Infiltracao_mod15

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INFILTRAÇÃO MODIFICADO DE CARNEIRO - UFCG ENSSLIN, MATEUS, FARO (2011)

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Infiltração

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  • INFILTRAO

    MODIFICADO DE CARNEIRO - UFCG ENSSLIN, MATEUS, FARO (2011)

  • Ciclo Hidrolgico

  • BALANO HDRICO

    p Superficial: P + Rg R - E T I = Variao de volume/tempo;

    p Subterraneo:

    I + G1 G2 Eg Tg Rg = Variao do volume do aquifero/tempo

  • BALANO HDRICO

    p Superficial: P + Rg R - E T I = Variao de volume/tempo;

    p Subterraneo:

    I + G1 G2 Eg Tg Rg = Variao do volume do aquifero/tempo

  • INFILTRAO p Conceito 1: Infiltrao a passagem de gua da

    superfcie para o interior do solo. Pode-se definir tambm como sendo o fenmeno de penetrao da gua nas camadas de solo prximas superfcie do terreno, movendo-se para baixo, atravs de vazios, sob a ao da gravidade, at atingir uma camada suporte que a retm, formando ento a gua do solo.

    p Conceito II: O processo de infiltrao define a entrada

    de gua no solo. J o movimento da gua dentro do perfil comumente referido como percolao.

  • um fenmeno que depende: n Da gua disponvel para

    infiltrar n Da natureza do solo n Do estado e cobertura da

    superfcie n Das quantidades de gua e ar,

    inicialmente presentes no solo

  • p Enquanto h aporte de gua, o perfil de umidade tende saturao em toda a profundidade, sendo a superfcie, naturalmente, o primeiro nvel a saturar.

    p Quando o aporte de gua superfcie cessa

    (precipitao para), isto , deixa de haver infiltrao, a umidade no interior do solo se redistribui, evoluindo para um perfil de umidade inverso, com menores teores de umidade prximo superfcie e maiores nas camadas mais profundas.

  • Figura - Perfil de umidade em um solo

    Solo saturado Lenol

    fretico

    Solo no saturado

    Precipitao

    fase final depois da chuva ter terminado

    Fase inicial quando a chuva alimenta o solo

  • Capacidade de Infiltrao

    p Capacidade de infiltrao a capacidade que tem o solo para penetrao de gua no solo. A infiltrao que pode ocorrer se houver precipitao maior ou igual a esta taxa;

    p Quando P (precipitao) > Ic (capacidade de

    infiltrao, a Ir (infiltrao real) = Ic p Quando P < Ic, Ir = P

  • Perodos em que P > Ic

  • p A infiltrao da gua no solo pode ser considerada como sendo a sequncia das trs seguintes fases: vA entrada da gua pela superfcie; vA percolao da gua atravs do perfil do solo; vA relao da capacidade de armazenamento da

    gua no solo.

  • FATORES QUE INTERVM NA INFILTRAO

    1-Permeabilidade do solo: Por exemplo a presena de argila no solo diminui sua porosidade, no permitindo uma grande infiltrao.

  • 2-Cobertura vegetal: Um solo coberto por vegetao mais permevel do que um solo desmatado.

    3-Inclinao do terreno: em declividades acentuadas a gua corre mais rapidamente, diminuindo o tempo de infiltrao.

  • 4- Tipo de chuva: Chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e demoradas tm mais tempo para se infiltrarem.

  • 5- Umidade do Solo:

    Por exemplo em um solo mais mido a infiltrao menor do que um solo mais seco.

    6- Temperatura

    Escoamento no solo laminar (tranqilo) em funo da viscosidade da gua. Quanto maior a temperatura maior a infiltrao de gua no solo

  • CAPACIDADE DE INFILTRAO (ou TAXA DE INFILTRAO)

    p Capacidade de infiltrao a quantidade mxima de gua que um solo em determinadas condies pode absorver. Ela varia no decorrer da chuva.

    p Se uma precipitao atinge o solo com a uma intensidade menor que a capacidade de infiltrao toda a gua penetra no solo, provocando uma progressiva diminuio da prpria capacidade de infiltrao, j que o solo est se umedecendo.

  • onde fo = a capacidade de infiltrao inicial (t = 0) fc = a capacidade de infiltrao final (para um tempo

    tendendo ao infinito) k = uma constante emprica para cada curva f = a capacidade de infiltrao depois do tempo t. t - tempo transcorrido desde o incio da chuva. e - base dos log. neperianos

    MTODO DE HORTON

    f=f c+ ( f 0 f c )e k tf(mm/h)

    t(h)

    K1 (arenoso) K2(argiloso)

    k

  • A medida que a precipitao continua a capacidade de infiltrao do solo passa a decrescer a ponto da parcela que no mais infiltrada escoa superficialmente.

