Informe MAIS Gestão

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A S S E S S O R I A E M G E S T Ã O P A R A C O O P E R A T I V A S D A A G R I C U L T U R A F A M I L I A R D E M I N A S G E R A I S.. I n f o r m e M A I S G e s t ã o A N O I | N. 0 1 | M A R Ç O D E 2 0 1 5 ATIVIDADES DO INÍCIO DO ANO O MAIS Gestão vem realizando im- portantes ações pelo estado de Mi- nas Gerais. Confira quais foram os principais acontecimentos dos meses de janeiro e fevereiro. PÁG 07 ENTREVISTA: ANTÔNIO BAGLI Antônio Carlos Bagli, diretor presi- dente da COOPAF de Muriaé, com- partilha suas experiências e fala do impacto na vida dos agricultores com o trabalho da cooperativa. PÁG 08 RODADA ZONA DA MATA De 02 a 07 de março, cooperativas da região mineira foram visitadas pela equipe técnica, e agora aguar- dam o plano de aprimoramento que será levantado para cada uma. PÁG 02 R e a l i z a ç ã o : C L I Q U E P A R A C U R T I R N O S S A P Á G I N A N O F A C E B O O K

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Publicação do Projeto MAIS Gestão - assessoria em gestão para cooperativas da Agricultura Familiar de Minas Gerais

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A S S E S S O R I A E M G E S T Ã O P A R A C O O P E R A T I V A S D A A G R I C U L T U R A F A M I L I A R D E M I N A S G E R A I S..

I n f o r m e M A I S G e s t ã oA N O I | N. 0 1 | M A R Ç O D E 2 0 1 5

ATIVIDADES DO INÍCIO DO ANOO MAIS Gestão vem realizando im-portantes ações pelo estado de Mi-nas Gerais. Confira quais foram os principais acontecimentos dos meses de janeiro e fevereiro.

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ENTREVISTA: ANTÔNIO BAGLI Antônio Carlos Bagli, diretor presi-dente da COOPAF de Muriaé, com-partilha suas experiências e fala do impacto na vida dos agricultores com o trabalho da cooperativa.

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RODADA ZONA DA MATADe 02 a 07 de março, cooperativas da região mineira foram visitadas pela equipe técnica, e agora aguar-dam o plano de aprimoramento que será levantado para cada uma.

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R e a l i z a ç ã o :C L I Q U E P A R A C U R T I R N O S S A P Á G I N A N O F A C E B O O K

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M A T É R I A P R I N C I P A L

R o d a d a Z o n a d a M a t a: e q u i p e v i s i t a c o o p e r a t i v a s e s e g u e p a r a a f a s e d e e l a b o r a ç ã o d o p l a n o d e a p r i m o r a m e n t o

Com o intuito de acompanhar as cooperativas de agricultu-ra familiar e elaborar planos de aprimoramento para cada uma, a equipe MAIS Gestão realizou uma rodada pelas cidades de Tom-bos, Manhuaçu, Muriaé e Espera Feliz durante os dias 02 a 07 de março. Em cada cidade, as cooperativas contempladas pelo pro-jeto são: COOPROSOL, COORPOL, COOPAF e COOFELIZ, respecti-vamente. Anildes Lopes, técnica do CAA/NM, explica que a fase atual do MAIS Gestão consiste na “definição das ações a serem executa-das em cada cooperativa”. Posteriormente, as ações serão articu-ladas em torno de “visitas de orientação técnica de profissionais

E n t e n d a c o m o f u n c i o n a m a s f a s e s d o P r o j e t o M A I S G e s t ã o:

de várias áreas, dentro daquilo que os empreendimentos definirem como prioridade”. O MAIS Gestão é uma assessoria de fortalecimento da gestão e da inserção de cooperativas de agricultura familiar no Programa Nacional de alimentação escolar e em outros mercados. Segundo Daniel Ribeiro Seabra, diretor presidente da COOPROSOL de Tombos, o projeto “veio para qualificar as ações da coopera-tiva”. “A equipe tem ajudado no controle interno, nas instruções, e na construção de projetos. Tem feito sim muita diferença na vida da gente”. Nas próximas páginas, você encontra uma seleção de fotos da rodada Zona da Mata.

