Introdução Problematização - AVA...
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Projeto Pós-graduação
Curso Enfermagem do Trabalho, Saúde Pública com Ênfase
em Saúde da Família e Vigilância Sanitária
Disciplina Ergonomia
Tema Conceitos fundamentais em ergonomia e ferramentas
para a AET
Professor Silvana Bastos Stumm
Introdução
Vamos falar, hoje, sobre um tema um tanto quanto complexo por envolver
diversas definições. Trataremos dos conceitos de ergonomia, da análise
ergonômica do trabalho e das ferramentas utilizadas.
(vídeo disponível no material on-line)
Problematização
Uma enfermeira do trabalho desenvolve suas funções em um grande
hospital. Um de seus trabalhos é feito na postura sentada, em frente a uma
bancada, na qual há uma série de fichas e relatórios referentes a funcionários
que estão sob sua supervisão.
Em uma análise ergonômica preliminar, o profissional observa a
enfermeira desenvolvendo suas atividades em seu posto de trabalho e constata
que a altura do tampo da bancada é muito elevada e que há falta de espaço para
as pernas.
Após a conferência das de fichas e dos relatórios, diversos documentos
devem ser encaminhados ao departamento ao lado. Para agilizar tal processo,
há uma pequena correia transportadora que se encontra ao fundo da bancada e
que faz com que a enfermeira se obrigue a debruçar-se sobre o tampo,
sobrecarregando a sua coluna vertebral, além de estender por completo o braço
e antebraço.
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A situação descrita é agravada pelo fato de a enfermeira estar sentada
em uma banqueta industrial, com assento em madeira, sem revestimento. Como
ela trabalha com as pernas dobradas e rotacionadas para a direita, sente uma
forte pressão na região das nádegas, os pés ficam dormentes diversas vezes ao
dia e sente fortes dores na altura do pescoço, que é estendida até os braços. A
dor nas costas é considerada “insuportável”. Como é extremamente difícil
trabalhar sentada para executar essa tarefa, a enfermeira decide trabalhar em
pé, sentindo ainda mais dores nas costas, pernas e pés.
Como essa situação ocorre com outros profissionais, o hospital opta em
chamar um ergonomista a fim de avaliar essa questão e outras também. Na sua
opinião, o que esse profissional deve fazer?
(vídeo disponível no material on-line)
Trabalho prescrito e trabalho real: modos operatórios, regulação
e estratégias operatórias
De que forma podemos entender o trabalho prescrito e o trabalho real?
Segundo Brito (2009), o conceito de trabalho prescrito fundamenta-se
em estudos referentes a situações reais. Vincula-se a regras e objetivos
definidos pela organização, bem como a condições dadas – é o que se deve
fazer durante o processo de trabalho.
Em contrapartida, o trabalho real, como define Brito (2009), é uma
resposta a imposições externamente estabelecidas, ou seja, desenvolve-se de
acordo com os objetivos determinados pelo trabalhador, a partir dos objetivos
definidos pela organização.
Entre o trabalho prescrito e o real, afirma Brito (2009), há uma
considerável distância; isso ocorre devido à dinamicidade das situações reais de
trabalho, da instabilidade e dos imprevistos.
Assista ao vídeo da professora, em que ela aprofunda essa comparação
entre o trabalho prescrito e o trabalho real.
(vídeo disponível no material on-line)
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Vamos seguir com nosso estudo abordando, na sequência, os modos
operatórios. Mas, para chegarmos a esse tópico precisamos abranger, ainda,
outros aspectos igualmente importantes. Vejamos!
Você saberia dizer o que significam as estratégias operatórias? Parece
um pouco difícil de definir, certo?
Estratégias operatórias nada mais são do que estratégias específicas
para a regulação da atividade em situações de trabalho que fazem uso de
instrumentos (PINHO et al., 2003). Note que, a cada novo tema, surgem novas
dúvidas, surge um novo assunto, como a regulação citada. Primeiramente,
vamos concluir a explicação de estratégias operatórias, incluir os modos
operatórios para, a partir daí, abordarmos regulação.