    Escoamento

  • a velocidade mdia do escoamento da gua atravs de um solo saturado, determinada pela relao entre a quantidade de gua que atravessa a unidade de rea do material do solo e o tempo .

    Depende da Permeabilidade e

    do gradiente hidraulico e determinada pela Lei de Darcy.

    VELOCIDADE DE FILTRAO

  • p A Lei de Darcy rege o escoamento da gua nos solos saturados, e representada pela seguinte equao:

    Onde: V a velocidade de infiltrao; K a condutividade hidrulica (medida atravs de permemetros); h a Carga Piezomtrica ou Altura Piezomtrica (altura da gua de um

    aqfero confinado medida num piezmetro).

    V=K dhdx

  • CLASSIFICAAO DOS SOLOS DE PORTO VELHO - SALAMON (2011)

  • Resultados l Pontos de coleta para avaliao da

    permeabilidade dos solos em Porto Velho.

  • Resultados

    Caractersticas REA VERDE BURITIS FARO GUADALUPE TIRADENTES% Finos (Argila+Silte) 5mm) 61,86% 0,00% 29,31% 24,40% 13,87%Peso especfico Seco (gs) - kN/m3 2,77 2,73 2,62 2,57 2,70LL (%) - 29,42% 46,35% 46,35% 46,35%IP (%) - 19,60% 33,66% 14,94% 40,43%CNU 10 - - - -Classe Unificada GW CL SMFo (mm/h) ANEL CONCNTRICO 301 - 145 0 40Fc (mm/h) ANEL CONCNTRICO 140 - 56 0 6,2Fo (mm/h) VALA DE INFILTRAO 5,5 1,2 3,5 7 3Fc (mm/h) VALA DE INFILTRAO 4,57 0,36 1,65 2,85 1,37

    Tabela resumo das caractersticas do solo - Porto Velho 2011/2012

  • Resultados l Variao da capacidade de infiltrao no

    perodo da seca e chuvas

  • Resultados l Clculo da capacidade total dos solos originais de Porto Velho

    Caractersticas dos solos superficiais de Porto Velho

    Tipo solo rea (Km2) % cobertura fc (mm/h)

    Carapaa Latertica 11,26 9,05% 1,65

    Areia 25,16 20,21% 4,57

    Argila Rija a Dura 68,44 54,97% 1,37

    Argila Mole a Media 19,63 15,77% 0,36

    Total * 124,49 100,00% 1,88 * Total atravs de mdia ponderada em relao a todos os tipos de solo

  • PRECIPITAO

    GERAO DO ESCOAMENTO

    INFILTRAO

    Escoa Superficialmente sobre as encostas

    Atinge a Rede de Drenagem

    Evaporao, Captada nas depresses

    Armazenamento no solo

    Escoamento Sub-Superficial

    Escoamento Subterneo

    Evaporao, Transpirao

    ESCOA NOS RIOS, AT O EXUTRIO

    Atinge a Rede de Drenagem

  • CAPACIDADES DE INFILTRAAO DOS SOLOS DE PORTO VELHO

    Foto: mongabay.com

    Chuva de 5 mm/h (permanncia 30%)

    Carapaa latertica Areia / Areia argilosa Argila rija Argila mole / orgnica

    0,36

    mm/h

    1,37 1,65

    4,57

    108 L/300m2

  • Mtodos de Medio da Capacidade de Infiltrao

    p MTODO DO INFILTRMETRO DE

    DUPLO-ANEL

    p MTODO DA VALA NBR 7229

    p MTODO DA CURVA NMERO (CN)

  • p Consiste de dois anis concntricos

    MTODO DO INFILTRMETRO DE DUPLO-ANEL

  • pOs anis devem ser instalados no solo com o auxilio de uma marreta.

    qColoca-se gua, ao mesmo tempo nos dois anis. pE com uma rgua graduada acompanha-se a infiltrao vertical

    no cilindro interno para vrios intervalos de tempo.

  • pA capacidade de infiltrao calculada por:

    Onde: V o volume infiltrado; a area do cilindro interno (cm); h altura de gua infiltrada (cm); f a capacidade de Infiltrao instantnea (mm/h);

    V=h .a h= Va

    f=60 htTransforma mm/h

  • Permeabilidade dos Solos da rea Urbana de Porto Velho

    Ensaios de campo Mtodo dos anis concntricos Regulamentado - ASTM D3385-03 VILLELA (1975) Hidrologia Aplicada

  • p O grfico da capacidade de infiltrao do tipo t x I (Capacidade de Infiltrao em funo do tempo).

