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IInntteelliiggêênncciiaa EEmmoocciioonnaall

Eu vejo a LUZ!

2008

Prof.ª Rosana Spinelli dos Santos [email protected]

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IInntteelliiggêênncciiaa EEmmoocciioonnaall Tem aumentado sistematicamente os transtornos emocionais como a depressão e delinqüência (transtornos de conduta anti-social), aumento da violência em todos os níveis e setores sociais, atentados terroristas, seqüestros, conflitos raciais e religiosos, aumento da fome no mundo, do número de homicídios e suicídios, do abuso físico e sexual de mulheres e crianças, dos problemas de não satisfação com o trabalho. Ressurgimento de focos de trabalho escravo, do número de crianças abandonadas, do desemprego em todos os níveis, do uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas, dos problemas de conduta e evasão escolar na infância e adolescência em todas as classes sociais, dos problemas conjugais e conflitos entre pais e filhos. Aumento vertiginoso da taxa de divórcios, da gravidez na adolescência e do fenômeno da mãe solteira refletem uma cultura que só apostou no intelecto. Em um século avançamos tecnologicamente mais do que os dezenove que passamos, no entanto descuidamos do lado emocional... Segundo Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, essa inteligência refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivar e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento e também as características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa de ser esperto, não em termos de Q.I. (Quociente de Inteligência), mas em termos de qualidades humanas do coração (Q.E. = Quociente Emocional). A formação acadêmica não oferece praticamente nenhum preparo para as tempestades ou oportunidades que a vida impõe. Apesar de um alto Q.I. não ser garantia de prosperidade, prestígio ou felicidade, nossas escolas e cultura concentram-se na capacidade acadêmica, ignorando o desenvolvimento da inteligência emocional. As emoções da mesma forma como matemática ou física, com maior ou menor talento, exige seu conjunto exclusivo de aptidões. Essas aptidões são decisivas para a compreensão do por que um indivíduo prospera na vida, enquanto outro, de igual capacidade intelectual, não passa da estaca zero. O que parece importar mais é como a pessoa reage às vicissitudes da vida. Quem lida com os próprios sentimentos e com os dos outros tem maior probabilidade de se sentir satisfeito e ser eficiente. Os que não conseguem exercer controle sobre a sua vida emocional, travam batalhas internas, não se concentram no trabalho, perdem a capacidade de pensar com clareza.

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A Inteligência Emocional representa a capacidade de conciliar a emoção e a razão. É essencial para a criação de carreiras profissionais prósperas e relacionamentos equilibrados e felizes. Muitas pessoas deixam de alcançar seus objetivos simplesmente porque não sabem reagir com inteligência. Os indivíduos emocionalmente inteligentes são os que usam a razão para compreender e lidar com as emoções (as suas e as dos outros), e recorrem às emoções para interpretar o meio envolvente e tomar as melhores decisões. Goleman define esses comportamentos como usar inteligentemente a emoção, “as emoções podem tornar o pensamento mais inteligente, e a inteligência pode permitir pensar e usar de modo mais apurado as emoções”.

A importância das emoções Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, elas possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sozinhos, nossa necessidade é encontrar outras pessoas. As emoções são fontes da informação e nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões mais simples, porque não sentirá nada sobre suas escolhas. Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações, ajustaremos nossos limites e protegeremos nossa saúde física e mental. As emoções nos ajudam a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Se formos também verbalmente hábeis teremos uma possibilidade maior de expressar nossas emoções. Também é necessário que sejamos eficazes no escutar e entender os problemas alheios. Costumam ser classificadas como positivas ou negativas. O primeiro grupo refere-se às emoções que despertam experiências agradáveis e prazerosas, como o amor e a alegria. No outro, estão aquelas que despertam sensações desagradáveis e que podem atrapalhar a comunicação e o entendimento entre as pessoas se não forem compreendidas, como a tristeza, o medo, a raiva.

