Santo Afonso e Nos-sa Senhora Aparecida. Nessas visitas, os foliões cantam, rezam nas casas e almoçam com as famílias. As visitas acontecem até o sábado.

Na quinta-feira também tem início o tríduo em louvor a São Be-nedito, com a Celebração Eucarística às 19h, na igreja dedicada ao santo, em Aparecida.

No sábado, dia 19, pela manhã, haverá concentração na Praça Be-nedito Meirelles, no centro de Aparecida. De lá, as folias seguem em procissão até o Santuário Nacional onde assistem a missa das 9h.

Após a celebração, os foliões visitam a imagem de Nossa Senhora Aparecida e, em seguida, seguem para o presépio do Santuário, onde recebem uma bênção especial.

As apresentações das folias de reis acontecem sempre na praça Benedito Meirelles, local também dos shows preparados, especial-mente, para o evento. Também no sábado, dia 19, a partir das 16h, começa a concentração das folias que seguem em procissão pelas ruas centrais da cidade.

No domingo, último dia do encontro, haverá missa campal na praça Benedito Meirelles, às 10h, e ao meio-dia almoço de encerramento.

OrigensNa cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemo-

rados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em

louvor aos “Santos Reis” e ao nascimento de Cristo. Essas manifesta-ções festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos: 6 de janeiro.

Trata-se de uma tradição originária da Espanha que ganhou força especialmente no século XIX e mantém-se viva em muitas regiões do país, sobretudo, nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Mi-nas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Goiás.

No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros, Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhe-cida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.

Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes é composto de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas, devida-mente caracterizadas, segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Mestre da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.

As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção da-quelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou re-pouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê.

No Sul de Minas um grupo de Folia de Reis é composto da Bandeira ou Estandarte que é decorado com figuras alusivas ao menino Jesus, ou mesmo com palavras relativas à data. Outro componente importante é o Bastião que se veste de modo característico, mascarado e sem-pre porta uma espada. Ele tem a função de folião propriamente dito, levando alegria por onde a folia passa, e como que abrindo caminho para a passagem da Folia que, de certa forma, representa os próprios Reis Magos. O Bastião tem também a função de citar textos bíblicos e recitar poesias alusivas.

Na sequência, o grupo de vozes se organiza em Mestre, Ajudante, Contrato, Tipe, Retipe, Contratipe, Tala, ou Finório. Na verdade esses nomes se referem a uma organização das vozes em tons e contratons, durante a cantoria, o que leva a formação de um coro muito agradável aos ouvidos. O Mestre, por sua vez, tem papel especial de iniciar o can-to, que é feito em versos e de improviso, agradecendo os donativos da casa visitada. Os outros componentes então repetem os versos, cada qual em sua voz, na cadência definida pelo Mestre, acompanhados pe-los instrumentos que tocam.

Fotos: portal a12.com e prefeitura de Aparecida

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Precisamos planejar tudo na vida. Cada ano que se inicia nos propomos novas metas e novos obje-tivos com a consciência de que estamos diante de um recomeço, muito mais ainda quando falamos da vida humana. E para bem recomeçar é necessário perceber que é o centro da vida humana, o mais alto pa-tamar ético, ou seja, a espiritualidade tem a ver com ação, logo é produção. Ela nos apresenta uma nova transparên-cia de propósitos, novos valores e expectativas e um novo enfoque relacional. A espiritualidade está dentro de cada um de nós.

E para que tudo isso aconteça, a mudança reside em nós mesmos, e como fonte de esperança também está dentro de nós, o Reino de Deus, que para acontecer é preciso conhecer o caminho do recomeço, pois conhecer o caminho não é a mesma coisa que trilhá-lo até ao seu termo. É saber que no final da caminhada precisamos olhar para nossas metas e objetivos do recomeço, onde estará alguém muito importante à sua espera: você.

RecOMeçAR De uM ANO NOVO...

Seminário Bom Jesus

Assim, para administrarmos bem o nosso recomeço, a essência de tudo, está na nossa espiritualidade, em nosso processo de experiência da fé, pessoal e comunitária, tri-lhado pela pessoa que vai ao encontro do Sagrado, dando sentido à sua existência, atingindo a dimensão da liberda-de do ser humano, através do mundo espiritual. A vida hu-mana não pode ser separada da espiritualidade.