Equipe técnica em momento de descontração, em visita à area da cooperativa COOFELIZ, de Espera Feliz - MG

I - M o b i l i z a ç ã o e p r é - d i a g n ó s t i c o

O projeto é apresentado às cooperativas, previamente selecionadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Após conhecidas as ações, é assinado o termo de adesão ao MAIS Gestão. No pré-diagnóstico são levantados ainda dados quali-quantita-tivos, tais como: estrutura or-ganizacional e agroindustrial, movimentação financeira, principais produtos, principais mercados acessados.

II - D i a g n ó s t i c oNesta fase é aplicado um le-vantamento de informações nas seguintes áreas funcio-nais: gestão agroindustrial, gestão ambiental, comerciali-zação e marketing, finanças e custos, gestão organiza-cional e gestão de pessoas. O conjunto destas infor-mações gera uma matriz de identificação dos principais desafios e possibilidades do empreendimento, que irá ori-entar a construção do plano de aprimoramento de cada cooperativa.

III - P l a n o d e a p r i m o r a m e n t o

A partir da análise de infor-mações já levantadas an-teriormente, são realizadas oficinas para construção do plano de aprimoramento, que contém as ações a se-rem desenvolvidas em cada cooperativa. Também são apresentados e debatidos o estudo de demanda realiza-dos nos maiores municípios compradores da alimentação escolar, além dos múnicipios próximos às cooperativas.

IV - V i s i t a s d e o r i e n t a ç ã o t é c n i c aÉ organizada a execução dos planos de aprimoramento. Nesta fase o projeto realiza a assessoria propriamente dita, desenvolvendo ações nas di-versas áreas funcionais. Além destas etapas, ao longo de todo o projeto são realiza-das reuniões de articulação e rodadas de negócio entre cooperativas e possíveis com-pradores (gestores públicos), com o intuito de garantir o acesso a mercados.

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Dentre a diversidade de produtos com os quais trabalha a cooperativa COOPROSOL, de Tom-bos, o café é um dos que mais se destaca.

Para Daniel Ribeiro, diretor presidente da COOPROSOL, o MAIS Gestão veio para “qualificar as ações da cooperativa”.

Em palestra realizada na cooperativa, foram debatidas e pactuadas as ações a serem desen-volvidas nos empreendimentos.

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Na COOPAF, de Muriaé, as hortaliças cultivadas pela cooperativa já fazem parte da alimentação escolar.

O arroz é um produto tradicionalmente cultivado pelos agricultores da cooperativa.

Em momento de reunião, são apresentadas as ações a serem realizadas pelo MAIS Gestão.

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Em Manhuaçu, foi realizada reunião com representantes da cooperativa COORPOL e demais parceiros, com o objetivo de apresentar o plano de aprimoramento.

Na COORPOL, um grupo de mulheres é responsável pelo processamento de doces a serem vendidos no mercado local.

A unidade de torrefação de café também foi conhecida pelos participantes da reunião.

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Em Espera Feliz, a COOFELIZ criou o “vale solidário”, movimentado dentro do comércio local, como estratégia de fortalecimento do cooperativismo.

A COOFELIZ apresenta hoje verdadeiro potencial para acessar o mercado de cafés finos (gour-met).

Para Fernanda Henriques, coordenadora geral da COOFELIZ, valorizar a agricultura familiar tem seus efeitos: “as pessoas passam a entender de onde vem o que elas comem”.