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É fundamental saber lidar com os sentimentos mais fortes do ser humano: a tristeza, a alegria e a raiva. Todas as emoções (sentimentos) brotam dos pensamentos. Assim: penso em coisas alegres, sinto alegria, penso em coisas tristes, sinto tristeza, penso em coisas irritantes, sinto raiva. Quando deixamos de pensar, as emoções simplesmente desaparecem. Se soubermos conduzir os pensamentos, poderemos direcionar nossas emoções. As emoções precisam ser aliviadas de alguma forma. No momento do "estouro" emocional não existe mais controle racional ou esse é limitado. Os sentimentos se equilibram de alguma forma, pode ser que alguém se sinta abusado emocionalmente, por seu superior, em seu trabalho e não consiga manifestar sua raiva ou insatisfação devido ao medo de perder o emprego, mais tarde essa pessoa pode ter uma discussão com a esposa, filhos, amigos por qualquer razão e inconscientemente aliviará seus sentimentos negativos. Outras vezes erroneamente buscamos esse alívio em vícios perniciosos à saúde (cigarro, álcool e drogas), excesso de alimentos, televisão, internet e exercícios físicos exagerados. Na verdade não temos controle total sobre as emoções, pois elas simplesmente estão lá e precisam se manifestar, é saudável encontrar formas de deixar essas emoções fluírem e de solucionar os conflitos que originam no acúmulo dessas emoções. As emoções nocivas põem em risco nossa saúde física e mental, com queda da nossa produtividade. O descontrole bloqueia o raciocínio, compromete o funcionamento do cérebro e de outras funções do organismo. Quando você está nervoso, você olha sem ver e escuta sem ouvir. Dicas para o Autocontrole: 1) Contar até dez = é uma forma de você parar 2) Afastar temporariamente da situação = para oxigenar o cérebro 3) Prever o que fará = conhecer o meu controle e o meu descontrole 4) Fazer outras coisas = fazer atividades que me dão prazer 5) Ter motivos para continuar = voltar para casa, nada como o dia seguinte...

O aprendizado está na prática diária A inteligência emocional não é genética: estas habilidades são aprendidas, ampliadas e aprimoradas ao longo de nossas vidas. Os padrões emocionais aprendidos podem ser mudados, porque temperamento não é destino. A capacidade de se entender e entender o outro (inteligência interpessoal) é um aprendizado que tem início nas relações primárias, com os pais. As

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lições aprendidas na infância modelam os circuitos emocionais, que comandam a ira, o medo, a paixão, a alegria. Na infância somos muitos menos críticos em relação ao que nos chega como informação do que na idade adulta. Daí sermos muito mais impressionáveis nesta idade do que depois. Ainda não temos as couraças protetoras do caráter, que desenvolvemos com o passar do tempo, e as mensagens que nos chegam, sejam elas explícitas ou subliminares, nos afetam com muito mais intensidade. Se for dito para uma criança que ela está dando trabalho demais para os pais, isto pode fazê-la sentir-se rejeitada para sempre ou como a grande culpada pela infelicidade deles. Pessoas que adquirem conflitos de fundo emocional na infância podem passar a vida toda presa a um problema infantil não resolvido, o que as impedem de amadurecerem emocionalmente. Entender o passado implica em voltar nossa atenção para a infância, que é quando nossa personalidade começa a se definir. Dizem os psicólogos, que há mais diferenças entre um recém nascido e uma criança de cinco anos do que entre um homem de vinte anos e um de setenta. Goleman conclui que a melhor maneira de tornar as pessoas mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las quando ainda são crianças. Ajudá-las a aperfeiçoar sua autoconsciência e confiança, controlar suas emoções e seus impulsos perturbadores, aumentar sua empatia resulta não só em um melhor comportamento, mas também numa melhoria considerável de seu desempenho escolar. Para um adulto melhorar sua própria inteligência ou mesmo modificar seus hábitos emocionais aprendidos na infância, a primeira tarefa é desaprender e reaprender, mas isso requer persistência.