    Onde: It a capacidade de Infiltrao (mm/h) ; t o tempo (h);

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 130,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    Capacidade de Infiltraosub-title

    t (h)

    I (m

    m/h

    )

  • MTODO DA VALA NBR 7229

    Originalmente normatizado para dimensionamento de sumidouros, o mtodo permite o clculo da Capacidade de infiltraao Ci, pela frmula:

    Ci=490t+2,5

    Onde: Ci a Capacidade de infiltraao do solo em L/m2.dia; t o tempo dispendido para infiltraao de uma lamina de 1

    cm de agua na vala.

  • Mtodo da Vala NBR 7229

  • Permeabilidade dos Solos da rea Urbana de Porto Velho

    Ensaios de campo Vala de Infiltrao Regulamentado NBR/ABNT - 7229

  • MTODO DA CURVA NMERO (CN)

    Este mtodo foi proposto pelo Soil Conservation Service (SCS) e permite determinar a capacidade de armazenamento do solo (S) em funo do grupo de solo (A, B, C ou D), da umidade antecedente e do uso do solo pela equao:

    S=25400CN

    254

    Onde: S a reteno potencial do solo (mm) e depende do tipo de

    solo; CN o valor da curva nmero e funo do grupo de solo,

    umidade antecedente e uso do solo.

  • O CN depende de 3 fatores:

    n Tipo de solo (A, B, C ou D); n Uso do solo (agrcola, urbano, etc); n Umidade antecedente do solo

    p Condio I (seca: P5dias < 13 mm) p Condio II (normal: 13 < P5dias < 53 mm) p Condio III (mida: P5dias > 53 mm)

    MTODO DA CURVA NMERO (CN)

  • GRUPOS HIDROLGICOS DE SOLOS

    Grupo A Solos arenosos profundos; tem alta capacidade de infiltrao e geram pequenos escoamentos;

    Grupo B Solos franco arenosos pouco profundos; tem menor capacidade de infiltrao e geram maiores escoamentos do que o solo A;

    Grupo C Solos franco argilosos; tem menor capacidade de infiltrao e geram maiores escoamento do que A e B.

    Grupo D Solos argilosos expansivos; tem baixa capacidade de infiltrao e geram grandes escoamentos.

  • Valores CN (condio II 13
  • Uso do solo Superfcie A B C D

    Pastagens Pobres, em curva de nvel 47 67 81 88

    Normais, em curva de nvel 25 59 75 83

    Boas, em curva de nvel 6 35 70 79

    Esparsas, de baixa transpirao 45 66 77 83

    Normais 36 60 73 79

    Densas, de alta transpirao 25 55 70 77

    Chcaras Estradas de Terra

    Normais 56 75 86 91

    Ms 72 82 87 89

    De superfcie dura 74 84 90 92

    Florestas Muito esparsas, baixa transpirao 56 75 86 91

    Esparsas 46 68 78 84

    Densas, alta transpirao 26 52 62 69

    Normais 36 60 70 76

    Valores CN (condio II 13

  • Valores CN para as condies I e III de umidade antecedente = f(CN da condio II):

    CONDIO I solos secos as chuvas nos ltimos 5 dias no ultrapassam 13 mm.

    CONDIO II situao mdia na poca das cheias as

    chuvas nos ltimos 5 dias totalizaram entre 13 e 53 mm.

    CONDIO III solo mido (prximo da saturao)

    as chuvas nos ltimos 5 dias foram superiores a 53 mm e as condies meteorolgicas forma desfavorveis a altas taxas de evaporao.

    MTODO DA CURVA NMERO (CN)

  • CN da Condio I: CN da Condio III:

    CN ( I )= 4,2CN ( II )10 0,058CN ( II )

    CN ( III )= 23CN ( II )10+ 0,13 CN ( II )

    MTODO DA CURVA NMERO (CN)

  • CONCLUSES

    p Infiltrao um processo que ocorre na camada superior do solo;

    p A anlise realizada dentro de uma viso pontual; p Em bacias hidrogrficas ou uma rea maior a avaliao da

    infiltrao apresenta importante variabilidade espacial; p O uso de uma equao de infiltrao numa superfcie como

    uma bacia apresenta grandes incertezas; p Outra fonte importante de incertezas est relacionada com

    a determinao dos parmetros que variam no tempo e no espao.

  • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

    PINTO, N.L. de SOUZA et al Hidrologia Bsica So Paulo. Editora Blucher, Edio 2013; CARNEIRO - UFCG ENSSLIN, MATEUS, FARO (2011) TCC ENGENHARIA CIVIL