Independentemente do tipo de trabalho a ser realizado, o indivíduo
desenvolve diversas estratégias operatórias, informa Trierweiller et al. (2008).
São definidas pelo seu perfil, sua competência, sua saúde e a forma de
organização. São os modos de realizar e regular o trabalho, com o intuito de
manter as normas organizacionais e alcançar o objetivo final (TRIERWEILLER
et al., 2008).
Conforme Montmollin (1995 apud ABRAHÃO et al., 2005), estratégias
também são entendidas como um conjunto de regras que resultam em ação e
devem ser seguidas ordenadamente, envolvendo o raciocínio e a resolução de
problemas.
Segundo Silvino e Abrahão (2003), as estratégias operatórias são
processos de categorização, resolução de problemas e tomada de decisão, que
resultam em uma sequência de ações e operações.
Os procedimentos que se desenvolvem, resultantes das estratégias
operatórias, são denominados modos operatórios (GUÉRIN, 2001 apud
GONÇALVES e CAMAROTTO, 2008). Trata-se da consequência da regulação
entre os objetivos, os meios disponíveis, os resultados e o estado interno do
trabalhador.
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Lembre-se de que o trabalhador está diretamente envolvido em todo o
processo. Veja como todos os elementos se inter-relacionam: a relação entre a
estratégia e o modo operatório torna-se clara, decorrente da necessidade em se
gerar novos modos diante dos limites da própria atividade.
Reinterpreta-se a situação atual e elaboram-se estratégias, com o objetivo
de resolver os problemas e prever possíveis incidentes.
Estratégias ações constante atenção aumenta a carga cognitiva
envolvida no desempenho da tarefa
Assista ao vídeo a seguir sobre estratégias operatórias e modos
operatórios.
(vídeo disponível no material on-line)
Executar determinada atividade exige maior ou menor mecanismo
cognitivo como categorização, resolução de problemas e tomada de decisão.
Seguindo o mesmo raciocínio, temos como resultados:
Possíveis formas de interpretação das informações;
Necessidade de ter conhecimento;
Registros de memória do trabalhador (SILVINO e ABRAHÃO, 2003).
Agora vamos retomar o assunto sobre a regulação.
De maneira clara e direta, a regulação é o processo pelo qual um
mecanismo ou um organismo mantém-se em equilíbrio ou altera seu
comportamento a fim de adaptar-se às circunstâncias.
Qual o papel do trabalhador nessa questão?
Ele irá confrontar seus resultados, com os objetivos anteriormente
estabelecidos pelas normas de produção, a fim de ajustar suas novas ações
(KRUGER, 2007).
Segundo Magalhães (2006), a regulação é a atuação de acordo com as
regras estabelecidas, normalmente em forma de lei. Esse termo, usado na esfera
da saúde, refere-se à função desenvolvida pelos sistemas de saúde de maneira
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geral, tendo um sentido mais abrangente se comparado à regulamentação
mercadológica nessa mesma área (MAGALHÃES, 2006).
De que forma conseguimos deixar um pouco mais claro o seu significado?
Entenda a regulação como estar sujeito a regras e a leis no vídeo a seguir.
(vídeo disponível no material on-line)
Na ergonomia – em especial na ergonomia participativa –, a regulação
divide-se em externa e interna.
Entenda melhor a ergonomia participativa acessando o artigo a seguir.
http://www.scielo.br/pdf/prod/v3n2/v3n2a02
No Brasil, o termo ergonomia participativa surgiu a partir do rápido
processo de descentralização e municipalização ocorrido na primeira metade da
década de 1990. Os setores responsáveis pelo controle e pela avaliação
pertencentes ao extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência
Social (conhecido como Inamps), passam a ser geridos pelos municípios. As
secretarias estaduais de saúde, na maioria dos estados, eram a sede desse
órgão até sua extinção pela Lei Federal 8.689, de julho de 1993 (MAGALHÃES,
2006).