Para desenvolver a sua inteligência emocional Goleman descreve as cinco competências emocionais e sociais básicas que considera extremamente útil e importante para a vida no trabalho. São elas: 1) Autopercepção – saber o que estamos sentindo num determinado

momento, fazer uma avaliação realista de nossas próprias capacidades e possuir uma sensação bem fundamentada de autoconfiança.

Temos quatro tipos emocionais: • Os autoconscientes: têm clareza quanto às emoções e sabem nomeá-las.

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• Os mergulhados: inundados pelas emoções, pouco conscientes dos próprios sentimentos, tendentes ao descontrole.

• Os resignados: que mesmo tendo clareza, aceitam o seu estado emocional e têm pouca motivação para mudar.

• Os somatizadores: com sérias dificuldades em nomear as emoções, expressam-se afirmando “sinto-me péssimo...”

2) Auto-regulamentação – habilidade de lidar com seus próprios

sentimentos, adequando-os para a situação. A pessoa que sabe controlar seus próprios sentimentos se dá bem em qualquer lugar que esteja ou em qualquer ato que realize, pois desenvolve a capacidade de confortar-se, livrar-se da ansiedade, da tristeza ou da irritabilidade.

3) Motivação – utilizar nossas preferências mais profundas para impulsionar-

nos e guiar-nos na direção de nossas metas; a fim de nos ajudar a termos iniciativa e a sermos altamente eficazes diante de reveses e frustrações. A pessoa motivada é mais corajosa e determinada, consegue realizar tudo que planeja, pois tem consciência que todos os problemas são contornáveis e resolvíveis.

4) Empatia: “entrar no sentimento”, pressentir o que as pessoas estão

sentindo; ser capaz de assumir sua perspectiva, cultivar o rapport e a sintonia com uma ampla diversidade de pessoas. A calma é fundamental para que isso aconteça. Os problemas devem ser resolvidos através de conversas claras, sem explosões para que não prejudiquemos o relacionamento com os outros.

5) Habilidades sociais – lidar bem com as emoções nos relacionamentos e

interagir com facilidade. Utilizar essas habilidades para liderar, negociar e solucionar divergências, bem como para cooperar e trabalhar em equipe. Estas habilidades reforçam a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal.

Tipos de emoção AMOR é a afeição profunda, exprime-se através de sentimentos afetuosos, de relaxamento, calma e satisfação, facilitando especialmente a cooperação. A presença do ser amado ativa o sistema de recompensa, trazendo sensações de prazer, felicidade e bem-estar como um todo, que nos faz continuar em sua presença e até ansiar por ela. Se o amor é correspondido, a presença da pessoa amada é também calmante. Quando a pessoa faz aquilo que gosta, sente-se energizada, empenhada e alinhada com a tarefa, concentra-se.

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• Aceitação é concordar em receber, acolher. • Amizade é o afeto que une as pessoas. • Confiança é acreditar em alguém. • Afinidade é identidade ou semelhança de tendências ou sentimentos. • Dedicação é oferecer, pôr-se ao serviço de. • Adoração é amar em extremo, venerar. • Paixão é o sentimento intenso de amor.

Isso não é amor... Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é amor. É carência. Se você faz qualquer coisa para conservar alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é amado, isso não é amor. É falta de amor próprio. Se você acredita que “ruim com ele e pior sem ele”, e só existe em função dele, isso não é amor. É dependência. Se você sente-se dono e senhor do ser amado e não lhe dá o direito de ter escolhas, isso não é amor. É egoísmo. Se você não sente desejo, porém sente algum prazer em estar ao lado dele, isso não é amor. É amizade. Se vocês morrem de ciúmes, não gostam das mesmas coisas, sempre brigam, mas combinam sexualmente, isso não é amor. É desejo. Seu coração palpita mais forte, sua temperatura sobe e desce vertiginosamente, só em pensar no outro, isso não é amor. É paixão. Você realmente ama? ALEGRIA inibe os sentimentos negativos, silencia os pensamentos de preocupação. Neste estado emocional não se observa qualquer mudança particular na fisiologia.