Então, para bem recomeçar se faz necessário construir bases sólidas e objetivas. É preciso olhar sempre para a nossa vida humana, com a consciência de uma espiritua-lidade madura, e encontrar na vivência da espiritualidade a verdadeira identidade do recomeçar. Portanto, para re-começar é preciso aceitar as condições que existem, e a responsabilidade de mudá-las.

Seminarista Odair Siqueira

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Escola da Fé

[email protected] Bíblica “Beato João Paulo II”

As cArActerísticAs dA fé

Desejamos um Ano Novo feliz e santo para todos. Certamente, a grande graça deste ano de 2013 continua sendo o Ano da Fé. Não po-demos perder o foco e, tampouco, a oportunida-de de redescobrir o caminho da fé.

O Catecismo da Igreja Católica revela quais são as características da fé. Primeiramente, nos ensina que a fé é uma graça, uma virtude sobre-natural infusa por Deus. Sem a ajuda da graça e sem o auxílio do Espírito Santo, não podemos crer, ter o coração voltado para Deus. A fé é um ato humano, pois envolve nossa inteligência e liberdade. Se facilmente colocamos nossa confiança em pessoas, em nada “fere a nossa dignidade” crer e confiar no Senhor e entrar em íntima comunhão com Ele, por causa da autoridade de Deus mesmo, que se revela, que não pode se enganar, nem nos enganar.

A fé é segura, mais que todo e qualquer conhecimento humano, pois está fundada sobre a própria Palavra de Deus. A fé procura compreender, pois lhe é próprio o desejo de conhecer, cada vez mais e melhor, aquele em quem confia. Santo Agostinho nos diz: “Creio para compreender e compreendo para melhor crer”.

Na sua relação com a ciência, embora a fé esteja acima da razão, não pode haver desacordo entre elas, pois ambas provêm do mesmo Deus. É por isso que a pesquisa conduzida de maneira verdadeiramente científica e de acordo com as normas de moral, jamais se oporá à fé. Por ser um ato humano, a fé pressupõe a liberdade, portanto deve ser voluntária. Ninguém pode ser constrangido a abraçar a fé contra a sua vontade. Jesus convidou à fé e à conversão sem jamais obrigar ninguém a dar sua adesão: “Quem quiser vir comigo...” (Mt 16,24).

A fé é necessária para agradar ao Pai (Hb 11,6), para chegar à condição de filho de Deus e obter a vida eterna. Crer em Jesus Cristo e naquele que o enviou para a nossa salvação é condição essencial para se obter a salvação.

A fé exige perseverança, pois devido nossa condição de pecadores, podemos perder o precioso dom da fé (1Tm 1,18-19). Precisamos cultivar, fazer crescer a fé, alimentando-a pela Escritura Sagrada e pela oração: “Senhor, aumenta-nos a fé” (Lc 17,5), torná-la ativa pelas obras da caridade (Gl 5,6), ser sustentada pela esperança (Rm 15,13) e estar enrai-zada na fé da Igreja.

A fé é começo da vida eterna e nos faz provar, antecipadamente, da alegria e da luz da visão beatífica, objetivo final de nossa caminhada. Temos certeza, na fé, que “veremos a Deus face a face” (lCor 13,12) “tal qual Ele é” (1Jo 3,2). Nesta esperança devemos nos vol-tar para as testemunhas da fé: Abraão, que acreditou “esperando contra toda espe¬rança” (Rm 4,18); a Virgem Maria, que em sua “peregrinação de fé” foi até à “noite da fé”, comun-gando o sofrimento e a noite do túmulo de seu Filho.

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A Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (LG 11 Lumen Gentium). Na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro es-piritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (PO 5 Pres-byterorum Ordinis).

Qual é a nossa predisposição quando vamos participar da Missa?

Vamos realmente para celebrar e ter um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, ou vamos apenas cumprir preceito, muitas vezes apenas pelo receio do pecado, pela falta à Missa Do-minical?

É que, se vamos apenas cumprir preceito, tudo vai servir para nos distrair, tudo vai servir para criticarmos: por que são muitos cân-ticos? por que a homilia foi longa? por que leram muito devagar? por que isto ou por que aquilo? E afinal o nosso encontro com Jesus Cristo perdeu-se no meio do “mundo”, e a Missa foi realmente uma “seca”, porque foi assim que a vivemos.