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A T I V I D A D E S D O I N Í C I O D O A N O

R e u n i ã o e m U b e r l â n d i a l e v a n t a p r o p o s t a s p a r a A g r i c u l t u r a F a m i l i a rEnvolvidos trataram da Chamada Pública para aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar para alimentação nas escolas

C O O P E R A F a r t i c u l p a r c e r i a c o m W a l m a r t S u p e r m e r c a d o s Diretores e agricultores da cooperativa COOPERAF, de Uberlândia, conheceram em janeiro a rede Walmart de supermer-cados da cidade, com o objetivo de debater a possibilidade de comercialização através do Clube do Produtor. Após o encontro, a COOPERAF assumiu a função de analisar a cesta de produtos a serem ofertados, bem como preços e regularidade de entrega.

E n c o n t r o d i s c u t e a l t e r n a t i v a s p a r a a l i m e n t a ç ã o e s c o l a r No dia 03 de fevereiro, foi realizada na capital mineira uma reunião com Maria Ângela Girioli, secretária municipal adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional, e Andrea Queiroz, responsável técnica pelo programa. O objetivo da reunião foi debater possi-bilidades de inserção de produtos de agricultura familiar para a alimentação escolar na região metropolitana de Belo Horizonte.

E x p e d i ç ã o S e r t ã o N o r t e d e M i n a s r e a l i z a t o u r g a s t r o n ô m i c o p e l a s c u l t u r a s d a r e g i ã oEm fevereiro, integrantes do movimento Slow Food e técnicos do MAIS Gestão percorreram comunidades e terras indígenas conhecendo

saberes e sabores típicos do norte mineiro

De 15 a 25 de fevereiro, estudantes de gastronomia da Università degli Studi di Scienze Gastronomiche, da Itália, fizeram um roteiro pelo sertão de Minas, conhecendo a culinária, os costumes e culturas dos povos e comunidades tradicionais. A viagem faz parte da graduação em Gastronomia pelo curso italiano, e contou com a organização em conjunto do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), de Marcelo de Podestá, do movimento Slow Food, e de Bernadete Guimarães, chef local. Integrantes do projeto MAIS Gestão também participaram de parte do roteiro, que percorreu as regiões de Januária, São João das Missões (na terra indígena Xakriabá) e Japonvar. A proposta do movimento Slow Food, e da Expedição realizada, é a de entrar em contato com tradições referentes ao preparo de alimentos, valorizando a cultura local e a diversidade popular.

Em janeiro (29) o MAIS Gestão esteve presente em reunião jun-tamente com Edgar Nogueira, diretor interino do Programa Municipal de Alimentação Escolar; Bruno Maia, assessor de Segurança Alimentar e Nutri-cional; Marília Santos, nutricionista técnica responsável pelo PMAE; e Elmo Medeiros, representante do Núcleo de Controle de Qualidade. O encontro teve como objetivo tratar da Chamada Pública para aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar para alimentação escolar do ano de 2015. Também foi planejada a Rodada de Negócios regional, que será uma oportunidade para agricultores mostrarem seus produtos. Na oportunidade, discutiu-se ainda sobre a Oficina “Comida di Escola”, um momento para nutricionistas e merendeiras desenvolverem e conhecerem pratos especiais com os produtos da agricultura familiar.

Fotos: Cibelih Hespanhol

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E N T R E V I S T A

A n t ô n i o B a g l i, d a C O O P A F d e M u r i a é: “o p r o j e t o M A I S G e s t ã o v e m p a r a b u s c a r s o l u ç õ e s “

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Antônio, há quanto tempo você é presidente da COOPAF?

Sou presidente há dois anos e meio.

Quando a cooperativa foi fundada?

A cooperativa foi fundada em 2010. Ficamos dois anos só pra documentar, até a gente conseguir o registro certinho. Daí fo-mos nos preparando, buscando parcerias. E neste ano é que a COOPAF começou a funcionar de fato. Entramos no PNAE, e esta-mos agora comercializando.

Já dá pra ver algum impacto na vida dos agricultores?