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A pessoa experimenta a tranqüilidade, o repouso, o entusiasmo e mostra disposição para tarefas imediatas, para marchar rumo às metas. É um sentimento agradável que em grande quantidade gera empolgação e inquietação. O humor ajuda a pensar grande, a tomar decisões e o otimismo protege da apatia, permite aprender com o fracasso.

• Contentamento é o estado de quem está alegre e satisfeito. • Alívio é tornar mais leve, sereno, calmo. • Tranqüilidade é o estado de paz, de sossego, de serenidade. • Entusiasmo é a animação, a exaltação, a alegria ruidosa. • Euforia é a sensação de bem-estar, a alegria intensa. • Deleite é o gozo intenso e prolongando dos sentidos. Grande prazer.

SURPRESA é o acontecimento que sobrevém de repente, inesperadamente, que surpreende ou espanta. Aumenta a quantidade de luz na retina e o ritmo cardíaco, impulsionando a ter alguma reação corporal.

• Choque é abalo emocional, comoção. • Espanto é susto, sobressalto, admiração. • Susto é impressão súbita de medo ou espanto.

VERGONHA é o sentimento de desgosto que excita em nós a idéia ou o receio da desonra, está ligada a uma visão negativa de nós mesmos. Está relacionada à sensação de que fizemos algo errado e sentimo-nos culpados, provoca um desconforto emocional por acreditarmos que somos “mal vistos” pelos outros.

• Timidez é receio, retraimento, fraqueza, o acanhamento excessivo, o “ficar sem jeito” em determinada situação, que leva a perturbar-se diante do novo e a relutar na exploração de novos territórios. Faz a pessoa desenvolver excessiva sensibilidade às mudanças, recolher-se dentro de si (escondendo seus sentimentos ou pensamentos), não interagir.

• Culpa é a responsabilidade por ação ou omissão, delito, falta, pecado. • Remorso é a angústia, o tormento, o sentimento de culpa. • Arrependimento é sentir pesar por faltas ou erros cometidos, mudar de

parecer. • Mortificação é atormentar-se, sofrer, sacrificar. • Contrição é o arrependimento por ter ofendido a Deus, penitência.

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TRISTEZA é a falta de alegria; de satisfação pessoal, a melancolia. Essa emoção negativa esmaga a atenção e a concentração, afeta a capacidade cognitiva, reduz a velocidade metabólica, gerando queda de energia e de entusiasmo para começar coisas novas. A tristeza é saudável quando é um sentimento passageiro e leva-nos a reflexão. Mas para que não se torne um estado mórbido de melancolia, você deve vivenciar e expressar sua tristeza através da fala, do choro. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. O luto é útil; mas a depressão total, não. O luto contribui para que a pessoa se ajuste diante de uma perda significativa.

• Depressão: é uma combinação de sintomas em que prevalece o desânimo, a descrença pela vida e uma profunda sensação de abandono, solidão e ausência de perspectivas futuras. Esse abatimento (físico ou moral) gera um senso de inutilidade, de ausência de alegria, confusão, perda de memória, insônia, apatia, falta de interesse por qualquer atividade. Pode vir acompanhada ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e profissional. O deprimido tem uma incapacidade de reavaliar positivamente o que acontece de negativo. Neste estado não precisa de consolo e sim de ajuda para encarar o sofrimento como ele é. É importante o acompanhamento médico, a diversão, os exercícios aeróbicos e o seu empenho em atividades de ajuda ao outro.

• Sofrimento é suportar, agüentar, tolerar, admitir, padecer. • Mágoa é o pesar, o desgosto. • Desânimo é a falta de motivação, de entusiasmo. • Melancolia é a tristeza profunda e persistente. • Desamparo é se sentir abandonado. • Desespero é a angústia muito intensa, aflição, descontrole.