Entenda um pouco essa lei acessando o seu texto.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8689.htm
Cria-se, a partir de então, a Política Nacional de Regulação do Sistema
Único de Saúde, SUS, instituída por meio da Portaria n. 1559, de 1 de agosto de
2008.
Regulação externa: não há praticamente nenhuma participação interna,
apenas de um consultor externo.
Regulação interna: os membros da empresa já entendem os conceitos
básicos de ergonomia e estão aptos a assumir o controle, não sendo mais
necessário o consultor externo (IIDA, 2005).
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Como ações integradas dessa política têm-se:
Regulação de sistemas de saúde;
Regulação da atenção à saúde;
Regulação do acesso à assistência (BRASIL, 2008).
O objetivo de cada uma das ações você encontra no site disponível. Não
deixe de acessar! Sempre é produtivo termos informações além daquelas que
nos são fornecidas.
http://www.saude.mt.gov.br/regulacao/arquivo/1493/legislacao
Ferramentas para análise ergonômica do trabalho:
competências, representações operatórias
Pensar em ferramentas nos leva a pensar, habitualmente, em um trabalho
que exige esforço. Mas, quando falamos em ferramentas para análise
ergonômica, devemos ter outro pensamento.
As ferramentas ergonômicas, conforme Shida e Bento (2012), auxiliam a
reconhecer cargas de trabalho que podem provocar lesões nos trabalhadores.
Movimentos repetitivos, trabalho intenso e posturas inadequadas são
responsáveis por causar lesões, influenciando no afastamento do indivíduo.
Antes de abordarmos diretamente as ferramentas, vamos tratar da
Análise Ergonômica do Trabalho – também chamada AET. Você perceberá, no
decorrer do nosso estudo, que, sem uma análise adequada, não temos como
definir as ferramentas a serem usadas.
Assista ao vídeo em que a professora trata da Análise Ergonômica do
Trabalho.
(vídeo disponível no material on-line)
Relembrando Taylor e a organização científica do trabalho, as tarefas,
antigamente, eram cientificamente analisadas a fim de que se eliminasse todo e
qualquer desperdício. Dessa forma, esse estudioso tabulou os modos de
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execução, os movimentos, os arranjos, o tempo de execução, o espaço de
trabalho e os modos operatórios.
Segundo Iida ( 2005), sob a ótica metodológica, a AET deve envolver as
seguintes etapas:
Análise da demanda – descrição do problema a ser analisado e que
necessita de uma ação ergonômica. Nessa etapa, envolvem-se gerentes,
supervisores, trabalhadores e ergonomistas, denominados atores
sociais, que iniciam tal processo por meio de uma negociação entre os
envolvidos.
Análise da tarefa – verificam-se as diferenças entre o trabalho prescrito
e o de fato realizado. Isso ocorre devido às condições de trabalho serem
diferentes das condições previstas e porque nem todos seguem
exatamente o que foi determinado.
Análise da atividade – é o que o trabalhador realmente executa em
função de seu comportamento a fim de alcançar os objetivos traçados.
Formulação do diagnóstico – visa encontrar as causas do problema
descrito na demanda.
Recomendações ergonômicas – abrangem as providências a serem
tomadas para resolver o problema diagnosticado.
Conforme Kruger (2007), cada uma das análises supracitadas
necessita de uma descrição precisa e de observações e medidas
sistemáticas.
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De acordo com Wisner (2004), a AET é uma metodologia coerente e
eficiente, cientificamente comprovada por meio de estudos diversos, permitindo
melhor conhecer a realidade do trabalho. Segundo Gonçalves e Camarotto
(2008), a AET de determinado posto de trabalho não se limita tão somente ao
tamanho da bancada, ou da mesa, ou da cabine. Tudo em análise envolve,
inclusive, o que é controlado a partir do posto que faz parte da avaliação.
No vídeo a seguir, a professora falará sobre as ferramentas ergonômicas.
Acompanhe!