Será por isso também, que muitos de nós durante a Missa, da-mos mais importância ao telefone, ao vizinho e a vizinha, do que a celebração, do que ao momento de encontro com o nosso próprio Deus, que por nós se entrega, que por nós se faz realmente presen-te, porque nos ama com amor eterno, amor esse a que, com essa nossa atitude, não correspondemos minimamente.

É extraordinário então, como no final da Missa, nos lembramos do que os outros fizeram ou tinham vestido, de como o coro desafi-nou ou não, mas não nos lembramos das Leituras, ou minimamente, do que o Sacerdote disse durante a homilia!

Podemos então lembrar-nos das palavras que Jesus Cristo diri-giu aos seus discípulos no Monte das Oliveiras:

euCaristia, enContro pessoal CoM Jesus Cristo

Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão

Pe. Jalmir Carlos HerédiaDiretor Espiritual do MESC

“Por que dormes? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação” (Lc 22, 46).

É certo, que muitos desconhecem a essência que constitui uma Missa, e por isso mesmo, não é possível viver bem aquilo que não se conhece, mas a verdade é que, desde o Catecismo da Igreja Católica a inúmeros documentos da Igreja e livros de espiritualidade escritos por homens da Igreja, só não procura saber mais, quem não quiser, ou a tal se dispuser.

Acresça o fato de que, hoje em dia, não só nas paróquias, mas também nas Dioceses, acontecem muitas ações de formação sobre os Sacramentos, as quais estão abertas à participação de todos.

Que no inicio desse ano possamos refletir sobre o quanto ainda temos que mudar para melhor participar e viver a extraordinária gra-ça que é o Sacramento da Eucaristia.

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Agenda: Paróquias, Pastorais e Movimentos

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ComuniDADe De São João neumAnn CelebRA PADRoeiRo

A comunidade de São João Neumann, no bairro do Monte Ver-de, pertencente a Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Guara-tinguetá, celebra seu padroeiro de 04 a 13 de janeiro.

A novena será celebrada às 19h30 e no domingo, dia 06, às 15h. No dia da festa, dia 13, a missa festiva será às 11h e, logo após, quermesse.

sobre o santo - João Nepomuceno Neumann, nasceu no dia 28 de março de 1811 em Prachstitz (República Checa). O desejo, desde menino, de ser sacerdote o levou a disputar 20 vagas para 80 candidatos. Sendo estudante muito aplicado - sa-bia 11 línguas - sentiu o chamado de ser missionário, lendo cartas de São Paulo (2 Cor 11.23 a 28). Viajou rumo à Nova Iorque, onde o bispo de lá o acolheu. No dia 25 de junho de 1835 foi ordenado sacerdote. Grande sacerdote e pequeno em estatura (1,58m).

No dia 04 de setembro de 1840, pediu para entrar na Congregação dos Redentoristas. No dia 19 de março de 1852, chegou uma carta do Papa Pio IX nomeando-o Bispo da Filadélfia, com 41 anos de idade. O zelo missionário era constante. Construiu escolas, 61 igrejas, reformou 10 e deixou 9 em construção. Fez catecismo em alemão para as crianças e instituiu a adoração de 40 horas. Neumann morreu no dia 05 de janeiro de 1860, com 49 anos.

Foi beatificado no dia 13 de outubro de 1963 pelo Papa Paulo VI e canonizado pelo mesmo Papa, no dia 19 de junho de 1977. É o 4º Santo Redentorista e o 1º dos Estados Unidos.

Monsenhor Darci será orDenaDo bispo eM fevereiro

Monsenhor Darci José Nicioli, nomeado pelo Papa Bento XVI, bispo-auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, será ordenado no dia 03 de fevereiro de 201, no Santuário Nacional, às 18h. A Eucaristia de Sagração Episcopal terá como consagrante Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis e co-consagrantes Dom Pedro Fré, Bispo Emérito de Barretos, e Dom Cláudio Hummes, Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo. Monsenhor Darci convida a todos para esta Celebração Eucarística.

FeStA De SAntoS ReiS e noSSA SenhoRA DA ConCeição em lAgoinhA

De 03 a 06 de janeiro, no bairro da Ponte Nova, em La-goinha, acontece a celebração da festa de seus padroeiros. Todos os dias haverá missa às 19h, em seguida, será rea-lizado leilão de prêmios. No dia da festa haverá procissão às 09h, missa na igreja do bairro e distribuição de almoço.

festa de são sebastião do Macuco - De 17 a 20 de ja-neiro, acontece a festa de São Sebastião, padroeiro do bair-ro do Macuco. Todos os dias haverá missa às 19h, seguida de leilão de prêmios. No dia da festa haverá procissão às 10h30, e logo após, missa solene e almoço comunitário.