NOJO é uma situação de repugnância, relutância, asco ou aversão por alguém ou alguma coisa, a incompatibilidade. Também é o ato de tristeza profunda, pesar e desgosto.

• Antipatia é a aversão instintiva. • Repugnância é não aceitar, repelir, reagir contra, rejeitar.

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• Desprezo é a desconsideração, indiferença. • Desdém é altivez, descaso, orgulho, arrogância. • Aversão é a antipatia forte, repulsa.

MEDO é a perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente, da presença de alguma coisa estranha ou perigosa. É ele que permite decidir se devemos enfrentar ou fugir de uma situação. Os centros emocionais disparam hormônios, o sangue vai para os músculos do esqueleto, impulsionando-o a correr, fugir ou o corpo imobiliza-se, ficando sem ação. Ter medo indica o que não deve ser feito e significa preparar-se melhor ou buscar outro caminho O medo é um problema quando ficamos paralisados prestando atenção ao que não queremos que aconteça ou quando a nossa projeção de conseqüências estiver distorcida da realidade.

• Ansiedade é a angústia, a preocupação, a excitação extrema. Esse processo gera esperança ou medo, alegria ou dor. A pessoa ansiosa aumenta a significação de um perigo, ignora seus recursos ou "encurta" o horizonte de tempo necessário para lidar com a situação e outras distorções. A alta ansiedade leva ao baixo desempenho familiar, profissional e social.

Como sair da ansiedade: a) É real o que sinto? b) O que de pior pode me acontecer no que sinto? c) Evitar as generalizações, o raciocínio distorcido. d) Pensar de forma positiva.

• Preocupação é a idéia fixa que absorve a mente, opinião antecipada. • Cautela é precaução, cuidado. • Inquietação é agitação, intranqüilidade. • Pavor é grande terror, medo incoercível. • Terror é a ameaça que causa grande medo, espanto. • Pânico é o que provoca medo (por vezes sem fundamento).

RAIVA é uma das emoções mais danosas e de difícil controle. É na verdade, uma reação de defesa frente a uma percepção de ataque e

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ameaça. Decorre da sensação de injustiça, de humilhação, de ameaça à auto-estima e à dignidade. O sangue vai para as mãos, estimulando a pessoa a bater, atirar. Os batimentos cardíacos aceleram, os hormônios (como a adrenalina) aumentam, gerando ação vigorosa. É a corrosão de dentro para fora, provoca vários prejuízos físicos, mentais e espirituais, para si e para os que estão próximos, mas também possui seu lado positivo, pois nos faz tomar atitudes e provocar mudanças. Quando sentir raiva, dilua-a com empatia, comece a pensar porque o outro disse ou agiu assim, reflita sobre o acontecimento e não se deixe dominar por ela. Não alimente a raiva, ela só faz mal para você!

• Indignação é a repulsa, revolta. • Irritabilidade é que se irrita facilmente, colérico. • Ira é a raiva contra alguém, o desejo de vingança.

Quando for o alvo da ira, fuja! • Fúria é a manifestação da ira, da raiva. • Ressentimento é a lembrança da ofensa que não perdoou; mágoa. • Hostilidade é nutrir agressividade contra alguém. • Ódio é a aversão, raiva, rancor profundo e duradouro que se sente por

alguém, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo.

Dores da alma – Paulo Roberto Gaefke As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos. Um amor que acabou mal resolvido... Um emprego que se perdeu inexplicavelmente... Um casamento que mal começou e já terminou... Uma amizade que acabou com traição... Tudo vai deixando sinais, marcas profundas... Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos... aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos... Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima... Que se seguirmos o caminho da dor e da lamentação, iremos buraco abaixo, no caminho da depressão.