Sim, se a gente for ver desde a época da associação, já tive-mos muitos avanços. Tem produtores que não tinham condições de ter um veículo, uma caminhonete, e agora puderam comprar. Agora temos a certeza de que o produto vai ser vendido, não é mais como antes, que não vendia. E muita gente tendo visão de melhorias, né. Várias pessoas hoje estão se dedicando mais ao

plantio, porque sabem que vai ser escoado de alguma forma. E não vai mais perder, como era antes. A cooperativa também trabalha muito, em parceria com o sindicato, o plantio de uva e morango na região. Hoje a cooperativa também está buscando sementes de maior qualidade para o produtor. É um ciclo. A cooperativa dá o apoio, busca e entrega. Para o produtor tem sido muito bom.

E como você avalia a atuação do MAIS Gestão na coopera-tiva?

O MAIS Gestão foi muito importante. No começo a gente não entendia muito bem como seria o funcionamento do proje-to, mas hoje já dá para ver como é interessante. O MAIS Gestão vem dando muito apoio. Está sendo importante porque podemos buscar respostas para várias questões diárias: “como a gente vai fazer? Como vai ser montado aquela agroindústria?”, por exemplo. O MAIS Gestão vem para buscar a solução. E a gente vê isso como muito positivo. Com esse apoio a cooperativa começa a trabalhar da maneira correta, sem dúvidas sobre o funcionamento dos pro-cessos.

E N T R E V I S T A

Antônio Carlos Bagli, diretor presidente da COOPAF, na sede da cooperativa, em Muriaé, Minas Gerais

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N O T Í C I A S D E M A R Ç O

O f i c i n a d e b a t e p e r s p e c t i v a s d a A g r i c u l t u r a F a m i l i a r e s u a i n s e r ç ã o n a a l i m e n t a ç ã o e s c o l a r e m M o n t e s C l a r o sCom a presença de agricultores, técnicos e especialistas, a oficina foi um momento de esclarecer dúvidas e fortalecer relações

A Oficina “Alimentação escolar e Agricultura Familiar”, reali-zada no dia 26 de março, contou com a presença de agricultores das cooperativas COOPAV de Rio Pardo de Minas, COPABASE de Arinos, Grande Sertão de Montes Claros, Sertão Veredas de Cha-pada Gaúcha, o secretário adjunto de Agricultura Familiar, a ge-rente de Desenvolvimento Rural, técnicos do CAA/NM integrantes do MAIS Gestão, técnico da EMATER de Jaíba, nutricionistas, repre-sentantes da UNICAFES. Os integrantes participaram de dinâmica em torno de perguntas referentes à situação, desafios e anseios da Agricultura Familiar. Dentre os desafios apontados, os participantes lembraram a necessidade de aprimorar a logística de produção e distribuição, bem como os entraves junto ao setor jurídico. Como resultado da oficina, definiu-se que diversos gêneros alimentícios das coopera-

tivas participantes serão inseridos na alimentação escolar, como o mel, pequi, açafrão, dentre outros. Desta forma, novos momen-tos serão agendados para aprofundar as especificidades de cada cooperativa. Também será elaborado um documento contendo os resultados da oficina, a ser encaminhado ao Poder Executivo. Para Kellen Fonseca, responsável técnica pelo PNAE no mu-nicípio de Montes Claros, o encontro foi “muito produtivo”. “Daqui a gente sai com uma gama maior de produtos que podem entrar em nosso cardápio. Os produtos apresentados aqui são regionais do Sertão, muitos deles orgânicos e agroecológicos, o que significa menos agrotóxicos e maior qualidade. Além da qualidade melhor se comparado aos produtos industriais, dar prioridade à Agricultura Familiar é importante para valorizar a cultura local e fortalecer eco-nomicamente os agricultores”.

ExpedienteEste informativo é uma publicação do Projeto MAIS Gestão: assessoria em gestão para cooperativas da Agricultura Familiar de Minas Gerais.Realização: Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), e Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTAZM).Coordenação do projeto: Glauco Regis. Equipe técnica: Anildes Lopes, Breno Santos, Dionete Barboza, Mariana Chamon, Na-talia Ferreira, Paulo Junior, Regina Oliveira. Comunicação: Cibelih Hespanhol. Contato: [email protected]

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