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paróquia são roque Faz aniversárioNo dia 09 de janeiro a Paróquia São Ro-

que, em Aparecida, completa 19 anos de ins-talação. Para comemorar a data haverá Cele-bração Eucarística às 19h30 na matriz. Todos os paroquianos estão convidados.

inscrição para catequese da Primei-ra eucaristia – Todas as crianças que irão completar nove anos até o dia 30 de junho podem se inscrever para a catequese, a partir de 7 de janeiro. Os pais ou respon-sáveis devem comparecer à secretaria da paróquia levando a certidão de batizado e de nascimento da criança.

paróquia são francisco coMeMora aniversário

A Paróquia São Francisco de Assis, em Guaratinguetá, comemora em 13 de janeiro o seu 22º aniversário de fundação. Para celebrar a data será feita memória aos padres que já passaram pelo pastoreio desta comunidade.

O primeiro pároco de São Francisco foi o Padre José Ferreira, que teve como auxiliar, durante um período, o Pe. Renato da Silva, e depois, como Vigário Paroquial, o Pe. Reginaldo Trindade.

O segundo pároco foi o Pe. Carlos Afonso, que teve como Vigário Paroquial o Pe. Brito. O terceiro foi o Pe. Carlos Roberto de Carvalho e o quarto, o Pe. Reginaldo Trindade. Em julho de 2012, Padre Matusalém Gonçalves dos Santos assumiu a paróquia.

A homenagem a todos esses párocos e vigários será feita durante a Celebração Eucarística no dia 12 de janeiro, às 19h, na matriz de São Francisco.

Comunidade São SebaStião em aPareCida Celebra Padroeiro

A Comunidade São Sebastião, da Paróquia Santo Afonso Maria de Ligório, em Aparecida, realiza entre os dias 18 a 27 de janeiro, a festa de seu padroeiro. A novena será celebrada todas as noites, a partir das 19h30. Como estamos no Ano da Fé refletiremos a respeito do Credo e o tema geral será:“Com a intercessão de São Se-bastião, queremos professar nossa Fé Cristã!”

No dia 27, encerrando as festividades de São Sebastião, haverá missa solene às 18h30 e, logo após, procissão percorrendo as ruas da comuni-dade. Haverá show e quermesse durante a festa.

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Formação Litúrgica

Criatividade na liturGia

Pe. Narci Jacinto BragaAssessor de liturgia

Criatividade litúrgica é uma adaptação bastante simples da liturgia com vistas a fazê-la cor-responder melhor às circunstân-cias e ao grupo de pessoas com o qual se celebra. Nesse tipo de criatividade, apenas uns poucos elementos são tocados, objetivando-se chegar a uma ação litúrgica mais viva e vibrante.

Cabe ao grupo que prepara a celebração, juntamente com seu presidente, des-cobrir quais são as criatividades capazes de promover uma participação intensa e integral que aproxime mais o povo da liturgia e a liturgia do povo.

De maneira geral nas comunidades, levando-se em conta o tipo, as exigências e a cultura das pessoas do lugar, alguns gestos e expressões podem ser bem utili-zados na liturgia, como a dramatização de alguma leitura, uma procissão em ritmo de dança, a utilização de cartazes, retro-projetores, slides, vídeos etc. A liturgia, que sempre acolheu elementos visuais em vista de intensificar a sua celebração, pode hoje perfeitamente lançar mão desses modernos e importantes recursos.

Todavia, seria muito bom recordarmos que uma correta criatividade litúrgica, em primeiro, não se lança à procura de coisas fantasiosas ou à caça da novidade pela novidade, mas busca valorizar da melhor forma possível aquilo que a comunidade já está acostumada a celebrar. Isso porque também a criatividade, se não é alicerçada na liturgia e bem realizada, pode causar grande desilusão e profundo cansaço. Ora, utilizando corretamente o que possuímos, nos enriquecemos muito; em seguida, estaremos prontos para a inclusão de elementos novos e criativos.