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As dores da alma não saem no jornal, não viram capa de revista... E só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam. Como não existe vacina para amores mal resolvidos, nem para decepções diárias, o que vale é a prevenção... Então... Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado. Sorria para que o mundo seja mais gentil! Dedique-se para que as falhas sejam pequenas... Não se compare você é único! Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que às vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos... Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização. Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos. Apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu! Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução... Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor... Creia em Deus, pois sem Ele não há razão em nada! E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte.

Doenças emocionais Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde. O homem adoece porque desconhece que é responsável pelo seu destino. Muitas doenças são causadas por nós mesmos, por situações e conflitos que criamos com nosso comportamento diante da vida. Sabe-se que a doença se origina na mente e não no físico. Quando uma dor psíquica se manifesta fisicamente chamamos de somatizar, por isso a cura precisa ser encontrada na mente para materializar-se no corpo, e não ao contrário.

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Todo sentimento de culpa, crítica, indignação, mágoa e raiva causam doenças e vários problemas sociais e pessoais. Algumas doenças emocionais:

• Artrite: pessoa muito crítica, insistente, persistente em algo muito complicado, pode lhe trazer sérios problemas com os ossos de seu corpo.

• Cálculo renal: muita mágoa, tristeza e dor. • Câncer: é uma doença da mente, do corpo e do espírito. Raiva,

inclemência, amargura, mágoas mantidas por muito tempo. • Dor de cabeça: vem da autocrítica. • Gastrite: de incertezas profundas, se manifesta em pessoas

introvertidas, que demonstram uma falsa calma e tranqüilidade e que guardam para si os problemas.

• Hemorróidas: vem do medo de prazos determinados e raiva do passado.

• Insônia: vem da culpa. • Pescoço: pessoas muito teimosas e inflexíveis.

A doença é uma forma primária de expressão do que o indivíduo sente e pensa e uma forma de comunicação para aqueles que desconhecem o poder da auto-estima e do perdão. Quando se compreende o motivo alheio, o perdão é inevitável. O verdadeiro perdão cura o corpo e o destino como se fosse um passe de mágica. Geralmente, os que não perdoam estão mais susceptíveis às doenças do coração, aos problemas nas artérias, à pressão alta do que aqueles que têm bom relacionamento com outras pessoas e que não são tão rígidos em suas opiniões. É possível ficar de bem com a vida, afastando as doenças e acidentes. As pessoas que chegam a compreender isso, mesmo em situações adversas, conseguem manter a calma, julgam corretamente, sem alarde. Não se fazem de vítimas e vivem, intensamente, os bons momentos, ainda que estes sejam mínimos. Para começar a mudar, torna-se necessário analisar seus próprios atos, suas palavras e seus pensamentos. Deve eliminar os exageros, tanto os de tristeza quanto os de alegria, enfrentando a vida o mais naturalmente possível, sem agressividade, sem mágoas. Deve aprender a enxergar seus semelhantes como o reflexo de si mesmo. Deve abolir o hábito de fazer acusações contra quem quer que seja. Ao contrário, sorria mais para as pessoas. Nunca deve impor a sua verdade. Tudo isso fará com que você descubra a alegria de viver e de amar.

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Analise sua conduta perante seus familiares, superiores e pessoas íntimas e descubra com quem você está em conflito, mesmo com pessoas já falecidas, perdoe todas essas pessoas. Saiba voltar ao passado, sem ressentimentos.