(vídeo disponível no material on-line)
Conforme coloca Pavani (2007), as ferramentas usadas para a AET são
diversas, mas, em casos de riscos posturais, têm-se os checklists, as
ferramentas semiquantitativas e as ferramentas quantitativas.
Os checklists apresentam-se em forma de respostas a um conjunto de
perguntas, e a interpretação dos dados é feita por meio de uma escala. Como
exemplos têm-se: o checklist de Lifshitz e Armstrong, de Keyserling e de Couto.
As ferramentas semiquantitativas baseiam-se em observações diretas
ou indiretas, selecionando-se os dados fundamentados em perguntas e os
MEDIDAS
Sobre as pessoas
Medidas fisiológicas do
esforço sobre as atividades
Modos e tempos operativos
Sobre o ambiente
Dimensões, iluminação,
temperatura, ruído e vibração
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convertendo em escalas numéricas ou diagramas. São ferramentas
semiquantitativas: Método OWAS, Método ARBAN, Instrumento de Rodgers,
Método RULA, Método HAMA e Método REBA.
As ferramentas quantitativas recomendam fórmulas para o
levantamento de cargas. Exemplos dessa ferramenta são: National Institute for
Occupational Safety and Health (NIOSH), Método de Moore e Garg e o Método
OCRA (PAVANI, 2007).
Para saber mais sobre cada método, acesse os dois sites recomendados.
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2
&ved=0CCAQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.fisioterapia.com%2Fpublic%2Ffi
les%2Fsalvar_como.php%3Ftxt_path%3Dartigo%2Focra.pdf&ei=FOoDVMSVO
NWQNrzWgqgO&usg=AFQjCNEbd2S3JJrS2swehQgq9ATBLgEnKw&sig2=OP
be5G6FLAk81yhg2bgzyg
http://www.faac.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/MestradoeDoutorado/Design/Dissertacoes/joellen-ligeiro.pdf
O quadro a seguir mostra alguns métodos, além dos mencionados, que
você pode pesquisar.
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Quadro 1: Ferramentas ergonômicas Fonte: Ligeiro, 2010
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Competências
De acordo com Gonçalves e Camarotto (2008), as competências
determinam o conhecimento para realizar uma ação e para ser hábil quando agir.
Segundo Montmollin (1995 apud GONÇALVES e CAMAROTTO, 2008), é
preciso considerar o “aspecto cotidiano da competência”, pois o trabalhador,
além de ser ativo do presente, também é do passado e do futuro. À medida que
um trabalho prático se desenvolve, conhecimentos vão sendo adquiridos, bem
como novas habilidades e competências. Sempre existe uma finalidade para a
competência dada (GONÇALVES e CAMAROTTO, 2008).
As competências são, portanto, articulações de conhecimentos,
habilidades e experiência construídas e modificadas enquanto a atividade é
realizada.
É a competência que permite agir, então é possível recomendar
mudanças em situações de trabalho (GONÇALVES e CAMAROTTO, 2008).
Acompanhe, no vídeo a seguir, a explicação da professora sobre as
competências e as representações.
(vídeo disponível no material on-line)
Observe como há inter-relação entre os inúmeros assuntos tratados aqui.
A mobilização das competências adquiridas, como citam Gonçalves e Camarotto
(2008), é o marco para que os modos operatórios sejam elaborados, podendo
ser considerados estratégias. Torna-se cada vez mais fácil, desde que a
empresa concorde, adaptar as estratégias em função do custo físico, dos
esforços necessários e do tempo para realizar as tarefas.
Representações
Não há como falar em representações sem falar em ergonomia cognitiva
(EC). A EC abrange os processos mentais, de acordo com Iida (2005), como a
percepção, o raciocínio e a resposta motora, relacionados às interações entre
o indivíduo e outros elementos de um sistema.
Segundo Abrahão, Silvino e Sarmet (2005), as representações
armazenam informações sobre o mundo em forma de modelos mentais,
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esquemas, mapas, entre outros. A forma de armazenar depende da
especificidade da informação a ser armazenada. Os trabalhadores criam as
representações no contexto da ação, pois é esta que as definem e as alteram
em função das variações das atividades (WEILL-FASSINA, 1993 apud
ABBRAHÃO et al., 2005).