Pode-se começar com pouco, procurando alcançar um gradual aprofun-damento. Com vista a isso, oferecemos, a seguir, uma série de ideias e su-gestões simples, mas bem concretas que podem servir para iniciar um sadio processo de criatividade litúrgica.

(Continuação deste assunto no próximo número)

Extraído do Livro: A Missa e suas partes José Raimundo de Melo

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spiritualidadeE

N

sob A Proteção de MAriA Mãe de deus, iniciAMos uM novo

teMPo, teMPo de PAz

Que grande alegria iniciarmos o ano celebrando Maria, Mãe de Deus e o dia Universal da Paz. Maria as-sumiu para si a missão confiada por Deus, respondendo generosamente pela fé o Sim que traria ao mundo um novo tempo, uma nova vida. Com Maria, Mãe de Deus, iniciamos nosso novo ano e com toda certeza chega o momento da realização das promes-sas, inclusive aquelas que fizemos na noite de Natal: de sermos melhores, de semearmos amor, alegria e paz nos corações, de deixar Jesus crescer em nós e levá-Lo a todos.

Maria nos inspira a viver todos esses propósitos no nosso sim de cada dia, pois ao assumir a missão de ser Mãe nos ensina a obediência e a fide-lidade aos desígnios de Deus.

A homenagem a “Maria Santíssima, Mãe de Deus”, foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. E começou a ser celebrada em Roma, no século quatro. Desde 1931 era comemorada no dia 11 de outu-bro, mas, com a última revisão do calendário religioso, passou à data atual - a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após a data de seu nascimento.

À solenidade de Maria neste dia soma-se o Dia Universal da Paz. Nin-guém mais do que Ela poderia encarnar os ideais de paz, amor e solida-riedade, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu Cristo.

Que a Mãe de Deus e nossa nos acompanhe ao longo de todo esse ano e que sejamos instrumentos de paz para um novo mundo.

Rezemos: Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humani-dade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com sua intercessão, pois Ela nos trouxe o autor da vida. Santa Maria, Mãe de Deus... Rogai por nós!

Pe. André Gustavo de SousaFormador do Seminário Missionário Bom Jesus

Assessor da Comissão Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Aparecida

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Aconteceu

Dia 18/01 – Padre luiz Fernando lopes – Paróquia nossa Senhora de Fátima – aniversário natalícioDia 24/01 – Padre Antônio galvão dos Santos – Paróquia São Pedro – aniversário natalício

Aniversariantes de janeiro

Santuário Nacional de Aparecida inaugurou complexo “CIDADE DO ROMEIRO”

O Santuário Nacional de Aparecida inaugurou no sábado, dia 15 de dezembro, a Cidade do Romeiro. O evento contou com Celebração Eucarística e show gratuito da dupla sertaneja Gian e Giovani.

Segundo o Ecônomo do Santuário, padre Luiz Cláudio Alves de Macedo, a Cidade do Romeiro nasceu da preocupação do Santuário Nacional em oferecer aos visitantes a mesma qualidade de atendimento destinada aos bispos, que desde 2010 transferiram a Assembleia Geral dos Bispos do Brasil para Aparecida. “Assim nasceu então, a Cidade do Romeiro e o Hotel Rainha do Brasil, que juntamente com o Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida e toda a estrutura existente na Basílica Nacional, formam, sem dúvida, o maior complexo de acolhida disponível em Aparecida”.

As festividades tiveram início com a Celebração Eucarística às 18h,no Santuário Nacional. A missa foi presidida pelo Cardeal Arcebispo

de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis e concelebrada por vários outros padres Redentoristas.Em seguida, os participantes da celebração sairam em procissão da Tribuna Bento XVI até a Cidade do Romeiro para o descerra-

mento da Placa e bênção da Imagem de Nossa Senhora Aparecida. O show com a dupla Gian e Giovani encerrou as comemorações.

cIDADe DO ROMeIRO

A Cidade do Romeiro possui uma área de 177 mil metros quadrados e está locali-zada a 700 metros do Santuário Nacional, no local onde antigamente funcionava um parque da cidade.

É composta por hotéis, capela, centro comercial com lanchonete e loja de ar-tigos religiosos e ampla área verde, nascida de um moderno estudo e tra-balho paisagísticos, lagos e muito espaço para uma estada tranquila. Tudo devidamente planejado para oferecer conforto ao visitante.

Fonte e fotos: Portal a12.com

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