Inteligência emocional no trabalho Como passamos a maior parte do dia no trabalho acabamos criando um vínculo emocional com ele. Este nos garante a sobrevivência e satisfaz nossas necessidades físicas e psicológicas. Conviver significa viver com pluralidade de idéias, pensamentos, opiniões e ações e são essas diferenças que nos enriquecem e nos permitem crescer. Entretanto se o ambiente em que vivemos é marcado por tensões e conflitos, estes acabam nos provocando sentimentos como: ansiedade, depressão, estresse, nervosismo, irritação e infelicidade. Assim nosso humor varia o tempo todo. Em um clima harmônico as pessoas se relacionam bem e criam mais, desenvolvem mais suas habilidades, aptidões e competências e dessa forma se valorizam, se respeitam e consequentemente se sentem motivadas. Uma habilidade que todo profissional de primeira linha deve ter é a capacidade de se relacionar bem tanto com os executivos como com os colaboradores. Goleman aprofunda-se num novo conceito de liderança, segundo o qual a função básica dos líderes consiste em imprimir em seus liderados um sentimento positivo criando ressonância e gerando a positividade que liberta o melhor que há em cada um. Nada é mais revolucionário do que a habilidade para o diálogo, que no mundo corporativo se chama feedback. Seu peso é tão decisivo, que pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso de uma empresa. É através do feedback que as pessoas sabem que seus respectivos trabalhos estão sendo bem executados, que precisam aprimorá-lo ou reformulá-lo totalmente. A crítica deverá ser feita sempre de cara a cara e em particular, para que a pessoa que a receba tenha possibilidade de responder, e também deve apontar uma forma de resolver o problema. É fundamental que o crítico revele empatia, procurando estar sintonizado com o impacto daquilo que diz. Tecendo críticas de forma construtiva, ele deixa aberto o caminho para uma atitude corretiva.

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Agora, se é você quem recebe as críticas, use-as como uma informação valiosa para aprimorar seu próprio trabalho e não como um ataque pessoal; evite o impulso de cair na defensiva. Assuma a responsabilidade. Caso a crítica seja muito perturbadora, peça para continuar a conversa mais tarde. Faça do crítico seu aliado e divida o trabalho com ele. Valorize a sugestão dele e a engaje na solução do problema.

“A maturidade emocional é a base do sucesso”.

Considerações finais Baseado nos estudos atuais é possível afirmar que a Inteligência Emocional tem maior impacto na realização pessoal, profissional e na felicidade de uma pessoa, do que o Q.I. As qualidades de Q.E. como a autoconsciência, o gerenciamento de emoções destrutivas e a empatia serão “qualidades obrigatórias” para o início de carreira, obtenção de promoções e essencialmente necessárias para a liderança. Nossas perspectivas para o futuro dependerão cada vez mais de sabermos conduzir nossos relacionamentos com maior habilidade.

Dicas emocionais - Saber que cada um é um e tem seu próprio modo de ser, de interpretar

os fatos e de armazenar suas experiências de vida. - Aquilo que é bom para mim, pode não ser bom para o outro, e mesmo

assim, podemos perfeitamente, manter um relacionamento produtivo e adequado.

- Compreender que nosso poder está no momento presente, aquilo que fizermos agora influenciará nos acontecimentos futuros, quer nos levando para onde queremos chegar ou nos afastando de nossos objetivos.

- Aproveitar todas as experiências passadas tirando delas um aprendizado. Com isso, podemos reformular nossas estratégias de ação, para atingir nossas metas de maneira eficiente e compensadora.

- Treinar nossa percepção e nossa acuidade sensorial, para detectarmos qual o estado interno da pessoa com quem estamos nos relacionando.

- Assumirmos a responsabilidade sobre aquilo que não deu certo ou mesmo que me incomodou. Devo descobrir “o que estou fazendo ou deixando de fazer, para que o outro continue com esse mesmo

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comportamento que me aborrece”. Fazendo isso, estou crescendo como pessoa e investindo em minha maturidade.

- Colocar-se no lugar da outra pessoa. - Considerar que pais, professores ou mesmo parentes não tinham o

intuito de traumatizar ou magoar, estavam educando ou corrigindo um comportamento nosso, que para eles era inadequado.

- Não existe um curso que ensina como criar filhos, da maneira menos traumática possível, então os pais fazem o melhor que podem, com os recursos de que dispõem e com o aprendizado que receberam.

- Guardar mágoa é abrir um caminho para a doença física e bloquear o nosso crescimento pessoal.

Para sua reflexão:

O dia mais belo? HOJE

A coisa mais fácil?

ERRAR

O maior obstáculo? O MEDO

O maior erro?