Os indivíduos, por meio das representações, selecionam as informações
entendidas como essenciais, bem como os procedimentos mais apropriados
para a realização da tarefa.
O papel do ergonomista nesse contexto traduz-se em compreender como
o trabalhador utiliza as representações em situações reais. Não é suficiente
buscar as representações para a ação (ABBRAHÃO et al., 2005).
Lendo o artigo, certamente você compreenderá mais facilmente esse
assunto. Acesse!
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722005000200006
Revendo a problematização
Acredito que você já teve tempo para refletir sobre a situação apresentada
no início dos estudos deste tema. Agora escolha uma das alternativas de
resposta apresentadas a seguir. Na sua opinião, o que o profissional de
ergonomia deve fazer?
a. O ergonomista, acompanhado pelo responsável por esse departamento
do hospital, faz uma breve entrevista com a enfermeira. Em seguida,
algumas medidas da bancada são tiradas, anota-se o modelo da
banqueta e tiram-se algumas fotografias. Várias observações são
efetuadas com outras funcionárias do mesmo setor, constatando-se,
basicamente, os mesmos problemas. A partir daí tomam-se as decisões.
b. O ergonomista, após entrevista com a enfermeira, sugere redimensionar
o posto, eliminando a adoção de posturas inadequadas, possibilitando
que ela trabalhe sentada em uma banqueta mais confortável, com o
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devido espaço para as pernas e os pés apoiados em uma altura
compatível.
c. O ergonomista amplia a análise ergonômica para o ambiente em que está
a enfermeira, diagnosticando outras situações críticas, como a
temperatura, o nível de iluminamento, ruídos, vibração, entre outros.
Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o
material on-line.
Síntese
Concluímos mais um encontro sobre ergonomia. Lembre-se de estudar
sempre e manter-se atualizado. Encare os problemas como desafios e coloque
a saúde do trabalhador em primeiro lugar!
Acompanhe, agora, o vídeo de síntese do tema que estudamos hoje.
(vídeo disponível no material on-line)
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Referências
ABRAHÃO, J. I.; SILVINO, A. M. D.; SARMET, M. M. Ergonomia, cognição e
trabalho informatizado. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 21, n. 2, p. 163-171,
mai/ago 2005.
BRITO, J. C. de. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Fundação
Oswaldo Cruz, 2009. Disponível em:
(http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/Trabalho_Prescrito_ts.pdf). Acesso em: 22
ago. 2014.
GONÇALVES, J. M.; CAMAROTTO, A. Discussão sobre os aspectos
cognitivos envolvidos no trabalho repetitivo. In: Encontro Nacional de
Engenharia de Produção, 28, 2008, Rio de Janeiro.
IIDA, I. Ergonomia. Projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
KRUGER, J. A. Ergonomia e segurança do trabalho. Apostila para curso de
pós-graduação em Gestão da Produção. Faculdade de Tecnologia Senai de
desenvolvimento gerencial. Goiânia: FATESG, 2007.
LIGEIRO, J. Ferramentas de avaliação ergonômica em atividades
multifuncionais: a contribuição da ergonomia para o design e ambientes de
trabalho. (Dissertação de Mestrado), Universidade Estadual Paulista Julio de
Mesquita Filho, Bauru, SP, 2010. Disponível em: http://www.faac.unesp.br/
Home/Pos-Graduacao/MestradoeDoutorado/Design/Dissertacoes/joellen-
ligeiro.pdf). Acesso em: 22 ago. 2014.
MAGALHÃES Jr., H. M. O desafio de construir e regular redes públicas, com
integralidade, em sistemas privado-dependentes: a experiência de Belo
Horizonte. 2006. Tese de Doutorado (Pós-Graduação da faculdade de Ciências
Médicas). Universidade Estadual de Campinas, 2006.
PAVANI, R. A. Estudo ergonômico aplicando o método Occupational
Repetitive Actions (OCRA): uma contribuição para gestão da saúde do
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trabalho. Dissertação de Mestrado (Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e
Meio Ambiente). Centro Universitário SENAC, 2007.
PINHO, D. L. M.; ABRAHÃO, J. I.; FERREIRA, M. C.. As estratégias operatórias
e a gestão da informação no trabalho de enfermagem, no contexto hospitalar.
Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 11, n. 2, p.168-176, mar/abr
2003.
SHIDA, G. J.; BENTO, P. E. G.. Métodos e ferramentas ergonômicas que
auxiliam na análise de situações de trabalho. In: Congresso Nacional de
Excelência em Gestão, 8, 2012, Rio de Janeiro.
SILVINO, A. M. D.; ABRAHÃO, J. I. Navegabilidade e inclusão digital. Revista
de Administração de Empresas RAE-eletrônica, v. 2, n. 2, jul 2003. Disponível
em: (http://www.scielo.br/pdf/raeel/v2n2/v2n2a02.pdf). Acesso em: 18 ago.
2014.
TRIERWEILLER, A. C.; AZEVEDO, B. M. de; PEREIRA, V. L. D. do V.; CRUZ,
R. M.; GONTIJO, L. A.; SANTOS Jr., R. L. dos. A estratégia operatória utilizada
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WISNER, A. Questões epistemológicas em ergonomia e em análise do trabalho.
In: DANIELLOU, F. A ergonomia em busca de seus princípios: debates
epistemológicos. São Paulo: Edgar Blucher, 2004 p. 29-55.
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Atividades
As estratégias são definidas pelo perfil do trabalhador, pela sua
competência, sua saúde e a forma de organização. Podem ser
compreendidas como os modos de realizar e regular o trabalho, com o
intuito de manter as normas organizacionais e alcançar o objetivo final.
Assinale a questão que também contém uma definição de estratégias:
a. Têm o mesmo significado de categorização.
b. Referem-se à interpretação das informações e aos registros de memória.
c. São um conjunto de regras desordenadas, com objetivo variável.
d. São um conjunto de regras que resultam em ação e envolvem o raciocínio
e a resolução de problemas.
Regulação é o processo pelo qual um mecanismo ou um organismo
mantém-se em equilíbrio ou altera seu comportamento a fim de adaptar-
se às circunstâncias. De que outra maneira podemos definir regulação?
a. Ato de agir independentemente de regras estabelecidas, sem
preocupações legais.
b. Ato de raciocinar seguindo regras estabelecidas, normalmente em forma
de lei.
c. Ato de agir seguindo regras estabelecidas, normalmente em forma de lei.
d. Ato de se manifestar seguindo regras estabelecidas, normalmente em
forma de lei.
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A Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde, SUS, foi
instituída por meio da Portaria n. 1559, de 1 de agosto de 2008. Entre
algumas de suas ações está a regulação de sistemas de saúde. Assinale
a alternativa que contém mais uma ação.
a. Regulação do acesso à assistência.
b. Regulação do acesso ao plano particular de saúde.
c. Regulação do acesso à casa própria.
d. Regulação da atenção aos estudos.
As ferramentas ergonômicas auxiliam a reconhecer cargas de trabalho
que podem provocar lesões nos trabalhadores. O que pode causar lesões
nos trabalhadores?
a. Movimentos alternados e trabalho calmo.
b. Movimentos repetitivos e trabalho calmo.
c. Trabalho intenso e postura sentada.
d. Movimentos repetitivos e posturas inadequadas.
Os checklists apresentam-se em forma de respostas a um conjunto de
perguntas, e a interpretação dos dados é feita por meio de uma escala.
As ferramentas quantitativas recomendam fórmulas para o levantamento
de cargas. E quanto às ferramentas semiquantitativas?
a. Baseiam-se em toda e qualquer observação.
b. Baseiam-se em observações diretas ou indiretas.
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c. Baseiam-se em ações diretas e indiretas.
d. Baseiam-se em decisões diretas e indiretas.