O ABANDONO

A raiz de todos os males? O EGOÍSMO

A distração mais bela?

O TRABALHO

A pior derrota? O DESÂNIMO

Os melhores professores?

AS CRIANÇAS

A primeira necessidade? COMUNICAR-SE

O que mais lhe faz feliz? SER ÚTIL AOS OUTROS

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O maior mistério? A MORTE

O pior defeito?

O MAU HUMOR

A pessoa mais perigosa? A MENTIROSA

O pior sentimento?

O RANCOR

O presente mais belo? O PERDÃO

O mais imprescindível?

O LAR

A rota mais rápida? O CAMINHO CERTO

A sensação mais agradável?

A PAZ INTERIOR

A proteção efetiva? O SORRISO

O melhor remédio?

O OTIMISMO

A força mais potente do mundo? A FÉ

As pessoas mais necessárias?

OS PAIS

A mais bela de todas as coisas? O AMOR

A inteligência sem amor, te faz perverso.

A justiça sem amor, te faz implacável.

A diplomacia sem amor, te faz hipócrita. O êxito sem amor, te faz arrogante.

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A riqueza sem amor, te faz avaro. A docilidade sem amor, te faz servil.

A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.

A beleza sem amor, te faz ridículo.

A autoridade sem amor, te faz tirano. O trabalho sem amor, te faz escravo.

A simplicidade sem amor, te deprecia. A oração sem amor, te faz introvertido.

A lei sem amor, te escraviza.

A política sem amor, te deixa egoísta.

A fé sem amor te deixa fanático. A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor...não tem sentido...

Madre Tereza de Calcutá

Bibliografia

• Amar e ser amado por Suzana Herculano-Houzel • Depressão e terapia por Contardo Calligaris • Desenvolva sua inteligência emocional por Paulo Araújo • Inteligência Emocional – Daniel Goleman – Editora Objetiva • Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos – John Gottman

e Joan DiClaire – Editora Objetiva • Inteligência Emocional é fator de sucesso por Ari Lima • Inteligência Emocional na Empresa – Ayman Sawaf e Robert K. Cooper –

Editora Campus • Inteligência emocional no trabalho por Cássia Silva e Sousa • Inteligência Emocional: quando a competência técnica não chega por

Célia Marques • Lidando com a ansiedade por Virgílio Vasconcelos • Linguagem do corpo – Cristina Cairo – Editora Mercuryo • Luto por Patrícia Lopes • O monge e o executivo – uma história sobre a essência da Liderança –

James C. Hunter – Editora Sextante

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• O poder da Inteligência Emocional – Annie Mckee, Daniel Goleman e Richard Boyatzis – Editora Campus

• Quando o corpo fala por Martha Medeiros • Trabalhando com a Inteligência Emocional – Daniel Goleman – Editora

Objetiva • Tristeza, aspectos psicológicos de suas causas e conseqüências por

Antonio Carlos Alves de Araujo

Sugestões de leitura • A carícia essencial – Roberto Shinyashiki – Editora Gente • Adolescentes: quem ama, educa! – Içami Tiba – Editora Integrare • Linguagem do corpo – Cristina Cairo – Editora Mercuryo • O sucesso está no equilíbrio – Robert Wong – Editora Campus • Quem ama educa – Içami Tiba – Editora Gente • Tudo ou nada – Roberto Shinyashiki – Editora Gente • Você é insubstituível – Augusto Jorge Cury – Editora Sextante

Família (é aqui que tudo começa) Amigos (nunca deixe faltar)

Raiva (se existir que seja pouca) Desespero (pra quê)

Paciência (a maior possível) Lágrimas (enxugue todas)

Sorrisos (os mais variados) Paz (em grande quantidade)

Perdão (à vontade) Desafetos (se possível nenhum)

Esperança (não perca jamais) Coração (quanto maior, melhor)

Amor (pode abusar) Carinho (essencial)

Viver (como vale a pena)

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